Buscar

INTRODUÇÃO A PSICOPEDAGOGIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO A PSICOPEDAGOGIA 
 
 
 
Equipe de Elaboração 
Grupo ZAYN Educacional 
 
 
Coordenação Geral 
Ana Lúcia Moreira de Jesus 
 
 
Gerência Administrativa 
Marco Antônio Gonçalves 
 
 
Professor-autor 
M.ª Thaís de Sousa e Souza 
 
Coordenação de Design Instrucional do Material Didático 
Eliana Antônia de Marques 
 
 
Diagramação e Projeto Gráfico 
Cláudio Henrique Gonçalves 
 
 
Revisão 
Ana Lúcia Moreira de Jesus 
Mateus Esteves de Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GRUPO ZAYN EDUCACIONAL 
Rua Joaquim Pinto Lara, N° 87 
 2ºAndar – Centro 
Piracema –MG 
CEP: 35.536-000 
TEL: (31) 3272-6646 
ouvidoria@institutozayn.com.br 
pedagogico1@institutozayn.com.br 
 
 
Boas-vindas 
 
 
Olá! 
 
 
É com grande satisfação que o Grupo ZAYN Educacional agradece por 
escolhê-lo para realizar e/ou dar continuidade aos seus estudos. Nós do ZAYN 
estamos empenhados em oferecer todas as condições para que você alcance 
seus objetivos, rumo a uma formação sólida e completa, ao longo do processo 
de aprendizagem por meio de uma fecunda relação entre instituição e aluno. 
Prezamos por um elenco de valores que colocam o aluno no centro de 
nossas atividades profissionais. Temos a convicção de que o educando é o 
principal agente de sua formação e que, devido a isso, merece um material 
didático atual e completo, que seja capaz de contribuir singularmente em sua 
formação profissional e cidadã. Some-se a isso também, o devido respeito e 
agilidade de nossa parte para atender à sua necessidade. 
Cuidamos para que nosso aluno tenha condições de investir no 
processo de formação continuada de modo independente e eficaz, pautado 
pela assiduidade e compromisso discente. 
 Com isso, disponibilizamos uma plataforma moderna capaz de oferecer 
a você total assistência e agilidade da condução das tarefas acadêmicas e, em 
consonância, a interação com nossa equipe de trabalho. De acordo com a 
modalidade de cursos on-line, você terá autonomia para formular seu próprio 
horário de estudo, respeitando os prazos de entrega e observando as 
informações institucionais presentes no seu espaço de aprendizagem virtual. 
 Por fim, ao concluir um de nossos cursos de pós-graduação, segunda 
licenciatura, complementação pedagógica e capacitação profissional, 
esperamos que amplie seus horizontes de oportunidades e que tenha 
aprimorado seu conhecimento crítico a cerca de temas relevantes ao exercício 
no trabalho e na sociedade que atua. Ademais, agradecemos por seu ingresso 
ao ZAYN e desejamos que você possa colher bons frutos de todo o esforço 
empregado na atualização profissional, além de pleno sucesso na sua 
formação ao longo da vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Independentemente da área de 
atuação, o profissional precisa 
conhecer e compreender como se 
dá o processo de construção do 
conhecimento, assim como conhecer 
as dificuldades de aprendizagem e 
possíveis formas de intervenção. 
Precisa saber até onde pode ajudar 
e o momento certo para fazer o 
encaminhamento. Seu trabalho 
nunca é individual; deve buscar 
constante aprimoramento”. Cristiane 
Carminati Maricato 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Organização do conteúdo: 
Prof.ªM.ª Thaís de Sousa e Souza 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO A 
PSICOPEDAGOGIA 
GRUPO ZAYN 
EDUCACIONAL 
EMENTA: Nesta disciplina você 
estudará sobre os fundamentos da 
psicopedagogia; sobre as diferentes 
abordagens; o atendimento 
psicopedagógico; o método e a técnica 
na clínica psicopedagógica e 
institucional e introdução a prática, 
intervenção e prevenção de problemas 
de dificuldades de aprendizagem no 
âmbito clínico e institucional. 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
- Introdução: a Psicopedagogia; 
1. Definindo a Ação Psicopedagógica; 
2. Os Fundamentos da 
Psicopedagogia Clínica e Institucional; 
3. Intervenção e Prevenção de 
Problemas de Dificuldades de 
Aprendizagem no Âmbito Clínico e 
Institucional; 
- Leitura Complementar; 
- Referências. 
 
CARACTERIZAÇÃO DA DISCIPLINA 
 
Disciplina: INTRODUÇÃO A PSICOPEDAGOGIA 
 
 
EMENTA 
Nesta disciplina você estudará sobreos fundamentos da psicopedagogia 
institucional; sobre as diferentes abordagens da psicopedagogia clínica e 
institucional; o atendimento psicopedagógico; o método e a técnica na clínica 
psicopedagógica e institucional e introdução a prática, intervenção e prevenção 
de problemas de dificuldades de aprendizagem no âmbito clínico e institucional. 
 
OBJETIVOS 
Estabelecer a correlação entre as particularidades das redes de 
relacionamento da aprendizagem. Fornecer elementos que subsidiem atitudes 
ética, critica e reflexiva sobre as tarefas do profissional em Psicopedagogia nos 
diferentes âmbitos onde ocorre a aprendizagem clínica ou institucional. 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
- Introdução: a Psicopedagogia 
1. Definindo a Ação Psicopedagógica 
2. Os Fundamentos da Psicopedagogia Clínica e Institucional 
3. Intervenção e Prevenção de Problemas de Dificuldades de Aprendizagem no 
Âmbito Clínico e Institucional 
- Leitura Complementar 
- Referências 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
Introdução: a Psicopedagogia 07 
1. Definindo a Ação Psicopedagógica 08 
2. Os Fundamentos da Psicopedagogia 12 
3. Intervenção e Prevenção de Problemas de Dificuldades de 
Aprendizagem no Âmbito Clínico e Institucional 
 
14 
Leitura Complementar 25 
Referências 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
FUNDAMENTOS DA PSICOPEDAGOGIA 
 
Introdução: a Psicopedagogia 
Ouvimos muito falar sobre a Psicopedagogia, mas sempre fazemos relação 
com o atendimento clínico. A verdade é que os cursos de Psicopedagogia formam 
profissionais aptos para trabalhar tanto na área clínica como na institucional; no caso 
desta última, trata-se de instituições escolar, hospitalar e empresarial. 
Existe alguma diferença na atuação do profissional clínico e institucional, ou é 
apenas uma questão de ambientes diferentes? 
Sim existe. O Psicopedagogo clínico trabalha em consultório atendendo 
crianças, jovens ou adultos, com dificuldades de aprendizagem, tendo a parceria de 
outros profissionais (Pediatra, Neuropediatra, Fonoaudiólogo, Psicólogo, 
Psicomotricista, dentre outros) para o caso de haver necessidade de 
encaminhamento. Neste caso, o profissional atua em uma linha terapêutica, onde 
diagnostica, desenvolve técnicas remediativas, orienta pais e professores de forma 
que seu trabalho seja integrado e não individual. 
Já o Psicopedagogo institucional dá assistência aos professores e a outros 
profissionais da instituição escolar para melhoria das condições do processo de 
ensino-aprendizagem, assim como para prevenção dos problemas de 
aprendizagem. Utilizando de técnicas e métodos próprios, possibilita a intervenção 
Psicopedagógica visando à solução de problemas de aprendizagem em espaços 
institucionais. Juntamente com toda a equipe escolar procura construir um espaço 
adequado às condições de aprendizagem e consequentemente evitando 
comprometimentos. 
Dentre suas atribuições, destacam-se: 
 Participação na dinâmica das relações da comunidade educativa a fim de 
favorecer o processo de integração e troca. 
 Orientações metodológicas de acordo com as características dos indivíduos e 
grupos. 
 Realização do processo de orientação educacional, vocacional e ocupacional, 
tanto na forma individual quanto em grupo. 
8 
 
 
 Contribuição com as relações, visando à melhoria da qualidade das relações 
inter e intrapessoais dos indivíduos de toda a comunidade escolar. 
 Desenvolvimento de projetos socioeducativos, a fim de resgatar valores e 
autoconhecimento. 
 Desenvolvimento de ações preventivas, detectando possíveis perturbações 
no processo de ensino- aprendizagem. 
Existe alguma semelhança na atuação do profissional clínico e institucional?Sim existe. Independentemente da área de atuação, o profissional precisa 
conhecer e compreender como se dá o processo de construção do conhecimento, 
assim como conhecer as dificuldades de aprendizagem e possíveis formas de 
intervenção. Precisa saber até onde pode ajudar e o momento certo para fazer o 
encaminhamento. Seu trabalho nunca é individual; deve buscar constante 
aprimoramento. 
 
1. Definindo a Ação Psicopedagógica 
 Considerando a escola responsável por grande parte da formação do ser 
humano, o trabalho do Psicopedagogo na instituição escolar tem um caráter 
preventivo no sentido de procurar criar competências e habilidades para solução dos 
problemas. Com esta finalidade e em decorrência do grande número de crianças 
com dificuldades de aprendizagem e de outros desafios que englobam a família e a 
escola, a intervenção psicopedagógica ganha, atualmente, espaço nas instituições 
de ensino. 
O papel do psicopedagogo escolar é muito importante e pode e deve ser 
pensado a partir da instituição, a qual cumpre uma importante função social que é 
socializar os conhecimentos disponíveis, promover o desenvolvimento cognitivo, ou 
seja, através da aprendizagem, o sujeito é inserido, de forma mais organizada no 
mundo cultural e simbólico que incorpora a sociedade. Para tanto, prioridades 
devem ser estabelecidas, dentre elas: diagnóstico e busca da identidade da escola, 
definições de papéis na dinâmica relacional em busca de funções e identidades, 
diante do aprender, análise do conteúdo e reconstrução conceitual, além do papel 
da escola no diálogo com a família. 
9 
 
 
Na abordagem preventiva, o psicopedagogo pesquisa as condições para que 
se produza a aprendizagem do conteúdo escolar, identificando os obstáculos e os 
elementos facilitadores, sendo isso uma atitude de investigação e intervenção. 
Trabalhando de forma preventiva, o psicopedagogo preocupa-se 
especialmente com a escola, que é pouco explorada e há muito que fazer, pois 
grande parte da aprendizagem ocorre dentro da instituição, na relação com o 
professor, com o conteúdo e com o grupo social escolar como um todo. 
Na visão de Fagali e Vale (FAGALI; VALE, 2002, p. 10) “... trabalhar as 
questões pertinentes às relações vinculares professor-aluno e redefinir os 
procedimentos pedagógicos, integrando o afetivo e o cognitivo, através da 
aprendizagem dos conceitos, nas diferentes áreas do conhecimento”. 
O trabalho psicopedagógico terá como objetivo principal trabalhar os 
elementos que envolvem a aprendizagem de maneira que os vínculos estabelecidos 
sejam sempre bons. A relação dialética entre sujeito e objeto deverá ser construída 
positivamente para que o processo ensino-aprendizagem seja de maneira saudável 
e prazerosa. O desenvolvimento de atividades que ampliem a aprendizagem faz-se 
importante, através dos jogos e da tecnologia que está ao alcance de todos. Com 
isso, há a busca da integração dos interesses, raciocínio e informações que fazem 
com que o aluno atue operativamente nos diferentes níveis de escolaridade. Por 
isso, a educação deve ser encarada como um processo de construção do 
conhecimento que ocorre como uma complementação, cujos lados constituem de 
professor e aluno e o conhecimento construído previamente. 
O psicopedagogo pode atuar em diversas áreas, de forma preventiva e 
terapêutica, para compreender os processos de desenvolvimento e das 
aprendizagens humanas, recorrendo a várias estratégias objetivando se ocupar dos 
problemas que podem surgir. 
Numa linha preventiva, o psicopedagogo pode desempenhar uma prática 
docente, envolvendo a preparação de profissionais da educação, ou atuar dentro da 
própria escola. Na sua função preventiva, cabe ao psicopedagogo detectar possíveis 
perturbações no processo de aprendizagem; participar da dinâmica das relações da 
comunidade educativa a fim de favorecer o processo de integração e troca; 
promover orientações metodológicas de acordo com as características dos 
10 
 
 
indivíduos e grupos; realizar processo de orientação educacional, vocacional e 
ocupacional, tanto na forma individual quanto em grupo. 
Numa linha terapêutica, o psicopedagogo trata das dificuldades de 
aprendizagem, diagnosticando, desenvolvendo técnicas remediativas, orientando 
pais e professores, estabelecendo contato com outros profissionais das áreas 
psicológicas, psicomotora. Fonoaudiológica e educacional, pois tais dificuldades são 
multifatoriais em sua origem e, muitas vezes, no seu tratamento. Esse profissional 
deve ser um mediador em todo esse processo, indo além da simples junção dos 
conhecimentos da psicologia e da pedagogia. 
Neste contexto, o psicopedagogo institucional, como um profissional 
qualificado, está apto a trabalhar na área da educação, dando assistência aos 
professores e a outros profissionais da instituição escolar para melhoria das 
condições do processo ensino-aprendizagem, bem como para prevenção dos 
problemas de aprendizagem. 
Por meio de técnicas e métodos próprios, o psicopedagogo possibilita uma 
intervenção psicopedagógica visando à solução de problemas de aprendizagem em 
espaços institucionais. Juntamente com toda a equipe escolar, está mobilizado na 
construção de um espaço adequado às condições de aprendizagem de forma a 
evitar comprometimentos. Elege a metodologia e/ou a forma de intervenção com o 
objetivo de facilitar e/ou desobstruir tal processo. 
Os desafios que surgem para o psicopedagogo dentro da instituição escolar 
relacionam-se de modo significativo. A sua formação pessoal e profissional implicam 
a configuração de uma identidade própria e singular que seja capaz de reunir 
qualidades, habilidades e competências de atuação na instituição escolar. 
A Psicopedagogia é uma área que estuda e lida com o processo de 
aprendizagem e com os problemas dele decorrentes. Acreditamos que, se 
existissem nas escolas psicopedagogos trabalhando com essas dificuldades, o 
número de crianças com problemas seria bem menor. 
Ao psicopedagogo cabe avaliar o aluno e identificar os problemas de 
aprendizagem, buscando conhecê-lo em seus potenciais construtivos e em suas 
dificuldades, encaminhando-o, por meio de um relatório, quando necessário, para 
outros profissionais - psicólogo, fonoaudiólogo, neurologista, etc. que realizam 
11 
 
 
diagnóstico especializado e exames complementares com o intuito de favorecer o 
desenvolvimento da potencialização humana no processo de aquisição do saber. 
Além do já mencionado, o psicopedagogo está preparado para auxiliar os 
educadores realizando atendimentos pedagógicos individualizados, contribuindo 
para a compreensão de problemas na sala de aula, permitindo ao professor ver 
alternativas de ação e ver como as demais técnicas podem intervir, bem como 
participando do diagnóstico dos distúrbios de aprendizagem e do atendimento a um 
pequeno grupo de alunos. 
O conhecimento e o aprendizado não são adquiridos somente na escola, mas 
também são construídos pela criança em contato com o social, dentro da família e 
no mundo que a cerca. A família é o primeiro vínculo da criança e é responsável por 
grande parte da sua educação e da sua aprendizagem. O que a família pensa, seus 
anseios, seus objetivos e expectativas com relação ao desenvolvimento de seu filho 
também são de grande importância para o psicopedagogo chegar a um diagnóstico. 
Considerando o exposto, cabe ao psicopedagogo intervir junto à família das 
crianças que apresentam dificuldades na aprendizagem, por meio, por exemplo, de 
uma entrevista e de uma anaminese com essa família para tomar conhecimento de 
informações sobre a sua vida orgânica, cognitiva, emocional e social. 
Solé (SOLÉ et al, 2000, p. 29) afirma que essa intervenção tem um maior 
alcance quando realizada no ambiente em que o aluno desenvolve suas atividades e 
por meio das pessoas que, cotidianamente, se relacionam com ele, uma vez que os 
processos de aprendizagemse relacionam diretamente com a socialização e 
integração dos alunos no contexto sócio - educacional em que estes estão inseridos. 
O psicopedagogo tende a prevenir os problemas de aprendizagem, ao invés 
de remediá-los por meio da busca de diversos serviços escolares dos quais os 
alunos participam e na medida do possível, do ambiente familiar e social em que 
eles vivem, auxiliando o aluno a desenvolver o máximo de suas potencialidades. 
Nessa perspectiva, “o psicopedagogo não é um mero “resolvedor” de 
problemas, mas um profissional que dentro de seus limites e de sua especificidade, 
pode ajudar a escola a remover obstáculos que se interpõem entre os sujeitos e o 
conhecimento e a formar cidadãos por meio da construção de práticas educativas 
que favoreçam processos de humanização e reapropriação da capacidade de 
pensamento crítico” (TANAMACHI; MEIRA, 2003, p. 43). 
12 
 
 
Dessa forma, acredita-se que o trabalho da Psicopedagogia quando encontra 
consonância e parcerias na escola, pode promover efeitos muito positivos para a 
minimização das dificuldades que emergem no contexto escolar, apesar de 
representar um constante desafio, pois requer o envolvimento de toda a equipe, e 
um desejo permanente de mudanças, para que as transformações, de fato, ocorram. 
 
 
 
 
2. Os Fundamentos da Psicopedagogia 
 Os primeiros centros Psicopedagógicos foram fundados na Europa em 1946 
por Boutonier e George Mauco, com direção médica e pedagógica unindo 
conhecimento na área da Psicologia, Psicanálise e Pedagogia, onde tentavam 
readaptar crianças com comportamentos socialmente inadequados na escola ou no 
lar, e atender crianças com dificuldades de aprendizagem apesar de serem 
inteligentes (BOSSA, 2000). 
Esta corrente europeia influenciou a Argentina. Buenos Aires foi a primeira 
cidade a oferecer o curso de psicopedagogia. 
A Psicopedagogia chegou ao Brasil, na década de 70, com a colaboração de 
Jorge Visca. Nessa década já havia algum movimento científico/acadêmico em Porto 
Alegre. 
Os primeiros cursos formais de Psicopedagogia eram denominados de 
Reeducação Psicopedagógica, Psicopedagogia Terapêutica, Dificuldades Escolares, 
entre outros. Esses cursos ocorreram primeiramente em Porto Alegre, Rio de 
Janeiro e São Paulo. 
O percurso da Psicopedagogia brasileira foi:a Associação Estadual de 
Psicopedagogos de São Paulo (1980) e, posteriormente, a Associação Brasileira de 
Psicopedagogia (1985). 
A psicopedagogia em seu desejo de conhecer mais sobre o outro para poder 
ajudá-lo a vencer suas dificuldades, superar seus problemas de aprendizagem e 
compreender os elementos que interferem nesse processo, em busca da autoria de 
pensamento, tem como o seu maior desafio: aprender a conhecer, aprender a fazer, 
aprender a conviver e aprender a ser. 
13 
 
 
A busca do autoconhecimento, a busca da autonomia, permeada pela 
dimensão social, no que se refere aos valores e atitudes, a dimensão pessoal, no 
que se refere aos afetos, sentimentos e preferências dos indivíduos, todos esses 
fatos aliados ao desenvolvimento global explicam a importância crescente da 
Psicopedagogia que, na sua concepção atual, já nasce com uma perspectiva 
globalizadora condizente com os rumos da aprendizagem nesse século. Ela ocupa 
um espaço privilegiado justamente porque não está em um único lugar. 
Portanto, o olhar, a escuta e as intervenções psicopedagógicas estão 
voltadas aos movimentos subjetivos entre ensinante e aprendente frente ao 
conhecimento, no decorrer da construção do sujeito no ato de aprender, tendo como 
finalidade a autoria do pensamento, que é a descoberta da originalidade, da 
diferença, da marca, e a partir daí, abrir espaços para a criatividade. 
Aprender significa mudar, crescer, tendo o passado como referência para 
descobrir o futuro e assim construir uma nova história, diferente daquela vivida até 
então: 
“Necessitamos um modo diferente de analisar a relação entre o futuro e o 
passado para entender o que acontece em todo processo de aprendizagem. 
Aprender é construir espaços de autoria e, simultaneamente, é um modo de 
ressituar-se diante do passado”. (Fernández, 2001, p. 69) 
 O trabalho psicopedagógico pode ter um caráter preventivo, no sentido de 
reconstruir processos, definir papéis, valorizando novos conhecimentos, novas 
formas de aprender, novas formas de avaliar o conhecimento, pessoas, papéis, 
processos, produtos e objetivos. 
2.1 – A Psicopedagogia Clínica e Institucional 
Dependendo da natureza da Instituição, a Psicopedagogia pode contribuir 
trabalhando vários contextos: 
— Psicopedagogia Familiar – resgatando a família no papel educacional, 
diferenciando as múltiplas formas de aprender, respeitando as diferenças dos filhos. 
— Psicopedagogia Empresarial – resgatando a visão do todo, 
a função humanística, as múltiplas inteligências, desenvolvendo sentimentos, 
trabalhando a criatividade e resgatando o diálogo. 
— Psicopedagogia Hospitalar– possibilitando o lúdico e as oficinas. 
— Psicopedagogia Escolar. 
14 
 
 
 Diagnóstico da Escola; 
 Busca da identidade da escola; 
 Definições de papéis na dinâmica relacional em busca de funções e 
identidades, diante do aprender; 
 Instrumentalização de professores, coordenadores, orientadores e diretores 
sobre a prática e reflexões diante de novas formas de aprender; 
 Reprogramação curricular, implantação de programas e sistemas avaliativos; 
 Oficinas para vivências de novas formas de aprender; 
 Análise de conteúdos e reconstrução conceitual; 
 Releitura, ressignificando sistemas de recuperação e reintegração do aluno 
no processo; 
 O papel da escola no diálogo com a família. 
 
3. Intervenção e Prevenção de Problemas de Dificuldades de Aprendizagem no 
Âmbito Clínico e Institucional 
3.1 – Aspectos Básicos: diagnóstico e intervenção na clínica psicopedagógica 
No diagnóstico psicopedagógico é realizada uma investigação na qual se 
procura compreender a forma que o paciente aprende e os desvios que ocorrem 
nesse processo. Segundo Weiss (2004, p.27): 
Todo diagnóstico é, em si, uma investigação, é uma pesquisa do que não 
vai bem com o sujeito em relação a uma conduta esperada. Será, portanto, 
o esclarecimento de uma queixa, do próprio sujeito, da família e na maioria 
das vezes, da escola. No caso, trata-se do não-aprender, do aprender com 
dificuldade ou lentamente, do não-revelar o que aprendeu, do fugir de 
situações de possível aprendizagem. 
 O diagnóstico é uma das peças chaves para uma intervenção eficiente. Não 
basta ao psicopedagogo conhecer técnicas e provas, pois cada caso é singular e 
exige do profissional, além da competência teórica, um olhar sensível e particular. 
Cada paciente que chega à clínica traz junto sua história, suas individualidades e 
suas relações de coletividade, para o psicopedagogo é sempre um novo e complexo 
começo, que evoca seguidamente um novo olhar. 
15 
 
 
“O sucesso de um diagnóstico não reside no grande número de instrumentos 
utilizados, mas na competência e sensibilidade do terapeuta em explorar a 
multiplicidade de aspectos revelados em cada situação” (WEISS, 2000, p.30). 
Weiss (2000, p.31), comenta que: 
A maioria dos casos que recebo para avaliação psicopedagógica é de 
estudantes com quadro de fracasso escolar, apresentando os mais diversos 
sintomas. É importante que de algum modo se possa fazer um diagnóstico 
da escola para definição dos parâmetros do desvio. Não se pode apenas 
diagnosticar o sujeito isolado no tempo e no espaço da realidade 
socioeconômica que se vive no Brasil de hoje. 
 Para Weiss (2004), o diagnóstico psicopedagógico tem como objetivo básico 
identificar os desvios e os obstáculos básicos no Modelo de Aprendizagem do 
sujeito que o impedem de crescer na aprendizagem dentro do esperado pelo meio 
social, possibilitando assim ao psicopedagogo fazer as intervenções e os 
encaminhamentos necessários. Podemosdefini-lo como um processo de 
investigação referente ao que não vai bem com o sujeito em relação a uma conduta 
esperada. 
Fernández (1991) comenta que o diagnóstico para o psicopedagogo tem a 
mesma função que a rede para o equilibrista. O diagnóstico funciona como base 
para a intervenção. Em consonância com Fernández, a psicopedagoga Weiss se 
expressa a respeito do Modelo de Aprendizagem: 
Entendo como Modelo de Aprendizagem o conjunto dinâmico que estrutura 
os conhecimentos que o sujeito já possui, os estilos usados nessa 
aprendizagem, o ritmo e áreas de expressão da conduta, a mobilidade e o 
funcionamento cognitivos, os hábitos adquiridos, as motivações presentes, 
as ansiedades, defesas e conflitos em relação ao aprender, as relações 
vinculares com o conhecimento em geral e com os objetos de conhecimento 
escolar, em particular, e o significado da aprendizagem escolar para o 
sujeito, sua família e a escola (WEISS, 2004, p. 32). 
 A relação do paciente com o terapeuta é, também, de fundamental 
importância para o processo do diagnóstico. Essa relação implica na validade e 
qualidade do diagnóstico, por isso, é importante terem empatia, ou seja, se 
identificarem um com outro, apresentando confiança; respeito e engajamento. 
Weiss (2004), afirma que o processo diagnóstico tem base no inter-
relacionamento dinâmico e de condutas interdependentes entre o terapeuta que no 
caso é o diagnosticador e o paciente que é o diagnosticado, a comunicação que é 
estabelecida entre os dois faz com que o diagnosticador atue sobre o paciente 
16 
 
 
sempre que apresentar qualquer conduta. Tudo na comunicação entre estes dois 
sujeitos deverá ser analisada durante o diagnóstico: a palavra, o modo de falar, a 
atitude, os gestos, a linguagem corporal, etc. 
É necessário que o terapeuta consiga compreender os pedidos de ajuda, 
dependência, proteção, reações onipotentes e fantasiosas expressas 
através de mecanismos transferenciais durante o diagnóstico. Compreender 
bem o que acontece, discriminando o seu papel, pode auxiliar o paciente a 
prosseguir no processo diagnóstico sem que ocorra uma fixação em pontos 
inadequados. (WEISS, 2004, p.35). 
 A autora se refere a mecanismos transferenciais, pois nesse mecanismo é o 
paciente que traz seus sentimentos, atitudes e condutas inconscientes para com o 
terapeuta. 
O diagnóstico psicopedagógico é composto de vários momentos que 
temporal e espacialmente tomam dimensões diferentes conforme a 
necessidade de cada caso. Assim, há momentos de anamnese só com os 
pais, de compreensão das relações familiares em sessão com toda a família 
presente, de avaliação da produção pedagógica e de vínculos com objetos 
de aprendizagem escolar, busca da construção e funcionamento das 
estruturas cognitivas (diagnóstico operatório), desempenho em testes de 
inteligência e visomotores, análise de aspectos emocionais por meio de 
testes expressivos, sessões de brincar e criar. Tudo isso pode ser 
estruturado numa sequência diagnóstica estabelecida a partir dos primeiros 
contatos com o caso (WEISS, 2004, p.35). 
 No diagnóstico é importante que todas as regras de relacionamento, horários 
e honorários sejam bem definidos desde o primeiro contato. Essas regras devem ser 
claras e definidas em conjunto com o paciente e sua família. Por isso, é necessário o 
estabelecimento de um contrato com os pais e a construção de um enquadramento 
com estes e com o sujeito. 
Weiss (2004) determina alguns aspectos importantes do contrato e do 
enquadramento: previsão de número aproximado de sessões e forma de 
encerramento do trabalho, definição de dias, horários e duração das sessões; 
definição dos locais; honorários contratados e forma de pagamento. Estes aspectos 
são essenciais para o estabelecimento do profissional psicopedagogo. 
O processo do diagnóstico psicopedagógico clínico abrange várias etapas, 
que são: motivo da consulta, história vital, hora do jogo, provas projetivas, entre 
outras. 
Paín (1985) afirma que no motivo da consulta é importante observar porque e 
por quem o paciente chegou até o terapeuta, se foi pela escola, pela professora, por 
17 
 
 
um médico ou pela família. Isso é importante, pois dessa forma o psicopedagogo 
consegue entender que tipo de vínculo o paciente irá estabelecer, revelando dessa 
forma o grau de independência com que o paciente assume seu problema. 
Segundo Paín (1985), este primeiro momento com a família, é uma ocasião 
para estabelecer hipóteses sobre alguns aspectos importantes para o diagnóstico 
dos problemas de aprendizagem, como significação do sintoma na família ou, com 
maior precisão, a articulação funcional do problema de aprendizagem; significação 
do sintoma para a família, isto é, as reações comportamentais de seus membros ao 
assumir a presença do problema; fantasias de enfermidade e cura e expectativas 
acerca de sua intervenção no processo diagnóstico e de tratamento; modalidades de 
comunicação do casal e função do terceiro, entre outros. 
Este espaço de escuta oferecido para a família permite que a mesma elenque 
livremente, os motivos pelos quais busca a ajuda psicopedagógica e, também, quais 
os fatores que acredita causarem a não aprendizagem do paciente. Deve-se sugerir 
que os mesmos comentem sobre o motivo que os trouxe à clínica e que falem 
livremente sem que façamos perguntas particularizadas. (FERNÁNDEZ, 1991). 
A entrevista do motivo da consulta permite conhecer as expectativas que os 
pais têm em relação à intervenção do psicopedagogo. Muitos pais, mesmo 
solicitando ou assumindo as consequências da consulta, apresentam resistências à 
ação do terapeuta. 
“A versão problemática que obtemos por intermédio dos pais, pode darnos 
algumas chaves para aproximarmo-nos do significado que o não aprender tem na 
família” (PAÍN, 1985, p. 37). 
O momento da história vital no diagnóstico é realizado como uma segunda 
entrevista com a mãe, sendo que essa é realizada após o psicopedagogo conhecer 
um pouco seu paciente. 
Apesar de que nesta entrevista necessitamos uma série de dados bem 
estabelecidos, deverá ser tão livre como for possível, dando-se à mãe como 
instrução o tema geral, deixando que as especificações surjam da 
espontaneidade do diálogo (PAÍN, 1985, p. 43). 
 Conforme Paín (1985), no caso de um paciente que consulta por problemas 
de aprendizagem, serão as seguintes as áreas de indagação predominantes: 
antecedentes natais na fase pré-natal que abrange as condições de gestação e 
expectativas do casal e da família, onde as doenças durante a gestação, dados 
18 
 
 
genéticos e hereditários, serão solicitados somente se o caso justificar; fase peri-
natal que envolve as circunstâncias do parto, sofrimento fetal, cianose ou lesão, 
entre outros danos que costumam ser causas de destruição de células nervosas que 
não se produzem e também de posteriores transtornos e fase neonatal que inclui a 
adaptação do recém-nascido, choro, alimentação, capacidade de adaptação da 
família do bebê através do respeito ao ritmo individual do bebê entendendo suas 
demandas. 
Ainda nessa lista de indagações predominantes temos, segundo Paín (1985), 
aspectos significativos que devem ser investigados, como doenças e traumatismos 
ligados, diretamente, à atividade nervosa superior; tempo de reclusão a que a 
criança foi obrigada; processos abertamente psicossomáticos; disponibilidade física, 
fatigabilidade e limitações corporais, além de analisar o desenvolvimento motor; 
desenvolvimento da linguagem e desenvolvimento de hábitos da criança. Importante 
saber se as aprendizagens foram feitas pela criança no momento esperado, 
precoces ou retardadas pela família; também é necessário saber se a criança 
passou por situações dolorosas, mudanças, situações de perda, participação da 
criança nesses casos e condições em que se deram e conhecer as experiências 
escolares, transformações ocorridas na criança, expectativas para a família,entre 
outros. 
Com a obtenção desses dados o terapeuta começará a encaixar as peças e 
começará a delinear suas hipóteses. 
A Hora do Jogo é onde o psicopedagogo observará a estimulação do 
desenvolvimento motor, social, cognitivo e afetivo do paciente. 
De acordo com Paín (1985), assim como são analisados os esquemas 
práticos de conhecimentos por meio da atividade assimilativo-acomodativa no bebê, 
a ludicidade fornece informações sobre os esquemas que organizam e integram o 
conhecimento num nível representativo. Por isto considera-se de grande interesse 
para o diagnóstico do problema de aprendizagem na infância, a observação do jogo 
do paciente, e se faz isto através de uma sessão que se denomina “hora do jogo”. 
Para realizar essa atividade, o psicopedagogo conta com uma caixa que 
contém diversos materiais, sucatas e elementos não figurativos de vários tipos. 
Nessa etapa do diagnóstico o psicopedagogo consegue analisar de que forma 
a criança se relaciona com os objetos e em que condições ela é capaz de brincar. 
19 
 
 
Outro momento importante do diagnóstico são as provas projetivas, que têm 
como objetivo conseguir identificar fatores emocionais que influenciam no 
desenvolvimento da aprendizagem do paciente. 
Segundo Paín (1985, p. 61) 
O exame das provas projetivas permitirá em geral avaliar a capacidade do 
pensamento para construir, no relato ou no desenho, uma organização 
suficientemente coerente e harmoniosa como para veicular e elaborar a 
emoção; também permitirá avaliar a deteriorização que se produz no próprio 
pensamento, quando o quantum emotivo resulta excessivo. O pensamento 
incoerente não é a negação do pensado, ele fala ali mesmo onde se diz mal 
ou não se diz nada e isto oferece a oportunidade de determinar a norma no 
incongruente e saber como o sujeito ignora. 
 Existem três tipos de diagnósticos mais comuns dentro das provas projetivas: 
desenho da figura humana, relatos e desiderativo. 
Segundo Paín (1985), o desenho da figura humana permite avaliar os 
recursos simbólicos do sujeito para referir a diferenças como criança/adulto; 
feminino/masculino; fada/bruxa, etc., o que revela o nível de sua adequação 
semiótica, cuja relação com a aprendizagem se teve oportunidade de enfatizar na 
ocasião em que se analisou a hora do jogo. 
Nas provas de relatos, Paín (1985) comenta que elas têm como instrução 
criar uma história ou antecipar seu final. São oferecidos ao sujeito estímulos gráficos 
ou verbais que sugerem certas relações ou transformações viáveis. O sujeito 
percorre um dos caminhos insinuados trazendo elementos mais ou menos originais. 
As lâminas e contos não são neutros, pelo contrário, apontam temas classicamente 
conflitivos, provocando defesas mais ou menos apropriadas. 
Em relação ao diagnóstico desiderativo, Paín (1985), afirma que as 
dificuldades, as falhas e os rodeios que os sujeitos com problemas de aprendizagem 
apresentam na prova denominada de desiderativo indicam sua dificuldade para 
recuperar intelectualmente objetos perdidos e reprimidos. 
O diagnóstico não segue uma linearidade, cabe ao psicopedagogo durante o 
processo observar o andamento das sessões e, assim, vai construindo o percurso. 
Após as sessões diagnósticas, o psicopedagogo tem condições de avaliar o 
processo de ensino e aprendizagem do paciente. 
Segundo Paín (1985), de acordo com a hipótese diagnóstica, uma vez que foi 
recolhida toda a informação e reunidos os diferentes aspectos que interessam a 
20 
 
 
cada área investigada, tem-se a necessidade de avaliar o peso de cada fator na 
ocorrência do transtorno de aprendizagem. 
Em relação à devolução diagnóstica, a mesma autora comenta que talvez o 
momento mais importante desta aprendizagem seja a entrevista dedicada à 
devolução do diagnóstico, pois se realiza primeiramente com o paciente e depois 
com os pais, nesse caso quando se trata de uma criança. Segundo a autora, a tarefa 
psicopedagógica começa justamente aqui. 
Após a conclusão do diagnóstico, o psicopedagogo necessita determinar qual 
tratamento é mais adequado para o problema em que o paciente apresenta. 
“Diremos que, em geral, o tratamento psicopedagógico é o mais indicado no 
caso de tratar-se de um transtorno na aprendizagem”(PAÍN, 1985, p.74). 
O tratamento psicopedagógico possui o enquadramento, os objetivos e as 
técnicas. 
“A tarefa diagnóstica tem um enquadramento próprio que possibilita 
solucionar rapidamente os efeitos mais nocivos do sintoma para depois dedicar-se a 
afiançar os recursos cognitivos” (PAÍN, 1985, p. 77). 
Paín (1985) comenta que os objetivos básicos do tratamento diagnóstico são 
a desaparição do sintoma e a possibilidade do sujeito de aprender normalmente ou, 
ao menos, no nível mais alto que suas condições orgânicas, constitucionais e 
pessoais lhe permitam. 
Ainda, conforme a autora pode-se resumir os objetivos do tratamento em três 
fundamentais: em primeiro lugar, conseguir uma aprendizagem que seja uma 
realização para o sujeito; em segundo lugar, conseguir uma aprendizagem 
independente por parte do sujeito e por último, propiciar uma correta 
autovalorização. 
De acordo com Paín (1985), para poder cumprir os objetivos expostos e 
garantir a conservação do enquadre, o psicopedagogo necessita adotar técnicas 
gerais que são as seguintes: organização prévia da tarefa, graduação, 
autoavaliação, historicidade, informação e indicação. 
 
3.2 – Aspectos Básicos: diagnóstico e intervenção na instituição psicopedagógica 
 A psicopedagogia surgiu a partir da necessidade de se compreender os 
chamados problemas de aprendizagem, seu objetivo é propor métodos de 
21 
 
 
intervenção com o objetivo de reintegrar o aluno ao processo de construção do 
conhecimento, bem como promover uma reflexão sobre os procedimentos 
metodológicos e também um olhar para os princípios éticos que se dão no ambiente 
escolar e na sala de aula. A Psicopedagogia considera a influência do meio, ou seja, 
família, escola e sociedade no desenvolvimento do indivíduo. Este campo procura 
pela percepção do que o sujeito aprende como aprende e por que aprende ou não 
aprende. 
Deste modo, o que importa na ação psicopedagógica no aspecto educacional 
e intervenção nos processos de ensino e de aprendizagem. 
Entende-se que na intervenção o procedimento adotado interfere no processo 
de aprender do aluno, com o objetivo de compreendê-lo, de explicitá-lo ou corrigi-lo. 
Introduzir novos elementos para o sujeito pensar, poderá levar à quebra de um 
padrão anterior de relacionamento com o mundo das pessoas e das ideias. 
Exemplifica-se como intervenções psicopedagógicas uma fala, um assinalamento, 
uma interpretação que o psicopedagogo realiza na escola em crianças com 
dificuldades de aprendizagem ou transtornos de déficit de atenção, com a finalidade 
de desvelar um padrão de relacionamento, uma relação com o mundo e, portanto, 
com o conhecimento. 
A atuação da Psicopedagogia institucional favorece os mecanismos presentes 
do aprender e de ensinar, nos aspectos das relações de vínculos dos alunos com a 
escola, com o professor e com todos da comunidade escolar; além de redefinir os 
procedimentos pedagógicos, integrar todas as dimensões implícitas no saber, 
articulando todos os processos educacionais. 
Intervir psicopedagogicamente como nos aponta Souza (2000), envolve 
diversas atividades realizadas dentro e fora da escola. Esta mesma autora destaca o 
papel de mediação do ensino de conteúdos que a escola tem ao interpor entre a 
criança e o mundo social e desta forma fazer com que esta criança aprenda. É a 
interferência que um profissional realiza sobre o processo de desenvolvimento e/ou 
aprendizagem do sujeito, o qual pode estar apresentando problemas de 
aprendizagem (SOUZA, 2000, p. 115). 
No texto “Intervenção psicopedagógica: como e o que planejar?”, Souza 
(2000) destaca algumas modalidades de intervenção:22 
 
 
1) Recuperação dos conteúdos escolares que estão deficitários (examinar 
novamente os conteúdos escolares e os hábitos de aprendizagem); 
 
2) Orientação de estudos – (organização, disciplina, etc.); 
 
3) Brincadeiras, jogos de regras, dramatizações - (objetivo de promover 
afeto, personalidade); 
 
4) Encaminhamento pela escola ao profissional que irá atender clinicamente; 
 
5) Busca de instrumentos que possam auxiliar o processo de aprendizagem 
e desenvolvimento, no que se refere à inteligência e afetividade. 
 
 Porém, BOSSA (1994), destaca outros recursos para a intervenção: 
referindose a Provas de Inteligência (Wisc); Testes Projetivos; Avaliação 
perceptomotora (Teste Bender); Teste de Apercepção Infantil (CAT.); Teste de 
Apercepção Temática(TAT.); também, refere-se a Provas de nível de pensamento 
(Piaget); Avaliação do nível pedagógico (nível de escolaridade); Desenho da 
família;Desenho da figura Humana; H.T.P - Casa, Arvore e Pessoa (House, Tree, 
Person); Testes psicomotores: Lateralidade; Estruturas rítmicas; etc. 
 Muitas alternativas para uso do psicopedagogo estão sendo colocadas no 
mercado. Os recursos apresentados por autores de materiais publicados pela 
Editora Vetor, que além de fornecer material, também promove cursos para orientar 
a utilização dos mesmos, vem beneficiando a avaliação e intervenção 
psicopedagógica, sendo elas: 
 
1) Lendo e Escrevendo (1 e 2) : Este material pode ser aplicado para 
detectar se o estudante possui os requisitos básicos para o processo de 
Alfabetização.Pode ser usado em alunos da educação infantil e séries iniciais. 
Autora: Geraldini P. Wintter e Melany S. Copit. 
 
23 
 
 
2)Teste de Prontidão Horizontes: Pode ser usado para detectar 
Maturidade/Prontidão para Alfabetização na pré-escola e séries iniciais do 
Ensino Fundamental. Autora: Neda Lian Branco Martins. 
 
3) Metropolitano de Prontidão - fator R: Pode ser usado para detectar 
prontidão alfabetização na pré-escola e séries iniciais do Ensino 
Fundamental. Autor: G.H. Heldreth, Ph.D. Griffiths. Adaptação e 
Padronização: Ana Maria Poppovic. 
 
4) Becasse R-l (F e M): Este teste pode auxiliar no diagnóstico da maturidade 
escola. Ele traz atividades envolvendo: Estruturação de estórias;Títulos; 
conteúdos; Redação Omissão ou recusa; Dinâmica da Aplicação; Escolha da 
Lâmina. Autora: Bettina Katzenstein Schoenfeldt. 
 
5) Papel de Carta: Este material pode ser utilizado para auxiliar na Avaliação 
das Dificuldades de Aprendizagem. Apresenta como conteúdo atividades 
envolvendo comunicação e vinculação. Autora: Leila Sara José Chamat 
 
6) Prontidão para Alfabetização: Trata-se de um Programa para o 
Desenvolvimento de Funções Específicas destinadas a alfabetização. 
Apresenta conteúdo teórico e prático. Autoras: Ana Maria Poppovic e Genny 
Golubi de Moraes Além dos recursos apresentados pela editora Vetor, as 
provas piagetianas e os níveis de alfabetização são igualmente importantes 
podendo ser confeccionados pelo próprio profissional 
 
7) As Provas Piagetianas: Podem ser usadas para detectar o estágio do 
raciocínio lógico matemático da criança. O Conteúdo pode ser montado com o 
número de provas que se achar necessário. Ernesto Rosa Neto apresenta 
uma sequência compostas por tarefas que envolvem a Classificação, 
Seriação, Classe- Inclusão; Conservação de Quantidades Contínuas e 
Quantidades Descontínuas. 
 
24 
 
 
8) Os Níveis de Escrita: Os Níveis de Escrita estudados por Emília Ferreiro 
são recursos utilizados para identificar o nível de escrita em que a criança se 
encontra no processo de alfabetização, podendo ser: Icônico (a criança 
representa seu mundo através de desenhos); não icônico (a criança consegue 
usar letras para escrever e desenhar representando sua forma de escrita, 
porém o uso das letras não está sistematizado, muitas vezes coloca as letras 
e faz o desenho, usando ambos para escrever uma mesma palavra); realismo 
nominal (faz o uso das letras conforme o tamanho do objeto e não de acordo 
com a palavra, para ela o objeto grande deve ter muitas letras e o objeto 
pequeno poucas letras); nível pré-silábico (a criança já sabe que precisa de 
letras para escrever, embora não faça distinção entre letra e número, também 
já sabe que precisamos usar muitas letras diferentes para escrever). Deste 
modo, a criança usa as letras do próprio nome variando a posição e a ordem 
em que elas aparecem no seu nome, para escrever novas palavras; nível pré-
silábico em conflito (nesta fase a criança pode enfrentar um conflito já que 
conta as letras para escrever, mas no momento de escrever acha que são 
necessárias muitas letras para escrever, acreditando que com poucas letras 
não é possível a escrita, ainda, ao pedir a ela que faça a relação de letras 
com sílabas, ela risca as letras que parecem sobrar. Isso pode acontecer com 
palavras monossílabas; ao vencer este conflito a criança entrará no nível pré-
silábico); nível pré-silábico (a criança passa a atribuir valor sonoro a cada uma 
das letras que compõe a escrita e descobre que a escrita representa a fala). 
Deste modo, formula a sílaba - sem valor sonoro -, cada letra representa um 
valor som; nível pré-silábico "elaborado" (a criança percebe o valor silábico, 
portanto, usa uma letra para significar uma sílaba, assim usa uma letra para 
escrever a palavra monossílaba, mas como acredita que uma letras só não dá 
para ler, coloca outras só para que possa ler); nível silábico "alfabético" 
(começa a usar algumas sílabas, embora algumas outras usa só uma letra e 
se contenta com isso vai descobrindo a sílaba e começa a usá-la); nível 
alfabético (a criança já usa praticamente todas as sílabas simples, embora 
com alguns erros, sendo necessário trabalhar a ortografia). 
 
25 
 
 
9) Informática: Os recursos da informática, também, não podem ser 
ignorados pela Psicopedagogia. É verdade que o computador não possui 
flexibilidade para compreender outras linguagens, decifrar códigos 
desconhecidos ou criticar o que lhe é apresentado. Ele é mais um recurso que 
pode ser explorado de inúmeras maneiras. Considerando que a 
Psicopedagogia trabalha com a aprendizagem humana, os recursos da 
informática poderão possibilitar a criação, a comunicação, à interação, enfim 
novas descobertas promovendo a aprendizagem humana. Foram 
mencionados aqui, alguns instrumentos que podem ser usados para o 
diagnóstico e intervenção psicopedagógica, enfatizando que se o 
psicopedagogo não utilizar recursos exclusivos de outras áreas, não estará 
ferindo a ética profissional, ainda estará zelando pelo bom relacionamento 
com especialistas de outras áreas, conforme menciona o Código de Ética da 
Psicopedagogia, (Capítulo II, Das Responsabilidades dos Psicopedagogos, 
Artigo 6º, letra b), também, estará garantindo o bem estar das pessoas em 
atendimento profissional, consequentemente, mantendo a ética profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
Leitura Complementar 
A NECESSIDADE DE UM PSICOPEDAGOGO NA ESCOLA 
Alice Conceição Rosa Cruvinel 
Resumo: O presente artigo tem por objetivo analisar a necessidade do 
psicopedagogo na escola. Esse profissional trabalha em prol da melhoria do 
processo ensino/aprendizagem e possibilita que o esforço empreendido pelos 
profissionais da educação surja efeito junto às crianças com dificuldades de 
aprendizagem e de comportamento. Para realizar a referida análise foi feito uma 
pesquisa de campo e estudos bibliográficos. A pesquisa de campo foi desenvolvida 
em uma escola da rede pública estadual utilizando como metodologia questionários 
e entrevista. Os questionários foram respondidos por profissionais da área da 
educação e a entrevista realizada com uma psicóloga que atua na área 
psicopedagógica porém atendendo fora da escola. A escola analisada não possui 
um profissional psicopedagogo, procuramos então entender quaisas atitudes 
tomadas pela equipe escolar para sanar os problemas de aprendizagem e como o 
psicopedagogo poderia ser útil. Por meio da análise dos dados colhidos foi possível 
perceber a importância e a necessidade da atuação de um psicopedagogo na 
escola, pois o mesmo auxiliaria de forma mais efetiva a toda comunidade escolar e, 
principalmente, aos professores apontando formas, ações e estratégias de como 
trabalhar com alunos com problemas de aprendizagem ou de comportamento. 
Palavras-chave: Psicopedagogo; Escola; Aprendizagem. 
Disponível em: 
http://www.fucamp.edu.br/editora/index.php/cadernos/article/viewFile/393/332 
 
 
Referências 
BOSSA, Nádia Ap. A Psicopedagogia no Brasil: Contribuições a Partir da Prática. 
Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. 
BOSSA, N. A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. 2 ed. 
Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. 
Ementa e Bibliografia da Disciplina: Psicopedagogia Clínica e Institucional. 
Disponível em: 
<http://www.fimes.edu.br/paginas/curso/ementa.php?disciplina=616&curso=21> 
Acesso em: 22/07/2017. 
Especialização em Educação - Psicopedagogia Clínica e Institucional. Disponível 
em: <http://www.fsa.br/especializacao-em-educacao-psicopedagogia-clinica-e-
institucional> Acesso em: 22/07/2017. 
FAGALI, E; VALE, Z. Psicopedagogia Institucional Aplicada: a aprendizagem escolar 
dinâmica e construção na sala de aula. 7.ed. São Paulo: Vozes, 2002. 
http://www.fucamp.edu.br/editora/index.php/cadernos/article/viewFile/393/332
http://www.fsa.br/especializacao-em-educacao-psicopedagogia-clinica-e-institucional
27 
 
 
FERNÁNDEZ, Alicia. A inteligência aprisionada: Abordagem psicopedagógica da 
criança e sua família. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991. 
FERNÁNDEZ, Alicia. O saber em jogo: a psicopedagogia propiciando autorias de 
pensamentos. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001. 
Fundamentos da Psicopedagogia. Disponível em: 
<http://mariamasarelapsicopedagoga.blogspot.com.br/2011/04/fundamentos-da-
psicopedagogia.html> Acesso em: 22/07/2017. 
O Papel do Psicopedagogo na Instituição Escolar. Disponível em: 
<https://psicologado.com/atuacao/psicologia-escolar/o-papel-do-psicopedagogo-na-
instituicao-escolar> Acesso em: 22/07/2017. 
PAÍN, Sara. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. Porto 
Alegre: Artes Médicas, 1985. 
Psicopedagogia Clínica e as Dificuldades de Aprendizagem: diagnóstico e 
intervenção. Disponível em: 
<http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/139/1/Clarissa%20Guedes%20de%20Arag
%C3%A3o.pdf> Acesso em: 22/07/2017. 
Psicopedagogia Clínica X Institucional: do que se trata? Disponível em: 
<https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/pedagogia/psicopedagogia-
clinica-x-institucional-do-que-se-trata/30071> Acesso em: 22/07/2017. 
Psicopedagogia Institucional: passos para a atuação do assessor psicopedagógico. 
Disponível em: <https://www.inesul.edu.br/revista/arquivos/arq-
idvol_13_1307132500.pdf> Acesso em: 22/07/2017. 
SOLÉ, Isabel et al. O assessoramento psicopedagógico. Uma perspectiva 
profissional e construtivista. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
SOUZA, M. T. C.C. Intervenção psicopedagógica: como e o que planejar? In: 
SISTO, F.F. Atuação psicopedagógica e aprendizagem escolar. Vozes, 2000,p.113-
125. 
TANAMACHI, E. R., & MEIRA, M. E. M. (2003). A atuação do psicólogo como 
expressão do pensamento crítico em Psicologia e Educação. Em M. E. M. Meira & 
M. A. M. Antunes (Orgs.), Psicologia Escolar: práticas críticas (pp. 11-62). São 
Paulo: Casa do Psicólogo. 
WEISS, Maria L. Psicopedagogia clínica: uma visão diagnóstica dos problemas de 
aprendizagem escolar. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. 
WEISS, Maria Lucia Lemme. Psicopedagogia clínica: uma visão diagnóstica dos 
problemas de aprendizagem escolar. Rio de Janeiro: DP & A, 2004. 
 
 
https://psicologado.com/atuacao/psicologia-escolar/o-papel-do-psicopedagogo-na-instituicao-escolar

Continue navegando