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FISSURAS CAUSADAS POR EXCESSO DE MATERIAIS

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA 
 
 
 
GABRIELA DE PAULA CORREA 
GUILHERME AUGUSTO DOS SANTOS TAVARES 
JAKSON ELIAS REIS CARDOSO 
LUIZ FÁBIO SILVA ROCHA 
NATHÁLIA CRISTINA ALVES SANTOS 
RAWLINSON DANIEL PERDIGÃO SILVA QUEIROZ 
SHEILA DANIELE CASTORINO DE CARVALHO 
 
 
 
 
 
 
FISSURAS CAUSADAS POR EXCESSO DE MATERIAIS 
PULVERULENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE 
2016 
 
 
GABRIELA DE PAULA CORREA 
GUILHERME AUGUSTO DOS SANTOS TAVARES 
JAKSON ELIAS REIS CARDOSO 
LUIZ FÁBIO SILVA ROCHA 
NATHÁLIA CRISTINA ALVES SANTOS 
RAWLINSON DANIEL PERDIGÃO SILVA QUEIROZ 
SHEILA DANIELE CASTORINO DE CARVALHO 
 
 
 
 
 
 
FISSURAS CAUSADAS POR EXCESSO DE MATERIAIS 
PULVERULENTOS 
 
 
 
 
 
Projeto Interdisciplinar 4 apresentado ao Curso de 
Engenharia Civil do Centro Universitário UNA, 
pelos alunos do 4° período da turma ENC4AN-
BRA. 
 
Orientador: Prof. Walliston dos Santos Fernandes. 
 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE 
2016 
 
 
RESUMO 
Diz-se que uma construção apresenta uma patologia quando esta não atende 
corretamente as funções para qual foi projetada. Não é raro construções 
apresentarem trincas, fissuras, fendas ou rachaduras, desse modo se faz necessário 
compreender de que forma podem ser tratadas como patologias estruturais ou 
quando estão mais relacionadas à manutenção da edificação, causando apenas 
desconforto estético. Um fator não menos importante a considerar é a granulometria 
dos materiais a serem empregados na construção. Assim como os agregados, os 
aglomerantes são materiais granulares com dimensões e propriedades adequadas 
para o uso na construção civil. Existe uma metodologia específica para se verificar a 
granulometria dos agregados e aglomerantes. As partículas inferiores que passam 
pela peneira de 0,075 mm é considerado material pulverulento. O excesso deste 
material prejudica a aderência entre a pasta de cimento e a argamassa, aumenta o 
consumo de água devido à alta superfície específica, acarretando retração 
diminuição da resistência de concretos e argamassas. A presença desses materiais 
em um corpo de prova é possível notar que diminui a resistência à compressão e a 
densidade de massa no estado endurecido e aumenta a absorção de água, o teor de 
ar aprisionado e o índice de vazios. Em tese analisar o comportamento desse 
material pulverulento e apresentação do que levam ao surgimento dessas patologias 
com foco em mecanismos de prevenção. A pesquisa pretende indicar as 
configurações mais típicas de fissuras, causadas pela presença de um significativo 
teor de material pulverulento. São analisados os mecanismos de formação de fissura 
para a obtenção de um diagnóstico sobre sua causa e a partir daí a elaboração dos 
métodos construtivos visando à prevenção das fissuras. 
 
Palavras chaves: Granulometria. Pulverulento. Fissuras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 5 
2. REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................... 6 
2.1 FISSURAS ................................................................................................. 7 
2.2 CLASSIFICAÇÃO DAS FISSURAS .......................................................... 8 
2.2.1 FISSURAS MAPEADAS ............................................................................ 9 
3. AGREGADOS .......................................................................................... 10 
4. AGLOMERANTES ................................................................................... 12 
5. INFLUÊNCIA DE MATERIAIS PULVERULENTOS ................................. 13 
6. PREVENÇÃO ........................................................................................... 16 
6.1 TÉCNICAS DE ENSAIO CONFORME NORMA NBR NM 46 .................. 17 
6.1.1 EQUIPAMENTOS E MATERIAIS ............................................................ 17 
6.1.2 PROCEDIMENTO A ................................................................................. 18 
6.1.3 PROCEDIMENTO B ................................................................................. 19 
6.1.4 CALCULO ................................................................................................ 19 
7. DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA ................. 20 
7.1 AGREGADOS .......................................................................................... 20 
7.2 AGLOMERANTES ................................................................................... 21 
7.2.1 CIMENTO ................................................................................................. 21 
7.2.2 CAL HIDRATADA .................................................................................... 21 
8. CONCLUSÃO .......................................................................................... 23 
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ........................................................ 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Atualmente, existem várias técnicas para diagnosticar uma manifestação 
patológica. Diversos ensaios destrutivos e não destrutivos têm surgido com intuito de 
realizar o prognóstico das doenças nas edificações. Em linhas gerais, estes ensaios 
podem ser utilizados para fornecer informações como mapeamento das estruturas, 
tamanho, profundidade, condições físicas, ou para fornecer parâmetros que estão 
associados aos processos de deterioração ou risco de danos às estruturas. 
Muitas vezes, as manifestações patológicas estão relacionadas aos materiais 
componentes e ao processo construtivo, o que reflete no desconhecimento às 
normas pelos profissionais que lidam com o assunto e a falta de cuidados na 
elaboração e aplicação do concreto e argamassa. 
O excesso de materiais pulverulentos que são as partes dos agregados e 
aglomerantes que passam pela peneira de 0,075mm, podem acarretar vários 
problemas relacionados à resistência e instabilidade dimensional do concreto e 
argamassa produzidos com alto índice de material pulverulento. 
A indústria da construção brasileira está mudando seus parâmetros de 
qualidade. Trata-se de uma revolução conceitual sobre os requisitos mínimos de 
segurança para edificações. Como as fissuras são a segunda patologia mais 
frequentes encontradas nas edificações, o estudo dessas fissuras que são causadas 
por excesso de material pulverulento é de extrema importância na execução das 
obras. Com um planejamento bem feito será encontrado métodos de prevenção para 
que não ocorram fissuras por excesso desses materiais. 
Este trabalho tem como objetivo analisar fissuras nas edificações causadas 
por excesso de materiais pulverulentos. Analisar suas causas e compreender os 
motivos e falhas que acarretam na deformação. Por fim, apresentar os resultados 
obtidos por meio de pesquisas realizadas e métodos de prevenção do fenômeno 
descrito, através das perícias de engenharia. 
 
 
 
 
 
 
6 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
As fissuras são um tipo comum de patologia nas edificações e podem 
interferir na estética, na durabilidade e nas características estruturais da obra. Tanto 
em alvenarias quanto nas estruturas de concreto, a fissura é originada por conta da 
atuação de tensões nos materiais. Quando a solicitação é maior que a capacidade 
de resistência do material, a fissura tem a tendência de aliviar suas tensões. Quanto 
maior for à restrição imposta ao movimento dos materiais, e quanto mais frágil ele 
for, maiores serão a magnitude e a intensidade da fissuração. (CORSINI, 2010). 
A fissura pode ter origem em fases diferentes da edificação, como enumera o 
engenheiro Paulo Grandiski, do IBAPE-SP (Instituto Brasileiro de Avaliações e 
Perícias de Engenharia de São Paulo, 2010): "Em uma visão geral, simplificada, as 
origens das fissuras de uma edificação podem surgir na fase deprojetos, 
arquitetônico, estrutural, de fundação, de instalações, de execução da alvenaria, dos 
vários sistemas de acabamento e, inclusive, na fase de utilização, por mau uso da 
unidade". 
Segundo o IBAPE-RS (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de 
Engenharia do Rio Grande do Sul, 2013), Patologia da construção civil é 
basicamente quando um edifício apresenta defeitos. O edifício deve exercer diversas 
funções para atender às necessidades humanas. Diz-se que um edifício apresenta 
uma patologia quando não atende adequadamente uma ou mais funções para as 
quais foi construído. Assim, o reparo (conserto) de uma patologia tem como objetivo 
recuperar essa função. 
Duarte (1998) afirma que as fissuras causam grande preocupação aos 
usuários e desacreditam o construtor. Com efeito, Massetto e Sabbatini (1998, p. 79) 
reiteram que existe grande incidência de manifestações patológicas reacionadas “à 
perda de desempenho” e fissuração das vedações verticais de alvenaria. E 
complementa: 
[...] um material de comportamento desconhecido e qualidade duvidosa, 
aplicado com técnicas não adequadas e solidário a uma estrutura muito 
deformável, tende a apresentar grande potencial de fissuração logo nas 
primeiras idades ou até mesmo durante a obra. 
O estudo das fissuras em alvenarias a partir de suas manifestações 
características e causas prováveis possibilita um conhecimento mais aprofundado 
7 
 
de seus mecanismos de formação e de suas possíveis medidas de terapia e 
prevenção. (IOSHIMOTO, 1988). 
Muitas patologias no revestimento de argamassa estão associadas à 
distribuição granulométrica e ao teor de finos. Segundo Sabbatini (1986), a 
granulometria deve ser contínua e como teor adequado de fino, uma vez que o 
excesso destes irá aumentar o consumo de água, ficando mais propício a formação 
de fissuras. 
Conforme a norma NBR 7219/1987 materiais pulverulentos são partículas 
minerais com dimensão inferior a 0,075 mm, inclusive os materiais solúveis em 
água, presentes nos agregados. No geral a presença desses materiais é indesejável 
na constituição do concreto; um agregado com alto teor de materiais pulverulentos 
diminui aderência do agregado a pasta ou argamassa, prejudicando de forma direta 
a resistência e instabilidade dimensional do concreto produzido com alto índice de 
material pulverulento. 
Agregados Miúdos são agregados cujos grãos passam pela peneira com 
abertura de malha de 4,75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 
75 μm, em ensaio realizado de acordo com a norma ABNT NBR NM 248/2008. 
Aglomerante é o material ativo, ligante, em geral pulverulento, cuja principal 
função é formar uma pasta que promove a união entre os grãos do agregado. São 
utilizados na obtenção das argamassas e concretos, na forma da própria pasta e 
também na confecção de natas. (FREITAS, 2012). 
 
2.1 FISSURAS 
 
A fissura é uma patologia que diz respeito a diversos ramos da engenharia 
por vários motivos, mas principalmente por estar relacionado à resistência dos 
materiais. 
Essa patologia pode ser superficial e inofensiva, caso atinja apenas a massa 
corrida ou a pintura. No entanto pode ser perigosa, com o potencial de comprometer 
a estabilidade da edificação, caso afete a alvenaria, principalmente em elementos 
estruturais (pilares e vigas, por exemplo). Somente um perito é capaz de ditar um 
diagnóstico confiável, informando causas e soluções. A análise deve ser efetuada 
com bastante critério, já que existem diversos possíveis motivos para o 
aparecimento do fenômeno. 
8 
 
Levando essa rápida e objetiva descrição em consideração, é possível 
identificar o quão complexo é o processo de análise, dada a possibilidade de mais 
de uma causa atuarem sobre o processo, informações sobre “causas” serão 
apresentadas posteriormente. 
 
2.2 CLASSIFICAÇÃO DAS FISSURAS 
 
De acordo com a norma NBR 9573:2003, é possível classificar como 
microfissuras as aberturas inferiores a 0,05mm. Como fissuras, as aberturas 
inferiores a 0,5mm e ainda como trincas para aberturas de até 1mm. 
As fissuras também podem ser catalogadas como geométricas ou mapeadas 
de acordo com a semelhança ao desenho que formam. Um bom exemplo da 
primeira é quando a fissura acompanha o bloco cerâmico. Já a mapeada pode ser 
fruto da retração da argamassa com muitos finos ou ainda com excesso de cimento, 
tornando o reboco muito rígido. 
Ainda poderá chamá-las de passivas quando estão estacionárias, ou seja, 
não variam conforme o passar do tempo ou ativas quando sofrendo variações ao 
longo do tempo. Uma fissura ativa se torna grave quando sua abertura e 
comprimento estão continuamente crescentes, podendo ser indicativo que algo está 
errado necessitando de uma melhor analise e intervenção. As ativas ainda admitem 
uma nova subdivisão, em que podem ser sazonais ou progressivas (Figura 1). 
Figura 1 – Classificação das Fissuras em Alvenaria 
 
Fonte: (CORSINI, 2010) 
No seguinte trabalho a fissura que será destacada será a fissura mapeada, 
pois se trata de excesso de materiais pulverulentos. 
 
 
 
9 
 
2.2.1 FISSURAS MAPEADAS 
 
As fissuras mapeadas (Figura 2), como já dito acima, são as fissuras 
causadas por retração da argamassa com muitos finos ou excesso de cimento, 
tornando com isso o reboco muito rígido. 
Figura 2 – Fissuras Mapeadas 
 
Fonte: (AOKI, 2010) 
Um tratamento comum para fissuras mapeadas é a aplicação de tintas e 
selantes flexíveis, capazes de absorver a abertura causada pelas tensões na 
parede. Já em casos onde a fissura é motivada por movimentos estruturais, o 
tratamento acaba se tornando mais complexo. Neste caso, a correção passa por 
diversas etapas e necessitam de estudos detalhados, um exemplo de solução é: 
aumento proposital da trinca com um disco de corte, limpeza, preenchimento com 
selante e aplicação de impermeabilizante em uma faixa de 20 a 30cm, tendo a 
fissura como o centro; Por fim é estudado acrescentar uma tela de poliéster também 
de 20 a 30cm sobre o impermeabilizante. 
Todo o tratamento pode demorar dias ou semanas de acordo com o tempo de 
secagem e cura dos produtos aplicados. É importante citar que a causa deve ser 
tratada antes da correção de certas fissuras. É comum ser encontrado um reparo 
que volta a abrir por não ter sanado as movimentações das fundações, por exemplo. 
Quando ocorrem, parte destas fissuras tem causa estrutural e a ocorrência 
pode estar sinalizando que um pilar ou viga está na iminência da ruptura. Porém, até 
uma “simples e inofensiva” fissura negligenciada pode mais tarde resultar em um 
desplacamento de reboco ou cerâmica, causando danos às pessoas que ali 
circulam. 
10 
 
É essencial a contratação de um técnico para avaliar a gravidade destas 
fissuras quando aparecem. Entretanto, o correto é a contratação deste profissional 
durante o projeto, antes mesmo de a obra começar, a fim de mitigar as causas 
prováveis do surgimento destas patologias, sendo que nesta fase são calculados e 
identificados os locais de acúmulo de tensões, onde deverão ser executadas as 
juntas de movimentação. 
 
3. AGREGADOS 
 
Agregados são materiais que, no início do desenvolvimento do concreto, eram 
adicionados à massa de cimento e água, para dar-lhe “corpo”, tornando-a mais 
econômica. Atualmente, eles apresentam 80% da massa do cimento. É fato que 
alem de seus benefícios relacionados a propriedades de resistência e retração, 
densidade, tamanho, densidade, a forma dos grãos são variáveis que podem definir 
e moldar diversas características no concreto. 
Perante esses estudos deve ser levado em conta o fator custo-benefício, os 
agregados recomendados, devem ter uma curva granulométrica variada e devem 
provir de jazidas próximas ao local de dosagem. Isso exige uma regionalização nos 
tipos de pedras, britas, areias (Figura 3) e seixos. 
Figura 3 – Extração de Areia 
 
Fonte: (CRUZ, 2013) 
A distribuição granulométrica,determinada segundo a ABNT NBR 7211, deve 
atender aos limites estabelecidos na tabela 1. Podem ser utilizados como agregado 
miúdo para concreto, materiais com distribuição granulométrica diferente das zonas 
11 
 
estabelecidas na tabela 1, desde que estudos prévios de dosagem comprovem sua 
aplicabilidade (ABNT NBR 7211:2005). 
 
Tabela 1 - Limites da distribuição granulométrica do agregado miúdo 
Peneira com 
 abertura de malha 
(ABNT NBR NM ISO 
3310-1) 
Porcentagem em massa retida acumulada 
Limites inferiores Limites superiores 
Zona 
utilizável 
Zona 
ótima 
Zona 
ótima 
Zona 
utilizável 
9,5 mm 0 0 0 0 
6,3 mm 0 0 0 7 
4,75 mm 0 0 5 10 
2,36 mm 0 10 20 25 
1,18 mm 5 20 30 50 
600 µm 15 35 55 70 
300 µm 50 65 85 95 
150 µm 85 90 95 100 
Fonte: (NBR-7211/1987) 
NOTAS REFERENTES À TABELA 1 
1 O módulo de finura da zona ótima varia de 2,20 a 2,90. 
2 O módulo de finura da zona utilizável inferior varia de 1,55 a 2,20. 
3 O módulo de finura da zona utilizável superior varia de 2,90 a 3,50. 
 
Quanto maior a relação água/cimento, mais fina será a granulometria 
necessária para uma maior trabalhabilidade. O tamanho das partículas dos 
agregados, em especial, dos agregados miúdos, influenciam de forma efetiva na 
obtenção de uma determinada consistência do concreto (NEVILLE, 1997). 
O Agregado miúdo (Figura 4) é o agregado que passa na peneira de 4,8mm e 
fica retido na de 0,075mm. Agregado para concreto ou argamassa de cimento do 
qual, pelo menos 95%, em peso, passa na peneira de 4,8mm de abertura normal; 
sendo que os grãos retidos nessa peneira são denominados Agregados graúdos. 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
Figura 4 – Areia, Agregado Miúdo 
 
Fonte: (DINIZ, 2013) 
Figura 5 - Agregados 
 
Fonte: (NBR-7211/1987) 
A figura 5 acima apresenta a classificação dos agregados miúdos quanto sua 
respectiva dimensão, conforme apresentado na NBR-7211. 
 
4. AGLOMERANTES 
 
Os aglomerantes são materiais com propriedades ligantes, em geral 
pulverulentos e que misturados com a água formam uma pasta que endurece por 
processos devido às reações químicas ou por simples secagem. São utilizados, 
também, para ligar agregados, formando um corpo sólido e coeso. (BAZANTE, 
2011). 
 
Esses materiais são classificados, basicamente, de duas formas. Quanto ao 
seu processo de endurecimento ou quanto à sua composição. 
 
Quanto ao processo de endurecimento os aglomerantes são divididos em 
inertes e ativos. 
 Inertes: Endurecem por simples secagem. (Exemplo: Argila e betume). 
 Ativos: Endurecem devido a reações químicas. 
13 
 
 
Os ativos são subdivididos em aglomerantes aéreos e hidráulicos. 
 Aglomerantes Aéreos: Aglomerante cuja pasta apresenta propriedade de 
endurecer por reação de hidratação ou pela ação química do CO2 presente 
na atmosfera e que, após endurecer, não resiste satisfatoriamente quando 
submetida a ação da água (NBR 11172/90). (Exemplos: Gesso e cal aérea). 
 Aglomerantes hidráulicos: Aglomerante cuja pasta apresenta a propriedade 
de endurecer apenas pela reação com a água e que, após seu 
endurecimento, resiste satisfatoriamente quando submetida à ação da água 
(NBR 11172/90). (Exemplos: Cal hidráulica, cimento natural e cimento 
portland). 
 
Quanto a composição os aglomerantes são divididos em quatro classes. 
 Simples: Cimento, cal e gesso; 
 Misto: Mistura pronta de cimento e cal; 
 Com adições ativas: Cal pozolânica; 
 Com adições inertes: Cimento colorido. 
 
5. INFLUÊNCIA DE MATERIAIS PULVERULENTOS 
 
A distribuição granulométrica e o teor de finos contribuem decisivamente no 
desempenho de uma argamassa e de um concreto. (SILVA, CAMPITELI, GLEIZE, 
2007). 
A determinação da composição granulométrica, dos diferentes tamanhos de 
grãos que se encontram constituindo dos materiais agregados e aglomerantes em 
análise. A classificação de um agregado é determinada comparando sua 
composição granulométrica com as faixas granulométricas especificadas em 
normas. Esta avaliação foi feita segundo os procedimentos da ABNT. Para 
agregados por meio da NBR 7217 – Agregados – Determinação da composição 
granulométrica. Verificação e classificação desses sedimentos que ficam retidos na 
peneira gradativamente com malhas menores. 
Quanto aos aglomerantes, a NBR 11579 - Cimento Portland -Determinação 
da finura por meio da peneira 75 µm (nº 200). Esta norma prescreve o método de 
14 
 
ensaio para a determinação da finura de cimento Portland com o emprego da 
peneira 75 µm (nº 200), pelos procedimentos manual e mecânico. É determinada a 
porcentagem, em massa, de cimento cujas dimensões de grãos são superiores a 75 
µm (fração retida). A NBR 9289 trata-se da Cal hidratada para argamassa. Esta 
Norma prescreve o método a ser utilizado para o ensaio de finura de cal hidratada 
para argamassas, por meio do resíduo em peneiras, realizados nas Peneira 0,600 
mm (Nº 30) e Peneira 0,075 mm (Nº 200). 
Os minerais inferiores a 0,0075 mm que passam pela peneira de numero 200 
são consideradas materiais pulverulentos. O método permite determinar, por 
lavagem, a quantidade de material mais fino que a abertura da malha da peneira de 
0,075 mm presente nos agregados graúdos ou miúdos. O excesso deste material 
prejudica a aderência entre a pasta de cimento e a argamassa, aumenta o consumo 
de água devido à alta superfície específica, acarretando retração e diminuição da 
resistência de concretos e argamassa. (GUERRA, 2013). 
Nas argamassas de revestimento a incidência de fissuras, sem que haja 
movimentação e/ou fissuração da base (estrutura de concreto, alvenaria), ocorre 
devido a fatores relativos à execução do revestimento argamassado, solicitações 
hidráulicas da argamassa. 
A fissuração é função intrínseca, como o consumo do cimento, o teor de finos, 
quantidade de água de amassamento, e de outros fatores que podem contribuir ou 
não contribuir com a fissuração. (BAUER, 2012) 
Em princípio, qualquer cimento pode ser empregado no preparo de 
argamassas para revestimento (emboços ou revestimentos de camada única), 
tendo-se apenas atenção com a sua finura. 
Cimentos muito finos podem produzir maior retração plástica levando à 
formação de fissuras com configuração em mapa (como ilustrado na Figura 7), as 
quais permitem a entrada de água, comprometendo totalmente a durabilidade dos 
revestimentos. Nesse sentido, deve-se ter cuidado especial com o cimento CP V – 
Alta Resistência Inicial, que devido à sua elevada área específica possui alta 
velocidade de hidratação e maior retração inicial do que os demais tipos de cimento, 
geralmente resultando em fissuração do revestimento nas primeiras idades. 
Igualmente os cimentos de maior classe de resistência (40 MPa) devem ser 
empregados com cautela, uma vez que também são mais finos do que os das 
classes mais baixas (25 e 32 MPa). (CARASEK, 2011). 
15 
 
Figura 7 - Revestimento apresentando fissuração em mapa, típica de argamassas com alta retração, 
fissuras estas que posteriormente tornam-se pontos de movimentação devido às ações térmicas e 
higroscópicas sobre o revestimento 
 
Fonte: (NOAL, 2016) 
Para resistirem bem às fontes de tensões de tração a que estão sujeitas, as 
argamassas de reboco devem ter retração moderada, módulo de elasticidade 
reduzido e elevada relaxação. 
As argamassas ricas em cimento, com elevados teores de finos, ou com água 
de amassadura em excesso, têm elevada susceptibilidade à fendilhação, quer 
devido à retração elevada, quer devido à grande rigidez, que as torna sensíveis aos 
movimentos diferenciais dos vários materiais com os quais estão em contato. 
(MAGALHÃES, 2002). 
Os agregados devem apresentar granulometria contínua e teor de finos 
adequado. O excesso de finos acarreta maior consumo de água de amassamento, 
gerando maior retração por secagem. Quanto maior finura, maior superfície 
específica (relação entre a área total da superfície dosgrãos e sua massa) maior 
capacidade de absorção de suas partículas. 
A retração é o processo de redução de volume que ocorre na massa de 
concreto, ocasionada principalmente pela saída de água por exsudação que 
consiste na movimentação da água de amassamento da argamassa, até a superfície 
do revestimento, piso, ou afins, diminuindo a quantidade de água disponível para a 
reação com o cimento, causando assim a retração e a fissuração prematura da 
argamassa. 
Este fenômeno poderá ocorrer por meio de retração plástica e por secagem 
ou hidráulica. Retração plástica ocorre pela perda de água do concreto por 
exsudação, em seu estado fresco (FIGURA 8). 
16 
 
Figura 8 - Fissuração tipicamente causada por retração plástica em um concreto recém-lançado em 
uma laje 
 
Fonte: (RESENDE, 2012) 
Este processo é acelerado pela exposição de sua superfície às intempéries 
como vento, baixa umidade relativa do ar e aumento da temperatura ambiente e 
retração por secagem ou hidráulica ocorre da mesma maneira que a retração 
plástica, porém com o concreto já no estado endurecido. 
Em condições normais de velocidade de exsudação da água do concreto, uma 
taxa de evaporação maior ou igual a 1 kg/m²/h é considerada elevada e o risco de 
fissuração também será alto.Ter condições normais de exsudação implica dizer que 
concreto tem suficiente teor de finos em sua composição para reter a água. A 
velocidade de exsudação é influenciada por cimentos e adições de elevada área 
específica ou mesmo agregados com altos teores de finos. Quanto maior a taxa de 
evaporação e menor a velocidade de exsudação do concreto, maior será a 
intensidade da fissuração. 
 
6. PREVENÇÃO 
 
De acordo com THOMAZ (1998), a prevenção de fissuras nos edifícios passa 
obrigatoriamente por todas as regras de bem planejar, bem projetar e bem construir; 
mais ainda, exige um controle sistemático e eficiente da qualidade dos materiais e 
dos serviços, uma perfeita harmonia entre os diversos projetos executivos, 
estocagem e manuseio correto dos materiais e componentes no canteiro de obras, 
utilização e manutenção correta do edifício etc. 
17 
 
Materiais pulverulentos são partículas minerais com dimensão inferior a 0,075 
mm, inclusive os materiais solúveis em água, presentes nos agregados. No geral a 
presença desses materiais é indesejável na constituição de argamassa e concreto, 
pois um agregado com alto teor de pulverulentos tem sua aderência à pasta ou 
argamassa diminuída, prejudicando de forma direta a resistência e estabilidade 
dimensional da argamassa ou concreto, produzido com esse material, NEVILLE 
(1982). 
Tendo estes fatos em vista, é de estrema importância que em um canteiro de 
obras tenha um rigoroso controle de qualidade quanto ao recebimento de matérias. 
Como forma de prevenir o aparecimento de fissuras oriundas da presença de 
material pulverulento nas alvenarias de vedação é necessário que os componentes 
para argamassa ou concreto passem por um rigoroso controle de qualidade. 
Para efeitos de Norma, é adotado a definição de que, partículas minerais com 
dimensão inferior a 0,075mm, inclusive os matérias solúveis em água, presente nos 
agregados miúdos 
 
6.1 TÉCNICAS DE ENSAIO CONFORME NORMA NBR NM 46 
 
Em síntese, esta norma tem por objetivo apresentar um método de ensaio por 
lavagem, em agregados, da quantidade de material pulverulento (mais fino que a 
abertura de malha da peneira de 75 µm). 
Serão apresentados dois procedimentos, um por lavagem usando apenas 
água (procedimento A) e outro com uso de água e agente umectantes 
(Procedimento B). Vale ressaltar que o mais empregado é o procedimento A, sendo 
somente necessário o uso do procedimento B em caso de especificação. 
 
6.1.1 EQUIPAMENTOS E MATERIAIS 
 
-Uma balança com escala legível e resolução de 0,1 g ou 0,1% da carga de 
ensaio, o que for maior, em qualquer ponto dentro do intervalo de uso. 
- Um jogo de peneiras, onde a inferior tem abertura de malha de 75 µm e a 
superior corresponde à peneira de 1,18 mm, ambas de acordo com os requisitos da 
NM-ISO 3310-1. 
18 
 
- Um recipiente de tamanho suficiente para conter a amostra coberta com 
água e permitir sua agitação vigorosa sem perda de amostra ou água. 
-Uma estufa de tamanho suficiente, capaz de manter a temperatura uniforme 
de (105 ± 5)°C. 
- Dois recipientes de vidro transparente de mesmas dimensões e forma. 
- Pode ser usado qualquer agente dispersante, tal como detergente líquido de 
lavar louça, que promova separação dos materiais finos. 
 
6.1.2 PROCEDIMENTO A 
 
Pegar uma amostra de material (conforme define os padrões da NM 26) e 
secar esta amostra de ensaio até massa constante à temperatura de (110 ± 5)°C. 
Determinar a massa com precisão de 0,1% mais próximo da massa da amostra de 
ensaio. 
Caso seja requerido na especificação que a quantidade de material que passa 
pela peneira de 75 µm seja determinada sobre uma porção da amostra que passe 
por uma malha de abertura menor do que a dimensão máxima nominal do agregado, 
a amostra deve ser separada sobre a peneira designada e deve ser determinada a 
massa do material que passa por essa peneira com precisão de 0,1% da massa 
dessa porção da amostra de ensaio. Esta massa deve ser usada no cálculo (item 
10.1) como a massa seca original da amostra de ensaio. 
Após a secagem e determinação da massa, colocar a amostra de ensaio no 
recipiente e adicionar água até cobrí-la. Não deve ser adicionado detergente ou 
agente dispersante ou qualquer outra substância na água. Agitar a amostra 
vigorosamente para obter a completa separação de todas as partículas mais finas 
que 75 µm das maiores e para que o material fino fique em suspensão. 
Imediatamente, verter a água de lavagem contendo os sólidos suspensos e 
dissolvidos sobre as peneiras, dispostas de forma que a malha de maior abertura 
esteja na parte de cima. Evitar ao máximo a decantação das partículas mais graúdas 
da amostra. 
Adicionar uma segunda quantidade de água à amostra no recipiente, agitar e 
passar pelas peneiras como descrito anteriormente. Repetir esta operação até que a 
água da lavagem fique clara. Fazer a comparação visual da limpidez entre a água, 
antes e depois da lavagem, utilizando os recipientes indicados. 
19 
 
Retornar todo o material retido nas peneiras com um fluxo contínuo de água 
sobre a amostra lavada. Secar o agregado lavado até massa constante à 
temperatura de (105 ± 5)°C e determinar a massa aproximando ao 0,1% mais 
próximo da massa da amostra. 
 
6.1.3 PROCEDIMENTO B 
 
Preparar a amostra do mesmo modo que para o procedimento A, e Após a 
secagem e determinação da massa, colocar a amostra de ensaio no recipiente. 
Adicionar suficiente quantidade de água para cobrir a amostra e adicionar o agente 
umectante à água (Nota). Agitar a amostra vigorosamente para obter a completa 
separação de todas as partículas mais finas que 75 µm das partículas maiores e 
para que o material fique em suspensão. Imediatamente, verter a água de lavagem 
contendo os sólidos suspensos e dissolvidos sobre as peneiras, dispostas de forma 
que a malha de maior abertura esteja na parte de cima. Evitar ao máximo a 
decantação das partículas mais graúdas da amostra. 
Adicionar uma segunda quantidade de água à amostra do recipiente, agitar e 
passar pelas peneiras como descrito anteriormente. Repetir esta operação até que 
água de lavagem fique clara e completar o ensaio como no Procedimento A. 
 
6.1.4 CALCULO 
 
Calcular a quantidade de material que passa pela peneira 75 µm por lavagem 
como segue: 
M=( Mi-Mf/Mf)*100 
Onde: 
M é a porcentagem de material mais fino que a peneira de 75 µm por 
lavagem; 
Mi é a massa original da amostra seca; em gramas; 
Mf é a massa da amostra seca após a lavagem, em gramas. 
O resultado deve ser a média aritmética de duas determinações. 
A diferença obtida nas duas determinações com relação à média nãodeve 
ser maior que 0,5% para agregado graúdo e 1,0% para agregado miúdo. Quando 
esta condição não for atendida deve ser realizada uma terceira determinação, 
20 
 
adotando como resultado do ensaio a média aritmética dos dois resultados mais 
próximos. 
7. DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA 
 
7.1 AGREGADOS 
 
Com o crescimento da construção civil faz-se necessário um melhor controle 
de qualidade dos materiais utilizados nas obras. Com esta falta de controle muita 
das vezes há o surgimento de patologias como as fissuras que surgem na etapa 
final da construção. A norma NBR 7217 determina métodos para testar a 
composição granulométrica dos agregados. 
As amostras utilizadas necessitam de precauções antes mesmo da execução 
dos ensaios para que a mesma seja representativa quanto a sua natureza e 
característica. 
Após o devido cuidado as amostras (M1 e M2) são umedecidas em 
laboratório para evitar segregação e secadas em estufas, logo após são deixadas 
esfriar em temperatura ambiente. Ao término da secagem as peneiras são 
devidamente encaixadas de forma crescente e a primeira amostra é colocada sobre 
a peneira superior de modo a evitar a formação de camada espessa do material. 
Logo após é necessário promover a agitação mecânica do conjunto para que 
permita a separação e classificação dos diferentes tamanhos de grãos da amostra. 
Caso não possa haver a agitação mecânica utiliza-se a agitação manualmente onde 
a mesma deve ser feita em movimentos de vai e vem intercalando com movimentos 
circulares. Com o processo terminado remover todo o material retido na peneira com 
auxílio de um pincel para uma bandeja devidamente identificada. 
Repetir todo o processo anterior na segunda amostra(M2). Com os processos 
concluídos será determinada a massa total de material retido em cada uma das 
peneiras no fundo de todo o conjunto. 
O cálculo é obtido por meio da somatória de todas as massas (M1 e M2), 
onde as mesmas não devem diferir mais que 0,3% da massa seca da amostra 
introduzida inicialmente. 
 
 
 
21 
 
7.2 AGLOMERANTES 
 
Algumas normas estabelecem métodos que determinam a finura dos 
materiais aglomerantes utilizados em concreto e em argamassas. 
 
7.2.1 CIMENTO 
 
Para o método de determinação da finura do cimento a norma que visa os 
procedimentos do ensaio é a NBR 11579. 
O procedimento inicia-se pesando uma amostra de 50 g na qual é posto sobre 
a tela da peneira. Logo após peneira-se o cimento em movimentos suaves de vai e 
vem de maneira que os grãos mais finos passem quase que totalmente pelas 
malhas da tela. 
Colocando a tampa e retirando o fundo da peneira limpa-se a superfície 
inferior com auxílio de um pincel para desprender as partículas aderidas a tela. É 
feito o mesmo procedimento anteriormente por um tempo maior. 
Na etapa final há uma nova peneiração que determina que o material contido 
no fundo da peneira é um material retido que deve ser inferior a 0,05g, se nesta 
etapa após a peneiração o valor não for o estabelecido pela norma, deve-se repetir o 
procedimento. 
Com todo o procedimento concluído foi calculado o índice de finura do 
cimento (F) utilizando a informação de resíduo retido na peneiração final (R) no qual 
este valor é multiplicado pelo fator de correção(C), (utilizando o valor 1,00 pela 
norma), dividindo pela massa inicial do cimento (M) 
 F = R x C * 100 
M 
Segundo estabelecido pela norma, à diferença entre dois resultados a partir 
de uma mesma amostra submetida ao mesmo tipo de ensaio pelo mesmo operador 
não deve ultrapassar 0,4% em valor absoluto. Em caso de mesma amostra ser 
submetida pelo mesmo ensaio obtido por dois operadores distintos não deve 
ultrapassar 0,8% em valor absoluto. 
 
7.2.2 CAL HIDRATADA 
 
22 
 
No método de determinação da finura da cal hidratada para argamassas a 
norma que visa os procedimentos do ensaio é a NBR 9289. 
Antes do procedimento se deve tomar os cuidados ao recolher a amostra 
como fora tomada para os agregados. 
O procedimento inicia-se com a pesagem de 50g de cal hidratada, logo após 
ela é transferida para a peneira de 600 µm. Logo após o material foi umedecido com 
uma pequena quantidade de água para evitar respingos para fora da peneira. 
Após isso o material foi lavado utilizando um jato de água com pressão de 50 
kPa (0,5 kgf/cm2), girando a peneira de forma que a água alcance toda a sua 
superfície. 
Transferimos o material retido em cada peneira com o auxílio de um pisseta 
para as cápsulas, deixar decantar no mínimo 10 minutos e retirar a água em 
excesso. 
Secar em estufa os resíduos de ambas as peneiras (R 600 µm ou R30 e R 75 
µm ou R200) até atingirem uma massa constante a uma temperatura entre 100°C e 
120°C. Entende-se por massa constante uma diferença de massa inferior a 0,01 g 
entre duas determinações. 
Com todo o procedimento concluído a finura da cal hidratada deve ser 
calculada com a porcentagem média do resíduo seco retido em cada peneira, em 
relação à massa original de duas amostras do mesmo lote, segundo as expressões: 
F30= R30 x 100 
M 
F30= R200 + R30 x 100 
M 
A finura da peneira 600 µm ou nº 30 é dada em porcentagem, onde é 
calculado o resíduo seco da peneira(R30) dividido pela amostra inicial(M). Já o 
cálculo de finura da peneira 75 µm ou nº 200 é também dada em porcentagem, 
porém seu cálculo é obtido pela soma do resíduo seco da peneira 200 (R200) com o 
resíduo da peneira 30 (R30 ) dividido pela amostra inicial(M). 
 
 
 
 
 
23 
 
8. CONCLUSÃO 
 
Devido a orçamentos enxutos e pouco capital para execução de obras, além 
dos prazos de finalização e entrega dos empreendimentos serem muita das vezes 
curtos, as construtoras tendem a adequar suas técnicas construtivas para viabilizar o 
empreendimento, correndo o risco das etapas da construção e a qualidade dos 
materiais não serem dadas a devida importância necessária, podendo ocorrer 
problemas estruturais como as fissuras que foram citadas no desenvolvimento do 
trabalho. 
Com base na análise apresentada é possível concluir que para uma boa 
execução de alvenaria nas obras é necessário uma atenção maior para o 
planejamento somado a um controle de excesso de materiais na argamassa e ou no 
concreto além de uma boa escolha dos mesmos à serem utilizados. 
Este processo de prevenção é de extrema importância, pois permite que os 
resultados sejam melhores e mais satisfatório tanto para o construtor como para o 
comprador, reduzindo assim um retrabalho e gastos excessivos para reparação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
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