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Noh Artigo @noh.estudo Uma imersão em artigos para quem nunca leu um Noh Artigo Bicheiras do Bem In Vet @noh.estudo "Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver, dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas." bi chei ra● ● O que é: bestia @noh.estudo ● Denominação de larvas que se desenvolvem em tecido orgânico. Ferida cheia de vermes. Depósito de sanguessugas. Noh Artigo Os besouros, insetos e moscas estão associadas ao homem desde as civilizações mais antigas, sejam como amuletos, pragas e/ou deuses. In Vet @noh.estudo Assim como as bactérias no início da sua (re)descoberta na ciência moderna, as larvas foram restritas ao grupo de organismos patogênicos. Noh Artigo In Vet @noh.estudo Iniciando a grande corrida asséptica, com a implementação de práticas de higienização de mãos, alimentos, instrumentos, esterilização, antibióticos... Noh Artigo In Vet @noh.estudo Noh Artigo Porém, mais recentemente as bactérias foram melhor compreendidas, entendendo a sua importância também como parte da saúde, participante da imunidade, sintetizadora de vitaminas, produtora de neurotransmissores, e provavelmente muitos outros papéis que ainda serão descobertos In Vet @noh.estudo Noh Artigo Da mesma forma, está acontecendo com as larvas e insetos, na chamada Bioterapia. A bioterapia envolve principalmente as seguintes áreas: Apesar de permitirem a integração dessas diferentes terapias, o mais comum é o uso isolado de uma dessas técnicas. In Vet @noh.estudo larvoterapia apicocumpuntura sangria com sanguessuga Noh Artigo Hoje o foco é a larvoterapia, também conhecida como terapia larval. In Vet @noh.estudo Os primeiros indícios dos Benefícios das Larvas se deu no século XVI pelo cirurgião francês Ambroise Paré, que observou a melhor cicatrização das feridas dos soldados quando apresentavam larvas, e também evitava a necrose (gangrena). Dr. Observ ação Porém após várias guerras e anotações similares Noh Artigo In Vet @noh.estudo No Departamento Infantil do Hospital Johns Hopkins, os portadores de osteomielite que já haviam passado por diversas intervenções atingiam uma situação de desesperança em que as opções eram amputação e/ou morte. ao médico francês, apenas em 1931 , o médico americano, Willian Baer decidiu utilizar as observações de forma terapêutica, concretizando seus conhecimentos adquiridos em combate. larvas em cultivo Dr. William Bae r Dessa forma Baer administrou larvas nas feridas, obtendo sucesso em muitos casos, porém ocorreu infecções secundárias como tétano. A prática foi empregada rotineiramente em mais de 300 hospitais na década de 40. Porém depois a terapia ficou de lado devido a descoberta dos antibióticos e desbridamento cirúrgico, retomando apenas em 1980 quando houve a comprovações do fenômeno da multiresistência. Noh Artigo In Vet @noh.estudo tratamentos de sucesso Desde a década de 90, a terapia larval retomou sua aplicação na Inglaterra, Reino Unido, Israel e Estados Unidos. Diferentemente da técnica de William Baer, atualmente são utilizadas larvas estéreis, criadas em laboratório, evitando infecções secundárias. Além disso, são aplicadas em um curativo fechado durante 24-72h, depois realiza-se uma lavagem, removendo a primeira população de larvas, e se necessário, a administração de uma nova leva. Noh Artigo In Vet @noh.estudo produção estéril curativos fechados No Brasil, as pesquisas tiveram maior impacto a partir de 2011, quando a terapia larval começou a ser usadas no "tratamento de difícil cicatrização" pelo Departamento de Microbiologia e Parasitologia no Hospital Onofre Lopes na Universidade federal do Rio Grande do Norte. Nesse mesmo lugar se desenvolveram estudos sobre quais espécies poderiam ser utilizadas no Brasil, métodos de produção estéreis, aceitação dos pacientes. Noh Artigo In Vet @noh.estudo enfermeira pioneira na pesquisa de TL Mas qual é a diferença entre a Terapia Larval e uma bicheira de roça? A chamada miíase além de não possuir um acompanhamento médico (veterinário), também se difere no tipo de larva. Na TL, as larvas são chamadas de secundárias, porque aparecem no segundo povoamento de um cadáver em decomposição, e por isso, se alimentam apenas de tecidos com o processo necrótico já iniciado, em putrefação, ou seja, não iram causar danos ao tecido integro da ferida. Além disso, foi descoberto que as larvas liberam pept́ídeos antibacterianos, auxiliando ainda mais na cicatrização Noh Artigo In Vet @noh.estudo As larvas secundárias são, em maioria, da família Sarcophagidae e Muscidae. Noh Artigo In Vet @noh.estudo A espécie Sarconesipsis magellanica é o alvo do estudo da Doutoranda Colombiana Andrea Diaz Roa no Institudo Butantan. Inclusive, a bióloga foi quem descobriu o peptídeo derivado dessa espécie e o batizou de sarconesina. Atualmente, sua pesquisa se concentra na possibilidade da síntese desse composto por Bioreatores, já que é uma molécula pequena, e então a utilização como remédio antibacteriano. No Brasil, se descobriu a possibilidade da utilização da mosca azul ocidental (Chrysomya megacephala). Já nos EUA, a espécie utilizada é a Lucilia sericata Noh Artigo In Vet @noh.estudo Em quais situações esse Tratamento pode ser empregado? Os benefícios são: - Desbridamento de tecido necrosado - Descontaminação microbiana - Estímulo ao tecido de granulação - Ação antiinflamatória - Ação antibactericida Por isso, os principais casos em que essa terapia é aplicada são em ferimentos de difícil cicatrização como feridas de diabéticos Mas também são interessantes para situação de resistência a antibióticos Noh Artigo In Vet @noh.estudo Na Medicina Veterinária há poucos estudos publicados sobre o tema, principalmente no Brasil. Eu encontrei apenas uma liberação de pesquisa mas não as conclusões do estudo. Porém com o acompanhamento certo, essa terapia pode ser muito benéfica, uma vez que os animais tem tendência de lamberem feridas, propagando o crescimento bacteriano. Noh Artigo In Vet @noh.estudo *Alerta de demanda sem oferta* Além disso nas feridas de Leishmaniose também podem encontrar grande sucesso com essa terapia, uma vez que além do longo período de tratamento, normalmente são feridas extensas que despendem muito tempo para limpeza do Veterinário e posteriormente do tutor. As larvas também retiram o tecido morto e rompem o biofilme bacteriano, contribuindo para o desaparecimento do mau cheiro. Noh Artigo In Vet @noh.estudo *Alerta de demanda sem oferta* mosqu ito p alha Quais os benefícios? Menor uso de antibióticos *Isso tem extrema importância, já que a OMS já decretou alerta a resistência microbiana e provavelmente será a nova pandemia, retomando a época em que machucar o pé era sentença de amputação na maioria dos casos. Limpeza eficiente e maior autonomia para curativos de difícil visualização. Noh Artigo In Vet @noh.estudo Entomologia Forense Noh Artigo In Vet @noh.estudo A base histórica e cientifica que permitiu o desenvolvimento da Terapia Larval. Material extra para os assinantes Noh Artigo Noh Artigo Entomologia Forense In Vet @noh.estudo “As larvas não se transformarão em moscas dentro de ti” [Papiro de Gizé no. 18026:4:14] Noh Artigo Artigo Base In Vet @noh.estudo Material extra en to● O que é: éntomos @noh.estudo ● mo ● Estudos dos animais segmentados, insetos lo ● gia ● "O primeiro caso documentado de Entomologia Forense está relatado em um manual de Medicina Legal Chinês do Século XIII. Foi um caso de homicídio em que um lavrador apareceu degolado por uma foice. Para resolver o caso, todos os lavradores da região foram obrigados a depositar suas foices no solo, ao ar livre. As moscas pousaram em apenas uma delas, atraídas pelos restos de sangue que ainda estavam aderidos à lâmina. A conclusão foi de que aquela era a foice do assassino " Noh Artigo In Vet @noh.estudo Dr. rua chique Durante muito tempo, eprovavelmente ainda hoje, a dificuldade do emprego em massa dessa técnica se dá pela falta de profissionais capacitados e no distanciamento entre pesquisadores e profissionais de criminalística. Noh Artigo In Vet @noh.estudo No Brasil, o médico Oscar Freire em 1908 apresentou à Sociedade Médica da Bahia sua coleção da fauna de insetos necróticos e seus estudos de caso. Porém a técnica já é aplicada por indígenas há séculos na Austrália, Norte de Mianmar, Maias... Até hoje, essas larvas são muito estudadas pelos Médicos (Veterinários) Forenses e auxiliam na elucidação de crimes por meio do intervalo pós- mortem (tempo decorrido depois da morte), movimentação do cadáver... Tudo isso pela identificação do tipo de larva, fase de desenvolvimento, conteúdo estomacal dessas... Noh Artigo In Vet @noh.estudo seriado Bones - entomologista for ense Dr.Jack Hodg ins A principal característica observada, e muito importante para a terapia larval, é a classificação do grupo larval. Noh Artigo In Vet @noh.estudo primárias secundárias utilizam os compostos voláteis de enxofre como espécie da família calliphoridae (varejeiras - azul e verdes metálicos - vetores de doenças e causadores de bicheiras) se alimentam de tecidos já em início do processo necrótico. Também é importante identificar os hábitos alimentares desses artrópodes, coprófagos, saprófagos, carnívoros, necrófagos... Na Medicina Veterinária, apesar de existirem poucos profissionais especializados na área forense, já existem cursos sobre entomologia forense para essa área. Noh Artigo In Vet @noh.estudo Noh Artigo Artigo extra In Vet @noh.estudo
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