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Gestão Empresarial e Logística

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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
RESUMO DA UNIDADE 
 
Os mercados cada vez mais competitivos estão tornando imperativo o 
gerenciamento mais eficiente de sistemas de logística. A logística é uma das 
atividades mais importantes nas sociedades modernas. Os planos de logística 
comercial implementam e controlam a entrada, saída e armazenamento eficiente e 
eficaz de mercadorias. Isso acontece devido à crescente complexidade de suprir os 
negócios de uma empresa e enviar os produtos. Um sistema de logística consiste, 
portanto, em um conjunto de instalações ligadas por serviços de transporte. Esses 
serviços movem materiais entre as instalações, usando veículos e equipamentos, 
incluindo caminhões, tratores, contêineres, carros e trens. O que se pretende com a 
gestão da logística empresarial é garantir a entrega do produto certo ao lugar certo e 
no tempo certo. Nesse sentido, o objetivo principal desta unidade é apresentar aos 
alunos os conceitos de logística empresarial necessários para o entendimento da 
área. O conhecimento de logística é de suma importância para a garantia de uma 
gestão empresarial eficiente e eficaz, com redução de custos e garantia da 
operacionalidade. 
 
Palavras-chave: gestão, logística, suprimentos. 
 
 
 
GESTÃO EMPRESARIAL E LOGÍSTICA 
 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
SUMÁRIO 
RESUMO DA UNIDADE.........................................................................................................1 
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO .........................................................................................3 
CAPÍTULO 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL: CONCEITOS, EVOLUÇÃO E 
TENDÊNCIAS ....................................................................................................................6 
1.1 LOGÍSTICA INTEGRADA ........................................................................................9 
1.2 INTEGRAÇÃO DAS OPERAÇÕES LOGÍSTICAS ........................................... 11 
1.3 SERVIÇO AO CLIENTE........................................................................................ 13 
1.4 LOGÍSTICA GLOBALIZADA ................................................................................ 16 
1.5 LOGÍSTICA SUSTENTÁVEL ............................................................................... 18 
1.6 LOGÍSTICA REVERSA ......................................................................................... 19 
CAPÍTULO 2 - ESCOPO DA LOGÍSTICA .................................................................... 21 
2.1 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS OU SUPPLY CHAIN 
MANAGEMENT (SCM) ........................................................................................................ 22 
2.1.1 Cnceitos, Objetivos e Características ................................................................. 24 
2.1.2 Integração de Atividades Intra e Interorganizacional ....................................... 28 
2.1.3 Indicadores de Desempenho Logístico na Cadeia de Suprimentos .............. 31 
2.2 GESTÃO ORGANIZACIONAL GLOBALIZADA ................................................ 33 
CAPÍTULO 3 - PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA LOGÍSTICA ...................... 37 
3.1 OPERADORES LOGÍSTICOS ............................................................................. 41 
3.2 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO APLICADA À LOGÍSTICA ...................... 47 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 52 
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 54 
 
 
 
 
 
 
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APRESENTAÇÃO DO MÓDULO 
 
Em linhas gerais, pode-se considerar que a prática da logística é um 
componente essencial da economia moderna. O termo “logística” se originou de uma 
palavra grega antiga que significa razão, cálculo ou oração, e foi usado pela primeira 
vez pelos militares para descrever as atividades associadas à manutenção de uma 
força de combate no campo de batalha e, em seu sentido mais estrito, para 
descrever o alojamento de tropas. A definição do dicionário para logística descreve o 
termo como "o ramo da ciência militar que tem a ver com a aquisição, manutenção e 
transporte de material, pessoal e instalações". A palavra também é usada para 
descrever o tempo relacionado ao posicionamento dos recursos. 
A logística se preocupa com a organização, movimentação e armazenamento 
de material e pessoas. Ela lida com o planejamento e controle do fluxo de materiais 
e informações relacionadas nas organizações. Seu principal objetivo é levar os 
materiais certos para o lugar certo, no momento certo, otimizando os custos 
operacionais totais desse processo, sendo aplicada aos setores público e privado. 
No que diz respeito às forças armadas, a logística preocupa-se em fornecer às 
tropas alimentos, armamentos, munições, peças de reposição e o transporte das 
próprias tropas. Para organizações civis, problemas de logística são encontrados por 
empresas que produzem e distribuem bens físicos. 
Ao longo dos anos, o significado do termo "logística" se expandiu gradualmente 
para incluir atividades de negócios e serviços. O domínio das atividades de logística 
é, essencialmente, variar desde o fornecimento dos subcomponentes necessários 
para a fabricação, até o estoque na prateleira do revendedor; a quantidade e o tipo 
corretos de sangue disponíveis para um procedimento cirúrgico em um hospital. O 
principal problema que a logística tenta resolver é decidir como e quando as 
matérias-primas, produtos semi-acabados e acabados devem ser adquiridos, 
movidos e armazenados. 
A necessidade de gerenciamento de logística também surge em empresas e 
organizações públicas que prestam serviços como, por exemplo, a entrega de 
correspondência. Desde as fábricas de aço até os portos, todas as organizações 
enfrentam o desafio de levar os materiais certos ao lugar certo e na hora certa. 
 
 
 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Uma característica fundamental da logística é sua visão holística e integrada de 
todas as atividades que ela abrange. Portanto, enquanto os setores de compras, 
gerenciamento de inventário, gerenciamento de transporte, gerenciamento de 
armazém e distribuição são componentes importantes, a logística se preocupa 
principalmente com a integração dessas atividades para fornecer valor máximo ao 
sistema global. 
Uma vez apresentada uma ideia sobre a definição de logística, a seguir tem-se 
uma breve introdução sobre o que será abordado nesta unidade, a qual foi 
estruturada para proveruma introdução a elementos-chave que colaborem com o 
entendimento da logística empresarial, sendo nela apresentados o contexto histórico 
da evolução da logística, conceitos e metodologias. 
A unidade inicia-se com a apresentação dos conceitos, objetivos e a evolução 
histórica da logística, no Capítulo 1, onde aborda-se ainda a contextualização da 
linha de pensamento que culminou no que hoje conhecemos por processos de 
logística, apresentando, inclusive, as diversas classificações, configurações e 
metodologias relacionadas. 
No Capítulo 2 são apresentados e explorados as características e os objetivos 
que definem as Cadeias de Suprimentos (SC, do inglês, Supply Chain), assim como 
o Gerenciamento das Cadeias de Suprimentos (SCM, do inglês, Supply Chain 
Management). Além disso, são tratados os assuntos a respeito da integração da 
cadeia de suprimentos no contexto globalizado com destaque às integrações intra e 
interorganizacionais. Adicionalmente, neste capítulo, tem-se a apresentação dos 
indicadores-chave de desempenho das cadeias de suprimento, para que sejam 
acompanhados como métricas que definem o sucesso do gerenciamento. 
Por fim, no Capítulo 3, é abordado o planejamento estratégico no contexto das 
cadeias de suprimento da logística empresarial. Para tanto, são apresentadas as 
metodologias de apresentação das cadeias e o que as definem no contexto de 
estratégia organizacional. Os operadores logísticos que compõem as atividades 
principais dentro de SCM são também estudados neste capítulo. Ademais, um tópico 
importante igualmente visto neste capítulo é a aplicação da Tecnologia da 
Informação (TI) na logística empresarial. Certamente, a aplicação de TI no 
 
 
 
 
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gerenciamento da logística é diferencial para sobrevivência e destaque das 
empresas que operam logisticamente no contexto nacional e internacional. 
 
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CAPÍTULO 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL: CONCEITOS, EVOLUÇÃO E 
TENDÊNCIAS 
 
Logística empresarial refere-se a um grupo de atividades relacionadas, todas 
envolvidas na movimentação e armazenamento de produtos e informações - desde 
as fontes de matérias-primas até os consumidores finais e além da reciclagem e 
descarte. 
Logística é um termo e conceito relativamente novo no vocabulário empresarial 
moderno; suas origens remontam à Segunda Guerra Mundial, quando a capacidade 
de mobilizar pessoal e material foi fundamental para o resultado da guerra. Os 
primeiros cursos e manuais de nível universitário que tratam de logística comercial 
apareceram nos Estados Unidos na década de 1960. 
O desenvolvimento relativamente recente da logística empresarial levou, 
conforme evoluiu, ao uso de vários termos para se referir a ela. Nas décadas de 
1960 e 1970, os termos distribuição física, distribuição, gerenciamento de materiais 
e suprimento físico eram comuns. Distribuição física e distribuição referem-se ao 
fluxo de saída de mercadorias desde o final do processo de produção até o 
consumidor; o fornecimento físico e o gerenciamento de materiais referem-se ao 
fluxo de entrada de material para o processo de produção. 
À medida que se reconhecia a importância de coordenar todo o fluxo de 
material, desde a matéria-prima até o consumidor final, o termo logística comercial 
passou a ser amplamente utilizado para refletir a ampliação do conceito. Hoje, o 
termo Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (SCM, do inglês, Supply Chain 
Management) está sendo usado para refletir a importância de formar alianças e 
parcerias para otimizar o fluxo de materiais. A logística dos negócios continua sendo 
o termo dominante e abrangente para esse conceito importante no momento. 
A definição mais amplamente usada de logística comercial é a do Conselho de 
Gerenciamento Logístico (CLM), a maior e mais conhecida das organizações 
profissionais de logística. A definição do CLM declara que a logística é o processo 
de planejamento, implementação e controle do fluxo, armazenamento eficientes e 
eficazes de matérias-primas, estoque em processo, produtos acabados, serviços e 
informações relacionadas do ponto de origem ao ponto de consumo (incluindo 
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movimentos de entrada, saída, internos e externos) com o objetivo de estar em 
conformidade com os requisitos do cliente . 
Para muitas pessoas, o que geralmente é chamado de "sete direitos" fornece 
uma boa definição operacional de logística. Os sete direitos afirmam que o trabalho 
do logístico é garantir a disponibilidade do produto certo, no momento certo, na 
quantidade certa, na condição certa, no lugar certo, para o cliente certo e pelo custo 
certo. 
Embora essas definições se refiram, principalmente, ao gerenciamento do fluxo 
de mercadorias, a logística comercial também é importante nas organizações de 
serviços. É importante reconhecer que todas as empresas produzem bens e 
serviços, umas mais do que as outras e que todas as empresas compram 
suprimentos; que todos devem atender ou exceder às expectativas dos clientes. Nas 
organizações de serviço, o trabalho do logístico é garantir o fornecimento de todos 
os insumos necessários, incluindo materiais e informações, no ponto de entrega do 
serviço. 
Para a organização, a logística comercial é importante de várias maneiras. 
Primeiro, a logística comercial oferece uma oportunidade para a empresa criar uma 
vantagem competitiva sustentável projetando um sistema que atenda às 
necessidades dos clientes melhor do que a concorrência. Por exemplo, a empresa 
poderia oferecer preenchimento e entrega de pedidos mais rápidos, precisos e 
consistentes do que os concorrentes são capazes de fornecer. Em segundo lugar, 
devido à sua complexidade, um sistema logístico superior é um ativo proprietário 
que não pode ser facilmente duplicado. Muitas empresas começaram a ver a 
logística comercial como uma arma competitiva eficaz. 
As atividades que compõem a logística dos negócios, como transporte e 
armazenamento, são tão antigas quanto o próprio comércio. O conceito de agrupá-
los e gerenciá-los como um sistema, no entanto, é bastante novo. 
Tradicionalmente, a responsabilidade pelas atividades logísticas está 
espalhada por toda a organização. Por exemplo, o transporte pode estar em 
fabricação, com estoque de produtos acabados e armazenamento em marketing e 
vendas. Onde o gerenciamento do sistema logístico é descoordenado, serão 
encontradas “deseconomias”. Por exemplo, a manufatura pode optar por reduzir os 
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custos de transporte e manufatura,produzindo e transportando em quantidades 
muito grandes e, ao fazê-lo, aumenta muito os custos de armazenamento e o 
investimento em estoque, muito além do valor economizado nos custos de 
transporte. Com coordenação, transporte, fabricação, armazenamento e estoque 
adequados, os custos de investimento podem ser equilibrados para que o custo total 
da empresa seja minimizado. 
Como já abordado, o desenvolvimento inicial da logística comercial começou 
na década de 1950, com a compreensão do potencial de economia de custos, se o 
gerenciamento das atividades logísticas fosse coordenado. Havia uma série de 
fatores presentes na década de 1950 que encorajavam tentativas de coordenar o 
gerenciamento de funções logísticas. Em geral, essas tentativas se concentraram na 
economia de custos e na distribuição física ou parte de saída do sistema. 
Um fator importante presente em muitas organizações envolveu gerentes com 
experiência em logística militar da Segunda Guerra Mundial. Eles não apenas 
entendiam as inter-relações encontradas nos sistemas de logística, mas alguns 
deles também usavam técnicas de ciência da gestão desenvolvidas durante a guerra 
- como programação e simulação lineares, que são adequadas para analisar 
problemas de logística. 
Outro fator que provou ser importante para concentrar a atenção da gerência 
na logística foi a recessão econômica de 1958. O corte de custos foi causado pela 
recessão, e muitas empresas direcionaram a logística porque acreditava-se ter mais 
potencial de economia do que a fabricação e o marketing. A fabricação havia sido 
estudada por engenheiros industriais por muitos anos, e acreditava-se que a maioria 
dos custos excedentes já havia sido extinta. 
O marketing, embora caro, não foi compreendido o suficiente para reduzir 
custos de maneira inteligente. Por exemplo, a maioria das empresas provavelmente 
estava gastando mais do que o ideal em publicidade, mas a relação entre vendas e 
publicidade não era conhecida o suficiente para dizer quais custos de publicidade 
reduzir. Além disso, os custos de marketing geralmente são difíceis de quantificar, 
enquanto os custos de logística podem ser quantificados. Coisas tangíveis que são 
movidas e armazenadas podem ser rastreadas. 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Dois outros desenvolvimentos no ambiente empresarial que começaram nesse 
período e persistem até o presente são a proliferação de produtos e a transferência 
de poder para varejistas de grandes fabricantes de marcas nacionais. 
A proliferação de novos produtos e variações de produtos existentes é o 
resultado da aplicação do conceito de marketing e segmentação de mercado. Os 
profissionais de marketing, tentando satisfazer o crescente interesse de seus 
clientes na moda e no estilo de vida em constante mudança, ofereceram cada vez 
mais produtos a segmentos cada vez menores do mercado. 
Existem muitos exemplos nas prateleiras dos varejistas. Considere produtos 
como aparelhos grandes, originalmente disponíveis apenas em sacos de lixo 
brancos ou plásticos, cereais, alimentos congelados, calçados esportivos, móveis de 
escritório, cosméticos e assim por diante. Não apenas existem mais e mais produtos 
disponíveis, mas o ciclo de vida dos produtos está diminuindo. Para permanecerem 
competitivos, os fabricantes devem oferecer um fluxo contínuo de novos produtos. 
A proliferação de produtos e os ciclos de vida mais curtos obrigam os gerentes 
de logística a lidar com a crescente complexidade. Cada vez que um novo produto 
ou variação de produto é oferecido, aumenta o número de produtos a serem 
fabricados, armazenados, transportados e geralmente acompanhados. No nível de 
varejo, o problema é agravado. 
Após essa introdução contendo conceitos, evolução e tendências de mercado 
da logística, este capítulo tem ainda como objetivo apresentar algumas definições a 
respeito de termos essenciais para a compressão global da prática da logística no 
meio empresarial. 
 
1.1 LOGÍSTICA INTEGRADA 
 
Logística Integrada é definida como o processo de antecipar as necessidades e 
desejos do cliente; adquirir o capital, materiais, pessoas, tecnologias e informações 
necessárias para atender a essas necessidades e desejos; otimizar a rede produtora 
de bens ou serviços para atender às solicitações dos clientes utilizando-se a rede 
para atender à solicitação do cliente em tempo hábil. 
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A logística integrada é, portanto, um processo orientado a serviços. Ela 
incorpora ações que ajudam a mover o produto da fonte de matéria-prima para o 
cliente final. 
O movimento de matérias-primas e componentes para uma empresa de 
manufatura deve ser gerenciado. O mesmo ocorre com a movimentação de produtos 
acabados da fábrica para processamento adicional, para o varejo ou para o 
consumidor final. A gestão desse movimento é chamada de gestão logística 
integrada. Muitas variáveis afetaram a avaliação e o crescimento da logística 
integrada e são tratadas a seguir. 
A primeira foi o crescimento da conscientização do consumidor e do conceito 
de marketing. Linha de produtos expandida para atender à crescente demanda por 
mais seleções. Essa expansão da linha de produtos colocou grande pressão nos 
canais de distribuição para mover mais produtos e manter os custos baixos, 
principalmente em transporte e estoque. 
Um segundo fator foi a introdução do computador. Especialistas em informática 
e gerentes de logística integrado rapidamente encontraram uma infinidade de 
soluções computacionais para logística. Essas soluções ofereciam ainda maior 
eficiência no encaminhamento e programação de transporte, controle de estoque, 
layout e design do armazém e todos os aspectos da logística integrada. De fato, os 
computadores permitiam a logística integrada gerenciada ao sistema logístico 
integrado modal e, em seguida, analisavam o efeito da mudança proposta. Esta 
aplicação aprimora bastante a abordagem do sistema. 
A terceira variável que levou ao crescimento da logística integrada foi a 
economia mundial nas décadas de 1970 e 1980. A recessão global e o aumento das 
taxas de juros fizeram com que muitas empresas redirecionassem a atenção para 
reduzir a vantagem de custos; muitas empresas foram forçadas a reavaliar as 
necessidades gerais de transporte. Além disso, as taxas de juros crescentes 
voltaram a atenção para a manutenção de níveis mínimos de estoque, devido ao 
custo de capital. 
A globalização dos negócios e o desenvolvimento de blocos comerciais 
mundiais são um quarto fator que influencia o crescimento da logística integrada que 
pode fornecer às empresas uma vantagem de custo. Além disso, blocos comerciais 
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na Europa, Ásia, África e América requerem logística integrada para amarrar os 
países participantes em mercados únicos. 
Outrossim, o fator final que afeta a logística integrada é o crescimentoda 
fabricação just-in-time (JIT, do inglês, na hora certa), gerenciamento de suprimentos, 
transporte e intercâmbio eletrônico de dados (EDI, do inglês, Electronic Data 
Interchange) nas décadas de 1980 e 1990. À medida que os fabricantes adotaram 
integralmente gerenciamento de qualidade total (TQM, do inglês, Total Quality 
Management), JIT e EDI, o gerenciamento de logística integrada ficou em primeiro 
plano. O TQM e o JIT eficazes exigem a otimização do transporte de entrada e saída 
e um gerenciamento de inventário mais eficiente. 
Ao longo do tempo várias atividades diferenciadas por processos e setores 
foram introduzidas no contexto da logística integrada. Embora as atividades 
incluídas variem, elas compartilham um ingrediente-chave: o conceito de fluxo 
contínuo e ininterrupto do produto. Tais atividades estão listadas a seguir. 
 Distribuição física; 
 Gerenciamento de materiais; 
 Engenharia de logística; 
 Logística de negócios; 
 Gestão de logística; 
 Gerenciamento logístico integrado; 
 Gerenciamento de distribuição; 
 Gestão da cadeia de abastecimento. 
 
1.2 INTEGRAÇÃO DAS OPERAÇÕES LOGÍSTICAS 
 
Dentro do modelo de logística integrada, algumas operações devem ser 
sempre envolvidas. De modo geral, elas se organizam em processos. Estes 
processos estão organizados a seguir. 
Logística de entrada: é referida como suprimento físico ou suprimento. Ele 
lida com o relacionamento entre a empresa e seus fornecedores, abordando o fluxo 
de materiais dos fornecedores para a planta ou para as operações de serviço; 
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Conversão/operações: trata da relação logística entre as instalações da 
empresa, abordando como os bens e materiais se movem entre as estações de 
trabalho nas operações; 
Logística de saída: é chamada de distribuição física. É o relacionamento 
logístico entre a empresa e seus clientes. É o movimento do produto acabado para 
fora da planta até o cliente final. 
Cada um desses relacionamentos é sustentado pela execução de 5 atividades 
logísticas principais, como transporte, estrutura da instalação, gerenciamento de 
estoque, manuseio de materiais e comunicação/informação. Essas atividades estão 
entrelaçadas em todo o sistema de logística integrado. Cada um é vital e é 
encontrado em todas as etapas. Tais atividades intrínsecas à logística são 
apresentadas e discutidas na lista a seguir. 
 Transporte: é necessário nos processos de saída, entrada e conversão. 
Ele lida com a movimentação de um produto para dentro, através e fora 
da planta/armazém. É a atividade logística mais cara, representando 50% 
ou mais dos custos totais de logística; 
 A estrutura da instalação: refere-se à colocação estratégica de 
armazéns, centro de serviços e fábricas em toda a cadeia de suprimentos. 
Inclui o número e tipos de plantas, suas localizações e operações; 
 O gerenciamento de estoque: refere-se a buffers de produtos de 
matérias-primas, trabalhos em andamento e produtos acabados em vias 
de logística. Se todas as atividades funcionassem perfeitamente, se não 
houvesse variação no tempo de trânsito, variação no tempo de 
processamento, sem perda ou dano, sem descontos por volume para 
transporte, sem desconto por volume para produtos, e se as empresas 
pudessem prever a demanda com precisão, não haveria necessidade 
para armazenar o produto; 
 Manuseio de materiais: é o movimento, armazenamento, controle e 
proteção de materiais, bens e produtos durante todo o processo de 
fabricação, distribuição, consumo e descarte. O foco está nos métodos, 
equipamentos mecânicos, sistemas e controles relacionados usados para 
atingir essas funções. Resumidamente, o Manuseio de Materiais é a 
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movimentação de materiais da fase bruta através da produção para o 
cliente final com o menor gasto de tempo e esforço, a fim de produzir a 
Eficiência Produtiva máxima com o menor custo de Manuseio de 
Materiais; 
 Comunicação / informação: é um aspecto vital no gerenciamento da 
logística. Um processo de comunicação eficaz garante que as 
informações fluam perfeitamente entre os departamentos e entre as 
várias equipes no prazo e de uma forma que lhes permita atingir metas e 
objetivos individuais, departamentais e organizacionais. Ele garante que 
as tarefas sejam concluídas e transferidas de um ponto para outro sem 
problemas e sem demora. 
Além das principais funções logísticas discutidas acima, muitos gerentes de 
logística estão envolvidos com questões relacionadas, como previsão de demanda, 
descarte de resíduos e sucatas, manuseio de devolução de mercadorias, suporte de 
peças e serviços e localização da fábrica. A todas estas atividades estão 
relacionadas as condições de satisfação do cliente. Neste sentido, integrar o sistema 
de logística depende diretamente de garantir que o cliente está sendo atendido da 
melhor forma possível sem comprometer o financeiro. 
 
1.3 SERVIÇO AO CLIENTE 
 
No que tange ao serviço ao cliente, de antemão, como é apresentado na Figura 
1, a seguir, um esboço do processo de logística integrado tendo como ator principal 
o cliente. 
Figura 1 – Cliente como foco da logística 
 
Fonte: CORREIA, J. (2011). 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
É possível destacarmos que, na economia global de hoje, os clientes definem 
os padrões do que é considerado serviço de qualidade ou do que é uma boa marca. 
Em qualquer empresa, a experiência de um cliente determina a reputação da 
empresa e o setor de logística não é uma exceção. Quanto maior o seu negócio, 
mais complexa fica a sua cadeia de suprimentos. Pode ser difícil manter um 
atendimento perfeito ao cliente, porque todos os envolvidos no processo de remessa 
estão afetando constantemente a reputação de uma empresa por meio da 
experiência do cliente. No atendimento ao cliente, é impossível ser perfeito, mas é 
possível melhorar e oferecer o melhor serviço possível. Os clientes desejam ter uma 
experiência fácil e suave ao trabalhar com uma empresa e cabe a ela a qualidade do 
serviço prestado. 
Se a empresa está tentando construir relacionamentos de longo prazo com 
seus clientes e obter a lealdade deles, deve ser considerada a mudança da 
estratégia orientada para o produto para a orientada para o cliente. Seguem 
algumas dicas úteis sobre como levar o atendimento ao cliente para o próximo nível: 
Escolha as ferramentas e os parceiros com precisão. Não importa quais 
estratégias e tecnologias a empresa use, sempre há um fator humano 
presente. Essa é a razão pela qual a escolha adequada de parceiros melhorará a 
experiência de seus clientes. Se estiver terceirizando sua logística para um 
fornecedor, é importante verificar se eles têm corretores qualificados e profissionais 
e uma rede de transportadoras experientes e revisadas. Esses serviços oferecem 
gerenciamento de logística de “A a Z” e eliminam a maioria dos problemas.Porém, 
ao selecionar um ramo importante em sua cadeia logística, deve-se investir tempo 
pesquisando como escolher o melhor provedor de logística terceirizado. 
Transparência e abordagem pessoal. Tente tornar o processo o mais simples 
possível para o cliente. A visibilidade da cadeia de suprimentos reduzirá o tempo 
que os clientes gastam em transporte, melhorando a experiência geral. A 
transparência envolve não apenas o rastreamento de remessas, mas também a 
opção de comparar preços, serviços disponíveis e entender como eles funcionam 
sem problemas. Quanto mais abordagem personalizada a empresa fornece, maiores 
serão suas chances de reter clientes. Envie atualizações e relatórios de 
rastreamento ao cliente para mantê-los informados, desde trânsitos de remessa a 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
lembretes meteorológicos. Isso fortalece a credibilidade da sua empresa e simplifica 
o processo para seus clientes. 
Estabeleça a entrega do último quilômetro. Este é um elemento final e 
crucial no processo de transporte e, obviamente, exige mais concentração. O último 
estágio da entrega é o mais vulnerável a erros ou danos que podem ocorrer devido a 
diferentes razões. Para reduzir a probabilidade de tais circunstâncias, garanta que 
tudo corra como deveria. 
Dar uma resposta. Independentemente do problema ocorrido, a resposta deve 
ser rápida e ter como objetivo resolver o problema do cliente ou, pelo menos, 
descobrir qual é o problema. As empresas devem investir mais no treinamento de 
sua equipe para reduzir a chance de erros ao interagir com os clientes. Resolver 
problemas que ocorreram em nome da sua empresa pode fazer uma grande 
diferença na experiência do cliente com sua empresa. Muitas empresas 
terceirizadas fornecem atendimento ao cliente e podem ajudar seus clientes a 
simplificar esse processo complicado. 
Tecnologia e análise. Não subestime o poder dos dados: as novas 
tecnologias permitem que as empresas rastreiem todas as etapas do cliente, 
existentes ou potenciais. Conhecer os insights profundos do seu público leva a um 
melhor desempenho, estratégias atualizadas e melhor serviço. Tais inovações, como 
sistemas de gerenciamento de transporte, dispositivos de rastreamento e sistemas 
de CRM (Customer Relationship Management, do inglês, Gestão de Relacionamento 
com o Cliente), permitem que as empresas estudem o comportamento do cliente e 
melhorem as estratégias de marketing. Portanto, pesquisar e analisar big data é a 
melhor maneira de entender melhor as demandas dos clientes. 
Em linhas gerais, ter um bom atendimento ao cliente no setor de logística 
acabará por melhorar os níveis de satisfação do mesmo. A satisfação do cliente é 
importante, mesmo no setor de logística, na verdade, especialmente no setor de 
logística porque todo o processo pode parecer tão simples quanto pegar a entrega 
de um cliente e entregá-la ao seu destino, a satisfação do cliente se resume ao que 
sua empresa pode oferecer fora desse processo simples. Os serviços on-line para 
rastrear suas remessas podem fazer maravilhas, mas a interação humana é 
igualmente eficaz. Mantenha seus clientes atualizados sobre as remessas, se puder, 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
ou explique a eles desde o início o que acontecerá com as entregas. Manter um 
cliente satisfeito irá mantê-lo um cliente. 
 
1.4 LOGÍSTICA GLOBALIZADA 
 
Desde o início dos anos 90, os acordos comerciais globais dividiram o mundo 
em pedaços cada vez maiores de blocos comerciais, onde as mercadorias podem 
fluir praticamente desimpedidas através das fronteiras nacionais que antes 
protegiam suas indústrias preciosas da concorrência externa com tarifas, direitos e 
multas. 
O Acordo de Livre Comércio entre os EUA, Canadá e México foi assinado em 
1992 e a tendência continua inabalável. O Canadá agora tem um acordo com a 
União Europeia (UE) e está negociando com a Parceria Transpacífica de 11 países. 
Os EUA estão trabalhando para a Parceria Transatlântica de Comércio e 
Investimento da UE e a Parceria Econômica Regional Abrangente, que une a China 
e 15 outros grandes países asiáticos. Uma vez concluídos, esses acordos amarrarão 
49 países e governarão uma grande parte da economia global. 
Claramente, a globalização chegou para ficar e as grandes empresas 
multinacionais estão colhendo os benefícios. Os efeitos dessa tendência comercial 
no movimento físico de produtos em todo o mundo são gigantescos. Enquanto 
tentam adaptar rapidamente suas cadeias de suprimentos para tirar vantagem de 
tarifas, regras e padrões mais baixos nessas novas zonas de comércio, as empresas 
precisam da ajuda de empresas de logística multinacionais com presença e 
conhecimento local em todo o mundo. 
Clientes multinacionais que fabricam e vendem de tudo, de produtos de saúde 
e beleza a eletrônicos e peças automotivas, procuram consolidar seus fornecedores 
de logística até alguns parceiros importantes que possuem conhecimento local de 
cultura e comunicação. Eles também buscam experiência em logística 
intercontinental em todas as facetas da logística, desde a planta até o armazém e 
até o cliente final. Hoje, o mercado continua recompensando flexibilidade e 
adaptabilidade com mais negócios. 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Nesta conjectura, as operações logísticas atuais, devido à globalização da 
economia, tornaram-se multidimensionais e multifacetadas. O gerenciamento dessa 
logística precisa, portanto, estar focado na integração de atividades 
internacionalmente dispersas e nas unidades responsáveis por sua implementação. 
As áreas que determinam a eficiência da logística internacional são processos que 
ocorrem nos processos operacionais, de marketing e financeiras, que resultam dos 
custos de logística e informação. 
As forças sociais, econômicas, técnicas e político-legislativas da globalização 
influenciam todos os campos das funções da empresa, incluindo o crescimento da 
complexidade do gerenciamento da cadeia de suprimentos. 
Assim, podemos dizer que a globalização de uma determinada empresa 
significa a integração de operações internacionalmente dispersas e as unidades que 
as representam; isso se torna uma implicação para parcerias, incluindo aquelas 
relacionadas à atividade de logística na cadeia de suprimentos global. O 
gerenciamento global da cadeia de suprimentos visa combinar todas as operações 
realizadas por todos os elos, a fim de transformar matérias-primas e produtos semi-
acabados em produtos acabados, entregando-os aos clientes em todo o mundo, 
juntamente com o serviço adequado. 
Adicionalmente, os processos logísticos realizados dentro da cadeia de 
suprimentos mostram uma tendência comum de atravessar fronteiras nacionais, o 
que implica modificações significativas nas relações que ocorrem dentro, por 
exemplo: 
 Expansão das relações mútuas por meio de vínculos mais estreitos nos 
sistemas de informação utilizadospelos expedidores e transportadores de 
mercadorias, estâncias aduaneiras e agências; 
 Ênfase crescente na necessidade de monitoramento constante dos fluxos 
internacionais de produtos, a fim de garantir suprimentos de importação; 
 Aumentar os requisitos de eficiência para os links, a fim de fornecer 
entregas para os mercados localizados nas partes remotas do mundo. 
Os líderes da economia global são aquelas empresas direcionadas às 
necessidades de seus clientes "globais". Para esses clientes, o objetivo da compra 
são os produtos que parecem ideais em termos de qualidade, tecnologia ou 
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funcionalidade e que podem ser adquiridos com os preços mais baixos possíveis, no 
local e horário mais conveniente. 
Essas necessidades devem ser atendidas pelas estratégias das empresas 
globais que projetam e, posteriormente, produzem produtos globais, utilizando as 
realizações de tecnologias interdisciplinares, como comunicação, automação, 
robótica, sistemas de fabricação flexíveis, engenharia de materiais (especialmente 
usando nanomateriais), microeletrônica, tecnologia da informação. 
As empresas corporativas alcançam seus clientes em potencial em todo o 
mundo com informações sobre seus produtos ou serviços, por meio de ações de 
promoção global; eles constroem redes mundiais de produção e distribuição, bem 
como sistemas de logística que permitem que esses produtos alcancem fisicamente 
seus consumidores e usuários em todos os cantos do mundo. 
Para fins de ilustração, pode-se observar na Figura 2 os diversos sistemas 
integrados na logística globalizada. 
 
Figura 2 – Sistema de logística globalizada 
 
Fonte: PLACO (2016) 
 
1.5 LOGÍSTICA SUSTENTÁVEL 
 
Um setor de transporte de mercadorias eficiente e eficaz é essencial para a 
economia e a sociedade como um todo. No entanto, os benefícios têm um custo 
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ambiental. O setor de transporte possui uma participação significante no consumo 
de energia primária e é um dos maiores emissores de gases de efeito estufa. 
A integração dos aspectos econômicos e ambientais do transporte de 
mercadorias é frequentemente chamada de logística verde. Não existe uma 
definição clara ou legal de logística verde, mas geralmente é entendida como 
enfática, principalmente, do retorno econômico com alguns efeitos ambientais 
secundários positivos (por exemplo, otimização de carga, transporte eficiente ou 
aprimoramento de rota). 
A contribuição substancial do setor de transportes para as mudanças climáticas 
por meio de emissões de gases do efeito estufa torna necessário inverter a lógica da 
logística verde, colocando a sustentabilidade em primeiro lugar. A sustentabilidade 
concentra-se simultaneamente nas necessidades das pessoas, do planeta e no 
lucro. Devido à abrangência das medidas aplicadas, governos e administrações 
públicas tendem a estar mais interessados no conceito de logística sustentável do 
que na logística verde, onde o financiamento público pode frequentemente estar 
diretamente ligado aos correspondentes efeitos ambientais ou sociais. 
As empresas sustentáveis, de modo geral, frequentemente descrevem sua 
compreensão da sustentabilidade em um relatório de sustentabilidade que resume 
as medidas tomadas em direção a objetivos econômicos, ecológicos e sociais. 
Alguns aspectos importantes geralmente relatados são: 
 Redução de emissões usando modernas tecnologias de propulsão; 
 Redução do desperdício de embalagens; 
 Instalação de sistemas geração e cogeração renovável; 
 Uso de materiais reciclados em embalagens, pneus etc; 
 Instalação de sistema de tratamento de águas residuais; 
 Otimização de viagem usando sistemas de navegação e telemática; 
 Treinamento e qualificação de motoristas para o uso eficiente e ecológico. 
 
1.6 LOGÍSTICA REVERSA 
 
Logística reversa representa todas as operações relacionadas ao 
reaproveitamento de produtos e materiais. Sobre isto, destaca-se que: 
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"o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e 
econômico de matérias-primas, estoque em processo, produtos acabados e 
informações relacionadas do ponto de consumo ao ponto de origem para 
fins de recaptura de valor ou disposição. Mais precisamente, logística 
reversa é o processo de movimentação de mercadorias de seu destino final 
típico com a finalidade de captura de valor ou destinação adequada. 
Atividades de remanufatura e recondicionamento também podem ser 
incluídos na definição de logística reversa”. 
(CORREIA, 2011, online) 
 
O processo de logística reversa inclui a gestão e comercialização de sobras, 
bem como a devolução de equipamentos e máquinas do negócio de locação de 
hardware. Normalmente, a logística lida com eventos que trazem o produto até o 
cliente. No caso da logística reversa, o recurso retrocede pelo menos um passo na 
cadeia de suprimentos. Por exemplo, as mercadorias passam do cliente para o 
distribuidor ou para o fabricante. Quando o produto de um fabricante, normalmente, 
se move pela rede da cadeia de suprimentos, é para chegar ao distribuidor ou 
cliente. 
Qualquer processo ou gerenciamento após a venda do produto envolve 
logística reversa. Se o produto estiver com defeito, o cliente devolverá o produto. A 
empresa de manufatura teria então que organizar o envio do produto com defeito, 
testando o produto, desmontando, consertando, reciclando ou descartando o 
produto. O produto viajaria no sentido inverso pela rede da cadeia de suprimentos 
para reter qualquer uso do produto com defeito. A logística para essas questões é a 
logística reversa. 
 
INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA 
O QUE É LOGÍSTICA SUSTENTÁVEL E QUAL A SUA IMPORTÂNCIA PARA AS 
EMPRESAS? 
Disponível em: https://www.prestex.com.br/blog/o-que-e-logistica-sustentavel-e-qual-
a-sua-importancia-para-as-empresas/ 
 
Com o que foi abordado até então, espera-se que o aluno tenha adquirido 
conceitos suficientes para o desenvolvimento do assunto de logística empresarial a 
partir dos próximos capítulos. A ênfase do próximo capítulo reside em tratar sobre o 
escopo do gerenciamento das cadeias de suprimentos. 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
CAPÍTULO 2 - ESCOPO DA LOGÍSTICA 
 
A globalização trouxe homogeneização das necessidades do consumidor, 
liberalização do comércio e vantagens competitivas de operar. As empresas são 
forçadas a pensar e agir globalmente para sobreviver em um ambiente tão dinâmico. 
Além disso, outra mudança significativa diz respeito aos clientes, pois eles são maisexigentes em termos de qualidade, prazo de entrega e atendimento de pedidos. 
Nesse contexto, as empresas devem ser cada vez mais flexíveis e reativas 
para antecipar e se adaptar a essas mudanças. Essa busca por flexibilidade e 
reatividade afeta a concepção e o gerenciamento de empresas e, de maneira mais 
geral, seus sistemas logísticos, contribuindo para o desenvolvimento de relações de 
parceria e para o surgimento de fusões ou alianças estratégicas entre empresas. 
Como resultado, uma empresa não pode mais ser considerada como uma entidade 
isolada, mas como um componente de uma rede de suprimentos mais ampla. 
As empresas, de modo geral, começaram a implementar várias estratégias 
para permanecerem competitivas no mercado. A logística é uma das principais 
áreas desses processos, pois a entrega de mercadorias ao comprador é tão 
importante quanto qualquer outra atividade nos negócios e no marketing. Muitas 
vezes, a parte mais crucial do comércio é a entrega pontual de mercadorias a um 
custo razoável. De fato, o potencial comprador pode estar disposto a pagar um 
preço ainda mais alto por suprimentos oportunos. 
O surgimento da logística como atividade integradora, com o movimento de 
matérias-primas de suas fontes de suprimento para a linha de produção, terminando 
com o movimento de produtos acabados para o cliente, ganhou especial 
importância. Anteriormente, todas as funções que incluíam logística não eram vistas 
como componentes de um único sistema. 
O desenvolvimento do interesse em logística, após a revolução industrial e a 
Segunda Guerra Mundial, contribuiu para o crescimento do escopo das atividades 
logísticas. As seguintes áreas listadas adiante são o principal escopo da logística: 
 Previsão de demanda; 
 Comunicação de distribuição; 
 Controle de inventário; 
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 Manuseio de materiais; 
 Processamento de pedido; 
 Suporte de peças e serviços; 
 Seleção lateral da planta e do armazém; 
 Compras; 
 Embalagem; 
 Eliminação de resíduos e sucata; 
 Tráfego e transporte; 
 Armazenagem e armazenamento; 
 Utilitário Hora e Local; 
 Movimento eficiente para o cliente; 
 Devolução de mercadorias; 
 Atendimento ao Cliente. 
Mediante o exposto como escopo da logística, deve-se entendê-la como 
movimentação, armazenamento e fluxo de mercadorias, serviços e informações 
dentro e fora da organização. O gerenciamento de todas as atividades que estão 
direta ou indiretamente ligadas a estes processos é denominado Gestão da Cadeia 
de Suprimentos (SCM, do inglês, Supply Chain Management). 
A gestão da cadeia de suprimentos é uma maneira de vincular os principais 
processos de negócios dentro e entre empresas em um modelo de negócios de alto 
desempenho que gera vantagem competitiva. Neste sentido, o foco principal da 
SCM é uma vantagem competitiva, enquanto o foco principal da logística é atender 
aos requisitos do cliente. 
 
2.1 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS OU SUPPLY CHAIN 
MANAGEMENT (SCM) 
 
Uma cadeia de suprimentos é basicamente um grupo de organizações 
independentes conectadas por meio de produtos e serviços aos quais elas agregam 
valor separadamente e / ou em conjunto, a fim de entregá-los ao consumidor final. É 
um conceito estendido de uma organização que agrega valor aos seus produtos ou 
serviços e os entrega aos seus clientes. 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Nas últimas três décadas, o conceito e a teoria da gestão de negócios 
passaram por profundas mudanças e desenvolvimento. Muitas formas antigas de 
fazer negócios foram desafiadas e muitas novas ideias e abordagens foram criadas, 
entre elas, a reengenharia de processos de negócios, gerenciamento estratégico, 
pensamento enxuto, fabricação ágil, balanced scorecard, estratégia do oceano azul 
etc. O gerenciamento da cadeia de suprimentos (SCM, do inglês Supply Chain 
Management) é, sem dúvida, uma daquelas abordagens de gerenciamento novas e 
bem desenvolvidas que surgiram e se desenvolveram rapidamente em todos os 
setores do mundo. 
A primeira aparição do termo SCM, como conhecemos hoje, publicado em 
mídias e literaturas reconhecíveis, remonta ao início dos anos 80. Mais 
precisamente, ele apareceu pela primeira vez em um artigo do Financial Times, 
escrito por Oliver e Webber em, 1982, descrevendo a gama de atividades realizadas 
pela organização na aquisição e gerenciamento de suprimentos. No entanto, as 
primeiras publicações do gerenciamento da cadeia de suprimentos na década de 80 
foram focadas principalmente em atividades de compra e atividades relacionadas à 
redução de custos. 
O grande desenvolvimento e os aumentos significativos de publicações nas 
áreas de integração da cadeia de suprimentos e relacionamento fornecedor-
comprador ocorreram nos anos 90, quando o conceito como conhecemos hoje foi 
gradualmente estabelecido. 
Sob um ambiente de negócios renovado, uma abordagem de gerenciamento 
focada na organização não é mais adequada para oferecer a competitividade 
necessária. Os gerentes devem, portanto, entender que seus negócios são apenas 
parte das cadeias de suprimentos das quais participaram e é a cadeia de 
suprimentos que ganha ou perde a concorrência. 
Assim, a arena da concorrência está passando de "organização contra 
organização" para "cadeia de suprimentos contra cadeia de suprimentos". A 
sobrevivência de qualquer empresa, hoje, não depende mais apenas de sua própria 
capacidade de competir, mas da capacidade de cooperar na cadeia de suprimentos. 
A relação aparentemente independente entre as organizações dentro da cadeia 
de suprimentos se torna cada vez mais interdependente. Você “afunda ou nada com 
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a cadeia de suprimentos”. A maneira mais prática e realmente mais segura de 
gerenciar melhor um negócio é gerenciá-lo junto com a cadeia de suprimentos por 
meio de posicionamento estratégico apropriado, configuração estrutural adequada, 
colaboração, integração e liderança. A importância primordial de fazer isso não 
deriva das teorias ou do raciocínio, mas é suportada pela melhoria do desempenho 
dos negócios e pelos resultados medidos pelo mercado pelos clientes. 
 
2.1.1 Cnceitos, Objetivos e Características 
Um amplo consenso conceitual sobre a noção de Supply Chain (SC, do inglês, 
Cadeia de Suprimentos) e Supply Chain Management (SCM, do inglês, Gestão da 
Cadeia de Suprimentos) está além da dúvida razoável de qualquer pessoa devido às 
diversas definições encontradas na literatura. Com base nisso, define-se para este 
módulo o seguinte: 
 Supply Chain (SC): a cadeia de suprimentos é definida como um grupo de 
empresas participantes interconectadas que agregam valor a um fluxo de 
insumos transferidos de sua fonte de origem para os produtos ou serviços 
finais exigidos pelos consumidores finais designados; 
 Supply Chain Management (SCM): o gerenciamento da cadeia desuprimentos é simples e, em última instância, o gerenciamento de 
negócios, qualquer que seja seu contexto específico, percebido e 
representado a partir da perspectiva relevante da cadeia de suprimentos. 
Da definição de cadeia de suprimentos, existem várias características 
principais que já foram usadas para retratá-la. Primeiro, uma cadeia de suprimentos 
é formada, e só pode ser formada, se houver mais de uma empresa participante. 
Segundo, as empresas participantes de uma cadeia de suprimentos normalmente 
não pertencem à mesma propriedade comercial e, portanto, existe uma 
independência legal entre elas. Terceiro, essas empresas estão interconectadas no 
compromisso comum de agregar valor ao fluxo de material que atravessa a cadeia 
de suprimentos. Esse fluxo de material, para cada empresa, entra como insumo 
transformado e sai como resultado de valor agregado. 
Intuitivamente, pode-se imaginar uma cadeia de suprimentos como algo 
semelhante a uma “cadeia”, na qual os “elos” são as empresas participantes que 
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estão interconectadas no processo de agregação de valor, como se pode ver na 
Figura 3. O link no lado a montante do fluxo de material é o fornecedor do 
fornecedor; e no lado a jusante do fluxo de material está o cliente. Geralmente, há o 
fabricante no meio. 
 
Figura 3 – Fluxo de entrega de valor da cadeia de suprimentos 
 
Fonte: autoria própria (2019). 
 
No final de uma cadeia de suprimentos, encontra-se o produto e / ou serviço 
criado pela cadeia de suprimentos para o consumidor final. Assim, a razão 
fundamental da existência de uma cadeia de suprimentos está ligada ao 
atendimento ao consumidor final no mercado. O grau de quão bem uma cadeia de 
suprimentos pode atender seus consumidores define, em última análise, sua 
vantagem competitiva no mercado. 
Por sua vez, definir o gerenciamento da cadeia de suprimentos pode ser 
extremamente fácil e extremamente difícil. É fácil, porque é amplamente conhecido e 
praticado em quase todas as empresas. Dificilmente é necessário ensinar o "A, B, C" 
novamente. Também é extremamente difícil porque a definição deve capturar tudo o 
que o gerenciamento da cadeia de suprimentos na prática alcançou em toda parte. 
Raramente qualquer aspecto do gerenciamento organizacional de negócios 
não está relacionado ou influenciado pelas empresas externas da cadeia de 
suprimentos. Portanto, a melhor maneira de gerenciar os negócios é levar em 
consideração e se envolver com as organizações externas na tomada de decisões, a 
fim de alcançar os objetivos finais dos negócios, o que significa gerenciamento da 
cadeia de suprimentos. 
Fornecedor do 
fornecedor 
Fornecedor Fabricante Distribuidor Varejista Consumidor 
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Em outras palavras, a tentativa de identificar um conjunto de atividades de 
gerenciamento da cadeia de suprimentos que não tem nada a ver com atividades 
conhecidas de gerenciamento de negócios seria inútil. O início do conceito de 
gerenciamento da cadeia de suprimentos não criou um novo conjunto de atividades 
funcionais que nunca haviam sido realizadas antes. O que ele criou é uma nova 
maneira de entender como as atividades de negócios podem ser melhor realizadas. 
O gerenciamento da cadeia de suprimentos definido como tal já elevou o 
conceito moderno de gerenciamento de negócios do domínio focado na organização 
ao sistema focado na cadeia de suprimentos, dando origem à maior eficácia na 
consecução dos objetivos estratégicos. Como já comentado nesta seção, a 
concorrência de hoje não é mais vista como a empresa contra a empresa, mas a 
cadeia de suprimentos contra a cadeia de suprimentos. O gerenciamento da cadeia 
de suprimentos é, portanto, uma nova perspectiva em relação às atividades antigas. 
Essa definição explica efetivamente porque o gerenciamento da cadeia de 
suprimentos pode ser feito de maneiras tão diversas; porque atividades de 
gerenciamento aparentemente completamente diferentes podem ser chamadas de 
gerenciamento da cadeia de suprimentos; porque agora a mesma função de 
gerenciamento tradicional tem o direito de gerenciar a cadeia de suprimentos; e 
assim por diante. A resposta é simplesmente isso, porque começamos a ver os 
problemas de gerenciamento e a tomar ações da perspectiva da cadeia de 
suprimentos. 
Essa definição certamente dá ao conceito de gerenciamento da cadeia de 
suprimentos uma natureza onipresente e generalizada. Mas isso não significa que 
não haja nada identificável exclusivamente por si só. Ainda é possível identificar 
alguns componentes conceituais praticamente muito úteis do gerenciamento da 
cadeia de suprimentos. Qualquer prática e atividade de gerenciamento da cadeia de 
suprimentos é capturada pelos três componentes conceituais: configuração da SC; 
relacionamento com a SC; e coordenação da SC. A Figura 4, a seguir, ilustra a 
relação entre os componentes conceituais e, em seguida, a explicação de cada 
componente. 
 
 
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Figura 4 - Relacionamento dos componentes de SCM 
 
Fonte: autoria própria (2019). 
 
 A configuração da cadeia de suprimentos é sobre como uma cadeia de 
suprimentos que é construída a partir de todas as empresas participantes. 
Isso inclui o tamanho da base de suprimento para o fabricante; quão 
ampla ou estreita é a extensão da integração vertical (que é a propriedade 
única de atividades consecutivas ao longo da cadeia de suprimentos); 
quanto das operações do fabricante são terceirizadas; como o canal de 
distribuição a jusante é projetado; e assim por diante. Também é 
conhecida como arquitetura da cadeia de suprimentos. A decisão sobre a 
configuração da cadeia de suprimentos é estratégica e em um nível 
superior; 
 O relacionamento da cadeia de suprimentos trata de relacionamentos 
entre empresas em toda a cadeia de suprimentos, embora o foco principal 
do relacionamento esteja frequentemente no fabricante, em seus 
fornecedores de primeira linha e clientes de primeira linha, assim como no 
relacionamento entre eles. O tipo e o nível do relacionamento são 
determinados pelo conteúdo das trocas interorganizacionais. É provável 
que o relacionamento seja do tamanho de um braço se eles apenas 
trocaram o volume e o preço da transação; por outro lado, o 
relacionamento seria considerado uma parceria próxima se as partes 
SCM 
Configuração 
Relaciona- 
mento 
Coordenação 
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trocassem sua visão, planejamento de investimentos, processo e 
informações financeiras detalhadas. A decisãosobre o relacionamento da 
cadeia de suprimentos é estratégica e operacional; 
 Coordenação da cadeia de suprimentos refere-se principalmente à 
coordenação operacional entre empresas dentro de uma cadeia de 
suprimentos. Envolve a coordenação de fluxos contínuos de material dos 
fornecedores para os compradores e até o consumidor final, de maneira 
preferencialmente JIM. O gerenciamento de estoque em toda a cadeia de 
suprimentos pode ser um ponto focal importante para a coordenação. 
Capacidade de produção, previsão, programação de fabricação e até 
serviços ao cliente constituirão o principal conteúdo das atividades de 
coordenação na cadeia de suprimentos. A decisão sobre a coordenação 
da cadeia de suprimentos tende a ser operacional. 
 
 
2.1.2 Integração de Atividades Intra e Interorganizacional 
A integração da cadeia de suprimentos pode ser definida como uma estreita 
coordenação interna e externa entre as operações e processos da cadeia de 
suprimentos, sob a visão e o valor compartilhados entre os membros participantes. 
Normalmente, uma cadeia de suprimentos bem integrada exibirá alta visibilidade, 
menor estoque, alta capacidade de utilização, prazo de entrega curto e alta 
qualidade do produto (baixa taxa de defeitos). Portanto, gerenciar a integração da 
cadeia de suprimentos tornou-se uma das abordagens mais comuns de 
gerenciamento da cadeia de suprimentos que podem enfrentar os desafios globais. 
No entanto, não existe uma cadeia de suprimentos estritamente 100% 
integrada, nem qualquer uma que seja estritamente 0% integrada. É sobre o quanto 
a cadeia de suprimentos está integrada do ponto de vista de uma empresa focal. A 
questão da integração de suprimentos é particularmente importante quando a cadeia 
de suprimentos é formada por membros espalhados em todo o mundo. 
O estreito relacionamento entre os membros da cadeia de suprimentos é uma 
parte indispensável da integração da cadeia de suprimentos, e a integração da 
cadeia de suprimentos é uma parte indispensável do sucesso dos negócios. 
Qualquer empresa precisa desenvolver uma coordenação eficaz dentro e além de 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
seus limites, a fim de maximizar o potencial de conversão de vantagem competitiva 
em rentabilidade. 
Basicamente, é disso que trata a integração da cadeia de suprimentos. 
Conceitualmente, a integração da cadeia de suprimentos significa que as empresas 
participantes legalmente independentes coordenam-se perfeitamente, como se 
fossem uma empresa, a fim de alcançar o objetivo comum. 
Uma cadeia de suprimentos integrada coordenará o atendimento do pedido 
para corresponder ao consumo real no final da cadeia de suprimentos e sincronizará 
a produção dos fornecedores para garantir a entrega oportuna dos produtos no local 
certo, na hora certa e com o preço certo. O Walmart, por exemplo, compartilha 
dados de pontos de venda, incluindo dados de vendas e estoque com seus 
principais fornecedores. O rastreamento das vendas diárias permite que os 
fornecedores diferenciem itens populares de itens lentos e respondam rapidamente 
para reabastecer ou descontinuar os itens nas lojas de varejo, onde a forte 
coordenação propicia a redução dos custos de estoque. 
Na Figura 5 está evidenciada uma estrutura de integração da SC. Ela analisa o 
fluxo de produtos que passa por uma cadeia de suprimentos típica, que tem o 
fabricante como a empresa focal no meio, envolvendo duas camadas de 
fornecedores a montante e duas camadas de clientes a jusante. Acima de tudo, o 
fluxo de informações através da cadeia de suprimentos é a infraestrutura essencial 
para a integração. O conteúdo da integração é gerenciado em 8 dimensões, sendo 
elas: 
 Gerenciamento de relacionamento com cliente; 
 Gerenciamento de atendimento ao cliente; 
 Gerenciamento de demanda; 
 Atendimento de pedidos; 
 Gerenciamento de fluxo de fabricação; 
 Gerenciamento de relacionamento com fornecedores; 
 Desenvolvimento e comercialização de produtos; 
 Gerenciamento de devoluções. 
 
 
 
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Figura 5 – Processo de SCM 
 
Fonte: adaptado de CROXTON, K. L., GARCIA-DASTUGE, D.M. et al (2001). 
 
A coordenação entre empresas independentes, como fornecedores de 
matérias-primas, fabricantes, distribuidores, fornecedores terceirizados de logística e 
varejistas é a chave para obter a flexibilidade necessária para permitir que eles 
melhorem progressivamente os processos da cadeia de suprimentos em resposta às 
rápidas mudanças nas condições do mercado. A má coordenação entre os membros 
da cadeia pode causar desempenho operacional disfuncional. Algumas das 
consequências negativas da falta de coordenação incluem custos de estoque, 
prazos de entrega mais longos, custos mais altos de transporte, níveis mais altos de 
perdas e danos e menor atendimento ao cliente. 
Como os membros da cadeia de suprimentos são amplamente independentes, 
as mudanças que ocorrem em qualquer um deles provavelmente afetam o 
desempenho dos outros e da cadeia de suprimentos como um todo. O desempenho 
da cadeia de suprimentos, portanto, é sempre o desempenho "integrado", com ou 
sem influência de gerenciamento, ou seja, a cadeia de suprimentos está interligada 
de uma maneira ou de outra, embora muito complexa. No entanto, para melhorar o 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
desempenho geral da cadeia de suprimentos para um nível desejado, um esforço 
coordenado deve ser realizado. Uma ação coordenada não apenas se mostrou útil, 
mas talvez seja a única abordagem eficaz para mitigar a variabilidade da demanda e 
o excesso de estoques no processo. 
Se a integração da cadeia de suprimentos é sobre o processo de 
planejamento, execução e controle da interdependência de atividades realizadas por 
diferentes membros ou unidades de negócios da cadeia de suprimentos, a fim de 
criar valor para o consumidor final, o gerenciamento da cadeia de suprimentos está 
basicamente gerenciando a integração da cadeia de suprimentos. 
Grande parte do design da cadeia de suprimentos é determinada pela extensão 
da integração vertical. A integração vertical é definida como a propriedade única de 
atividades consecutivas ao longo da cadeia de suprimentos, o que não deve ser 
confundido com o conceito de integração da cadeia de suprimentos. Uma cadeia de 
suprimentos bem integrada pode não ter uma grande extensão de integração 
vertical. Se um fabricante não possui a propriedade de seus fornecedores e clientes, 
é considerado como possuidor de uma extensão estreita de integração vertical. Por 
outro lado, se tem vários níveis de fornecedores e clientes, é considerado como 
possuidor de uma grande extensão de integração vertical. 
 
2.1.3 Indicadores de Desempenho Logístico na Cadeia de Suprimentos 
A cadeia de suprimentos é essencialmente a espinha dorsal de qualquer 
negócio: um ecossistema vivo que garante a entrega suave, eficientee consistente 
de um produto ou serviço de um fornecedor para o cliente. E se sua cadeia de 
suprimentos for ineficiente, ineficaz ou fragmentada, isso poderá prejudicar 
seriamente suas perspectivas comerciais. 
Estudos recentes sugerem que 79% das empresas com cadeias de 
suprimentos de alto desempenho obtêm um crescimento de receita superior à média 
em seu setor. No entanto, apesar do claro valor de desenvolver uma cadeia de 
suprimentos eficiente, 40% das empresas não estão olhando para métricas ou 
automação de desempenho da cadeia de suprimentos para melhorar seus 
processos. 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
As métricas da cadeia de suprimentos são definidas estabelecendo parâmetros 
específicos que são usados para quantificar e definir o desempenho da cadeia de 
suprimentos. As métricas podem ser utilizadas nas métricas de precisão e 
rotatividade do inventário, até a proporção entre estoque e vendas. 
Com relação ao crescimento, à evolução, ao desenvolvimento e sucesso 
contínuos dos esforços de fornecimento, atendimento e entrega da sua empresa, as 
métricas de desempenho da cadeia de suprimentos são as ferramentas mais 
valiosas disponíveis na ponta dos dedos. Ao coletar, curar e analisar as principais 
métricas da cadeia de suprimentos, você poderá detectar ineficiências em seu 
ecossistema, capitalizando seus pontos fortes atuais e estabelecer metas que 
ajudarão sua cadeia de suprimentos a crescer com o sucesso de sua empresa. 
Dito isso, o gerenciamento da cadeia de suprimentos precisará de um conjunto 
de indicadores-chave de desempenho (KPI, do inglês, Key Performance Indicators). 
Alguns dos KPI mais usados para cadeias de suprimentos estão relacionados 
abaixo: 
 Ciclo de tempo de caixa em dinheiro: calcular o tempo necessário para 
transformar seus recursos em fluxos de caixa genuínos; 
 Precisão na conta de frete: fundamental para a lucratividade e a 
satisfação do cliente; 
 Taxa de Pedidos Perfeita: mede o sucesso de sua capacidade de 
entregar pedidos sem incidentes; 
 Dias de vendas pendentes: mede a rapidez com que você é capaz de 
coletar ou gerar receita de seus clientes; 
 Rotatividade de estoque: permite entender o número de vezes que seu 
estoque inteiro foi vendido em um determinado período de tempo; 
 Margem Bruta sobre Retorno de Investimento em Inventário: visão de 
quais itens do seu inventário são de baixo desempenho e quais valem a 
pena investir em mais; 
 Envio no prazo: quanto tempo você pode precisar para enviar um tipo 
específico de pedido a um cliente; 
 Motivo do retorno: visão astuta dos vários motivos que levam os clientes 
a devolverem seus pedidos; 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
 Velocidade de Inventário: instantâneo visual da porcentagem de 
inventário projetada para consumo dentro do próximo período; 
 Dias de suprimentos em estoque: número de dias que você levaria para 
ficar sem estoque, se não for reabastecido. 
Fundamentalmente, os KPI para a cadeia de suprimentos mede a capacidade 
de resposta do mercado em termos de velocidade da variedade de produtos e 
qualidade do serviço. No entanto, os KPI detalhados de uma organização específica 
devem estar alinhados com suas estratégias de negócios de nível superior e 
relacionados ao setor da indústria e às categorias de produtos. Ou seja, os KPI 
devem variar para cada configuração do SCM, a depender da característica de cada 
empresa e mercado no qual esteja inserida. 
 
2.2 GESTÃO ORGANIZACIONAL GLOBALIZADA 
 
Até o momento, nosso mercado mundial é dominado principalmente por muitas 
marcas globais bem estabelecidas. Nas últimas três décadas, tem havido uma 
tendência constante de convergência do mercado global: a tendência de os 
mercados nativos começarem a convergir para um conjunto de produtos ou serviços 
similares em todo o mundo. O resultado final da convergência do mercado global é 
que as empresas obtiveram sucesso em seus produtos ou serviços e agora têm o 
mundo inteiro para abraçar tanto o marketing quanto o suprimento. 
Para as organizações e suas cadeias de suprimentos, a lógica de se tornar 
global também é claramente reconhecível do ponto de vista econômico. Eles estão 
apenas buscando oportunidades de crescimento expandindo seus mercados para 
onde quer que haja mais potencial de lucro; e onde quer que os recursos sejam mais 
baratos, a fim de reduzir os custos gerais da cadeia de suprimentos. As 
colaborações interorganizacionais nas fronteiras tecnológicas e nas presenças de 
mercado, nos mercados predominantemente não homogêneos, também podem ser 
os fortes impulsionadores dos bastidores. 
Nesse estágio global, há várias características importantes que as cadeias de 
suprimentos globais precisam reconhecer antes de poderem se orientar: 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
 Sem fronteiras: as fronteiras nacionais não são mais os limites para o 
desenvolvimento da cadeia de suprimentos em termos de fornecimento, 
marketing, fabricação e entrega. Esse fenômeno sem fronteiras está 
muito além dos fluxos visíveis de materiais da cadeia de suprimentos 
globalizada. Também se manifesta fortemente em termos de dimensões 
invisíveis do desenvolvimento global, como marcas, serviços, colaboração 
tecnológica e financiamento; 
 Conexão cibernética: o ambiente de negócios global não é mais um 
cluster de muitos mercados locais independentes, mas surgiu como um 
mercado único interconectado por meio de conexões cibernéticas 
predominantemente e cada vez mais importantes. Por esse motivo, a 
interconexão do nosso ambiente de negócios global é quase "invisível", 
espontânea, menos controlável e certamente irreversível; 
 Desregulamentado: as barreiras comerciais em todo o mundo foram 
demolidas ou pelo menos significativamente reduzidas. As zonas 
econômicas e de livre comércio em todo o mundo promoveram uma 
concorrência aberta e justa e criaram, embora nunca perfeitas, condições 
equitativas no cenário global. A desregulamentação simplifica e remove 
as regras e regulamentos que restringem a operação do mercado; 
 Consciência ambiental: a última década testemunhou as crescentes 
preocupações com o impacto negativo dos negócios e do 
desenvolvimento econômico no ambiente natural. O movimento global em 
direção a estratégias de negócios mais sustentáveis e ecologicamente 
corretas desempenha um papel importante no desenvolvimento da cadeia 
global de suprimentos de hoje. Isso também é impulsionado pelas ações 
de legisladores e agências reguladoras. A pegada de carbono é agora 
uma medida importante de desempenho da sustentabilidade para muitas 
cadeias de suprimentos globais; 
 Responsabilidade social: junto com isso, há um impacto 
socioeconômico mais amplo. O comércio justo e a ética nos negócios se 
tornam cada vez mais as principais medidas de responsabilidade social 
das empresas e os principais fatores para a tomada de decisões de 
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