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TEMPOS DE PANDEMIA: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO PROCESSO DE AFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO Autor: Bianca Cunha Gomes¹ Tutor externo: Shirley Karla Dias Veríssimo² Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Pedagogia (PED-3372) – Estágio Curricular Obrigatório II 06/12/2021 RESUMO O presente artigo apresenta o desenvolvimento do Estagio curricular obrigatório em Pedagogia sob uma nova metodologia, que foi adota pela Uniasselvi, em virtude do contexto trazido pela Pandemia do Covid19, onde as instituições de ensino se encontram em programa de ensino remoto e o contato presencial para desenvolvimento do estágio na maneira tradicional não é possível. Por isso, foi preciso inovar e replanejar de forma a poder garantir o prosseguimento e a qualidade no desenvolvimento da formação dos acadêmicos. Para isto, foi escolhido uma metodologia voltada ao desenvolvimento de pesquisas, construção de planos de aula, e desenvolvimento do produto virtual E-book. Dentre as opções de direcionamento para pesquisas, que foram ofertadas pela instituição de ensino e orientada pela tutora interna, foi escolhido para desenvolver e elaborar as etapas de realização do Estágio, o programa de extensão: metodologias de ensino; na área de concentração: alfabetização e letramento em tempos de pandemia; dentro do tema “Tempos de Pandemia: Praticas Pedagogias no processo de alfabetização e letramento. As pesquisas realizadas sobre este tema desenvolvem um olhar sobre as práticas pedagógicas e o quão importante é seu papel no processo de alfabetização e letramento, principalmente nestes tempos de ensino remoto. Também se pode aprimorar o olhar sobre a importância e a contribuição benéfica que a parceria entre escola, família e aluno, trazem ao processo de ensino/aprendizagem principalmente na faze de alfabetização, e diante dos desafios que o ensino remoto trouxe. Palavras-chave: Prática pedagógicas. Ensino remoto. Alfabetização e letramento. ¹ Acadêmica do curso de Pedagogia- e-mail biacunha84@gmail.com ² Tutora externa Uniasselvi graduada em Pedagogia e especializada em Psicopedagogia- e-mail 100101997@tutor.uniasselvi.com.br 1 INTRODUÇÃO A realização do estágio no processo da formação docente é sem dúvida uma etapa repleta de descobertas e oportunidades, onde acadêmico amplia seu olhar atento e observador entrando em contato com as práticas do ensino, sua aplicabilidade e reflete compreende e dá significado aos aprendizados teóricos, dando ainda mais significado ao aprendizado da docência. Assim como afirma Pimenta; Lima (2004, p. 61) o estágio “é campo de conhecimento que envolve estudos, análise, problematização, reflexão e proposição de soluções sobre o ensinar e o aprender[...]”. Neste sentido, mesmo diante da crítica situação advinda do decorrer da Pandemia da Covid19, onde o distanciamento social se fez necessário e as pessoas precisaram se adaptar a uma nova realidade, devido a importância que exerce na formação acadêmica do docente, o desenvolvimento do Estagio Curricular Obrigatório II foi adaptado ao modelo de contingencia, já que o ensino nas escolas, e também na Uniasselvi, está se realizando de maneira remota. Este modelo se concentrou em realização de pesquisas, desenvolvimento de planos de aula e construção do Produto Virtual E-book, dentro área de concentração em de metodologias do ensino, do programa de extensão na área metodologias de ensino/aprendizagem, dentro deste programa foi escolhido um projeto de extensão na área de alfabetização e letramento em tempos de pandemia e a partir se definiu o tema: Tempos de Pandemia: Praticas pedagógicas no processo de alfabetização e letramento. Através de pesquisas em livros, sites e artigos com experiências de professores que estão vivenciando à docência neste momento, se busca enfatizar como o desenvolvimento e a adaptação das práticas pedagógicas, em conjunto ferramentas digitais e a parceria criança, escola e família, podem colaborar com o processo de alfabetização e letramento, principalmente no contexto atual, de isolamento social e ensino remoto. 2 TEMPOS DE PANDEMIA: PRÁTICAS PEDAGÒGICAS NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO A importância de se pensar, discutir e desenvolver novas metodologias e aprimorar as já existentes com práticas pedagógicas que possam atuar como aliadas no processo de alfabetização e letramento nesses tempos de Pandemia, se tornou pertinente, pois devido a ocorrência da pandemia do Covid19 veio a necessidade do distanciamento social como forma de tentar garantir a segurança de todos. Com isso a escola viu a necessidade de se adaptar ao modo de ensino remoto para poder dar continuidade nos processos de ensino/aprendizagem. Mas com essa mudança no formato do ensino apareceram muitas preocupações e dúvidas principalmente a respeito do desenvolvimento do processo de alfabetização e letramento, por tratar-se de um contexto onde nem sempre são possíveis as interações, intervenções, recursos e práticas que costumam fazer parte desse processo e são essenciais para desenvolver a aprendizagem do aluno (MANSANI, 2021, p.1). A atual pandemia veio acrescentar novos desafios, afastando as crianças das escolas e das alfabetizadoras na fase fundamental do processo de escolarização. Por um lado, foi interrompido o processo de alfabetização no início do período em que a interação alfabetizadora-criança é indispensável, pois a aprendizagem do sistema de escrita alfabética depende da compreensão bem orientada das relações oralidade-escrita. Por outro lado, o afastamento das crianças da escola interrompe um processo apenas iniciado de escolarização, em que a criança começa a se inserir na “cultura escolar” (SOARES,2020, p. 1). Diante deste cenário se percebe a importância de estudar e pesquisar sobre a necessidade de construir novas práticas e adaptar as já existentes para atender as especificidades e desafios de um alfabetizar dentro de um contexto totalmente novo. Na aprendizagem da língua escrita alfabetização e letramento são dois processos indissociáveis, simultâneos e interdependentes. Freire (1989, p. 72) diz que “Alfabetização é mais que o simples domínio mecânico de técnicas para escrever e ler. Com efeito, ela é o domínio dessas técnicas em termos conscientes. É entender o que se lê e escrever o que se entende”. Com esta afirmação se percebe o quão indissociável está o processo de alfabetização do processo de letramento, essas duas competências caminham juntas no processo de ensino. Mas apesar de um processo ser parte integrante ao outro e muitas vezes serem descrevidos em um conceito só, cada um tem sua especificidade. De acordo com Morais; Albuquerque (2007) alfabetizar está atrelado ao processo de aprendizagem e desenvolvimento das competências onde a criança aprende decodificar as letras e símbolos escritos, a formação de palavras, as ligações entre sílabas e seu uso na escrita e leitura. Já letramento é ir além do conhecimento do código escrito, é a habilidade de compreender e interpretar a linguagem escrita nas diferentes práticas sociais em que ela se insere no nosso cotidiano. Então entende-se que alfabetizar letrando, [...] implica habilidades várias, tais como: capacidade de ler ou escrever para atingir diferentes objetivos para informar ou informar-se, para interagir com os outros, para imergir no imaginário, no estético, para ampliar conhecimentos, para seduzir ou induzir, para divertir-se, para orientar-se, para apoio á memória, para catarse...: habilidades de interpretar e produzir diferentes tipos e gêneros de textos, habilidades de orientar-se pelos protocolos de leitura que marcam o texto ou de lançar mão desses protocolos, ao escrever: atitudes de inserção efetiva no mundo da escrita, tendo interesse e informações e conhecimentos, escrevendo ou lendo de formadiferenciada, segundo as circunstancias, os objetivos, o interlocutor [...]. (SOARES, 2001, p. 92.) Nesta perspectiva, percebe-se que aos professores cabe a missão de desenvolver em suas práticas ações que permitam desenvolver estas habilidades, que proporcionem um ambiente rico em situações de aprendizagem, e para nortear essas ações a serem desenvolvidas, pelos professores em suas práticas de ensino visando o desenvolvimento dessas habilidades, a Base Comum Curricular (BNCC, 2017) traz orientações especificas para esta etapa do ensino, propondo: Alfabetização em dois anos, práticas de linguagem e campos de atuação, a ênfase na consciência fonológica, o multiletramento e a etapa de ortografização. No ensino fundamental a alfabetização e suas práticas aparecem em quatro eixos: eixo Oralidade, aprofundam-se o conhecimento e o uso da língua oral, as características de interações discursivas e as estratégias de fala e escuta em intercâmbios orais; no eixo Análise Linguística/Semiótica, sistematiza-se a alfabetização, particularmente nos dois primeiros anos, e desenvolvem-se, ao longo dos três anos seguintes, a observação das regularidades e a análise do funcionamento da língua e de outras linguagens e seus efeitos nos discursos; no eixo Leitura/Escuta, amplia-se o letramento, por meio da progressiva incorporação de estratégias de leitura em textos de nível de complexidade crescente, assim como no eixo Produção de Textos, pela progressiva incorporação de estratégias de produção de textos de diferentes gêneros textuais (BNCC, 2017, p. 85). Desenvolver práticas pedagógicas que dentro destes eixos, que favorecem e que fortaleçam o processo de alfabetizar letrando é sempre um desafio aos educadores, é algo que exige muito estudo e um bom planejamento. O professor alfabetizador deve realizar práticas pedagógicas que oportunizem a construção do conhecimento, inserindo atividades reflexivas, interativas, diversificadas e bem fundamentadas, onde o aluno não é apenas reprodutor de conteúdo, e sim participa do processo de construção do saber, pois, “ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar possibilidades para a sua produção ou a sua construção” (FREIRE, 2002, p. 25)”, a partir deste ponto é notório que ao professor alfabetizador cabe a missão de oportunizar essas possiblidades, de buscar constantemente além de atualizar, se aprimora e se renovar em seus métodos. Planejando e desenvolvendo ações que fomentem o interesse do aluno, sua participação e contribuição com o processo de ensino-aprendizagem e com isso consequentemente se proporcione desenvolvimento e construção de conhecimentos. Pensando neste processo de desenvolvimento de práticas pedagógicas, com atividades e métodos, que no processo alfabetizar e letrar proporcionem construir um ambiente repleto de possibilidades e que oportunize ao aluno essa construção do conhecimento. Drumont (2020) traz alguns exemplos de ações para desenvolver uma boa prática pedagógica visando a área de construção das habilidades na leitura e escrita: Explorar a conscientização fônica respeitando o tempo de alfabetização da criança através da progressão lógica de aprendizado, utilizando poemas, parlendas, cantigas e trava-língua; Estimule a produção e revisão de diferentes tipos de textos, diversificando os gêneros textuais trabalhos em sala, considerando conteúdos inseridos no contexto social dos alunos, como listas, receitas e jogos; Utilize cartazes e painéis criativos para apresentar os traçados das letras do alfabeto em seus vários formatos (letras imprensa e cursiva, maiúsculas e minúsculas). Utilize, por exemplo, as sinalizações da escola ou elementos que façam parte do trajeto de ida e volta da criança; Incentive a reflexão e contribuição dos alunos para as atividades realizadas em sala, como a construção conjunta da lista de livros que serão lidos na semana, por exemplo; Propicie momentos para as crianças relatarem experiências, sentimentos e sensações, estimulando a formação de cidadãos emocionalmente educados, através das competências e habilidades socioemocionais; Organize atividades culturais que contem com o envolvimento da família, englobando as práticas de leitura e escrita que acontecem nos locais em que vivem; Promova a inserção de recursos tecnológicos que façam parte da rotina dos alunos como ferramentas complementares ao processo de alfabetização e letramento. (DRUMOND, 2020, p.1) Através desta perspectiva se percebe o quão importante é atentar para a elaboração e aplicação de práticas pedagógicas que estimulem o interesse do aluno, que levem em conta seu contexto social e cultural, o nível de desenvolvimento que ele se encontra dentro do processo de ensino, e assim proporcionar um ambiente de ensino rico em elementos que favoreçam a aprendizagem. Para Caldeira; Zaidan (2010, p. 2) “a prática pedagógica é entendida como uma prática social complexa acontece em diferentes espaços/tempos da escola, no cotidiano de professores e alunos nela envolvidos e, de modo especial, na sala de aula, https://www.sistemamaxi.com.br/perguntas-e-respostas-sobre-o-metodo-fonico/ mediada pela interação professor-aluno-conhecimento”. Assim o professor ao incluir em suas práticas diversificadas estratégias de abordagem, como ofertar diferentes tipos materiais para realizar as atividades, o uso de músicas, cantigas, jogos, brinquedos, brincadeiras, danças, matérias variadas de leitura, recursos para o estimulo à escrita autoral amplia o campo de possibilidades para que o aluno possa se desenvolver na integralidade.Principalmente no processo de alfabetização onde, A prática pedagógica alfabetizadora deve envolver os domínios do alfabetizar e letrar, compreendendo a natureza complexa e multifacetada desses processos, através do uso de recursos didáticos diversos, explorando as diferentes linguagens: artística, lúdica, corporal e emotiva, considerando esta última, como pressuposto condicionante para a aprendizagem (LIMA, 2015, p. 100). Mediante ao exposto fica claro que é importante atentar para o desenvolver de práticas pedagógicas com métodos de ação mais eficientes, que atentem a essa natureza, principalmente na faze do alfabetizar letrando. Esta questão tem se tornado uma das preocupações que tem se feito cada vez mais presente no cotidiano dos educadores e estudiosos da educação. Preocupação que tem ganhado ainda mais ênfase mediante ao momento atual, em que se vive a ocorrência da Pandemia do covid 19, que trouxe a necessidade de, como medida de segurança, promover o isolamento social, devido a velocidade de contagio e a letalidade que esse vírus possui. Diante deste cenário, a forma encontrada pelas escolas para dar continuidade ao ensino foi adotar, em regime emergencial, o modelo de ensino remoto, que traz um ambiente totalmente novo e desafiador para educadores, alunos e famílias principalmente ao professor alfabetizador, pois, Neste contexto de pandemia, que nos obriga a separar as crianças de seus professores e a descaracterizar o locus da aprendizagem – não mais a escola, mas o lar – o professor tem de se esforçar para se manter presente por meio de um ensino a distância que possa dar alguma continuidade à aprendizagem a partir de onde o processo foi interrompido, sempre levando em consideração que a criança está em ambiente totalmente diferente do ambiente escolar, e frequentemente inadequado para a realização de atividades escolares (SOARES, 2020 p.1). A partir deste ponto, onde a casa praticamente se tornou a escola, fez se necessário trazer a família ainda mais para dentro do processo de alfabetização. Pois nesta fase tão importante para a construção do aprendizado da criança, algumas das ações que são essenciais neste processo como o contato com o contexto escolar, que traz as interações com os colegase o professor, e o contato com o ambiente que é próprio para a aprendizagem, foram interrompidas. Assim para poder garantir o aprendizado das crianças o professor se viu diante da necessidade de inovar e reinventar seus métodos, mas sem esquecer que não se pode confundir o papel dos familiares que dentro desse processo serão auxiliadores e não professores. Neste sentido, afirma Soares (2020, p. 1) “Os pais estão se descobrindo em um novo papel, para o qual não foram preparados. Daí a importância de os professores orientarem também os pais para apoiar a criança na aprendizagem a distância.” A partir desta afirmação nota-se que as preocupações com a elaboração das propostas das práticas pedagógicas é evidente, pois professores estão diante de um novo cenário, onde a todo momento estão tendo que descobrir métodos, pois, O ensino remoto requer construir novas configurações de espaço/tempo; disponibilidade de alguém que seja morador da mesma casa como suporte nas atividades; manejo nas demandas afetivas apresentadas pela dificuldade de a criança estar isolada, ter partido sua rotina, não estar agrupada com pessoas de fora do ambiente familiar, algo que aparece como natural e saudável para constituição subjetiva do sujeito; [...] (SANTOS; M\ENDONÇA, v2, p. 125). Neste viés convêm ressaltar que a adaptação a este sistema de ensino é uma tarefa que não tem sido nada fácil, tem se tornado cada mais importante a busca de conhecimento através de materiais de pesquisa que possam dar apoio e suporte ao docente no desenvolver de suas ações de ensino neste momento. Já é possível encontrar materiais que podem servir de apoio, como artigos, publicações de planos de aula, sugestões de práticas pedagógicas, vídeos, atividades e estudos, entrevistas que vem sendo realizados por autores e estudiosos da área da educação, bem como surgem de experiências vivenciadas por professores e pesquisadores que estão exercendo ou acompanhando de perto à docência neste momento, muitos desse materiais se encontram disponíveis na internet, o que facilita o acesso diante do cenário atual. Como por exemplo o projeto Almanaque para alfabetização e letramento, desenvolvido por Frade (2020, p.1-328), professora e pesquisadora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e integrante do Centro de Alfabetização Leitura e Escrita (CEALE), disponibilizado pela prefeitura de Belo Horizonte. Este material é organizado por ícones atrativos e orientadores o que traz um olhar lúdico ao enunciado, e desta forma incentiva e desperta o interesse da criança e da família, facilitando essa interação, que é de suma importância, especialmente neste contexto que vivemos atualmente. Além de ser um material composto por atividades ricas atividades de leitura, escrita, canto e desenho que buscam envolver a criança. Elaborado e organizado de forma que desperta e prende o interesse da criança, assim a incentivando a expressar-se e a ter contato com atividades de produção de escrita e leitura de forma a desenvolver e aprimorar suas habilidades. Outro exemplo, é a sugestão de prática, que é bem interessante para desenvolver neste momento, publicado pela professora e colunista Mansani (2021), em seu post pulicado para o site Redes Modernas, onde ela traz um projeto de aula voltado ao brincar, no qual desenvolve atividades em que a criança interage com o brinquedo e a brincadeira; utiliza de ferramentas provenientes de recursos digitais onde ela traz links que direcionam a conteúdos referentes a atividade, como por exemplo o acesso ao o museu do brinquedo; constrói listas; é orientada a montar seu próprio brinquedo e desenvolver sua brincadeira e registra esse processo através da gravação de um vídeo. Assim se proporciona a oportunidade de desenvolver habilidades como oralidade, escrita e leitura, dentro de um contexto de interação com a família e de forma leve e envolvente que facilita a integração da criança com a aprendizagem, sendo assim se percebe que, só nessa proposta são muitas as possibilidades de se explorar e apoiar a alfabetização, mesmo no ensino remoto. Mas tem muito mais, plantar, entrevistar, cantar, contar histórias, cozinhar, encenar, ouvir, produzir vídeos, ler livros e tantas outras coisas que as crianças adoram fazer. Para elas uma grande brincadeira e muitos desafios, para nós professores toda a intencionalidade para a aprendizagem, para as famílias uma ótima oportunidade de acompanhar de perto e apoiar os estudos de seus filhos (MANSANI 2021, p. 1). Práticas como esta são exemplos de ações que podem corroborar, para além de construir e fomentar o processo de aprendizagem, a trazer uma forma de aproximar criança, escola e família, proporcionado um alento a estes dias desafiadores e de vivencias tão intensas. Somados a essas ações, que se vem desenvolvendo e aprimorando para tentar diminuir o impacto causado ao ensino pelo contexto da pandemia, os recursos digitais também podem ser grandes aliados, para tal, é necessário considerar que o contexto da comunidade onde se trabalha tenha disponível a possibilidade de acesso a eles. Como exemplo desses recursos, na área de comunicação e interação, se tem à disposição as plataformas como Google Classrom, Google Meet, Microsoft Teans, WhatsApp e Telegram. “Essas ferramentas de comunicação promovem a interação e a colaboração porquanto facilitam a interconexão de uma série de pessoas com a finalidade de propiciar o fluxo de informação entre elas, e também a realização de trabalhos conjuntos” (Holanda; Pinheiro; Pagliuca, 2013, p. 409). Essas são algumas das opções que durante este período vem auxiliando a comunicação dos profissionais entre sim, com os educandos e com a família, ajudando a estreitar esses laços, que neste momento tão desafiador, são de suma importância. os professores acreditam que o uso de recursos tecnológicos colabora para as práticas pedagógicas, melhorando a aprendizagem e o interesse dos alunos e concordam que as tecnologias precisam estar inseridas nas rotinas escolares (SOUZA, 2019, p. 15). É visível que estas ferramentas podem colaborar e muito para melhor desenvolver as estratégias de ensino-aprendizagem, principalmente neste contexto de ensino remoto, e somadas a elas, algumas outras plataformas como o Canva, o Google Jamord que desenvolveram ambientes voltados à educação, que auxiliam o professor alfabetizador a desenvolver atividades e estratégias que possam atuar no processo de ensino de forma atrativa e interativa envolvendo as famílias e os alunos, proporcionando um elemento a mais para tentar aproximar aluno e professor nessa caminhada dentro do ensino remoto. E ainda as plataformas educacionais como Escola Games, Aula Animada, Livros digitais, dentre muitas outras disponíveis, que são de acesso gratuito, além de serem lúdicas e de fácil compreensão. Como afirma Garfolo (2020) “As ferramentas digitais são uma ótima opção para a aprendizagem, desde acompanhada de objetivos claros e com potencial de apoiar as práticas pedagógicas.” Assim quando utilizadas em conjunto as demais atividades e com um planejamento adequado vem somar no processo de alfabetização, principalmente neste momento. É fato que se vive um momento delicado, repleto de desafios, e que fez dar sentido ao pensamento de Bene Catanante (2000, p. 41) quando ressalta que o indivíduo “Tem que se dispor a aprender e reaprender como um estudante principiante, entusiasmado e receptivo”. E o Docente reacender esse estudante dentro de si foi extremamente necessário e praticamente obrigatório, pois o estudo e a pesquisa são essenciais para poder se reinventar, se aprimorar e trazer elementos à suas práticas pedagógicas, para que se possa tentar garantir a qualidade e a continuidade do desenvolvimento do processo de alfabetização dentrodo contexto de um ensino em modo remoto. 3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO Devido ao momento em que o isolamento social é essencial para os cuidados com a saúde, em virtude da ocorrência da pandemia Covid19, as escolas se encontram em ensino remoto, por este motivo o desenvolvimento do Estagio Curricular Obrigatório II-Anos Iniciais do Ensino Fundamental da Uniasselvi seguiu uma nova configuração, foi delimitada uma área de concentração em metodologias do ensino, um programa de extensão na área metodologias de ensino/aprendizagem , dentro deste um projeto de extensão na área de alfabetização e letramento em tempos de pandemia, a partir daí foi definido o tema: Tempos de Pandemia: Praticas pedagógicas no processo de alfabetização e letramento para a realização de estudos e pesquisas em sites, livros, vídeos e artigos, como meio alternativo de fundamentar e suprir a aquisição de conhecimento e aprendizados que são almejados com a realização do estágio de docência. Em um Primeiro momento, através da realização desta pesquisa, buscou-se elucidar e enfatizar como o desenvolvimento e a adaptação das práticas pedagógicas em conjunto ferramentas digitais e com a parceria criança, escola e família, principalmente no ensino remoto, podem colaborar com o processo de alfabetização e letramento. Em um segundo momento coletou-se dados para construção do e-book, produto virtual escolhido para se desenvolver nessa experiência de estágio. Para a elaborar este produto virtual foram realizadas pesquisas em sites, livros e vídeos, buscando retirar informações fundamentas que permitissem o construir de pensamentos que pudessem colaborar com a construção de um conteúdo esclarecedor e útil. O produto virtual E-book foi elaborado com objetivo de apresentar como as novas e já existentes práticas pedagógicas podem ser mais eficientes e como podem auxiliar no processo de alfabetização e letramento, principalmente no contexto de um ensino remoto, aproximando escola, família e aluno em um processo rico de aprendizagem. Assim podendo ser uma fonte de informação disponibilizada os professores e família, uma ferramenta que contribua com informações e esclarecimentos neste momento desafiador que se vive. Desenvolveu-se também, via pesquisa em sites e redes sociais, o roteiro de observação, com informações coletadas a respeito da instituição de ensino concedente E.B.M Professora Lourdes Garcia, onde se constatou que a escola, devido á reforma do prédio original, se encontra atendendo, temporariamente, seus alunos na estrutura de um Galpão localizado a Rua Verônica P. Brugman. Não foi possível obter mais informação a respeito da estrutura da instituição. Segundo senso escolar de 2020 a escola possui 600 alunos matriculados, distribuídos entre as áreas de atuação em Ensino fundamental I e Ensino fundamental II, com atendimento no período matutino e vespertino. O IDEB da Instituição em 2019 para Anos Iniciais foi 5,7 e para Anos Finais 4,8. Algumas informações como a proposta pedagógica, quadro de funcionários e estrutura completa da escola não foram encontradas disponíveis nos meios utilizados para a pesquisa. Na sequência foram elaborados cinco planos de aula, baseados no desenvolvimento de habilidades regidas pela BNCC e fundamentados pelos estudos desenvolvidos ao longo da pesquisa feita na realização deste estágio. Por fim, somados todos estes processos, construiu-se uma experiência que enriqueceu o aprendizado acadêmico. 4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS) A importância do estágio na formação acadêmica é algo inegável, durante a realização deste o acadêmico tem a oportunidade de vivenciar inúmeras situação para aprimorar a construção de seus conhecimentos. Percebe-se que mesmo diante de uma Pandemia, que trouxe um cenário totalmente diferente, onde se teve que adaptar a realização do estágio da forma presencial para a forma virtual, e dentro deste contexto adotar uma metodologia que proporcionasse o desenvolvimento dos objetivos de aquisição de conhecimento que a realização do estágio propõem, foi possível proporcionar situações onde o acadêmico pode desenvolver aquisição destes objetivos mesmo que de maneira remota. Assim mesmo diante dos desafios que esta nova realidade trouxe, onde se teve que conciliar a rotina do estudo, do desenvolvimento das pesquisas, com a rotina diária de trabalho, organização de casa e orientação dos filhos que se encontram em ensino remoto também, foi uma experiência que agregou muito conhecimento e proporcionou o desenvolvimento de novos olhares diante do aprimoramento docente. Principalmente no desenvolvimento de um olhar atento a importância de busca de novos conhecimentos, da capacidade e necessidade de se reinventar no aprimoramento das práticas pedagógicas e o quão estas são importantes e podem trazer elementos fundamentais para o bom desenvolver do processo de ensino-aprendizagem, principalmente na fase de alfabetização. A realização deste estagio abriu mais uma porta para o aprimoramento do conhecimento acadêmico, mostrando o quão fundamental é, para o docente e o futuro docente, a constante busca de informação, que é permitido mudar e ressignificar as práticas pedagógicas, e assim proporcionar o melhor para a construção do aprendizado do aluno. REFERÊNCIAS BEHRENS, M. A.O paradigma emergente e a prática pedagógica. R. bras. Est. pedag., Brasília, v. 80, n. 196, p. 383-403, set./dez. 1999. CATANANTE, Bene. Gestão do ser integral: como integrar alma, coração e razão no trabalho e na vida. São Paulo: Infinito, 2000. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília: MEC. 2017. Disponível em: < http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_20dez_site.pdf > Acesso 17 set. 21. CALDEIRA, A. M. S; ZAIDAN, S. Prática pedagógica. 2010. Disponível em: https://<http://www.gestrado.org/pdf/328.pdf>gestrado.net.br/verbetes/pratica-pedag- gica/ acesso em: 27 set. 2021. DRUMOND, Kelly. 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