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Anatomia e Funções do Fígado

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Maria Seiane Farias Barros – medicina IESVAP 
➜Segundo maior órgão do corpo humano, com cerca de 
2% do peso corporal total, em torno de 1,5kg no adulto. 
➜Localização: inferiormente ao diafragma e ocupa a 
maior parte do hipocôndrio direito e parte das regiões 
epigástricas da cavidade abdominopélvica. 
➜Quase totalmente recoberto pelo peritônio visceral e é 
completamente coberto por uma camada de tecido 
conjuntivo denso irregular que se encontra profundamente 
ao peritônio. 
➜Dividido em dois lobos principais pelo ligamento 
falciforme – uma prega do mesentério: 
 Lobo hepático direito - Maior 
 Lobo hepático esquerdo - Menor 
➜Na margem livre do ligamento falciforme está o 
ligamento redondo, um remanescente da veia umbilical do 
feto é um cordão fibroso que se estende do fígado ao 
umbigo. 
➜Os ligamentos coronários direito e esquerdo são 
extensões estreitas do peritônio parietal que suspendem o 
fígado do diafragma. 
➜A superfície súpero-anterior do fígado acompanha a 
suave curvatura da parede do corpo 
➜A superfície ínfero-posterior (face visceral) apresenta as 
impressões do estômago, intestino delgado, rim direito e 
intestino grosso 
➜Face diafragmática: superfícies superior, anterior e 
posterior do fígado 
➜A descrição clássica do fígado apresenta quatro lobos: 
 A veia cava inferior divide o lobo direito e o pequeno 
lobo caudado. 
 Inferiormente ao lobo caudado tem-se o lobo quadrado 
 
 
➜Principais células funcionais do fígado, são metabólicas, 
exócrinas e endócrinas. 
➜São células epiteliais especializadas com 5 a 12 lados que 
compõem aprox. 80% volume do fígado 
➜Formam arranjos tridimensionais chamados de lâminas 
hepáticas – são placas de hepatócitos de uma célula de 
espessura limitada em ambos os lados por espaços 
vasculares revestidos por células endoteliais chamados 
sinusoides hepáticos 
 As lâminas hepáticas são estruturas irregulares 
altamente ramificadas. 
 Os sulcos nas membranas celulares entre 
hepatócitos vizinhos fornecem espaços para os 
canalículos, para os quais os hepatócitos secretam 
bile 
➜São pequenos ductos entre os hepatócitos que coletam 
a bile produzida pelos hepatócitos 
➜Canal/Passagem: Canalículos da bile – ductulos biliares – 
ductos biliares – se unem e formam os ductos direito e 
esquerdo – se unem como ducto hepático comum – pode 
tanto fluir para o ducto colédoco (direto no intestino) como 
para o ducto cístico (vesícula biliar) – bile entra no duodeno 
intestinal para digestão. 
➜São capilares sanguíneos altamente permeáveis entre 
fileiras de hepatócitos que recebem sangue oxigenado de 
ramos da artéria hepática e sangue venoso rico em 
nutrientes de ramos da veia porta do fígado. 
➜*A veia porta do fígado traz o sangue venoso dos 
órgãos gastrintestinais e baço para o fígado 
➜Os sinusoides hepáticos convergem e entregam o 
sangue a uma veia central. A partir das veias centrais, o 
sangue flui para as veias hepáticas, que drenam para a veia 
cava inferior 
➜Nos sinusoides hepáticos também estão presentes 
fagócitos fixos chamados células estreladas do fígado, que 
destroem eritrócitos e leucócitos envelhecidos, bactérias e 
outros materiais estranhos do sangue venoso que drena 
do canal alimentar. 
➜O ducto biliar, um ramo da artéria hepática e um ramo 
da veia hepática são chamados tríade portal. 
1. Secreção e produção de bile 
2. Metabolismo dos carboidratos – manutenção da 
glicose no sangue – das proteinas (desaminação e 
sintetizam a maior parte das proteínas plasmáticas) 
e dos lipídios. 
3. Processamento de fármacos e hormônios - fígado 
desintoxica substâncias, como o álcool etílico, e 
excreta medicamentos como a penicilina, a 
eritromicina e as sulfonamidas na bile 
4. Excreção de bilirrubina – absorvida no fígado a 
partir do sangue e secretada na bile. 
5. Armazenamento 
6. Fagocitose – células estreladas do fígado. 
7. Ativação da vitamina D 
8. Síntese de fatores de coagulação 
9. Síntese do hormônio angiotensinogênio inativo 
➜Suas funções podem ser classificadas em três 
categorias básicas: 
 Regulação metabólica: 
o É o centro de depuração da regulação 
metabólica do corpo. 
o Níveis de carboidratos, lipídeos e aminoácidos 
circulantes são regulados pelo fígado. 
o Todo o sangue que sai do trato digestório 
entra no sistema porta-hepático e flui para o 
fígado. 
o Células (hepatócitos) extraem nutrientes 
absorvidos e as toxinas do sangue antes de 
sua entrada na circulação sistêmica 
o Armazenam as vitaminas lipossolúveis (KEDA) 
 Regulação hematológica 
o Recebe cerca de 25% do débito cardíaco 
o Sangue passa pelos vasos sinusoides 
hepáticos 
1. Fagócitos removem glóbulos vermelhos 
danificados ou velhos (por células de 
Kupffer), fragmentos celulares e 
patógenos 
2. Síntese pelas células do fígado de 
proteinas que contribuem para a 
concentração osmótica do sangue, 
transporte de nutrientes e a coagulação 
e sistemas complementares. 
 Síntese e secreção de bile: 
o A bile é sintetizada por células hepáticas, 
armazenada na vesícula biliar e excretada na 
cavidade do duodeno 
o Composta: agua, pouca quantidade de íons – 
fazem a diluição e o tamponamento 
(neutralização) do quimo - bilirrubina, variedade 
de lipídios, chamados de sais biliares - 
associam-se a lipídeos no quimo, facilitando a 
ação de enzimas para a quebra desses 
lipídeos em ácidos graxos de fácil absorção. 
Artéria hepática (sangue oxigenado) 
Recebe sangue de duas fontes sinusoides hepáticos – hepatócitos – veia central – veia hepática 
 Veia porta do fígado (nutrientes recém absorvidos) 
➜O fígado produz e secreta 250 a 1.500 ml de bile por 
dia 
➜Sais biliares: 
 O precursor dos sais biliares é o colesterol, presente 
na dieta ou sintetizado nas células hepáticas, durante o 
curso do metabolismo de gorduras. 
 O colesterol é, primeiro, convertido em ácido cólico ou 
ácido quenodesoxicólico, em quantidades 
aproximadamente iguais. 
 Esses ácidos se combinam em sua maior parte com 
glicina e, em menor escala, com taurina, para formar 
ácidos biliares glico e tauroconjugados. 
 Os sais desses ácidos, especialmente os sais de sódio, 
são então secretados para a bile. 
➜Sais biliares, bilirrubina, colesterol, lecitina e os eletrólitos 
usuais do plasma. 
Armazenamento e Concentração 
➜É armazenada na vesícula biliar 
➜A concentração na vesícula biliar muda a composição: 
agua e eletrólitos são reabsorvidos pela mucosa e os 
outros constituintes ficam concentrados. 
➜Grande parte da absorção na vesícula biliar é causada 
pelo transporte ativo de sódio através do epitélio da 
vesícula biliar, seguido pela absorção secundária de íons 
cloreto, água e muitos outros constituintes difusíveis 
➜A bile tem papel importante na digestão e na absorção 
de gorduras 
➜Serve como meio de excreção de diversos produtos 
do sangue. Esses produtos de resíduos incluem 
especialmente a bilirrubina, produto final da destruição da 
hemoglobina e o colesterol em excesso 
➜A bile flui dos hepatócitos para os canalículos em direção 
aos septos interlobulares para desembocar nos ductos 
biliares terminais – onde no percurso ocorre secreção 
adicional de sódio e bicarbonato pelas células epiteliais, é 
estimulada pela secretina –, fluindo, então, para ductos 
progressivamente maiores e chegando finalmente ao 
ducto hepático e ao ducto biliar comum. 
➜Os sais biliares, que agem como detergentes para tornar 
as gorduras solúveis durante a digestão, são produzidos a 
partir dos ácidos biliares esteroides combinados com 
aminoácidos e ionizados. 
➜As gotículas lipídicas que vem do estomago tem pouca 
área de superfície 
➜Para aumentar a área de superfície disponível para a 
digestão enzimática da gordura, o fígado secreta sais 
biliares no intestino delgado. Os sais biliares ajudam a 
quebrar a emulsão de partículas grandes em partículas 
menorese mais estáveis. 
➜Os sais biliares são anfipáticos. As regiões hidrofóbicas 
associam-se à superfície das gotas lipídicas, ao passo que 
a cadeia lateral polar interage com a água, criando uma 
emulsão estável de pequenas gotas de gordura solúveis 
em água. 
➜A digestão enzimática das gorduras é feita por lipases 
porem ela é incapaz de penetrar os sais biliares, por isso 
conta com a colipase, também secretado pelo pâncreas – 
desloca alguns sais biliares permitindo a lipase acessar as 
gorduras. 
➜Absorção: são absorvidos por difusão simples – 
enterócito 
*colesterol: acha-se que sejam transportados por proteínas 
de transporte, NPC1L1 
➜Uma vez dentro dos enterócitos, os monoacilgliceróis e 
os ácidos graxos movem-se para o retículo 
endoplasmático liso, onde se recombinam, formando 
triacilgliceróis. Os triacilgliceróis, então, combinam-se com 
colesterol e proteínas, formando grandes gotas, 
denominadas quilomícrons. 
➜Os sais biliares passam para o íleo, onde eles próprios 
são reabsorvidos – metade da absorção ocorre por 
difusão simples no início do intestino, o restante por 
transporte ativo através da mucosa no íleo – e transferidos 
novamente para o fígado. Este circuito é chamado de 
circulação êntero-hepática 
➜Os ácidos biliares realizam duas funções: 
1. Ajudam a emulsificar as grandes partículas de 
gordura, nos alimentos, a muitas partículas 
diminutas, cujas superfícies são atacadas pelas 
lipases secretadas no suco pancreático; 
2. Ajudam a absorção dos produtos finais da digestão 
das gordura através da membrana mucosa 
intestinal 
➜É um órgão muscular oco e piriforme 
➜Dividida em 3 regiões: 
 O amplo fundo da vesícula biliar, que se projeta 
inferiormente além da margem inferior do fígado 
 O corpo da vesícula biliar, a parte central 
 O colo da vesícula biliar, a parte afunilada. 
➜O corpo e o colo se projetam superiormente. 
➜É um saco muscular em forma de pera que está 
localizado em uma depressão da face posterior do fígado. 
➜Localização: Situa-se em um recesso, a fossa da 
vesícula biliar, na face visceral do lobo hepático direito. 
➜Como o fígado, a vesícula biliar é um órgão revestido 
pelo peritônio. 
➜O ducto cístico parte da vesícula biliar e faz trajeto em 
direção à porta do fígado, onde se une ao ducto hepático 
comum para formar o ducto colédoco 
➜No duodeno, o músculo esfíncter da ampola 
hepatopancreática (ou esfíncter de Oddi) circunda o ducto 
colédoco e a referida ampola. 
➜A ampola hepatopancreática abre-se no interior do 
duodeno, na papila do duodeno (papila de Valter), uma 
pequena elevação da túnica mucosa. 
➜A contração desse músculo esfíncter oclui a via de 
passagem e evita a entrada de bile na cavidade do intestino 
delgado. 
➜Mede de 7 a 10 cm de comprimento e normalmente 
pende da margem inferior anterior do fígado 
Função: 
➜Armazena e concentra bile antes de sua excreção no 
intestino delgado. 
➜Musculo esfíncter contraído – bile entra no ducto cístico 
– armazenada no interior da vesícula 
➜A vesícula é um órgão expansível que armazena de 40 
a 70 mL de bile 
➜A bile é modificada: a agua é absorvida e os sais biliares 
e outros componentes da bile se tornam mais 
concentrados. 
➜A ejeção é comandada pela colecistoquinina ou CCK, 
liberada na circulação sanguínea pelo duodeno com a 
chegada do quimo. Ela relaxa a esfíncter e faz a contração 
da vesícula biliar. 
Cálculos biliares 
➜Se a concentração da bile (sais biliares ou lectina 
insuficientes ou excesso de colesterol) aumenta 
exageradamente, o colesterol pode formar cristais de sais 
e minerais insolúveis começam a aparecer. Estes depósitos 
são denominados cálculos biliares 
➜A presença desses cálculos é uma condição chamada 
de colelitíase. Quando pequenos cálculos passam pelo 
colédoco e são excretados, a condição é assintomática. 
➜Colecistite aguda: quando um cálculo biliar penetra e 
obstrui a cavidade (luz) do ducto cístico ou do ducto 
colédoco, surgem os sintomas dolorosos da cólica biliar. 
 A vesícula biliar torna-se edemaciada e inflamada, 
podem desenvolver-se infecções e, caso não 
ocorra desbloqueio espontâneo com o retorno do 
fluxo conduzindo o cálculo ao longo do ducto 
colédoco e ao duodeno, é necessária a remoção 
do cálculo. 
 
➜Para evitar os efeitos colaterais resultantes da perda da 
vesícula biliar, os pacientes devem fazer alterações no 
estilo de vida e alimentação, incluindo: 
1. Limitar a ingestão de gordura saturada; 
2. Evitar o consumo de bebidas alcoólicas; 
3. Ingerir pequenas quantidades de comida durante uma 
refeição e fazer de 5 a 6 pequenas refeições por dia, 
em vez de 2 a 3 refeições maiores; 
4. Tomar suplementos vitamínicos e minerais. 
➜Com o mecanismo que regula a liberação de bile 
removido, o trato gastrointestinal pode receber muito ou 
pouca bile. 
➜Distúrbios digestivos nas primeiras semanas de 
operação são frequentes. 
➜A colecistectomia remove o principal local de 
armazenamento dos ácidos biliares, consequentemente 
eles permanecem por mais tempo em contato com a 
mucosa do intestino entre as refeições. 
➜Os ácidos biliares sofrem um número maior de 
desidroxilação bacteriana, dificultando sua absorção 
intestinal, chegando em quantidades maiores no intestino 
grosso, principal causa das alterações intestinais.;

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