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A demografia é o estudo de populações, em termos de tamanho e densidade, fertilidade, mortalidade, crescimento, distribuição etária, migração e estatísticas sobre vidas, e da interação de todos esses fatores com as condições sociais e econômicas. Hoje ela é especialmente importante para o estudo da saúde global, pois o atual crescimento da população é algo nunca visto antes na história humana. A população mundial era de 1 bilhão de pessoas em 1800, chegou a 2 bilhões em 1930 e, desde então, cresceu exponencialmente e hoje é de 7,3 bilhões, número que aumenta a cada segundo. Podemos verificar esse crescimento com o formato da curva que mede o crescimento populacional no formato da letra J, lembrando que esse crescimento não é constante entre os países e ao longo do tempo, devido a diversos fatores, como por exemplo, a epidemia de Covid-19. Quando os cidadãos de um país vivem por mais tempo e com mais saúde, a parte superior da pirâmide, que representa o grupo mais velho, aumenta. Entretanto, quando a expectativa de vida de um lugar é baixa, possivelmente devido a doenças e ferimentos, a parte superior diminui. Ao analisarmos a pirâmide populacional do Brasil, podemos observar que a base da pirâmide (menor idade) até o seu meio (idade de 45 a 49 anos) é maior em relação ao topo da pirâmide (idades mais avançadas), o que indica que temos mais brasileiros mais novos em relação à Itália em relação aos mais velhos. Da faixa de 50 anos para cima é claro verificar a diminuição gradual do número de pessoas. Já na Itália, podemos observar o fenômeno inverso, onde a base da pirâmide é inferior ao seu topo, o que significa que o país apresenta taxa de natalidade baixa, com faixa etária de 0 a 4 anos bem menor em relação ao Brasil que apresenta as faixas mais largas a partir da idade de 15 a 19 anos, enquanto a Itália entre 40 e 45 anos. Isso significa que a maior parte da população no Brasil está distribuída nas faixas etárias mais jovens, enquanto na Itália está nas faixas mais velhas. O Brasil tem a característica populacional dos países em desenvolvimento, enquanto a Itália evidencia as dos países desenvolvidos no geral. O que podemos observar em relação à quantidade de mortes em decorrência da Covid-19 na Itália é que um país com 23%de sua população acima dos 65 anos aumentou os riscos de morte percentual no país, além disso, o atraso nas políticas de distanciamento social fez com que as taxas de letalidade se sobressaíssem durante o período de estudo do caso. Campanhas como: Milão não pode parar foram incentivadas pelo governo da Itália, o que também enfrentamos aqui no Brasil, porém, com a pressão social e de especialistas, conseguimos fazer um controle maior no início da pandemia. A falta dessas políticas públicas de prevenção e junto ao fato da Itália possuir um número maior de idosos no país e o Covid-19 desenvolver de forma ainda mais agressiva em pessoas com mais idade, fez com que os números de mortos da Itália, no período exemplificado, fossem extremamente maiores que no Brasil.
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