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pericia contabil unidade 4 material de estudo

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02/03/2022 19:31 Ead.br
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introdução
Introdução
Na justiça do trabalho, a necessidade de produzir provas através de cálculos trabalhistas faz com
que o perito em contabilidade tenha uma grande demanda para para esses casos, em sua maioria
PERÍCIA PERÍCIA 
CONTÁBILCONTÁBIL
Me. Miki Sangawa
IN IC IAR
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de con�itos entre empregado e empregador, na ocasião de rescisão contratual de trabalho ou ainda
quando há um acordo pessoal ou coletivo sobre os direitos que as leis.
Não é à toa que dados de 2017 do Conselho Nacional de Justiça demonstraram que a Justiça do
Trabalho ainda lidera o número de novos processos ingressados por meio eletrônico, comparado
com as demais áreas.
Dessa forma, abordaremos nesta unidade o conhecimento teórico mínimo para que o perito atue na
área trabalhista e, por �m, ponha em prática esse conhecimento.
Bons estudos!
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No âmbito da Justiça do Trabalho, a atuação do perito contador abrange, basicamente, segundo
Alberto (1996, p. 112), “[...] a apuração de haveres dos empregados retidos junto ao patrimônio dos
empregadores, e na análise dos valores patrimoniais dos empregadores, nas ações trabalhistas em
que se discutem dissídios coletivos”.
Isso signi�ca que o perito contador irá atuar com folhas de pagamentos, recibos, comissões, bases
legais para cálculo de juros de mora, bases legais para aumentos salariais de qualquer natureza,
guias de recolhimento de impostos, en�m, quaisquer documentos que constituam a prova pericial
da quitação dos valores devidos a um ou mais trabalhadores, em conformidade com a legislação ou
a situação econômica-�nanceira de uma empresa que comprove a capacidade ou incapacidade de
cumprir dissídios, convenções coletivas, acordos coletivos etc.
Um processo trabalhista é composto de cinco etapas, a saber: inicial, contestação, instrução,
julgamento e liquidação da sentença, estando presentes os cálculos em qualquer uma das etapas
para dar embasamento à sentença que o magistrado procederá.
Por esse motivo, o perito-contador deverá ter um profundo conhecimento, não apenas do universo
trabalhista, mas também de cálculos �nanceiros.
Salário e remuneração
Para abordamos o conhecimento necessário para os estudos da perícia contábil no âmbito
trabalhista, primeiramente, devemos diferenciar o que é salário e remuneração.
Salário é uma contraprestação pelo serviço prestado por um empregado, em decorrência do
contrato de trabalho.
Existem dois tipos de salário:
Salário �xo: é o valor �xo pago ao trabalhador pelos 30 dias de trabalho, em dia.
Perícia Judicial TrabalhistaPerícia Judicial Trabalhista
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Salário variável: é valor pago ao trabalhador que depende da produção ou unidade de tempo.
Quaisquer valores acrescidos ao salário que seja de direito do trabalhador, como horas extras,
décimo terceiro salário e adicional noturno, dentre outros, constituem, esse montante, a
remuneração.
Legalmente, segundo a Lei 13.467/2017 (on-line), que reformula a CLT, a remuneração é constituída
por verbas que fazem base para cálculo de 13º salário, férias e rescisões, dentre outros: horas,
extras, adicional noturno, adicional de periculosidade, adicional de insalubridade, descanso semanal
remunerado, comissões, gorjetas e quebra-caixa.
Portanto, a partir dessa lei, não fazem mais parte da remuneração: abonos; prêmios (assiduidade,
triênio, anuênio, biênios, quinquênios); ajuda de custos, exceto quando esse superar a 50% do
salário recebido pelo empregado, conforme MP 808/2017; abonos habituais Salário in Natura –
fornecimento habitual de qualquer vantagem concedida ao empregado (aluguel de casa, carros,
escola de �lhos, etc.); e diárias para viagem.
Descanso semanal remunerado
O descanso semanal remunerado (DSR) é um direito de todo trabalhador – garantido pela
Constituição Federal, art. 7º, inciso XV (2019, on-line) – de descansar pelo menos uma vez por
semana, sem que haja ônus na sua remuneração.
Há uma preferência pelos domingos, mas nada impede que outros dias da semana sejam utilizados
para essa folga.
Seu valor é obtido a partir da fórmula:
DSR = (Valor total das horas extras do mês/ dias úteis) x domingos e feriados x valor da hora extra
com acréscimo de dias úteis.
Para os trabalhadores horistas, o DSR é obtido através da fórmula:
Horas trabalhadas / dias úteis x quantidade de domingos e feriados
Resultado x valor da hora
Por exemplo:
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Quadro 4.1 - Exemplo do cálculo de DSR 
Fonte: Elaborado pelo autor.
praticar
Vamos Praticar
Suponha que um trabalhador receba por hora trabalhada um valor de R$ 25,00. Nesse mês, que tem 25 dias
úteis, laborou por 250 horas e nos demais dias do mês, feriados e domingos, optou por descansar.
Com base nesse trecho, é correto a�rmar que o seu salário bruto nesse mês valerá:
a) R$ 7.500,00
b) R$ 2.850,00
c) R$ 3.150,00
d) 300.240 x 215 = 753.600 R$ 3.325,00
e) 300.240 x 215 = 753.600 R$ 2.675,00
Suponha que um trabalhador receba por hora trabalhada um valor de R$ 15,00.  Nesse mês,
que tem 25 dias úteis, laborou por 200 horas, e nos demais dias do mês, feriados e
domingos, optou por descansar. 
Com base nesse trecho, é correto a�rmar que o seu salário bruto nesse mês valerá: 
200 horas / 25 dias = 8 horas por dia 
8 horas por dia x 5 dsr = 40 dsr/mês 
(200 + 40) = 240 240 x 15 = 3.600
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Para realizarmos os cálculos trabalhistas, primeiramente, um perito deve conhecer o universo
trabalhista, regido por leis e normas.
Adicional de periculosidade, de insalubridade e de transferência
De acordo com o tipo de atividade ou operação exercida pelo trabalhador, pelo contato com agente
nocivos à saúde e, até mesmo, a transferência do local de trabalho, um valor adicional em seu
salário pode ser devido em função da periculosidade, insalubridade ou transferência.
Adicional de periculosidade
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o adicional de periculosidade é um valor
devido ao empregado por conta da exposição em suas atividades a fatores que possam provocar
danos à sua integridade física (MINISTÉRIO DA ECONOMIA, 2017, on-line).
Essas atividades ou operações perigosas estão previstas no art. 193 da CLT e listadas na Norma
Regulamentadora nº 16, que impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do
trabalhador a:
I – in�amáveis, explosivos ou energia elétrica; 
II – roubos ou outras espécies de violência física nas atividades pro�ssionais de
segurança pessoal ou patrimonial (BRASIL. Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943,
on-line).
Além disso, nesse mesmo artigo da CLT, parágrafo 1, está previsto o valor adicional de 30% sobre o
salário, sem acréscimos resultantes de grati�cações, prêmios ou participações nos lucros da
empresa.
Para efeito de cálculo, o adicional de periculosidade é simples, conforme podemos observar no
exemplo prático a seguir: 
Cálculo Trabalhista – Teoria eCálculo Trabalhista – Teoria e
PráticaPrática
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Quadro 4.2 - Exemplo de cálculo de periculosidade 
Fonte: Elaborado pelo autor.Adicional de insalubridade
É um valor devido ao empregado que varia entre 10%, 20% ou 40% conforme  contato permanente
com agentes nocivos à saúde durante sua jornada de trabalho, seja por sua natureza, pela
intensidade ou pelo tempo de exposição, acima dos limites tolerados (MINISTÉRIO DA ECONOMIA,
2017, on-line). Dentre agentes, temos: os ruídos, as radiações ionizantes e os agentes químicos e
biológicos.
Os agentes nocivos e seus respectivos graus de tolerância, bem como a obrigatoriedade do
pagamento, estão determinados na Norma Regulamentadora nº 15, (NR-15) (MINISTÉRIO DA
ECONOMIA, 2017, on-line), que possui uma listagem de todas as atividades pro�ssionais detentoras
desse pagamento. Nos casos em que existem dúvidas sobre o adicional de insalubridade, é sempre
necessário que seja feita a perícia técnica (MINISTÉRIO DA ECONOMIA, 2017, on-line).
Quadro 4.3 - Dica sobre adicional de periculosidade e adicional de insalubridade 
Fonte: Elaborado pelo autor.
Adicional transferência
Previsto no art. 469 do Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943  (BRASIL, 2019, on-line), o
adicional de transferência é um valor de direito do empregado, quando é transferido
provisoriamente para outro local diferente do contrato.
O valor a ser pago é de 25% do salário contratual, enquanto durar essa situação, e integra o salário
para todos os �ns, repercutindo em férias, horas extras etc.
Um empregado que tem por direito ao adicional de periculosidade trabalhou durante 8
meses e recebe por pagamento o valor de R$ 1.000,00. 
Diante do exposto, calcule o valor: 
13º salário 
1.000 x 30% = 300,00 
300 / 12 x 8 = 200,00 
Como se trata de férias, devemos acrescer 1/3.
ATENÇÃO! 
Enquanto o adicional de insalubridade (10 a 40%) é pago sobre o salário mínimo, o adicional
de periculosidade (30%) é pago sobre o salário-base do empregado, não cabendo a adição
dos dois adicionais.
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Horas extras e banco de horas
A hora extra é um tempo suplementar diário de trabalho que excede ao tempo de jornada de um
colaborador que remunerado com 50% do valor da hora convencional trabalhada de acordo com a
Lei 13.467/2017 (BRASIL, on-line, 2019).
Deve-se lembrar que a legislação trabalhista estabelece que a duração normal de trabalho é de 8
horas diárias e 44 semanais no máximo; o tempo máximo de horas extras diárias é de 2 horas.
Todavia, esse tempo suplementar pode ser pago, de maneira legal, de modos alternativos que não
seja apenas dinheiro, por exemplo a redução da hora de trabalho. Essa prática, conhecida como
banco de horas, é permitida pela legislação brasileira desde que seja feito um acordo formal e
individual de trabalho entre funcionário e empresa.
De acordo com a Súmula 110 – Jornada de Trabalho, o trabalhador que tiver um prejuízo no
intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para descanso entre jornadas deverá ser remunerado
como horas extras, inclusive com o respectivo adicional.
Quadro 4.4 - Exemplo de hora extra interjornada 
Fonte: Elaborado pelo autor.
Hora noturna
A lei confere ao empregado urbano que trabalhe das 22h às 5h do dia seguinte uma remuneração
superior à diurna em virtude desse trabalho ser mais desgastante, física e emocionalmente
(CONSTITUIÇÃO FEDERAL, art. 7º, inciso IX, 2019, on-line).
Nesse período de trabalho, conhecido como hora noturna, uma hora equivale em minutos a 52
minutos e 30 segundos, ou seja, se um trabalhador trabalha das 22h às 5h, são contabilizadas 8
horas de serviço e não 7 horas de 70 minutos.
Para efeito de cálculo, em geral, salvo em acordo coletivos, é acrescido um valor de 20% sobre o
valor da hora diurna.
Suponha que um empregado trabalhe diariamente de 8h às 14h. Porém, em uma sexta-
feira, esse funcionário voltou a trabalhar das 17h às 22h. 
Diante do exposto, a quantas horas extras o empregado tem direito? 
Deveria descansar: 11 horas 
Descansou: 3 horas 
Horas faltantes para completar 11 horas: 8 horas 
Assim, as 8 horas para completar as 11 horas de descanso serão pagas como extras.
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reflita
Re�ita
Um funcionário trabalha no horário noturno, das 22h às 7h da manhã do outro
dia. Esse funcionário tem o direito de receber quantas horas noturnas?
Quadro 4.5 - Exemplo cálculo de hora adicional noturno e hora extra noturna 
Fonte: Elaborado pelo autor.
Por �m, vale a pena ressaltar que a hora noturna independe do número de horas trabalhadas além
da jornada estabelecida pela lei trabalhista, já a hora extra noturna é devido pela jornada de
trabalho.
Intrajornada e interjornada
De acordo com a CLT, art. 66, parágrafo 4 do Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 (BRASIL,
2019, on-line), a intrajornada é um intervalo para repouso e alimentação concedido ao empregado
no decorrer da jornada de trabalho que exceda quatro horas de trabalho ininterruptas.
Exemplo 
Suponha um funcionário que recebe R$ 1.000,00 por mês para trabalhar das 12h às 20h, em
um regime de 220 horas mensais em dias normais. 
No entanto, por conta do Black Friday, a loja �cará aberta até as 23h. 
Diante dessa situação, determine o valor das horas extras noturnas. 
1.000/220 = 4,54 por hora trabalhada. 
Por conta do adicional noturno que equivale 20%, temos: 
4,54 + 20% = 5,45 
A hora extra noturna tem um acréscimo de 50% sobre a hora extra noturna. 
5,45 + 50% = 8,17 
Portanto, o funcionário irá receber o valor R$ 8,17 pela hora extra noturna trabalhada.
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Nesse caso, são obrigatórios 15 minutos de intervalo, e, caso supere 6 horas, a regra é de pelo
menos 1 hora e no máximo 2 horas salvo acordo coletivo ou acordo escrito.
Já a interjornada é um período mínimo de 11 horas de descanso, em que colaborador tem de
repousar entre duas jornadas de trabalho seguidas para assegurar a saúde física e mental e,
também, um certo grau de convivência familiar e social fora do tempo voltado à atividade
pro�ssional, conforme art. 66 da CLT do Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943  (BRASIL, 2019,
on-line).
Com a Lei 13.467/17, § 4º do artigo 71 da CLT (2017, on-line), a não concessão parcial dos intervalos
intrajornada e interjornada passou a gerar um pagamento indenizatório, somente do período
suprimido, com acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
INSS
Na liquidação de uma sentença, a justiça do trabalho tem o poder de apurar se as parcelas do INSS,
tanto do empregado quanto do empregador, bem como as �scais foram recolhidas corretamente.
Essa competência está prevista na Súmula nº 368 do TST, incisos I e II, que prevê:
I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das
contribuições �scais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das
contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que
proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário-de-
contribuição. 
II - Em se tratando de descontos previdenciários o critério de apuração encontra-se
disciplinado no art. 276 4, do Decreto nº 3.048/99 que regulamentou a Lei nº 8.212/91 e
determina que a contribuição do empregado no caso de ações trabalhistas, seja
calculada mês a mês, aplicando-se as alíquotas previstas no art. 198, observado o limite
máximo do salário de contribuição (2019, on-line).
Nessa averiguação, a tabela de contribuição mensal do INSS é consultada, conforme o ano, para
veri�car a alíquota de pagamento conforme a faixa de salário para a simples conferência da
retenção do INSS em folha de pagamento.
As alíquotas e faixas de recolhimento do INSS variam conforme as categorias de empregado,empregado doméstico e trabalhador avulso, sendo o teto para contribuição mensal em 2019 é de R$
642,34 (11% do maior salário previsto na tabela).
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Valor do salário de contribuição Alíquota de pagamento
Até 1.751,81 8%
Entre 1.751,82 e 2.919,72 9%
Entre 2.919,72 e 5.839,45 11%
Tabela 4.1 – Tabela de alíquotas INSS de 2019 
Fonte: INSS (2019, on-line).
Assim, um trabalhador que receba um salário de R$ 3.000,00, de acordo com a tabela do INSS de
2019, terá um desconto de 11% sobre o seu salário.
Já o INSS patronal é previsto no art. 30 da Lei 8.620/93 e pela redação da Lei nº 11.933/2009, que
descreve:
Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras importâncias
devidas à Seguridade Social obedecem às seguintes normas: (Redação dada pela Lei n°
8.620, de 5.1.93) 
I – a empresa é obrigada a: 
a) arrecadar as contribuições dos segurados empregados e trabalhadores avulsos a seu
serviço, descontando-as da respectiva remuneração; 
b) recolher os valores arrecadados na forma da alínea a deste inciso, a contribuição a
que se refere o inciso IV do art. 22 desta Lei, assim como as contribuições a seu cargo
incidentes sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, aos
segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais a seu serviço
até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da competência; (Redação dada pela Lei nº
11.933, de 2009). (Produção de efeitos). (BRASIL, on-line, 2019).
FGTS
O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) é tributo especial pago pelas empresas com o
objetivo de proteger o trabalhador demitido sem justa causa. O valor a ser depositado corresponde
a 8% da sua remuneração em uma conta especí�ca para esse �m do banco Caixa Econômica Federal
(FGTS, 2019, on-line).
Caso o trabalhador seja demitido por imotivação, a empresa é penalizada com uma multa de 40%
sobre os créditos daquela conta.
Vejamos a seguir, um exemplo prático do cálculo do FGTS.
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Suponha um trabalhador cuja remuneração equivalha a R$ 1.000,00 e que tenha sido
demitido sem justa causa após exato 1 mês de trabalho. 
Determine o valor ser sacado do FGTS. 
Solução: 
Remuneração: R$ 1.000,00 Depósito 
FGTS mensal: 8% da remuneração 
1000,00 x 8% = 80,00 
Pelo funcionário ter sido demitido sem justa causa, é acrescido a multa fundiária de 40% 
80,00 x 40% = 32,00 
Valor total a ser sacado do FGTS = 80 + 32 = 112,00
Quadro 4.6 - exemplo cálculo do recolhimento FGTS e multa rescisória 
Fonte: Elaborado pelo autor.
Imposto de renda de pessoa física retido na fonte
O imposto de renda de pessoa física retido na fonte é um tributo que incide sobre os rendimentos
de um trabalhador, devendo ser apurado e retido pela empresa pagadora (RECEITA FEDERAL, 2012,
on-line).
Para efeito de cálculo, vejamos um exemplo prático a seguir:
Quadro 4.7 - Exemplo cálculo de retenção de imposto de renda 
Fonte: Elaborado pelo autor.
Exemplo: 
Suponha que um empregado receba R$ 3.000,00. 
Determine o valor de imposto de renda retido na fonte. 
Salário-base = 3.000,00 
INSS = 11% (veri�car tabela) = 330,00 
Base de cálculo para o imposto de renda = 3.000 - 330 = 2.670,00 
De acordo com a tabela de imposto de renda a seguir, sobre o valor de R$ 2.670,00 deve ser
aplicada uma alíquota de 7,5% e um desconto de R$ 142,80 
Assim, temos: 
2670 x 7,5% = 200,25 200,25 - 142,80 = 57,45 O imposto de renda retido na fonte será de R$
57,45 .
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Base de cálculo (R$) Alíquota (%)
Parcela a deduzir do IRPF
(R$)
Até 1.903,98 isento isento
De 1.903,99 até 2.826,65 7,5% R$ 142,80
De 2.826,66 até 3.751,05 15% R$ 354,80
De 3.751,06 até 4.664,68 22,5% R$ 636,13
Acima de 4.664,68 27,5% R$ 869,36
Tabela 4.2 - Tabela do imposto de renda 2019 
Fonte: Receita Federal (2019, on-line).
Esse imposto deve ser recolhido através de um documento de arrecadação de receitas federais
(DARF), código 0561 – remuneração do trabalho assalariado.
praticar
Vamos Praticar
Um perito está avaliando em um holerite se os descontos do INSS e IR são devidos de um certo empregado
que recebe R$ 5.000,00 por mês.
Com base nesse trecho, é correto a�rmar que os valores do INSS e IRRF valem, respectivamente:
a) R$ 400,00 e R$ 1.375,00
b) R$ 550,00 e R$ 1.125,00.
c) R$ 450,00 e R$ 1.125,00.
d) R$ 550,00 e R$ 365,12.
e) R$ 550,00 e R$ 1.375,00.
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Neste capítulo, colocaremos em prática os conhecimentos adquiridos sobre a perícia contábil
trabalhista a partir de um estudo de caso de um processo judicial trabalhista.
Processo Judicial Trabalhista nº XXX.XXXX.
Trata-se de uma ação reclamatória trabalhista em que o reclamante alega ter trabalhado em favor
da reclamada no período de 02/02/2014 a 31/12/2015, na função de vigilante monitor de segurança
eletrônica, na cidade de São Paulo, e foi despedido imotivamente, sem justa causa. A�rmou que
trabalhava em média das 8h às 12h e das 14h às 20h, de segunda a sexta-feira e das 8h às 14h, aos
sábados, sem que as horas extras fossem computadas. Ademais, informou que não foram
realizados os depósitos de FGTS em sua conta vinculada.
Assim, faz jus à indenização ou ao depósito dos valores respectivos, incluída a indenização
compensatória de 40%. Postulou, em consequência, a condenação das reclamadas ao pagamento
das verbas relatadas na Petição Inicial da Ação de Reclamatória Trabalhista. Por �m, pediu também a
concessão do benefício de assistência jurídica gratuita e atribui à causa o valor de R$ 7.543,20.
Na contestação, a reclamada apresentou uma contestação escrita na qual relatou ter registrado
todos os controles de horário, inclusive as horas extras, e ter cumprido integralmente com a
compensação ou pagamento dessas horas. Como prova, anexou cartões de ponto, holerites e
rescisão de contrato em que constava o valor pago de R$ 6.797,90 em conta corrente. Ademais,
apresentou comprovantes do recolhimento do FGTS na conta vinculada do reclamante para a�rmar
que todos os depósitos foram devidamente recolhidos e a multa de indenização compensatória de
40% paga corretamente.
Por �m, a reclamada pediu a improcedência da ação e, se fosse acolhido o pedido, a incidência dos
descontos previdenciários e �scais cabíveis.
Nomeado o perito-contador pelo juiz e cumprido o rito de avaliação de impedimentos e suspeição
pelo pro�ssional, elaboração da proposta dos honorários e análise de competência para atender ao
Análise de um Processo JudicialAnálise de um Processo Judicial
TrabalhistaTrabalhista
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objetivo da perícia, cabe, primeiramente, ao pro�ssional, após ser aceita a proposta do juiz, realizar
um estudo minucioso para fazer um check list. 
Quadro 4.8 - Quadro resumo do que é necessário averiguar na perícia trabalhista 
Fonte: Elaborado pelo autor.
O reclamante exerce a função de vigilante monitor de segurança eletrônica que, nessa qualidade, é
representado e assistido pelo Sindicato dos Empregados Operacionais e Administrativos das
Empresas de Segurança Vigilância e seu Anexos em São Paulo (SINDSUP).
No período de vigência do Contrato Individual de Trabalho, o salário-base em 2014 e 2015, conforme
a SINDSUP, é descriminado na tabela a seguir:
Piso salarial de Vigilante Monitor de Segurança Eletrônica em SP
Data-base
%
aumento
Salário
base
grati�cações
(5%)adicional de
periculosidade
(30%)
Salário mais
grati�cações +
adicional
periculosidade
01.01.2015
a
31.12.2015
0
R$
1.218,15
5% R$ 365,44 R$ 1.644,44
01.01.2014
a
31.12.2014
6,33%
R$
1.145,59
5% R$ 343,67 R$ 1.546,54
Tabela 4.3 - Piso salarial de Vigilante Monitor de Segurança Eletrônica em SPFonte: Vigilante Patrimonial
(2014, on-line).
De acordo com as �s (XX/XX) no qual foram apresentados os holerites como forma de contestação
dos valores pagos, foi realizado um levantamento dos valores pagos durante o período vigente.
RESUMO 
a ) vínculo de emprego – reconhecer o vínculo empregatício de 01/02/2014 a 31/12/2015; 
b ) remuneração – deve ser considerada aquela que consta dos recibos de pagamentos
juntados à defesa; 
c ) verbas rescisórias – aviso-prévio indenizado (30 dias); 13º salário 2014 (11/12); 13º salário
2015 (12/12); férias integrais (1/12), com 1/3 (período: fev 2014/2015; férias proporcionais
2015 (10/12), com 1/3. 
d) horas extras – 
e ) correção monetária 
f ) descontos previdenciários e �scais – autorizado, mês a mês.
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Tabela 4.4 - Salário recebido pelo reclamante 
Fonte: Elaborada pelo autor.
Em uma próxima etapa, para efeito de comparação entre o valor pago e o valor mínimo exigido pela
categori, foi elaborada a tabela a seguir.
Tabela 4.5 - Comparação entre o valor pago pela reclamada e o piso salarial da categoria 
Fonte: Elaborada pelo autor.
Percebe-se, portanto, com esse levantamento que o valor recebido pelo reclamante é inferior ao
devido pela empresa, uma vez que o valor recebido está abaixo do valor do piso salarial da categoria
do período.
Diferenças de horas-extras trabalhadas e não pagas e re�exos
Com base no registro do cartão de ponto juntado aos autos, não foi identi�cada nenhuma diferença
entre os valores devidos e os pagos, conforme comprovante de pagamento acostados nos autos do
processo.
Rescisão de contrato de trabalho
Para o cálculo da rescisão de trabalho, devemos considerar o último salário-base, se o aviso prévio
foi pago ou indenizado, motivo do afastamento (sem ou com justa causa, aposentadoria).
Admissão: 02-fevereiro-2014
Afastamento: 31-dezembro-2015
Motivo do afastamento: Dispensa sem justa causa
Mês-base % aumento Salário-base
01/01/2015 a 31/12/2015 1,0500 R$ 1.546,54
01/01/2014 a 01/12/2014 R$ 1.339,89
Comparação do piso salarial da categoria com o salário-base do
reclamante
Data-base
Vigência de 1
ano
Piso Salarial da
categoria
Salário
auferido pelo
reclamante
Diferença em
reais/mês
01.01.15
01.01.15-
31.1.15
R$ 1.644,44 R$ 1.546,54 R$ 97,90
01.01.14
01.01.14 -
31.12.14
R$ 1.546,54 R$ 1.339,89 R$ 206,65
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Salário-base: R$ 1.644,44
Aviso prévio: indenizado
Férias vencidas: sim
Valor a ser pago: R$ 9.194,06
Memória de Cálculo
Salários
Saldo de salário (31/30): R$ 1.644,44 [INSS: R$ 131,56] Aviso prévio (33 dias, de acordo com a Lei
12.506/2011): R$ 1.808,88 [INSS: R$ 162,80]
Data do término do aviso prévio (para efeito de cálculo): 02-fevereiro-2016
Total de salários: R$ 3.453,32
Parcela do INSS do empregado sobre salários: R$ 294,35
IRPF sobre salários (base = R$ 1.644,44 - R$ 131,56 = R$ 1.512,88): R$ 0,00
Total de descontos sobre salários: R$ 294,35
Décimo terceiro
Décimo terceiro proporcional (12/12): R$ 1.644,44 [INSS: R$ 131,56]
Décimo terceiro indenizado (1/12): R$ 137,04
Total de décimo terceiro: R$ 1.781,48
Parcela do INSS do empregado sobre décimo terceiro: R$ 131,56
IRPF sobre décimo terceiro (base = R$ 1.644,44 - R$ 131,56 = R$ 1.512,88): R$ 0,00
Total de descontos sobre décimo terceiro: R$ 131,56
Férias
Férias vencidas: R$ 1.644,44
1/3 sobre férias vencidas: R$ 548,15
Férias proporcionais (11/12): R$ 1.507,40
1/3 sobre férias proporcionais: R$ 502,47
Férias indenizadas (1/12): R$ 137,04
1/3 sobre férias indenizadas: R$ 45,68
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Total de férias: R$ 4.385,17
Parcela do INSS do empregado sobre férias: R$ 0,00
IRPF sobre férias (base = R$ 0,00): R$ 0,00
Total de descontos sobre férias: R$ 0,00
Outros vencimentos
Total de outros vencimentos: R$ 0,00
Parcela do INSS do empregado sobre outros vencimentos: R$ 0,00
IRPF sobre outros vencimentos (base = R$ 0,00): R$ 0,00
Total de descontos sobre outros vencimentos: R$ 0,00
Outros descontos do empregado
Total de outros descontos: R$ 0,00
Total de Vencimentos:
R$ 3.453,32 + R$ 0,00 + R$ 1.781,48 + R$ 4.385,17 + R$ 0,00 = R$ 9.619,97
Total de Descontos:
R$ 294,35 + R$ 131,56 + R$ 0,00 + R$ 0,00 + R$ 0,00 = R$ 425,91
Total Líquido: R$ 9.194,06
FGTS - Multa 40%
Como vimos, o cálculo do FGTS é obtido sobre o valor da remuneração.
Data-base FGTS
Valor do
salário
FGTS
Período de
recolhimento
(meses)
Valor
total
2015 8% R$ 1.644,44 131,56 12 R$ 1578,72
2014 8% R$ 1.546,54 123,72 11 R$ 1360,92
Tabela 4.6 - Quadro do cálculo do FGTS a ser recolhido pela empresa 
Fonte: Elaborada pelo autor.
A multa de 40% é aplicada sobre o valor total depositado, ou seja, 1.578,72 + 1.360,92 = 2939,64.
A multa de 40% equivale a 1.175,85
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O valor total a ser disponibilizado ao empregado é de R$ 4.115,49.
praticar
Vamos Praticar
Em 01/07/2019, um certo trabalhador foi contratado na empresa XPTO como auxiliar administrativo
recebendo a quantia R$ 2.500,00. Em 31 de agosto, esse mesmo pro�ssional pediu demissão, alegando
motivos pessoais e indenizando a empresa.
Com base nesse trecho, é correto a�rmar que o valor líquido a receber é de:
a) R$ 2.312,50.
b) R$ 2.786,16
c) R$ 3.472,22
d) R$ 416,67
e) R$686,06
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Neste capítulo, após a conclusão dos cálculos trabalhistas, demonstraremos a construção do laudo
pericial trabalhista.
LAUDO PERICIAL TRABALHISTA
Processo n. XXXXXX
Xº VARA TRABALHISTA DA COMARCA DE São Paulo/SP
MM Juiz XXXXXX
Escrivão XXXXXXXXXXX
Autor Embargante Requerente: empregado
Réu Embargado Requerido: empresa
Objeto da Perícia: Certi�cação da correta quitação conforme a legislação vigente da época entre
empregado e empregador por meio de exame de registros da ré e cálculos trabalhistas que
constatem a existência de débitos provenientes
Advogados:
Autor Embargante Requerente: XXXXX   OAB/SP XX.XXX
Réu Embargado Requerido: XXXXX     OAB/SP XX.XXX
Perito do Juízo:
Perito Contador - CRC-SP /0-000.000
Resumo
Quanto ao resultado das contas
Laudo Pericial TrabalhistaLaudo Pericial Trabalhista
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A atualização monetária do principal e  a incidência dos juros mora foram calculados até 1º agosto
de 2019.
Quanto à inicial
Quanto à petição inicial, destacamos as �s. 02 a 06.
Quanto à sentença:
Destacamos as �s ( XX/XX) em que o Juiz da Vara de Trabalho condenou a empresa a pagar ao
empregado as diferenças do salariais,  aviso prévio, férias com ⅓ constitucional, 13º salário e FGTS
com multa de 40% corrigidas.
APURAÇÃO DAS VERBAS DEVIDAS
Os demonstrativos foram elaborados considerando a �el execução da sentença utilizando os
critérios matemáticos e estatísticos, necessários e su�cientes, métodos contábeis, normalmente
aceitos, fundamentados na estrita observância da legislação vigente.
Demonstrativo de apuração de horas extras e re�exo no DSR
Não foram identi�cadashoras extras devidamente registradas que não foram quitadas, conforme �s
(XX/XX) dos autos.
Os cálculos da indenização do empregado
O valor total devido ao funcionário em sua rescisão no dia 12 de fevereiro de 2016 era de R$
9.194,06 (nove mil, cento e noventa e quatro reais e seis centavos), contemplando, salário, aviso
prévio indenizado, décimo terceiro salário e décimo terceiro salário indenizado, férias vencidas + ⅓
de férias vencidas.
Salário INSS IRRF
Aviso
prévio
INSS (aviso
prévio)
Total dos salários
R$ 1.644,44 R$ 131,56
R$
0,00
R$ 1.808,88 R$ 162,80 R$ 3.158,96
Tabela 4.7 - Cálculo do salário devido ao empregado 
Fonte: Elaborada pelo autor.
Décimo
terceiro
salário
INSS IRRF
Décimo terceiro
indenizado
Valor total
R$1.644,44 R$131,56 R$0,00 R$137,04 R$1.649,92
Tabela 4.8 - Cálculo do 13º salário devido ao empregado 
Fonte: Elaborada pelo autor.
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Tabela 4.9 - Cálculo de férias devidas ao empregado 
Fonte: Elaborada pelo autor.
Esse valor corrigido até o dia 01 de agosto de 2019 equivale a R$ 13.341,91 a uma taxa de 1% ao
mês, conforme sentença do juiz.
Diferença salarial, FGTS, Multa 40% sobre FGTS e INSS
A diferença salarial devida pelo pagamento do piso da categoria corresponde a R$ 3.806,59,
corrigidos a 1% ao mês.
Ademais, são devidos o pagamento do FGTS e multa de 40% do valor para �ns indenizatórios do
empregado no valor de
Férias
vencidas
1/3
sobre
férias
vencidas
Férias
proporcionais
(11/12)
1/3 sobre
Férias
proporcionais
Férias
indenizadas
1/3 sobre
férias
indenizadas
Total
Férias
R$1.644,44 R$548,15 R$1.507,40 R$502,47 137,04 45,68 R$3.654,31
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Competência
Piso
Salarial
da
categoria
Salário
auferido
pelo
reclamante
Diferença
não paga
Fator de
correção
Valor
corrigido
FGTS
Corrigido
jan/14
R$
1.644,44
R$ 1.546,54 R$ 97,90 1,053616119
R$
103,15
R$ 8,25
fev/14
R$
1.644,44
R$ 1.546,54 R$ 97,90 1,052431081
R$
103,03
R$ 8,24
mar/14
R$
1.644,44
R$ 1.546,54 R$ 97,90 1,051866229
R$
102,98
R$ 8,24
abr/14
R$
1.644,44
R$ 1.546,54 R$ 97,90 1,051586507
R$
102,95
R$ 8,24
mai/14
R$
1.644,44
R$ 1.546,54 R$ 97,90 1,051104050
R$
102,90
R$ 8,23
jun/14
R$
1.644,44
R$ 1.546,54 R$ 97,90 1,050469567
R$
102,84
R$ 8,23
jul/14
R$
1.644,44
R$ 1.546,54 R$ 97,90 1,049981325
R$
102,79
R$ 8,22
ago/14
R$
1.644,44
R$ 1.546,54 R$ 97,90 1,048875810
R$
102,68
R$ 8,21
set/14
R$
1.644,44
R$ 1.546,54 R$ 97,90 1,048244767
R$
102,62
R$ 8,21
out/14
R$
1.644,44
R$ 1.546,54 R$ 97,90 1,047330447
R$
102,53
R$8,20
nov/14
R$
1.644,44
R$ 1.546,54 R$ 97,90 1,046244446
R$
102,43
R$ 8,19
dez/14
R$
1.644,44
R$ 1.546,54 R$ 97,90 1,045739354
R$
102,38
R$ 8,19
jan/15
R$
1.546,54
R$ 1.339,89 R$ 206,65 1,044639348
R$
215,87
R$ 17,27
fev/15 R$ R$ 1.339,89 R$ 206,65 1,04372296 R$ R$ 17,25
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1.546,54 215,69
mar/15
R$
1.546,54
R$ 1.339,89 R$ 206,65 1,043547644
R$
215,65
R$17,25
abr/15
R$
1.546,54
R$ 1.339,89 R$ 206,65 1,042196956
R$
215,37
R$ 17,23
mai/15
R$
1.546,54
R$ 1.339,89 R$ 206,65 1,041078838
R$
215,14
R$ 17,21
jun/15
R$
1.546,54
R$ 1.339,89 R$ 206,65 1,039879856
R$
214,89
R$ 17,19
jul/15
R$
1.546,54
R$ 1.339,89 R$ 206,65 1,037997966
R$
214,50
R$ 17,16
ago/15
R$
1.546,54
R$ 1.339,89 R$ 206,65 1,035610883
R$
214,01
R$ 17,12
set/15
R$
1.546,54
R$ 1.339,89 R$ 206,65 1,033681
R$
213,61
R$ 17,09
out/15
R$
1.546,54
R$ 1.339,89 R$ 206,65 1,031700136
R$
213,20
R$ 17,06
nov/15
R$
1.546,54
R$ 1.339,89 R$ 206,65 1,029856693
R$
212,82
R$ 17,03
dez/15
R$
1.546,54
R$ 1.339,89 R$ 206,65 1,028522699
R$
212,54
R$ 17,00
Total
R$
3.654,60
R$
3.806,59
R$ 304,53
Total
remuneração
devida
R$ 3.806,59
Total FGTS a
recolher
R$ 304,53
Multa 40% R$ 121,81
Valor total R$ 4.232,93
02/03/2022 19:31 Ead.br
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Tabela 4.10 - Cálculo da liquidação da sentença 
Fonte: Elaborada pelo autor.
Além disso, cabe à empresa recolher o INSS sobre a diferença salarial
devido ao
empregado
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Competência Valor corrigido INSS (9%)
jan/14 R$ 103,15 R$ 9,28
fev/14 R$ 103,03 R$ 9,27
mar/14 R$ 102,98 R$ 9,27
abr/14 R$ 102,95 R$ 9,27
mai/14 R$ 102,90 R$ 9,26
jun/14 R$ 102,84 R$ 9,26
jul/14 R$ 102,79 R$ 9,25
ago/14 R$ 102,68 R$ 9,24
set/14 R$ 102,62 R$ 9,24
out/14 R$102,53 R$ 9,23
nov/14 R$ 102,43 R$ 9,22
dez/14 R$ 102,38 R$ 9,21
jan/15 R$ 215,87 R$ 19,43
fev/15 R$ 215,69 R$ 19,41
mar/15 R$ 215,65 R$ 19,41
abr/15 R$ 215,37 R$ 19,38
mai/15 R$ 215,14 R$ 19,36
jun/15 R$ 214,89 R$ 19,34
jul/15 R$ 214,50 R$ 19,31
ago/15 R$ 214,01 R$ 19,26
set/15 R$ 213,61 R$ 19,22
out/15 R$ 213,20 R$ 19,19
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Tabela 4.11 - Cálculo do valor do INSS não recolhido pela empresa devido à diferença salarial 
Fonte: Elaborada pelo autor.
Dos quesitos
Do reclamante
O reclamante não apresentou quesitos.
Da reclamada
A reclamada não apresentou quesitos.
Conclusão
Concluímos pelo presente laudo que é devido o valor de R$ 8.940,87 (oito mil, novecentos e
quarenta reais e oitenta e sete centavos), corrigido até 01 de agosto de 2019, correspondentes:
à diferença salarial abaixo do piso salarial da categoria, acrescido de FGTS e multa de 40%
sobre o valor devido no valor de R$ 4.232,93 (quatro mil, duzentos e trinta e dois reais e
noventa e três centavos);
ao valor pago na rescisão de trabalho do empregado, que é menor que o calculado na
época. R$ 6.544,01 (seis mil, quinhentos e quarenta e quatro reais e hum centavo).
Além disso, cabe à empresa realizar o recolhimento do INSS para o empregado no valor de R$
342,59 (trezentos e quarenta e dois reais e cinquenta e nove centavos), referente à diferença salarial
paga.
praticar
Vamos Praticar
A fundamentação dos trabalhos periciais que resultam no laudo pericial é constituída pela aplicação de
técnicas, que em sua maioria são comuns a todos os tipos de perícia.
Fonte: COLUNISTA PORTAL – EDUCAÇÃO. Elaboração do laudo pericial. Portal da Educação. Disponível em:
< https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/elaboracao-do-laudo-pericial/36312 >.
nov/15 R$ 212,82 R$ 19,15
dez/15 R$ 212,54 R$ 19,13
Total a recolher R$ 342,59
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/elaboracao-do-laudo-pericial/36312
02/03/2022 19:31 Ead.br
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=suodaTF0kmn8XuvbN1iFmQ%3d%3d&l=80aXYdhD5pAmu0GJ6JDA%2bg%3d%3d&cd=2… 28/31
Acesso em: 20 jan 2019.
Na justiça trabalhista, é comum um perito contador analisar documentos, além de veri�car e constatar uma
situação de forma circunstancial.
Diante dessa necessidade, é correto a�rmar que o perito-contador utilizará as técnicas de:
a) Exame e vistoria.
b) Investigação e indagação.
c) Arbitramento e avaliação.
d) Indagação e avaliação.
e) Vistoria e investigação.
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indicações
Material Complementar
LIVRO
Perícias na prática
GRANDE, Cristiane Garcia; SOUSA, Sérgio Henrique Miranda.
Editora: Juruá
ISBN: 8536230096
Comentário: Este livro traz  trabalhos da perícia na esfera da Justiça
Federal, estadual e civil com exemplos depetição, modelos de pedido de
quesitos, proposta de honorários, contraproposta de honorários,
informe de pagamento de honorários etc.
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conclusão
Conclusão
Ao �nal desta unidade, vimos que um perito-contador que almeja atuar na área trabalhista necessita
ampliar seus conhecimentos nas particularidades da área tributária, do direito processual e
�nanceira para lidar com as inúmeras situações que levam à lide entre empregados e
empregadores.
Ademais, conhecemos de forma prática como realizar os cálculos trabalhistas e apresentá-los em
um laudo de justiça do trabalho.
Por �m, por meio de um estudo de caso sobre um processo trabalhista, pudemos demonstrar de
forma prática os procedimentos formais desempenhados pelo perito-contador até a entrega do
laudo.
referências
Referências Bibliográ�cas
ALBERTO, V. L. P. Perícia Contábil. São Paulo: Atlas, 1996.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado
Federal. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm >.
Acesso em: 20 jan. 2019.
BRASIL. Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943 . Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho.
Diário O�cial da União. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/del5452.htm >. Acesso em: 20 jan. 2019.
BRASIL. Lei nº 8.620, de 5 de janeiro de 1993. Altera as Leis nºs 8.212 e 8.213, de 24 de julho de 1991,
e dá outras providências. Diário O�cial da União. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8620.htm >. Acesso em: 20 jan. 2019.
BRASIL. Decreto-Lei 13.467/17, de 13 de julho de 2017. Altera a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e as Leis n º 6.019, de 3 de janeiro
de 1974, 8.036, de 11 de maio de 1990, e 8.212, de 24 de julho de 1991, a �m de adequar a legislação
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8620.htm
02/03/2022 19:31 Ead.br
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=suodaTF0kmn8XuvbN1iFmQ%3d%3d&l=80aXYdhD5pAmu0GJ6JDA%2bg%3d%3d&cd=2… 31/31
às novas relações de trabalho. Diário O�cial da União. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13467.htm >. Acesso em: 20 jan. 2019.
COLUNISTA PORTAL – EDUCAÇÃO. Elaboração do laudo pericial. Portal Educação . Disponível em: <
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/elaboracao-do-laudo-pericial/36312 >.
Acesso em: 20 jan. 2019.
FGTS. O que é FGTS. Disponível em: < http://www.fgts.gov.br/Pages/sou-trabalhador/o-que.aspx >.
Acesso em: 20 jan. 2019.
INSS. Tabela de contribuição mensal. Disponível em:< https://www.inss.gov.br/servicos-do-
inss/calculo-da-guia-da-previdencia-social-gps/tabela-de-contribuicao-mensal/ >. Acesso em: 20 jan.
2019.
MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Norma Regulamentadora nº 15 , 5 out. 2017. Disponível em: <
http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-
regulamentadoras/norma-regulamentadora-n-15-atividades-e-operacoes-insalubres >. Acesso em:
20 jan. 2019.
RECEITA FEDERAL. Perguntas e respostas Dirf 2012. Disponível em: <
http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/perguntao/dirf2012/perguntas%20e%20respostas%20dirf2012.p
>. Acesso em: 20 jan. 2019.
TST. Súmula 368. Disponível em: < https://www.legjur.com/sumula/busca?tri=tst&num=368 >.
Acesso em: 20 jan. 2019.
VIGILANTE PATRIMONIAL. Tabela do Piso Salarial de Vigilante – SP – 2015 ,  19 dez. 2014.
Disponível em: < https://www.vigilanciaseguranca.com.br/2014/12/tabela-do-piso-salarial-de-
vigilante-sp.html >. Acesso em: 20 jan. 2019.
IMPRIMIR
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13467.htm
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/elaboracao-do-laudo-pericial/36312
http://www.fgts.gov.br/Pages/sou-trabalhador/o-que.aspx
https://www.inss.gov.br/servicos-do-inss/calculo-da-guia-da-previdencia-social-gps/tabela-de-contribuicao-mensal/
http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras/norma-regulamentadora-n-15-atividades-e-operacoes-insalubres
http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/perguntao/dirf2012/perguntas%20e%20respostas%20dirf2012.pdf
https://www.legjur.com/sumula/busca?tri=tst&num=368
https://www.vigilanciaseguranca.com.br/2014/12/tabela-do-piso-salarial-de-vigilante-sp.html

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