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Slides de Aula Unidade III

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Prévia do material em texto

Prof. Dr. Herbert Espuny
UNIDADE III
Gerenciamento de Crises 
e Controle de Riscos
 A análise de riscos permite que as organizações funcionem com mais segurança. Permite 
que os gestores possam enfrentar as crises de forma mais organizada e responsável. 
Dá mais credibilidade à organização e, consequentemente, o mercado e a sociedade 
reconhecem esta vertente.
O que é risco e elementos da análise de riscos
 A norma ISO-31000 define risco como o “efeito da incerteza nos objetivos” (ISO-31000 NET). 
Em outras palavras, é a intercorrência possível no percurso para alcançar determinado 
objetivo.
 Tudo o que poderá ocorrer na trajetória será quantificado numa escala de probabilidade 
e de impacto. O risco tem relação com as incertezas.
Introdução à análise de riscos
Apenas para exemplificar, observe a seguinte análise:
 Objetivo: viajar da cidade de São Paulo até a cidade de Recife.
 Características da viagem: a viagem será realizada num carro de passeio. O veículo tem 
4 anos de uso e suas revisões estão em dia. Possui 4 pneus e um estepe em bom estado. 
O total de quilômetros a serem percorridos será de aproximadamente 2.700. Considerando 
um período de viagem de 12 horas por dia, a uma velocidade média de 60 k/h, o objetivo 
seria alcançado em 3,75 dias, ou quatro dias, aproximadamente.
Introdução à análise de riscos
 Questões logísticas relevantes: locais de abastecimento do veículo. Locais para 
hospedagem dos viajantes. Locais para as refeições dos viajantes.
 Riscos inerentes à viagem: furar pneus. Problemas mecânicos no veículo. Eventuais 
problemas de saúde nos viajantes. Eventuais congestionamentos que atrasem a viagem. 
Eventuais problemas de tempo, como temporais.
Introdução à análise de riscos
Planejamento da viagem: o aspecto inicial do planejamento da viagem tem a ver com 
o tempo disponível para alcançar o objetivo. Nas condições especificadas, dirigir 12 horas 
por dia, a uma velocidade média de 60k/h, demandaria 4 dias para completar o percurso. 
Há necessidade de chegar em 4 dias? Há uma folga de tempo? Tais aspectos precisam 
ser dimensionados inicialmente. Definidos tais parâmetros, os seguintes pontos devem 
ser pesquisados:
Na hipótese de sair de São Paulo em determinado horário, qual a autonomia do veículo? 
Suponha-se que o veículo tenha autonomia para 6 horas de viagem. Então, o planejamento 
poderia ser, para o primeiro dia:
Introdução à análise de riscos
a) Dia 1: Saída de SP às 6h00
b) Dia 1: 9h00 – Parada para café e descanso de 30 m. – Três horas dirigindo
c) Dia 1: 9h30 – Retorno à estrada
d) Dia 1: 12h30 – Parada para almoço e abastecimento. – Seis horas dirigindo.
e) Dia 1: 14h00 – Retorno à estrada
f) Dia 1: 17h00 – Parada para café e descanso de 30 m. – Nove horas dirigindo
g) Dia 1: 17h30 – Retorno à estrada
h) Dia 1: 20h30 – Parada para hospedagem e abastecimento – 12 horas dirigindo
Introdução à análise de riscos
 Observe-se que faz parte do planejamento verificar no percurso os seguintes pontos 
de parada que correspondam, aproximadamente, ao tempo dedicado ao percurso 
e à respectiva quilometragem.
 No ponto b calcula-se que os viajantes já estariam a 180 quilômetros de São Paulo (3 horas 
dirigindo a 60 k/h). É necessário verificar, na estrada escolhida, qual o ponto de apoio nessa 
região. Evidentemente que os pontos de apoio podem ficar a alguns quilômetros antes ou 
depois. Pode, também, haver mais de um ponto de apoio (postos de combustíveis, com lojas 
de conveniência e/ou lanchonetes na estrada). O planejamento consiste em analisar tais 
pontos e escolher aqueles que possam oferecer os melhores serviços.
Introdução à análise de riscos
 No ponto d, os viajantes já teriam andado 360 quilômetros (6 horas dirigindo a 60 k/h). 
Novamente a questão do planejamento: nesta oportunidade há a necessidade de 
abastecimento, portanto é preciso que seja a parada em posto de abastecimento de 
combustíveis. Também está previsto o almoço. Devem ser planejadas as paradas deste tipo 
em postos de gasolina com restaurantes nas estradas ou, ainda, em cidades de beira de 
estrada que possam atender a tais requisitos. Novamente, a questão da exata posição pode 
ser discutida, só que com alguma diferença: é necessário pesquisar a exata posição do 
ponto de apoio, que pode ser antes dos 360 km a serem rodados. Mas não depois, pois 
o aspecto limitante é a reposição do combustível.
Introdução à análise de riscos
 Outra alternativa seria a busca do abastecimento sempre num ponto anterior ao da completa 
utilização do tanque. Por exemplo, ao rodar os primeiros 180 quilômetros, preparar uma 
parada num posto de abastecimento de combustível. Isto daria maior segurança aos 
viajantes e o planejamento ficaria mais efetivo.
 Observe-se que tais providências ficam na seara do planejamento. Esta fase bem 
desenvolvida, sem dúvida, é um instrumento que auxilia a prevenção de riscos.
Introdução à análise de riscos
 O planejamento para os outros dias seriam reproduções bastante próximas do que foi 
planejado para o primeiro dia. Após o planejamento, há a fase de identificação dos riscos. 
Considerando a definição de riscos ligada às incertezas e aos riscos já levantados, 
pode-se elencar:
Introdução à análise de riscos
a) Riscos relacionados aos problemas com pneus. Mitigação dos riscos: verificar estado dos 
pneus. Só viajar com pneus em bom estado. Verificar estado do estepe. Verificar se há os 
equipamentos funcionando para a troca de pneus, se necessário.
b) Riscos relacionados à manutenção do veículo. Mitigação dos riscos: mandar o veículo 
para uma revisão geral. Contratação de seguro com socorro mecânico, especialmente 
para o percurso São Paulo – Recife.
Introdução à análise de riscos
c) Eventuais problemas de saúde nos viajantes. Mitigação dos riscos: todos os integrantes 
devem possuir planos de saúde com cobertura nacional.
d) Eventuais congestionamentos que atrasem a viagem. Mitigação dos riscos: esses 
eventuais são de difícil previsão e impossível de predizer se ocorrerão ou não. É possível 
verificar se há caminhos alternativos no percurso e, caso haja, deixar a informação 
arquivada com os viajantes. Mesmo que haja congestionamentos, a utilização de caminhos 
alternativos, caso haja, dependerá do trecho em que estiver o problema, se o caminho 
alternativo estará viável, dentre outras possibilidades. Caso ocorram problemas deste tipo, 
é importante ter todos os contatos do destino para, no mínimo, notificar possíveis atrasos.
Introdução à análise de riscos
e) Eventuais problemas meteorológicos, como temporais. Mitigação dos riscos: também difícil 
de prever. Da mesma forma do risco anterior, é importante ter todos os contatos do destino 
para, no mínimo, notificar possíveis atrasos.
 Após os levantamentos desenvolvidos, passa-se à formalização da análise, com os 
elementos explicitados. Pode-se desenvolver uma tabela que facilite a visualização 
de todos os elementos da análise.
 Tal visualização é importante na medida em que facilita a visão sistêmica da análise 
e facilita o planejamento e a tomada de decisões.
Introdução à análise de riscos
 Os administradores das organizações de todas as áreas devem introduzir, no planejamento 
de todos os setores, uma seção específica de análise de risco.
 A análise básica de risco envolve os seguintes fatores (MAXIMIANO, 2009, pp. 140-141):
Introdução à análise de riscos
a) Risco: eventos ou condições que precisam ser identificados, que podem prejudicar 
ou ameaçar as atividades da organização.
b) Impacto: o quanto determinado evento ou determinada condição pode efetivamente 
impactar se for confirmada a incidência do evento ou condição.
c) Evento deflagrador: situação que confirme a incidência.
d) Ações preventivas: o que pode ser feito para que o evento deflagrador não ocorra.
e) Ações corretivas: o que pode ser feito depois que o evento ou condição que prejudica 
ou ameaçaa organização efetivamente se confirmou.
Introdução à análise de riscos
Considere as seguintes afirmações:
I. Providências que visem minimizar as consequências causadas.
II. Providências que visem minimizar a possibilidade da ocorrência.
III. Providências que corrijam os danos causados.
Em relação às medidas corretivas, estão corretas:
a) As afirmativas I, II e III.
b) As afirmativas II e III.
c) As afirmativas I e III.
d) As afirmativas I e II.
e) Somente uma das afirmativas.
Interatividade
Considere as seguintes afirmações:
I. Providências que visem minimizar as consequências causadas.
II. Providências que visem minimizar a possibilidade da ocorrência.
III. Providências que corrijam os danos causados.
Em relação às medidas corretivas, estão corretas:
a) As afirmativas I, II e III.
b) As afirmativas II e III.
c) As afirmativas I e III.
d) As afirmativas I e II.
e) Somente uma das afirmativas.
Resposta
 Considerando as análises 
já feitas, pode ser 
construído o 
seguinte quadro:
Introdução à análise de riscos
Figura 15: Risco, Impacto e Medidas.
Fonte: Autoria própria.
RISCO IMPACTO
MEDIDAS
PREVENTIVAS
MEDIDAS
CORRETIVAS
Problemas 
com pneus
Pequeno 
atraso 
na viagem
Verificar estado dos pneus. Só 
viajar com pneus em bom estado. 
Verificar estado do estepe. 
Verificar se há os equipamentos 
funcionando para a troca de 
pneus, se necessário
Trocar o pneu furado
Manutenção 
do veículo
Atraso 
na viagem
Mandar o veículo para uma 
revisão geral. Contratação de 
seguro com socorro mecânico, 
especialmente para o percurso 
São Paulo – Recife
Chamar socorro 
mecânico e 
providenciar o conserto 
do veículo
Problemas 
de saúde
nos viajantes
Atraso 
na viagem
Todos os integrantes devem 
possuir planos de saúde com 
cobertura nacional
Acionar o plano de
saúde. Verificar 
unidades de 
atendimento mais 
próximas
Eventuais 
congestionamentos 
que atrasem a viagem
Atraso 
na viagem
Verificar se há caminhos 
alternativos no percurso
Notificar possíveis 
atrasos
Problemas
meteorológicos, 
como temporais
Atraso 
na viagem
Verificar previsões meteorológicas
Notificar possíveis 
atrasos. Tentar abrigo
em local seguro
 Observação: o evento deflagrador pode ou não constar no quadro de análise. Se for 
evidente, como um pneu furado ou como outros exemplos, não há necessidade.
Outro exemplo: 
 Risco: uma determinada máquina de uma linha de produção de três máquinas parar 
de funcionar.
 Impacto: pode comprometer 33,33% de toda a produção da empresa, prejudicando 
um terço da entrega de vendas.
 Evento deflagrador: a máquina efetivamente parar.
Introdução à análise de riscos
 Ações preventivas: plano de manutenção que preveja revisões periódicas nas máquinas.
 Ações corretivas: providenciar o rápido conserto da máquina ou a sua substituição, 
conforme o caso. Contatar clientes eventualmente prejudicados.
Introdução à análise de riscos
Introdução à análise de riscos
Figura 15-A: Risco, Impacto e Medidas 2.
Fonte: Autoria própria.
RISCO IMPACTO
MEDIDAS
PREVENTIVAS
MEDIDAS
CORRETIVAS
Uma 
determinada
máquina de 
uma linha de 
produção de 
três máquinas 
parar de 
funcionar.
Pode 
comprometer 
33,33% de toda 
a produção da 
empresa, 
prejudicando
um terço da 
entrega de 
vendas.
Plano de 
manutenção 
que preveja 
revisões 
periódicas nas 
máquinas.
Providenciar o 
rápido conserto 
da máquina ou 
a sua 
substituição, 
conforme o 
caso. Contatar 
clientes 
eventualmente 
prejudicados.
 Observe que quanto mais elaborado um plano de análises para enfrentamento de riscos, 
mais bem preparada está a organização para lidar com tais eventualidades.
 Um outro ponto que não pode ser desprezado e que faz parte da análise de risco é que 
determinada ocorrência pode, à luz da incerteza, caminhar de forma diferente do que foi 
planejado. A preocupação evidente é quando as coisas caminham de maneira a 
comprometer o objetivo traçado ou alcançá-lo de forma menos eficaz ou eficiente. No 
entanto, as coisas podem acontecer de forma a superar positivamente os objetivos 
pretendidos. Neste caso houve um desvio positivo.
Introdução à análise de riscos
A figura 16 expressa exatamente isso: 
Introdução à análise de riscos
Figura 16: O que é risco?
Fonte: Adaptado de: Rosa e Toledo (2015).
OBJETIVO
Incerteza Incerteza
EfeitoEfeito +–
RISCO
Maximizar
Anular ou diminuir
 Observe-se que o objetivo pretendido é representado pela seta reta. Há uma área 
em vermelho à esquerda e outra área em azul, à direita. O espaço à esquerda sinaliza 
os desvios que comprometem o objetivo que pode ocorrer no caminho e para os quais 
se justificam plenamente todas as análises de risco. E o espaço à direita sinaliza, 
da mesma forma, possíveis desvios dos objetivos finais, só que no sentido 
de superar aquilo que se espera.
Introdução à análise de riscos
 Exemplo: uma fábrica de calçados espera vender, ao final do ano, dez mil pares de calçados. 
Se vendesse apenas sete mil, estaria no espaço à esquerda. Se vendesse quinze mil pares, 
estaria à direita.
 Observe-se, ainda, que nesse caso específico, o desvio positivo poderia merecer estudos 
de enfrentamento também, pois o aumento de 50% a mais de vendas do que o previsto 
poderia gerar uma série de despesas agregadas para as quais a organização poderia 
não estar preparada.
Introdução à análise de riscos
De qualquer forma, é importante ressaltar que o resultado positivo sempre concorrerá para a 
realização da organização. Como lembram Rosa e Toledo (2015):
 Ressalta-se que a probabilidade relacionada aos efeitos positivo e negativo não são 
necessariamente iguais. Pelo contrário, idealmente, o propósito da gestão de riscos é 
identificar, compreender e tratar o risco de forma a aumentar a probabilidade de atingir-se 
o efeito positivo em detrimento do efeito negativo.
 A compreensão de toda a sistemática, desde o vocabulário 
adequado até os processos que constituem a gestão de riscos, 
são objetos de normativas específicas, como a ISO-31000, 
que será abordada mais adiante.
Introdução à análise de riscos
O gestor pode complementar informações para subsidiar a análise de riscos. Além da 
descrição do risco, impacto, evento deflagrador e medidas corretivas e preventivas, 
podem ser agregados os seguintes dados:
 Orientação: o que fazer diante da identificação do possível risco.
 Ação: descrever a ação ou ações específicas em cada caso, sejam preventivas ou corretivas.
Elementos complementares da análise de risco
 Responsável: quem efetivamente executará cada ação preventiva ou corretiva.
 Prazo: estabelecimento de prazo para cada ação a ser executada.
Para ilustrar o acréscimo dos elementos citados, segue exemplo oriundo de pesquisa realizada 
numa empresa de autopeças, que pode ser observado na figura a seguir:
Elementos complementares da análise de risco
Elementos complementares da análise de risco
Atividade Risco Probabilidade
Grau
impacto
Orientação
intervenção
Preventiva Corretiva
Ação Responsável Prazo Ação Responsável Prazo
Estudos iniciais
do processo
Processos
fora do
padrão Cpk
Baixa
Muito
alto
Mitigar
Atuar no controle
do processo
através do CEP
Operador Imediato
Segregar
as peças e
inspecionar
Operador Imediato
Estudos
de análise
dos sistemas
de medição
Resultado 
da análise não...
Remota
Muito
alto
Mitigar
Treinar operadores,
calibrar instrumentos
de medição
Depto.
qualidade
De acordo
com planejamento
Segregar
peças 
do lote
analisado
Operador Imediato
Figura 17: Análise de riscos.
Fonte: Adaptado de: Silva et al (2010).
 Observa-se no exemplo acima que apesar das probabilidades serem consideradas baixa 
e remota, o grau de impacto, caso ocorra, seria muito alto. A orientação de mitigar (tornar 
mais brando ou suave o risco) seria através das ações preventivas especificadas. Caso 
o risco se concretize, seguem asações corretivas. Há também prazos e responsáveis 
para as ações de prevenção e correção.
 Observação: a figura mostra apenas um exemplo de análise e o seu formato é exatamente 
o que foi extraído na fonte referenciada.
Elementos complementares da análise de risco
Outro ponto importante tem a ver com os princípios da gestão de riscos. Por exemplo, 
a Controladoria Geral da União (CGU) estabelece como princípios os seguintes pontos:
 Proteção do ambiente interno como forma de garantir a atividade desenvolvida pela 
organização em ambiente corporativo saudável;
 A atividade de gerir riscos é própria de todas as áreas da organização.
Elementos complementares da análise de risco
Quando uma ocorrência representa a materialização da possibilidade de um risco previsto 
na análise de riscos da organização, é classificada como:
a) Risco.
b) Impacto.
c) Medida preventiva.
d) Medida corretiva.
e) Evento deflagrador.
Interatividade
Quando uma ocorrência representa a materialização da possibilidade de um risco previsto 
na análise de riscos da organização, é classificada como:
a) Risco.
b) Impacto.
c) Medida preventiva.
d) Medida corretiva.
e) Evento deflagrador.
Resposta
 A gestão de riscos auxilia a tomada de decisões por parte da área estratégica 
da organização;
 A incerteza é abordada sem rodeios, de forma objetiva;
 Tudo deve ser sistematizado de forma estruturada;
 As informações são fidedignas;
Elementos complementares da análise de risco
 A análise considera aspectos próprios da cultura e dos recursos humanos envolvidos;
 A administração de riscos é absolutamente transparente;
 É dinâmica e é capaz de mudanças, se necessário;
Elementos complementares da análise de risco
 É um instrumento de apoio da melhoria contínua de toda a organização;
 Está integrada às inovações.
 Cada organização pode adaptar estes e outros princípios, mas o importante é fazer com que 
a gestão de riscos seja um instrumento organizacional que apoie e auxilie o desenvolvimento 
da organização, bem como uma ferramenta eficiente e eficaz no gerenciamento de possíveis 
ocorrências de risco. O comitê de riscos pode, por exemplo, fazer reuniões periódicas com 
os vários setores da organização para atualizar os estudos na área.
Elementos complementares da análise de risco
Elementos complementares da análise de risco
Quadro 5: Gestão de Riscos CGU.
Fonte: Adaptado de: CGU (2018, f.9).
Princípios da Gestão de Riscos da CGU
Agregar valor e proteger o ambiente interno da CGU
Ser parte integrante dos processos organizacionais
Subsidiar a tomada de decisões
Abordar explicitamente a incerteza
Ser sistemática, estruturada e oportuna
Ser baseada nas melhores informações disponíveis
Considerar fatores humanos e culturais
Ser transparente e inclusiva
Ser dinâmica, interativa e capaz de reagir a mudanças
Apoiar a melhoria contínua da CGU
Estar integrada às oportunidades e à inovação
Fontes para Estudos da Gestão de Riscos
Há uma série de fontes importantes para o estudo e o aperfeiçoamento da área de gestão de 
riscos. Uma delas é a publicação de um comitê americano, conhecida por COSO ERM:
 Commitee of Sponsoring Organizations (COSO) é o Comitê 
das Organizações Patrocinadora da Comissão Nacional sobre 
Fraudes em Relatórios Financeiros. Criada em 1985, é uma 
entidade do setor privado – ou seja, iniciativa independente –, 
sem fins lucrativos, voltada para o aperfeiçoamento da 
qualidade de relatórios financeiros, principalmente para 
estudar as causas da ocorrência de fraudes em relatórios 
financeiros. Cabe ressaltar que a origem do modelo COSO 
está relacionada a um grande número de escândalos 
financeiros na década de 1970 nos Estados Unidos, que 
colocaram em dúvida a confiabilidade dos relatórios 
corporativos (ENAP, 2018, p.6).
Elementos complementares da análise de risco
 O trabalho do Commitee of Sponsoring Organizations (COSO), Enterprise Risk Management 
Framework (ERM), traduzido por Gerenciamento de Riscos Corporativos – Estrutura 
Integrada, fornece parâmetros para uma gestão de riscos para qualquer organização. 
A Pricewaterhouse Coopers traduziu o trabalho do COSO e, a seguir, apresentamos alguns 
dados do que está consignados naquele manual.
O COSO-ERM aborda objetivos vinculados aos níveis:
 Estratégicos: definições de acordo com a missão da organização;
 Operacionais: eficiência e eficácia nas operações;
 De comunicação: relatórios transparentes;
 Conformidade: respeito às leis e normas.
Elementos complementares da análise de risco
 A figura a seguir mostra, na concepção do COSO, a inter-relação entre os objetivos citados, 
os componentes do gerenciamento de riscos e os diversos níveis da organização.
Elementos complementares da análise de risco
Figura 18: COSO-ERM.
Fonte: Adaptado de: PWC-COSO.
A figura a seguir mostra, na concepção do COSO, a inter-relação entre os 
objetivos citados, os componentes do gerenciamento de riscos e os diversos 
níveis da organização. 
 
 
 
Figura 18: COSO-ERM. 
Fonte: PWC-COSO. 
Ambiente Interno
Fixação de Objetivos
Identificação de Eventos
Avaliação de Riscos
Resposta a Risco
Atividades de Controle
Informações e Comunicações
Monitoramento
N
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 Outra importante fonte de estudos é o que está estabelecido na norma ISO-31000. A 
International Organization for Standardization (ISO) é uma organização que promove estudos 
de padronização em vários segmentos. Desenvolve normas e testes e tem representantes 
de vários países. Há exemplos de trabalhos reconhecidos internacionalmente, como a ISO-
9000, que trata da gestão da qualidade, e a ISO-14000, que trata da certificação ambiental.
Elementos complementares da análise de risco
Na área de riscos foi desenvolvida a ISO 31000:
 A ABNT NBR ISO 31000 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Gestão de 
Riscos (CEE-63), sendo uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação
, à ISO 31000:2009, que foi elaborada pela ISO Technical Management Board Working
Group on Risk Management (ISO/TMB/WG), conforme ISO/IEC Guide 21-1:2005.
Elementos complementares da análise de risco
Quando implementada e mantida de acordo com essa Norma, a gestão dos riscos possibilita 
à organização inúmeros benefícios, dos quais destacamos:
 aumentar a probabilidade de atingir os objetivos;
 encorajar uma gestão proativa;
 estar atento para a necessidade de identificar e tratar os riscos através de toda 
a organização;
 melhorar a identificação de oportunidades e ameaças;
 atender às normas internacionais e requisitos legais e regulatórios pertinentes;
Elementos complementares da análise de risco
 melhorar o reporte das informações financeiras;
 melhorar a governança;
 melhorar a confiança das partes interessadas;
 estabelecer uma base confiável para a tomada de decisão e o planejamento;
 melhorar os controles;
 alocar e utilizar eficazmente os recursos para o tratamento de riscos;
Elementos complementares da análise de risco
 melhorar a eficácia e a eficiência operacional;
 melhorar o desempenho em saúde e segurança, bem como a proteção do meio ambiente;
 melhorar a prevenção de perdas e a gestão de incidentes;
 minimizar perdas;
 melhorar a aprendizagem organizacional; e
 aumentar a resiliência da organização (ENAP, 2018, p.6).
Elementos complementares da análise de risco
Elementos complementares da análise de risco
 
Figura 19: Processo de gestão de riscos segundo a ISO 31000 
Figura 19: Processo de gestão de riscos
segundo a ISO 31000.
Estabelecimento 
do contexto
Identificação de riscos
Análise de riscos
Avaliação de riscos
Tratamento de riscos
Comunicação 
e consulta
Monitoramento 
e análise crítica
Processo de avaliação de riscos
 O Reino Unido, a partir de 2001, implantou um amplo programa de gerenciamento de riscos,baseado em princípios amplamente utilizados internacionalmente. Tais princípios estão 
relacionados numa obra publicada pelo Her Majesty’s Treasury ou HM Treasury, 
departamento inglês responsável pela política econômica do país. A obra foi intitulada 
The orange book: management of risk – principles and concepts.
Elementos complementares da análise de risco
Orange book:
 O documento The orange book: management of risk – principles and concepts (O livro 
laranja: gerenciamento de riscos – princípios e conceitos) foi produzido e publicado pelo HM 
Treasury do Governo Britânico, sendo amplamente utilizado como a principal referência do 
Programa de Gerenciamento de Riscos do Governo do Reino Unido, iniciado em 2001. 
O documento foi atualizado em 2004.
Elementos complementares da análise de risco
 Segundo o Projeto de Desenvolvimento do Guia de Orientação para o Gerenciamento de 
Riscos desenvolvido pelo MP, Programa Gespública, o Orange book tem como vantagens, 
além de ser compatível com padrões internacionais de gerenciamento de riscos, apresentar 
uma introdução ao tema gerenciamento de riscos, tratando de forma abrangente e simples 
um tema tão complexo.
 Ainda do ponto de vista do referido projeto, riscos devem ser gerenciados em três níveis: 
estratégico, de programas e de projetos e atividades. A organização deve ser capaz de 
gerenciar riscos nos três níveis. Vejamos alguns detalhes sobre cada um destes níveis:
Elementos complementares da análise de risco
Nível estratégico
 Neste nível, acontece o contrato político do governo com a sociedade e é estabelecida 
a coerência do seu programa de governo. As decisões aqui tomadas envolvem a formulação 
dos objetivos estratégicos e as prioridades para a alocação de recursos públicos 
em alinhamento com as políticas públicas. 
Nível programa
 Neste nível, encontram-se as decisões de implementação e gerenciamento de programas 
temáticos previstos no nível estratégico, através dos quais são executadas as políticas 
e as ações prioritárias de governo.
Elementos complementares da análise de risco
Nível projetos e atividades
 Neste nível, encontram-se os projetos que contribuirão para o atingimento dos objetivos 
dos programas e as atividades relativas aos processos finalísticos. As lideranças em todos 
os níveis da organização devem estar conscientes, capacitadas e motivadas com relação 
à relevância do gerenciamento de riscos nos três níveis, que são interdependentes 
ENAP (2018, p.10).
Elementos complementares da análise de risco
Elementos complementares da análise de risco
Quadro 6: Gestão de Riscos CGU.
Fonte: Adaptado de: CGU (2018, f.9).
Objetivos da Gestão de Riscos da CGU
Aumentar a probabilidade de atingimento dos objetivos da CGU
Fomentar uma gestão proativa
Atentar para a necessidade de se identificar e tratar riscos em toda a CGU
Facilitar a identificação de oportunidades e ameaças
Prezar pelas conformidades legal e normativa dos processos organizacionais
Melhorar a prestação de contas à sociedade
Melhorar a governança
Estabelecer uma base confiável para a tomada de decisão e o planejamento
Melhorar o controle interno da gestão
Alocar e utilizar eficazmente os recursos para a mitigação de riscos
Melhorar a eficácia e a eficiência operacional
Melhorar a prevenção de perdas e a gestão de incidentes
Minimizar perdas
Melhorar a aprendizagem organizacional
Aumentar a capacidade da organização de se adaptar a mudanças
Entre os objetivos da gestão de riscos da CGU estão:
I. Melhorar a governança.
II. Minimizar perdas.
III. Melhorar o controle interno da gestão. 
Estão corretas:
a) As afirmativas I, II e III.
b) As afirmativas II e III.
c) As afirmativas I e III.
d) As afirmativas I e II.
e) Somente uma das afirmativas.
Interatividade
Entre os objetivos da gestão de riscos da CGU estão:
I. Melhorar a governança.
II. Minimizar perdas.
III. Melhorar o controle interno da gestão. 
Estão corretas:
a) As afirmativas I, II e III.
b) As afirmativas II e III.
c) As afirmativas I e III.
d) As afirmativas I e II.
e) Somente uma das afirmativas.
Resposta
 As técnicas de análise de risco variam. Podem se basear em cálculos supercomplexos, 
oriundos de organizações especializadas nas avaliações de nichos específicos ou na 
observação atenta do operador responsável pela análise. De uma forma geral, as melhores 
análises de risco estão baseadas no equacionamento de duas vertentes básicas: 
a probabilidade do risco e o impacto.
Técnicas de análises de riscos
Considerações básicas sobre as análises de riscos
 O primeiro ponto a ser definido é que a análise do risco deve e precisa ser absolutamente 
individual para cada ocorrência possível. Fazer uma única análise de risco para ocorrências 
semelhantes não é uma boa prática. Por exemplo, uma empresa possui cinco linhas de 
produção. Ainda que sejam parecidas, as análises de risco devem contemplar cada uma, 
com suas especificidades. Para cada linha, alguns dados que podem auxiliar numa análise 
pertinente dos possíveis riscos:
Técnicas de análises de riscos
a) Qual produto é fabricado em cada uma das linhas?
b) Qual a velocidade de produção em cada uma delas?
c) Quantos funcionários trabalham em cada uma?
d) Quantos turnos de trabalho em cada uma das linhas?
e) Qual o histórico de interrupções e quais as razões?
Técnicas de análises de riscos
 Tais questionamentos permitiriam saber, por exemplo, as linhas com maior incidência 
de interrupção de trabalho e quais os motivos que levaram às interrupções. Por exemplo, 
um problema de manutenção registrado numa única linha pode se repetir nas outras. 
Um eventual acidente de trabalho com determinado funcionário pode ocorrer novamente 
com outros trabalhadores.
 A individualização do contexto e da compreensão das atividades é fundamental. 
Posteriormente, podem ser estabelecidas relações que podem evitar problemas 
semelhantes já ocorridos.
Técnicas de análises de riscos
 Outro fator determinante para a análise de riscos é verificar o impacto que determinado 
evento poderia trazer para a organização. A respeito do impacto, o manual da Controladoria 
Geral da União (CGU) estabelece:
“Considerando o resultado da etapa de Entendimento do Contexto, o fluxo do processo 
organizacional, e a partir da experiência da equipe técnica designada, deve-se construir uma 
lista abrangente de eventos que podem evitar, atrasar, prejudicar ou impedir o cumprimento 
dos objetivos do processo organizacional ou das suas etapas críticas. Os riscos podem ser 
identificados a partir de perguntas como:
Técnicas de análises de riscos
 Quais eventos podem evitar o atingimento de um ou mais objetivos 
do processo organizacional? 
 Quais eventos podem atrasar o atingimento de um ou mais objetivos 
do processo organizacional? 
 Quais eventos podem prejudicar o atingimento de um ou mais objetivos 
do processo organizacional? 
 Quais eventos podem impedir o atingimento de um ou mais objetivos 
do processo organizacional?”
(CGU, 2018, p.19).
Técnicas de análises de riscos
 Observe-se que após a individualização de possibilidade de ocorrência de cada evento, o 
estabelecimento do impacto permitirá orientar a organização para o enfrentamento possível 
do risco estudado. E, neste contexto, os estudos devem estar relacionados aos objetivos da 
organização: o impacto poderá evitar, atrasar, prejudicar ou impedir tais objetivos? Quanto 
maior a relevância do impacto, mais os objetivos serão impactados. Até, numa proporção 
extremada, impedir que a organização continue existindo.
 Por exemplo, uma empresa que tenha em seu estoque um milhão de litros de combustível 
(tipo gasolina) estocados num único tanque que fica próximo às instalações produtivas 
e administrativas.
Técnicas de análises de riscos
 Risco 1: Pequeno vazamento de 10 litros de combustível. Se o vazamento for monitorado, 
imediatamente é contido e o incidente nãopossui maior relevância, seja na continuidade 
dos negócios da empresa, seja no aspecto do prejuízo financeiro.
 Risco 2: O tanque com 1 milhão de combustível explodir. Pode causar mortes e ferimentos 
seríssimos. Pode destruir completamente a organização e o resultado pode ser a 
descontinuidade dos negócios (extinção da empresa). Os prejuízos financeiros 
serão de grande monta.
Técnicas de análises de riscos
 Portanto, a identificação dos impactos é fundamental para uma correta análise dos riscos.
 Outro ponto relevante é analisar as possíveis causas das ocorrências citadas no exemplo. 
Por que o tanque explodiria? Quais as motivações que poderiam levar a tal incidente? 
Da mesma forma, por que haveria um vazamento pequeno no tanque?
Técnicas de análises de riscos
 Tais questões propiciam um planejamento adequado e uma verificação das possíveis 
causas geradoras de eventos críticos. Por exemplo, se há uma ligação elétrica muito 
próxima do tanque citado, ela pode ser transferida para evitar um evento deflagrador 
de uma explosão. A válvula de contenção do combustível deve ser periodicamente 
verificada para evitar um vazamento.
 Além disso, devem-se analisar possíveis ações criminosas, como fraudes com o objetivo 
de prejudicar a organização. Nesse caso, providências como o monitoramento constante 
do espaço físico, seja através de câmaras de monitoramento, seja através de vigilantes, 
permitem a manutenção de um ambiente de segurança adequado.
Técnicas de análises de riscos
Explorando, ainda, a abordagem e controle dos evento identificados nos estudos iniciais, 
a CGU observa que:
 Os eventos identificados inicialmente podem ser analisados e revisados, reorganizados, 
reformulados e até eliminados nesta etapa e, para tanto, podem ser utilizadas 
as seguintes questões:
Técnicas de análises de riscos
 O evento é um risco que pode comprometer claramente um objetivo do processo?
 O evento é um risco ou uma falha no desenho do processo organizacional?
 À luz dos objetivos do processo organizacional, o evento identificado é um risco 
ou uma causa para um risco?
 O evento é um risco ou uma fragilidade em um controle para tratar um risco do processo?
(CGU, 2018, p.19).
Técnicas de análises de riscos
Exemplos práticos de análises de riscos
 A seguir serão apresentadas algumas análises de riscos baseadas em dois métodos: um 
mais simples e objetivo, o método 1, baseado em Caruso e Steffen (2006, p.6), em que as 
análises são processadas de uma forma mais rápida e atende bem aos objetivos da gestão 
de riscos. E outro método pouco mais complexo, baseado nas análises recomendadas pela 
Controladoria Geral da União – CGU, de acordo com as práticas do Tribunal de Contas 
da União – TCU.
Técnicas de análises de riscos
 No primeiro método, que batizamos de método 1, há definições de probabilidade 
e consequência (impacto) divididas em quatro níveis. Para a probabilidade de risco há 
os níveis extremamente improvável, improvável, possível e bem possível ou já ocorrida. 
E para a consequência ou impacto há os níveis de insignificante, média e alta ameaça 
ao negócio.
Técnicas de análises de riscos
Técnicas de análises de riscos
Análise:
R = P X C
Sendo que:
R = Grau de Risco
P = Probabilidade
C = Consequência
1 < R < 4 = Risco Baixo
4 < R < 6 = Risco Médio
6 < R < 9 = Risco Alto
R > 9 = Crítico
Tabela 20: Tabela de Probabilidades X Consequências
Fonte: Adaptado de: Caruso e Steffen (2006, p.6).
MÉTODO 1
PROBABILIDADE (P) CONSEQUÊNCIA (C)
1
EXTREMAMENTE
IMPROVÁVEL
INSIGNIFICANTE 1
2 IMPROVÁVEL MÉDIA 2
3 POSSÍVEL ALTA 3
4
BEM POSSÍVEL
OU JÁ OCORRIDA
AMEAÇA
AO NEGÓCIO
4
Observe, ainda, os fatores de análise:
Fator probabilidade
 Extremamente improvável: quando a probabilidade de ocorrência é ínfima, o gestor 
estabelece esse critério quando realmente a ocorrência é extremamente rara.
 Improvável: tal critério é estabelecido quando a ocorrência é rara e improvável.
 Possível: quando há possibilidade da ocorrência se materializar.
 Bem possível ou já ocorrida: quando a ocorrência tem forte possibilidade de ocorrer 
ou já ocorreu.
Técnicas de análises de riscos
Fator consequência
 Insignificante: se o fato estudado efetivamente ocorrer, mas se tal fato não representar 
qualquer impacto na segurança da organização.
 Média: tal critério é estabelecido quando a ocorrência possa trazer consequências médias 
para a organização.
 Alta: quando há possibilidade de consequências graves.
 Ameaça ao negócio: quando a ocorrência tem o potencial de comprometer a existência 
da organização.
Técnicas de análises de riscos
 Portanto, o nível de risco é definido pela multiplicação das colunas Probabilidade (P) 
e Consequência (C). Após a multiplicação, o nível pode ser classificado de Baixo 
(se a multiplicação ficar ente 1 e menos que 4), Médio (igual ou maior que 4 e menor que 6), 
Alto (igual ou maior que 6 e menor que 9) e crítico (maior que 9, sendo que o grau máximo 
seria 16).
 Em relação ao Método 1, uma observação importante: é um método bastante simples 
e, ao mesmo tempo, eficiente. Permite uma análise bastante rápida e pode ser usado 
para complementar uma análise de maior relevância ou, até mesmo, ser o único método 
em análise menos relevante. Observe os exemplos a seguir:
Técnicas de análises de riscos
Exemplo 1: Análise de fato mais relevante.
 Hipótese: instalações que armazenem material inflamável. É uma situação de relevância, 
pois se houver algum acidente pode gerar danos bastante significativos. O Método 1 deve 
ser utilizado como complementar, sendo importante a utilização de outros métodos para que 
a análise seja a mais ampla possível em função da relevância. De qualquer forma, neste 
caso, uma possível análise está representada na figura a seguir:
Técnicas de análises de riscos
Técnicas de análises de riscos
Figura 21: Análise de fato de maior 
relevância – Método 1.
Fonte: Adaptado de: Caruso e Steffen
(2006, p.6).
MÉTODO 1: INSTALAÇÕES COM COMBUSTÍVEL
PROBABILIDADE (P) CONSEQUÊNCIA (C)
1
EXTREMAMENTE
IMPROVÁVEL
INSIGNIFICANTE 1
2 IMPROVÁVEL MÉDIA 2
3 POSSÍVEL X X ALTA 3
4
BEM POSSÍVEL
OU JÁ OCORRIDA
AMEAÇA
AO NEGÓCIO
4
 No caso específico, foi considerado que se o combustível pegasse fogo, por exemplo, 
a consequência seria alta. E, conforme a análise realizada, as circunstâncias apresentadas 
indicaram uma ocorrência possível. Neste caso, temos: R = 3 X 3 => R = 9. Ou seja, o risco 
é igual a 9, que define um risco alto. Neste caso é importante se concentrar ao máximo 
nas medidas preventivas, além da utilização de outros métodos, principalmente aqueles 
vinculados à saúde e à segurança do trabalho.
Técnicas de análises de riscos
Exemplo 2: Análise de fato menos relevante.
 Hipótese: possibilidade de um carro da empresa ter o pneu furado nas garagens internas. 
O Método 1 pode ser utilizado como principal, haja vista que a ocorrência não trará 
problemas de maior relevância. Evidentemente que tal método pode também ser utilizado 
em outras situações. Contudo, para situações mais complexas pode ser utilizado 
o método que apresentaremos a seguir.
Técnicas de análises de riscos
Neste caso, uma possível 
análise está representada 
na figura a seguir: 
Técnicas de análises de riscos
Figura 22: Análise de fato de menor 
relevância – Método 1.
Fonte: Adaptado de: Caruso e Steffen
(2006, p.6).
MÉTODO 1: PNEU FURADO NAS GARAGENS DA 
EMPRESA
PROBABILIDADE (P) CONSEQUÊNCIA (C)
1
EXTREMAMENTE
IMPROVÁVEL
X INSIGNIFICANTE 1
2 IMPROVÁVEL MÉDIA 2
3 POSSÍVEL ALTA 3
4
BEM POSSÍVEL
OU JÁ OCORRIDA
X
AMEAÇA
AO NEGÓCIO
4
 No caso específico, a ocorrência de um pneu furado nas dependências da organização pode 
ser considerada um evento de forte probabilidade ou, até mesmo, conforme o caso concreto, 
de fato já ocorrido. Contudo, apesar do incômodo, um pneu furado não tem a relevância para 
causar maiores riscos.Neste caso, temos: R= 4 X 1 => R = 4. Ou seja, o risco é igual a 4, 
que define um risco médio. Neste caso, é importante verificar as possibilidades de 
enfrentamento adequado do problema, como a reposição imediata do pneu furado, 
a devida sinalização interna, entre outras providências. Observe que o risco somente 
é médio em função da alta possibilidade de ocorrência.
Técnicas de análises de riscos
 Há tabelas mais complexas que naturalmente podem ser aplicadas em organizações mais 
complexas. A Controladoria Geral da União (CGU), baseada nas formulações do Tribunal 
de Contas da União (TCU), recomenda um programa específico de gestão de riscos 
que estabelece a seguinte Escala de Probabilidade:
Técnicas de análises de riscos
Técnicas de análises de riscos
Quadro 7: Gestão de Riscos CGU.
Fonte: Adaptado de: CGU (2018, p.20).
Escala de Probabilidade
Probabilidade
Descrição da probabilidade, 
desconsiderando os controles
Peso
Muito Baixa
Improvável. Em situações excepcionais, 
o evento poderá até ocorrer, mas nada 
nas circunstâncias indica essa possibilidade.
1
Baixa
Rara. De forma inesperada ou casual, 
o evento poderá ocorrer, pois as circunstâncias 
pouco indicam essa possibilidade.
2
Média
Possível. De alguma forma, o evento poderá 
ocorrer, pois as circunstâncias indicam 
moderadamente essa possibilidade.
5
Alta
Provável. De forma até esperada, o evento 
poderá ocorrer, pois as circunstâncias indicam 
fortemente essa possibilidade.
8
Muito Alta
Praticamente certa. De forma inequívoca, 
o evento ocorrerá, as circunstâncias indicam 
claramente essa possibilidade.
10
Técnicas de análises de riscos
Quadro 8: Escala de Impacto CGU.
Fonte: Adaptado de: CGU (2018, p.20).
Escala de Impacto
Impacto
Descrição do impacto nos objetivos,
caso o evento ocorra
Peso
Muito Baixo
Mínimo impacto nos objetivos 
(estratégicos, operacionais, 
de informação/comunicação/divulgação 
ou de conformidade)
1
Baixo Pequeno impacto nos objetivos (idem) 2
Médio
Moderado impacto nos objetivos (idem), 
porém recuperável
5
Alto
Significativo impacto nos objetivos (idem), 
de difícil reversão
8
Muito Alto
Catastrófico impacto nos objetivos (idem), 
de forma irreversível
10
RI = NP x NI
Em que:
RI = Nível do risco inerente
NP = Nível de probabilidade do risco
NI = Nível de impacto do risco
Técnicas de análises de riscos
Quadro 9: Classificação de Risco CGU.
Fonte: Adaptado de: CGU (2018, p.20).
Classificação do Risco
Classificação Faixa
Risco Baixo – RB 0 – 9,99
Risco Médio – RM 10 – 39,99
Risco Alto – RA 40 – 79,99
Risco Extremo – RE 80 – 100
As análises de risco estão baseadas no equacionamento de duas vertentes básicas: 
a) A probabilidade do risco e o impacto.
b) O custo do material e o custo dos salários.
c) O custo das máquinas e o salário dos funcionários.
d) O custo da reputação e o custo dos equipamentos.
e) A probabilidade do risco e o salário dos funcionários.
Interatividade
As análises de risco estão baseadas no equacionamento de duas vertentes básicas: 
a) A probabilidade do risco e o impacto.
b) O custo do material e o custo dos salários.
c) O custo das máquinas e o salário dos funcionários.
d) O custo da reputação e o custo dos equipamentos.
e) A probabilidade do risco e o salário dos funcionários.
Resposta
 CARUSO, C. A. A.; STEFFEN, F. D. Segurança em informática e de informações. 
3. ed. São Paulo: Senac, 2006.
 MAXIMIANO, A. C. A. Fundamentos de administração: manual compacto para as disciplinas 
TGA e introdução à administração. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Referências
ATÉ A PRÓXIMA!

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