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Inspeção e palpação do precórdio e Avaliação Turgência Jugular

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Natália Cariello Brotas Corrêa – Terceiro Período 
Inspeção e palpação do precórdio 
Pesquisa de abaulamentos 
Observar de maneira tangencial, com o examinador de pé ao lado do paciente 
Observar de maneira frontal, com o examinador junto aos pés do paciente, que permanece deitado 
O abaulamento nessa região pode indicar: aneurisma da aorta, cardiomegalia, derrame pericárdico, alterações 
da caixa torácica, dilatação do ventriculo esquerdo 
Importante diferenciar: abaulamentos por alteração de estrutura osteomuscular dos causados por dilatação do 
ventrículo direito. A presença de impulsões do precórdio, que aparecem nos casos de aumento cardíaco. 
Análise do ictus cordis 
• Localização: 
Varia com o biotipo: Nos mediolíneos, situa-se no cruzamento da linha hemiclavicular esquerda com o 4º ou 5º 
espaço intercostal; nos brevilíneos, desloca-se uns 2 cm para fora e para cima, situando-se no 4º espaço 
intercostal; nos longilíneos, costuma estar no 5º espaço, 1 ou 2 cm para dentro da linha hemiclavicular. 
Nos portadores de enfisema pulmonar ou quando há obesidade, musculatura muito desenvolvida ou grandes 
mamas, o ictus cordis costuma ser invisível e impalpável, mas, mesmo em pessoas saudáveis, pode ser que o 
ictus cordis não seja visível. Nos pacientes idosos, o aumento de diâmetro anteroposterior do tórax, propiciando 
a interposição pulmonar entre o coração e a parede torácica, torna o ictus cordis invisível e praticamente 
impalpável, a não ser que haja uma hipertrofia do ventrículo esquerdo. 
• Deslocamento do ictus cordis: 
Indica dilatação e/ou hipertrofia do ventrículo esquerdo, como pode ocorrer na estenose aórtica, insuficiência 
aórtica, insuficiência mitral, hipertensão arterial, miocardiopatias e em algumas cardiopatias congênitas. 
Quando o paciente tem escoliose, depressão do esterno (tórax infundibuliforme), derrame pleural ou elevação 
do diafragma (ascite, obesidade), o deslocamento do ictus cordis não indica hipertrofia e/ou dilatação do 
ventrículo esquerdo. 
A hipertrofia do ventrículo direito pouco ou nada repercute sobre o ictus cordis, pois esta câmara não participa 
da ponta do coração. 
• Extensão do ictus cordis: 
A partir da determinação de quantas polpas digitais são necessárias para cobri-lo, calculando-se, em seguida, a 
quantos centímetros isso corresponde. 
Condições normais: corresponde a uma ou duas polpas digitais, ou seja, 2 a 3 cm de diâmetro. 
Nos casos de hipertrofia ventricular, são necessárias três polpas ou mais. Quando há grande dilatação e/ou 
hipertrofia, o ictus cordis chega a abarcar toda a palma da mão. 
• Intensidade do ictus cordis: 
Repousa-se a palma da mão sobre a região dos batimentos (focos de ausculta). 
Tente localizar o ictus cordis com o paciente em decúbito dorsal, palpando a região usando as superfícies 
palmares de vários dedos. Caso não consiga, peça ao paciente para que, em decúbito lateral esquerdo, expire 
completamente e mantenha-se sem respirar por alguns segundos. Em pacientes do sexo feminino, pode ser 
necessário afastar a mama esquerda para cima ou para o lado. 
Pode-se dizer que as hipertrofias ventriculares impulsionam as polpas digitais com mais vigor do que as 
dilatações. 
• Análise dos batimentos ou movimentos visíveis e/ou palpáveis: 
Pulsação epigástrica: transmissão das pulsações da aorta à parede abdominal. Podem denunciar hipertrofia 
ventricular direita; nesse caso, as pulsações são mais intensas no nível da região subxifoide, na qual se consegue, 
Natália Cariello Brotas Corrêa – Terceiro Período 
inclusive, sentir as contrações do ventrículo hipertrofiado. Para isso, a palma da mão do examinador deve 
pressionar a parte superior da região epigástrica para cima. 
Pulsação supraesternal: pode ser observada em pessoas saudáveis e depende das pulsações da aorta. 
Quando muito intensas, levantam a suspeita de hipertensão arterial, aneurisma da aorta ou síndrome 
hipercinética (insuficiência aórtica, hipertireoidismo). 
• Pesquisa de frêmito cardiovascular 
Sensação tátil determinada por vibrações produzidas no coração ou nos vasos. 
Ao se encontrar um frêmito, três características precisam ser investigadas: localização, usando-se como 
referência as áreas de ausculta; situação no ciclo cardíaco, diferenciando-se então pela coincidência ou não com 
o pulso carotídeo, os frêmitos sistólico, diastólico e sistodiastólico; e intensidade, avaliada em cruzes (+ a + + 
+ +). 
 
A. Em condições normais, o ictus cordis no cruzamento da linha hemiclavicular com o 4º ou 5º EIC esquerdo. 
B. Na hipertrofia ventricular direita, levantamento em massa da região precordial, mais nítido nas proximidades 
do esterno, que não corresponde ao ictus cordis. C. Na hipertrofia ventricular esquerda sem dilatação da 
câmara, o deslocamento do ictus cordis é mínimo ou não existe, mas ele se torna mais forte. D. Na hipertrofia 
ventricular esquerda associada à dilatação desta cavidade o ictus cordis está desviado para baixo e para fora, 
além de ser mais amplo. 
 
 
 
 
 
 
Natália Cariello Brotas Corrêa – Terceiro Período 
Avaliação da Turgência Jugular 
As veias jugulares podem se tornar túrgidas quando o paciente se encontra em decúbito ou na posição 
semissentada. Se as veias jugulares permanecerem túrgidas quando o paciente adota posição semissentada 
(ângulo de 45º entre dorso e leito) ou sentada, está caracterizado ingurgitamento jugular. 
Esse achado traduz hipertensão venosa no sistema da veia cava superior e manifesta-se quando há compressão 
desta veia, insuficiência ventricular direita e pericardite constritiva. 
Pulso venoso 
Paciente deve permanecer deitado em uma posição que propicie máximas pulsações venosas. 
Quando a pressão venosa for normal, o paciente deve ficar em posição quase horizontal em relação à cama, mas 
se houver hipertensão venosa, ele deve estar recostado no leito, em um ângulo de cerca de 45°. 
Cada lado do pescoço é inspecionado com a cabeça ligeiramente voltada para o lado oposto. As pulsações são 
procuradas na parte mais inferior do pescoço; às vezes, são mais bem percebidas entre as duas inserções do 
esternocleidomastóideo. 
Deve-se distinguir as pulsações venosas das pulsações arteriais, lançando mão de dados obtidos na inspeção e 
na palpação. O pulso venoso é constituído de três ondas (A, C e V) e duas deflexões (X e Y). 
Semiotécnica 
- Cumprimentar e pedir permissão ao paciente. 
- Se posicione a direita do paciente. 
- Colocar o paciente em decúbito dorsal com o tronco elevado em 45º. 
- Fazer a inspeção de ambos os lados do pescoço. 
- Deve usar duas réguas formando um ângulo de 90 graus entre elas sendo uma régua (1) posicionada 
verticalmente no ângulo de Louis e outra régua (2) posicionada na porção mais alta pulsante da veia jugular 
- Deve então medir distância marcada no cruzamento da régua 2 com a régua 1, sendo usado o valor (em 
centímetros) marcado na régua 1 
- O valor encontrado na régua deve ser somado a 5 cm (distância entre ângulo do esterno e átrio direito) 
- Valor normal é até 10 cm/água 
Reflexo hepatojugular 
O ingurgitamento das veias jugulares e o aumento da amplitude do pulso venoso após compressão do fígado 
(refluxo hepatojugular) refletem a incapacidade do ventrículo direito de se adaptar ao maior volume sanguíneo 
que lhe é oferecido durante a manobra. 
O paciente deve estar em 45º com o pescoço virado para o lado esquerdo. Deve-se realizar compressão da 
superfície hepática com a palma da mão. Após compressão firme e contínua, o examinador observa se há 
enchimento e turgência da veia jugular externa direita. Em caso positivo, diz-se que há refluxo hepatojugular, o 
que representa um dos sinais da insuficiência ventricular direita e observar se há turgência da veia jugular.

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