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Paper- Folha de Pagamento e contabilização

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FOLHA DE PAGAMENTO E 
CONTABILIZAÇÃO 
Andréa Aparecida Durski¹
Camila Martins Fortunato²
Liziane dos Santos Luzardo³
Vivane Dambrós Sacuchi
 Prof.ª: Maribel Lidório Mendes da Silva²
1 INTRODUÇÃO
Conceituar a folha de pagamento é um tema muito amplo e abrangente, que envolve toda a composição da mesma, os salários, os encargos que incidem sobre ela, bem como o processo de elaborar e de contabilizar a própria. Por isso, buscamos conceituar os assuntos que envolvem está área de conhecimento. Por se tratar de um documento cuja emissão é obrigatória para efeito de fiscalização trabalhista e previdenciária, devemos ainda contabilizá-la, para assim demonstrá-la através de lançamentos contábeis nas empresas que dela se utilizam. 
Tanto para a empresa, como para o funcionário, a folha de pagamento é extremamente importante e só traz garantias e benefícios para ambos. Para a empresa, por ser uma obrigação em lei, é um dever fazer esse documento periodicamente. Já para os funcionários, esse documento auxilia em seu próprio controle de ganhos. 
Apresentação a seguir contém ações a ser realizada para que o processo alcance os objetivos esperados, diante deste senário vamos explicar de uma forma simples como deve ser emitida uma folha de pagamento. Logo após apresentaremos as funções teóricas abordando os conceitos pertinentes a folha de pagamento e sua contabilização.
O objetivo deste trabalho é realizar o estudo da folha de pagamento uma descrição dos seus proventos e dos descontos e compreender a rotina de sua elaboração. As etapas compreendidas no desenvolvimento da produção textual foram realizadas por intermédios de pesquisas bibliográficas e tem o objetivo possibilitar o aprendizado interdisciplinar.
2 A IMPORTÂNCIA DA FOLHA DE PAGAMENTO
Folha de pagamento é um documento onde constam todas as informações respectivas ao pagamento de colaboradores, e tem como objetivo principal organizar e registrar os valores que se referem as remunerações dos colaboradores. Documento com função contábil, fiscal, financeiro e operacional, indispensável para o controle financeiro de uma empresa. 
Segundo Ribeiro (1997, p. 135) “folha de pagamento é um documento que relaciona os nomes dos empregados da empresa, o valor bruto dos salários, os descontos ou abatimentos e o valor líquido a receber.”. Todas as informações contidas em uma folha de pagamento deixam de serem apenas informações tornando-se dados contábeis.
Também consta na folha de pagamento informações cadastrais do empregador e do empregado. Na parte do empregador constam informações básicas. Já na parte do empregado, as informações são mais detalhadas, como por exemplo: nome completo, função, cargo, data de admissão, e salário. Dentro da folha de pagamento também será encontrado os dias trabalhados pelo colaborador e suas faltas.
Nas informações financeiras encontradas na folha de pagamento, há as verbas e os descontos. As verbas, mais conhecida como proventos, são todos os valores referentes àquilo que o empregado possui direito de receber pelos serviços prestados durante determinado período. De acordo com Oliveira (2001, p.65), os principais proventos existentes na folha de pagamento são: 
Salário, horas extras, adicional de insalubridade, adicional de periculosidade, adicional noturno, salário-família, diárias para viagem e ajuda de custo; e os principais descontos são: quota de previdência, imposto de renda, contribuição sindical, seguros, adiantamentos, faltas e atrasos, vale-transporte.
Nos descontos, será possível encontrar: INSS, vales alimentação/transporte, adiantamento salarial, entre outros. Estas informações devem estar separadas na folha de pagamento para que fique fácil de visualizar e compreender por ambos. Além de facilitar a compreensão, o lançamento destas informações separadas, permitem a correto cálculo.
A importância da folha de pagamento se encontra na melhor visualização dos pagamentos e descontos ao empregado. Permite que seja registrado todas as informações, para que futuramente não haja controvérsias entre empregador e empregado, visto que uma via fica com o empregado e outra com o empregador, sendo que devem ser assinadas as duas vias pelo empregado. Permite a visualização do salário bruto e líquido. Além disso, através da folha de pagamento a empresa faz toda a apuração dos tributos relacionados a parte trabalhista para recolhimento posterior ao governo.
Segue abaixo exemplo de Modelo de Folha de Pagamento e Modelo de Contabilização da Folha de Pagamento:
Figura 1: Folha de Pagamento
Fonte: Google Imagens
Figura 2: Contabilização da Folha de Pagamento
Fonte: Google Imagens
Como exemplo de como realizar a contabilização da folha de pagamento, será utilizada a Figura 1. 
Os proventos são todos os valores a serem ganhos pelos colaboradores, entre os principais estão: salário, horas extras, adicional de insalubridade, adicional de periculosidade, adicional noturno, salário-família, diárias para viagens e ajuda de custo. 
Proventos:
 D- Salário R$ 585,20 (despesas)
C- Salário a pagar R$ 585,20 (passivo circulante – obrigação trabalhista)
D- Salário Família R$ 20,73 (despesa)
C- Salário Família R$ 20,73 (passivo circulante – obrigação trabalhista)
D - Diferença Salarial Dez R$ 55,00 (despesa)
C – Diferença Salarial Dez R$ 55,00 (passivo circulante – obrigação trabalhista)
Os descontos são todos os valores a serem deduzidos do trabalhador. Os principais descontos são: quota de previdência, imposto de renda, contribuição sindical, seguros, adiantamentos, faltas e atrasos.
Descontos:
D – INSS folha de pagamento (Resultado –  Encargos trabalhistas a pagar) R$ 32,77
C – INSS a Recolher (Passivo circulante – Encargos trabalhistas a pagar) R$ 32,77
D – FGTS a Recolher (Passivo Circulante – Encargos trabalhistas a pagar) R$ 32,77
C – Banco Conta Movimento (Ativo Circulante – Disponibilidades) R$ 32,77
· Faltas:
D – Faltas salários e ordenados a Pagar (Passivo Circulante – Obrigações trabalhistas) R$175,56
C – Faltas folha de Pagamento (Resultado – Despesa com pessoal) R$ 175,56
· Vale transporte:
D – Salários e Ordenados a Pagar (Passivo Circulante – Obrigações trabalhistas) R$24,58
C – Vale Transporte (Conta de Resultado – Despesa com pessoal) R$24,58 
· Alimentação:
D – Salários e Ordenados a Pagar (Passivo Circulante – Obrigações trabalhistas) R$ 15,00
C – Programa de Alimentação dos Empregados (Conta de Resultado – Despesa com pessoal) R$ 15,00
Isso seria contabilizar a folha de pagamento manualmente. Podemos transformar esses lançamentos tanto em razonetes quanto em softwares contábeis que, com certeza, a contabilidade há de fechar. Para contabilizar a folha de pagamento existem alguns processos, sendo estes: 
· Classificação dos colaboradores da empresa com relação a função desenvolvida isso determina a regra para o cálculo de seus valores.
· Análise das horas trabalhadas, faltas do mês (justificadas), hora extra, jornada adicionais, descanso, entre outros pontos que afetam o total de horas remuneradas.
· Observar impostos, como INSS, FGTS, férias e o décimo terceiro salário. Para assim efetuar o cálculo para do imposto de renda. 
· E por último observar os benefícios como vale-refeição e vale transporte, apurando o valor liquido a ser pago ao trabalhador.
O somatório de todos os valores compõe a folha de pagamento dos colaboradores. Sendo que sua contabilização deve ser feita em conformidade com o princípio da competência, isto é, os salários devem ser contabilizados no mês a que se refere mesmo que seu pagamento seja no mês seguinte. É de responsabilidade do contador o pleno entendimento dos gastos em suas classificações contábeis.
3 CONCEITOS SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO
No Brasil, todas as Pessoas Jurídicas e Físicas que possuem empregados tem a obrigação de confeccionar a folha de pagamento, conforme a Lei n.º 8.212/91, da Consolidação da Legislação Previdenciária - CLP assim como é instituída na Consolidação das Leis do Trabalho - CLT pela Lei n.º 5.452/43.
São muitosos conceitos que poderiam ser citados em relação a folha de pagamento, escolheram-se dois que são considerados principais para serem abordados abaixo: Empregador e Empregado.
3.1 EMPREGADOR
Empregador é uma pessoa física ou jurídica que emprega um colaborador em sua empresa para atuar em um cargo/função, sendo que o serviço prestado a empresa deverá ser remunerado em comum acordo de valores salariais.
Segundo consta no art. 2º da Consolidação das Leis do Trabalho, “considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite assalariar e dirige a prestação pessoal de serviço”. (BRASIL, 1988).
Referente às características citadas na CLT, segue abaixo os conceitos de cada uma:
· Admitir: significa contratar pessoas qualificadas para ocuparem determinados cargos e executarem determinadas funções;
· Assalariar: significa pagar ao empregado salário compatível com os serviços prestados;
· Dirigir: significa controlar, orientar e administrar os serviços prestados pelo empregado;
Portanto, empregador é a pessoa que possui responsabilidade na organização e direção da empresa, estabelecendo cargos e funções, determinando que irá empregar para a execução destas.
3.2 EMPREGADO
Empregada é a pessoa física que presta serviços a outra, atendendo as solicitações impostas pelo empregador. Conforme o art. 3° da CLT, “considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob dependência deste e mediante salário”. (BRASIL, 1988).
Segundo Romar (2017, p. 168), as características que identificam um trabalhador como empregado, são: 
· Somente pessoa física ou natural pode ser empregada;
· Os serviços são prestados pessoalmente pelo empregado, que não pode fazer-se substituir no trabalho por qualquer outra pessoa;
· Os serviços prestados são contínuos, não eventuais, devendo estar inseridos nas necessidades normais da atividade econômica em que são empregados;
· A prestação de serviços não se dá de forma autônoma, ou seja, o empregado presta serviços de forma subordinada, seguindo a ordens e ao controle do empregador;
· Os serviços prestados são sempre remunerados;
Resumidamente, empregado é o trabalhador que mediante o recebimento de salário executa as funções que foram organizadas e dirigidas pelo empregador.
4 RENDIMENTOS OU VANTAGENS/PROVENTOS
A folha de pagamento é um documento do empregado que firma contrato de trabalho na empresa, nela consta uma composição de salário, proventos e descontos, é de responsabilidade da gestão de pessoas e do RH esta contabilização.
Devido à emissão ser obrigatória para efeito de leis trabalhistas e previdenciárias, sua fiscalização é rigorosa e constituída pela CLT - Consolidação das Leis do Trabalho.
Os Proventos são valores que o funcionário ganha. Ao gerar a folha de pagamento o empregador deverá discriminar todas as verbas, como por exemplo:
· Salário
· Horas Extras
· Adicional de Insalubridade
· Adicional de Periculosidade
· Adicional Noturno
· Salário Família
· Diárias de Viagem 
· Gratificações
· Demais outros
Os valores que devem constar na folha de pagamento é o salário base acrescido de variáveis de remuneração e descontos. 
De acordo com o Art. 459. O pagamento do salário, quando houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.
Decreto-Lei no 5.452/1943
Art. 7o São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social;
XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
XII – salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
4.1 SALÁRIO
Salário é um valor fixo estipulado pelo empregador, pelo seu serviço e pelo tempo trabalhado. Sem qualquer adicional.
Remuneração é a soma do salário com outras vantagens, como comissões, gratificações, diária para viagem, VT, VR, Plano de saúde, Clube, Auxilio Educação. 
Salário mínimo é o menor salário que o empregado pode receber, sendo este fixo ou variável. O salário mínimo é estipulado por lei e é único em todo o território nacional. 
Decreto-Lei no 5.452/1943 - VII – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
4.1.2 SALÁRIO BRUTO E LIQUIDO
As pessoas que trabalham com carteira assinada recebem um valor cheio, o salário bruto, mas dele são descontados tarifas como INSS e o Imposto de Renda, que acabam diminuindo o valor final, que é o salário líquido.
Exemplos de salário Bruto e Liquido
*https://calculador.com.br/calculo/salario-bruto
Exemplo de salário liquido maior que o bruto.
https://blogwilsonleite.com.br/voce-conhece-seu-contracheque-holerite
· Salário líquido é o Bruto, mais proventos – descontos. 
4.2 DSR – DESCANSO SEMANAL REMUNERADO
Descanso Semanal Remunerado é o direito que todo empregado urbano, rural, inclusive doméstico tem, descanso de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, preferentemente aos domingos e nos limites das exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local.
Art. 67 CLT – Será assegurado a todo empregador um descanso semanal de 24 (vinte quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir como domingo, no todo ou em parte. 
Para os mensalistas, o DSR já está incluso no salário básico. Já para os horistas, é necessário realizar um cálculo específico para pagar o descanso. O cálculo das horas extras no descanso semanal remunerado é calculado da seguinte forma:
· Somam-se as horas extras do mês.
· Divide-se o resultado pelo número de dias úteis do mês.
· Multiplica-se pelo número de domingos e feriados do mês.
· Multiplica-se pelo valor da hora extra-atual.
Um funcionário recebeu, no mês de Março de 2020, um total de comissões de R$ 1.500,00 e tem um salário fixo de R$ 800,00. Seu DSR corresponderá:
DSR = R$ 1.500,00/27 x 4 (domingos)
DSR = R$ 55,56 x 4 (domingos)
DSR = R$ 222,22
Obs. Só é devido DSR das comissões e não do salário fixo.
Já o descanso semanal remunerado do empregado horista, é calculado da seguinte maneira:
· Somam-se as horas normais realizadas no mês.
· Divide-se o resultado pelo número de dias úteis.
· Multiplica-se pelo número de domingos e feriados.
· Multiplica-se pelo valor da hora normal.
Observações:
· Se o funcionário trabalhe 8 horas de segunda a sexta feira, considera-se 4 horas para o sábado, independente de ele trabalhar ou não (44 horas semanais).
· Se o funcionário trabalhe 7 horas e 20 minutos de segunda a sexta feira, considera-se o mesmo número de horas para o sábado, independente de ele trabalhar ou não (44 horas semanais).
· Se o funcionário trabalhe um número menor de horas dos citados acima, considerar o mesmo número de horas de segunda feira a sábado.
Funcionário horista trabalhou no mês de Março de 2020 de segunda a sexta-feira 8 horas diárias. Valor da hora normal R$ 5,00.
Salário: 198 horas trabalhadas (4,5 semanas) x R$ 5,00 = R$ 990,00
DSR = 198/27 x 4 x R$ 5,00
DSR = 7,33 x 4 x R$ 5,00
DSR = 29,33 x R$ 5,00
DSR = R$ 146,55
*O sábado é considerado dia útil, a menos que recaia em feriado.
4.2.1 DESCONTO DE FALTAS NO TRABALHO
O artigo 6° da lei 605/49 diz que: 
“Não será devida a remuneração quando, sem motivo justificado, o empregado não tiver trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo integralmente o seu horário de trabalho.” 
Se o trabalhador falta ao trabalho ele não deve receber remuneração, logo ele terá um desconto em seu salário, ao menos que sua falta seja justificada.A CLT determina algumas situações em que a falta do colaborador é justificada e não deve sofrer prejuízo no seu salário, são elas: 
· Em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, viva sob sua dependência econômica;
· Em virtude de casamento;
· Em caso de nascimento de filho, no decorrer da primeira semana;
· Em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada;
· Até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva;
· No período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar; 
· Nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior;
· Pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo;
· Pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro.
Para calculo das falta sem justificativa, verifica-se o valor da remuneração mensal do funcionário, dividi-se esse valor pela quantidade de dias trabalhados, assim descontando quantos dias o funcionário faltou.
Exemplo: Um funcionário recebe mensalmente o valor de R$ 2.000,00. 
R$ 2.000 / 30 = 66,66
De acordo com a lei, caso o funcionário não cumpra a jornada de trabalho da semana de forma integral, este poderá perder a remuneração do seu dia de descanso.
Se ele falta 2 dias na mesma semana, o desconto de DSR será de um dia só, pois o DSR só é descontado por semana, mesmo que ele tenha não trabalha sábado e domingo, o DSR sempre é correspondente a 1 dia de descanso. 
4.3 HORAS EXTRAS
São horas excedentes ao horário normal de trabalho, não podendo exceder a 2 horas por dia. São remuneradas com um adicional de no mínimo 50% sobre o valor da hora normal. Convém ressaltar que o adicional de horas extras habitualmente prestadas são computadas no DSR e também integram salário do empregado para todos os efeitos legais assim como nas férias, 13.º (décimo terceiro) salário, aviso prévio, entre outros.
Para calcular a hora extra, dividimos o salário bruto pelo numero de horas trabalhadas no mês, exemplo:
1.000,00/220h = R$ 4,54
Multiplique o valor da hora pelo percentual adicional = 4,54 x 50% = 2,27 
(50%) Some o valor da hora de trabalho + o adicional = 4,54 + 2,27 = 6,81
(100%) Some o valor da hora de trabalho + o adicional = 4,54 + 4,54 = 9,10
CLT informa que: “A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho”.
Jornadas com duração superior a 6 horas diárias, a pausa para o descanso ou para alimentação deve ter duração mínima de 30 min. e máxima de 2 horas. 
Em todo caso, se a empresa obrigar o funcionário a trabalhar em seu horário de almoço, mesmo que por apenas 10 minutos, ficará obrigada a pagar-lhe o equivalente a 1 hora extra.
4.3.1	BANCO DE HORAS
A empresa tem a possibilidade de adoção de um regime de banco de horas, desde que haja convenção ou acordo coletivo ou ainda, um acordo individual de trabalho.
Independentemente do tipo de acordo, se a compensação não acontecer dentro do prazo estipulado, a empresa passa a dever hora extra ao trabalhador, seguindo a mesma regra do valor da hora adicional ser, pelo menos 50% maior que o da hora normal.
E já que mencionamos um percentual, é importante saber que, no banco de horas, toda hora excedente vale 50% mais que a hora normal.
Dessa forma, se um funcionário fica por 1 hora além da jornada regular, tem direito de descontar 1h30, podendo chegar mais tarde ou sair mais cedo em outra ocasião, por exemplo.
O banco de horas é um regime que também permite que o trabalhador acumule horas adicionais para, por exemplo, tirar um dia inteiro na compensação para aproveitar melhor um feriado prolongado.
4.3.2	ACORDO DE COMPENSAÇÃO
Parecida com o do banco de horas, mas com importantes diferenças.
A primeira delas é que, no acordo, as horas adicionais devem ser compensadas ainda no mesmo mês em que foram realizadas.
Caso isso não ocorra, o empregador passa a dever as horas extras do funcionário e, por essa razão, um bom controle da jornada é fundamental.
Também a diferença em comparação com o banco de horas é que no caso do acordo de compensação, 1 hora extra equivale a 1 hora de folga. A regra muda apenas se a convenção coletiva determinar outras condições.
A CLT é bastante clara quanto à regra geral do limite de horas da jornada diária e semanal de trabalho, assim como quanto à regra geral para a prática de horas extras.
Existem, porém, muitas situações que demandam atenção de empregadores, para que respeitem os direitos de seus funcionários, e de trabalhadores, para que estejam atentos e façam sua parte pelo cumprimento da lei.
4.4 FÉRIAS
Férias é o período de descanso anual, que deve ser concedido ao empregado pelo empregador após o exercício de atividades por doze meses consecutivos.
Depois desse período trabalhado, o colaborador passa a ter direito ao período de descanso que deve ser concedido dentro dos 12 meses subsequentes ao período aquisitivo. 
· O aviso de férias é a comunicação formal do agendamento das férias do colaborador. Ele deve ser entregue ao funcionário com, no mínimo, 30 dias de antecedência ao período de férias mencionado.
· Período aquisitivo é o que corresponde a doze meses de trabalho que os profissionais obrigatoriamente precisam cumprir para ter direito de gozar de 30 dias de descanso.
· Período concessivo é o prazo de 12 meses que a empresa tem para definir as férias do colaborador após ele completar 12 meses de trabalho. Assim, se um profissional tiver completado um ano de trabalho em junho de 2019, as férias devem ser concedidas até junho de 2020. E não se trata apenas de agendar as férias, mas efetivamente fazer com que o colaborador tenha seu período de descanso.
· Período indenizatório é o que se refere ao tempo decorrido após o período concessivo, no caso de a empresa não ter concedido as férias no prazo correto. 
Ou seja, se a empresa, por descuido, não concedeu férias da maneira correta e segundo os termos estabelecidos na legislação dentro do prazo estabelecido, ela deverá pagá-las ao trabalhador em dobro.
O pagamento das férias deve ser realizado dois dias antes da saída do colaborador para o seu período de descanso. Se o pagamento ultrapassar esse período deverá ser feito em dobro pela empresa. Essa determinação está prevista no artigo 145 da lei da CLT. 
Art. 145 – O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977).
Para o cálculo de férias o primeiro fator que deve ser considerado é o salário.
O adicional, que representa o valor pago para o período de descanso, é formado pelo valor salário acrescido de um terço dessa quantia e deduzir os impostos.
Exemplo: Um funcionário que recebe R$ 1500,00 terá sua remuneração de férias calculada da seguinte forma:
R$ 1500,00 / 3 = R$ 500,00, logo, o valor a ser recebido relativo às férias é de R$ 1500,00 + R$ 500,00 = R$ 2000,00, menos os 9% do INSS (R$ 180,00), ou seja, o valor final é R$1820,00.
 
Em caso de férias parciais, a contabilização é um pouco diferente:
Salário bruto: R$ 3.000 /30 (dias) = R$ 100,00 (Valor que o colaborador ganha por dia).
Multiplica-se o valor ganho por dia pela quantidade de dias de férias.
Nesse exemplo 20 x R$ 100,00 = R$ 2.000,00.
· 1/3 do salário bruto do mês de férias: 1/3 de R$ 2000 = R$ 2.666,67;
· Desconto do INSS (9%) = R$ 2.666,67 – R$ 240,00 (INSS) = R$ 2.426,67;
· Imposto de renda (7,5% sobre R$ 2.426,67) = R$ 182,00 (Imposto de renda);
· Taxa de dedução do imposto de renda para essa faixa de salário = R$ 142,80;
· 7,5% do IR sobre o salário – Taxa de ded. = R$ 182,00 – R$ 142,80 = R$ 39,20.
Totaldo valor relativo às férias: R$ 2.387,48
4.4.1 VENDA DE FÉRIAS
O trabalhador tem direito de vender até um terço das suas férias. Essa prática é conhecida como abono pecuniário e possibilita que o indivíduo possa vender até 10 dias ao empregador, não mais do que isso.
Vale a pena destacar também que o pagamento do abono pecuniário, de acordo com o artigo 145 da Consolidação das Leis do Trabalho, precisa ser feito junto com o pagamento das férias, ou seja, até 2 dias antes do período de descanso.
É preciso comunicar a empresa com, no mínimo, 15 dias de antecedência do período aquisitivo (12 meses de trabalho), ou seja, antes de completar o direito às férias.
Para o cálculo da venda das férias, segue o seguinte exemplo: 
Um funcionário tem o salário de R$ 2.000,00 por mês, o trabalhador tem direito a receber as seguintes quantias:
· Pagamento de férias;
· 1/3 de adicional de férias, no mínimo;
· 10 dias trabalhados a mais;
· Hora extra, adicional noturno e insalubridade/periculosidade se tiver.
Pagamento das férias: R$2.000,00;
Adicional de férias: R$666,00;
10 dias trabalhados à mais: R$666,00.
Total do valor relativo á venda + as férias: R$ 1.820,00
 
As férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um, empresa e empregado tem que estar de acordo, com dias e períodos.
A empresa tem o direito de reduzir o número de dias das férias dos colaboradores quando existem faltas não justificadas.
De 6 á 14 faltas o funcionário tem direito a – 24 dias de descanso de férias;
De 15 á 23 faltas funcionário tem direito a – 18 dias de descanso de férias;
De 24 á 32 faltas funcionário tem direito a – 12 dias de descanso de férias;
 O trabalhador afastado das atividades de trabalho por motivo de acidente de trabalho ou auxílio-doença, por mais de 6 meses — mesmo que não sequenciais — perde o direito às férias;
É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço.
4.5 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
Periculosidade é aquilo que oferece perigo.
 
O adicional de periculosidade é um abono pago ao empregado que trabalha com atividades periculosas (aprovada pela regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego).
São periculosas as atividades ou operações, onde a natureza ou os seus métodos de trabalhos configure um contato com substâncias inflamáveis, explosivas, substâncias radioativas, ações de motocicletas, energia elétrica ou em condição de risco.
Atividades descritas, conforme anexos da NR 16 (NORMA REGULAMENTADORA).
 
O valor do adicional basta fazer o cálculo da porcentagem de 30% sobre salário bruto, ignorando descontos ou outros extras que formam o salário líquido do funcionário. 
Também entra no cálculo de férias e décimo terceiro e horas extras.
4.6 ADICIONAL DE INSALUBIDADE
Insalubre quer dizer algo que não é bom para saúde. É um risco progressivo, que o trabalhador exerce sua atividade em constante exposição a um agente nocivo. 
Um exemplo de agente nocivo é a radiação, que a longo prazo pode acarretar doenças causando dano a saúde, ruídos a cima do limite, exposição ao calor, agentes químicos.
O valor para o cálculo do adicional é multiplicado pelo nível de insalubridade no qual a atividade está inserida.  
· 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;
· 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;
· 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo.
A existência de insalubridade no ambiente de trabalho é caracterizada por meio da realização de perícia técnica. Ao realizar a perícia, o perito avalia todo o ambiente de trabalho, bem como todos os equipamentos utilizados para a proteção dos trabalhadores. 
Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são produtos de uso individual utilizado pelo trabalhador no ambiente de trabalho. 
Têm como finalidade a proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. O empregador está obrigado a fornecer gratuitamente a seus funcionários.
A diferença entre insalubridade e periculosidade?
A Insalubridade é definida pela legislação em função do grau do agente nocivo, levando em conta ainda o tipo de atividade desenvolvida pelo empregado no curso de sua jornada de trabalho, observados os limites de tolerância, as taxas de metabolismo e respectivos tempos de exposição durante a jornada.
``Periculosidades são consideradas atividades ou operações perigosas, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador. ``
https://www.pontotel.com.br/periculosidade/
4.7 ADICIONAL NOTURNO
Adicional noturno é um benefício concedido a trabalhadores que fazem expediente no período da noite. 
A Constituição Federal, no seu artigo 7º, inciso IX, estabelece que são direitos dos trabalhadores, além de outros, remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.
O horário noturno considera-se das 22h00minh até as 05h00minh para atividades urbanas;
E das 21h00minh até as 04h00minh para atividades rurais.
A hora normal tem a duração de 60 (sessenta) minutos e a hora noturna, por disposição legal, nas atividades urbanas, é computada como sendo de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. Ou seja, cada hora noturna sofre a redução de 7 minutos e 30 segundos ou ainda 12,5% sobre o valor da hora diurna.
No trabalho noturno também deve haver o intervalo para repouso ou alimentação:
· Jornada de trabalho de até 4 horas: sem intervalo;
· Jornada de trabalho superior a 4 horas e não excedente a 6 horas: intervalo de 15 minutos;
· Jornada de trabalho excedente a 6 horas: intervalo de no mínimo 1 (uma) hora e no máximo 2 (duas) horas.
 
A hora noturna, nas atividades urbanas, deve ser paga com um acréscimo de no mínimo 20% (vinte por cento) sobre o valor da hora diurna.
Para saber o valor do adicional noturno, divida o Salário Base Mensal pelas Horas Contratuais, e depois multiplique o valor da Hora Normal pelo Percentual do Adicional Noturno (20%).
Exemplo: Salário base mensal: R$ 1.000,00. 
Horas contratuais de trabalho/mês: 220h.
Cálculo: R$ 1.000,00 ÷ 220h = 4,55 (valor por hora diurna) x 20% = 0,91 (valor do adicional noturno)
Agora multiplique R$ 0,91 pela quantidade de horas noturnas trabalhadas no mês.
Caso tenha trabalhado 180 horas noturnas multiplique por R$ 0,45 e veja que o adicional noturno deverá ser de R$ 163,80.
Diferente das horas trabalhadas durante o dia, que equivalem a 60 minutos, as horas noturnas correspondem a 52 minutos e 30 segundos nas atividades urbanas.
Já os trabalhadores rurais não têm direito à jornada noturna reduzida.
O Cálculo do Adicional Noturno é a cada 52 minutos e 30 segundos trabalhados dentro da jornada noturna, é contabilizada uma hora de trabalho completa. 
Essa hora noturna é paga integralmente, com acréscimo de, no mínimo, 20% sobre o valor da hora comum trabalhada. 
O valor adicional incide somente sobre as horas que foram trabalhadas dentro do período noturno. 
Vejamos o exemplo:
· Um funcionário opera em jornada de 8h diurnas, das 22h às 5h;
· O valor da hora trabalhada deste colaborador é de R$6,00; 
· Então, o cálculo do recebimento para o dia de trabalho será:
https://www.pontomais.com.br/blog/adicional-noturno
4.8 DÉCIMO TERCEIRO
O pagamento do 13º salário aos funcionários é uma das diversas obrigações das empresas.
A gratificação de Natal, como também é conhecida, é obrigatória para todos os colaboradores que trabalham com registro na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
O salário bônus é pago no final de ano e, normalmente, realizado em duas parcelas, contendo os descontos de INSS, FGTS e imposto de renda.
Em casos em que o colaborador tenha sido contratado durante o ano, ele receberá o valor proporcional aos meses trabalhados.
A primeira parcela do décimo terceiro salário deve ser paga entre o primeiro dia de fevereiro e o último dia útil de novembro, do mesmo ano.
Já a segunda parcela do décimoterceiro, precisa ser paga até o dia 20 de dezembro. Caso o dia caia no final de semana, ele precisa ser antecipado para o último dia útil antes da data.
Caso o funcionário queira, ele pode solicitar uma antecipação da primeira parcela em suas férias. Mas isso precisa ser acordado com a empresa e analisar sindicato permite.
Todos os trabalhadores com carteira assinada têm direito ao décimo terceiro salário, o que corresponde a 1/12 (um doze avos) de remuneração, após 15 dias de trabalho.
As pessoas afastadas por acidente ou que estejam em licença maternidade, também têm direito à gratificação.
Passado o prazo de 15 dias trabalhados, o valor já é contabilizado como um mês inteiro. 
O trabalhador que tiver quinze faltas injustificadas, o mês não será contado no benefício.
Quando um empregado é desligado da empresa sem justa causa, o décimo deve ser acertado na rescisão do contrato. Já quando o empregado é demitido por justa causa, ele não tem direito.
Para calcular o valor do décimo terceiro é sempre sobre o último salário recebido pelo colaborador, em dezembro.
Além disso, ele é proporcional ao número de meses trabalhados, considerando o período de janeiro a dezembro do mesmo ano.
Valor da remuneração / 12 meses do ano X meses trabalhados no período = 13º salário proporcional, Veja no exemplo:
O funcionário foi contratado no dia 01/04/2020, com o salário de R$ 1.000,00.
Sendo assim, até o final de dezembro, ele terá trabalhado 9 meses. 
R$ 1.000 / 12 = R$ 83,33
R$ 83,33 X 9 = R$ 750,00
Deste valor incidem: INSS, FGTS e Imposto de Renda.
Esses tributos são cobrados na segunda metade do salário. Ou seja, o trabalhador recebe a primeira parcela integral, e no mês de dezembro, a segunda parcela deve ser paga já com os descontos.
5 PRINCIPAIS DESCONTOS
A folha de pagamento não deve discriminar apenas as remunerações devidas aos empregados, mas também os descontos incidentes sobre a remuneração dos mesmos.
5.1	VALE TRANSPORTE
A Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985, instituiu o vale-transporte e deliberou o seguinte: o empregador antecipará ao empregado as despesas de vale-transporte para que o empregado possa utilizá-lo como meio de deslocamento de sua residência ao trabalho e vice-versa, utilizando-se do sistema de transporte coletivo público, urbano ou intermunicipal e/ou interestadual.
O Art. 4º da Lei 7.418/85 escreve que a concessão do benefício ora instituído acarreta a aquisição pelo empregador dos vales-transportes necessários aos deslocamentos do empregado no percurso residência ao trabalho e vice-versa, no serviço de transporte que melhor se adequar. 
Gonçalves (2009) escreve que o vale-transporte, quando concedido, será custeado:
a) empregado: na parcela que corresponder até 6% do seu salário básico, excluindo-se, para este efeito, os demais adicionais. Sobre as comissões, o entendimento é que pelo a mesma deve ser considerada, pois, caso contrário, não teria como efetuar o desconto dos empregados comissionistas;
b) pelo empregador: na parcela correspondente à diferença entre o valor total do benefício e o valor custeado pelo empregado. 
5.2 INSS
O desconto do INSS é obrigatório em folha de pagamento e a responsabilidade pelo seu pagamento varia de acordo com a empresa, podendo ser do empregador ou do próprio empregado.
Essa contribuição mensal é o que garante que o funcionário possa ter acesso a diversos direitos trabalhistas, como o 13º salário, auxílio-doença, aposentadoria e pensão por morte.
O seu cálculo é dado com base no valor bruto do salário do profissional, ou seja, o valor total e ainda sem nenhum desconto.
O desconto do INSS pode variar entre 8% e 11%, dependendo das regras para cada faixa salarial.
Vale ainda ressaltar que existe um teto máximo de contribuição, enquanto vigorar, o desconto previdenciário, tem como base o limite de R$713,08. Mesmo que o seja mais alto nunca poderá ser superior ao teto.
INSS a partir de 01/03/2020
	SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO R$
	ALÍQUOTA PARA FINS DE RECOLHIMENTO AO INSS
	Até 1.045,00
	7,5%
	De R$ 1.045,01 a R$ 2.089,60
	9%
	De R$ 2.089,61 até R$ 3.134,40
	12%
	De R$ 3.134,41 até 6.101,06
	14%
FONTE: Brasil (2019, s.p.)
5.3 IRRF 
5.4 
O cálculo do IRRF é feito sobre o salário de contribuição do empregado. Para sabermos o total de rendimentos tributáveis, deve-se somar o salário base com os demais proventos pagos.
O imposto será pago através da guia do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) e direcionado aos cofres públicos da União.
Estão sujeitos aos descontos do imposto de renda retido na fonte:
· Os rendimentos do trabalho assalariado pagos por pessoas físicas ou jurídicas; 
· Os rendimentos do trabalho não assalariado pagos por pessoas jurídicas;
· Os rendimentos de aluguéis e royalties pagos por pessoa jurídica; 
· Os rendimentos pagos por serviços entre pessoas jurídicas, tais como os de natureza profissional, serviços de corretagem, propaganda e publicidade. 
Tabelo do IRRF – Rendimento Anual
	Base de Calculo (R$)
	Alíquota (%)
	Parcela a deduzir do IRRF (R$)
	Até 1.903,98
	-
	-
	De 1.903,99 até 2.826,65
	7,5
	142,80
	De 2.826,66 até 3.751,05
	15
	354,80
	De 3.751,06 até 4.664,68
	22,5
	636,13
	Acima de 4.664,68
	27,5 
	869,36
6 MATERIAIS E MÉTODOS 
Com o objetivo de explicar como é a contabilização de uma folha de pagamento, foi efetuado um estudo detalhando as etapas realizadas e seus respectivos proventos e descontos. Esta pesquisa foi desenvolvida através de livros, sites e artigos relacionados ao assunto. Para que todos os dados fossem coletados corretamente, foram necessários em torno de três meses.
“A pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral”. (Vergara, 2005, p. 48).
Para facilitar a compreensão, explicamos de forma simples como deve ser emitida e contabilizada a folha de pagamento. É um documento onde consta as informações relacionadas ao pagamento dos colaboradores, e também com a função contábil, fiscal, financeira e operacional, indispensável para o controle de uma empresa.
Com base neste estudo, dividimos a folha de pagamento em três partes, ou eventos. São eles: Proventos, Descontos e Bases. Como citado acima, os proventos de acordo com a lei são os benefícios financeiros distribuídos pela empresa aos seus funcionários; salário, hora extra, férias, décimo entre outros. Já os descontos acabam por diminuir o valor a ser pago ao colaborador. Exemplos daqueles gerados em lei: INSS, IRRF, etc. As bases são aqueles eventos que não proporcionam efeitos diretos nos salários. Estão na folha apenas para demonstração de cálculos, são eles: base FGTS, base cálculo para IRRF entre outros. 
7 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Apesar de ser um tema amplo e abrangente, esta pesquisa nos ajudou a compreende e aprender a importância da folha de pagamento e sua contabilização, que traz benefícios não só para o empregador, como também para o empregado. Sua função não se limita somente as informações dos funcionários nem seus respectivos pagamentos, mas também contábil, fiscal, financeira e operacional, indispensável para o controle de uma empresa. Segundo Ribeiro (1997, p. 135) “folha de pagamento é um documento que relaciona os nomes dos empregados da empresa, o valor bruto dos salários, os descontos ou abatimentos e o valor líquido a receber.”. Todas as informações contidas em uma folha de pagamento deixam de serem apenas informações tornando-se dados contábeis. Abordamos os conceitos relacionados a folha de pagamento, seus principais proventos e descontos, assim como a contabilização da mesma, ou seja, quais os lançamentos contábeis que a ela se referem. 
Este estudo contribuiu para o enriquecimento do nosso conhecimento contábil, em relação à folha de pagamento. Essa rotina administrativa requer muita atenção, devido aos seus inúmeros detalhes, permitindo serem registradas todas as informações para que futuramente não haja nenhum conflito entre empregadore empregado. 
Concluímos que é de total responsabilidade do setor de Departamento de Pessoal, conferir as informações inseridas e se organizar para que a folha de pagamentos seja feita com exatidão, já que passou a ser o mais importante recurso organizacional e fator determinante para o sucesso empresarial, juntamente com tarefas operacionais e burocráticas. 
8 REFERÊNCIAS 
BRASIL. Decreto Lei nº 5.452. Consolidação das Leis do Trabalho. Planalto, Brasília-DF, 1943a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm. Acesso em: 07/10/ 2020.
BRASIL. Presidência da República. Decreto-Lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Disponível em: 
Constituição Federal de 1988. Planalto, Brasília-DF, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 07/10/2020.
Decreto Lei nº 8.212. Lei Orgânica da Seguridade Social. Planalto, Brasília-DF. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212orig.htm. Acesso em: 07/10/2020
FIDELIS, Gilson José. Gestão de Pessoas: Rotinas Trabalhistas e Dinâmicas do Departamento de Pessoal. São Paulo: Ed. Érica, 2008.
JUSBRASIL. [Apresenta textos, comentários de instrumentos jurídico-legais brasileiros e consulta de jurisprudência]. Disponível em: <http://www.jusbrasil.com.br>. Acesso em: 17/10/2016.
OLIVEIRA, Aristeu. Manual de prática trabalhista. 33.ed. São Paulo: Atlas, 2001,
PUC-Rio-Certiicação digital Nº 0510889/CA disponível em: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/9858/9858_4.PDF - Acesso em: 14 Novembro de 2020.
RIBEIRO, Osni. Moura. Contabilidade comercial fácil. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 1997.
ROMAR, Carla Teresa Martins. Direito do trabalho esquematizado. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.

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