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Importância da literatura infantil-ARTIGO

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A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Article · January 2017
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1 author:
Paloma Rodrigues Moreira
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
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All content following this page was uploaded by Paloma Rodrigues Moreira on 06 December 2017.
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A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
Paloma Rodrigues Moreira¹ 
Resumo 
Ao refletir sobre leitura e seu estimulo na educação infantil, muitos pensam que 
o principal responsável para formação do leitor é o professor, mas a prática da 
leitura estimulada pela família é de suma importância e reflete excelentes 
resultados, na parceria entre família e professor, sendo uma dupla de sucesso. 
Quanto mais cedo iniciado esse processo mais rápido será criado o hábito e 
gosto pelo ler. O estimulo da leitura na educação infantil constitui uma base 
forte, tendo intuito de tornar a leitura como algo natural, que traz apenas 
benefícios. A importância e necessidade de leitura são descritas por diversos 
pesquisadores. Nesse contexto, o objetivo desse artigo é apresentar a 
importância da leitura, desde a educação infantil. 
 
Palavras-chave: Leitura; Incentivo à Leitura; Educação Infantil; 
 
 
 
 
 
 
 
 
¹Autora, Bibliotecária e MBA em Gestão Empresarial. 
 biblio.paloma@gmail.com 
 
1 INTRODUÇÃO 
 Este artigo representa o estimulo de adquirir conhecimento sobre a 
importância da leitura, histórico, funções e incentivos na infância para tal 
prática. 
A literatura infantil é um instrumento de construção do conhecimento, 
quando colocada em prática de forma adequada, se torna uma atividade 
prazerosa, não algo cansativo. 
Segundo CARVALHO (1997) 
Para vivermos em nossa sociedade, faz-se necessário 
saber ler e para isso há que se considerar a leitura de 
diferentes linguagens como da linguagem verbal, da 
linguagem visual, auditiva, olfativa, gustativa, bem 
como os gestos, os sons, os sentidos, as coisas, os 
traços, as linhas, a natureza, os comportamentos, a 
moda, a televisão, o cinema, o teatro, enfim, tudo o que 
é vivo e significativo. 
 
 
Fonte: LOURENÇO (2011, p.51) 
 Além da realização de descobrir um novo mundo pela leitura, a literatura 
com início na infância abre caminhos para um excelente aprendizado escolar, 
estimulando o entendimento, o mundo da comunicação e da interação humana. 
 
De acordo com SILVA (1993, p.47) 
 
 As concepções que temos dos fenômenos, dos 
processos e dos objetos existentes no mundo afetam 
diretamente as nossas práticas sociais. Assim, aquilo 
que sabemos ou pensamos que sabemos sobre o ato 
de ler ou, ainda, a forma pela qual concebemos ou 
lemos a leitura enriquece ou empobrece, dinamiza ou 
paralisa, dirige ou desvia, conscientiza ou serve para 
alienar as ações relacionadas com a formação de 
leitores. 
 
2 BREVE HISTÓRICO DA LEITURA 
 A prática da leitura vem desde o início da civilização, quando o homem 
buscava compreender sinais de seus antepassados. O aprimoramento da 
leitura aconteceu com o surgimento da leitura formal, onde a sociedade buscou 
padronizar as informações que seriam disseminadas. Em virtude das distancias 
produzidas pelo tempo, surgiram cartas e outros meios de comunicação, com 
intuito de aproximar pessoas através da escrita e leitura. 
De acordo com KILIAN e CARDOSO (2012, p. 2) 
 
Relatam que, segundo relatos históricos e 
arqueológicos, foi na Babilônia onde tudo começou. 
Hoje, dessa cidade só restam ruínas na região 
Mesopotâmica do Egito. Seu povo foi o precursor de 
muitos avanços da civilização como, por exemplo, 
agricultura, arquitetura, comércio, astronomia, direito, 
escrita. Nesse local, surgiram as primeiras inscrições 
do que viria a consumar o nascimento de uma prática 
revolucionária - a leitura. 
 
O nascimento da leitura ocorreu pela necessidade de evolução do 
homem, tendo em vista que os símbolos precisavam ser entendidos e 
interpretados, considerando a leitura de figuras em paredes de cavernas e 
outros meios pré-históricos. 
Segundo DENIPOTI (1996, p. 82) 
 Foi em virtude do cristianismo que, durante a Idade 
Média, as técnicas pedagógicas de ensino da leitura se 
multiplicaram. A história da leitura nesse período é 
possibilitada pelo que remanesceu dessas técnicas. 
A leitura se transformou em uma necessidade para sobrevivência, que 
ao longo dos anos se aperfeiçoou e tornou-se cada vez mais indispensável, 
tendo em vista o desejo do ser humano de encurtar espaços e explorar o vasto 
mundo. 
Segundo ALVES (2012,p.2449) 
 
A leitura é uma arma que pode ser utilizada para 
dominar, com o pretexto de que se está possibilitando 
acesso à informação, muitas vezes, para justificar e/ou 
disfarçar ideias autoritárias. 
 
Conforme ZILBERMAN (1999, p. 5) 
 
A leitura não constitui tão somente uma ideia, com a 
força de um ideal. Ela contém também uma 
configuração mais concreta, assumindo contornos de 
imagem, formada por modos de representação 
característicos, expressões próprias e atitudes 
peculiares. A ela pertencem gestos, como o de segurar 
o livro, sentar e escrever, inclinar-se, colocar os olhos. 
Faz parte igualmente dessa representação a alusão a 
resultados práticos, mensuráveis em comportamentos 
progressistas. 
 
 As fases da leitura foram criadas com o decorrer do tempo pelo hábito 
de ler jornais, rótulos de remédios, anúncios, etc. A leitura apresenta o mundo, 
sendo passada de geração em geração, salientando a liberdade de realizar 
escolhas e estimular novos aprendizados. 
 
 
3 FUNÇÕES DA LEITURA 
 A leitura tem intuito de levar a pessoa a descobrir novos horizontes, 
realizando a interpretação da escrita. Na infância a criança aprende com 
diversos meios, principalmente com atividades lúdicas, que estimulam o 
desenvolvimento. 
 
 
Fonte: LOURENÇO (2011, p.69) 
Adaptado de BARBOSA (1991, p.117) 
 
MARTINS (2006, p. 30) considera a leitura como: um 
processo de compreensão de expressões formais e 
simbólicas, não importando por meio de que 
linguagem. Assim o ato de ler se refere tanto a algo 
escrito quanto a outros tipos de expressão do fazer 
humano, caracterizando-se também como 
acontecimento histórico e estabelecendo uma relação 
igualmente histórica entre leitor e o que é lido. 
 
Conforme MARAFIGO (2012, p.5) 
A criança aprende brincando a os conteúdos podem 
ser trabalhados através de histórias, brincadeiras e 
jogos, em atividades lúdicas, pois além de estimular a 
autoconfiança e a autonomia, proporciona situações de 
desenvolvimento da linguagem do pensamento e está 
criando espaços para a construção do seu 
conhecimento. 
 A leitura impulsiona as aptidões, abre o contato com o mundo, inclusive 
o mundo da imaginação. A sua função formal é transmitir ou receber 
informações, mas a leitura vai além das formas cientificas. 
 
Segundo FOUCAMBERT (1994, p. 30) 
 
Ser leitor é querer saber o que se passa na cabeça de 
outro, para compreender melhor o que se passa na 
nossa. Essa atitude, no entanto, implica a possibilidade 
de distanciar-se do fato, para ter dele uma visão de 
cima, evidenciando um aumento do poder sobre o 
mundo e sobre si por meio desse esforço teórico. Ao 
mesmo tempo, implica o sentimento de pertencer a 
uma comunidade de preocupações que, mais que um 
destinatário, nos faz textos, seja um manual de 
instruções, seja um romance, um texto teórico ou um 
poema. 
 
 A infância é o período mais apropriado para o desenvolvimento da 
leitura, apresentando as construções no âmbito do aprendizado e assim, 
criando maior facilidade da criança no mundo da leitura. É bom destacar que 
quanto mais cedo iniciado essa experiência, mais profunda ela será. 
Segundo KRETZMANN E RODRIGUES(2006, p.399) 
 
Aprender a ler é aprender a tratar com os olhos uma 
linguagem feita para os olhos. É associar uma rede de 
hipóteses que não é extraída somente das palavras, 
mas de todos os elementos que compõem o texto 
(paginação, cores, fotografias, etc.) e das condições de 
sua produção. 
 
O contato com a leitura deve ter início o quanto antes, quando as 
crianças estão mais flexíveis e com a curiosidade aguçada. 
 
 
 
Fonte: LOURENÇO (2011, p.55) 
. 
Apresentar para criança literaturas de seu interesse de acordo com a 
faixa etária também é uma estratégia no desenvolvimento e estimulo do ler. 
 
Assim afirmam COELHO e MACHADO (2015, p.9) 
O conhecimento das habilidades referentes ao eixo da 
leitura é de suma importância para a aprendizagem. 
Assim, é na Educação Infantil, que a criança passa a 
conhecer a leitura de maneira formal. Se o mesmo traz 
de casa o hábito de leitura se torna mais fácil, caso 
contrário é necessário todo um processo de conquista 
e de sedução em prol de uma leitura prazerosa, e que 
tenha sentido para a criança. 
 
Para Cunha (1989) três fases são consideradas para a literatura infantil: 
 
Mito – 3/4 anos a 7/8 anos 
Conhecimento da realidade - 7/8 anos a 11/12 anos 
Pensamento racional - 11/12 anos até a adolescência 
 
 
4 LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 Na educação infantil a linguagem que será utilizada com as crianças é 
primordial, livros com ilustrações, atividades e desenhos, são validos para 
estimular o desejo de leitura. 
Para AZEVEDO,1998 
 
Um livro ilustrado é composto por pelo menos três 
sistemas narrativos que se entrelaçam: 
a) o texto propriamente dito, forma, estilo, tom, 
imagens, motivos, temas. 
b) as ilustrações, suporte: desenho, colagem, 
fotografia, pintura e também em cada caso: forma, 
estilo, tom, etc. 
c) o projeto gráfico, capa, diagramação, disposição das 
ilustrações, tipologia escolhida, formato, etc. 
 
Segundo KLEIMAN (2004, p. 32), a “forma que se dá o processo de 
leitura segue uma estrutura, em que vai desde o material escrito ao olhar”. 
Abaixo a figura que demonstra essa representação. 
 
Estrutura Processo de Leitura 
 
Fonte: KLEIMAN (2004, p.32) 
 Existem mediadores das práticas educativas, como bibliotecários e 
professores, que auxiliam e estimulam ao habito da leitura e a importância 
dessa pratica no seu cotidiano, disponibilizando ou orientando materiais de 
acordo com a preferência de leitura. Além de orientar, tais mediadores 
demonstram através do seu próprio exemplo a valorização do ato de ler e a 
importância dessa prática. 
Assim afirma SILVA (2003, p.74) 
Colocando-se a serviço de professores ou de 
bibliotecários, aqui tomados agentes de mediação das 
práticas educativas, os conhecimentos pedagógicos 
podem orientar mais objetiva e racionalmente as ações 
voltadas á educação dos leitores. 
 
SILVA (2003, p. 109). 
Mais especificamente, para que ocorra um bom ensino 
da leitura é necessário que o professor seja ele 
mesmo, um bom leitor. No âmbito das escolas, de nada 
vale o velho ditado faça como eu digo (ou ordeno!), não 
faça como eu faço (porque eu mesmo não sei fazer) 
isto porque os nossos alunos necessitam do 
testemunho vivo dos professores no que tange á 
valorização e encaminhamento de suas práticas de 
leitura. 
 
 Diante das grandes complexidades do desenvolvimento da leitura e da 
escrita, estratégias de incentivo precisam ser adotadas pela sociedade para 
evolução no que diz respeito a aprendizagem das crianças, investimento na 
área de educação e valorização dos educadores. 
 
5 IMPORTANCIA DA LEITURA 
 A leitura está presente em todos os lugares, existem vários tipos de 
literaturas e obras para todos os gostos. 
 Desde os primórdios o homem sempre demonstrou interesse de 
interpretar as inscrições rupestres, com intuito de estar atualizado dos 
acontecimentos e ciente do seu passado, pois assim tinha a oportunidade de 
se conhecer melhor. 
Apresentar a importância da leitura na educação é estimular uma 
sociedade melhor, pensando em um futuro com cidadãos mais esclarecidos e 
que consigam realizam interpretações, a fim de não serem manipulados. 
“Quando dizemos ler, nos referimos a todas as formas de leitura. Lendo, nos 
tornamos mais humanos e sensíveis”. (CAVALCANTI, 2002, p. 13) 
 
De acordo com MORAIS (1991, p.98) 
 
Ler sempre representou uma das ligações mais 
significativas do ser humano com o mundo. Lendo 
reflete-se e presentifica-se na história. O homem, 
permanentemente, realizou uma leitura do mundo. Em 
paredes de cavernas ou reconhecendo-se capaz de 
representação. Certamente, ler é engajamento 
existencial. 
 
Com o avanço das tecnologias e a quantidade de informações que são 
produzidas a cada minuto, o ser humano precisa se mantar atualizado. Adultos 
que não tiveram a prática da leitura na educação infantil, em sua maioria, 
costumam sentir imensa dificuldade no entendimento de notícias, pois leem 
informações, mas não conseguem interpretar e entender o que a mesma diz, 
pois não criaram o hábito de ler e assim sentem mais dificuldade para realizar 
tal atividade. 
 
De acordo com COELHO e MACHADO (2015, p.5) 
O horizonte e perspectivas existem em conjunto e de 
certa forma não sofrem segregação. O hábito de leitura 
estimula a capacidade criadora, multiplica o 
vocabulário, simplifica a compreensão do que se lê, 
facilita a escrita, melhora a comunicação, amplia o 
conhecimento, acrescenta o senso crítico e ajuda na 
vida profissional. 
 
Segundo FREIRE (1979, p. 58) 
Para ocorrer uma mudança de postura é necessário 
que haja compromisso em querer mudar. Não se pode 
permitir que a neutralidade continue permeando diante 
às situações que são impostas, perpetuando 
comportamentos manipuláveis pelo sistema 
educacional que castra qualquer possibilidade de 
desenvolvimento reflexivo, sendo o homem sujeito de 
sua educação e não objeto dela. 
Saber interpretar textos é uma necessidade do ser humano, estimular 
essa pratica e criar meios para que o acesso à leitura seja algo agradável 
desde a educação infantil é uma estratégia que alguns profissionais utilizam 
para ter sucesso no ensino e mudar a realidade de uma parte da população, 
iniciando a mudança na forma de ensino para afetar de forma positiva quem 
aprende. 
Para MARAFIGO (2012, p.9) 
 
Para atender às novas exigências da sociedade, é 
necessário pensar em uma nova postura profissional 
para que o acesso à leitura e a escrita tornem-se algo 
efetivo e eficaz. 
 
6 O PROFESSOR COMO INCENTIVADOR 
 O processo de leitura por diversas vezes tem início em casa, com pais 
leitores, que se apresentam para os filhos como exemplos. Quando a prática 
de leitura não tem início com a família, é na escola que a criança terá os 
primeiros contatos com livros. Silva (2014, p. 83) diz que “quando entra na 
escola, o educando aprende a ler e ao professor fica a incumbência de 
apresentá-lo à leitura e ao gosto de ler”. 
De acordo com RUBIM e JORDÃO (2015, p. 01) 
A Academia Americana de Pediatria recomenda aos 
médicos que orientem os pais a lerem para os seus 
filhos. Desde o nascimento, a super estimulação tem se 
tornado uma constante em casa e invadido o espaço 
escolar. Livros no banho e e-books são elementos cuja 
proposta é desencadear o gosto pela leitura logo cedo. 
 O incentivo ao hábito de ler é um grande processo na vida infantil, pois 
normalmente tem início junto com a alfabetização na escola, assim a criança 
irá carregar essas atividades por toda vida, por isso tamanha importância no 
impacto que o ensino terá e nas estratégias de ensino que serão utilizadas na 
educação. SILVA (1993, p.38 e 39) afirma que “se faz necessária uma 
reformulação radical nas formas de encaminhamento da leitura escolar em 
termos de pedagogia de leitura”. 
 
 
Fonte: LOURENÇO (2011, p.78) 
 Kleiman (1993, p.9) afirma que “o professor deve orientaro aluno no 
desenvolvimento de estratégias de leitura”, alguns professores utilizam 
estratégias pedagógicas para o estimulo da leitura, com intuito de despertar o 
interesse pela leitura e consequentemente formarem leitores conscientes da 
importância desse ato para futura vida acadêmica e para melhor entender suas 
funções na sociedade. 
Segundo KRETZMANN E RODRIGUES (2006, p.394) 
 
Como a imitação faz parte do processo de 
aprendizagem da criança, ver outras pessoas lendo é 
importante para as suas primeiras experiências com a 
leitura. Aprende-se a ler vendo outras pessoas lerem, 
prestando atenção às leituras que elas fazem para si, 
tentando ler, experimentando e errando. 
 O professor tem a responsabilidade social com o aluno e ao mesmo 
tempo como motivador, conduzindo o aluno ao desejo de ler e ao hábito da 
leitura, lendo por prazer. O professor tem necessidade de desenvolver 
mecanismos para que seus alunos além de decodificar os textos escritos, 
consigam entender a ideia transmitida pelo mesmo. 
 
É preciso ler, é preciso ler... 
E se, em vez de exigir a leitura, o professor 
Decidisse partilhar sua própria felicidade de ler? 
A felicidade de ler? O que é isso, felicidade de ler? 
(PENNAC, 1998, p. 21) 
 
Mesmo os professores tendo grande papel na vida das crianças, essa 
influência não isenta os pais da função que eles têm em estimular os filhos, 
pois quando a leitura é despertada em casa, os reflexos são maiores e 
repercutem de forma positiva por toda a vida da criança. 
 
Segundo KRETZMANN E RODRIGUES (2006, p.395) 
 
 A família tem um importante papel no desenvolvimento 
de nossa subjetividade na medida em que dela fazem 
parte as primeiras pessoas com as quais temos 
contato, portanto, antes mesmo de ser alfabetizada, a 
criança pode ser levada a descobrir o quanto é 
importante e interessante o contato com a leitura. 
Assim, o ambiente familiar e a escola de Educação 
Infantil exercem grande importância na formação do 
sujeito leitor. 
 
 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 A leitura não é apenas realizada por quem lê, mas também para quem 
se dirige, como as pessoas que leem o texto ouvindo. O primeiro contato das 
crianças com a literatura ocorre desse modo, quando adultos leem histórias, 
ouvir é uma forma de ler. 
 
Desta forma relata ABRAMOVICH (1997, p. 16) 
 
O primeiro contato da criança com um texto é feito 
oralmente, através da voz da mãe, do pai, ou dos avós, 
contando contos de fada, trechos da bíblia, histórias 
inventadas (tendo a criança ou os pais como 
personagens), livros atuais e curtinhos, poemas 
sonoros e outros mais... contados durante o dia- numa 
tarde de chuva, ou domingo- ou num momento de 
aconchego, à noite, antes de dormir, a criança se 
preparando para um sono gostoso e reparador, e para 
um sonho rico, embalado por uma voz. 
 
O incentivo à leitura se constrói fora e durantes os anos escolares, tendo 
principal destaque com a participação da família da criança. Escola e família 
são grandes estimuladores, que caminham juntos para que o hábito de leitura 
na educação infantil seja constante, aguçando o interesse da criança na 
escolha do estilo literário. 
Conforme KRETZMANN E RODRIGUES (2006, p.401) 
 
 Aproximar a criança na Educação Infantil da leitura é 
aproximá-las de algo que, na sua maioria, já 
conhecem. Portanto, trata-se simplesmente de tornar 
natural o ensino e a aprendizagem de algo que lhes 
interessa. 
 
 A leitura faz parte da vida, é uma ação geradora de independência, pois 
quem não sabe ler fica vulnerável a interpretação do outro, por isso é 
necessário a conscientização da leitura no início da vida, formando indivíduos 
que saibam organizar o conhecimento e tomar decisões de forma eficiente. 
 
Assim afirma RODRIGUES (1987, p. 70) 
Na sociedade moderna os homens se distinguem em 
duas categorias frente à posse sistemática e 
organizada do conhecimento: os que sabem e os 
podem dizer e agir, tomar decisões, interferir, dirigir e 
opinar sobre a totalidade da vida social, nos campos da 
cultura, do trabalho, da vida pública, da ordem jurídica, 
o saber se converte em instrumento do poder. Ele não 
cria o poder, mas liberta os canais para o seu pleno 
exercício, preparando os indivíduos para manejá-los 
com mais eficiência e competência. 
 É necessário um investimento cultural no povo desde a educação 
infantil, pois quem sabe ler, interpretar e escrever, tem a oportunidade de 
escolher seu caminho com mais consciência e de forma esclarecida. 
 
REFERÊNCIAS 
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: 
Scipione, 1997. ( Série Pensamento e Ação no Magistério). 
AZEVEDO, Ricardo in 30 anos de literatura para crianças e jovens: 
algumas leituras. Org. Elizabebeth D'angelo Serra. Campinas, SP: Mercado 
de Letras: Associação de Leitura no Brasil, 1998. (Coleção Leituras no Brasil). 
BARBOSA, José Juvêncio. Alfabetização e Leitura. Coleção Magistério – 2º 
Grau. 
4ª Edição. Série Fromação do professor. São Paulo: Cortez, 1991. 
BARKER, Ronald E. & Escarpit, Robert. A fome da ler. Rio de Janeiro, 
Fundação Getúlio Vargas/MEC, 1975. 
CARVALHO, Neuza C. de. Proleitura. Unesp, Uem, Uel. Agosto/97. Ano 4. 
nº15. 
CAVALCANTI, Joana. Caminhos da literatura infantil e juvenil: dinâmicas e 
vivências na ação. São Paulo: Paulus, 2002. 
COELHO, Kessia e MACHADO, Miriam Almeida. A IMPORTANCIA DA 
LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL. FAP. 2015. 
CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura infantil - Teoria & Prática. São 
Paulo: Ática,1989. 
FOUCAMBERT, Jean. A leitura em questão. Porto Alegre: Artmed, 1994. 
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e 
Terra, 1983. 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática 
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KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. São Paulo: 
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KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura: teoria & prática. 10. ed. Campinas: 
2004. 
KILIAN, Carina; CARDOSO, Rosane Maria. Práticas de leitura literária: os 
casos de França e Brasil. [2012]. 
KRETZMANN, Caroline E RODRIGUES, Edilene Maria Fracaro. A leitura na 
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LAJOLO, Marisa. Leitura em crise na escola: as alternativas do 
professor. O texto não é pretexto . Mercado Aberto, Série Novas Perspectivas, 
Porto Alegre, 1985. 
LEITE, Lígia Chiappini Moraes e MARQUES Maria Hubner. Leitura em 
crise na escola: as alternativas do professor. Ao pé do texto na sala de aula. 
LOURENÇO, Daniel Alvares. Tipografia para livro de literatura infantil: 
Desenvolvimento de um guia com recomendações tipográficas para designers. 
Dissertação de mestrado apresentada ao programa de Pós-Graduação em 
Design da Universidade Federal do Paraná. 2011. 
MARAFIGO, Elisa Carbone. A importância da leitura infantil na formação de 
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MORAIS, Regis de. Sala de aula, que espaço é esse?. São Paulo: Papirus, 
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RUBIM, Débora; JORDÃO, Claudia. Como o gosto pela leitura pode ser 
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