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E CULTURA – IEC Rua: Rua Apodi 392, Tirol - Natal – RN Telefone: (84) 3344-3686 e-mail: iecnatal@hotmail.com EQUIPE GESTORA Diretora Geral: Oscarina Saraiva Coelho Vice-Diretora: Maria José Fernandes Torres Coordenadora Pedagógica: Zora Yonara Cândido Duarte dos Santos Normalização Bibliográfica Zora Yonara Cândido Duarte dos Santos Dados Catalográficos AACR2 – Anglo-American Cataloguing Rules 2. Zora Yonara Cândido Duarte dos Santos Bibliotecária/Documentalista CRB 15ª Região / 457 S719b Souza, Daniele Santana de. Base Tecnólogica: pós-operatório em pacientes na UTI´s / Daniele Santana de Souza. ___ Natal, RN: IEC, 2021. Instituto de Ensino e Cultura - IEC 42 p. 1. Unidade de Terapia Intensiva. 2. Enfermagem. 3. Qualificação. I. Souza, Daniele Santana de. II. Título. IEC/NATAL/RN CDU 616.081 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 04 2. CLASSIFICAÇÃO DAS MODALIDADES 05 3. CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS QUANTO A INFECÇÃO OU 06 CONTAMINAÇÃO 4. ADMISSÃO DO PACIENTE 06 4.1 MONTAGEM DO BOX 07 5. ASPECTOS GERAIS DO PÓS-OPERATÓRIO 08 6. AVALIAÇÃO IMEDIATA 08 6.1 SISTEMA RESPIRATÓRIO 08 6.2 SISTEMA CARDIOVASCULAR 09 6.3 SISTEMA NEUROLÓGICO 14 6.4 SISTEMA RENAL 14 6.5 SUPORTE NUTRICIONAL E DE ELIMINAÇÃO 15 6.6 ACESSO VENOSO 15 6.7 FERIDA CIRÚRGICA 16 6.8 TIPOS DE CICATRIZAÇÃO DE FERIDA OPERATÓRIA 16 6.9 POSICIONAMENTO NO LEITO 17 6.10 DOR 17 6.11 SEGURANÇA E CONFORTO 17 6.12 PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS 17 7. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO 19 8. CIRURGIA CARDIÁCA 21 8.1 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO 22 8.2 COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS 23 9. CIRURGIA VASCULAR 30 10. CIRURGIA UROLÓGICA 33 11. CIRURGIAS GASTROINTESTINAIS, ABDOMINAL E 36 ANORRETAL 11.1 CIRURGIAS DO INTESTINO GROSSO 39 11.1.1 Colectomia 39 11.1.2 Colostomia 40 11.1.3 Colecistectomia 40 12. CONSIDERAÇÕES FINAIS 41 REFERÊNCIAS 41 5 1. INTRODUÇÃO Pós-Operatório é o período durante o qual se observa e se assiste a recuperação de pacientes em pós-anestésico e pós-cirúrgico. Os objetivos da equipe multidisciplinar nas UTI durante este período são: a manutenção do equilíbrio dos sistemas orgânicos, alívio da dor e do desconforto, prevenção de complicações pós- operatórias, plano adequado de alta e orientações. O período cirúrgico é dividido em três fases: a primeira é a pré-operatória; a segunda, a intraoperatória e, a terceira, pós-operatória. Nesta última, a enfermagem desempenha o importante papel de proporcionar ao paciente o retorno às atividades rotineiras. O pós-operatório inicia-se com os períodos pós-anestésico e pós-operatório imediato, nos quais o paciente está se recuperando dos efeitos anestésicos. O pósoperatório tardio é o tempo de cicatrização e prevenção das complicações, este período pode durar semanas ou meses após cirurgia. A assistência de enfermagem durante o período pós-operatório imediato concentra-se em intervenções destinadas a prevenir ou tratar complicações. A prevenção destas, no pós-operatório promove rápida convalescência, poupa tempo, reduz gastos, preocupações, ameniza a dor e aumenta a sobrevida. A alta do paciente da UTI para outra unidade é um momento de grande ansiedade para ele. A fim de evitar este sentimento, o paciente deve ser preparado num estágio precoce à hospitalização. A evolução clinica satisfatória do paciente e a estabilização do estado hemodinâmico são sinais de que a fase critica do pós operatório terminou e que será transferido. Durante sua internação na UTI deve-se orientar o paciente, sempre que possível, sobre seu estado, a fim de prepará-lo para uma transferência ou para sua permanência na unidade, diminuindo assim sua ansiedade. Os familiares devem ser orientados sobre a rotina da unidade, estado geral do paciente, possíveis complicações, perspectiva de permanência na UTI e transferência para enfermaria. Período cirúrgico divide-se em: I. Pré-Operatório: Período que antecede o ato cirúrgico. Começa quando se toma a decisão de prosseguir com a intervenção cirúrgica e termina com a transferência do paciente para a mesa da sala de cirurgia. II. Intra-operatório: Começa quando o paciente é transferido para a mesa da sala de cirurgia e termina com a admissão na Sala de Recuperação Pósanestésica (SRPA). III. Pós-operatório: Período posterior ao ato cirúrgico. Começa com a admissão do paciente na SRPA e termina com uma avaliação de acompanhamento no ambiente clínico. 6 2. CLASSIFICAÇÃO DAS MODALIDADES CIRÚRGICAS • Emergência: Cirurgia realizada imediatamente, sem programação, quando a vida do cliente encontra-se em risco. • Urgência: Cirurgia que precisa ser realizada dentro das 24 horas. • Eletiva: Cirurgia planejada com antecedência durante o período de espera e são realizados todos os exames pré-operatório. Podendo ser realizada dias ou meses após o diagnóstico. As cirurgias eletivas podem ser: • Paliativa: Realizada para melhorar as condições orgânicas do cliente ou sua qualidade de vida, sem efetuar a cura. • Reconstrução (plástica): Realizada com a finalidade estética ou corretiva. • Curativa: Realizada com a finalidade de retirar um órgão que não está fazendo bem ao organismo e proporcionar a cura. • Radical: Remoção parcial ou total de um órgão ou segmento. ANOTAÇÕES: ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ _______________________________________________________________ 7 3. CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS QUANTO À INFECÇÃO OU CONTAMINAÇÃO • Cirurgias limpas: São aquelas nas quais os tecidos estão isentos de infecção. Sem processo infeccioso e sem penetração.Cirurgias em que não ocorrem penetrações nos tratos digestivo, respiratório ou urinário. • Cirurgias potencialmente contaminadas: São aquelas realizadas mesmo na ausência de contaminação local, há tecidos com flora bacteriana residente. Realizada em tecidos de difícil descontaminação, na ausência de supuração local, com penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário sem contaminação significativa. • Cirurgias contaminadas: O local da cirurgia encontra-se contaminada, devido à significante flora bacteriana presente. Realizadas em tecidos recentemente traumatizados e abertos, de difícil descontaminação, com processo inflamatório, mas sem supuração. • Cirurgias infectadas: São aquelas em que já existe a infecção instalada, com presença de supurações, tecido necrótico, corpos estranhos e feridas de origem suja. 4. ADMISSÃO DO PACIENTE O período pós-operatório imediato é um momento crítico para o paciente, sendo importante a observação cuidadosa paramanter as funções fisiológicas vitais dentro dos parâmetros da normalidade, até que os efeitos da anestesia desapareçam. É atribuição da equipe de enfermagem providenciar o leito e prepará- lo para receber o paciente. A unidade deve estar provida de materiais e equipamentos em perfeitas condições de uso, a fim de atender qualquer situação de emergência. A equipe de enfermagem da UTI transfere o paciente para a cama, certificando-se da correta e confortável posição do corpo e observando os cuidados com tubo endotraqueal, cateteres, drenos e sondas. Após a transferência para o leito, todas as sondas e equipamentos são identificados e ajustados apropriadamente. Recomenda-se que todas as infusões sejam substituídas por prescrições médicas atualizadas. O enfermeiro da SRPA ou do Centro-Cirúrgico dá informações verbais, que incluem a história do paciente, seu estado, intercorrências no intra-operatório e na SRPA. O enfermeiro da UTI informará as condições gerais do paciente, normas e rotinas da unidades aos familiares, permitindo a entrada destes para a visita. Ficarão sob a responsabilidade do cirurgião, ou médico intensivista, informações e orientações sobre a cirurgia. 8 4.1 MONTAGEM DO BOX Equipamentos e materiais: • Cama com grades laterais de segurança, se possível, antropométrica; • Monitor Multiparamétrico: contendo ECG e opicional para pressão arterial não invasiva e invasiva (PAM,PAP,PVC,PIC,DC), oximetria de pulso, capnografia, temperatura e respiração. Incluindo os acessórios: cabo paciente, sensor para oximetria de pulso, cabo para transdutor de pressão, suporte de transdutor, kit de monitorização completo ou para montagem (transdutor, domus, torneirinha, tubo extensor e bolsa de pressão); • Respirador; • Bomba de Infusão; • Esfigmomanômetro; • Estetoscópio; • Termômetro; • Suporte de soro; • Painel de gases checado (manômetro de oxigênio, ar comprimido e vácuo, e fluxometro de oxigenio e ar comprimido); • Aspirador a vácuo; • Aspirador de secreção (frasco coletor e redutor); • AMBÚ com máscara; • Nebulizador com traquéia e máscara; Umidificador. Equipamentos disponíveis • Carrinho cardiorespiratório, contendo desfibrilador , materais e drogas; • ColchãoTérmico; • Eletrocardiógrafo; • Gerador de Marcapasso; • Balão Intra-aórtico; • Bomba de Aspiração à vácuo Intermitente. Materiais disponíveis no box 9 • Eletrodos; • Cateter para aspiração de secreções; • Cateter de oxigênio nasal; • Luvas; • Máscaras; Gazes; • Régua de nível. 5. ASPECTOS GERAIS DO PÓS-OPERATÓRIO A cirurgia altera a homeostasia do organismo, alterando o equilíbrio hidroeletrolítico, os sinais vitais e a temperatura do corpo. Independentemente do tempo cirúrgico, o risco de complicações pós-operatórias está presente em toda intervenção. Os cuidados de enfermagem na assistência ao paciente no pósoperatório são direcionados no sentido de restaurar o equilíbrio homeostático, prevenindo complicações. O enfermeiro e a equipe de enfermagem da UTI procede a avaliação inicial do paciente quando este é admitido na unidade. Esta avaliação incluirá as condições dos sistemas neurológico, respiratório, cardiovascular e renal; suporte nutricional e de eliminações; dos acessos venosos, drenos; ferida cirúrgica; posicionamento, dor, segurança e conforto do mesmo. 6. A AVALIAÇÃO IMEDIATA CONSISTE NA OBSERVAÇÃO 6.1 SISTEMA RESPIRATÓRIO O paciente no pós-operatório será cuidadosamente observado quanto à permeabilidade das vias aéreas e à ventilação pulmonar, em frequência, amplitude e ruídos. Também será observado a presença ou não de desconforto respiratório, referido pelo paciente ou verificado pela tiragem intercostal, batimentos de asa de nariz e uso da musculatura acessória. As complicações respiratórias estão entre as mais comuns e podem ser causadas por vários fatores, tais como: • Doença respiratória prévia, • Efeitos depressivos dos anestésicos, • Broncoaspiração, • Imobilidade pós-operatória prolongada, • Tubo endotraqueal, 10 • Oxigênio e aumento da secreção na árvore brônquica. Problemas respiratórios mais frequentes no pós-operatórios são: • Atelectasia: (colapso dos alvéolos em porções do pulmão); • Pneumonia: (infecção aguda que causa inflamação no tecido pulmonar); • Embolia pulmonar: (causada por coágulos de sangue ou êmbolos de gordura). Os sinais e sintomas de complicações pulmonares incluem: • Amento da temperatura; • Agitação, dispnéia, taquicardia; • Hemoptise, edema pulmonar; • Expectoração viscosa e espessa. Dentre os cuidados de enfermagem, para que seja mantida uma via aérea permeável, os mais frequentes são: • Mudar o paciente de decúbito; • Estimular a tosse, apoiando a área da incisão cirúrgica, • Evitando-se o rompimento da sutura; • Promover alívio para desconforto e dor; • Administrar oxigênio; • Estimular a mobilização precoce no leito e a deambulação; • Verificar a consistência e o aspecto das secreções; • Manter hidratação venosa, se necessário; • Manter o nebulizador e o umidificador com nível de água adequado. O enfermeiro e a equipe de enfermagem deve avaliar a cânula orotraqueal ou de traqueostomia, observando se há vazamento de ar pela cânula em virtude do "cuff" insuflado inadequadamente e ainda, se há secreções em excesso na cavidade oral e fossas nasais. 6.2 SISTEMA CARDIOVASCULAR O cuidado básico na análise da função cardiovascular é a monitorização do paciente em relação aos sinais de choque e hemorragia. O paciente em pósoperatório deverá ser avaliado quanto: Sinais vitais, coloração da pele; • Mucosas, temperatura e grau de umidade, 11 • Tempo de enchimento capilar (perfusão), • Verificação dos gases sanguíneos (médico e enfermeiro); Ausculta e percussão cardíaca (médico e enfermeiro). Os objetivos principais da assistência de enfermagem no pós-operatório são: • Monitorizar o ritmo e a hemodinâmica da função cardíaca adequada; • Estimular a perfusão tecidual, uma vez que, o paciente cirúrgico tem risco de apresentar problemas cardíacos ou de perfusão. OBS.: Os idosos e aqueles com história de doença cardíaca e vascular periférica são os de maior risco. As complicações cardiovasculares mais comuns são: • Arritmias cardíacas; • Hipertensão, hipotensão que resultam em trombose venosa profunda; Infarto agudo do miocárdio e hipoperfusão periférica. As causas de arritmias cardíacas pós-operatórias incluem: • Hipovolemia; • Dor; • Desequilíbrios eletrolíticos; Hipoxemia e acidose. Neste caso, o técnico de enfermagem da UTI registra e observa o ECG, monitoriza a pressão arterial, a saturação de oxigênio, a ventilação do paciente e colhe amostras sanguineas para dosagem bioquímicas e hematológicas. Comunica as informações sobre o paciente a equipe multidisciplinar (médico intensivista, Enfermeiro, fisioterapeuta e médico do paciente) e estes iniciarão as condutas a serem tomadas. A hipertensão não é uma ocorrência incomum no pós-operatório imediato. O diagnóstico de hipertensão arterial pode ser considerado num contexto de elevação da pressão arterial; comparada aos níveis pressóricos do paciente no préoperatório e durante o intra-operatório. Mas comumente a hipertensão pósoperatória está relacionada à sobrecarga de fluidos, aumento da atividade do sistema nervoso simpático ou hipertensão preexistente. Pode aparecer como um episódio transitório, levando à consequências cardiovasculares e intracranianas significantes. Após o diagnóstico, o tratamento agressivo está indicado. As intervenções de enfermagem em paciente hipertenso no pós-operatório incluem: • Monitorização contínua da pressão arterial; 12• Administração de medicações; • Controle das drogas anti-hipotensoras, • Balanço hídrico adequado; • Controle da dor e desconforto. Hipotensão: Uma queda significativa da pressão arterial, abaixo do valor básico préoperatório do paciente, acompanhada de aumento ou diminuição da frequência cardíaca, pode indicar hemorragia, insuficiência circulatória ou desvio de líquidos. O diagnóstico e tratamento são urgentes, porque a hipotensão prolongada pode resultar em: • Hipoperfusão de órgãos vitais e danos isquêmicos; • Ventilação inadequada. Causas: • Efeitos de agentes anestésicos ou medicamentos pré-operatórios; • Mudança rápida de posição; • Perda de sangue ou líquido e sequestro de sangue na circulação periféria. A hipotensão pós-operatória é atribuída: • Redução da pré-carga; • Redução da contractilidade do miocárdio. Outros sinais que incluem: • Pulso fraco e filiforme; • Pele fria, úmida, pálida ou cianótica; • Aumento da agitação e apreensão associados com hipotensão caracterizam o choque. Na presença de sintomas de choque a equipe de enfermagem dever: • Administrar O2 conforme prescrição médica; • Colocar o paciente em Trendelenburg, (caso esta posição não seja contraindicada pela cirurgia), ou elevará as pernas do mesmo acima do nível do coração; 13 • Aumentar a velocidade das soluções intravenosas, conforme solicitado pelo médico; • Administrar medicação ou o volume líquido adicional, como prescrito; • Monitorizar e observar continuamente sinais e sintomas; Registrar as alterações. Outra complicação pós-operatória: Podem ocorrer em relação à perfusão tecidual, é a perda excessiva de sangue. No paciente pós-operatório isto pode ser consequência de uma doença preexistente (anemia, distúrbio de coagulação, uso de aspirina), idade avançada, hemorragia no intra-operatório ou de complicação pós-operatória. Os sinais e sintomas incluem: • Hipotensão postural, • Taquicardia, taquipnéia, • Diminuição do débito urinário, • Pele fria e pegajosa e • Diminuição do nível de consciência. Os dados laboratoriais abrangem hemoglobina, hematócrito e provas de coagulação. Neste caso, a enfermagem administrará volumes conforme prescrito: • Expansores de plasma; • Albumina; • Sangue total; • Papa de hemácias; • PFC; • Crioprecipitado (se distúrbio de coagulação); • Minimizará a mobilização ou posicionamento do paciente para diminuir as necessidades de oxigênio; • Colocará o paciente em decúbito dorsal, com elevação dos membros inferiores, para aumentar a pré-carga. Poderão ocorrer: • Trombose venosa profunda (TVP), • Inflamação moderada ou severa das veias, em associação com coagulação do sangue ou tromboflebite, 14 • Inflamação leve das veias periféricas, que envolve a formação de coágulos, os quais podem se destacar da parede venosa e ser levados como êmbolos até aos pulmões, coração ou cérebro. Sintomas destas complicações • Desidratação; circulação inadequada, • Resultante de hemorragia; • Hiperemia; • Dor; edema; hiperestesia das extremidades. Os cuidados de enfermagem no pós-operatório abrangem exercícios com as pernas, deambulação precoce, meias antiembólicas, hidratação adequada e baixa dose de heparina. Alguns pacientes podem apresentar infarto agudo do miocárdio (IAM). Os sinais e sintomas são: Dor torácica, Dispnéia, taquicardia, Cianose e arritmias. Cuidados de enfermagem: • Monitorização eletrocardiográfica; • Avaliação sons respiratórios, • Administração de medicamentos, de acordo com a prescrição; • Verificação da presença de efeitos secundários ou tóxicos causados por medicações; • Administração de oxigênio; • Manutenção do repouso no leito ou posição Semi-Fowler, para diminuir o retorno venoso; • Diminuição da pré-carga e redução do trabalho cardíaco. Outros cuidados que a enfermagem pode proporcionar ao paciente, incluem: manter o ambiente tranqüilo,reduzindo ruídos; diminuir a sobrecarga sensorial e permitir períodos de repouso. 15 6.3 SISTEMA NEUROLÓGICO Na avaliação neurológica o médico e o enfermeiro verificará e anotará os seguintes parâmetros: nível de consciência; resposta à estimulação verbal e/ou a dor; tamanho das pupilas e sua reação à luz; padrão de motricidade e mobilidade dos membros e da musculatura da face; efeitos remanescentes da anestesia. 6.4 SISTEMA RENAL Alterações da função renal e do equilíbrio hidroeletrolítico também podem aparecer logo após a cirurgia. O procedimento cirúrgico e a anestesia estimulam a secreção de hormônio antidiurético (HAD) e da aldosterona, causando retenção hídrica. O volume urinário diminui, independentemente da ingestão de líquidos. Estima-se que o paciente em pós-operatório, com função renal normal, apresente um débito urinário de aproximadamente 50 a 60 ml por hora. Os desequilíbrios pósoperatórios podem levar a uma retenção dos produtos catabólicos, a problemas neurológicos, cardíacos, de hiper/hipohidratação (administração excessiva de líquido ou função renal inadequada; reposição inadequada intra e pós-operatória, perdas excessivas por sudorese, hiperventilação, drenagem de feridas e fluidos corporais). Os principais objetivos do tratamento hidroeletrolítico no pós-operatório são: • Mantenção do líquido extracelular e do volume sanguíneo dentro dos parâmetros da normalidade (por meio da administração de quantidades suficientes de líquidos); • Prevenção da sobrecarga hídrica, evitando-se, assim, insuficiência cardíaca congestiva (ICC) ou edema pulmonar. As intervenções de enfermagem incluem: • Avaliação de infusão, ingestão e eliminação adequadas de líquidos, • Verificação da pressão arterial, pulsação, eletrólitos séricos e registro de ganhos e perdas. 6.5 SUPORTE NUTRICIONAL E DE ELIMINAÇÃO É benéfico para o paciente retornar a dieta normal, o mais precoce possível após a cirurgia. Uma dieta normal promove o retorno precoce da função gastrintestinal uma vez que, a mucosa intestinal renova-se constantemente, sendo afetada pela disponibilidade de nutrientes e pelo fluxo sanguíneo intestinal, 16 favorecendo, assim, a cicatrização da ferida cirúrgica; diminuindo o risco de passagem de bactérias e toxinas a partir da luz intestinal para linfonodos mesentéricos, circulação portal e órgãos sistêmicos. Durante as primeiras 24 a 36 horas pós-cirurgia, muitos pacientes podem apresentar náuseas e vômitos. Neste caso, o enfermeiro e a equipe de enfermagem, para com os pacientes em sonda nasogástrica (SNG),verificará a permeabilidade e a drenagem; caso contrário colocará o paciente em decúbito lateral para facilitar a drenagem, prevenindo broncoaspiração; se necessário administrará antieméticos conforme prescrito. As intervenções de enfermagem incluem antes de alimentar o paciente em pósoperatório são: • Observar o peristaltismo que retorna o normal durante as primeiras 48 a 72 horas após a cirurgia. • Anotar as evacuações no período pós-operatório. • A função intestinal pode ser prejudicada pela imobilidade, manipulação dos orgãos abdominais, anestesia e uso de medicamentos para dor. • Geralmente a dieta inicial pós-operatória é liquida. • Conforme o tipo de cirurgia e a tolerância do paciente é prescrita uma dieta livre, para promover o equilíbrio de vitaminas e sais minerais • Aos pacientes impossibilitados de receberem dieta oral ou enteral por tempo prolongado, geralmente indica-se suporte nutricional por via parenteral. 6.6 ACESSO VENOSO A grande maioria dos medicamentos administrados ao paciente critico é infundida por via endovenosa, de maneira que a absorção seja previsível e o efeito se inicie rapidamente.É indispensável que os pacientes em pós-operátorio tenham acesso venoso central, permitindo além da administração de drogas vasoativas, infusão de soluções e medicamentos, um controle rigoroso das pressões de enchimento cardíaco e diminuir o risco de contaminação das conexões durante a manipulação. O tipo de líquido infundido e a velocidade de infusão devem ser rigorisamente avaliados para garantir a permeabilidade dos catéteres. 6.7 FERIDA CIRÚRGICA A manutenção de uma assepsia durante a cirurgia e no período pósoperatório é o fator mais importante na promoção da cicatrização. 17 Fatores que afetam a cicatrização da ferida: • Localização da incisão; • Tipo de fechamento cirurgico; • Estado nutricional; • Presença de doença; • Infecção; • Drenos e curativos. O curativo pós-operatório objetiva basicamente, evitar a infecção da ferida. Algumas horas após seu fechamento primário, o espaço é preenchido com exsudato inflamatório e por volta de 48 horas, as células epiteliais marginais migram para a superfície da ferida, isolando as estruturas profundas do meio externo. Ao término de 72 horas, o exame histológico mostra que a cobertura epitelial está intacta. Quando a ferida cirúrgica é fechada primariamente, é recomendável que se retire o curativo da incisão, nas primeiras 24 a 48 horas, pois nesse tempo ocorre a formação de um selo fibrinoso que protege a ferida contra a penetração de bactérias. As medidas de enfermagem destinadas a promover a cicatrização da ferida cirúrgica incluem: Avaliar, medir e anotar a área da ferida, para comparações posteriores de evolução da mesma e alterações da pele. 6.8 TIPOS DE CICATRIZAÇÃO DA FERIDA OPERATÓRIA • Cicatrização por primeira intenção: Método de cicatrização em que as bordas da ferida são cirurgicamente aproximadas e a continuidade tegumentar é restaurada sem granulação. • Cicatrização por segunda intenção: Método de cicatrização em que as bordas da ferida não são aproximadas por meios cirúrgicos e a continuidade tegumentar é restaurada pelo processo conhecido como granulação. • Cicatrização por terceira intenção: Métodos de cura usados para feridas profundas que foram suturadas anteriormente ou não, em que há aproximação cirúrgica das bordas da ferida (sutura secundária) juntando, dessa forma, duas superfícies de granulação apostas. • Deiscência: É a ruptura da incisão cirúrgica ou da ferida com separação parcial ou completa. 18 6.9 POSICIONAMENTO NO LEITO O paciente deve ser avaliado quanto ao posicionamento que melhor favorecer a ventilação. As posições variam de acordo com a natureza da cirurgia, objetivando o conforto e a redução da dor. (Decúbito dorsal ou supina,Decúbito ventral ou prona, Decúbito lateral,Trendelemburg, Proclive,Posição de litotomia ou ginecológica). 6.10 DOR A resposta do paciente a dor é um processo subjetivo. A mensuração da dor é avaliada através de uma escala numérica de intensidade de dor, com score de 0 a 10. O paciente pode manter um controle adequado da dor evidenciado por resposta verbal num score menor que 5. O enfermeiro indaga ao paciente a respeito da localização, intensidade e qualidade da dor, iniciando as medidas que visam conforto, tais como, mudança de posição no leito e massagens. A necessidade de controle da dor, através do uso de analgésicos narcóticos, é analisada pelo intensivista, e esta indicada quando score maior ou igual a 5, nesta escala. É muito importante que a dor seja tratada, porque o paciente precisa responder às instruções quanto a mobilização no leito, tosse, respiração profunda e, posteriormente, deambulação. 6.11 SEGURANÇA E CONFORTO Algumas medidas de segurança serão adotadas para evitar a retirada inadvertida de cateteres, sondas, queda do paciente: • Manutenção de grades de proteção até que paciente acorde; • Sistema de campainha ao alcance do paciente; • Apoio e acolchoamento das áreas de pressão, evitando danos aos nervos e distensão muscular. • verificar a cor, capacidade de mobilização e sensibilidade dos membros imobilizados, avaliando se deve ou não ser dada continuidade ao procedimento. 6.12 PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS Tem indicação para recuperação em UTI, os pacientes que apresentarem instabilidade hemodinâmica na SRPA, transplantes e as grandes cirurgias programadas, entre elas: Torácica, Cardíaca, Neurológica, Urológica, Gastrointestinais e Vascular. 19 Para as cirurgias neurológicas recomenda-se unidades específicas, uma vez que a recuperação do paciente neurológico é mais demorada e, quanto maior a rotatividade de pacientes, maior é a otimização das vagas e agendamento das cirurgias. 7. CIRURGIA TORÁCICA A cirurgia torácica refere-se a diversos procedimentos cirúrgicos que implicam na abertura da cavidade torácica (toracotomia) e/ou órgãos da respiração. As indicações da cirurgia torácica podem ser para retirada de tumores e drenagem de abscessos, ou reparação do esôfago e vasos torácicos. Na avaliação do paciente deve ser considerada a função cardiopulmonar. São contra-indicações para a cirurgia, as disritmias não-controláveis, o IAM, a ICC e a angina instável. O sucesso da cirurgia não depende somente da habilidade da equipe que opera, mas, também, da qualidade dos cuidados de enfermagem durante os períodos pré e pós-operatório. Procedimentos cirúrgicos torácicos com indicação de recuperação em UTI: • Ressecção segmentar : ressecção de um segmento ou lobo pulmonar, o tecido pulmonar restante expande-se novamente, preenchendo o espaço anteriormente ocupado pelo segmento removido. É indicada nos casos de abscesso pulmonar crônico, quistos ou bolhas enfisematosas congênitas; tumor benigno; infecção segmentar por tuberculose ou bronquiectasia. • Ressecção em cunha : remoção de pequenas secções periféricas do lobo - a estrutura e função pulmonares permanecem relativamente inalteradas após a cicatrização. Está indicada em casos de granulomas subpleurais e pequenos tumores periféricos e, ainda, neoplasia. • Lobectomia : remoção de um ou mais lobos de tecido pulmonar. Após a cirurgia ocorre enfisema compensatório não-patológico, a medida que o tecido pulmonar se reexpande, enchendo o espaço torácico ocupado pelo tecido ressecado. Está indicada em infecções tais como, tuberculose, tumores benignos e malignos. • Pneumectomia : remoção total de um pulmão. O lado removido da cavidade torácica torna-se um espaço vazio. Para reduzir o tamanho dessa cavidade e paralizar o diafragma em uma posição elevada, o nervo frênico e o lado afetado são ressecados. O risco de remoção do pulmão direito é maior em relação ao esquerdo, em virtude do tamanho do leito vascular, que implica em sobrecarga fisiológica. Está indicada em abscesso crônico extenso, lesões unilaterais selecionadas , infecção generalizada do pulmão e neoplasias. • Timectomia : remoção do timo - indicada em neoplasia primária do timo ou miastenia gravis. 20 • Ressecção de traquéia: ressecção parcial da traquéia, seguida de anastomose topo a topo. Está indicada em estenose significativa do orifício da traquéia, relacionada com a pressão mecânica ou "cuff" da sonda traqueal (pressão que produz isquemia da parede da traquéia, inflamação, ulceração e tumores). • Toracoplastia : colapso cirúrgico de uma região da parede torácica mediante múltipla ressecção de costelas para redução intencional do hemotórax. Indicada em lesões cavitárias crônicas e coleções de empiema; fugas de ar recorrentes; redução do espaço morto torácico após ressecções externas. 7.1 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO As intervenções têm por objetivo otimizar a oxigenação e ventilação, mantendo a vigilância das complicações, controle da dor e auxilio ao paciente na recuperaçãode sua função cardiopulmonar. Devido ao posicionamento intraoperatório e à terapêutica pré e peri-operatória, as atelectasias e acúmulos de secreções são frequentes no período pós-operatório. A ventilação do paciente pode ser superficial em consequência da dor pós-operatória, o que contribui, também, para a formação de atelectasias e estase das secreções. Após a estabilização dos sinais vitais: o paciente será colocado na posição Semi- Fowler, favorecendo, assim, a expansão dos pulmões, facilitando a ventilação com menor esforço possibilitando a drenagem da sonda torácica. O paciente será reposicionado pelo menos a cada 2 horas para prevenção da estase de secreções e manutenção do equilíbrio da ventilação/perfusão. É necessário orientar o paciente a: • Tossir e respirar fundo a cada uma ou duas horas (a tosse ajuda-o a movimentar e a expelir as secreções traqueobrônquicas); • Respiração profunda dilata as vias aéreas, estimula a produção de surfactante e expande o tecido pulmonar; • Apoio estabiliza a zona afetada e reduz a dor durante a realização destes procedimentos. Na ausência de alterações da função renal ou cardíaca, hidrata-se o paciente de acordo com sua superfície corporal, para fluidificação das secreções, pois a hidratação adequada é o agente mucolítico mais eficaz. A umidificação das vias aéreas pode ser feita através de: Nebulizacão com máscara, cateter de oxigênio ou qualquer outro método. Na presença de ventilação mecânica assegurar a umidificação das vias aéreas, verificando a cada 6 horas o nível de água do umidificador e trocando quando necessário. Além disso, é muito importante verificar a presença de muco espesso e aderente o que sugere insuficiente aporte de líquidos e(ou) insuficiente umidificação externa. 21 A mobilização do paciente será indicada conforme a fase de recuperação e o tipo de cirurgia realizada. O decúbito lateral é indicado após a cirurgia até a recuperação da sua consciência, visto que promove estabilidade hemodinâmica e previne broncoaspiração, exceto, porém, após pneumectomia, porque, nesta intervenção, o mediastino pode ser deslocado e a mudança de posição excessiva possibilitaria o desvio do mesmo e a compressão do pulmão restante. Nos casos de ressecção em cunha ou segmentectomia não se deve posicionar o paciente sobre o lado da cirurgia, pois este procedimento dificulta a expansão do tecido pulmonar restante. Após a mobilização do paciente verifica-se a posicão de tubos e drenos. O enfermeiro e toda a equipe permanecerá alerta para possíveis complicações da cirurgia torácica, tais como: • Insuficiência respiratória: (provavelmente resultante da alteração do nível de consciência pelo uso de anestésicos, medicações para dor, reinsuflação pulmonar incompleta, diminuição do esforço respiratório devido a dor e, ainda, limpeza inadequada da via aérea); • Pneumotórax hipertensivo e desvio de mediastino: (podem ocorrer por vazamento de ar através das linhas de incisão pleurais, caso a drenagem torácica fechada não esteja funcionando adequadamente); • Enfisema subcutâneo: devido a vazamento de ar no local da incisão pulmonar); embolia pulmonar (uma possível complicação no pós-operatório e causa de hipoxemia); • Edema pulmonar: a hipóxia aumenta a permeabilidade capilar, fazendo com que o líquido penetre no tecido pulmonar; • Arritmias cardíacas: hipóxia, desvio do mediastino e pH sanguíneo anormal; hemorragia, hemotórax, choque hipovolêmico devido a vazamento capilar; • Tromboflebite: a anestesia e imobilidade reduzem o tônus vasomotor, diminuindo o retorno venoso e a deposição periférica de sangue. O conhecimento prévio de tais complicações, faz a diferença na assistência de enfermagem especializada, proporcionando ao paciente segurança e confiança na equipe que o está assistindo. ANOTAÇÕES: ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ _______________________________________________________________ 8 CIRURGIA CARDÍACA 22 O progresso tecnológico contínuo dos meios diagnósticos, anestesia e técnica cirúrgica, tornaram possível, atualmente, a realização de cirurgia para corrigir defeitos cardíacos congênitos, obstruções nas artérias coronárias, focos de arritmias e transplantes cardíacos. A doença valvular do coração é uma alteração da função cardíaca produzida por anomalias estruturais ou funcionais de uma ou mais válvulas. A correção cirúrgica consiste na plastia ou substituição de uma ou mais valvas cardíacas (aórtica, mitral ou tricúspide), revascularização do miocárdio ou transplante cardíaco. O tratamento cirúrgico da doença aórtica está limitado a substituição da válvula. No que se refere à mitral, estão disponíveis três procedimentos cirúrgicos: comissurotomia (tratamento da estenose mitral), reparação valvular (tratamento da regurgitação mitral) ou substituição da válvula. Existem dois tipos de prótese valvulares: as mecânicas, de maior durabilidade, destinadas preferencialmente a indivíduos jovens e, as biológicas ou teciduais, de durabilidade limitada, escolhidas para pacientes mais idosos. As lesões valvulares cardíacas estão assim classificadas: • Estenose Mitral: estreitamento progressivo do orifício da válvula mitral. • Insuficiência Mitral: Ocorre quando a incompetência e distorção da válvula mitral impedem que as margens livres se ajustem durante a sístole. • A insuficiência mitral crônica: pode resultar de doença reumática (49%), tumor degenerativo da válvula mitral (40%), isquemia do miocárdio (4%), ou dilatação ventricular esquerda. • Estenose Aórtica: Estreitamento do orifício entre o ventrículo esquerdo e a aorta. A doença causa fusão das comissuras e contraturas das fibras das cúspides, obstruindo o fluxo do ventrículo esquerdo. • Insuficiência Aórtica: Fechamento incompleto do orifício aórtico durante a diástole ventricular, permitindo que o sangue reflua da aorta para o ventrículo esquerdo. • Insuficiência Tricúspide: Ocorre habitualmente como resultado de falência avançada do lado esquerdo do coração e de hipertensão pulmonar grave. • Estenose Tricúspide: Raramente é uma lesão isolada. Ocorre habitualmente em processo simultanêo com a doença aórtica e (ou) mitral, sendo a principal origem a febre reumática. • Revascularização do Miocárdio: Envolve o uso de derivações destinadas a controlar as artérias coronárias obstruídas. Os enxertos com maior sucesso são os realizados com a artéria mamária interna, artéria radial e veia safena na artéria coronária ocluída. • Circulação ExtraCorpórea (CEC): A CEC ou "bypass" cardiopulmonar corresponde a uma forma mecânica de fazer circular e oxigenar o sangue do 23 paciente, enquanto a maior parte da volemia é desviada do coração e pulmão durante a cirurgia cardíaca. Antes do início da CEC os circuitos da bomba são preenchidos com solução hidroeletrolítica balanceada. Heparina é administrada através da CEC para evitar formação de coágulos no circuito. 8.1 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO Após o término da cirurgia o paciente é transferido para a unidade de pósoperatório, onde se recupera dos efeitos anestésicos e permanece por um período aproximado de 24 a 48 horas. No pós-operatório imediato a enfermagem planeja cuidados que visam a manutenção adequada da ventilação, oxigenação e estabilidade hemodinâmica. São necessários um rápido reconhecimento e intervenção, quando ocorrerem mudanças nas condições do paciente, uma vez que, a pessoa submetida à cirurgia cardíaca é frequentemente mais instável que outros pacientes cirúrgicos, devido aos efeitos da CEC e da manipulação cardíaca. Na admissão o paciente deve será posicionado em decúbito dorsal, proporcionando retorno venoso adequado. Certificando-se da localização: • Tubo endotraqueal e secreções; • Providenciar monitorização da oximetria de pulso; • Encaminhar solicitação de raio X e coletar amostra de sangue para exames laboratoriais de rotina e gases sanguíneos arteriais, nos primeiros 15 a 30 minutos da admissão; • Enzimas cardíacas, 8 horas após a cirurgia. • Na presença de marcapasso, avaliar a sensibilidade, amplitude e a modalidade de comando; observar se a frequência e o ritmo estão ajustados. • Os drenos do toráx e (ou) do mediastino devem ser colocados em aspiração a vácuo em coluna d’água, (usualmente em aspiração com pressão de 20cm de água); • Mensurar e registrar a quantidade e característica da drenagem, repetindo o procedimento de 1/1 hora. • A drenagem dos tubos é considerada normal até 100ml nas primeiras 8 horas após a cirurgia. • O paciente pode apresentar hematúria em decorrência da hemólise durante a CEC. • A temperatura, na admissão do paciente, é frequentemente 35 a 360C. O paciente será aquecido lentamente através de sistemas de aquecimento (mantas térmicas) 24 para prevenção de instabilidade hemodinâmica decorrente da rápida vasodilatação. 8.2 COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS Pacientes de cirurgia cardíaca têm risco de desenvolver complicações devido à doença de base e ao trauma cirúrgico. Além disto, a equipe médica, o enfermeiro e a equipe de enfermagem deve lidar com problemas relacionados à CEC e à hipotermia pós-operatória. Efeitos da Circulação extracorporéa: • Hipotensão: (déficit de fluido intravascular, vasodilatação súbita (fármacos); • Aumento de peso e edema: devido à diminuição da concentração das proteínas plasmáticas; • Diminuição do débito cardíaco: (depressão do miocárdio): devido à hipotermia, aumento da resistência vascular sistêmica, tempo prolongado da CEC e doença cardíaca preexistente; • Hemorragia (coagulação): devido à heparina sistêmica, traumatismo mecânico das plaquetas; • Diminuição da mecânica pulmonar (disfunção pulmonar): por diminuição da produção de surfactante, microembolias pulmonares, acúmulo de fluidos no interstício pulmonar; • Hemoglobinúria (hemólise): por destruição de eritrócitos no circuito da bomba; • Aumento da glicose sérica (hiperglicemia): por diminuição da liberação de insulina, estimulação da glicogênese; • Diminuição do potássio sérico (hipocalemia): por transferências intracelulares durante a CEC; • Diminuição do magnésio sérico (hipomagnesemia): devido à diurese pósoperatória secundária a hemodiluição; • Diminuição do estado de consciência, déficits motores e sensoriais (disfunção neurológica): devido à perfusão cerebral diminuída e microembolias cerebrais; • Aumento transitório da pressão arterial (hipertensão): devido à liberação de catecolaminas e à hipotermia sistêmica, provocando vasoconstrição. Alterações de fluidos e balanço eletrolítico O balanço de fluido na admissão do paciente pode estar aumentado cerca de 20% em relação ao pré-operatório, causando edema, especialmente de face, pescoço e mãos; desenvolvendo frequentemente um déficit no volume intravascular. 25 Hipovolemia intravascular se manifesta por diminuição da Pressão Venosa Central (PVC); se não tratada podem ocorrer baixo débito cardíaco e hipotensão. A excreção renal do excesso de fluido do corpo resulta em diurese espontânea e perda de peso. É comum, no período pós-operatório, um desequilíbrio no balanço hidro eletrolítico e um nível anormal de potássio. Hipocalemia pode ocorrer como resultado de grande acúmulo de solução de cardioplegia ou falência renal aguda. O nível de potássio será verificado na admissão do paciente e reposto com base nos exames laboratoriais e prescrição médica. Diminuição do Débito cardíaco A redução do débito cardíaco pode resultar em alterações da frequência cardíaca, volume sistólico ou de ambos. O volume sistólico depende da pré-carga, pós-carga e contratilidade. Uma anormalidade em um ou mais destes parâmetros pode causar diminuição do débito cardíaco. Alteração da Pressão Sanguínea Depois da cirurgia não é raro ocorrer hipo ou hipertensão; intervenções de enfermagem serão direcionadas para impedir tais mudanças e prevenir ou restaurar rapidamente a pressão sanguínea. O paciente é usualmente considerado hipotenso se a pressão sistólica for menor que 90mmHg. A hipotensão pode ser causada por volume intravascular reduzido, vasodilatação resultante de reaquecimento, contratilidade ventricular direita diminuída ou arritmias. Se o paciente está hipovolêmico, administram-se volumes expansores para aumento da pressão sanguínea. Considera-se que um paciente está hipertenso quando sua pressão arterial sistólica (PAS) estiver acima de 150 mmHg. Tal fato pode ocorrer devido hipertensão prévia, aumento do nível de catecolaminas, liberação de renina, hipotermia ou dor. A hipertensão é particularmente perigosa porque pode causar ruptura da linha de sutura e aumento do sangramento, devendo-se intervir imediatamente. O aumento da pressão pode ocorrer em virtude de dor ou quando o paciente é estimulado por barulho ou procedimentos, podendo ser controlada proporcionando um ambiente calmo, administrando-se analgésicos ou sedativos. Se necessário administra-se um vasodilatador; sendo o mais utilizado nestas situações o nitroprussiato de sódio. Sangramento Pós-Operatório pode ter como causa: • Não-reversão da atividade da heparina pela protamina ao término da cirurgia; • Trombocitopenia, devido à lesão traumática das plaquetas ou hemostasia inadequada. Embora o sangramento através dos drenos (do mediastino, toráx ou pericárdio) seja esperado, deve-se diferenciar entre o normal e excessivo. A coloração normal da drenagem é vermelho-escura, diluída, serossanguinolenta e sem coágulos por causa da ação da heparina. Usualmente a drenagem é de 26 aproximadamente 100ml por hora na primeira ou segunda hora, diminuindo subsequentemente. • Sangramento arterial: é raro e exige tratamento emergencial. Normalmente resulta de rompimento das linhas de sutura. O sangue é vermelho vivo e o frasco-drenagem se enche em minutos; o paciente se torna hipovolêmico e rapidamente hipotenso. • Sangramento venoso: é mais comum que o arterial. É causado por problemas cirúrgicos ou coagulopatias. ATENÇÃO: • Controlar a hipertensão, manter drenos permeáveis para prevenir tamponamento cardíaco • manutenção adequada do volume intravascular são ações essenciais no cuidado do paciente com sangramento. • Ordenha dos drenos é controversa, pois crê-se que a elevada pressão negativa gerada por este método provoque lesão nos tecidos intratorácicos, fato que contribui para desencadear hemorragia. Tendo-se em vista a possibilidade de ocorrer tamponamento cardíaco se o sangue não for convenientemente drenado. Por essa razão é recomendado que, na presença de coágulos, os drenos sejam ordenhados, procedimento que provoca menor pressão negativa e diminui o risco de hemorrgia. Tamponamento Cardíaco: Pode ocorrer por acúmulo de sangue em torno do coração e compressão do miocárdio, impedindo o retorno venoso, diminuindo o débito cardíaco e a pressão do sangue. Trata-se de uma complicação incomum se as drenagens forem mantidas permeáveis. No entanto, quando ocorre é perigoso e deve ser reconhecido e tratado rapidamente. Sinais e sintomas incluem: redução da pressão arterial, acompanhada de aumento da pressão venosa central e da capilar pulmonar; pressão de pulso reduzida; pulso paradoxal pode estar presente; taquicardia. Diagnóstico definitivo: é feito com Raios X de Tórax, Ecocardiograma, que mostra fluidos dentro do espaço pericárdico. As intervenções de enfermagem visam: • Assegurar a permeabilidade dos drenos; • Observar aumento ou redução dadrenagem; • Manter controle da infusão de fluidos e drogas vassopressoras para o débito cardíaco e a pressão arterial adequados. Arritmias: 27 As arritmias no pós-operatório são comuns e ocorrem em aproximadamente 30% dos pacientes. Podem ser resultantes do trauma e manipulação cirúrgica; distúrbios hidroeletrolíticos, especialmente hipocalemia; alterações no pH e PO2; liberação das catecolaminas devido à dor e à ansiedade. Na prática, costuma-se dividir-las em: • Taquiarritimias em ventricular e supraventricular: ocorrem em 20% a 40% e aparecem de 24 a 36 horas após a cirurgia e podem comprometer o débito cardíaco, diminuir a perfusão da artéria coronária e aumentar a demanda de oxigênio do miocárdio. A taquicardia sinusal pode ser causada por hipovolemia (efeitos colaterais da dopamina), dor, ansiedade e febre também podem contribuir. • Bradiarritimias e bloqueios: ocorrem no período pós-operatório, devido à depressão das células do sistema de condução; por cardioplegia ou lesão do nódulo e feixes de condução; por manipulação cirúrgica, sutura ou edema no local. Disfunção Pulmonar: Pacientes de cirurgia cardíaca apresentam maior risco para desenvolver complicações pulmonares devido aos efeitos da CEC, Atelectasias e derrames pleurais podem estar presentes, já que o espaço pleural é invadido durante a cirurgia. Há aumento da permeabilidade pulmonar, sendo que fluidos podem passar para o interstício e alvéolo do pulmão. Isto dificulta a difusão gasosa, aumenta as secreções, podendo ocorrer hipoxemia. A maioria dos pacientes de cirurgia cardíaca são extubados nas primeiras 12 horas após a cirurgia. Alguns pacientes com doença pulmonar de base, relacionada a disfunções valvulares preexistente, poderão requerer ventilação mecânica prolongada. Após a extubação, deve-se estimular a tosse (tubos e drenagens causam dor e podem interferir na tosse e na respiração profunda), bem como a mobilização precoce, o mais rápido possível. Disfunção Renal: Embora falência renal seja uma complicação pouco comum, pacientes de cirurgia cardíaca têm maior risco que outros em virtude da CEC. O fluxo sanguíneo renal se reduz durante a CEC, eritrócitos são danificadas, e a hemoglobina (Hb) é liberada por destruição das células do sangue. Manter adequado volume urinário é imperativo para prevenir danos aos túbulos renais. Disfunsão Neurológica: Uma disfunção neurológica transitória é frequente após a cirurgia cardíaca e deve-se, provavelmente, à redução da perfusão e a microembolias cerebrais, ambas relacionadas com à CEC. O risco de complicação neurológica aumenta quanto maior for a idade e o tempo de CEC; se há doenças cérebro-vascular ou de carótida pré- 28 existentes e, ainda, doença valvular, especialmente se a fibrilação atrial está presente. Placas de ateromas liberadas durante a manipulação cirúrgica e por embolia gasosa do sistema CEC, sendo possível, também, que causem deficit neurológico. Identificando-se os fatores de risco, a avaliação neurológica facilitaria o reconhecimento do potencial problema e possibilitaria um tratamento precoce. Infecção da ferida: Infecção da ferida pós-operatória pode ocorrer na incisão cirúrgica, no local de inserção dos drenos e na incisão do membro inferior (retirada da safena) . O risco de infecção se intensifica quando há obesidade, diabetes mellitus, mánutrição, e, ainda, se o tempo operatório for maior que 6 horas, e se for necessária nova cirurgia numa mesma admissão. Elevação da temperatura durante as primeiras 48 horas após a cirurgia é uma resposta normal da CEC e, usualmente, não significa infecção. Os principais sinais de infecção da ferida são: • Eritema; • Drenagem; • Aumento da temperatura por mais de 72 hs no pós-operatório. Para prevenir infecção deve-se manter a incisão limpa e seca e renovar curativo com técnica asséptica. Infecção não é um problema P.O precoce. É evidenciada após a saída da UTI. Dor Pós – operatória: Depois da cirurgia cardíaca o paciente pode apresentar dor no local da incisão cirúrgica, membro inferior, inserção de tubos de drenagem e devido ao afastamento das costelas durante a cirurgia. Embora a percepção da dor varie de pessoa para pessoa, a incisão da esternotomia mediana é usualmente menos dolorosa que a da toracotomia e mais intensa nos primeiros três a quatro dias do pós-operatório. Angina após cirurgia pode indicar falência do enxerto e a dor típica da esternotomia mediana é localizada e não se irradia; pode ser ardente ou em pontada, frequentemente piora com a tosse, respiração profunda ou movimentação. A angina é normalmente precordial ou subesternal, não bem localizada e, normalmente irradia -se para braço, pescoço ou maxilar. A enfermagem executará procedimentos para alívio da dor, proporcionando conforto ao paciente e atenuando os fatores que aumentam a percepção da dor, tais como: ansiedade e fadiga. Cuidados intensivos em Pós Operatório Imediato de Cirurgia Cardíaca Ao admitirmos o paciente em POI de cirurgia cardíaca na UTI, devemos verificar com o cirurgião e com o anestesista, vários itens de fundamental importância para um adequado pós-operatório. O enfermeiro intensivista ao receber o plantão do paciente 29 que esta por vir do centro cirúrgico deve ser informado de itens importantes como: Diagnóstico da cardiopatia e fundamental para conhecer as alterações hemodinâmicas apresentadas antes da cirurgia, e se a cardiopatia é simples ou complexa. Procedimento realizado Cirurgia corretiva ou paliativa, para saber quais os parâmetros de monitorização esperados e as alterações hemodinâmicas. • Recuperação da anestesia geral; • Observar nível de consciência • Cuidado para que não ocorra perda de drenos, cateteres e sondas; • Evitar hipoventilação ou extubação acidental durante a transferência desse paciente da maca cirúrgica para o leito de UTI; • Aspiração traqueobrônquica quando necessário; • Ofertar oxigênio; • Exercício respiratório por fisioterapia; • Posicionamento adequado no leito; • Conectar o paciente no respirador e realizar desmame conforme indicação médica; • Monitorização inicial (monitor cardíaco, oxímetro de pulso SpO2); • Monitorização e estabilidade hemodinâmica (pressão arterial média); • O controle dos sinais vitais deve ser realizado a cada 15 min. no POI em seguida em a cada 30 min. logo em 1/1h (nas primeiras 12 hs), depois em 2/2 e aumentando o intervalo até receber alta; • Sangramento (drenos de tórax e mediastino) avisar se o fluxo de sangramento for > que 150 ml/h; • Identificar acessos vasculares e iniciar: infusão de drogas, hidratação venosa, drogas vasoativas) em bomba de infusão conforme prescrição médica; • Cateteres para monitorizações (pressão venosa central (PVC), pressão arterial média (PAM), pressão de átrio esquerdo (PAE); • Observar cateter de Swan-Ganz; • Abertura e manipulação corretas de drenos torácicos; • Pinçar drenos antes de desprezar as secreções; • Realizar ECG de admissão; • Anotação inicial do volume drenado nos drenos de tórax obedecendo o valor do selo dágua estabelecido como rotina; • Verificação de sondas (nasogástrica e vesical); • Observar coloração da pele e mucosas, enchimento capilar, grau de hidratação; 30 • Controlar hipertensão e a hipotensão arterial rapidamente, pois seu reflexo nas coronárias ou nas pontes recém confeccionadas é extremamente maléfico. • Vigilância intensiva relacionado ao aparecimento de qualquer arrtimia cardíaca; • Observar SVD e notar débito urinário para controle hídrico; • Deambulação quando solicitado pelo médico; • Incentivar o autocuidado; • Programa de reabilitação cardíaca; • Consulta de acompanhamento com cirurgião. ANOTAÇÕES: __________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 9. CIRURGIA VASCULAR A integridade e a permeabilidade do sistema vascular, incluindo-se as artérias, veias e vasos linfáticos, são essenciais para a vida dos tecidos humanos.Os problemas vasculares podem ser agudos e constituírem uma emergência que coloque em risco a vida. Os objetivos no tratamento dos pacientes cirúrgicos vasculares são: 31 Suporte do sistema vascular, remoção da causa, evitando-se episódios posteriores de isquemia. De maneira geral, a cirurgia vascular envolve a retirada da obstrução através da ressecção e remoção de trômbos e êmbolos. • Embolectomia : retirada cirúrgica de um êmbolo de um vaso sanguíneo. • Aneurismectomia : aneurisma é uma dilatação localizada da parede arterial e que provoca uma alteração da forma do vaso e do fluxo sanguíneo. Pode ser abdominal ou torácico. • Endarterectomia : abertura da artéria sobre uma obstrução e alívio desta ou ressecção de material ateromatoso que está provocando o bloqueio. • Simpatectomia : ressecção de segmentos selecionados do sistema nervoso simpático para desnervar o sistema vascular, produzindo vasodilatação. • Safenectomia: Remoção da veia safena (varizes) Intervenções de enfermagem em cirurgia vascular A assistência de enfermagem pós-operatória, na cirurgia vascular, é determinada pelo local da cirurgia; pela extensão da revisão cirúrgica e anestesia . Os principais objetivos no cuidado aos pacientes vasculares são: • Suporte do sistema vascular, estabilização hemodinâmica e controle da dor. • Geralmente o paciente é internado por 24 a 48 horas numa UTI, onde são monitorizados sinais vitais e outros parâmetros hemodinâmicos; Acompanhamento do equilíbrio hídrico e eletrolítico. • Mantido no respirador para facilitar as trocas gasosas. A avaliação pós-operatória e os cuidados de enfermagem a pacientes submetidos à cirurgia da aorta incluem: • Monitorar as condições circulatórias para determinar a permeabilidade do enxerto, Verificar a presença e qualidade dos pulsos arteriais periféricos e profundos (femoral, poplíteo e pedioso dorsal); • Avaliar o sistema neurovascular através da presença e localização da dor, palidez, parestesia, paralisia e ausência de pulso; • Verificar a temperatura, coloração e mobilidade dos membros. • Manter o volume hídrico vascular adequado, através da constatação da estabilidade hemodinâmica, para prevenir choque hemorrágico em decorrência da perda de sangue na cirurgia ou no pós-operatório. • Posicionar paciente em decúbito dorsal ou Trendelemburg, com cabeceira elevada em 300 a 400 e orientado a não fletir os joelhos ou quadris,na presença de enxertos abdominais ou femorais. • Monitorização da função dos rins, através da ingestão e eliminação de líquidos. 32 Pós-operatório e cuidados de enfermagem a pacientes submetidos à cirugia de varizes: • Controlar SSVV; • Observar sinais de choque; • Observar coloração e temperatura da extremidade enfaixada; • Observar sangramento nas ataduras; • Manter o leito em Trendelemburg; • No 1º P.O. deambular de 2/2 hs por 5’ e retornar ao leito; Dieta livre após o retorno do peristaltismo. Complicações cirúrgicas: Hemorragias, trombose e embolia A correção de aneurisma é considerada uma grande cirurgia e várias complicações pós-operatórias específicas podem surgir. Uma das mais sérias é o IAM, decorrente de doença arterial das coronárias. Êmbolos também podem alojar-se nas artérias das extremidades inferiores ou mesentéricas. As manifestações clínicas incluem: sinais de oclusão arterial aguda (dor ou perda dos nervos sensitivos decorrentes da isquemia, parestesias e perda da sensação de posição, poiquilotermia (frieza), paralisia, palidez cutanea, ausência de pulso) , necrose intersticial, íleo paralítico, diarréia e dor abdominal. Isquemia da medula espinhal pode ocorrer, resultando em tetra/paraplegia, incontinência urinária e retal ou anestesia, hipoestesia nos hemisférios de correlação clínica e alteração do tonus vascular podendo resultar em comprometimento da temperatura, quando o aneurisma estiver rompido. Na endarterectomia de carótida o paciente apresenta grande risco de ter a perfusão cerebral reduzida durante a cirurgia, por embolização, que causa oclusão cerebral e isquemia; podem surgir coágulos na artéria causando isquemia cerebral; aumento da Pressão Intracraniana (PIC), devido à hemorragia intracraniana; perfusão cerebral inadequada, em virtude da intolerância ao clampeamento da artéria. Os cuidados de enfermagem a estes pacientes são essenciais nas primeiras 24 horas e incluem: • Avaliação cuidadosa dos sinais vitais e da função neurológica (reação pupilar, nível de consciência, função motora e sensorial). • Manter a cabeça ereta e elevada ajuda na permeabilidade das vias aéreas e minimiza o "stress" no local da cirurgia. • Avalia-se o padrão respiratório, a pulsação e a pressão arterial. A pressão arterial sistólica será mantida entre 120 e170mmHg para garantir a perfusão cerebral. 33 • Avaliar a função dos nervos cranianos: facial(VII), vago(X), acessório(XI) e hipoglosso(XII) (os danos mais comuns são: paralisia das cordas vocais ou dificuldade no controle da saliva e desvio da língua. Em geral, o dano é temporário, mas pode durar meses). As complicações mais comuns da cirurgia vascular são: a hemorragia e o choque, que podem resultar da cirurgia ou de uma lesão associada à aorta, à veia cava ou a vasos próximos, inclusive artérias e veias ilíacas, renais ou lombares. OBS.: Circulação extracorpórea: É o aparelho que substitui a função cardíaca , pulmonar e renal durante as cirurgias cardíacas e tratamento de hemodiálise. ANOTAÇÕES: _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 10.CIRURGIA UROLÓGICA A cirurgia urológica envolve procedimentos realizados nos rins, ureteres, bexiga, uretra e órgãos genitais masculinos. Os problemas a serem tratados podem ser congênitos ou adquiridos. • Nefrectomia: remoção de um rim. Realizada para tratar algumas anormalidades congênitas unilaterais e que são causadoras de obstrução renal ou hidronefrose, tumores e lesões graves. 34 • Ureterostomia cutânea: desvio da corrente urinária pela anastomose dos ureteres, a uma alça isolada do íleo, que é exteriorizada na parede abdominal como uma ileostomia. Realizada após cistectomia total ou radical e remoção da uretra. • Cistectomia: excisão da bexiga e estruturas adjacentes; pode ser parcial para retirar uma lesão, ou total, para excisão de tumores malignos. Esta cirurgia envolve geralmente um procedimento adicional de ureterostomia. • Prostatectomia: é a remoção cirúrgica da glândula e sua cápsula; geralmente para tratamento de carcinoma ou porções anormais da próstata. Intervenções de Enfermagem A avaliação do paciente após cirurgias urológicas envolve, principalmente, atenção ao balanço hidroeletrolítico. A monitorização contínua do débito urinário a cada hora, durante as primeiras 24 horas é essencial, a fim de proteger e preservar a função renal residual dos rins. Inicialmente, a urina apresenta-se sanguinolenta, tornando-se rosea e, a seguir, adquire sua cor normal. Quando está prevista a drenagem de grandes quantidades de fragmentos celulares e coágulos sanguíneos, recorre-se à irrigação contínua. Este sistema pode ser empregado para lavagem periódica da bexiga. Deve ser fechado, contínuo e estéril para reduzir o risco de infecção. O líquido de irrigação será isotônico, pois a água destilada pode provocar depleção dos eletrólitos ou intoxicação hídrica. Na irrigação intermitente utiliza-se solução isotônica em pequenas quantidades (60 a 100ml), na contínua, o volume deve ser suficiente para manter o fluxo de drenagem da urina límpido ou ligeiramente rosado. O enfermeiro e a equipe de enfermagem avaliará frequentemente a permeabilidade do cateter, assegurando-se que esteja drenando. Manterá registro preciso da ingesta oral, da administração endovenosa e dos débitos, anotando a quantidade infundida na irrigação. A solução de irrigação será subtraída dos registros de ingestão e excreção, para evitar uma medida inexata da função renal do paciente e da retenção vesical. Na presença de estoma, observar o tamanho, formato e cor. Uma cor parda ou cianótica pode indicar um suprimento sanguíneo insuficiente e início de necrose, atentar aos sinais de peritonite, pois o vazamento provoca entrada de urina na cavidade abdominal. O pH da urina será verificado, visto que, a urina alcalina irrita a pele e facilita a formação de cristais. A irritação pode resultar também de mudança excessiva da bolsa de drenagem. Todas as vezes que a bolsa for trocada, a pele ao redor do estoma será limpa com água e sabão; se houver cristais sobre a pele, lavar com solução diluída de vinagre para ajudar a removê-los. Uma compressa de gaze ou tampão será colocada sobre o estoma durante a limpeza, para evitar que a urina flua sobre a pele. Durante as mudanças dos dispositivos deixar a pele exposta ao ar pelo 35 maior período possível. Bolsa do tipo "Karaya" não pode ser usada como bolsa urinária, pois é corroída pela urina. O paciente pode apresentar: • Dor em resposta a cirurgia; e se a drenagem dos tubos urinários estiver obstruída; • Espasmos vesicais causados pela superdistensão da bexiga Irritação provocada pelo balonete do cateter de demora. Complicações podem ocorrer: hemorragia, choque, tromboflebite, pielonefrite, pneumotórax e infecção. Deve-se observar o volume, cor, odor e concentração urinários; e estar atento ao débito urinário, condições e permeabilidade do sistema de drenagem, bem como a presença de sedimentos na urina. A ingesta líquida adequada é excepcionalmente importante para este paciente, no pós-operatório. Grandes quantidades de líquido são geralmente a regra; se o paciente pode tolerá-los por via oral, deve-se escolher esta via. É necessário trocar curativos sempre que for preciso, e utilizar barreira a fim de proteger a pele de escoriações causadas pela acidez da urina. Hipertrofia benigna da próstata: É o aumento da glândula prostática que acometi os homens após os 50 anos de idade. Patogenia: É de causa desconhecida, mas parece ser um distúrbio hormonal que ocorre no processo de envelhecimento. O aumento da glândula causa o estreitamento da uretra prostática e pressão na bexiga, dificultando a passagem normal da urina. Sinais e sintomas: • Inicialmente é assintomático; • Nictúria e polaciúria • Sintomas de infecção urinária: disúria e febre; • Diminuição no tamanho e força do jato urinário; • A obstrução prolongada ao fluxo urinário poderá determinar complicações renais: Hidronefrose e insuficiência renal. Meios de diagnósticos: • Anamnese e exame físico; • Exame citoscópico: visualizar o aumento da próstata e comprometimento da parede da bexiga; • Urografia excretora; 36 • Sondagem vesical após micção: determina a quantidade de urina residual na bexiga; • Exame retal: avaliar o tamanho da próstata. Prostatectomia por via: • Transuretral: pela uretra para retirar a próstata (geralmente parcial); • Perineal: Retropúbica ou Suprapúbica Indicação: Hiperplasia prostática. Pós-operatório e cuidados de enfermagem • Estimular os exercícios respiratórios. Observar hipovolemia: hipotensão, sudorese, palidez e taquicardia; • Observar e anotar o aspecto externo dos curativos (nas técnicas abdominais ou pélvicas). O curativo deverá ser trocado pela enfermeira; • Manter o gotejamento rápido da irrigação vesical (mais ou menos 70 gotas/min); trocar os frascos dos líquidos irrigadores (soro fisiológico 0,9%); • Anotar em gráfico especial para irrigação vesical as estradas e as saídas e o aspecto da drenagem; • manter vigilância, pois a obstrução do sistema poderá acarretar sérias complicações (hemorragias severas, ruptura de bexiga e morte); • Realizar movimentos passivos nos MMII de 1/1 hora até passarem os efeitos anestésicos e depois estimular exercícios ativos; • A deambulação deve ser evitada no pré-operatório imediato para prevenir ocorrência de hemorragia; • Aliviar a dor, pois o aumento da pressão venosa estimula os sangramentos; • A alimentação oral deverá ser iniciada após o retorno do peristaltismo. Observar e anotar a aceitação; • Orientar o paciente a não sentar por longos períodos, para prevenir o aumento da pressão intra-abdominal e, consequentemente os sangramentos; • Verificar SSVV; • Estimular a ingestão hídrica. 11. CIRURGIAS GASTRINTESTINAIS, ABDOMINAL E ANORRETAL Os pacientes em período pós-cirurgias abdominais eletivas frequentemente precisam de assistência em UTI. O requisito para assistência intensiva pode ser uma necessidade de observação rigorosa, porém, mais comumente deve-se à multiplas 37 complicações potenciais que possam ocorrer pela complexidade da cirurgia e dos fatores de risco inerentes ao paciente. Vários procedimentos cirúrgicos são empregados no trato gastrintestinal, incluindo o esôfago e ânus, embora estes não estejam contidos na cavidade abdominal, assim como o fígado, pâncreas, vesícula biliar e baço. • Gastrectomia: ressecção do estômago. Pode ser subtotal. Genericamente se refere a qualquer cirurgia com remoção parcial ou total do estômago; é a principal intervenção para o tratamento de câncer gástrico extenso. • Pancreatectomia: é remoção parcial ou total do pâncreas. Os distúrbios do pâncreas exócrino enquadram-se em 4 grupos: inflamatório (pancreatite aguda ou crônica), neoplasias, traumáticose genéticos (fibrose cística, pancreatite hereditária e familiares). • pancreatite aguda: é a inflamação do pâncreas que pode resultar em autodigestão do órgão por suas próprias enzimas. As manifestações desaparecem com a eliminação dos fatores causais, que podem estar relacionados com a injestão excessivas de álcool e doença do trato biliar. • Pancretite crônica: é uma doença progressiva inflamatória e destrutiva do pâncreas. Geralmente o tratamento é cirúrgico, tendo como objetivos corrigir a doença primaria, aliviar a obstrução ductal e a dor. As abordagens cirúrgicas são: • Pancreaticojejunostomia caudal: é indicada nos casos incomuns de estenose isolada dos ductos pancreáticos proximais sem acometer a ampola. • Ressecção pancreaticoduodenal: com preservação do piloro, é indicada quando as grandes modificações estão confinadas à cabeça do pâncreas . • Pancreatectomia subtotal: é indicada quando os ductos são inadequados para descompressão. • Distúrbios traumáticos: o tratamento consiste em cirurgia para controlar hemorragia, debridar o tecido inviável e proporcionar drenagem das secreções pancreáticas. • Hepatectomia: é a ressecção de um ou mais lobo do fígado por neoplasia. • Colecistectomia : é a excisão da vesícula biliar, sendo a intervenção mais comum para remoção de cálculos biliares. 38 Esplenectomia : é a remoção do baço, sem prejuízo nos adultos por não ser um órgão essencial, visto que suas funções são também efetuadas por outros órgãos. Nas crianças sua indicação é após 6 anos de idade para não comprometer o sistema imune. A indicação mais frequente da esplenectomia é o rompimento do baço complicado por hemorragia e geralmente causada por acidentes traumáticos. • Proctolectomia : é a remoção do cólon e do reto, com fechamento do ânus. É utilizada comumente para tratamento da colite ulcerativa, complicações da doença de Chron, tumores, megacólon tóxico, abscessos e fístula. Geralmente é feita uma ileostomia permanente. Além dos cuidados pós-operatórios gerais, o enfermeiro e a equipe de enfermagem permanecerá atento às complicações imediatas que incluem: • Distensão abdominal, • Obstrução intestinal , • Hemorragias e deiscência da linha de sutura. Além disto, avaliará se ocorrem complicações cirúrgicas gerais, tais como: • Choque; • Problemas pulmonares; • Trombose; • Evisceração, íleo paralítico e infecção. Geralmente durante o período pós-operatório o paciente precisará de uma sonda nasogástrica para prevenir a retenção de secreções gástricas. Estas sondas serão mantidas na mesma posição, abertas em drenagem por gravidade. Se a sonda nasogástrica estiver permeável (desobstruída), náuseas e vômitos não ocorrerão. O paciente submetido a uma gastrectomia é mais vulnerável à dor, que piora com a tosse e a respiração profunda, porque a incisão, localizada na porção superior do abdômen e a distensão também interferem na insuflação abdominal. No pós-operatório o paciente manterá jejum e uma sonda nasogástrica em drenagem. A permeabilidade desta será mantida para assegurar que o coto gástrico não seja distendido por um acúmulo de secreções, gases ou drenagem, que esticariam a sutura e romperiam o coto. O material drenado deve ser vermelho vivo num período de 8 a 10 horas, tornando-se esverdeado, devido à bile, após 24 horas. Na presença de gastrostomia, esta deve ser mantida em drenagem. As complicações decorrentes do pós-operatório de gastrectomia são: • Úlceras marginais; 39 Hemorragias(causada habitualmente por uma lesão esplênica ou pelo desligamento de uma ligadura); • Gastrite por refluxo alcalino; • Dilatação gástrica aguda (ocorre uma sensação de plenitude, soluços ou vômitos que melhoram após desobstrução ou introdução de uma sonda nasogástrica); • Problemas nutricionais, (Síndrome de Dumping); • Fístula gastrojejunocólica • Obstrução pilórica (manifesta por vômitos e ocorre no piloro); • Íleo paralítico (ocorre quando a atividade motora do trato gastrintestinal não volta ao normal devido ao trauma cirúrgico). Na proctolectomia, o enfermeiro e a equipe de enfermagem deve monitorar o estoma (ileostomia), para certificar-se que não esteja sendo exercida pressão sobre o mesmo, que possa interferir na circulação. A cor será avaliada em intervalos frequentes. Caso torna-se pálida, pardacenta ou cianótica comunica-se ao médico imediatamente. As ileostomias raramente geram problemas no pósoperatório, porém, podem ocorrer complicações como hemorragia, hipóxia e desequilíbrio hidroeletrolítico. Considerando-se que uma ileostomia drena continuamente, será usado um kit para drenagem aberta de ostomia. Este deve ser moldado de forma a apresentar uma adaptação ao estoma, evitando-se, assim, irritação da pele, que pode variar de hiperemia, dermatite secretante até ulceração. A irritação pode resultar também de adesivos ou remoção frequente do dispositivo. A pele será lavada com água e sabão, enxaguada e seca, e o estoma, coberto com gaze entre as trocas. O paciente em Pós de pancreatectomia pode apresentar défict de volume de líquidos e desequilíbrio eletrolítico por vômitos, drenagem nasogástricas, jejum, desvio de fluidos corporais, hipertermia e sudorese. Os cuidados de enfermagem do pós-operatório de proctolectomia: • Monitorização hemodinâmica com avaliação de possíveis mudanças hídricas; • Monitorar ritmo cardíaco que podem ser a primeira indicação de desequilíbrio eletrolítico. • Observar valores dos exames laboratoriais e detectar modificações significativas; • Observar os sinais e sintomas, indicativos de hiperglicemia, hipocalemia e hipocalcemia; • Também deve estar atento a resposta do paciente à administração de fluidos e hemoderivados, observando edemas, ruidos pulmonares, turgor cutâneo, estado de membranas mucosas e monitorar ingesta e excreção. 40 Monitorização da hipoglicemia. Assistência de enfermagem aos pacientes em Pós de hepatectomia: Variam de acordo com o grau de disfunção metabólica, problemas hemorrágicos, edema, ascite, incapacidade de biotransformar detritos endógenos e exógenos (drogas), hipoproteinemia, ictericia e complicações endócrinas e respiratórias. • Monitorar o estado hidroeletrolitico, devido sobrecarga hídrica podendo ocasionar: (edema pulmonar e ICC, possíveis sinais de sangramento); • Observar a permeabilidade dos drenos abdominais, a obstrução destes drenos podem causar aumento da pressão intrabdominal em virtude do acumulo de ascite e sangue; • Previnir as complicações trombóticas (estimular os exercícios no leito, deambulação precoce e a hidratação adequada) • Monitorar quanto ao desenvolvimento de hemorragias através de controles dos sinais vitais e medida da circunferência abdominal. 11.1 CIRURGIAS DO INTESTINO GROSSO 11.1.1 Colectomia Ressecção de parte do cólon. Indicações: Carcinomas de cólon, enterites cicatrizantes. Pós-operatório: • Manter o paciente em posição confortável; • Observar sinais de choque; • Verificar sinais vitais; • Observar e anotar aspecto dos curativos (sangramento); • Manter sonda nasogástrica aberta e anotar volume e aspecto das drenagens; • Estimular exercícios respiratórios; • Ajudar nas mudanças de decúbito; • Deambulação precoce; • Manter corretos os gotejamentos dos soros. Complicações cirúrgicas: deiscência da linha de anastomose, infecção da parede abdominal. 41 11.1.2 Colostomia Comunicação da luz do cólon com a parede intestinal. Indicações: Obstrução aguda do cólon, neoplasia intestinal, trauma intestinal, necrose de delgado com peritonite. Pós-operatório • A bolsa coletora para ileostomia deve conter um orifício que ultrapassa o estoma e que não deixa a pele, ao redor do mesmo, exposta pois a excreção contém
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