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ECOLOGIA E MANEJO DOS SOLOS unidade 3

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ECOLOGIA E MANEJO DOS SOLOSECOLOGIA E MANEJO DOS SOLOS
CONSERVAÇÃO ECONSERVAÇÃO E
PRESERVAÇÃO DO SOLOPRESERVAÇÃO DO SOLO
Autor: Me. Luiz Henrique Biscaia Ribeiro da Silva
Revisor : E l isangela Ronconi Rodr igues
I N I C I A R
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introduçãoIntrodução
Seja bem-vindo(a), caro(a) estudante! Nesta unidade você estudará a composição do solo e as
proporções de seus elementos. Também serão vistos os horizontes que formam os solos, assim
como a classi�cação dos solos brasileiros de acordo com o sistema brasileiro de classi�cação dos
solos, e um pouco das principais características de cada classe de solo presentes nessa classi�cação.
Iremos aprender as funções eco�siológicas do solo, e a relação dos solos com as plantas,
principalmente voltadas às condições do solo que in�uenciam na absorção de nutrientes. Por �m
veremos algumas práticas e tecnologias voltadas à conservação do solo e recuperação de solos
degradados, a história da agricultura, impactos ambientais e socioeconômicos dos modelos atuais
de agricultura, e modelos de agricultura e produção de alimentos sustentáveis. Esperamos que você
aproveite o conteúdo, abordando-no de forma a enriquecer os seus conhecimentos.
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De um modo geral o solo pode ser considerado o manto super�cial da terra contido nos continentes
do nosso planeta, formado pelo processo de degradação das rochas, constituído por partes sólidas,
líquidas e gasosas, e composto por alguns elementos como matéria orgânica, minerais e organismos
vivos (BRAGA et al., 2005).
Composição do SoloComposição do Solo
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As proporções dos elementos presentes no solo podem variar de um lugar para o outro, e até
mesmo em um mesmo lugar dependendo da estação sazonal. Segundo Braga et al. (2005) em
termos médios de grandeza os elementos podem ser encontrados nas seguintes proporções:
45% de elementos minerais;
25% de ar;
25% de água;
5% de matéria orgânica.
Figura 3.1 - Solo 
Fonte: Andreykuzmin / 123RF.
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A parcela de elementos minerais é proveniente da rocha degradada pela qual ele foi gerado,
podendo variar de acordo com a rocha-mãe, e também ser trazida de outro local por meio do ar ou
da água. A parte orgânica provém de restos animais, excrementos, folhas, frutos e galhos, entre
outros elementos. A parte gasosa é constituída por gases gerados da biodegradação de matéria
orgânica e do ar existente na superfície. E, por �m, a parcela líquida é proveniente de precipitações
(neve, chuva, neblina, orvalho, sereno etc.).
Ao examinarmos o solo percebemos que ele apresenta algumas seções aproximadamente paralelas,
também conhecidas como horizontes, o qual vão se distinguindo do material encontrado na
superfície conforme aumenta a profundidade de comparação (EMBRAPA, 2006).
Figura 3.2 - Horizontes do solo 
Fonte: Designua / 123RF.
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Os horizontes do solo podem ser constituídos por:
Horizonte O: Horizonte com predominância de restos orgânicos;
Horizonte A: camada super�cial onde ocorre a máxima atividade biológica e onde se situa
a maior parte da matéria orgânica;
Horizonte B: camada de subsolo que recebe o material do horizonte A, rica em argila,
carbonatos e outros materiais;
Horizonte C: composto por pedras e cascalhos que fazem parte da rocha localizada abaixo
do solo.
Por ser parte integrante de um ecossistema, em uma escala de tempo geológico, tais horizontes
podem ser identi�cados como um processo de “sucessão” do solo, ou seja, estágios pelo qual o solo
passa até atingir o seu estado de “clímax”, ou equilíbrio.
Classi�icação dos Solos Brasileiros
Caro(a) estudante, de acordo com a Embrapa (2006), a classi�cação dos solos é conduzida a partir da
avaliação de suas características morfológicas, físicas, químicas e mineralógicas.
A Embrapa (2006) classi�ca o solo em 13 classes formadas pela associação de um elemento
formativo com a terminação “ssolo”. O Quadro 3.1 apresenta essa classi�cação e algumas
características desses solos de acordo com o Sistema Brasileiro de Classi�cação dos Solos (SIBCS).
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Classe
Elemento
formativo
Características
Argissolo Argi Os solos pertencentes a essa classe apresentam um
maior teor de argila entre o horizonte de superfície e
o horizonte B. Podem variar sua profundidade
possuindo alto grau de in�ltração ou baixo grau de
in�ltração. Sua textura pode variar no horizonte A,
podendo ser arenosa ou argilosa. São solos
predominantemente cauliníticos, porém podem
apresentar ou não saturações por bases, e serem de
moderados a altamente ácidos.
Cambissolo Cambi O cambissolo possui características que variam de
um local para outro. No entanto possui locais em
que ele se apresenta fortemente drenado, e locais
em que se apresenta imperfeitamente drenado. Sua
cor varia de cor bruna ou bruno-amarelada até
vermelho escuro, podem ser rasos e profundos e
apresentar ou não saturação por bases.
Chernossolo Cherno São considerados solos mais escuros e pouco
coloridos, por possuírem matrizes pouco
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Latossolo Lato São solos muito evoluídos, em avançado estágio de
avermelhadas. Podem variar seu pH de ácidos a
fortemente alcalinos, com alta atividade de argila. A
capacidade de troca de cátions desse tipo de solo
pode alcançar valores superiores a 100 cmolc/kg de
argilo. Variam de bem a imperfeitamente drenados.
Espodossolo Espodo Possui um horizonte A com cores pretas ou
cinzentas. Sua textura é predominantemente
arenosa, podendo ser encontrada uma textura
média, porém raramente argilosa. São solos
geralmente ácidos, podendo ser encontrados solos
fortemente ácidos, inférteis e pobres, ricos em
alumínio extraível.
Gleissolo
Glei São solos bastante úmidos geralmente ou
predominantemente saturados por água. A
solubilização do ferro no processo de gleização
atribui a ele uma cor cinza, azul ou esverdeada. Os
minerais de argila permitem o aparecimento de
cores neutras ou ainda a precipitação de compostos
ferrosos. 
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intemperização. Podem ser encontrados em regiões
equatoriais e tropicais. Apresentam um alto grau de
drenação, alta profundidade, fortemente ácidos,
alumínicos com baixa saturação por bases.
Luvissolo Luvi São solos poucos profundos com no máximo 120 cm,
podem possuir uma boa drenagem, porém também
são encontrados solos dessa classe com drenagem
imperfeita. A coloração avermelhada, amarelada e,
menos frequentemente, brunada ou acinzentada são
características do horizonte B. Podem ser ácidosou
alcalinos de forma moderada.
Neossolo Neo Essa classe admite diversos tipos de horizontes
super�ciais, incluindo horizonte O com menos de 20
cm de espessura quando sobrejacente à rocha, ou
horizonte A húmico ou proeminente com mais de 50
cm quando sobrejacente à camada C. O horizonte B
também pode ser encontrado, porém não apresenta
todos os requisitos necessários para essa classi�cação.
Nitossolo Nito Apresenta um horizonte B bem desenvolvido com
gradiente de textura menos que 1,5. De forma geral é
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um solo com textura argilosa ou muito argilosa, alta
profundidade, bem drenado, com uma variação de cor
entre vermelho e brunada. Pode apresentar horizonte
A de qualquer tipo, e é geralmente ácido.
Organossolo Organo Se caracterizam por serem poucos evoluídos, com
material orgânico que atribui a eles uma coloração
preta, cinza ou brunada. Geralmente são solos
fortemente ácidos, com baixa saturação por bases, e
alta capacidade de troca de cátions. Podem ser
encontrados em área de várzeas, depressões e locais
surgentes, sob vegetação hidró�la ou higró�la, quer do
tipo campestre ou �orestal.
Planossolo Plano São solos que apresentam uma textura mais leve, com
horizonte super�cial eluvial. São solos minerais,
imperfeitamente ou mal drenados. A textura leve da
superfície contrasta com o horizonte B, com acentuada
concentração de argila, permeabilidade lenta ou muito
lenta. Podem ser encontrados em áreas de relevo
plano ou com ondulações suaves, onde as condições
ambientais e do próprio solo favorecem vigência
periódica anual de excesso de água. Solos dessa classe
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podem ou não ter horizonte cálcico, caráter
carbonático, duripã, propriedade sódica, solódica,
caráter salino ou sálico.
Plintossolo Plinto Compreende solos minerais, formados sob condições
de restrição à percolação da água, sujeitos ao efeito
temporário de excesso de umidade. Apresentam
excessiva plintitização, e não possuem uma boa
drenação. Sua coloração pode variar, mas as cores
predominantes encontradas são cores pálidas,
podendo haver manchas de cores vermelhas e
alaranjadas. Podem ser encontrados em zonas quentes
e úmidas com relevo plano ou com ondulações suaves.
Vertissolo Verti São solos que não apresentam muita variação em sua
textura ao longo do per�l, e são constituídos por
minerais. Apresentam fendas profundas na época de
secas, e evidências de movimentação da massa do
solo, sob a forma de superfícies de fricção. A drenagem
desses solos varia de mal a imperfeita, e em maioria
são profundos, podendo também ser encontrados
solos rasos. Quanto à cor, podem ser escuros,
acinzentados, amarelados ou avermelhados.
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Fisicamente, quando úmidos, têm permeabilidade à
água muito lenta. São solos de alta capacidade de troca
de cátions, alta saturação por bases (>50%) com teores
elevados de cálcio e magnésio. O pH desses solos varia
de alcalino a neutro e podem ser encontrados em
áreas de bacias sedimentares.
Quadro 3.1 - Características dos solos brasileiros. 
Fonte: Embrapa (2006, p. 70-92).
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Projetos de Recuperação e Conservação do Solo
O processo de degradação do solo, causado por atividades antrópicas, quando atinge níveis muito
elevados pode tornar o solo improdutivo ou inapto para agropecuária.
Sabendo da importância de preservação do solo, Derisio (2012) a�rma que o controle dos processos
de degradação deve estar relacionado com as técnicas mais apropriadas para desenvolvimento das
atividades humanas de acordo com o local. Para isso devem ser considerados topogra�a, o uso do
solo na região, o tipo de solo, a vegetação, as características do subsolo e a proximidade com cursos-
d’água.
O manejo e conservação do solo por meio da manutenção de sua qualidade é fundamental, uma vez
que garantem o uso desse recurso natural às gerações futuras. De maneira geral, os projetos e
práticas de prevenção e recuperação do solo de áreas degradadas devem (UFSM, s.d., on-line):
Proporcionar uma cobertura do solo, através das plantas vivas ou de seus resíduos
culturais, durante o maior tempo possível;
Maximizar o potencial de in�ltração da água da chuva e/ ou irrigação no solo;
Evitar o escoamento da água no sentido do declive.
Para que os projetos de prevenção e recuperação de solos degradados atinjam seus objetivos,
algumas técnicas devem ser colocadas em prática, essas técnicas serão estudadas nas aulas
seguintes.
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praticarVamos Praticar
Os elementos presentes no solo variam sua proporção de acordo com o tipo de solo e a estação sazonal do
momento. Segundo Braga et al. (2005), em termos médios de grandeza assinale a alternativa que apresenta
os elementos do solo que podem de forma geral ser encontrados.
a) 45% minerais; 20% ar; 30% água; 5% matéria orgânica.
b) 25% minerais; 25% ar; 25% água; 25% matéria orgânica.
c) 40% minerais; 20% ar; 20% água; 20% matéria orgânica.
d) 45% minerais; 25% ar; 25% água; 5% matéria orgânica.
e) 30% minerais; 20% ar; 45% água; 5% matéria orgânica.
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Caro(a) estudante, como de�nimos na aula anterior o solo é considerado um material que cobre a
superfície da terra, constituído de água, ar, material mineral e orgânico, contendo ainda organismos
vivos, variação da cor, quantidade e organização das partículas pelas quais são compostos. Além
disso, servem ainda como meio natural para o crescimento das plantas. 
Relações solo x PlantaRelações solo x Planta
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Dizemos que o solo apresenta características capazes de de�nir o crescimento das plantas que nele
se desenvolvem, além de determinar o tipo de vegetação e o número e tipo de animais capazes de
serem sustentados por essa vegetação (COELHO et al., 2002).
Funções Eco�isiológicas do Solo
A matéria mineral presente no solo é proveniente da decomposição das rochas durante o processo
de formação do mesmo, podendo ser variável em tamanho e tipo. Excluindo os grandes fragmentos
de rocha que podem fazer parte dos solos, 3 tipos de partículas minerais podem ser encontrados:
Figura 3.3 - Relação solo x planta 
Fonte: Weerapat Kiatdumrong / 123RF.
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A areia é a mais familiar entre nós pelo fato de conseguirmos vê-la na massa do solo sem
ajuda de microscópio. Seu tamanho varia de 2,0 a 0,05 mm e é ela a responsável pela
sensação áspera quando esfregamos uma amostra de solo entre os dedos. O silte é
menor; seu tamanho varia de 0,05 a 0,002 mm. Não conseguimos vê-lo sem ajuda de
microscópioe senti-lo individualmente, como fazemos com a areia. A menor classe de
partículas minerais é a de argila, que tem tamanho menor que 0,002 mm. É essa classe
de tamanho de partícula mineral responsável pela pegajosidade do solo. A argila é
responsável pela terra que adere aos pneus do carro ou aos dedos quando pegamos uma
amostra de solo umedecida e a amassamos. À quantidade de cada um desses
constituintes minerais no solo, chamamos de textura do solo. (COELHO et al., 2002, p. 52).
Já a matéria orgânica do solo é formada pelos restos de animais, microrganismos e plantas,
podendo estar presentes na maioria dos solos em pequena quantidade, que varia de 1% a 6%.
Mesmo em pequenas quantidades   in�uenciam muito nas propriedades do solo e também no
crescimento das plantas, apresentando um importante papel no processo de manutenção e
formação dos solos, aumento da capacidade de retenção da água da chuva nos solos e aumento do
fornecimento de nutrientes minerais como fósforo, nitrogênio e enxofre para as plantas (COELHO et
al., 2002).
A água do solo é fundamental para seu funcionamento, ocupando os poros e espaços vazios nele
presentes, quanto maior o poro em que a água está retida, maior a facilidade de seguir o �uxo e ser
absorvida pelas raízes das plantas. Após in�ltrar no solo, a água passa a ser denominada como
solução do solo, uma vez que contém substâncias orgânicas e inorgânicas, e é pela absorção dessa
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solução que as raízes das plantas absorvem a maioria dos nutrientes necessários para seu
desenvolvimento (COELHO et al., 2002).
Assim, dentre as funções de natureza ecológica desenvolvidas pelo solo, podemos dizer que ele
serve como substrato físico e nutritivo para o sistema radicular das plantas, é capaz de regular o
ambiente uma vez que �ltra e acumula diversos compostos que circulam pelo ecossistema, é
responsável pelo processo de reciclagem dos materiais, faz parte do processo do ciclo hidrológico e
ciclos biogeoquímicos, serve como meio de habitat para uma quantidade enorme de seres vivos,
podendo ser considerado uma reserva de biodiversidade.
Já para nós, seres humanos, ele pode servir para diversas �nalidades, dependendo da área em que
se deseja explorá-lo. Para um agricultor ou agrônomo serão destacados suas características de
suporte e produção agrícola. Para um engenheiro civil, o solo desempenha sua função de suportar
cargas, ou se transformar em material de construção. Para um engenheiro de minas, o solo é
importante como jazida mineral. Para o economista o solo é um fator de produção, já para o
ecologista o solo é um componente da biosfera, onde se dão diversos processos que mantêm o
equilíbrio dos ecossistemas (BRAGA et al., 2005).
Nutrição Mineral das Plantas
A fração sólida do solo, tanto mineral como orgânica, é o reservatório de nutrientes que as plantas
necessitam para seu desenvolvimento. No entanto, para que seu desenvolvimento seja satisfatório,
é necessário que os nutrientes tenham uma atividade adequada na solução do solo.
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Para que uma planta consiga absorver um nutriente, é preciso que o mesmo esteja na solução do
solo, em uma forma passível de absorção pelas plantas, e em contato com a superfície ativa do
sistema radicular. Assim sendo, podemos dizer que a nutrição vegetal pode ser afetada pela
extensão do sistema radicular das plantas, ou seja, ou o nutriente, junto com a solução do solo, se
move em direção à raiz da planta, ou a raiz cresce para um ponto onde se encontra o nutriente. Vale
ressaltar que esse crescimento não é proposital e sim aleatório (REICHARDT; TIMM, 2012).
Algumas condições físicas do solo podem in�uenciar o transporte de nutrientes, vamos analisar um
pouco dessas condições (REICHARDT; TIMM, 2012):
Figura 3.4 - Crescimento radicular dos vegetais 
Fonte: Orlando Rosu / 123RF.
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1. Umidade do solo: A umidade do solo varia muito durante o ciclo vegetativo, havendo uma
diminuição gradual com o passar do tempo. A umidade de forma adequada no solo
permite que os nutrientes sejam arrastados por �uxo de massa à superfície radicular, e
em muitos casos para dentro das raízes das plantas. Assim pode-se dizer que o �uxo de
massa dos nutrientes é diretamente proporcional ao �uxo de água do solo. A condição de
umidade do solo afeta o desenvolvimento radicular das plantas e com isso a interceptação
radicular dos nutrientes, solos com muitos teores de água diminuem a aeração do solo e
atrapalham o crescimento das raízes, porém solos pouco úmidos atrapalham o �uxo de
água a ponto de impedir a absorção pelas raízes.
2. Ar do solo: A importância da aeração do solo com a nutrição de forma geral está
relacionada com a respiração radicular e com a atividade dos microrganismos presentes.
O suprimento de ar do solo é inversamente proporcional ao suprimento de água,
tornando o equilíbrio desses suprimentos na área radicular ótimo para as plantas. Em
geral a aeração do solo é temporária e de difícil diagnóstico, condições anaeróbias no solo
podem promover a disponibilidade de metais como Fe, Cu e Mg, variações de pH e
potencial de oxirredução, aumentando a complexidade do problema.
3. Textura do solo: A textura do solo caracteriza a distribuição das partículas sólidas que a
ele pertencem. É a distribuição dessas partículas que de�ne sua porosidade e determina
suas propriedades hídricas como a condutividade elétrica. São essas propriedades hídricas
que afetam direta ou indiretamente o processo de absorção de nutrientes.
4. Temperatura do solo: A disponibilidade de nutrientes e a capacidade de absorção são
afetadas pela variação da temperatura, uma vez que ela in�uencia a atividade
microbiológica, solubilidade de compostos, absorção radicular, permeabilidade das raízes
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e atividade metabólica. De forma geral a atividade biológica no solo aumenta com o
aumento de temperatura. Alguns estudos demonstram que para diferentes nutrientes a
dependência da temperatura também é diferente em termos de absorção, o que torna
essa relação entre a absorção de nutrientes e a temperatura complexa.
5. Sistema radicular: O tipo de sistema radicular e sua extensão ao longo do per�l do solo
são fatores que também in�uenciam na absorção de nutrientes. Em geral a distribuição do
sistema radicular segue um modelo exponencial que decresce com o aumento da
profundidade.
Uma vez que a raiz está mergulhada na solução do solo, os nutrientes se difundem nos espaços
intercelulares, denominados como “espaço externo”, livres para os processos de difusão entre os
íons e os radicais eletricamente carregados das paredes celulares. O espaço interno é separado por
barreiras de permeabilidade seletiva (membranas celulares), é acessível apenas por transporte ativo
dos nutrientes, o qual exige uma energia metabólica para ocorrer (REICHARDT; TIMM, 2012).
praticar
V P ti
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p
Vamos Praticar
Algumas condições físicas do solo in�uenciam o transporte de nutrientes até as raízes das plantas. Uma das
condições estudadas afeta na capacidade de absorção e disponibilidade de nutrientes, devido à in�uência
dessa condição física do solo sob a atividade microbiana, solubilidade decompostos, absorção radicular,
permeabilidade das raízes e atividade metabólica. A atividade biológica pode aumentar com o aumento
dessa condição. Assinale a alternativa que representa essa condição física.
a) A textura do solo.
b) O sistema radicular.
c) A temperatura do solo.
d) O ar do solo.
e) A umidade do solo.
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São muitos os problemas que levam à degradação dos solos ou de um sistema de produção, porém
a erosão pode ser considerado o principal processo, uma vez que por meio dela os nutrientes do
solo são removidos, acelerando para o processo de degradação �nal.
Ao atingir o processo de degradação �nal, a capacidade de produção da biomassa vegetal é quase
nula, o solo já se encontra com uma acidez elevada, e passou por processos que o levaram a perder
Metodologia e PráticasMetodologia e Práticas
para Conservação epara Conservação e
Recuperação do SoloRecuperação do Solo
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os nutrientes e matéria orgânica antes existentes. No entanto, existem algumas formas de conservar
ou recuperar o solo degradado que serão vistas agora.
Práticas de Conservação do Solo
Algumas estratégias e ações devem ser utilizadas como forma de combate aos processos erosivos e
de degradação do solo, evitando seu empobrecimento nas suas diversas fases e formas (CATI, 2014).
Nesse contexto as tecnologias que serão apresentadas possuem 3 princípios fundamentais:
Aumento da cobertura vegetal, visando reduzir a desagregação do solo, pela redução da
energia de impacto das gotas de chuva na superfície;
Melhoria da in�ltração da água no per�l do solo, objetivando a diminuição do de�úvio
super�cial, aumentando a capacidade de armazenamento, proporcionando um aumento
na produtividade vegetal e redução dos riscos durante veranicos;
controle do escorrimento super�cial, proporcionando a redução do desgaste do solo pelo
processo erosivo, com consequente redução da poluição dos mananciais por sedimentos
ou insumos agrícolas e regularização do regime hídrico da bacia hidrográ�ca.
Gessagem
Promove uma melhor estrutura do solo, melhora as condições químicas e físicas da superfície, além
de fornecer nutrientes como cálcio e enxofre. Esse tipo de técnica melhora as condições de
in�ltração do solo e o ambiente radicular, uma vez que ele se desenvolve em maior profundidade.
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Adubação Verde
Consiste no cultivo de uma planta leguminosa, devido à sua capacidade de �xação biológica do
nitrogênio, com o objetivo de atribuir ao solo uma maior fertilidade. Durante o cultivo deve haver o
corte da planta imatura no seu �orescimento, independente da incorporação da �tomassa.
Rotação de Culturas
Esse sistema consiste em alternar o plantio de diferentes culturas em um mesmo terreno de forma
previamente planejada, lembrando sempre de levar em conta as condições do solo, topogra�a e
clima. Essa técnica auxilia na manutenção da matéria orgânica e do nitrogênio do solo, redução das
perdas por erosão e aumento da produção.
Sistema de integração entre Agricultura-Pecuária-Floresta
Consiste em sistemas produtivos que interagem as atividades de agricultura, pecuária e �oresta em
uma mesma área, tais sistemas podem ser realizados em sucessão, consórcio ou rotação. Por meio
do uso desses sistemas, podemos obter um aumento do controle da erosão, conservação e
melhoria das propriedades do solo e sustentabilidade de produção.
Faixas de Vegetação Permanente
São �leiras de plantas perenes de crescimento denso, dispostas em nível, utilizadas nas culturas
formando barreiras vivas entre as árvores que evitam o processo erosivo e servem de quebra-vento.
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Essas faixas de vegetação servem de obstáculos ao escoamento super�cial em épocas de alta
pluviosidade, retendo os sedimentos que seriam carregados e aumentando a in�ltração.
Terraceamento Agrícola
Consiste em procedimento mecânico de controle erosivo, com a adequada deposição de terra de
acordo com o declive do terreno. É uma prática bastante disseminada e e�ciente, uma vez que
diminui a velocidade do escoamento super�cial, por meio do parcelamento da rampa, e promove
uma maior in�ltração de água no solo. O dimensionamento do sistema deve ser bem feito para que
ele seja e�ciente.
Estratégias de Recuperação de Áreas
Degradadas
Segundo Wadt (2003, p. 20-27) as estratégias de recuperação de áreas degradadas podem ser de
curto, médio ou longo prazo, e depende de qual sistema está explorando a área degradada
(agricultura, pecuária, �orestas cultivadas entre outros).
Estratégia de Longo Prazo
Esse tipo de estratégia visa a recuperação natural da vegetação por meio do abandono da área,
também conhecido como “pousio”. É um processo em que a área é abandonada por um período de
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5 a 15 anos ou mais, e depois o sistema produtivo é reincorporado, após a queima da vegetação que
se desenvolver no local. Essa vegetação que se desenvolve após o abandono é semelhante à
sucessão ecológica secundária, que com o passar do tempo será uma área com características de
uma �oresta secundária, restabelecendo as funções antigamente existentes na área.
Com a formação dessa nova vegetação o gás carbônico da atmosfera passa a ser consumido, a água
presente no solo passa a ser absorvida, e os nutrientes que seriam perdidos pelo processo erosivo
passam para a biomassa do local. Por meio desse processo a fertilidade do solo é recuperada.
A formação dessa vegetação secundária pode ser di�cultada devido a fatores como baixo estoque
de sementes nativas, alto nível de compactação do solo, baixa fertilidade do solo, excesso de
resíduos de herbicidas e pesticidas no solo.
Em áreas mais degradadas há o plantio de leguminosas para acelerar o processo de recuperação,
uma vez que essas áreas demandam mais tempo para se recuperarem, exemplo de leguminosas
são: mucuna preta (Mucuna pruriens), feijão-de-porco (Canavalia ensiformis) e puerária (Pueraria
candollei).
É importante ressaltar aqui que a recuperação das matas ciliares também é importante na
estratégia de longo prazo, em que devem ser utilizadas diferentes espécies e de ocorrência natural,
contendo também as de rápido e de lento crescimento.
Estratégia de Médio Prazo
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Para ecossistemas agrícolas em geral a estratégia é a introdução de sistemas agrícolas �orestais, já
para ecossistemas de pastagens estratégias de médio prazo para recuperação de áreas degradadas
consistem na integração lavoura-pecuária e introdução de sistemas agrosilvipastoris. O objetivo
principal da integração de árvores em áreas de pastagens é recuperar os nutrientes nas partes
profundas do solo por meio da ciclagem dos mesmos, uma vez que esses elementos serão
absorvidos pelas raízes das árvores. Ainda, a integração lavoura-pecuária consiste no plantio de
lavoura de grãos (como o milho), seguido ou não por uma safra de grãos de leguminosa (como a
soja).
Ao utilizar sistemas agro�orestais na recuperação de áreas degradadas, uma variedade de
combinação dos sistemas pode ser utilizada. Osprincipais benefícios são: aumento da absorção de
fósforo e diminuição da lixiviação de nutrientes, devido ao desenvolvimento de uma camada densa
de raízes com micorrizas; aumento de húmus do solo resultantes da decomposição, devido a uma
maior produção de folhagens; absorção de nutrientes das camadas mais profundas dos solos e
fonte adicional de nitrogênio devido às espécies �xadoras desse elemento.
Estratégia de Curto Prazo
Essas estratégias, por serem chamadas de curto prazo, consistem na recuperação imediata da área
degradada. Assim sendo, em áreas agrícolas, são utilizados corretivos para a acidez do solo, e
fornecimento de cálcio e magnésio às plantas, eliminando os efeitos tóxicos do alumínio. Também
são utilizadas plantas leguminosas como fonte de nitrogênio e matéria orgânica, podendo essas
serem cultivadas em consórcio, utilizando espécies arbustivas e arbóreas.
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A utilização de adubo mineral, associado a práticas mecânicas, como subsolagem, torna o processo
de recuperação de áreas degradadas mais rápido, uma vez que fornece nutrientes que estejam em
níveis insu�cientes no solo recuperando sua fertilidade natural e em algumas das vezes o tornando
ainda mais fértil. A recuperação eleva a saturação de bases para valores de�nidos previamente
dependendo do tipo de solo e da cultura.
Dessa forma, a curto prazo, a recuperação das áreas degradadas objetiva a correção dos fatores que
causaram a degradação do meio, incluindo as seguintes práticas: controle de invasoras, adubação
de manutenção, melhoria do manejo, plantio de forrageiras, introdução de leguminosas,
diversi�cação do pasto e ocupação de nichos especí�cos. 
praticarVamos Praticar
Dentre as tecnologias existentes para conservação do solo, alternar o plantio de culturas em um mesmo
terreno auxilia na manutenção da matéria orgânica e do nitrogênio do solo, redução das perdas por erosão
e aumento da produção. Assinale a alternativa que representa essa prática de conservação.
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a) Terraceamento agrícola.
b) Faixas de vegetação permanente.
c) Sistema de integração entre Agricultura-Pecuária-Floresta.
d) Adubação Verde.
e) Rotação de culturas.
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A agroecologia deve ser vista como uma ciência multidisciplinar, com o objetivo de realizar a
transição da agricultura tradicional para uma agricultura mais sustentável, por meio de técnicas
menos agressivas ao meio ambiente e que proporcione melhores condições econômicas e sociais
aos agricultores.
Agroecologia eAgroecologia e
Desenvolvimento RuralDesenvolvimento Rural
SustentávelSustentável
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História e Desenvolvimento da Agricultura
Acredita-se que a agricultura é praticada pelo homem há aproximadamente 10.000 anos, devido à
necessidade de buscar novas alternativas para sua alimentação, e à di�culdade de migração durante
a pré-história.
Ao pesquisarmos na literatura, iremos encontrar diversos autores que relatam o nascimento da
agricultura em lugares diferentes. Alguns dizem que foi na Mesopotâmia há aproximadamente 4 a 5
mil anos. Outros historiadores a�rmam que foi com os egípcios na margem do rio Nilo há 6000
anos. En�m, todos esses povos já praticavam a agricultura por meios de diversas técnicas, algumas
delas até difícil de acreditar que puderam ser desenvolvidas naquela época (FELDENS, 2018).
No início do surgimento da agricultura, o homem utilizava uma pedra ou galho para rasgar o solo e
poder desenvolver sua atividade agrícola, com o tempo essas pedras foram sendo lascadas de
propósito e polidas para melhor cortar.
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Depois de muitos anos, o surgimento de máquinas facilitou o desenvolvimento da agricultura, e seu
surgimento em todos os continentes seguiu um parâmetro do crescimento populacional e a
necessidade de alimentos (FELDENS, 2018).
Assim com o desenvolvimento tecnológico, o surgimento de máquinas a vapor, eletricidade, energia
fóssil e até mesmo com a informática, o progresso do desenvolvimento agrícola se espalhou pelo
mundo. Podemos dizer que trocamos os arados de ferro com força muscular animal utilizados no
passado, por máquinas como modernas colheitadeiras e plantadeiras controladas por comandos
eletrônicos e digitais (FELDENS, 2018).
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Portanto, durante a história de evolução desse maquinário agrícola, à medida que essas máquinas
foram sendo aperfeiçoadas, obtendo cada vez mais um melhor desempenho no processo produtivo,
maior também foi sendo sua ação agressiva sobre o meio ambiente, e é nesse momento que
entramos no paradoxo, cabendo às gerações atuais e futuras encontrar os caminhos adequados
para sustentabilidade na agricultura.
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Impactos Ambientais, Sociais e Econômicos do
Modelo Agrícola Atual
O processo de modernização da agricultura, o qual levou ao modelo atual agrícola, criou um novo
padrão de desenvolvimento econômico que tem afastado o homem da área rural, levando a uma
menor geração de emprego, diminuição de renda e outros fatores provenientes da competitividade
do capitalismo, responsável pela desordem no espaço do campo (BALSAN, 2006).
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Para Balsan (2006, p. 132), a modernização da agricultura no Brasil é responsável pelo aumento da
pobreza no campo:
As condições econômicas, sociais e políticas brasileiras indicam disparidade entre
diferentes classes sociais que marginaliza diretamente as classes menos favorecidas, como
os agricultores com baixo poder aquisitivo, pequenos proprietários e agricultores
reflitaRe�ita
A modernização da agricultura aumentou a
e�ciência e velocidade de produção, será que esses
benefícios compensam o aumento da pobreza e
desemprego na área rural, devido a substituição da
mão de obra pelas máquinas?
Fonte: Elaborado pelo autor.
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familiares com área restrita. A modernização da agricultura brasileira tendeu a favorecer
o aumento da participação relativa das camadas mais ricas na apropriação da renda
total. Assim, o aumento generalizado da pobreza no campo pode ser visto como resultado
do processo de modernização, pois a expansão da grande propriedade com a
mecanização e utilização de agroquímicos diminui a necessidade de mão de obra
permanente, ao mesmo tempo em que os trabalhadores volantes (boias-frias) veem sua
oferta de trabalho diminuir cada vez mais e acabam se sujeitando a duros turnos no
campo por diárias cada vez mais irrisórias.
As relações econômicas e sociais dos mercados e empresas estão cada vez mais integradas e
capitalistas,guiando a produção a um processo de centralização, uma vez que elas exigem o que
produzir e como produzir (BALSAN, 2006).
Como podemos observar, a modernização atual da agricultura levou a algumas mudanças no
emprego da área rural, diminuindo a necessidade da mão de obra permanente, levando
trabalhadores permanentes a serem dispensados e substituídos por máquinas, liberando assim os
proprietários de pagamentos de encargos sociais.
O aumento da produtividade das lavouras gerado pela modernização agrícola levou a impactos
ambientais como destruição de �orestas devido à necessidade de uma maior área de cultivo, perda
da biodiversidade, erosão dos solos, contaminação dos recursos naturais e alimentos (BALSAN,
2006).
Podemos constatar que o recurso natural mais afetado pelo processo de agricultura moderna é o
solo, principalmente em locais em que é praticada a monocultura. O fato de apenas um tipo de
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cultura ser praticada em uma determinada região obriga o produtor a aumentar o uso de
fertilizantes, adubos inorgânicos e agrotóxicos, uma vez que ocorre o empobrecimento dos
nutrientes do solo, aumentando ainda mais os impactos negativos na região. A água subterrânea e
super�cial são recursos naturais que também sofrem contaminação.
A questão ambiental se torna um fator complexo multidisciplinar que deve ser levado em
consideração, quando o assunto é agricultura, pois os impactos ambientais negativos provenientes
dessa atividade podem ser enormes quando praticada de forma insustentável.
Modelos Sustentáveis de Produção de
Alimentos
Iremos tratar de 3 modelos de agricultura e produção de alimentos sustentáveis que são:
agroecologia, produção orgânica e produção integrada.
Agroecologia
A agroecologia é um sistema de produção que aplica conceitos e práticas junto ao desenho e
manejo de ecossistemas autossustentáveis. Pode-se dizer que a agroecologia é a integração de
agroecossistemas que abrangem conhecimentos das áreas de agricultura, ecologia, economia e
sociologia. Um agrossistema desse tipo de produção é composto pelo equilíbrio entre plantas, solo,
nutrientes, luz solar, umidade e outros organismos coexistentes. Todos esses elementos citados
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interagem entre si, gerando alguns efeitos bené�cos ao sistema, como criação de uma cobertura
vegetal contínua para proteção do solo, asseguramento de produção constante de alimentos,
fechamento dos ciclos de nutrientes e garantia do uso e�caz dos recursos locais, contribuição para a
conservação do solo e dos recursos hídricos, e intensi�cação do controle biológico de pragas
fornecendo habitat para os inimigos naturais (MANCINI, 2017).
Produção Orgânica
A agricultura orgânica de�ne o solo como um sistema vivo, que deve ser nutrido, porém essa
renutrição do solo não pode atrapalhar na vida dos seres vivos que reciclam seus nutrientes e
produzem húmus, nem alterar suas funções. A unidade de produção agrícola orgânica permite um
manejo que promove a agrobiodiversidade e a ocorrência de ciclos biológicos de tal forma que
estimule a sustentabilidade ambiental, econômica e social da unidade (MANCINI, 2017).
Produtos orgânicos são cultivados sem a utilização de fertilizantes, agrotóxicos e transgênicos, o que
os torna mais saudáveis e seguros para o consumo. O fato desses auxílios sintéticos não serem
utilizados requer uma atenção e trabalho dobrado para obter produtos de qualidade, uma das
razões para a agricultura familiar ser mais adequada para esse tipo de agricultura (MANCINI, 2017).
Produção Integrada
A produção integrada é um sistema agrícola que utiliza recursos e mecanismos naturais para
produção de alimentos, eliminando práticas de produção prejudiciais ao meio ambiente,
assegurando uma agricultura viável (MANCINI, 2017).
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Alguns princípios são de�nidos pela OILB/SROP (1979) (Secção Regional Oeste Paleártica da
Organização Internacional de Luta Biológica e Protecção Integrada):
A produção integrada visa à regulação dos ecossistemas, à conservação e preservação dos
recursos naturais, e o bem-estar dos animais;
Minimizar alguns impactos ambientais causados aos recursos naturais como erosão do
solo e contaminação das águas subterrâneas e super�ciais;
A área em que a produção agrícola for implantada é a exploração agrícola em seu
conjunto;
Assegurar que o produtor agrícola se mantenha atualizado e informado sobre as práticas
de produção integrada;
Evitar impactos ecológicos provenientes de atividades agrícolas que possam alterar a
estabilidade de ecossistemas ou afetar seus componentes de regulação natural;
Garantir por meio de fertilizações fundamentadas a reciclagem da matéria orgânica do
solo, assim como o equilíbrio dos ciclos de nutrientes com redução de suas perdas;
A biodiversidade dos ecossistemas deve ser mantida, uma vez que garante os fatores de
regulação natural, a estabilidade e a qualidade da paisagem do mesmo.
praticar
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praticarVamos Praticar
Dentro dos modelos sustentáveis de produção de alimentos podemos destacar aqueles que utilizam
recursos e mecanismos naturais para produção de alimentos e apresentam princípios que visam à
regulação dos ecossistemas, preservação dos recursos naturais, garantir o bem-estar animal, manter a
biodiversidade e reduzir impactos ambientais. Assinale a alternativa que representa modelos sustentáveis
de produção com essas características.
a) Produção orgânica e monocultura.
b) Produção orgânica e Produção integrada.
c) Produção integrada e agricultura moderna.
d) Agroecologia e monocultura.
e) Monocultura e agricultura moderna.
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indicações
Material
Complementar
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LIVRO
O Homem, a Agricultura e a História
Leopoldo Feldens
Editora: Univates
ISBN: 978-85-8167-241-0
Comentário: Durante a leitura do livro você irá se deparar com a
história do homem primitivo, o nascimento da agricultura assim como o
seu desenvolvimento que envolve todas as suas revoluções, reformas
agrárias, práticas agrícolas em diversos países, assim como os modelos
sustentáveis de agricultura aqui estudados.
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FILME
Documentário Terra e Sustentabilidade
Ano: 2012
 Comentário: O documentário Terra e Sustentabilidade apresenta os
benefícios de um dos sistemas agrícolas mais e�cientes do ponto de
vista da sustentabilidade e da produtividade no campo, o sistema de
manejo agrícola Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), que tem
como objetivo integrar produção de alimentos, �bras, energia e
madeira, realizados na mesma área, em cultivo consorciado, em
sucessão ou rotação.
T R A I L E R
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conclusão
Conclusão
Como pudemos aprender durantea leitura do material, o solo é um recurso natural de fundamental
importância para vida de todos os seres vivos, composto por elementos que podem variar de acordo
com o local, estação do ano e a rocha responsável pela sua formação. Porém, o uso inadequado
desse recurso pode trazer consequências econômicas, sociais e ambientais que comprometem o
seu futuro. A aplicação de técnicas e práticas de conservação do solo e recuperação de áreas
degradadas é essencial para garantir esse recurso às gerações futuras. Assim o desenvolvimento de
uma agricultura sustentável é o caminho para redução de impactos negativos nesse setor, uma vez
que o modelo atual de agricultura é responsável por causar impactos negativos no meio ambiente.
referências
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Referências
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