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Sistemas genitais

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Sistemas Genitais 
 Beatriz Moura Fé- SOI 2 
 
 Sistemas genitais e a 
homeostasia 
 Os órgãos genitais masculinos e 
femininos trabalham em conjunto para 
produzir descendentes. Além disso, os 
órgãos genitais femininos contribuem 
para sustentar o crescimento dos 
embriões e fetos. 
 A reprodução sexual é o processo 
pelo qual os organismos geram 
descendentes pela produção de células 
germinativas chamadas gametas. Depois 
que o gameta masculino 
(espermatozoide) se une ao gameta 
feminino (oócito secundário) – em um 
evento chamado de fertilização – a 
célula resultante contém um conjunto 
de cromossomos de ambos os pais. Os 
homens e as mulheres têm órgãos 
genitais anatomicamente distintos, que 
são adaptados para produzir gametas, 
facilitar a fertilização e, nas mulheres, 
sustentar o crescimento do embrião e 
do feto. Os órgãos genitais masculinos 
e femininos podem ser agrupados por 
função. As gônadas – testículos nos 
homens e ovários nas mulheres – 
produzem gametas e secretam 
hormônios sexuais. Vários ductos então 
armazenam e transportam os gametas, 
e as glândulas sexuais acessórias 
produzem substâncias que protegem 
os gametas e facilitam o seu 
deslocamento. Por fim, estruturas de 
suporte, como o pênis nos homens e o 
útero nas mulheres, ajudam no 
transporte de gametas; o útero é 
também o local para o crescimento do 
embrião e do feto durante a gestação. 
 Sistema genital masculino 
 Os órgãos do sistema genital masculino 
incluem os testículos, um sistema de 
ductos (epidídimo, ducto deferente, 
ductos ejaculatórios e uretra), glândulas 
sexuais acessórias (glândulas seminais, 
próstata e glândulas bulbouretrais) e 
várias estruturas de apoio, incluindo o 
escroto e o pênis. Os testículos 
(gônadas masculinas) produzem 
espermatozoides e secretam 
hormônios. O sistema de ductos 
transporta e armazena os 
espermatozoides, auxilia em sua 
maturação, e libera-os para o meio 
externo. O sêmen contém 
espermatozoides mais as secreções 
produzidas pelas glândulas sexuais 
acessórias. As estruturas de apoio têm 
várias funções. O pênis entrega os 
espermatozoides no aparelho 
reprodutivo feminino e o escroto 
contém os testículos. 
 Funções: 
Os testículos produzem 
espermatozoides e o hormônio 
masculino testosterona. 
Os ductos transportam, armazenam e 
auxiliam na maturação dos 
espermatozoides. 
As glândulas sexuais acessórias 
secretam a maior parte da porção 
líquida do sêmen. 
O pênis contém a uretra, uma 
passagem para a ejaculação de sêmen 
e excreção de urina 
. Os órgãos genitais são adaptados para 
produzir novos indivíduos e transmitir 
material genético de uma geração para 
a seguinte.. 
 
 
 Sistemas Genitais 
 Beatriz Moura Fé- SOI 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Escroto 
O escroto, a estrutura que contém os 
testículos, consiste em pele solta e tela 
subcutânea subjacente. Ele está 
pendurado na raiz (parte anexa) do 
pênis. Externamente, o escroto parece 
uma bolsa de pele ímpar separada em 
porções laterais por uma crista mediana 
chamada de rafe do escroto. 
Internamente, o septo do escroto 
divide o escroto em dois sacos, cada 
um contendo um testículo. O septo do 
escroto é constituído por uma tela 
subcutânea e tecido muscular chamado 
músculo dartos, que é composto de 
feixes de fibras de músculo liso. O 
músculo dartos também é encontrado 
na tela subcutânea do escroto. 
Associado a cada testículo no escroto 
está o músculo cremaster, várias 
pequenas bandas de músculo 
esquelético que descem como uma 
extensão do músculo oblíquo interno 
do abdome por meio do funículo 
espermático para circundar os 
testículos. A localização do escroto e a 
contração de suas fibras musculares 
regulam a temperatura dos testículos. A 
produção normal de espermatozoides 
demanda uma temperatura de 
aproximadamente 2 a 3 °C abaixo da 
temperatura corporal central. Esta 
temperatura reduzida é mantida no 
escroto porque ele está fora da 
cavidade pélvica. Em resposta a 
temperaturas frias, os músculos 
cremaster e dartos se contraem. A 
contração dos músculos cremaster 
move os testículos para mais perto do 
corpo, onde eles podem absorver o 
calor do corpo. A contração do 
músculo dartos reduz o volume do 
escroto (de aspecto enrugado), o que 
reduz a perda de calor. A exposição ao 
calor inverte essas ações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Testículos 
Os testículos são um par de glândulas 
ovais no escroto com 
aproximadamente 5 cm de 
comprimento e 2,5 cm de diâmetro . 
Cada testículo tem massa de 10 a 15 g. 
Os testículos se desenvolvem perto 
dos rins, na parte posterior do abdome, 
 
 
 Sistemas Genitais 
 Beatriz Moura Fé- SOI 2 
 
e geralmente começam sua descida 
para o escroto por meio dos canais 
inguinais (passagem na parede 
anteroinferior do abdome;) durante a 
segunda metade do sétimo mês do 
desenvolvimento fetal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Camadas de tecido que revestem os 
testículos: 
Uma túnica serosa chamada de túnica 
vaginal do testículo, que é derivada do 
peritônio e se forma durante a descida 
dos testículos, recobre parcialmente os 
testículos. Uma coleção de líquido 
seroso na túnica vaginal do testículo é 
chamada de hidrocele. Esta pode ser 
causada por lesões nos testículos ou 
inflamação do epidídimo. Em geral, não 
é necessário tratamento. Internamente 
à túnica vaginal do testículo, o testículo 
é circundado por uma cápsula fibrosa 
branca composta por tecido conjuntivo 
denso irregular, a túnica albugínea; esta 
se estende internamente formando 
septos que dividem o testículo em uma 
série de compartimentos internos 
chamados lóbulos dos testículos. Cada 
um dos 200 a 300 lóbulos dos 
testículos contêm de 1 a 3 túbulos bem 
enrolados, os túbulos seminíferos 
contorcidos, onde os espermatozoides 
são produzidos. O processo pelo qual 
os túbulos seminíferos contorcidos dos 
testículos produzem esperma é 
chamado de espermatogênese. Os 
túbulos seminíferos contêm dois tipos 
de células: as células espermatogênicas, 
as células formadoras de esperma, e as 
células sustentaculares ou células de 
Sertoli, que têm várias funções no 
apoio à espermatogênese Células-
tronco chamadas espermatogônias se 
desenvolvem a partir das células 
germinativas primordiais que surgem a 
partir do saco vitelino e entram nos 
testículos durante a quinta semana de 
desenvolvimento. Nos testículos 
embrionários, as células germinativas 
primordiais se diferenciam em 
espermatogônias, que permanecem 
dormentes durante a infância e 
começam a produzir espermatozoides 
ativamente na puberdade. Em direção 
ao lúmen do túbulo seminífero 
contorcido estão camadas de células 
progressivamente mais maduras. Da 
menor para a maior maturidade estão 
os espermatócitos primários, 
espermatócitos secundários, 
espermátides e espermatozoides. 
Depois que um espermatozoide é 
formado, ele é liberado para o lúmen 
do túbulo seminífero. Incorporado entre 
as células espermatogênicas nos 
túbulos seminíferos estão grandes 
células sustentaculares ou células de 
Sertoli, que se estendem da membrana 
basal ao lúmen do túbulo. Internamente 
a membrana basal e espermatogônias, 
junções oclusivas unem células 
sustentaculares vizinhas. Estas junções 
formam uma obstrução conhecida 
como barreira hematotesticular, porque 
 
 Sistemas Genitais 
 Beatriz Moura Fé- SOI 2 
 
as substâncias devem passar primeiro 
pelas células sustentaculares antes de 
poderem alcançar o espermatozoide 
em desenvolvimento. Ao isolar os 
gametas em desenvolvimento do 
sangue, a barreira hematotesticular 
evita uma resposta imune contra 
antígenos de superfície da célula 
espermatogênica, que são 
reconhecidas como “estranhas” pelo 
sistema imune. A barreira 
hematotesticular não inclui as 
espermatogônias.As células de Sertoli 
apoiam e protegem as células 
espermatogênicas em desenvolvimento 
de várias maneiras. Elas nutrem os 
espermatócitos, espermátides e 
espermatozoides; fagocitam o excesso 
de citoplasma das espermátides 
conforme o desenvolvimento avança e 
controlam os movimentos das células 
espermatogênicas e a liberação do 
espermatozoide no lúmen dos túbulos 
seminíferos. Elas também produzem 
líquido para o transporte do 
espermatozoide, secretam o hormônio 
inibina e regulam os efeitos da 
testosterona e do FSH (hormônio 
foliculoestimulante). Nos espaços entre 
túbulos seminíferos adjacentes existem 
aglomerados de células chamadas 
células intersticiais ou células de Leydig. 
Estas células secretam testosterona, o 
androgênio mais prevalente. Um 
androgênio é um hormônio que 
promove o desenvolvimento de 
características masculinas. A 
testosterona também promove a libido 
no homem (impulso sexual). 
 Espermatogênese 
Nos seres humanos, a 
espermatogênese leva de 65 a 75 dias. 
Começa com a espermatogônias, que 
contêm o número diploide (2n) de 
cromossomos. As espermatogônias são 
tipos de células-tronco; quando sofrem 
mitose, algumas espermatogônias 
permanecem próximo da membrana 
basal dos túbulos seminíferos em um 
estado não diferenciado, para servir 
como um reservatório de células para a 
divisão celular futura e subsequente 
produção de espermatozoides. O 
restante das espermatogônias perde 
contato com a membrana basal, 
espremese através das junções 
oclusivas da barreira hematotesticular, 
sofre alterações de desenvolvimento e 
diferencia-se em espermatócitos 
primários. Os espermatócitos primários, 
como as espermatogônias, são diploides 
(2n);, ou seja, contêm 46 
cromossomos. Pouco depois de se 
formar, cada espermatócito primário 
replica seu DNA e então começa a 
meiose. Na meiose I, pares de 
cromossomos homólogos se alinham na 
placa metafásica, e ocorre o crossing-
over. Em seguida, o fuso meiótico puxa 
um cromossomo (duplicado) de cada 
par para um polo oposto da célula em 
divisão. As duas células formadas pela 
meiose I são chamadas de 
espermatócitos secundários. Cada 
espermatócito secundário tem 23 
cromossomos, o número haploide (n). 
Cada cromossomo dentro de um 
espermatócito secundário, no entanto, 
é constituído por 2 cromátides (2 
cópias do DNA) ainda ligadas por um 
centrômero. Não há replicação de DNA 
nos espermatócitos secundários. 
 
 
 
 
 Sistemas Genitais 
 Beatriz Moura Fé- SOI 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Espermatozoides 
A cada dia, aproximadamente 300 
milhões de espermatozoides concluem 
o processo de espermatogênese. Um 
espermatozoide tem aproximadamente 
60 μm de comprimento e contém 
várias estruturas que são adaptadas 
para alcançar e penetrar um oócito 
secundário. As principais partes de um 
espermatozoide são a cabeça e a 
cauda. A cabeça pontiaguda e achatada 
do espermatozoide mede 
aproximadamente 4 a 5 μm de 
comprimento. Ela contém um núcleo 
com 23 cromossomos bem 
acondicionados. Englobando os dois 
terços anteriores do núcleo está o 
acrossomo, uma vesícula semelhante a 
capa preenchida com enzimas que 
ajudam o espermatozoide a penetrar 
no oócito secundário para promover a 
fertilização. Entre as enzimas estão as 
proteases e a hialuronidase. A cauda de 
um espermatozoide é subdividida em 
quatro partes: colo, peça intermediária, 
peça principal e peça terminal. O colo é 
a região encontrada imediatamente 
atrás da cabeça, que contém centríolos. 
Os centríolos formam os microtúbulos 
que compreendem o restante da 
cauda. A peça intermediária contém 
mitocôndrias dispostas em espiral, que 
fornecem energia (ATP) para a 
locomoção dos espermatozoides até o 
local da fertilização e para o 
metabolismo do espermatozoide. A 
peça principal é a parte mais longa da 
cauda, e a peça terminal é a parte distal 
e afilada da cauda. Uma vez ejaculados, 
a maior parte dos espermatozoides 
não sobrevive por mais de 48 h no 
sistema genital feminino 
 
 Controle hormonal da função 
testicular 
 Embora os fatores de iniciação sejam 
desconhecidos, na puberdade, 
determinadas células neurossecretoras 
do hipotálamo aumentam a sua 
secreção de hormônio liberador de 
gonadotropina (GnRH). Este hormônio 
estimula, por sua vez, os gonadotropos 
na adenohipófise a aumentar sua 
secreção de duas gonadotropinas, o 
hormônio luteinizante (LH) e o 
hormônio foliculoestimulante (FSH). O 
 
 Sistemas Genitais 
 Beatriz Moura Fé- SOI 2 
 
LH estimula as células intersticiais que 
estão localizadas entre os túbulos 
seminíferos a secretar o hormônio 
testosterona. Este hormônio esteroide 
é sintetizado a partir do colesterol nos 
testículos e é o principal androgênio. É 
lipossolúvel e se difunde facilmente das 
células intersticiais para o líquido 
intersticial e, em seguida, para o sangue. 
A testosterona, via feedback negativo, 
suprime a secreção de LH pelos 
gonadotropos da adenohipófise e 
suprime a secreção de GnRH pelas 
células neurossecretoras do hipotálamo. 
Em algumas célulasalvo, como aquelas 
dos órgãos genitais externos e da 
próstata, a enzima 5alfarredutase 
converte a testosterona em outro 
androgênio, chamado 
dihidrotestosterona (DHT). O FSH atua 
indiretamente ao estimular a 
espermatogênese. O FSH e a 
testosterona atuam sinergicamente nas 
células sustentaculares estimulando a 
secreção da proteína de ligação a 
androgênios (ABP) no lúmen dos 
túbulos seminíferos e no líquido 
intersticial em torno das células 
espermatogênicas. A ABP se liga à 
testosterona, mantendo a sua 
concentração elevada. A testosterona 
estimula as etapas finais da 
espermatogênese nos túbulos 
seminíferos. Uma vez alcançado o grau 
de espermatogênese necessário para 
as funções reprodutivas masculinas, as 
células sustentaculares liberam inibina, 
um hormônio proteico assim chamado 
por inibir a secreção de FSH pela 
adenohipófise. Se a espermatogênese 
ocorrer muito lentamente, menos 
inibina é liberada, o que possibilita maior 
secreção de FSH e aumento da 
espermatogênese. A testosterona e a 
dihidrotestosterona se ligam aos 
mesmos receptores de androgênios, 
que se encontram no interior dos 
núcleos das célulasalvo. O complexo 
hormônioreceptor regula a expressão 
do gene, ativando alguns genes e 
desativando outros. Em decorrência 
dessas alterações, os androgênios 
produzem vários efeitos: 
Desenvolvimento pré-natal. 
Antes do nascimento, a testosterona 
estimula o padrão masculino de 
desenvolvimento dos ductos do sistema 
genital e a descida dos testículos para o 
escroto. A dihidrotestosterona estimula 
o desenvolvimento dos genitais 
externos (descritos na Seção 28.5). A 
testosterona também é convertida no 
encéfalo em estrogênios (hormônios 
feminilizantes), que podem atuar no 
desenvolvimento de determinadas 
regiões do encéfalo em homens. 
Desenvolvimento das características 
sexuais masculinas. 
Na puberdade, a testosterona e a di-
hidrotestosterona realizam o 
desenvolvimento e o alargamento dos 
órgãos sexuais masculinos e o 
desenvolvimento das características 
sexuais secundárias masculinas. As 
características sexuais secundárias 
distinguem os homens das mulheres, 
mas não têm um papel direto na 
reprodução. Estes incluem o 
crescimento muscular e esquelético 
que resulta em ombros largos e quadris 
estreitos; os pelos faciais e torácicos 
(dentro dos limites da hereditariedade) 
e a presença de mais pelos em outras 
partes do corpo; o espessamento da 
pele; o aumento da secreção das 
glândulas sebáceas e o aumento da 
 Sistemas Genitais 
 Beatriz Moura Fé- SOI 2 
 
laringe e consequente engrossamento 
da voz 
Desenvolvimento da função sexual. 
 Os androgênios contribuem para o 
comportamento sexual masculino e 
espermatogênese, e para o desejo 
sexual (libido) em homens emulheres. 
Lembre-se de que o córtex da 
glândula suprarrenal é a principal fonte 
de androgênios nas mulheres 
Estimulação do anabolismo. 
Os androgênios são hormônios 
anabólicos; isto é, estimulam a síntese 
de proteínas. Este efeito é evidente no 
maior peso dos músculos e massa 
óssea que é observado na maior parte 
dos homens em comparação às 
mulheres. 
 Ductos do sistema genital nos 
homens 
 Ductos do testículo: 
A pressão produzida pelo líquido que é 
secretado pelas células sustentaculares 
empurra os espermatozoides e o 
líquido ao longo do lúmen dos túbulos 
seminíferos e, em seguida, por uma 
série de ductos muito curtos chamados 
de túbulos seminíferos retos. Os 
túbulos seminíferos retos levam a uma 
rede de ductos no testículo chamados 
de rede do testículo. Da rede do 
testículo, os espermatozoides se 
movem por uma série de ductos 
eferentes enrolados no epidídimo, que 
se esvaziam em um tubo único 
chamado de ducto do epidídimo. 
 Epidídimo: 
 O epidídimo é um órgão em forma de 
vírgula de aproximadamente 4 cm de 
comprimento que fica ao longo da 
margem posterior de cada testículo. 
Cada epidídimo consiste principalmente 
em ductos do epidídimo bem 
enrolados. Os ductos eferentes do 
testículo se unem aos ductos do 
epidídimo na parte maior e superior do 
epidídimo, chamada de cabeça do 
epidídimo. O corpo do epidídimo é a 
parte média estreita, e a cauda do 
epidídimo é a parte inferior menor. Na 
sua extremidade distal, a cauda do 
epidídimo continua como o ducto 
deferente (discutido a seguir). Os 
ductos do epidídimo mediriam 
aproximadamente 6 m de 
comprimento se fossem desenrolados. 
São revestidos por epitélio 
pseudoestratificado e circundados por 
camadas de músculo liso. As superfícies 
livres das células cilíndricas contêm 
estereocílios, que apesar de seu nome 
são microvilosidades longas e 
ramificadas (não cílios) que aumentam a 
área de superfície para a reabsorção 
de espermatozoides degenerados. O 
tecido conjuntivo em torno da túnica 
muscular se insere nas alças do ducto 
do epidídimo e transporta os vasos 
sanguíneos e nervos. Funcionalmente, 
o epidídimo é o local de maturação dos 
espermatozoides, processo pelo qual o 
espermatozoide adquire motilidade e a 
capacidade de fertilizar um óvulo. Isto 
ocorre ao longo de um período de 
aproximadamente 14 dias. O epidídimo 
também ajuda a impulsionar os 
espermatozoides pelos ductos 
deferentes durante a excitação sexual, 
pela contração peristáltica do seu 
músculo liso. Além disso, o epidídimo 
armazena espermatozoides, que 
permanecem viáveis aqui por até 
vários meses. Qualquer espermatozoide 
 Sistemas Genitais 
 Beatriz Moura Fé- SOI 2 
 
armazenado que não seja ejaculado 
durante esse período de tempo é, por 
fim, reabsorvido.. 
 Ducto deferente 
No interior da cauda do epidídimo, o 
ducto do epidídimo torna-se menos 
enrolado e o seu diâmetro aumenta. 
Além deste ponto, o ducto é 
conhecido como ducto deferente. O 
ducto deferente, que mede 
aproximadamente 45 cm de 
comprimento, ascende ao longo da 
margem posterior do epidídimo através 
do funículo espermático e, em seguida, 
entra na cavidade pélvica. Ele contorna 
o ureter e passa lateralmente e desce 
pela face posterior da bexiga urinária. A 
parte terminal dilatada do ducto 
deferente é a ampola A túnica mucosa 
do ducto deferente é composta por 
epitélio pseudoestratificado e lâmina 
própria (tecido conjuntivo areolar). A 
túnica muscular é composta por três 
camadas de músculo liso; as camadas 
interna e externa são longitudinais, e a 
camada do meio é circular. 
Funcionalmente, o ducto deferente 
transporta os espermatozoides, durante 
a excitação sexual, do epidídimo em 
direção à uretra por contrações 
peristálticas de seu revestimento 
muscular. Como o epidídimo, o ducto 
deferente também pode armazenar 
espermatozoides durante vários meses. 
Qualquer espermatozoide armazenado 
que não seja ejaculado durante esse 
período é, por fim, reabsorvido. 
 Funículo espermático 
O funículo espermático é uma 
estrutura de suporte do sistema genital 
masculino que ascende a partir do 
escroto. Ele consiste na porção do 
ducto deferente que ascende através 
do escroto, na artéria testicular, nas 
veias que drenam os testículos e levam 
testosterona para a circulação (o plexo 
pampiniforme), nos nervos autônomos, 
nos vasos linfáticos e no músculo 
cremaster. O funículo espermático e o 
nervo ilioinguinal atravessam o canal 
inguinal, uma passagem oblíqua na 
parede abdominal anterior ligeiramente 
superior e paralela à metade medial do 
ligamento inguinal. O canal, que mede 
aproximadamente 4 a 5 cm de 
comprimento, tem origem no anel 
inguinal profundo (abdominal), uma 
abertura em forma de fenda na 
aponeurose do músculo transverso do 
abdome; o canal termina no anel 
inguinal superficial (subcutâneo) (ver 
Figura 28.2), uma abertura 
discretamente triangular na aponeurose 
do músculo oblíquo externo do 
abdome. Nas mulheres, o ligamento 
redondo do útero e o nervo ilioinguinal 
passam através do canal inguinal. O 
termo varicocele se refere a uma 
protuberância no escroto decorrente 
da dilatação das veias que drenam os 
testículos. Em geral é mais aparente 
quando a pessoa está em pé e 
geralmente não requer tratamento. 
 Ductos ejaculatórios 
Cada ducto ejaculatório mede 
aproximadamente 2 cm de 
comprimento e é formado pela união 
do ducto da glândula seminal e a 
ampola do ducto deferente. Os curtos 
ductos ejaculatórios formamse 
imediatamente superiores à base (parte 
superior) da próstata e passam inferior 
e anteriormente através da próstata. 
Eles terminam na parte prostática da 
uretra, onde ejetam os 
espermatozoides e secreções das 
 Sistemas Genitais 
 Beatriz Moura Fé- SOI 2 
 
glândulas seminais pouco antes da 
liberação do sêmen da uretra para o 
exterior. 
 Uretra 
Nos homens, a uretra é o ducto 
terminal compartilhado dos sistemas 
reprodutivo e urinário; serve como 
uma passagem tanto para o sêmen 
quanto para a urina. Medindo 
aproximadamente 20 cm, passa através 
da próstata, dos músculos profundos do 
períneo e do pênis; é subdividida em 
três partes. A parte prostática da uretra 
mede 2 a 3 cm de comprimento e 
passa através da próstata. Conforme 
esse ducto continua inferiormente, 
passa através dos músculos profundos 
do períneo, onde é conhecido como 
parte membranácea da uretra. A parte 
membranácea da uretra mede 
aproximadamente 1 cm de 
comprimento. Quando esse ducto 
passa através do corpo esponjoso do 
pênis, é conhecido como parte 
esponjosa da uretra, que mede 
aproximadamente 15 a 20 cm de 
comprimento. A parte esponjosa da 
uretra termina no óstio externo da 
uretra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Glândulas sexuais assessorias 
 Os ductos do sistema genital masculino 
armazenam e transportam os 
espermatozoides, mas as glândulas 
sexuais acessórias secretam a maior 
parte da porção líquida do sêmen. As 
glândulas sexuais acessórias incluem as 
glândulas seminais, a próstata e as 
glândulas bulbouretrais. 
 Glândulas seminais 
O par de glândulas seminais são 
estruturas enroladas em forma de bolsa 
que medem aproximadamente 5 cm 
de comprimento e se encontram 
posteriormente à base da bexiga 
urinária e anteriormente ao reto. Por 
meio dos ductos das glândulas seminais, 
elas secretam um líquido viscoso 
alcalino que contém frutose (um açúcar 
monossacarídio), prostaglandinas e 
proteínas de coagulação, que são 
diferentes das do sangue. A natureza 
alcalina do líquido seminal ajuda a 
neutralizar o meio ácido da uretra 
masculina e do sistema genital feminino, 
que de outro modo inativariam e 
matariam os espermatozoides. A 
frutose é utilizada para a produção de 
ATP pelos espermatozoides. As 
prostaglandinas contribuem para a 
mobilidade e a viabilidade dosespermatozoides e podem estimular as 
contrações do músculo liso no sistema 
genital feminino. As proteínas de 
coagulação ajudam o sêmen a coagular 
após a ejaculação. O líquido secretado 
pelas glândulas seminais normalmente 
constitui aproximadamente 60% do 
volume do sêmen. 
 Próstata 
A próstata é uma glândula única em 
forma de rosca, aproximadamente do 
tamanho de uma bola de golfe. Ela 
 
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mede cerca de 4 cm de um lado a 
outro, aproximadamente 3 cm de cima 
a baixo, e cerca de 2 cm de anterior a 
posterior. Encontra-se inferiormente à 
bexiga urinária e circunda a parte 
prostática da uretra. A próstata 
aumenta de tamanho lentamente desde 
o nascimento até a puberdade. Em 
seguida, se expande rapidamente até 
aproximadamente os 30 anos de idade; 
após esse período, seu tamanho 
normalmente permanece estável até 
os 45 anos, quando podem ocorrer 
novos aumentos. A próstata secreta 
um líquido leitoso e ligeiramente ácido 
(pH de aproximadamente 6,5) que 
contém diversas substâncias. (1) O ácido 
cítrico do líquido prostático é usado 
pelos espermatozoides para a 
produção de ATP por meio do ciclo de 
Krebs. (2) Várias enzimas proteolíticas, 
como o antígeno prostático específico 
(PSA), pepsinogênios, lisozima, amilase e 
hialuronidase, que por fim quebram as 
proteínas de coagulação das glândulas 
seminais. (3) A função da fosfatase 
ácida secretada pela próstata é 
desconhecida. (4) A plasmina seminal do 
líquido prostático é um antibiótico que 
pode destruir as bactérias. A plasmina 
seminal pode ajudar a diminuir a 
quantidade de bactérias que ocorrem 
naturalmente no sêmen e no sistema 
genital inferior da mulher. As secreções 
da próstata entram na parte prostática 
da uretra por meio de diversos canais 
prostáticos. As secreções prostáticas 
constituem aproximadamente 25% do 
volume do sêmen e contribuem para a 
motilidade e viabilidade dos 
espermatozoides. 
 
 
 Glândulas bulbouretrais 
O par de glândulas bulbouretrais mede 
aproximadamente o tamanho de 
ervilhas. Elas se encontram 
inferiormente à próstata em ambos os 
lados da parte membranácea da uretra, 
no interior dos músculos profundos do 
períneo, e seus ductos se abrem para 
dentro da parte esponjosa da uretra . 
Durante a excitação sexual, as glândulas 
bulbouretrais secretam um líquido 
alcalino na uretra que protege os 
espermatozoides que passam ao 
neutralizar os ácidos da urina na uretra. 
Também secretam um muco que 
lubrifica a ponta do pênis e a túnica 
mucosa da uretra, diminuindo a 
quantidade de espermatozoides 
danificados durante a ejaculação. Alguns 
homens liberam uma ou duas gotas de 
muco durante a estimulação sexual e a 
ereção. Esse líquido não contém 
espermatozoides. 
 Sêmen 
 O sêmen é uma mistura de 
espermatozoides e líquido seminal, um 
líquido que consiste nas secreções dos 
túbulos seminíferos, glândulas seminais, 
próstata e glândulas bulbouretrais. O 
volume de sêmen em uma ejaculação 
típica é de 2,5 a 5 mililitros (mℓ), com 
50 a 150 milhões de espermatozoides 
por mℓ. Quando a contagem cai abaixo 
de 20 milhões/mℓ, há probabilidade de 
o homem ser infértil. É necessária uma 
quantidade muito grande de 
espermatozoides para a fertilização 
bemsucedida, porque apenas uma 
pequena fração por fim alcança o 
oócito secundário. Apesar da leve 
acidez do líquido prostático, o sêmen 
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tem um pH ligeiramente alcalino de 7,2 
a 7,7, em decorrência do pH mais 
elevado e maior volume do líquido 
proveniente das glândulas seminais. A 
secreção prostática confere ao sêmen 
um aspecto leitoso, e os líquidos das 
glândulas seminais e glândulas 
bulbouretrais lhe dão uma consistência 
pegajosa. O líquido seminal fornece aos 
espermatozoides um meio de 
transporte, nutrientes e proteção do 
ambiente ácido hostil da uretra 
masculina e da vagina feminina. Uma 
vez ejaculado, o sêmen coagula em 
menos de 5 min, em decorrência da 
presença de proteínas de coagulação 
das glândulas seminais. O papel funcional 
da coagulação do sêmen não é 
conhecido, mas as proteínas envolvidas 
são diferentes daquelas que causam a 
coagulação do sangue. Depois de 
aproximadamente 10 a 20 min, o sêmen 
se reliquefaz, porque o antígeno 
prostático específico (PSA) e outras 
enzimas proteolíticas produzidas pela 
próstata quebram o coágulo. A 
liquefação anormal ou tardia do sêmen 
coagulado pode causar uma 
imobilização completa ou parcial do 
espermatozoide, inibindo desse modo o 
seu movimento ao longo do colo do 
útero. Depois de passar pelo útero e 
tubas uterinas, os espermatozoides são 
afetados pelas secreções da tuba 
uterina em um processo chamado de 
capacitação A presença de sangue no 
sêmen é chamada de hemospermia. Na 
maior parte dos casos, é causada pela 
inflamação dos vasos sanguíneos que 
revestem as glândulas seminais; 
geralmente é tratada com antibióticos. 
 Pênis 
 O pênis contém a uretra e é uma 
passagem para a ejaculação do sêmen 
e a excreção de urina. Ele tem uma 
forma cilíndrica e é composto por um 
corpo, uma glande e uma raiz. O corpo 
do pênis é constituído por três massas 
cilíndricas de tecido, cada uma 
circundada por tecido fibroso chamado 
de túnica albugínea. As duas massas 
dorsolaterais são chamadas de corpos 
cavernosos do pênis. A massa médio-
ventral menor, o corpo esponjoso do 
pênis, contém a parte esponjosa da 
uretra e a mantém aberta durante a 
ejaculação. A pele e uma tela 
subcutânea envolvem todas as três 
massas, que consistem em tecido erétil. 
O tecido erétil é composto por 
diversos seios sanguíneos (espaços 
vasculares) revestidos por células 
endoteliais e circundados por músculo 
liso e tecido conjuntivo e elástico. A 
extremidade distal do corpo esponjoso 
do pênis é uma região um pouco 
aumentada, em forma de bolota, 
chamada de glande do pênis; a sua 
margem é a coroa. A uretra distal 
aumenta no interior da glande do pênis 
e forma uma abertura terminal em 
forma de fenda, o óstio externo da 
uretra. Recobrindo a glande em um 
pênis não circuncidado está o 
frouxamente ajustado prepúcio do 
pênis. A raiz do pênis é a porção de 
inserção (porção proximal). Consiste no 
bulbo do pênis, a continuação posterior 
expandida da base do corpo esponjoso 
do pênis, e o ramo do pênis, as duas 
porções separadas e cônicas do corpo 
cavernoso do pênis. O bulbo do pênis 
está ligado à face inferior dos músculos 
profundos do períneo e é fechado pelo 
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músculo bulboesponjoso, um músculo 
que auxilia na ejaculação. Cada ramo do 
pênis se dobra lateralmente para longe 
do bulbo do pênis para se inserir no 
ísquio e ramo púbico inferior, e é 
circundado pelo músculo 
isquiocavernoso. O peso do pênis é 
suportado por dois ligamentos que são 
contínuos com a fáscia do pênis. (1) O 
ligamento fundiforme do pênis surge a 
partir da parte inferior da linha alba. (2) 
O ligamento suspensor do pênis surge 
a partir da sínfise púbica. Após a 
estimulação sexual (visual, tátil, auditiva, 
olfatória ou imaginada), fibras 
parassimpáticas da porção sacral da 
medula espinal iniciam e mantêm uma 
ereção, o alargamento e o 
enrijecimento do pênis. As fibras 
parassimpáticas produzem e liberam 
óxido nítrico (NO). O NO faz com que o 
músculo liso das paredes das arteríolas 
que irrigam o tecido erétil relaxe, o que 
possibilita que estes vasos sanguíneos 
se dilatem. Isso, por sua vez, faz com 
que grandes volumes de sangue 
entrem no tecido erétil do pênis. O NO 
também faz com que o músculo liso do 
tecido erétil relaxe, resultando em 
dilatação dos seios sanguíneos. A 
combinação de fluxo sanguíneo 
aumentado e dilatação dos seios 
sanguíneos resulta em uma ereção. A 
expansão dos seios sanguíneos 
também comprime as veias quedrenam o pênis; a desaceleração do 
fluxo de saída do sangue ajuda a 
manter a ereção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sistema Genital Feminino 
 Os órgãos do sistema genital feminino 
incluem os ovários (gônadas femininas); 
as tubas uterinas; o útero; a vagina; e 
órgãos externos, que são 
coletivamente chamados de pudendo 
feminino (também conhecido como 
vulva). As glândulas mamárias são 
consideradas parte do tegumento e do 
sistema genital feminino 
 Ovários 
 Os ovários, que são as gônadas 
femininas, são um par de glândulas 
semelhantes a amêndoas sem casca 
em tamanho e forma; são homólogas 
aos testículos. (Neste caso, homóloga 
significa que dois órgãos têm a mesma 
origem embrionária.) Os ovários 
produzem (1) gametas, os oócitos 
secundários que se desenvolvem em 
óvulos maduros após a fertilização, e 
(2) hormônios, incluindo a progesterona 
e os estrogênios (hormônios sexuais 
femininos), a inibina e a relaxina. Os 
ovários, um em cada lado do útero, 
descem até a margem da parte 
superior da cavidade pélvica durante o 
 
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terceiro mês de desenvolvimento. 
Vários ligamentos os prendem em sua 
posição. O ligamento largo do útero, 
que é uma prega do peritônio parietal, 
se insere aos ovários por uma dobra 
de duas camadas de peritônio chamada 
de mesovário. O ligamento útero-
ovárico ancora os ovários no útero, e o 
ligamento suspensor do ovário os 
insere na parede pélvica. Cada ovário 
contém um hilo, o ponto de entrada e 
saída para os vasos sanguíneos e 
nervos com os quais o mesovário está 
ligado. 
 Histologia do ovário: Cada ovário 
consiste nas seguintes partes: 
 O epitélio germinativo: é uma camada 
de epitélio simples (prismático baixo ou 
escamoso) que recobre a superfície do 
ovário. Sabe-se agora que o termo 
epitélio germinativo em seres humanos 
não é correto, porque esta camada 
não dá origem aos óvulos; o nome 
surgiu porque, antigamente, acreditava-
se que origina-sse os óvulos. Descobriu-
se recentemente que as células que 
produzem os óvulos surgem a partir do 
saco vitelino e migram para os ovários 
durante o desenvolvimento embrionário 
A túnica albugínea é uma cápsula 
esbranquiçada de tecido conjuntivo 
denso irregular localizado 
imediatamente profunda ao epitélio 
germinativo. 
O córtex do ovário é a região 
imediatamente profunda à túnica 
albugínea. Ele consiste em folículos 
ovarianos (descritos adiante) 
circundados por tecido conjuntivo 
denso irregular que contém fibras 
colágenas e células semelhantes a 
fibroblastos chamadas células estromais. 
A medula do ovário é profunda ao 
córtex do ovário. A margem entre o 
córtex e a medula não pode ser 
distinguida, mas a medula é constituída 
por tecido conjuntivo mais 
frouxamente disposto e contém vasos 
sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. 
Os folículos ovarianos estão no córtex 
e consistem em oócitos em várias 
fases de desenvolvimento, além das 
células que os circundam. Quando as 
células circundantes formam uma única 
camada, são chamadas células 
foliculares; mais tarde no 
desenvolvimento, quando se formam 
diversas camadas, elas são chamadas 
células granulosas. As células 
circundantes nutrem o oócito em 
desenvolvimento e começam a 
secretar estrogênios conforme o 
folículo cresce. 
 O folículo maduro é um folículo 
grande, cheio de líquido, que está 
pronto para romper e expulsar seu 
oócito secundário, em um processo 
conhecido como ovulação O corpo 
lúteo contém os restos de um folículo 
maduro após a ovulação. 
O corpo lúteo produz progesterona, 
estrogênios, relaxina e inibina, até que 
se degenera em um tecido cicatricial 
fibroso chamado corpo albicante.. 
 Funções do sistema genital 
feminino 
 Os ovários produzem oócitos 
secundários e hormônios, incluindo a 
progesterona e o estrogênio 
(hormônios sexuais femininos), a inibina 
e a relaxina. 
 As tubas uterinas transportam um 
oócito secundário para o útero e, 
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normalmente, é onde ocorre a 
fertilização. 
O útero é o local de implantação de 
um óvulo fertilizado, desenvolvimento 
do feto durante a gestação e parto. 
 A vagina recebe o pênis durante a 
relação sexual e é uma passagem para 
o parto. 
 As glândulas mamárias sintetizam, 
secretam e ejetam leite para a 
alimentação do recém-nascido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Oogênese e desenvolvimento folicular A 
formação de gametas nos ovários é 
denominada oogênese. Em contraste com a 
espermatogênese, que no sexo masculino 
começa na puberdade, a oogênese nas 
mulheres começa antes mesmo de elas 
nascerem. A oogênese ocorre essencialmente 
do mesmo modo que a espermatogênese; 
ocorre uma meiose (ver Capítulo 3) e as células 
germinativas resultantes sofrem maturação. 
Durante o início do desenvolvimento fetal, as 
células germinativas primordiais (primitivas) 
migram do saco vitelino para os ovários. Lá, as 
células germinativas se diferenciam no interior 
dos ovários em oogônias. As oogônias são 
célulastronco diploides (2n) que se dividem por 
mitose produzindo milhões de células 
germinativas. Mesmo antes do nascimento, a 
maior parte destas células germinativas se 
degenera em um processo conhecido como 
atresia. Algumas, no entanto, se desenvolvem 
em células maiores chamadas oócitos primários, 
que entram na prófase da meiose I durante o 
desenvolvimento fetal, mas não concluem essa 
fase até depois da puberdade. Durante esta 
pausa na fase de desenvolvimento, cada oócito 
primário é circundado por uma camada única de 
células foliculares planas, e a estrutura como um 
todo é chamada folículo primordial. O córtex 
ovariano em torno dos folículos primordiais 
 
 
 
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consiste em fibras colágenas e células estromais 
semelhantes a fibroblastos. Ao nascer, 
aproximadamente 200 mil a 2 milhões de 
oócitos primários permanecem em cada ovário. 
Destes, aproximadamente 40 mil ainda estão 
presentes na puberdade, e aproximadamente 
400 vão amadurecer e ovular durante a vida 
fértil da mulher. A parte restante dos oócitos 
primários sofre atresia. A cada mês, da 
puberdade até a menopausa, gonadotropinas 
(FSH e LH) secretadas pela adenohipófise 
estimulam adicionalmente o desenvolvimento de 
vários folículos primordiais, embora apenas um 
geralmente alcance a maturidade necessária 
para a ovulação. Alguns folículos primordiais 
começam a crescer, tornandose folículos 
primários. Cada folículo primário consiste em um 
oócito primário, que em um estágio posterior de 
desenvolvimento estará circundado por várias 
camadas de células cuboides e colunares baixas 
chamadas de células granulosas. As células 
granulosas mais externas repousam sobre uma 
membrana basal. À medida que o folículo 
principal cresce, ele forma uma camada 
glicoproteica transparente chamada zona 
pelúcida entre o oócito primário e as células 
granulosas. Além disso, as células estromais em 
torno da membrana basal começam a formar 
uma camada organizada chamada teca folicular. 
Com a continuidade da maturação, um folículo 
primário se desenvolve em folículo secundário. 
Em um folículo secundário, a teca se diferencia 
em duas camadas: (1) a teca interna, uma 
camada interna bem vascularizada de células 
cuboides secretoras que secretam hormônios 
estrogênicos, e (2) a teca externa, uma camada 
exterior de células estromais e fibras colágenas. 
Além disso, as células granulosas começam a 
secretar líquido folicular, que se acumula em 
uma cavidade chamado antro, no centro do 
folículo secundário. A camada mais interna das 
células granulosas tornase firmemente ligada à 
zona pelúcida e agora é chamada de coroa 
radiada. O folículo secundário aumenta de 
tamanho e se torna um folículo maduro.Enquanto neste folículo, e pouco antes da 
ovulação, o oócito primário diploide completa a 
meiose I, produzindo duas células haploides (n) 
de tamanho desigual – cada uma com 23 
cromossomos. A célula menor produzida pela 
meiose I, chamada de primeiro corpo polar, é 
essencialmente material nuclear descartado. A 
célula maior, conhecida como oócito secundário, 
recebe a maior parte do citoplasma. Uma vez 
que um oócito secundário é formado, ele 
começa a meiose II, mas em seguida, para na 
metáfase. O folículo maduro rompese e libera 
rapidamente seu oócito secundário, em um 
processo conhecido como ovulação. 
 
 Tubas uterinas 
 As mulheres têm duas tubas uterinas, 
que se estendem lateralmente a partir 
do útero. As tubas, que medem 
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aproximadamente 10 cm de 
comprimento, encontram-se no interior 
das pregas do ligamento largo do útero. 
Elas fornecem uma via para os 
espermatozoides chegarem até o óvulo 
e transportam os oócitos secundários e 
óvulos fecundados dos ovários até o 
útero. A parte em forma de funil de 
cada tuba, chamada de infundíbulo da 
tuba uterina, está próxima do ovário, 
mas se abre para a cavidade pélvica. Ela 
termina em franjas de projeções 
digitiformes chamadas fímbrias da tuba 
uterina, que estão ligadas à 
extremidade lateral do ovário. Do 
infundíbulo, a tuba uterina se estende 
medialmente e, eventualmente, 
inferiormente, e se insere no ângulo 
lateral superior do útero. A ampola da 
tuba uterina é a sua parte mais larga e 
mais longa, constituindo os dois terços 
laterais do seu comprimento. O istmo 
da tuba uterina é a parte curta, estreita, 
mais medial e de paredes espessas, 
que se une ao útero. Histologicamente, 
as tubas uterinas são compostas por 
três camadas: túnica mucosa, túnica 
muscular e túnica serosa. A túnica 
mucosa é composta por epitélio e 
lâmina própria (tecido conjuntivo 
areolar). O epitélio contém células 
colunares ciliadas simples, que atuam 
como uma “esteira transportadora ciliar” 
que ajuda a mover um óvulo fertilizado 
(ou oócito secundário) do interior da 
tuba uterina em direção ao útero, e 
células não ciliadas chamadas células 
intercalares, que contêm 
microvilosidades e secretam um líquido 
que fornece nutrição para o óvulo. A 
camada do meio, a túnica muscular, é 
composta por um anel circular interno 
espesso de músculo liso e uma região 
externa fina de músculo liso longitudinal. 
As contrações peristálticas da túnica 
muscular e a ação ciliar da túnica 
mucosa ajudam a mover o oócito ou 
óvulo fertilizado para o útero. A camada 
exterior das tubas uterinas é uma 
membrana serosa, a túnica serosa. 
Após a ovulação, os movimentos das 
fímbrias da tuba uterina produzem 
correntes locais, que circundam a 
superfície do folículo maduro 
imediatamente antes de ocorrer a 
ovulação. Estas correntes movem o 
oócito secundário ovulado da cavidade 
peritoneal para a tuba uterina. Um 
espermatozoide geralmente encontra e 
fertiliza um oócito secundário na 
ampola da tuba uterina, embora a 
fertilização na cavidade peritoneal não 
seja incomum. A fertilização pode 
ocorrer até aproximadamente 24 h 
após a ovulação. Algumas horas após a 
fertilização, os materiais nucleares do 
óvulo haploide e o espermatozoide se 
unem. O óvulo fertilizado diploide é 
agora chamado de zigoto e começa a 
sofrer divisões celulares enquanto se 
move em direção ao útero. Ele chega 
ao útero 6 a 7 dias após a ovulação. Os 
oócitos secundários não fertilizados se 
desintegram. 
 Útero 
 O útero serve como parte da via para 
o espermatozoide depositado na vagina 
alcançar as tubas uterinas. É também o 
local da implantação de um óvulo 
fertilizado, desenvolvimento do feto 
durante a gestação e trabalho de parto. 
Durante os ciclos reprodutivos, quando 
a implantação não ocorre, o útero é a 
fonte do fluxo menstrual. 
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 Anatomia do útero: 
Situado entre a bexiga urinária e o reto, o 
útero tem o tamanho e o formato de uma 
pera invertida. Nas mulheres que nunca 
engravidaram (nuligestas), tem 
aproximadamente 7,5 cm de comprimento, 
5 cm de largura e 2,5 cm de espessura. O 
útero é maior em mulheres que estiveram 
grávidas recentemente, e menor (atrofiado) 
quando os níveis de hormônios sexuais são 
baixos, como ocorre após a menopausa. As 
subdivisões anatômicas do útero incluem (1) 
uma parte em forma de cúpula superior às 
tubas uterinas chamada de fundo do útero, 
(2) uma parte central afilada chamada de 
corpo do útero e (3) uma parte inferior 
estreita chamada de colo do útero, que se 
abre para o interior da vagina. Entre o 
corpo do útero e o colo do útero está o 
istmo do útero, uma região de 
aproximadamente 1 cm de comprimento. O 
interior do corpo do útero é chamado de 
cavidade uterina, e o interior do colo do 
útero é chamado de canal do colo do útero. 
O canal do colo do útero se abre para a 
cavidade uterina no óstio histológico interno 
do útero e na vagina no óstio externo do 
útero. Normalmente, o corpo do útero se 
projeta anterior e superiormente ao longo 
da bexiga urinária em uma posição 
chamada anteflexão. O colo do útero se 
projeta inferior e posteriormente e penetra 
na parede anterior da vagina em um ângulo 
aproximadamente reto. Vários ligamentos 
que são extensões do peritônio parietal ou 
cordões fibromusculares mantêm a posição 
do útero. O par de ligamentos largos do 
útero são pregas duplas de peritônio que 
fixam o útero em ambos os lados da 
cavidade pélvica. O par de ligamentos 
uterossacros, também extensões 
peritoneais, encontramse em cada lado do 
reto e ligam o útero ao sacro. Os 
ligamentos transversos do colo estão 
localizados inferiormente às bases dos 
ligamentos largos e se estendem da parede 
pélvica ao colo do útero e vagina. Os 
ligamentos redondos são bandas de tecido 
conjuntivo fibroso entre as camadas do 
ligamento largo; estendemse de um ponto 
no útero imediatamente inferior às tubas 
uterinas até uma parte dos lábios maiores 
do pudendo da genitália externa. Embora os 
ligamentos normalmente mantenham a 
posição de anteflexão do útero, também 
possibilitam movimentação suficiente de seu 
corpo útero, de modo que o útero pode 
tornarse mal posicionado. A inclinação 
posterior do útero, chamada retroflexão, é 
uma variação inofensiva da posição normal 
do útero. Muitas vezes não há causa para 
esta condição, mas ela pode ocorrer após o 
parto. 
 Histologia do útero: 
Histologicamente, o útero é composto por 
três camadas de tecido: perimétrio, 
miométrio e endométrio. A camada exterior 
– o perimétrio ou túnica serosa – é parte 
do peritônio visceral; é composta por 
epitélio escamoso simples e tecido 
conjuntivo areolar. Lateralmente, torna-se o 
ligamento largo do útero. Anteriormente, 
recobre a bexiga urinária e forma uma 
 
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escavação rasa, a escavação vesicouterina. 
Posteriormente, recobre o reto e forma 
uma escavação profunda entre o útero e a 
bexiga urinária, a escavação retouterina – o 
ponto mais inferior da cavidade pélvica. A 
camada intermediária do útero, o miométrio, 
é constituída por três camadas de fibras 
musculares lisas que são mais espessas na 
região do fundo e mais finas no colo do 
útero. A camada intermediária mais espessa 
é circular; as camadas interna e externa são 
longitudinais ou oblíquas. Durante o trabalho 
de parto e parto, as contrações 
coordenadas do miométrio em resposta à 
ocitocina da neurohipófise ajudam a expelir 
o feto do útero. A camada interna do útero, 
o endométrio, é bem vascularizada e tem 
três componentes: (1) uma camada mais 
interna composta por epitélio colunar 
simples (células ciliadas e secretoras) 
reveste o lúmen. (2) Um estroma 
endometrial subjacente é uma regiãomuito 
espessa de lâmina própria (tecido conjuntivo 
areolar). (3) Glândulas uterinas se 
desenvolvem como invaginações do epitélio 
luminal e se estendem quase até o 
miométrio. O endométrio é dividido em duas 
camadas. O estrato funcional (camada 
funcional) reveste a cavidade uterina e 
descama durante a menstruação. A camada 
mais profunda, o estrato basal (lâmina basal), 
é permanente e dá origem a um novo 
estrato funcional após cada menstruação. 
 
 
 
 
 
 
 Muco cervical 
As células secretoras da túnica mucosa do 
colo do útero produzem uma secreção 
chamada de muco cervical, uma mistura de 
água, glicoproteínas, lipídios, enzimas e sais 
inorgânicos. Durante seus anos férteis, as 
mulheres secretam 20 a 60 mℓ de muco 
cervical por dia. O muco cervical é mais 
propício aos espermatozoides próximo ou 
no momento da ovulação, porque é menos 
viscoso e mais alcalino (pH 8,5). Em outros 
momentos, um muco mais viscoso forma 
um tampão cervical que impede fisicamente 
a penetração dos espermatozoides. O 
muco cervical suplementa as necessidades 
de energia dos espermatozoides, e tanto o 
colo do útero quanto o muco cervical 
protegem o espermatozoide dos fagócitos 
e do ambiente hostil da vagina e do útero. 
O muco cervical também pode atuar na 
capacitação – várias mudanças funcionais 
pelas quais os espermatozoides passam no 
sistema genital feminino antes de serem 
capazes de fertilizar um oócito secundário. 
A capacitação faz com que a cauda de um 
espermatozoide se mova ainda mais 
vigorosamente, e prepara a membrana 
plasmática do espermatozoide para se 
fundir com a membrana plasmática do 
oócito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sistemas Genitais 
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 Vagina 
 A vagina é um canal tubular 
fibromuscular de 10 cm de 
comprimento, alinhado com a túnica 
mucosa que se estende do exterior do 
corpo até o colo do útero. Ela é o 
receptáculo para o pênis durante a 
relação sexual, a saída para o fluxo 
menstrual e a via de passagem para o 
parto. Situada entre a bexiga urinária e 
o reto, a vagina é dirigida superior e 
posteriormente, onde se insere no 
útero. Um recesso chamado fórnice da 
vagina circunda a inserção vaginal ao 
colo do útero. Quando corretamente 
inserido, um diafragma contraceptivo se 
apoia no fórnice, onde é mantido 
cobrindo o colo do útero. A túnica 
mucosa da vagina é contínua com a do 
útero. Histologicamente, consiste em 
epitélio escamoso estratificado não 
queratinizado e tecido conjuntivo 
areolar que se encontra em uma série 
de pregas transversais chamados rugas 
vaginais. As células dendríticas na túnica 
mucosa são células apresentadoras de 
antígeno. Infelizmente, também 
participam na transmissão de vírus – 
como por exemplo o HIV (o vírus que 
causa a AIDS) – para uma mulher 
durante a relação sexual com um 
homem infectado. A túnica mucosa da 
vagina contém grandes estoques de 
glicogênio, cuja decomposição produz 
ácidos orgânicos. O meio ácido 
resultante retarda o crescimento 
microbiano, mas também é prejudicial 
ao espermatozoide. Componentes 
alcalinos do sêmen, principalmente das 
glândulas seminais, elevam o pH do 
líquido na vagina e aumentam a 
viabilidade do espermatozoide. A túnica 
muscular é composta por uma camada 
circular externa e uma camada 
longitudinal interna de músculo liso, que 
pode se distender consideravelmente 
para acomodar o pênis durante a 
relação sexual e a criança durante o 
parto. A túnica adventícia, a camada 
superficial da vagina, é constituída por 
tecido conjuntivo areolar. Ela ancora a 
vagina aos órgãos adjacentes, como a 
uretra e a bexiga urinária 
anteriormente e o reto e o canal anal 
posteriormente. Uma fina prega de 
túnica mucosa vascularizada, chamada 
hímen, forma uma margem em torno 
da extremidade inferior da abertura 
vaginal para o exterior (o óstio da 
vagina), fechandoa parcialmente. Depois 
de sua ruptura, geralmente após a 
primeira relação sexual, permanecem 
apenas remanescentes do hímen. Às 
vezes, o hímen recobre 
completamente o óstio da vagina, em 
uma condição chamada hímen 
imperfurado. Pode ser necessária uma 
cirurgia para abrir o óstio da vagina e 
possibilitar a saída do fluxo menstrual. 
 Pudendo feminino: 
O termo pudendo feminino refere-se 
aos órgãos genitais externos da mulher. 
Os seguintes componentes fazem 
parte do pudendo feminino: 
Anteriormente às aberturas vaginal e 
uretral está o monte do púbis, uma 
elevação de tecido adiposo recoberta 
por pele e pelos pubianos grossos que 
acolchoam a sínfise púbica. 
Do monte do púbis, duas pregas de 
pele longitudinais, os lábios maiores do 
pudendo, se estendem inferiormente e 
posteriormente. 
Os lábios maiores do pudendo são 
recobertos por pelos pubianos e 
contêm tecido adiposo, glândulas 
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sebáceas e glândulas sudoríferas 
apócrinas. 
Eles são homólogos ao escroto 
Medialmente aos lábios maiores do 
pudendo estão duas pregas de pele 
menores chamadas lábios menores do 
pudendo. 
Ao contrário dos lábios maiores do 
pudendo, os lábios menores do 
pudendo são desprovidos de pelos 
pubianos e gordura e têm poucas 
glândulas sudoríferas, mas contêm 
muitas glândulas sebáceas. 
Os lábios menores do pudendo são 
homólogos à parte esponjosa (peniana) 
da uretra O clitóris é uma pequena 
massa cilíndrica composta por dois 
pequenos corpos eréteis, os corpos 
cavernosos, e diversos nervos e vasos 
sanguíneos. 
O clitóris está localizado na junção 
anterior dos lábios menores do 
pudendo. Uma camada de pele 
chamada prepúcio do clitóris é formada 
no ponto em que os lábios menores 
do pudendo se unem e recobrem o 
corpo do clitóris. A parte exposta do 
clitóris é a glande do clitóris. 
 O clitóris é homólogo à glande nos 
homens. Como a estrutura do sexo 
masculino, o clitóris é capaz de 
aumentar de tamanho à estimulação 
tátil e tem um papel na excitação 
sexual da mulher 
A região entre os lábios menores do 
pudendo é o vestíbulo da vagina. No 
interior do vestíbulo estão o hímen (se 
ainda existir), o óstio da vagina, o óstio 
externo da uretra e as aberturas dos 
ductos de várias glândulas. O vestíbulo 
da vagina é homólogo à parte 
membranácea da uretra nos homens. 
O óstio da vagina, a abertura da vagina 
para o exterior, ocupa a maior parte do 
vestíbulo e é limitada pelo hímen. 
Anteriormente ao óstio da vagina e 
posteriormente ao clitóris está o óstio 
externo da uretra, a abertura da uretra 
para o exterior. Em ambos os lados do 
óstio externo da uretra estão aberturas 
dos ductos das glândulas parauretrais. 
Estas glândulas secretam muco e estão 
embutidas na parede da uretra. As 
glândulas parauretrais são homólogas à 
próstata. Em ambos os lados do óstio 
da vagina propriamente dito estão as 
glândulas vestibulares maiores, que se 
abrem por ductos em um sulco entre 
o hímen e os lábios menores do 
pudendo. Elas produzem algum muco 
durante a excitação sexual e as 
relações sexuais, que contribui para o 
muco cervical e fornece lubrificação. As 
glândulas vestibulares maiores são 
homólogas às glândulas bulbouretrais 
nos homens. Várias glândulas 
vestibulares menores também se 
abrem para o vestíbulo da vagina. 
O bulbo do consiste em duas massas 
alongadas de tecido erétil 
imediatamente profundas aos lábios de 
cada lado do óstio da vagina. O bulbo 
do vestíbulo fica cheio de sangue 
durante a excitação sexual, estreitando 
o óstio da vagina e colocando pressão 
sobre o pênis durante a relação sexual. 
O bulbo do vestíbulo é homólogo ao 
corpo esponjoso e bulbo do pênis nos 
homens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sistemas Genitais 
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 Períneo 
O períneo é uma área em formato de 
diamante medial às coxas e nádegas 
tanto no sexo masculino quanto 
feminino. Ele contém os órgãos 
genitais externose o ânus. O períneo é 
limitado anteriormente pela sínfise 
púbica, lateralmente pelas tuberosidades 
isquiáticas e posteriormente pelo cóccix. 
Uma linha transversal traçada entre as 
tuberosidades isquiáticas divide o 
períneo em uma região urogenital 
anterior que contém os órgãos genitais 
externos e uma região anal posterior 
que contém o ânus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Glândula mamaria 
 Cada mama é uma projeção 
hemisférica de tamanho variável 
anterior aos músculos peitoral maior e 
serrátil anterior, e ligada a eles por uma 
camada de fáscia composta por tecido 
conjuntivo denso irregular. 
 Cada mama tem uma projeção 
pigmentada, a papila mamária, que tem 
uma série de aberturas pouco 
espaçadas de ductos chamados ductos 
lactíferos, dos quais emergem leite. A 
área circular de pele pigmentada ao 
redor do mamilo é chamada aréola da 
mama; tem aspecto áspero, porque 
contém glândulas sebáceas modificadas. 
Faixas de tecido conjuntivo chamadas 
ligamentos suspensores da mama 
correm entre a pele e a fáscia e 
apoiam a mama. Esses ligamentos 
tornam-se mais soltos com a idade ou 
com a tensão excessiva que pode 
ocorrer na prática prolongada de 
corrida ou atividade aeróbica de alto 
impacto. Utilizar um sutiã com bom 
apoio pode retardar este processo e 
ajudar a manter a força dos ligamentos. 
 No interior de cada mama está uma 
glândula mamária, uma glândula 
sudorífera modificada que produz leite. 
A glândula mamária consiste em 15 a 
20 lobos, ou compartimentos, 
separados por uma quantidade variável 
de tecido adiposo. Em cada lobo 
existem vários compartimentos 
menores chamados lóbulo, compostos 
por agrupamentos de glândulas 
secretoras de leite em forma de uva 
chamados de alvéolos, embutidos no 
tecido conjuntivo. A contração das 
células mioepiteliais em torno dos 
alvéolos ajuda a impulsionar o leite em 
direção às papilas mamárias. Quando 
está sendo produzido leite, ele passa 
dos alvéolos por vários túbulos 
secundários e, em seguida, para os 
ductos mamários. Próximo do mamilo, 
os ductos mamários se expandem 
discretamente para formar seios 
chamados seios lactíferos, onde um 
pouco de leite pode ser armazenado 
antes de ser drenado para um ducto 
lactífero. Cada ducto lactífero 
normalmente transporta leite de um 
dos lobos para o exterior. 
 
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 Ciclo reprodutivo feminino 
 Durante os anos férteis, as mulheres 
não grávidas normalmente apresentam 
alterações cíclicas nos ovários e útero. 
Cada ciclo dura aproximadamente 1 mês 
e envolve tanto a oogênese (ou 
ovogênese) quanto a preparação do 
útero para receber um óvulo fertilizado. 
Hormônios secretados pelo hipotálamo, 
adenohipófise e ovários controlam os 
principais eventos. O ciclo ovariano 
consiste em uma série de eventos nos 
ovários que ocorrem durante e após a 
maturação do oócito. O ciclo uterino 
(menstrual) é uma série concomitante 
de alterações no endométrio do útero 
para preparálo para a chegada de um 
óvulo fertilizado, que ali vai se 
desenvolver até o nascimento. Se a 
fertilização não ocorrer, os hormônios 
ovarianos diminuem, o que faz com 
que o estrato funcional do endométrio 
descame. O termo geral ciclo 
reprodutivo feminino abrange os ciclos 
ovariano e uterino, as alterações 
hormonais que os regulam e as 
mudanças cíclicas relacionadas nas 
mamas e no colo do útero. 
Regulação hormonal do ciclo 
reprodutivo feminino: O hormônio 
liberador de gonadotropina (GnRH) 
secretado pelo hipotálamo controla os 
ciclos ovariano e uterino. O GnRH 
estimula a liberação do hormônio 
foliculoestimulante (FSH) e do hormônio 
luteinizante (LH) pela adenohipófise. O 
FSH inicia o crescimento folicular, 
enquanto o LH estimula o 
desenvolvimento adicional dos folículos 
ovarianos. Além disso, o FSH e o LH 
estimulam os folículos ovarianos a 
secretar estrogênio. O LH estimula as 
células da teca de um folículo em 
desenvolvimento a produzir 
androgênios. Sob influência do FSH, os 
androgênios são absorvidos pelas 
células granulosas do folículo e, em 
seguida, convertidos em estrogênios. 
No meio do ciclo, o LH estimula a 
ovulação e, então, promove a 
formação do corpo lúteo, a razão para 
o nome hormônio luteinizante. 
Estimulado pela LH, o corpo lúteo 
produz e secreta estrogênios, 
progesterona, relaxina e inibina. Foram 
isolados pelo menos seis estrogênios 
diferentes do plasma de mulheres, mas 
apenas três estão presentes em 
quantidades significativas: beta (β)-
estradiol, estrona e estriol. Em uma 
mulher não grávida, o estrogênio é o 
estradiol mais abundante, que é 
sintetizado a partir do colesterol nos 
ovários. Os estrogênios secretados 
pelos folículos ovarianos têm várias 
funções importantes, dentre elas: 
Promover o desenvolvimento e 
manutenção das estruturas 
reprodutivas femininas, características 
sexuais secundárias e mamas. As 
características sexuais secundárias 
incluem a distribuição do tecido adiposo 
nas mamas, no abdome, no monte do 
púbis e nos quadris; tom da voz; uma 
pelve ampla; e o padrão de 
crescimento de pelos no corpo 
Aumentar o anabolismo proteico, 
incluindo a formação de ossos fortes. 
Em relação a isso, os estrogênios são 
sinérgicos com o hormônio do 
crescimento (hGH) Baixar o nível 
sanguíneo de colesterol, que 
provavelmente é o motivo de as 
mulheres com menos de 50 anos 
correrem risco muito menor de 
doença da artéria coronária (DAC) do 
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que os homens de idade semelhante 
Níveis sanguíneos moderados inibem 
tanto a liberação de GnRH pelo 
hipotálamo quanto a secreção de LH e 
de FSH pela adenohipófise. A 
progesterona, secretada principalmente 
pelas células do corpo lúteo, coopera 
com os estrogênios para preparar e 
manter o endométrio para a 
implantação de um óvulo fertilizado e 
preparar as glândulas mamárias para a 
secreção de leite. Altos níveis de 
progesterona também inibem a 
secreção de LH e GnRH. A pequena 
quantidade de relaxina produzida pelo 
corpo lúteo durante cada ciclo mensal 
relaxa o útero inibindo as contrações 
do miométrio. Presumivelmente, a 
implantação de um óvulo fertilizado 
ocorre mais facilmente em um útero 
“tranquilo”. Durante a gestação, a 
placenta produz muito mais relaxina, e 
isso continua relaxando o músculo liso 
do útero. No final da gestação, a 
relaxina também aumenta a flexibilidade 
da sínfise púbica e pode ajudar a dilatar 
o colo do útero, que facilitam a saída 
do bebê. 
Fases do ciclo reprodutivo 
feminino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A função do ciclo ovariano é 
desenvolver um oócito secundário; a 
função do ciclo uterino (menstrual) 
consiste em preparar o endométrio a 
cada mês para receber um óvulo 
fertilizado. O ciclo reprodutivo feminino 
inclui os ciclos ovariano e uterino. Os 
ciclos ovariano e uterino são 
controlados pelo GnRH do hipotálamo, 
que estimula a liberação de FSH e LH 
pela adenohipófise. O FSH e o LH 
estimulam o desenvolvimento de 
folículos e a secreção de estrogênios 
pelos folículos. O LH também estimula a 
ovulação, a formação do corpo lúteo e 
a secreção de progesterona e 
estrogênios pelo corpo lúteo. Os 
estrogênios estimulam o crescimento, o 
desenvolvimento e a manutenção das 
estruturas reprodutivas femininas; 
 
 
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estimulam o desenvolvimento das 
características sexuais secundárias e 
estimulam a síntese proteica. A 
progesterona atua com os estrogênios 
no preparo do endométrio para a 
implantação e com as glândulas 
mamárias para a síntese de leite. A 
relaxina relaxa o miométrio para uma 
possível implantação. No final da 
gestação, a relaxina aumenta a 
flexibilidade da sínfise púbica e ajuda a 
dilatar o colo do úteropara facilitar o 
parto. Durante a fase menstrual, o 
estrato funcional do endométrio é 
descamado, liberando sangue, líquido 
tecidual, muco e células epiteliais. 
Durante a fase préovulatória, um grupo 
de folículos nos ovários começa a 
passar pela maturação final. Um folículo 
supera os outros e tornase o 
dominante, enquanto os outros 
degeneram. Ao mesmo tempo, ocorre 
a reparação do endométrio no útero. 
Os estrogênios são os hormônios 
ovarianos dominantes durante a fase 
préovulatória. A ovulação consiste na 
ruptura do folículo maduro e liberação 
de um oócito secundário na cavidade 
pélvica. É provocada por um pulso de 
LH. Os sinais e sintomas da ovulação 
incluem elevação da temperatura 
corporal basal; muco cervical claro e 
elástico; alterações no colo do útero e 
dor abdominal. Durante a fase pós-
ovulatória, são secretados progesterona 
e estrogênios em grandes quantidades 
pelo corpo lúteo do ovário e o 
endométrio uterino se espessa em 
prontidão para a implantação. Se a 
fertilização e a implantação não 
ocorrerem, o corpo lúteo degenera e 
os baixos níveis resultantes de 
progesterona e estrogênios possibilitam 
a eliminação do endométrio seguida 
pelo início de outro ciclo reprodutivo. 
Se a fertilização e a implantação 
ocorrerem, o corpo lúteo é mantido 
pelo hCG. O corpo lúteo e, 
posteriormente, a placenta secretam 
progesterona e estrogênios para apoiar 
a gestação e o desenvolvimento das 
mamas para a lactação. 
 Desenvolvimento dos sistemas 
genitais 
 As gônadas se desenvolvem a partir 
das cristas gonadais, que surgem do 
crescimento da mesoderme 
intermediária. Quando existe gene SRY, 
as gônadas começam a se diferenciar 
em testículos durante a 7 a semana de 
gestação. As gônadas se diferenciam 
em ovários quando não há gene SRY. 
No sexo masculino, a testosterona 
estimula o desenvolvimento de cada 
ducto mesonéfrico em epidídimo, ducto 
deferente, ducto ejaculatório e glândula 
seminal; a substância inibidora de Müller 
(MIS) faz com que as células do ducto 
paramesonéfrico morram. Nas 
mulheres, não há testosterona nem 
MIS; os ductos paramesonéfricos se 
tornam tubas uterinas, útero e vagina e 
os ductos mesonéfricos degeneram. Os 
órgãos genitais externos se 
desenvolvem a partir do tubérculo 
genital e são estimulados a se 
desenvolver nas estruturas típicas do 
sexo masculino pelo hormônio di-
hidrotestosterona (DHT). Os órgãos 
genitais externos se desenvolvem em 
estruturas do sexo feminino quando 
DHT não é produzida, a situação 
normal em embriões femininos. 
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REFERÊNCIAS 
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios 
de anatomia e fisiologia. 12ª. edição. 
Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2010 
MOURA, Adriana Pedrosa. Sistema 
reprodutor masculino. 2018. 
MOURA, Adriana Pedrosa. Sistema 
reprodutor feminino. 2018.

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