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TEXTO Módulo 2 - Olhando o inicio

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Olhando para o inicio 
Ao estudar a pessoa do pai da psicanálise Sigmund Freud (1856 - 1939), podemos observar características importantes de um pesquisador / observador e seus desafios, e todo o processo criativo percetível de seus trabalhos.
Nota-se uma grande preocupação com o entendimento sobre o individuo e suas particularidades, não ficando preso a uma ideia fixa ou algum conceito preestabelecido. Percebe-se a sensibilidade de sentir o outro no desenvolver de sua teoria, passando por cima de seus medos, dificuldades e chegando a grandes feitos e realizações.
Na página 25 do manual do aluno do curso de formação em psicanálise, é apresentada a divisão de toda obra de Freud em quatro partes , segundo a visão de FINE (1981):
1. De 1886 a 1899 - inicia seu estudo junto a Charcot sobre a histeria na investigação sobre a neurose;
2. De 1895 a 1899 - entra em um período de auto analisar-se para buscar entendimentos importantes em seus estudos;
3. De 1900 a 1914 - desenvolve a primeira tópica, sendo o primeiro modelo psíquico, trazendo considerações sobre o id e a libido;
4. De 1914 a 1939 - traz a segunda tópica, a partir de uma revisão e aprimoramento de seu trabalho.
É importante lembrar que ele não descarta a primeira tópica, mas na segunda traz uma maior contribuição para o entendimento do aparelho psíquico.
Pode-se constatar ainda que no ano de 1985, Freud faz um “reset” em tudo que já havia estudado, pesquisado e escrito. Destrói toda sua produção e parte novamente de uma nova ideia, ou conceito, para iniciar toda a sua obra.
Tendo em vista todo esse desenvolvimento, como aluno e iniciante da psicanálise sinto-me na obrigação de dar seguimento a essa forma de pensar e, quem sabe, contribuir para o aprimoramento do estudo sobre a psique, por meio da pesquisa e observação de minha prática juntos aos meus pacientes e a troca de experiência aos demais psicanalistas e/ou psicólogos .
Foi possível constatar que para o nosso pioneiro, nada estava pronto e acabado, tudo estava em desenvolvimento e evolução: o que poderia servir para analisar um paciente, não serviria, necessariamente para outro. Isso explica a importância de entender quais os processos da psique e, então, propor uma metodologia terapêutica.
Quase cem anos nos separam da morte de Freud e seu legado. Embora sua filha tenha dado sequência em alguns aspectos de seus estudos, podemos acreditar que um aprimoramento das teorias freudianas podem ser pensadas.
As doenças mentais estão aumentando ano a ano, o desenvolvimento e tecnologia parecem contribuir significativamente para tal fato. Mas ainda podemos identificar que a grande parte dos traumas acontecem na infância e no desenvolvimento do Eu de cada um.
Portanto, penso que, tenho um caminho de pesquisa e entendimento sobre os estudos nos conceitos freudianos (mais oito módulos pela frente), mas que deve ser feito e estudado com a contemporização necessária para melhor aplicar os conceitos adquiridos. 
Todo o caminhar na prática da psicanálise deve ser atenta ao novo e baseada nos conhecimentos preexistentes para buscar uma melhor relação analista / analisado, proporcionando o bem estar do paciente e seu equilíbrio psicológico e emocional.
Faço ainda uma observação importante nesse processo que diz respeito a incansável busca para um melhor entendimento da psique que passa por um constante estudo e pesquisa, sabendo que não existe nada pronto e inacabado, só a dedicação e trabalho poderão me levar a um melhor entendimento sobre todos os mecanismos e conceitos da psicanálise.
Olhando para o início, percebo que o primeiro passo foi dado, buscando a capacitação e o título de psicanalista. Desde o início dos primeiros estudos, me senti incentivado a buscar a minha análise, refletir sobre os primeiros conceitos e me observar, reconhecer tudo aquilo que posso melhorar e crescer por meio de meu estudo.
Após a dedicação aos estudos, é fundamental continuar a pesquisar, trabalhar meus traumas, medos, frustrações e poder contribuir de alguma maneira no estudo e aplicação da psicanálise em um novo contexto e realidade.
Foi possível observar ainda, que as adversidades vividas naquela época (guerras, perdas, doenças e etc) foram “ molas precursoras” para o empenho e dedicação dos grande pesquisadores e psicanalistas, freudianos ou não. Reconhecendo esse ponto, acredito que teremos mais facilidades no processo analítico de nossas experiências em consultório, sabendo e reconhecendo que o que parece difícil, na verdade pode ser inspiração para uma nova teoria ou técnica clínica, ajudando no desenvolvimento da psicanálise contemporânea.
Aguardo a continuação desse estudo, dos novos conceitos, autores e conhecimentos trazendo um aprendizado teórico e, posteriormente prático, para quem sabe assim, poder deixar meu contributo à classe e amenizar o sofrimento das pessoas que apresentam desequilíbrio psíquico, possibilitando a expansão psíquica de cada um.
	Como disse Freud: “E, por fim, de que nos adianta uma vida longa se ela é penosa, pobre em alegrias e tão cheias de sofrimento que só podemos dar as boas-vindas à morte, saudando-a como libertadora?”
	Desde sempre a saúde mental merece (e necessita) nosso olhar atento, amoroso e responsável.

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