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Hiperbilirrubinemia

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Hiperbilirrubinemia 
 Acúmulo excessivo de 
bilirrubina no sangue e se 
caracteriza por icterícia – 
coloração amarelada na pele e 
órgãos. 
 É o problema mais frequente 
em neonatologia, a maioria dos 
casos é fisiológica, mas 
também pode indicar 
patologia. 
Tipos: icterícia fisiológica; associada 
com amamentação; doença 
hemolítica. 
Fisiopatologia: multiplicação do 
número de hemácias do feto para 
garantir aporte de oxigênio suficiente 
para suportar asfixia do nascimento. 
Logo após, ocorre a destruição do 
excesso de hemácias, produzindo mais 
bilirrubina do que o fígado imaturo 
pode suportar. Este excesso se difunde 
para os tecidos tornando a cor da pele 
amarelada. 
A bilirrubina é um dos produtos de 
degradação da hemoglobina. Após a 
hemólise os produtos são liberados na 
circulação. 
 Heme Globina 
 
Bilirrubina usada pelo corpo 
não conjugada: 
substância insolúvel ligada a albumina 
(bilirrubina indireta). 
, a Bil.ind. pela enzima No fígado
glicuroniltransferase + ácido 
glicurâmico forma o glicorunídeo 
bilirrubina conjugada – sendo 
excretada na bile. 
, a ação bactericida reduz No intestino
a bilirrubina conjugada em 
urobilinogênio e estercobilina, sendo 
excretada nas fezes e urina. 
Possíveis causas no RN: 
 Prematuridade 
 Associação com leite materno 
 Incapacidade hepática 
 Doenças hemolíticas 
 Sepses 
 Outras morbidades 
Manifestações: pele e mucosas com 
coloração amarelada, 
hiperbilirrubinemia sérica, fezes e urina 
de coloração escura. 
Valores normais e patológicos: 
 Normal Patológico 
Bil. Total 1,0 a 1,5 mg >15 mg 
Bil. Dir. 0 a 0,5 mg >2 mg 
Bil. Indir, 0,1 a 0,7 mg >12 mg 
 
 A icterícia aparece quando os 
níveis de bilirrubina indireta são 
> 6 mg/100 ml. 
 
 
 
 A bilirrubina indireta pode 
passar ao SNC, atravessando a 
barreira sanguínea cerebral, 
causando cor amarelada no 
tecido cerebral conhecido como 
Kernícterus – causa diversos 
níveis de sequelas neurológicas 
que envolvem retardo mental, 
perda de audição e disfunção 
motora. 
Icterícia Fisiológica: geralmente surge 
entre o segundo e o terceiro dia de 
vida, causada por processos 
fisiológicos neonatais normais. Durante 
a 1a semana de vida a BI total pode 
chegar a 7mg/dl. Ocorre no segundo 
dia de vida e prolonga-se até o 
sétimo/nono dia. Inicia-se na face, 
estendendo-se para tronco e 
membros. 
Icterícia associada ao leite materno: 
após processo de metabolização da 
bilirrubina, a mesma se encontra no 
intestino onde é desconjugada e uma 
parte reabsorvida, aumentando a 
bilirrubina plasmática – Circulação 
Êntero-Hepática. Algumas substâncias 
presentes no leite materno aumentam 
essa circulação, desencadeando a 
icterícia. 
Doença Hemolítica do RN: é causada 
pela incompatibilidade sanguínea 
materno-fetal, e transferência ao feto 
de anticorpos maternos. A: fator Rh. B: 
grupo sanguíneo ABO. 
Prevenção: a imunoglobulina humana 
anti-Rh deve ser administrada na mãe 
72h pós parto, por injeção IM. 
Tratamento: correção da anemia, 
fototerapia, exsanguíneo-transfusão. 
Cuidados de enf: evitar resfriamento e 
asfixia, retardar mumificação do coto, 
observar sinais clínicos e eliminações, 
manter ingestão adequada de líquidos, 
alimentação, observar sinais de 
kernícterus, cuidados com fototerapia 
e exsanguíneo-transfusão. 
 
Tratamento da Hiperbilirrubinemia: 
Fototerapia: consiste em expor a 
criança à luz fluorescente, para reduzir 
a quantidade de bilirrubina circulante – 
transforma a BI em produtos 
hidrossolúveis que são eliminados por 
rins e fígado. Processos de 
fotoisomerização e fotooxidação. 
Técnica: utilizar incubadora, fonte de 
luz deve incidir sobre a criança numa 
distância de 30 a 50 cm, usando um 
aparelho para cada criança. Utilizar 
lâmpadas azuis, e a troca das mesmas 
é baseada no número de horas de uso. 
Cuidados de enfermagem: cuidados no 
uso dos opérculos, mudança de 
decúbito, estimular aleitamento 
materno, observar aceitação da dieta, 
observar sinais de queimadura, 
incentivar visita dos pais, aferir 
irradiância (18uw/cm) para troca das 
lâmpadas. 
Efeitos colaterais: perda insensível de 
água, distúrbios eletrolíticos, efeitos 
gastrointestinais, dano à retina, 
conjuntivite, hipertermia, alteração da 
cor e aspecto da pele, interferência 
relação mãe-filho. 
Exsanguíneo-transfusão: tratamento 
onde são realizadas as trocas 
sanguíneas do RN, visando substituir os 
eritrócitos sensibilizados, corrigir a 
anemia e remover a BI. Em casos de 
RN com HT > 70mg%. 
Deve ser realizado através de 
cateterismo de veia umbilical, com 
técnica asséptica, oxigenação 
adequada, monitorização cardíaca e 
sob fonte de calor radiante; dosar 
níveis de glicemia antes e após, sangue 
aquecido a 37 graus, retirar sangue 
pela artéria e injetar pela veia. 
Indicada quando o nível de bilirrubina 
>20mg/100ml. Deve-se realizar a troca 
de duas volemias do RN (160 ml/kg). 
Intervenções de enfermagem: preparar 
material, preparar RN, providenciar 
sangue aquecido, aspirar secreções, 
monitorar SV e saturação de gases, 
observar manifestações de 
hipoglicemia, hipocalcemia, acidose, 
adm o2 SN, realizar balanço de trocas 
sanguíneas. 
Após a EX: providenciar exames, vigiar 
constantemente, manter a criança 
bem aquecida e oxigenada, iniciar a 
alimentação o mais precoce possível. 
Complicações: vasculares, cardíacas, 
eletrolíticas, sangramentos, infecções, 
miscelânea. 
 
Hiperbilirrubinemia direta: ocorre 
quando a BD atinge valores maiores de 
2mg/100ml. 
Causada por infecções (TORCHS, 
septicemia, infecções urinárias, 
hepatite, tuberculose), obstrução de 
vias biliares, distúrbios metabólicos, 
toxicidade – nutrição parenteral 
prolongada.

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