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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI- UNIASSELVI PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU MARCILENE PEREIRA PINTO AS CONTRIBUIÇÕES DA LUDICIDADE PARA A APRENDIZAGEM DE ALUNOS COM TDAH TOMÉ-AÇU 2021 MARCILENE PEREIRA PINTO AS CONTRIBUIÇÕES DA LUDICIDADE PARA A APRENDIZAGEM DE ALUNOS COM TDAH Relatório de Estágio apresentado na disciplina de Trabalho de Conclusão de curso: Relatório de estágio do Curso de Especialização Lato Sensu em Psicopedagogia do Programa de Pós-Graduação Latu Sensu do Centro Universitário Leonardo da Vinci- Uniasselvi. TOMÉ-AÇU 2021 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO..............................................................................................................04 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................................................06 3 OBSERVAÇÃO...............................................................................................................10 4 COLETA E ANÁLISE DOS DADOS..................................................................................... 11 5 INTERVENÇÕES............................................................................................................. 13 5.1 REGISTRO E ANÁLISE DAS INTERVENÇOES...................................................................15 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................18 7 REFERÊNCIAS..................................................................................................................20 1 INTRODUÇÃO O estágio realizou-se na escola Criança Feliz, escola de Educação infantil e Fundamental, que se localiza no km 14 da Jamic (zona rural), na cidade de Tomé-Açu, Pará. A mesma oferece aos alunos espaços e oportunidades para que se transformem em cidadãos capazes de interpretar e transformar a sociedade em benefício do bem estar pessoal e coletivo, prezando manter a participação e contribuição dos pais e da comunidade no processo de ensino e aprendizagem em todos os eventos que ocorrem na instituição. A mesma é composta por 06(seis) salas de aula regular, 01 sala do AEE, diretoria, biblioteca, sala dos professores, secretaria, 03 banheiros, cozinha, refeitório e um amplo espaço para a recreação. O local foi escolhido devido eu já atuar como docente na mesma, o que contribuiu para a realização deste trabalho. Para a realização desse estágio foi possível contar com a participação de professores da sala regular e do AEE (Atendimento Especializado em Educação), coordenação e pais do aluno observado. Foi feito uma análise nesse aluno o qual possui laudo com diagnóstico de TDAH, onde foi possível constatar o comportamento dessa criança no âmbito escolar e sua realidade diante da aprendizagem. Para a construção desse trabalho foi feita a utilização de pesquisas bibliográficas, além de observações e pesquisa qualitativa descritiva, método esse que possibilita que o observador registre, analise os fatos, conseguindo um melhor diagnóstico dos dados coletados. A relevância desse projeto agrega-se na importância da contribuição do lúdico na aprendizagem de alunos com Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade que ingressam na escola buscando melhorias no aprendizado no âmbito escolar. Dentro dessa perspectiva, a importância do tema se dá por acreditar que a ludicidade traz grandes benefícios para a aprendizagem além de favorecer a inclusão dos alunos que necessitam de apoio e atenção. Logo foi possível constatar que com a realização do estágio adquiri conhecimentos, agregando experiências, que servirá como recurso para minha formação profissional. Em geral, o TDAH começa na infância e pode persistir na vida adulta, pode contribuir para a baixa autoestima, relacionamentos problemáticos e dificuldades na escola ou no trabalho e ainda é um dos grandes desafios no atual cenário da educação, pois muitas vezes a criança é vista como indisciplinada não considerando que há uma relação dinâmica entre o mundo real e as especificidades das mesmas. A importância da relação entre os processos de desenvolvimento e aprendizagem ocorrem para entender o que a criança é capaz de fazer com os conhecimentos já adquiridos e o que ela é capaz de aperfeiçoar. Portanto fica clara a importância do lúdico no trabalho com crianças com TDAH. Os jogos, os brinquedos e as brincadeiras são instrumentos pedagógicos valiosos na aprendizagem em todos os aspectos como movimento, a coordenação motora, a aceitação de regras, autodisciplina, reconhecimento de autoridade, etc., que podem ser muito significativos, diferente do ensino tradicional, o mais empregado atualmente. Cabe ao professor diversificar as atividades pedagógicas que estimulem o desenvolvimento e a habilidades de aprendizagem dessas crianças tanto no seu desenvolvimento afetivo como no cognitivo e motor, através de práticas capazes de atrair a atenção para promover uma aprendizagem significativa. Por isso é importante que o professor tenha um conhecimento sobre o transtorno, de modo que possibilite e facilite a melhor integração desse aluno no convívio escolar. Se apropriando do lúdico, o professor poderá identificar a criança TDAH favorecer a inclusão e ajudar não somente a muitas famílias de crianças com este transtorno, mas também a escola, sinalizando ao setor responsável por esta questão. O lúdico envolve diferentes tipos de comunicação, proporcionando o desenvolvimento da oralidade e ao mesmo tempo o melhor entendimento e a aceitação de regras, são ótimas ferramentas de trabalho para o planejamento da escola e de aula dos professores. A escola é uma grande parte de convívio social de crianças TDAH. É nesse ambiente que surgem inúmeras vivências, não somente de aprendizado pedagógico mais de convivência e socialização. É neste espaço, que poderão surgir indícios de comportamento que indiquem este transtorno e que gritam por maior atenção. Diante disso, é importante ter clareza para se ter um olhar atento a estas dificuldades comportamentais para que haja uma intervenção escolar precisa. De fato, entende-se que o docente e suas práticas pedagógicas, quando facilitadoras, colaboram de forma positiva no processo de inclusão do aluno com TDAH no ambiente escolar, garantindo assim uma formação sólida, mesmo sabendo que diante desse processo ele possa se deparar com inúmeras dificuldades relacionadas com a falta de preparação e conhecimentos em relação a este transtorno, pois os professores são a primeira fonte de informação para o diagnóstico. É notório que há uma grande inquietude em fundamentar o fracasso e as dificuldades escolares através dos diagnósticos médicos, em especial, das crianças diagnosticadas com Transtorno de Déficit de Atenção (TDAH). 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um dos mais recorrentes distúrbios que sucedem em crianças, sendo ela uma incapacidade neurobiológica de origem genética e um descontrole motor acentuado. Os estudos sobre dificuldades de aprendizagem, embora tenha tido origem nos Estados Unidos e no Canadá, também tiveram destaque na Europa e em outros países. No Brasil, por sua vez, a dificuldade de aprendizagem é enquadrada dentro da educação especial, ou seja, como parte da concepção de necessidades educativas especiais, enquanto consequências do fracasso escolar. Nesse sentido, é possível mostrar que por meio da aprendizagem, é plausível a transmissão do conhecimento, onde esse método é criativo, pois o acervo de conhecimentos não é estagnado possibilitando que o sujeito refaça suas ideias a cada novo aprendizado conquistado. Ao relatar a dificuldade de aprendizagemé relevante que se tenha em mente um conjunto de problemas de aprendizagem vigente na escola. É notório que o TDAH tem causado impacto na forma educacional da criança se adaptar. Portanto, é papel da escola organizar-se de maneira adequada para atender a particularidades do aluno. Os professores são, os que mais facilmente percebem quando o aluno apresenta problemas de atenção, aprendizagem, comportamento emocionais, afetivos e sociais. (FERRARI; OLIVEIRA, 2014, p.18). Os docentes estão com a atenção totalmente voltada ao aluno durante todo o percurso das aulas, logo fica fácil perceber qualquer situação voltada a essa síndrome ou qualquer outra. E para isso é indispensável, que pais, professores e escola sejam inovadores e dinâmicos, com o objetivo de melhorias na aprendizagem dessas crianças que são diagnosticadas com transtorno de déficit de atenção, para que tenham uma melhoria na qualidade de vida e elevem a autoestima e o desenvolvimento cognitivo dos mesmos. É fundamental que o professor seja ativo, reconhecendo as dificuldades para que a partir desse momento identificar as necessidades do aluno. Tendo em vista a capacidade e habilidade de produzir ou formar ambientes e momentos em sejam realizados jogos e brincadeiras levando em consideração as especificidades de cada um, usando métodos adequados que proporcionem uma aprendizagem estimulante para a habilidade criativa do aluno e consequentemente enriqueça a interação coletiva da equipe. O lúdico proporciona grande contribuição nas práticas de ensino aprendizagem já que desperta a curiosidade da criança, instiga seu conhecimento e proporciona novas aprendizagens. Como tal recurso inserido na pratica pedagógica, tem como proposito influenciar o desenvolvimento do aprendiz e promover a interação professor/aluno. Pois, “As atividades lúdicas é uma forma de se divertir e aprender ao mesmo tempo e incentiva o estudo do aluno com TDAH”. (PEREIRA, 2007. P. 29). Portanto, toda e qualquer atividade que envolva diversão e ludicidade como ferramenta de aprendizagem e que reduza os problemas detectados no aluno com transtorno, visto que por intermédio das brincadeiras a criança assimila regras sociais, detém seus impulsos e alcança a concentração. Assim o brincar possibilita o progresso do aprendizado do educando com TDAH. Quem convive com alguma criança ou adolescente com TDAH sabe que a agitação, a impulsividade e a desatenção, características do distúrbio, transformam o portador num especialista em desobedecer às regras. A criança por outro lado constrói aprendizagens mediante os papéis que representa, melhorando nos aspectos linguísticos e psicomotores, além do ajustamento afetivo e emocional que alcança nas representações desses papéis. Perante a possibilidade colocada no decorrer sobre a relação do lúdico para crianças com TDAH na escola, constata-se que é relevante a utilização de jogos e brincadeiras como metodologia para ensinar crianças hiperativas, de forma a tornar prazeroso a linguagem que a criança conhece e que já faz parte do seu mundo. É sabido que o portador do TDAH, inicialmente possui muitas dificuldades de aproveitamento dos benefícios dos jogos e brincadeiras, presentes nas escolas. O que se coloca em questão não é a incapacidade devido ao transtorno, mas atividades direcionadas para que atuem “confrontando” a dificuldade de concentração e foco das crianças TDAH, tornando evidente a sua capacidade de criação e interação com as atividades propostas. É importante ressaltar que nem todos os portadores de TDAH terão dificuldades de aprendizagem, pois as dificuldades de atenção podem ser compensadas pelo uso de um bom potencial intelectual, interesse pelo conhecimento e uma didática adequada para eles. (BELLI, 2005, p. 50). Para que o professor utilize os jogos e brincadeiras em suas atividades, todo um contexto deverá ser levado em conta, como a organização e o planejamento de suas práticas pedagógicas, tendo em vista a estrutura física da escola e quais os objetivos a serem alcançados através desses jogos e brincadeiras e quais as maiores dificuldades apresentadas pelas crianças. Dessa forma, um planejamento escolar deve atender a todas as necessidades que se possam encontrar numa sala de aula, o docente deve estar atento e preparado para intervir de maneira significativa promovendo um espaço prazeroso de aprendizado se apropriando dos benefícios da ludicidade do seu trabalho pedagógico. Nesse sentido, para um ensino inclusivo, o docente precisa utilizar a ludicidade como didática fundamental para estimular o aprendizado do estudante desatento ou hiperativo e impulsivo. Nesta visão, o conhecimento ocorre de maneira dinâmica promovendo relevância para o discente. Portanto, ao se analisar as limitações e os obstáculos enfrentados pelas crianças hiperativas, são essenciais se encontrar nos jogos e nas brincadeiras uma maneira de incentivar a aprendizagem de uma forma prazerosa, satisfatória e eficaz. Visto que, a criança com esse transtorno requer um olhar que lhe permita o entendimento do que está a sua volta que ela possa ter um melhor relacionamento com os conteúdos necessários à sua aprendizagem. É importante ressaltar que as práticas lúdicas abrangem diversos padrões de comunicação de modo a desenvolver a oralidade e consequentemente o tempo e o melhor entendimento e aceitação das regras. Melhor dizendo, são práticas que assumem um efeito muito importante para essas crianças geralmente chamadas de especiais, que tem dificuldade em assimilar as atividades didáticas, pois sua motivação é mais viável por vias de atividades lúdicas diferenciadas. Segundo Piaget, O lúdico atua nas atividades intelectuais da criança, o que se torna indispensável para a prática de um contexto educativo. Brincando que a criança adquire aprendizado e explora o mundo que a rodeia, tomando cada vez mais conhecimento do que está a sua volta. (1998, p.47). Com isso, o papel do educador, torna-se um dos pilares para a construção de um ensino de qualidade, tendo em vista a erradicação das barreiras presente no ambiente escolar, dando um maior suporte ao aluno com este transtorno, priorizando o pleno desenvolvimento do educando. Sendo assim, é importante que pais, professores e escola sejam dinâmicos e objetivos com a finalidade de melhorar a qualidade da aprendizagem dos alunos que sofrem com o transtorno de déficit de atenção, propiciando uma melhor qualidade de vida que enalteça a autoestima e o desenvolvimento cognitivo dos mesmos. Ao envolver-se com a ludicidade, o aluno com transtorno tem a possibilidade de vencer medos, traumas e tudo o que diz respeito a sua sentimentalidade, por isso, os jogos e as brincadeiras é um estímulo à criança, sendo assim toda atividade que incorpora a ludicidade, certamente se tornará um recurso facilitador do processo de ensino e aprendizagem a desenvolver na criança com TDAH, pois o lúdico é significativo para o discente reconhecer, compreender e construir seus conhecimentos, tornando-se capaz de exercer de forma digna e competente sua autonomia, percebendo que o mundo exige diversos conhecimentos e habilidades. Durante essas interações proporcionadas pelos jogos, é garantido o respeito mútuo entre o mediador e a criança, dentro de um clima afetivo, em que ela tem a oportunidade e construir seu conhecimento social, físico e cognitivo, estruturando, assim, sua inteligência e interação com o meio ambiente. (KISHIMOTO, 2011, p.110). Por intermédio dos jogos e das brincadeiras, o professor trabalha as atividades lúdicas e aos poucos as dificuldades da criança vão sendo superadas e consequentemente o aumento de sua autoestima, bem como sua autoconfiança e o desempenho no âmbito escolar, buscando cada vez mais, sua autonomia perante o mundo que o rodeia. Logo surge a necessidadede dedicar-se acerca do conhecimento em relação à ludicidade, como uma técnica pedagógica facilitadora para o processo de aprendizagem do estudante com déficit de , atenção e hiperatividade. Considera-se que é um recurso que tende a contribuir no processo educacional, por tanto se torna fundamental para o aprendizado. A atividade lúdica orienta um trabalho pedagógico que objetiva um avanço importante do educando, visto que a brincadeira e o jogo estabelecem uma forma privilegiada de educação favorecendo o processo de ensino- aprendizagem. Nessa perspectiva, o profissional necessita obter meios de modernizar, buscando formações para adquirir novos conhecimentos e assim realizar práticas pedagógicas que proporcionem a aprendizagem significativa e o desenvolvimento do discente com sintomas de desatenção e hiperatividade/impulsividade. Inicialmente, nesse caso, o importante é informar, ensinar e orientar o educador a respeito do que é TDAH, suas causas, diagnóstico, prevalecimento, por último, tudo o que elucide o professor sobre esse tema subsidiando, por meio de métodos cognitivo-comportamentais, para sua atuação juntamente a esse aluno que apresenta e transtorno de déficit de atenção/hiperatividade. Neste segmento, a instituição executa uma função de suma importância uma vez que, por intermédio da ludicidade, proporciona a inter-relação em distintas situações, considerando o brincar um mecanismo que agrega no processo de ensino-aprendizagem, pois a atividade lúdica é inseparável do mesmo. Como foi possível observar, o TDAH é um distúrbio comportamental que ocorre na infância e se caracteriza por uma dificuldade que a criança tem em manter os níveis necessários de atenção, concentração, impulsividade, inquietude motora e psíquica. A princípio o aluno portador de TDAH tem inúmeras dificuldades acerca do avanço dos benefícios dos jogos e brincadeiras presentes na escola. O que se coloca em pauta não é a falta de capacidade devido ao transtorno e sim atividades voltadas para a atuação do confronto a essas dificuldades de concentração e foco de crianças com TDAH tendo em vista sua capacidade de criar e interagir com atividades que lhes são propostas. Através de atividades lúdicas o aluno tem uma maneira a mais de preparação para a vida, compreendendo a cultura do meio em que está inserido, sendo alterada por ela e modificando sua história, adaptando-se e integrando-se às condições que o mundo lhe oferta, isto é, aprendendo a competir e a cooperar com seu próximo, relacionando-se como um ser social. A sensação de fracasso é bastante frequente entre as crianças com TDAH levando em conta a vulnerabilidade de sua autoestima. O reconhecimento do empenho, da mudança comportamental e a importância da conduta correta do aluno, e não somente a atenção voltada para os erros, é uma maneira de auxilia-los. Manter esse caminho, não desistindo quando os métodos não derem certo naquele momento. É necessário confiar no aluno, pois, todo e qualquer consequência edificante conquistada, vale o tempo extra e o esforço empregado. 3 OBSERVAÇÃO As observações foram feitas dentro da sala de aula com a duração de quatro horas diárias, durante sete dias sendo 12 de horas observação e 08 de intervenção, com intuito de observar o aluno portador de TDAH, suas interações com os professores e com os demais colegas de classe. Minha observação se deu com uma criança de 09 anos do 3º ano do ensino fundamental do turno da manhã, adotei um nome fictício para ele, Henrique, pertence a uma família de classe baixa e é filho único. No primeiro dia, ao adentrar na sala de aula, reparei que a iluminação não estava adequada, tão pouco as cadeiras na posição correta para crianças portadoras de TDAH. Na prática, foi possível constatar que as ações apresentadas pelo referido aluno, Henrique, apresentava particularidades comuns entre si como, por exemplo, a falta de atenção, desconcentração em dados momentos das atividades, dificuldade para organizar suas tarefas e seus materiais e, em alguns momentos, foi possível notar certa dificuldade de relacionar-se com os colegas em sala de aula, é facilmente distraído por estímulos alheios às tarefas, com frequência apresenta esquecimento em atividades diárias. Ao realizar as atividades, propostas pelo professor de modo tradicional, que não eram de seu agrado, mostrava pouco interesse, principalmente no que diz respeito à leitura e no trabalho com os números, mas quando se tratava de pinturas ou alguma outra tarefa que envolvesse um tema voltado para a prática lúdica, foi possível constatar que o mesmo ficava totalmente imerso e ao término logo queria a atenção do professor. No segundo dia de observação, foi possível contar com a participação dos pais do aluno observado onde puderam comentar a respeito do seu desenvolvimento diante das atividades lúdicas propostas, ressaltando a importância e quanto está sendo significante e motivador ver que o filho está progredindo gradativamente. Chegado o momento do intervalo, professor e alunos vão para a área de recreação, foi percebida em Henrique uma sensação de liberdade, de curiosidade, fazendo transparecer que o “descobrir” se torna meta para ele. Tudo isso foi possível ser constatado quando o lúdico está ao seu redor, sendo assim, é perceptível que logo a interação acontece. No decorrer dessa fase de observação foi vista a importância do convívio do aluno observado com outras crianças de sua mesma faixa etária, é a partir daí que ele aprende a seguir regras e respeitar os limites impostos ao mesmo. No terceiro dia de observação, percebi Henrique um pouco mais agitado e em alguns momentos não queria fazer as atividades, porém por um curto período, pois em seguida as continuava normalmente, parecendo ser outro Henrique. Foi percebido que de fato as atividades lúdicas favorecem a socialização e a colaboração entre os alunos, oportunizando o aluno com TDAH para que assim ele seja ativo, criativo, participativo e consequentemente adquirindo atitudes de dignidade, solidariedade e respeito. O lúdico, quando trabalhado de forma diversificada, é sinônimo de uma aprendizagem motivadora. Portanto, é fundamental o conhecimento do professor em relação ao TDAH, pois o mesmo detém um papel relevante acerca do avanço das habilidades e controle das ações da criança. Logo após a finalização das observações, conclui-se que as maiores dificuldades do aluno, apresentado até então, é em sala de aula por conta da desatenção. De posse dessas informações será desenvolvida a intervenção no sentido de reduzir os obstáculos em relação a aprendizagem comportamental e cognitiva, conseguindo assim, atingir uma melhoria acerca do desenvolvimento escolar do referido aluno. 4 COLETA E ANÁLISE DOS DADOS OBSERVADOS. Com a coleta de dados através 09 de perguntas feitas para os pais e professores (da sala regular e do AEE) teve como objetivo, coletar informações a contar com o início das metas da pesquisa. Antes de dar início expliquei aos envolvidos que essas perguntas seriam para coletar informações para desenvolvimento de um trabalho de conclusão de curso de especialização em psicopedagogia. Em conversa com os pais e professores tomei conhecimento de que q cada quinze dias a coordenadora pedagógica da instituição se reúne com os alunos na sala do AEE (Atendimento Educacional Especializado), para observar como está o desenvolvimento desses alunos e, a partir dessas observações a mesma se reúne com os professores da sala regular e do AEE para assim comentar avanços se for o caso ou o que pode ser mudado, isso claro em comum acordo no que for melhor para o desenvolvimento e aprendizado dos alunos com transtorno. Ouvi um relato da mãe do aluno observado que quando o mesmo começou a frequentar a escola ela não dava importância para as atividades que o professormandava para casa, com o passar do tempo ela começou a observar que ele se interessava e ocupava uma boa parte do seu tempo nas atividades quando as mesmas eram voltadas para a ludicidade. Em relação ao trabalho em equipe, notei no professor uma certa resistência em inserir o aluno observado nas atividades em grupo o que me causou uma curiosidade por que razão isso acontecia, ele me explicou que quando o trabalho era em equipe o aluno com transtorno era pouco participativo, mais no entanto notei que faltava uma didática e uma dinâmica um pouco mais interessante. Os sujeitos da pesquisa foram entrevistados nos respectivos horários combinados com a coordenação pedagógica onde tive o prazer em receber de forma carinhosa a atenção de todos, inclusive dos pais. A partir daí segui com as perguntas para contemplar questões que abordassem, especificamente, o desenvolvimento do aluno com TDAH, com intuito de facilitar a análise dos dados. PROFESSORES 1. Qual a sua formação e o tempo de atuação? Professor (1): pedagogia, 08 anos. Professor (2): pedagogia, 12 anos. 2. Você já fez algum curso contemplando o estudo voltado para a síndrome TDAH? Professor (1): não Professor (2): sim, um curso à distância sobre a síndrome TDAH, porém achei muito teórico e com poucas contribuições práticas, mas sempre assisto palestras sobre o assunto para assim contribuir na melhoria da aprendizagem dos alunos. 3. A família do aluno mostra-se interessada pelo processo educativo da criança e tem contribuído para o seu desenvolvimento? Como? Professor (1): sim, de um tempo pra cá percebi um pouco mais a presença e a preocupação dos pais em relação ao aluno, de modo geral, pois antes não eram assim eles deixavam todas as responsabilidades por contada escola e consequentemente do professor. Professor (2): tive problemas no início com os pais, mais felizmente hoje a realidade é outra, apesar de serem pessoas simples e com pouco estudo e até pouco tempo não tinham esclarecimento sobre o transtorno. 4. O que pode ser feito para melhorar o atendimento nas instituições ao aluno com TDAH? Professor (1): por se tratar de um transtorno mental é necessário um atendimento adequado para o tratamento desses alunos. Professor (2): certificar-se quanto ao preparo do professor para trabalhar com aluno com TDAH, e também a instituição ofertar recursos para que o discente possa desenvolver seu trabalho. 5. Você como professor já se fez uma autoanalise do seu comprometimento com seus alunos com TDAH em sala de aula? Professor (1): acredito que dou o máximo de mim quanto educador, procurando atingir os objetivos em relação a todos. Professor (2): sim, não faço distinção de alunos, mais obviamente, procuro dar mais atenção aos que tem uma maior necessidade, pois é necessário que a criança receba apoio para se sentir segura e realizar suas atividades mesmo tendo suas limitações. 6. Qual a postura que um educando deve ter diante dos seus alunos quando os mesmos apresentam atitudes diferentes dos demais e não mostram interesse em realizar suas atividades? Professor (1): é fundamental que o educando dê uma atenção especial para os mesmos para que assim eles possam atingir um resultado satisfatório em relação aos outros. Professor (2): é necessário que haja uma relação de confiança, pois dessa maneira o aluno certamente sentirá segurança para desenvolver as atividades propostas pelo professor, também é necessário que a cada acerto ou término de tarefa haja uma forma de parabenizar este aluno. PAIS 1. O que você acha que pode ser feito para que o aluno tenha um melhor atendimento nas instituições de ensino? Pais: a necessidade de formação adequada para os discentes para que esses disponham de conhecimentos essenciais para atuar e lhe dar com o aluno em sala de aula. 2. Em sua opinião qual seria a postura da escola em relação a família de uma criança com esta síndrome? Pais: acho que a escola deveria ter uma pareceria com algum órgão que pudesse fornecer um atendimento de qualidade também para a família deste aluno. 3. O que pode ser feito para melhorar o atendimento de alunos com Transtornos? Pais: ter acesso a materiais pedagógicos mais lúdicos. 5 INTERVENÇÕES É indispensável o diálogo entre o aluno, pais e professores a respeito de tudo que está ocorrendo e principalmente no que diz respeito nas avaliações propostas, visto que o aluno em questão encontra- se com dificuldades nas atividades que envolvem leitura e números. Incentivar e colaborar para que este aluno possa vir a desenvolver seu desempenho quanto ao estimulo e interesse nas atividades que o mesmo mostre dificuldades, corroborando seu desempenho escolar. Partindo desse pressuposto e com o objetivo de fazer com que este aluno desenvolva o interesse nas tarefas de leituras e números e atividades que possibilitem a formação de vínculos entre os colegas de classe, pensei em realizar uma intervenção onde pudesse utilizar cotidianamente, práticas de leitura de forma estimulante, possibilitando que o aluno reconheça o ato de ler como uma origem prazerosa. O primeiro passo foi pensado em como eu iria trabalhar a leitura de forma em que realmente chamasse a atenção do aluno observado. Tudo isso é claro , já com as cadeiras e a iluminação de forma correta na, então resolvi utilizar o método que eu já havia trabalhado em um estágio na graduação,, o qual tive um resultado bastante satisfatório, que é o projeto “Maleta Viajante” onde ao final da aula eu levo o aluno até a biblioteca e juntos escolhemos um livro o qual o aluno leva para casa e juntamente com a família lê e, no dia seguinte eles põem tudo o que entendeu através de explicações a toda turma ou em forma de desenhos no caderno. Primeiramente trabalhei as medidas de intervenção com o aluno individualmente para que eu pudesse observar o comportamento, as atitudes e seu desenvolvimento e assim demos início a intervenção. Pedi a mãe que antes do aluno sair de casa para ir à escola, ela lesse o livro novamente com ele lhe explicasse tudo novamente. Quando ele chegou fomos para a sala de aula e ele preferiu expressar a história em forma de uma linda paisagem a qual ficou claro seu entendimento em relação ao que leu e compreendeu. No segundo momento de intervenção com toda turma reunida, pedi que ele chamasse dois coleguinhas para ir a frente da lousa com ele e que compassadamente um coleguinha lesse a historinha e que Henrique ouvisse com atenção e relatasse o seu entendimento em relação a leitura em forma de um desenho e depois dissesse o que mais lhe chamou atenção no que foi lido e assim ele o fez. De repente tive uma ideia de inverter os papeis, pedi que Henrique lesse a historinha e que o outro coleguinha o ajudasse se fosse o caso, e o terceiro colega explicasse o que havia entendido da história e assim aconteceu, em três momentos Henrique teve um pouco de dificuldade e o colega o ajudou arrancando de Henrique um meio sorriso, percebi naquele momento uma interação muito prazerosa a qual foi muito gratificante para todos. Quando terminaram as leituras e interpretações, toda a turma inclusive eu batemos palmas e parabenizamos a todos, em especial Henrique. No final a sensação foi muito gratificante, pois durante todo o processo de intervenção foi perceptível que toda a turma explorou seus conhecimentos, debateram suas ideias juntamente comigo e com os colegas, percebi em todos o respeito, a serenidade, no momento em que eu estava explicando sobre a importância da leitura e o contato com os livros para o desenvolvimento psicomotor, cognitivo, e intelectual das crianças. Além de melhorar o vocabulário na fala e no rendimento escolar. A segunda intervenção trabalhei a matemática, com a dinâmica: ditado Estourado da tabuada (multiplicação). Expliquei separadamente a Henrique como funcionava a dinâmica,e em seguida expliquei a toda a turma, com Henrique presente. Para a confecção desta dinâmica precisei ter em mãos, pedaços de papel, caneta para escrever os números, balões, fita crepe, para grudar os balões na lousa. Contei a quantidade de aluno em seguida entreguei um pedaço de papel a cada um, defini um parâmetro para as contas, que seria do 3 ao 8 , expliquei que cada aluno escrevesse no papel , que foi entregue a eles uma conta sem o resultado e que dobrassem o papel de maneira que coubesse dentro do balão, distribuir os balões a cada uma das crianças para que soprassem e em seguida grudei- os na lousa com a fita crepe, organizei a turma em duas equipes (Equipe Verde e Equipe Amarela) chamei um membro de cada equipe para tirar par ou ímpar; e demos início a esta atividade criativa e estimulante. Já de começo, foi notável o interesse e entusiasmo de Henrique até mesmo quando chegava a vez de seus colegas, e quando chegou a vez de Henrique foi gratificante ver toda sua alegria em participar e interagir na atividade proposta; A partir de então foi possível constatar que não somente Henrique, mas toda a turma necessitam de atividades lúdicas e com objetivo determinado no que diz respeito ao aprendizado. Ao término de minha intervenção, expliquei a todos quais eram os objetivos da atividade trabalhada; reforçar o que já foi visto por eles e ensinado pelo professor, mostrar que é possível realizar um estudo para descobrir o que a criança já sabe e não consegue expressar, e o que ela pode aprender por intermédio de brincadeiras lúdicas. Com esta atividade conseguir avaliar de que forma os alunos detém as facilidades e ao mesmo tempo as dificuldades de aprendizagem na matemática e como funciona o pensamento de cada um em relação a multiplicação. E assim encerrei minha intervenção. Ao término de tudo, agradeci todo o corpo docente da instituição, e a sensação que tive foi a de que, pude contribuir para a reflexão dos professores e coordenação a respeito de ludicidade e aprendizagem caminharem juntas. Quanto aos alunos, me despedir com a certeza de que ficarão mais, próximos uns dos outros e respeitando as limitações de cada um, e aprenderam a trabalhar em conjunto. Quanto a meu estágio, foi possível contribuir de maneira positiva para a aprendizagem dos alunos. 5.1 REGISTROE ANÁLISE DAS INTERVENÇÕES Para o registro de minha intervenção usei a dinâmica: A MALETA VIAJANTE. OBJETIVO: Esta didática tem o objetivo de chamara atenção do aluno com Déficit de Atenção/ Hiperatividade (TDAH), e despertar seu interesse pela leitura e consequentemente que o mesmo venha a interagir na sala de aula com toda a turma, e tenha liberdade para expressar suas emoções. Outra dinâmica foi: O DITADO ESTOURADO DA TABUADA (MULTIPLICAÇÃO). OBJETIVO: Por intermédio da brincadeira, usá-lo como diagnóstico para descobrir o que o aluno com Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade (TDAH), já sabe a respeito da multiplicação. Trabalhar a concentração e agilidade para responder os desafios no campo multiplicativo. Despertar o interesse do em relação a ser participativo e interagir com o professor e todos os colegas de turma e consequentemente com todos os rodeiam. Posso mencionar como ponto positivo de minha pesquisa. Aprendi que crianças com TDAH necessitam de suporte adequado, de encorajamento, parceria e principalmente de adaptações, e que nós quanto professores não podemos impor “somente uma atividade” para o aluno, e sim expor um leque de atividades adaptadas pra que o mesmo possa se sentir à vontade para escolher a qual ele mais se identifica e principalmente que sejam atividades voltadas para a ludicidade, favorecendo e mostrando a importância de se trabalhar em equipe, para assim realiza-las com prazer e entusiasmo. Um ponto negativo a ser mencionado, é o despreparo dos professores para lidar com estes alunos com Transtorno de déficit de Atenção / Hiperatividade (TDAH), e por esse motivo por muitas vezes esses alunos são vistos pelos professores como desleixados, preguiçosos e lentos, alguns desses professores por não possuir uma formação adequada na área, já outros possuem a formação e consegue perceber com facilidade que o aluno tem algum tipo de transtorno , mas não tem da instituição de ensino o suporte adequado no que se refere a materiais pedagógicos, iluminação, mobiliários em fim uma estrutura adequada em sala de aula para estes alunos, que por muitas vezes são esquecidos pelas instituições de ensino que os deixam de lado . A falta de informação a respeito deste transtorno aos familiares também é um fator bastante negativo, pois os mesmo ficam privados de estabelecerem um convívio saudável, não sabendo lidar com certas situações, a respeito deste transtorno. Para tanto as contribuições de: (FRRARI; OLIVEIRA, 2014, P. 18), (PEREIRA, 2007, P. 29), (BELLI, 2005, P.50), (NKISHYMOTO, 2001, P.110), (Piaget, 1998, p .47). Baseadas no conceito Das Contribuições da Ludicidade Para a Aprendizagem de Alunos com TDAH, pareceram de maior relevância para as análises da minha pesquisa. As Contribuições da Ludicidade Para a Aprendizagem de Alunos com TDAH, a qual foi tema do meu estudo, foi de grande importância para meu aprendizado Com isso obtive um resultado bastante satisfatório, a cada intervenção realizada, pois foi notório que as estratégias utilizadas foram vistas por todo o corpo docente, família e alunos, como perspectiva na melhoria da aprendizagem, visto que admitiram que as intervenções trabalhadas no contexto da aprendizagem foram de suma importância, até mesmo para manifestar suas falhas, onde e como elas precisam ser trabalhadas para melhor atender os alunos e suas necessidades. Foi visível a observação da família nas atividades que proporcionei aos alunos e do resultado alcançado de forma positiva no que diz respeito a reciprocidade, quanto ao envolvimento, determinação e a participação de todos os envolvidos. Portanto a maneira mais adequada para reduzir estas dificuldades, é conscientizar a instituição, professores e família a caminharem junto com o mesmo objetivo e para isso é necessário que todos estejam bem informados e preparados para lidarem com estes transtornos, que por vezes são tratados de forma preconceituosa. Sabemos que os profissionais da educação necessitam lidar com alunos que apresentem os mais diversos transtornos, e que os mesmos não decorrem de causas educativas; e por isso deve promover a integração deste aluno com a comunidade escolar para que assim o mesmo posa se sentir acolhido e melhore seu desempenho, por intermédio da figura do professor deve ser aplicado a este aluno métodos adaptados de ensino, instigando o aluno a desafiar suas próprias limitações. No que diz respeito a família é necessário que busquem conhecimento sobre o transtorno para melhorar a convivência e estimular bons comportamentos na criança, é indispensável um relacionamento próximo com a escola visto que a mesma deve participar ativamente do processo ensino- aprendizagem do aluno e entendendo suas dificuldades, mas não deixando de estimular ela a fazer as tarefas de casa e mais importante ainda é, que estas crianças recebam dos familiares todo o apoio e carinho necessário para que possam expressar seus sentimentos. A partir de então, muitas concepções foram revelados, fazendo com que todos os envolvidos repensassem acerca das normas estabelecidas na instituição, acredito que a partir de então todos adotarão novas metodologias a serem trabalhadas e estarão abertos a fazerem uma auto analise sobre seus conceitos, por novas estratégias e a novos pensamentos e tendo em mente que sempre temos que estar em busca do novo para não fiquem estagnadose consequentemente sem avançar na busca por uma didática de qualidade e que traga excelentes resultados Acredito que o direcionamento essencial para atravessarmos estas dificuldades, é que se desenvolvam políticas públicas, das quais, as ações assolem as desigualdades sociais que imperam em nossa sociedade para que assim possamos avançar quanto a estes transtornos. É fundamental que todos venham a ser inseridos e que possam vir ao encontro dessas dificuldades enfrentadas por toda a sociedade, e que as crianças, principalmente as que sofrem com estes transtornos sejam enxergadas com igualdade, e para que diminua esses obstáculos é necessário que haja uma inclusão de qualidade. CONSIDERAÇOES FINAIS Este artigo teve como finalidade reforçar ainda mais as contribuições da ludicidade na aprendizagem de alunos com transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade(TDAH).E de que maneira pode ser mudado ou aperfeiçoado, de acordo as necessidades destas crianças, os jogos e as brincadeiras são presença constante em todas as fases da vida dos seres humanos e a presença do lúdico, é indispensável e acrescenta um ingrediente todo especial no relacionamento entre aluno e professor, proporcionando que , a imaginação, o contato, o trabalho em grupo aflore para um processo de aprendizagem prazeroso que vá de encontro ao discente . A frente do que foi apresentado na referida pesquisa consideramos que o brinquedo, jogos e as brincadeiras são a essência da infância e que quando trabalhamos essa didática de maneira adequada, a mesma torna-se enriquecedora na escola e consequentemente na vida dessas crianças com TDAH. Quando se fala em enriquecedora, pois a mesma possibilita a produção de conhecimento, de estímulo, criatividade, envolve- se, produz e partilha com o outro, tudo isso só será possível quando o educador estimula a aprendizagem e a criatividade por intermédio da vivência, estabelecendo um vínculo de afeto com o aluno e, para que isso aconteça é necessário que os professores estejam preparados para entender, e, acima de tudo, descobrir o mundo através do olhar desses alunos com TDAH. Ao ter acesso aos materiais apresentados, através de perguntas realizadas nota-se a inquietude por parte dos docentes e logo é perceptível que o sistema educacional é carente, e necessita de indivíduos diferenciados para lidar nos mesmos espaços numa troca constante, no que diz respeito ao que cada um tem de melhor, ressaltando sempre o quanto é importante a parceria através do trabalho entre professores, profissionais da educação, a criança e a família, todo esse conjunto possibilita uma convivência social e produtiva. Com a construção deste estudo abriu-se um leque para todo o corpo docente da instituição e também para a família, e uma nova visão se abriu para todos, no que diz respeito a problemática em questão. Pois até então os professores ainda tinham uma visão distorcida em relação a inclusão destes alunos com Transtorno de Déficit de atenção / Hiperatividade (TDAH). Ainda havia uma certa resistência dos professores quando o assunto se referia a síndrome (TDAH), os mesmos tinham dificuldades para elaborarem com frequência atividades lúdicas voltadas a estes alunos, por nem sempre eles terem os resultados esperados. A partir de agora ficou claro para o docente que quando o mesmo elabora uma atividade, e esta não traz o resultado esperado, cabe ao professor diversificar sempre que necessário para assim obter o resultado desejado. Acredito que o tema desta pesquisa não cesse aqui, certamente muitos questionamentos e dúvidas ainda surgirão a respeito do Transtorno de déficit de Atenção /Hiperatividade, (TDAH). REFERÊNCIAS BELLI, Alexandra Amadio. TDAH; E agora: A dificuldade da escola e da família no cuidado e no relacionamento com crianças e adolescentes portadores de Transtornos de Déficit de Atenção/Hiperatividade. São Paulo: STS, 2008. FERRARI, Beatriz Brochado Stramare. OLIVEIRA, Rosilane Maria do Nascimento. O Professor e a inclusão do aluno com Déficit de Atenção e Hiperatividade. Universidade Estadual do Norte do Paraná. 20014. Disponível em: http//www-diaadia educação.pr.gov.br/portals/cadernospde/pde busca/produções_pde/2013/2013_uenp_edespecial_artigo_rosilane_mariadonascimento_oliveira.pd f.Acesso em :16 out.2018. PEREIRA, Rayane Mende de Freitas. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (Tdah): práticas pedagógicas que auxiliam em sala de aula. Universidade Federal do Rio de Janeiro. 2017. PIAGET, J. A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,1998. TIZUKO, M. Kishimoto. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação- São Paulo: 14ª ed. Cortez, 2011.
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