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TRANSTONO DE SINTOMAS SOMATICOS - SOMATOFORMES

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1 Camila Carminate – 7 FASE 
Transtorno Somatoforme 
A classe foi criada para facilitar o diagnóstico diferencial de 
transtornos caracterizados primariamente por “sintomas físicos 
que sugerem distúrbio físico (daí somatoforme), para os quais 
não há achados orgânicos demonstráveis ou mecanismos 
fisiológicos conhecidos ou existe evidência positiva, ou uma forte 
pressuposição, de que eles estão ligados a fatores ou conflitos 
psicológicos”. 
Em contraste com os transtornos factícios e com a simulação, 
os sintomas de transtorno somatoforme não estão sob controle 
voluntário. 
No DSM-IV-TR, as doenças incluídas sob o título somatoforme 
são: transtorno de somatização, transtorno somatoforme 
indiferenciado, transtorno conversivo, transtorno doloroso, 
hipocondria, transtorno dismórfico corporal e a categoria 
residual transtorno somatoforme sem outra especificação (SOE). 
TRANSTORNO DE SOMATIZAÇÃO 
DEFINIÇÃO E DESCRIÇÃO CLÍNICA 
Os aspectos centrais do transtorno de somatização são várias 
queixas físicas recorrentes que não são totalmente explicadas 
por fatores físicos e que resultam em atenção médica ou 
prejuízo significativo. 
O transtorno de somatização é a doença somatoforme mais 
invasiva. Por definição, transtorno de somatização é uma 
condição polissintomática que afeta vários sistemas corporais. 
Sintomas de outros transtornos somatoformes específicos são 
incluídos nos critérios diagnósticos para transtorno de 
somatização. 
DIAGNÓSTICO 
O número necessário de sintomas foi diminuído para 14 em 
mulheres e 12 em homens, de uma lista de 37 queixas somáticas 
comumente identificadas. Os 37 sintomas listados eram aqueles 
que melhor diferenciavam o transtorno de somatização de 
outras psicopatologias. 
Sintomas depressivos e de ataque de pânico foram descartados 
para evitar sobreposição com transtornos depressivos e de 
pânico. 
Os critérios diagnósticos para transtorno de somatização 
também exigiam uma história de sintomas físicos de diversos 
anos de duração começando antes dos 30 anos de idade. 
 
 
 
2 Camila Carminate – 7 FASE 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
Três aspectos são úteis na discriminação entre o transtorno de 
somatização e a doença física: 
1) envolvimento de vários sistemas orgânicos; 
2) início precoce e curso crônico sem desenvolvimento de sinais 
físicos de anormalidades estruturais; 
3) ausência de alterações laboratoriais características do 
distúrbio físico sugerido. 
Esses aspectos devem ser considerados quando a análise 
cuidadosa não esclarece a etiologia. 
Indivíduos com esclerose múltipla ou lúpus eritematoso sistêmico 
(LES) podem apresentar distúrbios funcionais e sensoriais vagos 
com sinais físicos obscuros. 
ETIOLOGIA 
A etiologia do transtorno de somatização é desconhecida, mas 
ele é claramente uma doença familiar. 
TRATAMENTO 
O transtorno de somatização é difícil de tratar, e parece não 
haver uma abordagem terapêutica superior. 
Médicos de cuidados primários geralmente podem tratar 
pacientes com transtorno de somatização de forma adequada, 
mas foi demonstrado que a perícia de pelo menos um psiquiatra 
consultor é útil. 
Três sugestões importantes surgem da revisão desses relatos: 
1) estabelecer uma aliança terapêutica consistente com o 
paciente; 
2) educar o paciente sobre as manifestações de transtorno de 
somatização; 
3) fornecer reafirmação substancial 
Primeiramente, uma aliança terapêutica consistente deve ser 
estabelecida, uma vez que é a base de qualquer tratamento 
satisfatório, sobretudo no transtorno de somatização. 
Os pacientes com essa condição já consultaram vários médicos 
na tentativa de descobrir uma explicação física para os sintomas 
relatados e, em geral, foram informados de forma aberta ou 
velada que seu problema é “mental”, “psicológico” ou 
“psiquiátrico”, dando a entender, então, que o médico não se 
mostra especialmente interessado em continuar fornecendo 
assistência para sua doença. 
A fim de evitar prejuízos, então, a aliança terapêutica é 
essencial, e o primeiro passo para estabelecê-la é o médico 
reconhecer a dor e o sofrimento do paciente. 
A educação é informar o paciente do diagnóstico e descrever as 
várias facetas do transtorno de somatização de forma positiva. 
O paciente deve ser informado de que não está “louco”, mas tem 
uma doença medicamente reconhecida, que não o levará à 
deterioração mental ou física crônica (ou à morte). 
Pacientes com transtorno de somatização com frequência ficam 
preocupados com que o médico não esteja realizando uma 
avaliação suficientemente completa e pode ameaçar procurar 
tratamento com outro profissional. 
Essas provocações devem ser tratadas diretamente com a 
reafirmação por parte do médico de que a possibilidade de uma 
doença física desconhecida está sendo avaliada de forma 
adequada e em uma base contínua, e que a mudança de 
profissional colocaria as decisões nas mãos de alguém que 
desconhece as complexidades do caso do paciente. 
Visto que os pacientes com esse transtorno também queixam-
se frequentemente de sintomas de ansiedade e depressão, a 
prescrição de medicamentos para essas manifestações deve 
ser mantida em nível mínimo e monitorada de forma cuidadosa. 
Embora o clordiazepóxido fosse recomendado por razões de 
segurança, preferência do paciente e efetividade no alívio de 
sintomas, os melhores resultados foram obtidos pelo uso de 
baixas dosagens de ansiolíticos, independentemente de qual 
medicamento era usado 
TRANSTORNO SOMATOFORME INDIFERENCIADO 
DEFINIÇÃO E DESCRIÇÃO CLÍNICA 
O aspecto fundamental do transtorno somatoforme 
indiferenciado é a presença de um ou mais sintomas somáticos 
clinicamente significativos, inexplicáveis com duração de seis 
 
3 Camila Carminate – 7 FASE 
meses ou mais que não são melhor esclarecidos por outra doença 
mental. 
De fato, essa categoria serve para capturar síndromes que 
lembram transtorno de somatização, mas não satisfazem todos 
os critérios para tal. 
Os sintomas que podem ser vistos incluem aqueles considerados 
no transtorno de somatização. 
DIAGNÓSTICO 
TRATAMENTO 
Uma proporção substancial de pacientes melhora ou recupera-
se sem psicoterapia formal. O uso criterioso de farmacoterapia 
parece ser benéfico, com tentativas de medicamentos 
antidepressivos indicadas para pacientes com sintomas 
depressivos e de buspirona, benzodiazepínicos e propranolol para 
aqueles com sintomas de ansiedade. 
TRANSTORNO CONVERSIVO 
DEFINIÇÃO E DESCRIÇÃO CLÍNICA 
Os aspectos fundamentais do transtorno conversivo são os 
sintomas ou déficits produzidos não intencionalmente que afetam 
a função motora voluntária ou sensorial que sugerem, mas não 
são explicados de forma plena por condição neurológica ou médica 
geral, efeitos diretos de uma substância ou comportamento ou 
experiência aprovada no âmbito cultural. 
Os sintomas específicos mencionados como exemplos no DSM-
IV-TR incluem manifestações motoras como coordenação ou 
equilíbrio prejudicado, paralisia ou fraqueza localizada, dificuldade 
para engolir ou bolo na garganta (p. ex., “globus hystericus”), 
afonia e retenção urinária; sintomas sensoriais, como alucinações, 
perda de sensação de tato ou de dor, visão dupla, cegueira e 
surdez; e convulsões com componentes motores ou sensoriais 
voluntários. 
DIAGNÓSTICO 
TRATAMENTO 
Geralmente, o objetivo inicial no tratamento de transtorno 
conversivo é a remoção do sintoma. 
Em qualquer situação, a confrontação direta não é recomendada. 
Esse tipo de comunicação pode fazer um paciente sentir-se ainda 
mais isolado. 
 
4 Camila Carminate – 7 FASE 
Uma abordagem conservadora de tranquilização e relaxamento é 
efetiva. 
Se os sintomas não se resolvem com uma abordagem 
conservadora e existe a necessidade imediata de resolução do 
sintoma, diversas técnicas, incluindo narcoanálise (p. ex., 
entrevista com amobarbital), hipnose e terapiacomportamental, 
podem ser tentadas. 
Na narcoanálise, o amobarbital ou outro agente sedativo-
hipnótico, como lorazepam, é administrado por via intravenosa ao 
ponto de sonolência. 
Às vezes, isso é seguido pelo uso de uma substância estimulante 
como metanfetamina. 
O paciente é, então, estimulado a discutir estressores e conflitos. 
Tal técnica pode ser efetiva em curto prazo, produzindo alívio 
pelo menos temporário do sintoma e expansão da informação 
conhecida sobre o paciente. 
Na terapia hipnótica, os sintomas podem ser removidos durante 
um estado hipnótico, com a sugestão de que eles melhorarão de 
forma gradual após a sessão. 
Existem relatos informais de resposta positiva a tratamentos 
somáticos como fenotiazinas, lítio e mesmo eletroconvulsoterapia 
(ECT). 
Curiosamente, mesmo sem um transtorno do humor 
diagnosticável, agentes antidepressivos podem ser úteis. 
H IPOCONDRIA 
DEFINIÇÃO E DESCRIÇÃO CLÍNICA 
O aspecto fundamental na hipocondria é a preocupação não com 
os próprios sintomas, mas com o medo ou a ideia de ter uma 
doença grave, com base na interpretação errônea de sinais e 
sensações corporais. 
A angústia persiste apesar da evidência do contrário e da 
tranquilização dos médicos. 
É difícil de avaliar como essas estimativas têm relação com 
hipocondria enquanto transtorno, porque elas não parecem 
distinguir entre inquietação com sintomas (conforme está 
presente no transtorno de somatização) e preocupação com as 
implicações dos sintomas (como é o caso na hipocondria). 
DIAGNÓSTICO 
ETIOLOGIA 
Ao considerar a hipocondria como um aspecto de depressão ou 
de transtornos de ansiedade, foi postulado que tais doenças 
psiquiátricas produzem um estado de hipervigilância ao trauma, 
incluindo percepção exagerada de problemas físicos. 
Outras teorias psicológicas envolvem defesas contra 
sentimentos de autoestima baixa, inadequação, anormalidades 
perceptuais e cognitivas e reforço para assumir o papel de 
doente. 
TRATAMENTO 
Indivíduos encaminhados precocemente para avaliação e 
intervenção psiquiátricas para hipocondria parecem ter um 
melhor prognóstico do que aqueles que recebem apenas análises 
e tratamentos médicos. 
O encaminhamento psiquiátrico deve ser realizado com 
sensibilidade e cuidado. Talvez a melhor diretriz a seguir seja o 
médico encaminhador enfatizar que o sofrimento do paciente é 
substancial e que a avaliação psiquiátrica constitui um suplemento 
e não uma substituição ao tratamento médico contínuo. 
 
5 Camila Carminate – 7 FASE 
Sintomas hipocondríacos secundários a transtornos depressivos 
e de ansiedade podem melhorar com tratamento bem-sucedido 
da condição primária. 
Entretanto, até recentemente, a hipocondria como uma doença 
primária não era considerada responsiva a psicofármacos 
conhecidos. 
O foco durante as consultas deve ser desviado gradualmente dos 
sintomas para os problemas sociais ou interpessoais. 
TRANSTORNO DISMÓRFICO CORPORAL 
DEFINIÇÃO E DESCRIÇÃO CLÍNICA 
O aspecto fundamental do transtorno dismórfico corporal é 
preocupação com algum defeito imaginário na aparência ou 
inquietação acentuadamente excessiva com uma anomalia física 
menor. 
Tal preocupação persiste mesmo após tranquilização. 
Queixas comuns incluem uma diversidade de falhas imaginárias da 
face ou da cabeça, tais como vários defeitos no cabelo (muito ou 
pouco), na pele, no formato do rosto ou nos aspectos faciais. 
Entretanto, qualquer parte do corpo pode ser o foco, incluindo 
os órgãos genitais, os seios, as nádegas, as extremidades, os 
ombros e até o tamanho corporal geral. 
Não é de surpreender, então, que indivíduos com transtorno 
dismórfico corporal sejam encontrados mais comumente entre 
pessoas que buscam cirurgia plástica. 
DIAGNÓSTICO 
ETIOLOGIA 
Embora a etiologia do transtorno dismórfico corporal permaneça 
indefinível, houve recentemente debates nosológicos 
significativos em diversas áreas. 
TRATAMENTO 
Simplesmente reconhecer que uma queixa deriva de transtorno 
dismórfico corporal já oferece benefício terapêutico por 
interromper uma procissão interminável de avaliações médicas e 
eliminar a possibilidade de cirurgia desnecessária. 
Terapia do comportamento, psicoterapia dinâmica e 
farmacoterapia. 
Os medicamentos recomendados incluem neurolépticos e 
antidepressivos. 
A pimozida foi selecionada como um neuroléptico com efetividade 
específica para delírios somáticos, mas esse medicamento não 
parece ser mais eficaz do que outros neurolépticos no 
tratamento de transtorno dismórfico corporal. 
Diversos estudos sugeriram que os ISRSs, incluindo fluoxetina, 
fluvoxamina e clomipramina, foram efetivos no tratamento do 
transtorno 
Pacientes com a resposta parcial ao ISRS podem beneficiar-se 
ainda mais da potencialização com buspirona. 
TRANSTORNO SOMATOFORME SEM OUTRA 
ESPECIFICAÇÃO 
DEFINIÇÃO E DESCRIÇÃO CLÍNICA 
O transtorno somatoforme sem outra especificação (SOE) é a 
categoria residual verdadeira para os transtornos 
somatoformes. 
Por definição, as condições incluídas em tal categoria são 
caracterizadas por sintomas somatoformes que não satisfazem 
os critérios para qualquer um dos transtornos somatoformes 
específicos. 
Ao contrário do transtorno somatoforme indiferenciado, não é 
necessária uma duração mínima. De fato, alguns transtornos 
podem ser relegados à categoria SOE por não satisfazer os 
requisitos de tempo para um transtorno somatoforme 
específico. 
 
 
 
 
6 Camila Carminate – 7 FASE 
DIAGNÓSTICO 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
Primeiro, a paciente deve ser informada de forma clara, mas 
empática de que ela (ou raras vezes ele) não está grávida(o). Se 
essa simples informação não for efetiva, procedimentos 
objetivos como ultrassom são recomendados para demonstrar 
que não há evidência visível de um feto. 
Alternativamente, a menstruação pode ser induzida. De forma 
notável, essas abordagens diretas são com frequência efetivas. 
O segundo princípio, estreitamente associado ao primeiro, é que 
as expectativas, medos e fantasias da paciente devem ser 
explorados para descobrir a razão pela qual a falsa gravidez era 
“necessária.” 
Eles também aconselharam a fornecer uma solução que 
justifique sem constrangimento a ausência de gravidez da 
paciente, tal como permitir que ela diga que sofreu um “aborto”.

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