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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU CURSO DE ENFERMAGEM MATUTINO THAIS SOUZA DE OLIVEIRA ESTUDO DIRIGIDO – N2 2021 SAUDE DO ADULTO SÃO PAULO 2021 THAIS SOUZA DE OLIVEIRA – RA: 2565550 ESTUDO DIRIGIDO – N2 2021 SAUDE DO ADULTO Estudo dirigido (N2) apresentada para avaliação de rendimento escolar da disciplina de saúde do adulto, do curso de enfermagem da FMU - Faculdades Metropolitanas Unidas, ministrada pela Profª Janaina Paulini. SÃO PAULO 2021 ESTUDO DIRIGIDO – N2 2021 SAUDE DO ADULTO 1) Cite quais são as características que definem uma boa conduta de ressuscitação cardiopulmonar. Há cinco medidas básicas de RCP de alta qualidade: compressões torácicas de taxa adequada (100-120 compressões / min), compressões torácicas de profundidade adequada (pelo menos um terço do diâmetro anteroposteriora do peito ou aproximadamente 4 ½ polegadas [4 cm] em bebês e aproximadamente 5 cm] em crianças), recuo completo do peito após cada compressão, interrupções mínimas em compressões e evitando ventilação excessiva. O pico da sobrevivência ocorre entre cerca de 100 a 120 compressões por minuto, sendo a taxa ideal para compressões torácicas. Estudos mostram que quanto mais profunda é a compressão torácica mais alta é a taxa de sobrevivência. Compressões de, pelo menos, 5 cm são recomendadas para maximizar a qualidade da compressão. Ferimentos leves podem ocorrer com compressões mais profundas, mas isto não deve impedir o provedor de conseguir a maior profundidade possível. 2) Quais os passos a serem seguidos na avaliação de uma paciente com suspeita de PCR? Avalie a responsividade: chame o paciente pelo nome, avalie a respiração e pulso simultaneamente por 10 segundos. Em caso de detecção de ausência de responsividade, respiração (ou gasping) e pulso, solicite a outro profissional, de forma clara e objetiva, que: • Acione a equipe médica; • Traga o carro de emergência; • Traga o desfibrilador/DEA; • Após os comandos, iniciar imediatamente a Sequência de Atendimento: C–A–B 3) Quais as diferenças de desfibrilação e cardioversão? A desfibrilação elétrica é indicada apenas nas situações de FV e TV sem pulso. A cardioversão elétrica é indicada nas situações de taquiarritmias como a fibrilação atrial (FA), flutter atrial, taquicardia paroxística supraventricular e taquicardias com complexo largo e com pulso. 4) Qual a definição de choque? Cite e explique, resumidamente, os tipos de choque e seus mecanismos fisiopatológicos? Choque é a expressão clínica da falência circulatória aguda que resulta na oferta insuficiente de oxigênio para os tecidos. Tipos de choque: Choque Hipovolêmico, Choque Cardiogênico, Choque Obstrutivo, Choque Distributivo. • Choque hipovolêmico: perda de sangue, plasma ou líquidos extracelulares; Fisiopatologia: Perda de fluído: Pode ser interno ou externo Mecanismo compensatório: A queda da PA ativa mecanismos compensatórios na tentativa de aumentar o volume circulante. Retorno venoso: A diminuição do retorno venoso é resultante da queda da PA. Pré-carga: Ocorre diminuição da pré-carga Volume sistólico: Diminuído Débito Cardíaco: Diminuído em função do VS em queda. Pressão arterial: Diminuída (PA= DC x RVP) Comprometimento da nutrição celular. Queda da perfusão que diminui o aporte de nutrientes e oxigênio para as células, o que pode resultar em falência múltipla de órgãos. • Choque cardiogênico: insuficiência miocárdica; Fisiopatologia: O choque cardiogênico é aquele em que a má perfusão tecidual é resultado do baixo débito cardíaco oriundo de uma patologia cardíaca propriamente dita. A causa mais comum é o infarto agudo do miocárdio (IAM), em que há falência da bomba cardíaca ocasionada pela necrose de parede ventricular produzida pelo infarto. No entanto, há causas mecânicas, como doenças valvares, que também podem comprometer de forma significativa o débito cardíaco, levando ao choque cardiogênico. • Choque distributivo: diminuição do tônus vascular. Dividido em: Choque neurogênico: Fisiopatologia: O choque neurogênico culmina na má perfusão tecidual pela perda súbita do tônus vascular. Tônus vascular é um estado de ligeira contração mantido nos vasos sanguíneos pelo sistema nervoso autônomo, e é crucial para a manutenção da PA e da PEC. A perda desse tônus de forma sistêmica causa dilatação das arteríolas - diminuição da RVP -, e das vênulas - diminuindo o retorno venoso. Esse desequilíbrio hemodinâmico causa o choque, semelhante ao anafilático e ao séptico Choque anafilático: Fisiopatologia: a má perfusão tecidual no choque anafilático também é resultado de uma vasodilatação generalizada e tem hemodinâmica semelhante ao choque séptico. No entanto, a causa é distinta, pois no choque séptico a causa é infecção, enquanto no choque anafilático a causa é alergia. De fato, no choque anafilático, o paciente sofre uma reação alérgica ao ser exposto a um antígeno, a que é previamente sensível. A interação antígeno-anticorpo, mediada pela imunoglobulina E, é extremamente significativa e provoca a degranulação de mastócitos com consequente liberação de histamina (dentre outros mediadores). A histamina produz venodilatação, diminuindo o retorno venoso; vasodilatação arteriolar, diminuindo a resistência vascular periférica; e aumento da permeabilidade vascular, causando extravasamento de plasma e proteínas dos capilares para os espaços intersticiais. O grande aumento da permeabilidade pode produzir o edema de glote, que muitas vezes leva ao óbito antes mesmo que o choque circulatório se instale Choque séptico: Fisiopatologia: efeitos vasoativos das endotoxinas Estado hiperdinâmico diminuição da resistência vascular periférica aumento do retorno venoso aumento do débito cardíaco SVO2 aumentada Lactato normal ou aumentado Pressão arterial normal ou diminuída Estado hipodinâmico diminuição da resistência vascular periférica retorno venoso diminuído se hipovolemia débito cardíaco diminuído (depressão miocárdica associada à sepse) SVO2 diminuída Lactato aumentado Pressão arterial diminuída • Choque obstrutivo: obstrução mecânica do fluxo sanguíneo. Fisiopatologia: O choque obstrutivo é ocasionado por uma obstrução ou uma compressão dos grandes vasos ou do próprio coração. Pode ocorrer por diversas causas, porém três merecem destaque. O pneumotórax hipertensivo, o tamponamento cardíaco e o tromboembolismo pulmonar. No choque Obstrutivo ocorre bloqueio mecânico ao fluxo sanguíneo. O esvaziamento do ventrículo direito está prejudicado (embolia pulmonar) ou há diminuição do enchimento do ventrículo direito (tamponamento cardíaco) 5) Quais os cuidados de enfermagem ao pacientem em choque hipovolêmico, cardiogênico, neurogênico, séptico e anafilático? Cuidados de enfermagem Choque séptico: NOC Estabilidade hemodinâmica Controle infeccioso. NIC Controle infeccioso Controle de temperatura Terapia farmacológica Monitorar exames laboratoriais – função renal, concentração de antibiótico, hemograma, coagulograma e contagem de plaquetas Balanço hidroeletrolítico Padrão nutricional Choque anafilático: NOC Ventilação adequada Estabilidade hemodinâmica Nível de consciência adequado NIC Monitorar via aérea Monitorar oxigenação Posicionamento adequado Observar tolerância a atividade Monitorização hemodinâmica Monitorar debito urinário e função renal Choque hipovolêmico: NOC Manter volemia em níveis funcionais. Identificar a causa da perda de volume. Manter PA, P e temperatura dentro da normalidade. Manter turgor, hidratação e nível de consciência NIC A assistência de enfermagem visaidentificar a causa e restaurar o volume intravascular. Transfusão sanguínea com segurança. Obter tipagem sanguínea, exames laboratoriais e termo de autorização. Administração de fluidos. Observar sobrecarga cardíaca, dispneia, edema, distensão de veia jugular e resultados laboratoriais. Monitorar peso e balanço hídrico. Monitorar sinais vitais. A cada 15 minutos para pacientes instáveis e a cada 4 horas para os estáveis. Administrar oxigênio Choque cardiogênico: NOC Monitorização hemodinâmica Administração de fluidos e medicação Manutenção do balão intra-aortico NIC Identificar riscos e minimizar chance de re-evento (mantendo oxigenação adequada, diminuindo o trabalho cardíaco). Status Hemodinâmico. (PAI, ECG, exames laboratoriais, ausculta cardíaca e pulmonar) Balanço hídrico Sincronização do balão intra-aortico com o ritmo cardíaco Aumentar segurança e conforto (controle da dor, observação de sinais flogisticos, posicionamento…) Controle gasométrico e ajuste ventilatório Choque neurogênico: NOC Manter ventilação adequada Manter estabilidade da coluna Reconhecer comprometimento sensorial NIC Elevar decúbito Prevenir trombose em MMII Manter vias aéreas pérvias Administrar oxigênio 6) Qual a importância da monitorização hemodinâmica no paciente em estado de choque? A finalidade principal da monitorização hemodinâmica avaliar o estado cardiovascular e prontamente identificar condições capazes de comprometer a oferta de oxigênio aos tecidos. hemodinâmico; identificar o tipo de choque; selecionar a intervenção terapêutica; avaliar a resposta do paciente à terapia. 7) O que caracteriza um acidente vascular encefálico de origem isquêmica e de origem hemorrágica? O acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCH) se caracteriza pelo sangramento em uma parte do cérebro, em consequência do rompimento de um vaso sanguíneo. Pode ocorrer para dentro do cérebro ou tronco cerebral (acidente vascular cerebral hemorrágico intraparenquimatoso) ou para dentro das meninges (hemorragia subaracnóidea). Acidente vascular cerebral isquêmico - é causado pela obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria do cérebro, o que causa a falta de circulação vascular na região. O acidente vascular isquêmico é responsável por 85% dos casos de acidente vascular cerebral. Acidente vascular cerebral hemorrágico - acontece quando um vaso se rompe espontaneamente e há extravasamento de sangue para o interior do cérebro. Este tipo de AVC está mais ligado a quadros de hipertensão arterial. 8) Quais as diferenças fisiopatológicas de um acidente isquêmico transitório e um acidente vascular encefálico de origem isquêmica? O ataque isquêmico transitório (AIT) é definido como um déficit neurológico de instalação súbita e recuperação completa do déficit em menos de 24 horas. Geralmente, dura entre 10 e 20 minutos. Os mecanismos fisiopatológicos envolvidos são semelhantes aos do AVE isquêmico, entretanto não ocorre dano neurológico definitivo em virtude dos mecanismos compensatórios ou recanalização precoce. Apesar da definição presente, sabe-se que grande parte dos déficits neurológicos que duram mais de 1 hora e melhoram completamente apresentam lesões isquêmicas definitivas na ressonância magnética (RM) de encéfalo. Alguns grupos até advogam a mudança da definição do AIT em relação à duração do evento. O AVE isquêmico é causado pela diminuição do fluxo sanguíneo em uma ou mais regiões do encéfalo, que ocorre por não ter havido, devido a insuficiência dos mecanismos compensatórios como circulação colateral, vasodilatação micro circulatória ou aumento da taxa de extração de O2, a manutenção do funcionamento adequado do tecido cerebral acometido. Os principais mecanismos envolvidos no AVE isquêmico são a trombose de grandes artérias, a embolia de origem cardíaca e a trombose de pequenas artérias. Entre outros mecanismos menos comuns estão a dissecção arterial, vasculites e trombofilias. 9) Quais os fatores de risco para um AVE isquêmico? Hipertensão artéria sistêmica; Sedentarismo: ocorre em pessoas que não praticam atividade física regular; Alimentação desequilibrada: muito sódio e gorduras; Dislipidemia; Obesidade; Tabagismo; Álcool; Diabetes Mellitus; Estresse e depressão. Os fatores de risco não-modificáveis correspondem a condições inerentes aos indivíduos e incluem: ● Idade avançada; ● Sexo masculino; ● Baixo peso ao nascer; ● Afrodescendente; ● Histórico familiar de AVC; ● Anemia falciforme. Já os fatores de risco modificáveis, ou seja, os fatores aos quais podemos atuar para prevenir o AVC, incluem: ● Aterosclerose; ● HAS (causa controlável mais comum); ● Tabagismo; ● Fibrilação atrial; ● Diabetes mellitus; ● Terapia hormonal (pós-menopausa ou contracepção oral); ● Dislipidemia; ● Obesidade; ● Sedentarismo, entre outros. 10) Quais as principais limitações para aplicação da escala de coma de Glasgow? Álcool, drogas, medicações, distúrbios psiquiátricos, edema e hematoma palpebral, trauma ocular, restrições físicas como contenção de gesso, tala. Limitações como intubação orotraqueal, distúrbios da fala, trauma de face, outro idioma. 11) Descreva, como deve ser feito o exame neurológico de um paciente com suspeita de AVE isquêmico, o que observar e qual o significado clinico dos achados. O exame é composto, basicamente, por anamnese e avaliação física. A ideia é que, ao final da avaliação, seja possível descrever um exame físico neurológico abrangente e identificar anormalidades que sinalizem comprometimento neurológico. Os exames físicos neurológicos abrangem 4 parâmetros de avaliação neurológica: Escala de Glasgow: É uma escala usada para medir a consciência e a evolução das lesões cerebrais em um paciente. “O índice é baseado em uma escala de pontos que vai de 3 a 15. Escala de Glasgow são observar abertura ocular, resposta verbal e resposta motora para avaliar o nível de consciência; Escala de AVE do NIHSS (National Institutes of Health Stroke scale), orientação tempo e espaço, resposta a comandos, melhor movimento ocular, campos visuais, paralisia facial, motricidade, ataxia, sensibilidade, linguagem, disartria, inatenção. Avaliar padrão respiratório para localizar local da lesão Respiração de Cheyne-Stokes lesão no diencéfalo Respiração apnêustica lesão na ponte Hiperpneia neurogênica central, lesão no mesencéfalo Respiração ataxia, lesão no bulbo Observar pupilas (simetria, tamanho e reatividade pupilar a luz). Miose, Midríase e anisocoria. Na tomografia e ressonância magnética será encontrado a luz do vaso obstruída por placa de gordura. Teste do olho de boneca que fica fixo, o normal são os olhos acompanharem quando virar a cabeça. Sinal de Babinsk: sinal do reflexo plantar patológico, quando há a extensão do hálux (1º dedo do pé). A presença do reflexo (extensão do hálux) é uma reação normal em crianças até 2 anos de idade. Em adultos indica lesão neurológica. Reflexo córneo palpebral quando se coloca algo no olho e a pessoa pisca, quem possui problemas neurológicos normalmente não piscam. Reflexo óculo motor ou estímulo térmico no canal auditivo (infunde soro gelado e esperamos que os olhos se desviem para onde foi feito o estímulo térmico). Escala de Cincinnati (AVE isquêmico): avalia paralisia facial, perda da força e a fala, pronúncia. Cincinnati: Paresia facial, Fraqueza do membro superior/fraqueza motora e fala; NIHSS: É a escala mais utilizada para quantificar o exame neurológico, pontua um resultado de 0 (sem déficit) a 42 pontos (déficit máximo). 0 – 5 pontos: AVC leve 6 – 10 pontos: AVC moderado 11 – 20 pontos: AVC grave > 20 pontos: AVC severo Sinal de Babinski: O termo sinalde Babinski refere-se ao sinal do reflexo plantar patológico, quando há a extensão do hálux (1º dedo do pé). A presença do reflexo (extensão do hálux) é uma reação normal em crianças até 2 anos de idade. Em adultos indica lesão neurológica; 12) Quais os cuidados de enfermagem na trombólise cerebral? Cabe ao enfermeiro na abordagem inicial uma ação rápida, realizando avaliação clínica, exame físico, monitorização multiparamétrica, punção venosa calibrosa, avaliação do Eletrocardiograma (ECG), coleta e interpretação dos marcadores de necrose miocárdica e intervenção farmacológica inicial. Monitorização em UTI por no mínimo 24 horas após uso de trombolítico; Orientar o paciente e a família sobre a patologia e o tratamento; Oferecer o termo de consentimento informado ao paciente assinar; Aplicar a Escala de Coma de Glasgow; Aplicar a escala do NIH; Avaliar pupilas quanto à foto reação, tamanhos e simetria pioram neurológica, cefaleia, hipertensão súbita, náusea vômito suspender; Pesar o paciente; Monitorização cardíaca: Oximetria de pulso – Sat. 95% O2 Monitorização não invasiva PA: – cada 15 minutos nas primeiras duas horas. – cada 30 min nas próximas 6 horas. – cada 60 min até 24 horas. – Coletar amostra de sangue para bioquímica, coagulograma, TP, TTPA, plaquetas, hemograma, tipagem sanguínea (hemorragia) Puncionar 2 veias periféricas com cateter curto 18G; Observar sinais de sangramento; Prevenção de sangramentos: – Orientar o paciente a usar escova de dentes macia. – Não administrar AAS e nenhum tipo de anticoagulante nas primeiras 24h. – Evitar passar SNG – 24 horas. – Evitar sonda vesical – 30 min. – Evitar acesso venoso central / punção arterial - 24 horas. 13) O que é um aneurisma cerebral? O aneurisma cerebral é uma dilatação num dos vasos sanguíneos que levam sangue até ao cérebro. Quando isso acontece, a parte dilatada geralmente apresenta uma parede mais fina e, por isso existe um elevado risco de romper. Quando um aneurisma cerebral rompe, provoca AVC hemorrágico, que pode ser mais ou menos grave, de acordo com o tamanho do sangramento. 14) Quais as principais causas do AVE hemorrágico? Causa mais frequente da hemorragia intracraniana espontânea é a ruptura de vasos com alterações arterioscleróticas em pacientes hipertensos. ● HAS (70 – 80%); ● Transformação hemorrágica no AVE isquêmico; ● Trauma; ● Tumores; ● MAV; ● Doenças hematológicas e reumatológicas; ● Agentes anticoagulantes e fibrinolítico; ● Angioma cavernoso e aneurisma sacular; 15) Cite e explique as alterações fisiológicas encontradas na hipertensão intracraniana. A hipertensão intracraniana é a pressão no interior do crânio (80% encéfalo, 10% sangue e 10% licor) causada pelo aumento do volume de um ou mais componentes naturais: LCR hidrocefalia; Sangue vasodilatação; Parênquima edema; Acréscimo de processo expansivo (neoplasia, abcessos, hematomas, granuloma) A consequência é a diminuição da oxigenação cerebral (isquemia) e herniação encefálica. 16) Explique qual o mecanismo responsável pela vasodilatação e vasoconstrição cerebral e qual a importância da assistência de enfermagem nesse processo. A diminuição da pressão intravascular leva a vasodilatação, já o aumento, leva a vasoconstrição. O enfermeiro deve monitorar o paciente, verificando seus sinais vitais, e realizando intervenções ou administrando medicamentos para evitar o agravamento desse quadro. 17) Quais os mecanismos compensatórios ao aumento do volume intracraniano? Desvio de LCR (líquido cefalorraquidiano) para o espaço subaracnóide, aumento da absorção de LCR, diminuição da produção de LCR e desvio de sangue venoso para fora do crânio. 18) Como avaliar o paciente com hipertensão intracraniana? Com Escala de Glasgow e Sinais e Sintomas de HIC: ● Gerais ● Cefaleia ● Vômitos ● Edema papilar ● Alterações de personalidade ● Alterações de nível de consciência ● Crises convulsivas ● Tonturas ● Macrocefalia ● Alterações de PA, FC, R ● Disfunções pupilares ● Focais ● Alterações endócrinas ● Paresias ou plegias ● Convulsões focais ● Distúrbios cognitivos 19) Cite e explique as principais condutas de enfermagem na assistência a um paciente vítima de hipertensão intracraniana. O reconhecimento dos sinais e sintomas da hipertensão intracraniana deve ser realizado prontamente, a fim de se evitar complicações decorrentes do não manejo precoce, tais como lesões neurológicas irreversíveis, coma e morte. Utilizam-se como métodos comprobatórios, exames de neuroimagem, sobretudo, a tomografia de crânio, e a monitorização da pressão intracraniana. O tratamento, por conseguinte, deve ser implantado precocemente mediante o diagnóstico etiológico e envolve medidas clínicas e/ou cirúrgicas. Condutas de Enfermagem: Manter a cabeceira elevada a 30º com alinhamento dos segmentos corpóreos. Manter as vias aéreas permeáveis. Manter a regularidade da eliminação intestinal. Manter temperatura corpórea normal. Controlar crises convulsivas. Avaliação de sinais vitais e neurológica frequentes. Fazer balanço hídrico. Cuidados de higiene e conforto. Aliviar a dor. Cuidados de higiene e conforto. Aspiração endotraqueal superior a 10-15 segundos, sem hiperventilação e hiperoxigenação. Procedimentos para esvaziar o conteúdo fecal que provocam a manobra de Valsalva. Execução de movimentos que provocam a contração muscular isométrica (ex. descerebração). A rotação da cabeça e pescoço. Associação (agrupamento) de cuidados que alteram a PIC. 20) Quais as principais funções hepáticas? Formação e excreção de bile durante o metabolismo da bilirrubina. Regulação da homeostase dos carboidratos. Síntese de lipídios e secreção de lipoproteínas plasmáticas. Controle do metabolismo de colesterol. Formação de ureia, albumina sérica, fatores de coagulação, enzimas e diversas outras proteínas. Metabolismo ou desintoxicação de fármacos e outras substâncias exógenas. 21) Quais as principais manifestações clinicas de uma insuficiência hepática? • Icterícia, em que a pele e mucosas ficam amareladas pelo acúmulo de bilirrubina no organismo; • Baixa concentração de albumina sérica no corpo e alargamento do tempo de protrombina não corrigido por vitamina K, causando inchaços; • Excesso de amônia no organismo, podendo causar lesões cerebrais; • Odor corporal descrito como "bolorento" ou "agridoce"; • Tendência a sangramentos vindo do estômago e intestinos; • Ascite, que consiste no acúmulo de líquidos na região abdominal. • Cansaço, fraqueza, enjoos e falta de apetite. • Hepatomegalia; 22) Quais os mecanismos envolvidos nas hepatopatias? Seis mecanismos são propostos para a hepatopatia: 1) Reações de alta energia no citocromo P450 comprometendo a homeostase do cálcio com a ruptura de fibrilas intracelulares e lise de hepatócitos. 2) Disfunção de proteínas transportadoras relacionadas com o fluxo de ácidos biliares (mecanismo proposto para a toxicidade hepática dos fibratos). 3) Reações imunes geradas pela formação de metabólitos das drogas hipolipemiantes formados no fígado. 4) Hepatoxicidade promovida por células T com inflamação adicional mediada por neutrófilos. 5) Apoptose mediada por TNF e Fas (imune-mediada). 6) Estresse oxidativo gerado por dano a organelas intracelulares. O dano às células parênquimas do fígado, pode ser: • Hepatocelular: alteram a estrutura morfológica e capacidade funcional dos hepatócitos; • Biliares: comprometimento fluxo biliar forma direta; Em relação aos mecanismos fisiopatológicos no HEPATOCELULAR - alteram a estrutura morfológica e capacidade funcional dos hepatócitos e BILIARES- comprometimento fluxo biliar, que comparando com os sinais e sintomas ocorre na disfunção de sintetizaras proteínas no fígado onde causa a icterícia que é uma coloração amarela da pele e/ou olhos causados por um aumento na concentração de bilirrubina na corrente sanguínea (Hiper bilirrubinemia). Ainda, idade avançada, consumo excessivo de álcool, altas doses de drogas hipolipemiantes, interação com outros fármacos, e doença hepática ativa prévia podem aumentar a hepatotoxidade. 23) Explique o que é hipertensão portal e quais os sinais e sintomas apresentados pelo paciente. A hipertensão portal é definida como a elevação do gradiente de pressão venosa hepática > 5 mmHg, sendo uma complicação de várias doenças, como a cirrose, a esquistossomose, neoplasias do fígado, das vias biliares ou do pâncreas, fenômenos tromboembólicos da veia porta e moléstias supra-hepáticas, como insuficiência cardíaca direita e oclusão da veia cava inferior, por trombos ou tumores. A interação entre o fluxo sanguíneo e a resistência vascular pode alterar o sistema porta. Assim, a pressão portal pode aumentar, se houver aumento do fluxo sanguíneo portal ou aumento da resistência vascular ou ambos. A resistência aumentada do fluxo pode ser pré-hepática, pós-hepática ou intra-hepática, sendo esta última responsável por mais de 95% dos casos de hipertensão portal, representadas pelas principais formas de cirrose. O quadro clínico da hipertensão portal consiste em: ● Esplenomegalia ● Colaterais portossistêmicas: circulação colateral, varizes de esôfago e varizes ectópicas. ● Sangramento digestivo ● Manifestações sistêmicas: taquicardia, ictus impulsivo e redução da pressão arterial. ● Ascite ● Encefalopatia hepática ● Baqueteamento de dedos/unhas em vidro de relógio. ● Taquipneia e dispneia aos esforços. 24) Quais as diferenças da hemorragia digestiva alta e da hemorragia digestiva baixa? A Hemorragia digestiva pode ser classificada em alta, quando atinge a parte superior do trato gastrointestinal (esôfago, estômago e duodeno); e baixa, quando atinge a parte inferior do trato gastrointestinal (intestino delgado, intestino grosso e ânus). 25) Correlacione os sinais e sintomas apresentados pelo paciente hepatopata a seu mecanismo fisiopatológico. Sinais e Sintomas Mecanismo Fisiopatológico Icterícia Elevação da bilirrubina no soro, em níveis superiores a 2mg/100ml (mg/dl) -> coloração amarelada da esclerótica, mucosas, pele e líquidos orgânicos, prurido e pele seca Ascite Aumento da pressão hidrostática e diminuição da pressão oncótica no sistema venoso portal (Hipertensão Portal), retenção de sódio e hipoalbuminemia ( da pressão osmótica coloidal plasmática) Hipertensão portal e hipoalbuminemia Aumento da pressão hidrostática e diminuição da pressão oncótica no sistema venoso portal (Hipertensão Portal), retenção de sódio e hipoalbuminemia Encefalopatia Deterioração da função intelectual, comportamento e nível de consciência: Avaliação pela escala de Estágios da Encefalopatia Hepática - CRITÉRIOS DE WEST HAVEN Alteração na produção de fatores de coagulação - risco de sangramento Alteração na produção de fatores de coagulação - comprometimento do parênquima hepático Hipertensão portal aumento na resistência ao fluxo sanguíneo ➔ hipertensão portal ➔ vasodilatação de toda a rede portal (varizes) Dilatação e diminuição da espessura da parede vascular ➔ rotura. Nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades corporais anormalidade metabolismo dos aminoácidos e dos carboidratos, formação inadequada, uso e estocagem de vitaminas (Vit. A, C e K), infecções recorrentes, perdas proteicas em paracenteses, ingestão inadequada, Náuseas. 26) O que é a paracentese e quais os cuidados de enfermagem relacionados a esse procedimento? Paracentese é um procedimento médico que consiste na retirada de líquido de uma cavidade do corpo por meio da punção com agulha. O termo é mais usado em relação à retirada do líquido que pode se acumular na cavidade abdominal em certas condições mórbidas, o que normalmente se chamada de ascite ou “barriga d'água”. Cuidados de enfermagem: • Durante o exame, verificar cor da pele, fáceis, pulso e respiração • Vigiar a saída de líquido, se paracentese evacuadora após punção: • Vigiar sinais vitais • Efetuar penso compressivo no local da punção (principalmente se ascite acentuada) • Observar cor e quantidade de líquido • Enviar ao laboratório se necessário Após do Procedimento: • Retornar o paciente ao leito ou para uma posição sentada confortável. • Medir o líquido coletado, descrever e registrar. • Rotular as amostras do líquido e enviá-las para o laboratório. • Continuar monitorizar o paciente a cada 15 minutos durante 1h, a cada 30 minutos durante 2hs; em seguida, a cada hora durante 2hs e, por fim a cada 4hs. • Avaliar quanto à hipovolemia e perda eletrolítica. • Verificar os locais de punção. 27) Explique a fisiopatologia e os cuidados de enfermagem nas seguintes patologias: • Derrame pleural Fisiopatologia: os derrames pleurais são acúmulos de líquido dentro do espaço pleural. Eles têm múltiplas causas e normalmente, são classificados como transudatos e exsudatos. Cuidados de enfermagem: • Controlar a dor corretamente; • Monitorar o dreno de tórax; • Verificar a quantidade de líquido que drenou e a sua cor; • Registrar os valores obtidos no dreno de tórax e deixar o paciente em repouso na cama ajustada a 45°. • Pneumonia Fisiopatologia: doença inflamatória aguda de causa infecciosa que acomete os espaços aéreos e é causada por vírus, bactérias ou fungos. As vias aéreas superiores evitam que partículas potencialmente infecciosas alcancem o trato respiratório inferior, a pneumonia origina-se da flora normalmente presente em um paciente cuja resistência foi alterada ou de aspiração da flora presente na orofaringe e afeta ventilação/perfusão. Cuidados de enfermagem: • Auxiliar o paciente a tossir produtivamente. • Encorajar a ingestão de líquidos. • Observar o paciente para náusea, vômito, diarreia, erupções e reações nos tecidos moles. • Fornecer oxigênio, conforme prescrito, para a dispneia, distúrbio circulatório, hipoxemia ou delírio. • Monitorar a resposta do paciente à terapia. • Avaliar o nível de consciência antes que sedativos ou tranquilizantes sejam administrados. • Monitorizar a ingestão e excreção, à pele e os sinais vitais. • Monitorizar o estado respiratório, incluindo frequência e padrão da respiração, sons respiratórios e sinais e sintomas de angústia respiratória. • Atelectasia Fisiopatologia: É o colapso do tecido pulmonar com perda de volume. Os pacientes podem ter dispneia ou insuficiência respiratória se a atelectasia for extensa. Eles também podem desenvolver pneumonia. A atelectasia costuma ser assintomática, mas hipoxemia e dor torácica pleurítica podem estar presentes em certos casos. Cuidados de enfermagem: ● Repouso ao leito em decúbito elevado; ● Manter ambiente limpo e arejado; ● Promover higiene oral e corporal; ● Trocar roupas de cama e do cliente sempre que necessário; ● Oferecer dieta hipercalórica e rica em líquidos; ● Movimentar o cliente com cuidado devido à dor; ● Realizar mudança de decúbito, evitando acúmulo de secreções brônquicas; ● Estimular tosse produtiva, evitando acúmulo de secreções brônquicas; ● Administrar oxigênio conforme prescrição médica; ● administrar medicações prescritas pelo médico; ● Aferir sinais vitais; ● Observar sinais e sintomas e intercorrências, anotar e comunicar o médico. • Tromboembolia pulmonar Fisiopatologia: O tromboembolismo pulmonar (TEP) é uma síndrome clínica e fisiopatológica que resulta da oclusão da circulação arterial pulmonar por um ou mais êmbolos. Cuidados de enfermagem: • Realizar ausculta pulmonar em busca de adventícios e ou campos pulmonarescom MV ausentes; • Manter em monitorização cardíaca: traçado eletrocardiográfico e FC. Comunicar se taquicardia/arritmia; • Programar aferição de PA a cada 15/15 minutos. Se hipotensão ou encurtamento da pressão de pulso, comunicar; • Realizar ausculta cardíaca. Registrar no prontuário e comunicar ao médico se surgimento da 3ª bulha, galope e ou sopro valvar; • Estar atento para sinais de choque, hipotensão, desorientação, taquicardia, pele fria, pegajosa e palidez. • Pneumotórax Fisiopatologia: é a presença de ar entre as duas camadas da pleura (membrana fina, transparente, de duas camadas que reveste os pulmões e o interior da parede torácica), resultando em colapso parcial ou total do pulmão. Cuidados de enfermagem: • Aspiração quando necessário; • Posição de Fowler com pernas e pés mais baixos que o resto do corpo; • Observar sinais sudorese, náuseas e vômitos; • Oxigenação (administração de O2 a 100% por meio de máscara facial); • Controle de sinais vitais; • Apoio psicológico; • Administração dos medicamentos prescritos pelo médico. 28) Quando é indicado a toracocentese e quais os cuidados de enfermagem nessa situação? A toracocentese diagnóstica está indicada para pacientes que tenham derrame pleural de causa obscura e a toracocentese de alívio para quem tenha derrame pleural volumoso ou sintomático que não responda às medidas terapêuticas usuais. Cuidados de enfermagem: Antes: • Informar corretamente o paciente acerca do exame, dando ênfase às vantagens do mesmo; • Tranquilizar o paciente e pedir a sua colaboração no sentido de permanecer imóvel durante a punção; • Avaliar inicialmente os SSVV e função respiratória; • Se necessário isolar o paciente com biombos; • Manter ambiente aquecido e não despir demasiado o paciente; • Ter junto ao paciente todo material necessário, prontuário e exames; • Ajudar a colocá-lo na posição correta e expor a zona de punção. Durante: • Colaborar com o médico na anestesia, na punção, na recolha de espécimes para análises e adaptação do sistema de drenagem; • Ajudar o paciente a manter-se na posição correta; • Observar as fácies do paciente, o pulso, a respiração e as queixas apresentadas; • No caso de toracocentese evacuadora não devem ser extraídos mais de 1500 ml de líquido da pleura, num período de 30 min, dando risco de desvio de líquido intravascular, com consequente edema pulmonar. Após: • Observar e registrar as características do conteúdo drenado; • Realizar curativo seco e oclusivo; • Posicionar o paciente para o lado não afetado; • Observar possíveis complicações; • Acondicionar e identificar as amostras recolhidas e enviá-las para o laboratório; • Solicitar RX. 29) Qual a definição de doença pulmonar obstrutiva crônica? A Doença pulmonar obstrutiva crônica, ou DPOC, é a obstrução da passagem do ar pelos pulmões provocada geralmente pela fumaça do cigarro ou de outros compostos nocivos. A doença se instala depois que há um quadro persistente de bronquite ou enfisema pulmonar. 30) Quais as diferenças da asma e da bronquite? A asma é uma doença crônica causada pela inflamação das vias aéreas inferiores (que compreende desde a traqueia os brônquios). Quando essa região está inflamada, ocorre o estreitamento dos bronquíolos e a respiração fica mais difícil. Além disso, a asma não tem cura. Já a bronquite é o nome que se dá para a inflamação especificamente dos brônquios, que são os órgãos que levam e trazem o ar a cada respiração. A exposição a substâncias químicas, em especial por causa do tabagismo, faz com que as pessoas desenvolvam bronquite crônica cuja característica é a tosse e o catarro em excesso por um longo período (no mínimo três meses por ano durante dois anos consecutivos). 31) O que é o enfisema pulmonar e quais os cuidados de enfermagem a esse paciente? O enfisema pulmonar é uma doença respiratória na qual os pulmões perdem a elasticidade devido à exposição constante a poluente ou tabaco, principalmente, o que leva à destruição dos alvéolos, que são estruturas responsáveis pela troca de oxigênio. O objetivo do tratamento da asma é melhorar a qualidade de vida da pessoa, por meio do controle dos sintomas e pela melhora da função pulmonar. O tratamento medicamentoso é realizado junto com medidas educativas e de controle dos fatores que podem provocar a crise asmática. Cuidados de enfermagem: • repouso em ambiente arejado e limpo; • incentivar a ingestão de líquidos; • manter o ambiente calmo e tranquilo; • verificar e anotar a temperatura de 4/4 horas; • incentivar o paciente a evitar o fumo; • evitar o ar poluído e atividades físicas; • umidificar o ambiente de repouso com H2O fervente; • usar lenços de papel na eliminação de secreções; • oferecer uma dieta nutritiva; (dieta livre); • administrar aerosolterapia, distante das refeições; • administrar oxigenoterapia (CPM). 32) Quais os objetivos do tratamento das crises de exacerbação da asma e do DPOC? Diminuir falta de ar é objetivo do tratamento para DPOC. Outro objetivo do tratamento é diminuir o risco das crises, chamadas pelos médicos de exacerbação e que aumentam a gravidade do quadro. A gente sabe que, quando o paciente tem muitas crises, aumenta-se o risco de morte. 33) O que é a insuficiência renal e qual a sintomatologia clinica dessa doença? Insuficiência renal é a condição na qual os rins perdem a capacidade de efetuar suas funções básicas, entre elas a de filtrar o sangue para eliminar substâncias nocivas ao organismo e a manutenção do equilíbrio de eletrólitos no corpo. A insuficiência renal pode ser aguda, quando ocorre súbita e rápida perda da função renal; ou crônica, quando a perda é lenta, progressiva e irreversível. É caracterizada pelo aparecimento de sintomas de uremia, ou seja, do aumento de ureia no sangue. Entre esses sintomas podemos citar a hipertensão arterial, fraqueza, mal-estar, anemia, náuseas e vômitos, entre outros. Manifestação clinica 1. Uremia -Náuseas, vômitos, mal-estar e alteração da consciência 2. Hipervolemia -Edema periférico -Hipertensão -Pulmões: Estertores e Derrame pleural 3. Avaliação Cardíaca -Atrito pericárdico -Arritmias –Hipercalemia 4. Abdome -Dor abdominal difusa, não específica -Íleo paralítico 5. Sangramento -Disfunção plaquetária 6. Neurológico -Confusão mental -Convulsões 7. Assintomático 34) Qual a importância do raciocínio clinico do enfermeiro para interpretar variações da concentração plasmática de ureia e creatinina? Creatinina e ureia são duas substâncias presentes na corrente sanguínea, que podem ser dosadas através de exames de sangue quando se pretende fazer uma avaliação da função dos rins. Quando os rins do paciente começam a funcionar de forma inadequada e a sua capacidade de filtrar o sangue fica afetada, as concentrações de ureia e creatinina no sangue tendem a se elevar. Quanto mais alta for a creatinina sanguínea, mais grave é a insuficiência renal. A concentração da creatinina no plasma é usada para avaliar a função renal, mas a depuração da creatinina plasmática (DCP) constitui método mais sensível para essa finalidade. Esse raciocínio clínico fará com que o enfermeiro identifique possíveis doenças renais ao interpretar o exame do paciente. 35) Quais os mecanismos envolvidos na gênese da insuficiência renal? IRA Pré-renal: • Diminuição do volume intravascular, diminuição do débito cardíaco, diminuição do volume arterial efetivo. IRA pós-renal: • Obstrução Ureteral e Pélvica • Bexiga (cálculos, coágulos, hipertrofia ou neoplasia prostática, CA bexiga, bexiga neurogênica, anticolinérgicos) Uretra (estreitamento, cicatrizes, fimose) IRA Renal: • Necrose tubular aguda, • Nefrites intersticiais • Doenças vasculares • Glomerulopatias 36) O que são os métodos dialíticos? São métodosde diálise que consistem em um processo de remoção de líquidos, produtos indesejáveis do catabolismo proteico e toxinas do organismo frente a disfunção renal. Os procedimentos dialíticos são: • Peritoneais (Cateter de tenckhoff) • Diálise Peritoneal Intermitente • Diálise Automática • Diálise Peritoneal ambulatorial Contínua (DPAC ou CAPD) • Com acesso vascular • Hemodiálise (fístulas artério-venosas e cateteres implantados) 37) Quais os cuidados de enfermagem ao paciente: Cuidados de Enfermagem ao Paciente em Diálise Peritoneal: Diálise Peritoneal é um processo de remoção de líquidos, produtos indesejáveis do catabolismo proteico e toxinas do organismo frente a disfunção renal. • Controle rigoroso do balanço hídrico - peso, PVC; • Controle dos sinais vitais; • Controle de glicemia capilar; • Acompanhar exames laboratoriais; • Atenção ao uso drogas nefrotóxicas; • Adequação da dosagem de antibióticos; Cuidados de Enfermagem ao Portador de Fístula Arteriovenosa: A FAV é uma anastomose (conexão) entre uma artéria fina e uma veia periférica também fina e superficial. É feita cirurgicamente mais frequentemente nos membros superiores, de preferência no antebraço não dominante. Período pré-operatório: • Identificar o com uma pulseira braço não dominante para realização da FAV • Orientar o paciente e a equipe de enfermagem para que não seja permitido cateterismo, punções, verificação de pressão arterial para a confecção da fístula; • Evitar dialisar no dia da cirurgia; Período pós-operatório: • Manter a elevação do membro nos primeiros dias; • Troca periódica de curativo; • Realizar exercícios de compressão manual com bola de borracha para promover a maturação do acesso venoso. • Evitar punções venosas e verificação da pressão arterial no braço da fístula; Período pós-operatório: cuidados por parte do paciente • Realizar exercício diário de compressão com bola de borracha por quinze minutos três vezes ao dia ajuda a manter a fístula em funcionamento; • Observar qualquer alteração no local da fístula, como calor, dor, eritema, e edema, à palpação e percepção do frêmito (vibração perceptível decorrente da mistura do sangue arterial com o sangue venoso), qualquer anormalidade deve ser comunicada às equipes médica e de enfermagem; • Evitar verificar pressão arterial nesse membro, dormir sobre o braço do acesso e qualquer compressão, não deve remover ou permitir a remoção de pelos e crostas formada na região da fístula. Cuidados de Enfermagem ao Paciente em uso de cateter de Shilley: O cateter de shilley é inserido diretamente nas veias femoral, subclávia e jugular interna, após assepsia do local, anestesia local, punção e passagem do fio guia. ● Avaliar o local de inserção do cateter venoso diariamente; ● Lavar o lúmen do cateter (flush); ● Conectores de sistema fechado em cada extremidade do CVC; ● Registrar os achados; ● Avaliar permeabilidade do cateter. ● Trocar curativo e realizar fixação. Orientações ao Paciente: ● Cuidados com o curativo; ● Cuidados para não tracionar cateter; ● Região do cateter não pode ficar submersa; ● Higiene; ● Observar alterações; ● Comunicação com equipe de enfermagem. Cuidados de Enfermagem ao Paciente Durante a Sessão de Hemodiálise: Preparo do sistema de hemodiálise: ● Ligar a máquina e realizar checagem de seu funcionamento; ● Verificar valores de condutividade e temperatura, montar o sistema de diálise; ● Preencher câmara interna do dialisador e interna do circuito extracorpóreo com solução salina; ● Checar remoção completa de ar do sistema e/ou resíduos de solução esterilizante com reagente específico; Preparo do paciente para hemodiálise: ● Orientar o paciente; ● Checar nome e registro gravado no material de diálise; ● Verificar sinais vitais e peso seco do paciente; ● Higienizar o braço da fístula (quando esta for a via de acesso vascular); ● Acomodar o paciente de modo confortável à poltrona ou cama; Instalação do paciente: ● Proceder a punção da fístula ou a abertura do cateter; ● Coletar material para exames (se solicitado); ● Anticoagular o paciente (se prescrito); ● Conectar a linha arterial à via arterial do cateter ou fístula e a linha venosa à via venosa, ligar a bomba de sangue; ● Monitorizar o tratamento hemodialítico; Finalização do tratamento hemodialítico: ● Verificar sinais vitais e pesar o paciente; ● Desligar a bomba de sangue; ● Devolver ao paciente o conteúdo do segmento pré-bomba do equipo arterial; ● Administrar drogas prescritas e coletar exames antes de desconectar os equipos; ● Desconectar os equipos do acesso do paciente encaminhando o circuito para o reprocessamento; ● Retirar as agulhas do paciente (em caso de fístula como acesso vascular) e realizar hemostasia com gaze estéril por cinco minutos, orientar quanto aos cuidados no período interdiálise. 38) Qual a indicação da monitorização da pressão intra abdominal e quais os cuidados de enfermagem? É indicado em pacientes críticos com quadros abdominais agudos como: Trauma abdominal, distensão abdominal, dificuldade respiratória, hipercapnia, oligúria, redução do débito cardíaco, hipóxia Cuidados de enfermagem: • Nivelar o transdutor da pressão a linha flebostática, • Aferir a PIA de 6/6 Hrs; • Comunicar alterações de valores imediatamente ao plantonista; • Não esquecer de descontar do débito urinário o valor do soro injetado. 39) Quais os principais cuidados de enfermagem ao paciente oncológico? O papel do enfermeiro oncológico é prestar assistência ao paciente em todas as fases do tratamento. Do diagnóstico da doença, a quimioterapia, radioterapia ou a cirurgia. Enfatizando a prevenção de complicações, detectando precocemente os efeitos colaterais e adotando condutas para controle dos próprios. Prestando cuidado diferenciado, especializado e que incorpore os aspectos psicossociais da pessoa e sua família, obtendo assim um cuidado holístico que responda a todas as necessidades do indivíduo. Também são pertinentes ao enfermeiro oncologista as atribuições de atividades administrativas para verificação de liberação e agendamento dos procedimentos de tratamento, além de ter papel educacional orientando tanto o paciente quanto os familiares durante o tratamento. Durante o procedimento: ● Evitar veias de pequeno calibre, veias da perna e braços com lesões e em mulheres mastectomizadas com esvaziamento ganglionar. ● Atentar para o tempo de infusão da droga, nem mais e nem menos, seguir a prescrição. ● Verificar a droga antes de instalar no paciente. ● Seguir a ordem da prescrição; ● Atentar para o preparo antes da QTX; ● Extravasamento (em desuso) - Parar a infusão; ● Com uma seringa de 20 ml aspirar o máximo de medicação possível; ● Injetar 1 ml de dexametasona no local da punção; ● Retirar a punção; ● Administrar a dexametasona em leque com uma agulha de insulina ao redor do extravasamento; ● Contar o tempo da administração, ● Observar sinais e sintomas; ● Passar a medicação via tópica. ● Elevar o membro; ● Fazer compressa de gelo no local; ● Avaliar após 30 minutos; ● Relatar o acontecimento no prontuário e no livro de intercorrências. ● Comunicar o médico e a enfermeira do setor; ● Orientar o paciente o acompanhante a não mexer nos extensão e na medicação; ● Orientar a pedir ajuda se estiver sentido algum desconforto no local da punção ou mal estar geral;
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