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Cirurgia em odontopediatria

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CIRURGIA EM ODONTOPEDIATRIA 
Introdução 
Devemos conhecer e respeitar os preceitos 
fundamentais à prática da Cirurgia em 
Odontopediatria 
Criança ≠ Adulto 
Considerar as características anátomo-funcionais, 
emocionais e relacionadas à doença 
Princípios básicos 
Semelhantes aos princípios de cirurgia em adulto: 
anestesia, descolamento.... PORÉM NÃO É IGUAL! 
Necessidade e oportunidade: As exodontias 
depende da relação com os dentes sucessores 
(a necessidade de extrair para conceder espaço 
aos futuros dentes). E a condição de saúde do 
paciente (oportunidade de extrair). 
Assepsia e antissepsia: Limpar a cavidade; 
realizar uma profilaxia antibiótica antes do 
procedimento SE necessário. 
Instrumental e técnica adequados: 
Uma adequada técnica anestésica é fundamental 
em qualquer técnica cirúrgica. 
Considerar que o tecido ósseo é menos 
calcificado e que a lígula está abaixo do plano 
oclusal 
Condicionamento psicológico dos pais e da 
criança: Evitar a transmissão de ansiedade para 
a criança. Pedir autorização dos pais para qualquer 
tratamento – ASSINATURA! 
Requisitos profissionais: ter paciência, agir com 
sinceridade, ser compreensível e firme. 
 
Medidas pré-operatórias 
Adequar o paciente ao ato operatório: Explicar 
para o paciente o que será feito, porém evitar 
explicações desnecessárias. A técnica dizer-
mostrar-fazer não é viável, pois materiais de 
cirurgia são mais assustadores. – NUNCA DEIXAR 
A CRIANÇA SOZINHA! 
Obtenção da oportunidade cirúrgica: Diminuir 
infecções antes de qualquer cirurgia. 
Determinar o padrão cirúrgico: hospitalar x 
ambulatorial: Verificar a saúde do paciente – BOA 
ANAMNESE. 
Medidas pós-operatórias 
Recuperação do paciente e cura da ferida 
cirúrgica: 
Controle da dor: Analgésicos - paracetamol, Uso 
de gelo seco – compressa de gelo envolvida em 
toalha felpuda. 
Redução da intensidade inflamação atraumática: 
anti-inflamatórios e uso de gelo externo - 
Amoxilina raramente são indicadas, mas se 
necessário deve-se usar protetores estomacais. 
Hemostasia regional: faz-se o uso de 
vasoconstritor, porém deve ser indicado 
corretamente), sutura adequada quando 
necessário. 
Obtenção do coágulo sanguíneo estabilizado: 
Suturar quando o dente estiver no estagio de nola 
de 5 para baixo. Fio normal, mas o absorvível é 
necessário em frenectomia e em pacientes 
especiais. 
cirurgia em odontopediatria 
A anestesia demora para passar, então deve 
prestar atenção na criança. 
Crianças + metabolismo rápido 
 = 
 coagulação rápida e cicatrização. 
Orientações pós-operatórias 
Permanecer em repouso nas primeiras horas; 
Evitar alimentos quentes e duros; 
Aplicar gelo externamente no local 
correspondente a região do dente extraído 
Não bochechar nenhum liquido 
Não succionar canudinho 
Seguir a escovação normal 
Seguir a prescrição do medicamento, quando 
receitado; 
Caso haja alguma anormalidade procurar o 
dentista 
Não morder a região anestesiada. 
Anestésicos e suas 
características 
Técnica de manejo comportamental para 
o procedimento de anestesia: 
Realizar uma anamnese detalhada 
Anestésico tópico para diminuir a reação dolorosa 
da punção da agulha! 
Tampar a visão da criança para que ela não veja 
a agulha. 
É fundamental minimizar a ansiedade, o medo e 
a dor através da paciência, carinho, confiança e 
cuidado na execução da técnica. 
A criança precisa se sentir segura e acolhida no 
ambiente do consultório. Deixar claro que ela 
pode levantar a mão caso sinta desconforto. 
Aguarde 5 a 10 minutos após a anestesia para 
iniciar o tratamento. 
Lidocaína 
Padrão em odontopediatria 
2 a 3 minutos para início da anestesia 
Metabolizada no fígado e excretada pelos rins. 
Duração de 170 a 190 minutos (infiltrativa e 
bloqueio), de 60 a 85 minutos em polpa (infiltrativa 
e bloqueio) 
Não usar em pacientes descompensados. 
Pacientes asmáticos, por conta do missulfito 
(conservante do anestésico que diminui a 
oxigenação do sangue), casando a falta de ar. 
Articaína 
Mais rápido (1 a 2 minutos para início); Maior 
difusão em tecido mole e osso; 
Metabolizado mais rápido (no fígado e plasma 
sanguíneo e excretada pelos rins) 
Não indicada para crianças menores de 4 anos 
Duração de 180 a 230 minutos (infiltrativa e 
bloqueio) de 60 a 90 minutos em polpa (infiltrativa 
e bloqueio). 
Prilocaína: 
Potencial semelhante a Lidocaína 
Inicio de 2 a 4 minutos 
Metabolizada pelo fígado e pulmão 
Metemoglobinemia: Cuidado com crianças com 
anemia!! 
Duração de 180 a 300 minutos (infiltrativa e 
bloqueio) de 60 a 90 minutos em polpa (infiltrativa 
e bloqueio). 
A prilocaína deve ser contraindicada em 
pacientes com metemoglobinemia, anemia, 
anemia falciforme, sintomas de hipoxia, ou em 
pacientes que estejam sob tratamento com 
paracetamol ou fenacetina, pois ambos os 
fármacos elevam os níveis de metemoglobina. 
Mepivacaína sem vasoconstritor: 
Somente em casos onde existe contraindicação 
do vasoconstritor 
Por volta de 2 minutos para início da analgésica 
Indicado a pacientes a bissulfitos 
Duração de 90 a 165 minutos (infiltrativa e 
bloqueio) de 25 a 40 minutos em polpa (infiltrativa 
e bloqueio). 
Bupivacaína é contraindicada em crianças, pois 
sua longa duração aumenta o risco de injurias aos 
tecidos moles. 
Cálculo de dosagem máxima e 
número de tubetes 
Número máximo de tubetes: 
Dose máxima x peso /mg do tubete = número 
máximo de tubetes 
Dosagem máxima: 
Dose máxima (mg/kg) x peso = dosagem 
máxima 
Peso corporal – Indicado para crianças até 11 
anos. 
(Idade (em anos) x 2) + 9 = peso aproximado 
A dosagem correta evita reações adversas 
indesejadas e quadros de toxidade! 
Em anestésico sem vaso constritor, é necessário 
diminuir em 30% a dose, já que uma maior 
quantidade de anestésico vai para a corrente 
sanguínea, em decorrência da ausência do 
vasoconstritor, podendo aumentar o risco de 
toxidade. 
Peculiaridades relacionadas ao paciente 
infantil: 
Menor densidade óssea 
Menor volume sanguíneo 
Diferenças anatômicas 
Posição do paciente e do operador 
Para a maxila, ele deverá estar confortavelmente 
sentado na cadeira, cujo encosto formará um 
ângulo de aproximadamente 150° com o assento. 
A cabeça deverá acompanhar o prolongamento 
do eixo do corpo, estando a maxila em uma 
posição quase perpendicular ao solo 
Para a mandíbula, o ângulo encosto-assento 
deverá estar por volta de 110°, e a mandíbula em 
uma posição paralela ao solo. 
Materiais necessários 
Espelho, pinça, rolete de algodão, gaze, 
clorexidina para antissepsia, anestésico tópico, 
seringa carpule, agulha curta ou extracurta e 
anestésico local Abridor de boca abritec pode 
auxiliar. 
Recomendações da Academia Americana 
de Odontopediatria – AAPD, 2015 
Uso de agulhas curtas e extracurtas 
Injeção lenta do anestésico 
Temperatura do tubete próxima ao corporal 
Distender a mucosa e levar em direção à agulha 
Injeção do anestésico PRECEDE a penetração da 
agulha 
Bísel da agulha voltado para o osso. 
Técnicas anestésicas 
Anestesia Tópica 
Sequencia clínica: Explicar ao paciente, antissepsia 
com clorexidina sobre a região, secagem da 
mucosa e aplicação do anestésico por 2 a 3 
minutos. 
Anestesia Infiltrativa 
Promove o bloqueio de terminações nervosas 
próximas ao local a ser anestesiado. 
Anestesia Papilar 
A técnica de anestesia papilar segue os mesmos 
parâmetros da anestesia infiltrativa 
Anestesia por bloqueio 
Existe algumas peculiaridades na anatomia, que 
são importantes conhece-las, para uma anestesia 
por bloqueio segura e eficaz: 
 Menor diâmetro do nervo 
Posição da lígula da mandíbula * 
*na criança fica abaixo do plano oclusal – até os 
6 anos; Entre 10 a 16 anos está levemente acima 
do plano oclusal; após os 16 anos, na fase adulta, 
estará localizado aproximadamente 10mm acima 
do plano oclusal. 
Logo, não há necessidade de aprofundar tanto a 
agulha. 
Paraanestesiar por bloqueio dos nervos: alveolar 
inferior, lingual, bucal. Tem-se dois tipos de 
técnica: direta e indireta. 
Na técnica direta a agulha é introduzida numa 
única direção até as proximidades do nervo 
dentário inferior na região da lígula da mandíbula, 
devendo ser determina á área da punção abaixo 
do plano oclusal dos molares, quando a criança 
ainda não tem o molar permanente na boca. A 
seringa deve ficar posicionada entre o canino e o 
primeiro molar decíduo do lado oposto e 
ligeiramente inclinado para baixo, já que nessa 
criança a lígula da mandíbula se situa no plano 
oclusal ou ligeiramente abaixo dele (crianças até 
6 anos). 
Na técnica indireta introduzir a agulha, injetar ½ 
tubete, recuar e girar a carpule para molares do 
lado oposto; injetar o restante do anestésico. 
Anestesia do tecido palatino 
Anestesia do nervo palatino maior: Pela 
possibilidade de gerar do, geralmente essa 
anestesia é precedida por uma anestesia 
infiltrativa papilar de vestibular para palatino. 
Pressão digital no local prévia 
Injeção de menores quantidades de anestésicos 
são preconizadas. 
Técnica Interligamentar 
Anestesia mais rápida quando as técnicas de 
bloqueiam falham 
A técnica consiste em introduzir a agulha no 
ligamento periodontal 
Há uma certa rapidez na anestesia, mas, em 
contrapartida, o efeito é mais curto pela rápida 
 
Remoção de dentes decíduos 
Objetivo: Limitar o dano causado pela doença ou 
pelo traumatismo de forma a evitar sequelas de 
ordem local e sistêmicas e contribuir para a 
reabilitação anátomo-funcional. 
Princípios de Exodontia 
Ergonomia: Posicionamento correto do paciente 
e do profissional que permita o acesso adequado 
a cada dente, ou grupos de dentes, favorecendo 
a visualização da região e aplicação da técnica 
cirúrgica. – Cirurgia sentado. 
Melhora o uso da força, evita acidentes e 
complicações; menor fadiga. 
Obtenção de via desimpedida para exérese: 
reduzindo a resistência à remoção e não 
traumatizando dentes adjacentes ou mesmo 
permanentes. 
Uso de instrumental apropriado: aplicação de 
força controlada para obter proveito das 
características do instrumento, respeitando a 
integridade das estruturas adjacentes. 
As radiografias devem estar adequadas para 
permitir a observação de: 
Grau de integridade radicular do decíduo 
Grau de intimidade do decíduo com permanente 
Estagio de rizólise do decíduo 
Estagio evolutivo da rizogênese do permanente 
Existência de doença óssea regional 
Preparo psicológico: O preparo psicológico da 
criança e da família é fundamental para o sucesso 
do tratamento, em especial o cirúrgico. É 
imprescindível que o diagnóstico seja baseado em 
radiografias adequadas. 
Os pais devem acalmar a criança, passar 
segurança para a criança, esconder os 
instrumentos cirúrgicos, empregar técnicas 
comportamentais. 
Necessidade de sedação mínima? MIDAZOLAM 
0,25-0,5 mg/kg 30 minutos antes da cirurgia. 
Indicações para extração de dentes 
decíduos 
- Dentes com grandes destruições coronárias 
que impossibilite a reconstrução clínica. 
- Dentes com lesão de cárie atingindo a região 
de furca em molares decíduos 
- Lesão óssea periapical ou na região de furca 
persistente após tratamento endodôntico. 
- Lesão óssea periapical ou na região de furca 
com extensão tal que se observa o rompimento 
da cripta óssea que envolve o germe do dente 
sucessor. 
- Fraturas radiculares 
- Cisto de erupção: Consiste em uma anomalia 
associada a um dente em erupção. Tipo de cisto 
dentígero extraósseo – ocorrem quando o dente 
tem dificuldade de vencer resistências ao seu 
irrompimento na arcada e permanece com a face 
oclusal da sua coroa recoberta por um capuz de 
mucosa gengival. Isso pode estabelecer um 
quadro inflamatório de natureza traumática, e o 
exsudato inflamatório dera origem a uma bolha 
que pode conter apenas liquida (aparência 
translúcida azulada) ou pigmentação hemoglobina 
(aparência de hematoma). 
O quadro clinico pode-se tornar doloroso e 
incomodo. A terapêutica consiste na remoção do 
tecido que se superpõem a face oclusal e pode 
ser: 
ulectomia – consiste na remoção do tecido que 
impede a irrupção. 
ulotomia – quando realiza apenas uma incisão; 
 
Contraindicações para extração de 
dentes decíduos 
- Doenças sistêmicas: Tumores malignos, áreas 
irradiadas, infecções sistêmicas e estomatites, 
discrasias sanguíneas, enfermidades cardíacas 
renais ou outras, diabetes 
- Doenças locais: Presença de processo 
inflamatório agudo – fístula ou abscesso. 
Técnica cirúrgica – Passos básicos 
1. Anestesia 
2. Sindesmotomia – Liberação do tecido 
gengival 
3. Luxação 
4. Extração propriamente dita: 
 
Fórceps da série 
1 
Indicações 
N° 1 Incisivos e caninos superiores 
N? 2 e 3 Molares superiores de ambos 
os lados 
N° 4 e 5 Molares inferiores de ambos 
os lados 
N° 6 Incisivos inferiores 
 
Existe também outros fórceps semelhantes com 
os de adultos, porém em proporções menores: 
Fórceps Indicações 
Fórceps 1 Incisivos e caninos 
superiores 
Fórceps 150 Incisivos e caninos 
superiores 
Fórceps 18L Molares superiores 
esquerdos 
Fórceps 18R Molares superiores 
direitos 
Fórceps 69 Raízes residuais 
Fórceps 16 Molares inferiores 
Fórceps 17 Molares inferiores 
 
Movimento de exérese: Dentes que possuem 
apenas uma raiz devem utilizar movimentos 
pendulares e de rotação. Dentes multirradiculares 
movimentos de lateralidade e pendular. 
5. Curetagem: Cureta de lucas., com cautela por 
conta dos dentes sucessores. 
6. Sutura se necessário. 
Não se faz uso de bisturi em extrações de 
decíduos. 
Técnica cirúrgica – Dentes anquilosados 
É quando o dente 
está inserido/” 
grudado” ao osso 
alveolar. Na radiografia 
não observamos o 
ligamento periodontal. 
1. Uso de alavancas e fórceps 
2. Confecção de retalho mucoso 
3. Remoção de tecido ósseo que circunda 
o dente com broca esférica 
4. Dissecção em bloco 
Acidentes e complicações 
Fraturas coronárias e radiculares 
Traumatismo do dente adjacente 
Avulsão do germe do dente permanente 
Sangramentos 
Acompanhamento pós-operatório 
A maioria das remoções dos dentes decíduos 
evolui sem complicações 
É importante que todos os passos cirúrgicos 
sejam corretamente seguidos para que nenhuma 
intercorrência ocorra. 
Orientações pós-operatórias devem ser 
repassadas aos pais 
Considerações Finais 
O conhecimento dos princípios relacionados a 
biossegurança, aos princípios básicos de cirurgia 
e das técnicas de exodontia, aliado ao 
conhecimento de todas as complicações que 
podem decorrer desse procedimento é 
fundamental e indispensável para o sucesso do 
tratamento.

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