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ANESTESIOLOGIA Ana Maria| Juliano Bragatto ANESTÉSICOS LOCAIS Função dos anestésicos locais ● Perda temporária de sensação, sem perda de consciência. ● Abolição de funções autonômicas e sensitivas motoras, pois o comprometimento das fibras periféricas obedece à seguinte sequência: primeiro as autonômicas, depois as responsáveis pela sensibilidade térmica, dolorosa e tátil, a seguir as relações de pressão e vibração e por último as proprioceptivas e motoras. A recuperação de tais funções se dá pela ordem inversa. Propriedades de um bom Anestésico ● Baixa toxicidade ● Não irritar os tecidos ● Não lesionar as estruturas nervosas. O grupo das AMIDAS e dos ésteres são os mais utilizados em odonto, sendo que as amidas são menos tóxicas, mais eficazes e possuem menor potencial alérgico que os ésteres. Riscos de não conhecer os anestésicos ● Pode levar o paciente ao óbito por superdosagem, ● Sensibilidade aguda à lidocaína e depressão do sistema nervoso central quando se tem a associação de hidroxizina +meperidira + alfaprodina + anestésico local. Principais anestésicos locais Lidocaína: O mais comumente aplicado em Odontologia ● Ação: iniciada entre 2 a 3 minutos. ● Concentração: adequada eficácia em concentração de 2%. ● Dose: máxima é de 7,0 mg/Kg em adultos, não ultrapassando 500 mg ou 13 tubetes anestésicos. ● Formas> Pode ser encontrada nas concentrações de 1% e 2%, com ou sem vasoconstritor, e na concentração de 5% na forma tópica. Prilocaína: Considerada duas vezes mais tóxica ● Ação: 2 a 4 minutos ● Dose> dose máxima recomendada é de 6,0 mg/Kg. Não ultrapassar 400 mg ou 7 tubetes anestésicos. ● Concentração> concentração de 3% e tem como vasoconstritor a felipressina. Não é encontrada na forma tópica. Mepivacaína: Tem potencial de toxicidade duas vezes maior que a lidocaína ● Ação: Entre 1,5 a 2 minutos ● Dose: Dose máxima 6,6 mg/Kg. Não exceder 400 mg ou 11 tubetes anestésicos ● Concentração: A adequada eficácia se dá na concentração de 2% com vasoconstritor e de 3% sem vasoconstritor ● Vantagem: Principal vantagem sua maior duração anestésica em relação aos demais anestésicos locais. Bupivacaína: Tem potencial anestésico quatro vezes maior do que a lidocaína, é de longa duração. ● Ação: 6 a 10 minutos. ● Dose: A dose máxima é de 1,3 mg/Kg. Não exceder 90 mg ou 10 tubetes ● Toxicidade: Quatro vezes menor do que a Lidocaína . Articaína: Menos tóxica quando associada à lidocaína. Apresenta baixa toxicidade quando administrada em via endovenosa. ● Dose: A dose máxima é de 6,6 mg/Kg. Não exceder 500 mg ou 6 tubetes. Vasoconstrictores São definidos como substâncias químicas associadas aos sais anestésicos. Função: A absorção lenta deste sal, redução da sua toxicidade, aumento no tempo de duração da anestesia e aumento da eficácia do bloqueio anestésico Adrenalina: Se liga aos receptores beta e alfa dos órgãos inervados pelo simpático e produz a célebre. Efeito sistêmico: o aumento da pressão sistólica e da frequência cardíaca, em situações mais extremas o paciente pode sentir palpitações e dor torácica. Noradrenalina: Efeito sistêmico: aumenta a pressão sistólica e diastólica e não altera a frequência cardíaca. Felipressina: Efeito sistêmico: Pode causar crises de angina com isquemia miocárdica, isso em pacientes com alteração na circulação coronariana. Felinefrina: Efeito sistêmico: pode aumentar a pressão sistólica e diastólica, bem como determinar queda na frequência cardíaca. Contraindicação: Contraindicados em pacientes com angina pectóris instável, infarto do miocárdio recente (até 6 meses), acidente vascular cerebral recente, cirurgia de revascularização miocárdica recente, arritmias refratárias, insuficiência cardíaca congestiva intratável ou não controlada, hipertireoidismo não controlado, diabetes mellitus não controlado, feocromocitoma e hipersensibilidade a sulfitos. Condição Sistêmica do Paciente Hipertensão Arterial: Em pacientes com a pressão arterial controlada ou em tratamento médico não é contraindicado o uso de vasoconstritor. Pode- se usar vasoconstritor adrenalina 1:100.00; É indicado é não exceder mais do que 2 tubetes em cada atendimento; Pode- se usar também felipressina 0,03 UI/ml, juntamente com a prilocaína 3%, os quais não produzem alterações no sistema cardiovascular. Tratamento de urgência> Em paciente com pressão arterial descompensada recomenda-se utilizar anestésico sem vasoconstritor mepivacaína 3%. Diabetes Mellitus: Adrenalina irá provocar quebra de glicogênio em glicose, podendo resultar em hiperglicemia. Contraindicação: Anestésicos com vasoconstritor do tipo adrenalina nestes pacientes; Indicado: Prilocaína com felipressina, por este vasoconstritor não causar alteração na pressão arterial. A felipressina pode ser usada em pacientes com diabete tipo I e II. (Artigo 2) Uso de lidocaína 2% com epinefrina (1:100.000) com volume máximo de 5,4 ml (3 tubetes), também é indicado. Gestantes: O anestésico mais seguro para gestantes é a lidocaína a 2%, pois tem a adrenalina 1:100.000, no máximo 2 tubetes por atendimento. (Artigo 2) lidocaína 2% com o vasoconstritor epinefrina, na concentração 1:100.000. A prilocaína e articaína não devem ser usadas em gestantes por poderem levar à metemoglobinemia, tanto na mãe quanto no feto. A prilocaína apresenta a felipressina como vasoconstritor, a qual pode estimular contrações uterinas, sendo assim, contraindicada. A mepivacaína deve ser evitada na gestação e lactação, devido a sua má metabolização pelo feto ou bebê. O segundo trimestre de gestação é o mais indicado para o tratamento dentário e o atendimentos prolongados, desconfortáveis e invasivos, devem ser realizados, se possível, após o nascimento do bebê. Crianças O anestésico seguro para utilizar em crianças é a lidocaína 2% com adrenalina 1:200.000. A dose máxima com ou sem vasoconstritor pode ser dada, em 1 tubete de anestésico para cada 9,09 Kg. Eleição do Tipo de Substância Considerar as variáveis: Diabéticos, asmáticos (prilocaína com felipressina ou lidocaína sem vasoconstritor), paciente com hipertireoidismo (prilocaína com felipressina) e pacientes que utilizam medicamentos antidepressivos (lidocaína com adrenalina), por exemplo. Erros dos cirurgiões-dentistas ao escolher Anestésico: Padronizar um tipo de anestésico para todos os pacientes independentemente da condição sistêmica do paciente. Deve-se considerar: tempo do procedimento, se irá ser realizado cirurgia ou não, condições sistêmicas do paciente e potencial de toxicidade do anestésico. Para evitarem-se complicações: Uma anamnese adequada e avaliação crítica das condições sistêmicas do paciente são bases fundamentais para fazer a escolha certa do anestésico, sobretudo em casos de necessidades especiais. O profissional tem que ter em seu consultório vários tipos de solução anestésica para atender a necessidade de cada tipo de paciente. A padronização de um único tipo de anestésico é um erro que aumenta o risco de acontecer alguma alteração sistêmico com o paciente. 1. FARMACOLOGIA DOS ANESTÉSICOS LOCAIS Classificação estrutural dos anestésicos locais Possuem em sua maioria um grupo aromático (lipossolúvel, hidrofóbico) associado a um grupo amina (polar, hidrofílico). Esses dois grupos são ligados por uma cadeia intermediária que determina a classificação do anestésico local como amida ou éster. As diferenças clinicamente relevantes entre as amidas e ésteres Ésteres: A ligação molecular é mais fácil de serquebrada que a ligação molecular do grupo amida. Por isso, são mais instáveis em solução e não podem ser armazenados por tanto tempo quanto as amidas. O metabolismo da maioria dos ésteres resulta na produção de ácido para-aminobenzóico (PABA) que pode ser associado a reações alérgicas. Amidas: São termoestáveis e podem sofrer o processo de autoclave, os ésteres não. Amidas raramente causam reações alérgicas. Por essas razões, atualmente as amidas são mais utilizadas. Anestésicos locais como isômeros Qual a importância do isomerismo nos anestésicos locais? A estereoisomeria descreve a existência de compostos com a mesma fórmula molecular e estrutural, que apresentam diferente arranjo espacial em torno de um átomo em particular, o centro quiral. Estereoisomeria Ocorre no caso da prilocaína e bupivacaína> Possuem dois estereoisômeros conhecidos como a forma R (+) ou dextrorrotatória e a S (-) ou levorrotatória. Misturas com diferentes concentrações de bupivacaína R (+) e S (-) são associadas a diferentes potências e efeitos colaterais. Seria como tentar calçar o pé direito com o sapato feito para o esquerdo – não encaixa bem e causa efeitos colaterais (dor!). Por essa razão muitas drogas são preparadas com apenas um estereoisômero, como a levobupivacaína e a cetamina. Alguns anestésicos locais são aquirais e não possuem a propriedade de estereoisomeria, como a ametocaína e a lidocaína. Mecanismos de Ação dos Anestésicos Locais Bloqueiam a ação de canais iônicos na membrana celular neuronal, impedindo a neurotransmissão do potencial de ação. A forma ionizada do anestésico local liga-se de modo específico aos canais de sódio, inativando-os e impedindo a propagação da despolarização celular. Porém, a ligação específica ocorre no meio intracelular, por isso é necessário que o anestésico local em sua forma molecular ultrapasse a membrana plasmática para então bloquear os canais de sódio. O bloqueio das fibras nervosas ocorre gradualmente, iniciado com a perda de sensibilidade à dor, à temperatura, ao toque, à propriocepção e finalmente perda do tônus músculo esquelético. Por essa razão os indivíduos podem ainda sentir o toque no momento em que a dor já está ausente após aplicação do anestésico local. A importância do pKa dos anestésicos local? A falha de bloqueio local em tecidos infectados pode ser explicada pela teoria do pKa? Os tecidos infectados é que eles tendem a ser um meio mais ácido que o habitual. Como há redução no pH local, há menor fração não-ionizada de anestésico local e por isso o efeito será mais lento e reduzido. Tecidos infectados também podem apresentar maior fluxo sanguíneo local, levando à maior remoção do anestésico local antes que ele atue sobre os neurônios. Farmacocinética dos anestésicos locais Absorção: Os anestésicos locais devem ser infiltrados em áreas próximas aos nervos que devem ser bloqueados – incluindo pele, tecido subcutâneo e espaços intratecal e epidural. Circulação sistêmica: Parte das drogas será absorvida para a circulação sistêmica: a quantidade dependerá do fluxo sanguíneo no tecido onde foi administrado o anestésico e dos efeitos que a droga ou seus aditivos podem desencadear na circulação local. Alguns anestésicos locais em baixas concentrações possuem propriedade vasodilatadora, o que aumenta sua absorção sistêmica. Por isso a indústria farmacêutica investe em preparações que minimizem esse efeito através da adição de um vasoconstritor como a adrenalina ou fenilefrina. A cocaína apresenta efeito vasoconstritor. Distribuição: é influenciada pelo seu grau de ligação tecidual e plasmática. Como discutido previamente, quanto maior a ligação protéica, maior será a duração, uma vez que a fração livre da droga é disponibilizada mais lentamente. Metabolismo: Ésteres (exceto a cocaína) são rapidamente metabolizados por esterases plasmáticas em metabólitos inativos, e consequentemente apresentam curta meia vida. Os metabólitos dos ésteres são excretados pelos rins. A cocaína é hidrolisada no fígado. Amidas: são metabolizadas pelas amidases hepáticas. Esse processo é mais lento, o que determina uma meia vida mais longa, por isso podem apresentar efeito cumulativo em caso de doses repetidas. A prilocaína apresenta metabolização extra-hepática. Que anestésico local pode afetar o feto durante a gravidez e por quê? Como o sofrimento fetal altera a passagem do anestésico local através da barreira placentária? Ésteres: Possuem mínimos efeitos sobre feto, pois são metabolizados de modo tão acelerado que não existem concentrações suficientes na circulação sistêmica para ultrapassar a barreira placentária. Amidas: Apresentam maior tendência à passagem transplacentária. Nesse grupo, as amidas com menor grau de ligação protéica, como a lidocaína, atravessa em maior quantidade a barreira placentária. Sofrimento fetal: Pode resultar em acidose metabólica. Nessa situação, o anestésico local alcança a circulação fetal e uma maior fração da droga será ionizada. A forma ionizada não é capaz de atravessar novamente a barreira placentária e retornar à circulação materna, acumulando-se na circulação fetal. Esse fenômeno é conhecido como íon trapping (aprisionamento iônico) e pode resultar em toxicidade por anestésico local para o feto. Esses efeitos não são importantes quando utilizadas baixas doses de anestésicos locais, como no bloqueio subaracnóideo, porém podem tornar-se relevantes no caso de doses maiores utilizadas em bloqueios epidurais ou bloqueios periféricos ao fim da gestação. Uso clínico dos A. Locais Preparações: São preparados como um sal de hidrocloreto para permitir que sejam dissolvidos em água, resultando em uma solução ácida. Como a adrenalina, o bicarbonato e a glicose podem afetar a ação dos anestésicos locais? Adrenalina: atua como um vasoconstritor, minimizando o efeito vasodilatador de alguns anestésicos locais (como a lidocaína), por isso reduz a taxa de absorção da droga para a circulação sistêmica, aumentando o efeito local. Através da vasoconstrição local, a adrenalina também reduz a perda sanguínea em casos de trauma. Bicarbonato: aumenta o pH do meio e, consequentemente, haverá maior proporção da droga na forma não-ionizada, o que aumenta a velocidade de ação da anestesia (redução da latência). Porém, a adição de concentrações excessivas de bicarbonato à solução pode levar à precipitação do anestésico local, porque a forma não-ionizada do AL é menos solúvel em água que o sal de hidrocloreto. Glicose: é adicionada à bupivacaína para aumentar a baricidade da solução, tornando-a hiperbárica em relação ao líquor, o que permite maior controle da dispersão intratecal do anestésico. Quais os possíveis efeitos adversos dos anestésicos locais? Os anestésicos locais podem ser tóxicos de acordo com: Dose aplicada e o Grau de absorção sistêmica. Principalmente a bupivacaína. Efeitos centrais: parestesia nos lábios, dificuldade na articulação das palavras, redução do nível de consciência e convulsões. As múltiplas alterações em canais iônicos cardíacos, podem levar à arritmias e redução da contratilidade miocárdica. No caso da bupivacaínaos efeitos cardíacos são de difícil tratamento pelo alto grau de ligação protéica desse anestésico, tornando difícil sua remoção do miocárdio. Em contrapartida, a lidocaína pode ser usada clinicamente por seus efeitos cardíacos antiarrítmicos. Atenção à toxicidade do AL: Em pacientes que apresentem alterações na farmacocinética dos anestésicos locais pela presença de comorbidades como a insuficiência cardíaca ou hepática (redução do metabolismo da droga), por alterações de proteínas plasmáticas ou pela interação com outras drogas. PABA: pode desencadear reações alérgicas Prilocaína: é metabolizada em O-toluidina que pode causar metahemoglobinemia em indivíduos suscetíveis. Cocaína: é um potente vasoconstritor e pode ocasionar sérios problemas em pacientes que utilizam outras medicações com propriedades vasoconstritoras, como os inibidores da monoamino oxidase (IMAO). 3. Fatores que Afetam a Ação e Potência dos Anestésicos Locais Efeito do pKa O pKa é o pH onde um determinado fármaco encontra-se 50% em sua forma ionizada e 50% em sua forma não ionizada. Em valores acima de um determinado pKa, predominam as formas não ionizadas (apolares, lipofílicas) e abaixo deste valor, predominam as formas ionizadas (polares, hidrofílicas). Os anestésicos locais são bases fracas. São preparados na forma de sal de ácido clorídrico, melhorando a hidrossolubilidade e a estabilidade em meio aquoso. Uma vez injetado, é rapidamente neutralizado por tampões dos tecidos e uma fração iônica é convertida em base molecular não ionizada. A porcentagem do fármaco convertida depende primariamente do pKa do anestésico local e do pH do tecido circundante. Somente a forma não ionizada pode se difundir rapidamente para o interior dos nervos (axoplasma). ● Quanto maior for a lipofilia e o pKa, maior é a tendência para o anestésico se concentrar dentro do meio interno. Quanto mais lipofílico, melhor penetração, mais potência e menor tempo de latência. ● Se os metabólitos dos anestésicos forem ácidos fracos (pKa < 7) serão facilmente eliminados pelo rim => menor toxicidade, menor duração e menor latência. Efeito do pH Quanto mais próximo do pKa de um determinado anestésico local for o pH do meio circundante, mais rápido será o início do efeito da droga. O processo inflamatório diminui pH tecidual (acidez deve-se ao uso das vias energéticas redutoras primitivas: acidose láctica), causando “aprisionamento” do anestésico no espaço extracelular, tornando a droga muito menos efetiva. Coeficiente de partição Coloca-se o anestésico num meio com 2 fases: aquosa e lipofílica; agita-se e mede-se a quantidade dissolvida. Este coeficiente vai nos informar sobre a maior ou menor, lipofilia do anestésico. Quanto maior for à lipofilia, mais curto será o período de latência (tempo decorrido entre administração e efeito). Potência ● É a capacidade de a molécula interferir na estrutura e de inibir o funcionamento dos canais iônicos. Relacionada com a ligação às proteínas e com a lipofilia de um determinado composto. ● Quanto maior for à ligação às proteínas plasmáticas menor será a potência e menor a sua toxicidade; ● Quanto maior for à lipofilia (coeficiente de partição), maior será a potência (melhor penetração); ● Quanto maior a fração não ionizada, maior é a facilidade de penetração => maior potência (menor latência). AVALIAÇÃO FÍSICA E PSICOLÓGICA Porque determinar o estado funcional dos sistemas do corpo: Os anestésicos locais exercem ações em várias partes do corpo, daí a necessidade de determinar o estado funcional desses sistemas antes da administração da droga. A maioria das reações indesejáveis dos anestésicos locais são produzidas como resposta a administração da droga e não pela própria droga. OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO FÍSICA E PSICOLÓGICA Verificar os riscos antes do início do tratamento Objetivos: A) determinar se o paciente é capaz de tolerar fisicamente tal procedimento, bem como determinar as condições psicológicas do paciente tolerar o estresse envolvido no tratamento; B) determinar a necessidade de indicar modificações no tratamento, as contra-indicações, o uso de psicossedação e a técnica de sedação mais apropriada. > O profissional deve saber se o paciente fez uso de drogas mesmo que recreativas, é importante salientar a importância da franqueza durante as respostas, deixando o paciente sempre confiante no sigilo e ética profissional. > Na triagem e avaliação física e psicológica o paciente deve contar inclusive medicamentos utilizados tanto naturais quanto manipulados, principalmente o ácido acetilsalicílico o famoso (AaS) O correto é se usar os termos droga e medicação para melhor compreensão do paciente. Além de informar sobre todo cuidado e respaldo com as pacientes que fazem o uso de anticoncepcionais. Histórico: Anotar tudo na ficha do paciente, para que assim obtenha um histórico completo organizado e eficiente com todos os passos do procedimento Exame Físico: O paciente deve ser submetido a uma avaliação física mínima na visita inicial, antes do início de qualquer tratamento odontológico. Os seis sinais vitais são os seguintes AVALIAÇÃO FÍSICA Componentes Objetivo Etapas/Forma Classe Questionário da História Médica Informações valiosas sobre condição física e psicológica do paciente. Curto: fornece informações básicas da história médica ( p/ dentistas com experiência); Longo:dados mais detalhados. Curto: recomendado para dentistas experientes Longo: recomendado para o estudo do E. Físico Exame Físico Encaminha paciente para consulta médica, caso seja indicada. >Monitoramento dos sinais vitais >Inspeção visual do paciente >Testes de função, quando indicados >Auscultação do coração e dos pulmões e testes laboratoriais, quando indicados Pressão arterial Frequência Cardíaca Frequência Respiratória _________________ Classificação ASA História obtida por entrevista Modifica a maneira como o tratamento odontológico é conduzido, caso seja indicada. Questionário anexo das perguntas frequentes ● Pressão arterial: Um estetoscópio e um esfigmomanômetro (manguito de pressão arterial) são o equipamento necessário. O mais preciso e confiável desses dispositivos é o manômetro de mercúrio; ● Frequência cardíaca (pulso) e ritmo cardíaco (Três fatores devem ser avaliados enquanto se monitora o pulso - a frequência cardíaca [BPM] ritmo do coração [regular ou irregular] e a qualidade do pulso [filiforme, fraco, aos saltos, cheio]). ● A frequência respiratória normal de um adulto é de 14 a 18 movimentos respiratórios por minuto. O corpo humano apresenta uma temperatura normal entre 36 e 37,5ºC. Ela sofre alterações ao longo do dia, estando mais próxima de 36ºC durante a madrugada e mais para 37,5ºC no final da tarde. Sistema de Classificação do Estado Físico É um meio de prever o risco que o paciente pode estar submetido durante um procedimento cirúrgico assim como o risco anestésico antes do procedimento. Sendo dividido em seis classes: Classe 1: paciente saudável Classe 2: paciente com doença sistêmica leve sem limitações das atividades diárias;Classe 3: paciente com doença sistêmica grave; Classe 4: paciente com doença sistêmica incapacitante; Classe 5: paciente moribundo; Classe 6: paciente com morte cerebral. ASA 1 é considerado saudável e fora de risco de apresentar um evento médico adverso; um paciente . ASA 2 apresenta doença sistêmica leve relacionada ao grau de ansiedade e medo devido o tratamento, sendo esse um sinal de aviso amarelo para o dentista assim prosseguindo o tratamento com cautela; um paciente ASA 3 apresenta doença sistêmica grave mas não o torna incapacitante, quando estressado ou ansioso pode apresentar fadiga, dispneia ou dor torácica; um paciente ASA 4 apresenta doença sistêmica incapacitante, ao contrário do ASA 3, ele pode apresentar sintomas de doença mesmo em repouso sendo um risco de vida, o dentista deve estar sempre atento, não evitar o sinal vermelho e quando necessário esperar a melhora do paciente para assim prosseguir com o tratamento; um paciente ASA 5 moribundo na maioria das vezes se encontra hospitalizado, em fase terminal da doença, tratamento eletivo é contra-indicado, porém o tratamento paliativo para alívio de dor ou infecção é indicado somente em necessidade emergencial. Método de avaliação e classificação do estado físico adotada por American Society of Anesthesiologists Interações medicamentosas e contraindicações Serão detalhadas na tabela a seguir. Hipertermia maligna, Colinesterase plasmática atípica, Metemoglobinemia > fazer tabela se necessário! TÉCNICAS ____________________________ Bloqueio do Nervo Mentual ____________________________ Indicação: Casos em que a anestesia dos tecidos moles bucais é necessária para procedimentos na mandíbula anteriormente ao forame mentual, como os seguintes: biópsias dos tecidos moles; Sutura de tecidos moles. Contraindicação: Infecção ou inflamação aguda na área de injeção. Nervo anestesiado: Mentual. Vantagens: Elevada frequência de êxito; tecnicamente fácil; em geral totalmente atraumática. Desvantagens: Hematoma. Áreas anestesiadas: Membrana mucosa bucal, anteriormente ao forame mentual até a linha média e a pele do lábio inferior e do queixo. Técnica Agulha: curta de calibre 25 ou 27. Área de inserção: prega mucobucal no forame mentual ou imediatamente anterior ao mesmo. Área-alvo: nervo mentual à saída do forame mentual (geralmente localizado entre o ápice do primeiro pré-molar e o do segundo). Posição do dentista: Para um bloqueio do nervo mentual direito ou esquerdo, um administrador destro deve se sentar confortavelmente em frente ao paciente, de modo que a seringa possa ser colocada na boca abaixo da linha de visão do paciente. Posição do paciente: O decúbito dorsal é recomendado, mas o semidecúbito é aceitável. Penetração da agulha: bisel em direção ao osso durante a injeção. Com seu dedo indicador esquerdo, puxar lateralmente o lábio inferior e os tecidos moles bucais. Avançar a agulha bem devagar até chegar ao forame. A profundidade de penetração é de 5 a 6 mm. Para o bloqueio do nervo mentual ser bem-sucedido, não há nenhuma necessidade de entrar no forame mentual ou de fazer contato com o osso. Aspirar em dois planos. Retirar a seringa e tornar a agulha segura imediatamente. Aguardar de 2 a 3 minutos antes de iniciar o procedimento. Aplicação do anestésico: depositar lentamente 0,6 ml (aproximadamente um terço do cartucho) em 20 segundos. Se o tecido no local da injeção inflar como um balão (ficar tumefeito ao se injetar o anestésico), interromper o depósito e remover a seringa. Retirar a seringa e tornar a agulha segura imediatamente. Aguardar de 2 a 3 minutos antes de iniciar o procedimento. Precauções: Tocar no periósteo produz desconforto. Para prevenir: evitar o contato com o periósteo ou depositar uma pequena quantidade da solução antes de fazer contato com ele. Falhas de anestesia: Raras no bloqueio do nervo mentual. Complicações: Possibilidade de hematoma. Parestesias no lábio e/ou queixo. ____________________________ Bloqueio Nervo Incisivo ____________________________ indicação: Procedimentos dentários envolvendo a anestesia pulpar em dentes mandibulares anteriores ao forame mentual; Casos em que o BNAI não está indicado: quando são tratados seis, oito ou 10 dentes anteriores o bloqueio do nervo incisivo e recomendado em lugar de BNAI bilaterais. Contraindicação: Infecção ou inflamação aguda na área da injeção. Nervos anestesiados: Mentual e incisivo. Vantagens: Proporciona anestesia pulpar e dos tecidos duros sem anestesia lingual. Útil em lugar de BNAI bilaterais; Elevada frequência de êxito. Desvantagens: Não ocorre anestesia lingual; Pode ser que anestesie na linha media devido a superposição de fibras nervosas do lado oposto. Áreas anestesiadas: Membrana mucosa bucal anterior ao forame mentual, geralmente do segundo pré-molar até a linha media; Lábio inferior e pele do queixo;Fibras nervosas pulpares aos pré-molares, ao canino e aos incisivos. Técnica Agulha: curta de calibre 27 Área de inserção: prega mucobucal no forame mentual ou imediatamente anterior a ele; Área-alvo: forame mentual, através do qual o nervo mentual sai e no interior do qual o nervo incisivo está localizado. Posição do dentista: Para um bloqueio do nervo incisivo direito ou esquerdo, sente-se de frente para o paciente, de modo que a seringa possa ser colocada na boca abaixo da linha de visão do paciente. Posição do paciente: O decúbito dorsal é recomendado, mas o semidecúbito é aceitável. Solicitar que o paciente feche parcialmente a boca; isso possibilita o acesso mais fácil ao local de injeção. Penetração da agulha: Localizar o forame mentual; Com seu dedo indicador esquerdo, puxar lateralmente; Penetra através da papila interdental sobre os aspectos mesiais e distais, depositando anestésico enquanto agulha avança em direção ao aspecto lingual; bisel: em direção ao osso durante a injeção. Aspirar em dois planos; Retirar a seringa e tornar a agulha segura imediatamente; Continuar a aplicar pressão no local de injeção por 2 minutos; Aguardar de 3 a 5 minutos antes de iniciar o procedimento dentário. Bloqueio parcial do nervo lingual: Agulha longa de calibre 25, depositar de 0,3 a 0,6 ml de anestésico local sob a mucosa lingual imediatamente distal ao último dente sendo tratado. Precauções: Geralmente uma injeção atraumática, a não ser que a agulha faça contato com o periósteo ou a solução seja depositada muito rapidamente. Falhas de anestesia: Volume inadequado de solução anestésica no forame mentual, com ausência subsequente de anestesia pulpar. Para corrigir: injetar novamente na região correta e aplicar pressão ao local de injeção; Duração inadequada da pressão após a injeção. Complicações: Poucas com alguma consequência; Hematoma. O sangue pode sair do local de punção para a prega bucal. Para tratar: aplicar pressão com gaze diretamente a área por 2 minutos. Isso raramente e um problema, porque um protocolo de bloqueio nervoso incisivo apropriado envolve a aplicação de pressão no local de injeção por 2 minutos; Parestesias do lábio e/ou do queixo. ____________________________ Injeçãosupraperiosteal ____________________________ O bloqueio do nervo alveolar superoposterior (ASP) é uma, mais comumente (porém, incorretamente) chamada de infiltração local, é a técnica de anestesial local usada com mais frequência para a obtenção da anestesia pulpar nos dentes superiores. Indicação: Anestesia pulpar dos dentes superiores, quando o tratamento é limitado a um ou dois dentes. Anestesia dos tecidos moles, quando indicada para procedimentos cirúrgicos em área circunscrita. Contraindicação: Infecção ou inflamação aguda na área da injeção. Osso denso recobrindo os ápices dentários (só pode ser determinado por tentativa e erro; mais provável sobre o primeiro molar superior permanente em crianças, pois seu ápice pode estar localizado por sob o osso zigomático, que é relativamente denso). O ápice do incisivo central de um adulto também pode estar localizado sob um osso mais denso (p. ex., do nariz), aumentando assim a frequência de insucesso (ainda que não de maneira significativa). Nervo anestesiado: Grandes ramos terminais do plexo dentário. Área anestesiada: Toda a região inervada pelos grandes ramos terminais desse plexo: polpa e área da raiz do dente, periósteo vestibular, tecido conjuntivo e mucosa. Vantagens: 1. Alta taxa de sucesso (>95%) 2. Injeção tecnicamente fácil 3. Em geral é totalmente atraumática Desvantagens: Não recomendada para grandes áreas devido à necessidade de múltiplas introduções da agulha e de administração de volumes totais maiores do anestésico local. Técnica Agulha de calibre 27. Área de introdução: altura da prega mucovestibular acima do ápice do dente a ser anestesiado. Área-alvo: região apical do dente a ser anestesiado. Pontos de referência: a. Prega mucovestibular b. Coroa do dente c. Contorno da raiz do dente. Penetração da agulha: Orientar a agulha de modo que o bisel esteja voltado para o osso. Segurar a seringa paralela ao longo eixo do dente. Introduzir a agulha na altura da prega mucovestibular sobre o dente-alvo. Avançar a agulha até que o bisel esteja na região apical do dente ou acima desta. A profundidade da penetração será de apenas alguns milímetros. Deposição do anestésico: aproximadamente 0,6 ml (um terço de um tubete) lentamente em 20 segundos. (Não deixe os tecidos inflarem como um balão.) Precauções: Esta injeção não é recomendada para procedimentos em áreas extensas. Um maior número de penetrações no tecido aumenta a possibilidade de dor durante e após a injeção, e o maior volume de solução administrado aumenta a possibilidade de superdosagem (em pacientes de menor peso), bem como de dor pós-injeção. Além disso, a punção do tecido pela agulha pode causar danos permanentes ou transitórios a estruturas na área, como vasos sanguíneos (hematomas) e nervos (parestesias). Falhas da Anestesia 1. A extremidade está abaixo do ápice (ao longo da raiz) do dente. A deposição da solução de anestésico local abaixo do ápice do dente superior resultará em excelente anestesia dos tecidos moles, mas a anestesia pulpar será insatisfatória ou ausente. 2. A extremidade da agulha está muito distante do osso (solução depositada nos tecidos vestibulares). Para corrigir: redirecionar a agulha para o periósteo. Complicações: Dor à introdução da agulha com a ponta da agulha contra o periósteo. Para corrigir: retirar e reintroduzir a agulha mais distante do periósteo. ____________________________ Bloqueio do nervo alveolar Superoposterior ____________________________ Indicação: Tratamento de dois ou mais molares superiores. Quando a injeção supraperiosteal está contraindicada (p. ex., na presença de infecção ou inflamação aguda). Quando a injeção supraperiosteal foi ineficaz. Contraindicação. Quando o risco de hemorragia é muito grande (como no hemofílico), caso no qual é recomendada a injeção supraperiosteal ou do LPD. Nervo anestesiado: Alveolar superoposterior e seus ramos. Área anestesiada: Polpas do terceiro, segundo e primeiro molares superiores (todo o dente = 72%; raiz mesiovestibular do primeiro molar superior não anestesiada = 28%). Tecido periodontal vestibular e osso sobrejacente a estes dentes. Vantagens: 1. Atraumático; quando o bloqueio do nervo ASP é executado corretamente, em geral o paciente não sente dor, pois o anestésico local é depositado em uma área de tecidos moles relativamente grande e porque não há contato com o osso. 2. Taxa de sucesso elevada (> 95%) 3. Número mínimo de injeções é necessário. Uma injeção em comparação com a opção de três infiltrações 4. Minimiza o volume total de solução anestésica local administrada. Volume equivalente de solução anestésica necessário para três injeções supraperiosteais = 1,8 ml. Desvantagens: 1. Risco de hematoma, que geralmente é difuso; também é muito desconfortável e embaraçoso para o paciente. 2. Técnica até certo ponto arbitrária: não há pontos de referência ósseos durante a injeção. 3. É necessária uma segunda injeção para o tratamento do primeiro molar (raiz mesiovestibular) em 28% dos pacientes. Técnica Agulha curta de calibre 27 é recomendada. Área de introdução: altura da prega mucovestibular acima do segundo molar superior. Área-alvo: nervo ASP — posterior, superior e medial à borda posterior da maxila. Pontos de referência: Prega mucovestibular Penetração da agulha: Avançar a agulha até a profundidade desejada. No adulto de tamanho normal, a penetração até uma profundidade de 16 mm colocará a ponta da agulha muito próxima do forame. Deposição do anestésico: durante 30 a 60 segundos, depositar 0,9 a 1,8 ml de solução de anestésico. Aguardar no mínimo, de 3 a 5 minutos antes de começar o procedimento odontológico. Precauções: A profundidade de penetração da agulha deve ser verificada; a introdução excessiva (muito profunda) aumenta o risco de hematoma; a introdução muito superficial ainda pode proporcionar anestesia adequada. Falhas da Anestesia: 1. Agulha muito lateral. Para corrigir: redirecionar a extremidade da agulha medialmente (ver complicação 2). A agulha não está suficientemente alta. Para corrigir: redirecionar a extremidade da agulha para cima. Agulha muito posterior. Para corrigir: retirá-la até a profundidade apropriada. ____________________________ Bloqueio do Nervo Alveolar Superior Médio ____________________________ Indicação: Quando o bloqueio do nervo infraorbitário não produzir anestesia pulpar distal ao canino superior. Procedimentos dentários envolvendo apenas os pré-molares superiores. Contraindicação: Infecção ou inflamação na área da injeção ou de introdução da agulha ou de depósito do fármaco. Quando o nervo ASM está ausente, a inervação é feita por intermédio do nervo alveolar superoanterior (ASA); os ramos do ASA que inervam os pré-molares e a raiz mesiovestibular do primeiro molar podem ser anestesiados por meio da técnica do nervo ASM. Nervo anestesiado: Alveolar superior médio e ramos terminais. Área anestesiada: Polpas do primeiro e segundo pré-molares superiores, raiz mesiovestibular do primeiro molar superior. Tecidos periodontais vestibulares e osso sobre estes mesmos Dentes. Vantagens: Minimiza o número de injeções e o volume de solução. Desvantagens:nenhuma. Técnica Agulha: curta ou longa de calibre 27 é recomendada. Área de introdução: altura da prega mucovestibular acima do segundo pré-molar superior. Área-alvo: osso maxilar acima do ápice do segundo pré-molar superior. Ponto de referência: prega mucovestibular acima do segundo pré-molar superior. Orientação do bisel: voltado para o osso. Penetração da agulha: Introduzir a agulha na altura da prega mucovestibular acima do segundo pré-molar, com o bisel voltado para o osso.Penetrar a mucosa e avançar a agulha lentamente até que sua extremidade esteja localizada acima do ápice do segundo pré-molar. Posição do dentista: Para um bloqueio do nervo ASM direito, o administrador destro deve ficar de frente para o paciente na posição de 10 horas. Para um bloqueio do nervo ASM esquerdo, o profissional destro deve ficar de frente para o paciente na posição de 8 ou 9 horas. Deposição do anestésico: Depositar lentamente 0,9 a 1,2 ml (de metade a dois terços do tubete) da solução (aproximadamente 30 a 40segundos). Retirar a seringa e proteger a agulha. Aguardar 3 a 5 minutos antes de iniciar o tratamento odontológico. Precauções: Para evitar dor, não introduzir a agulha muito próxima do periósteo e não injetar rapidamente; o bloqueio do nervo ASM deve ser uma injeção atraumática. Falhas da Anestesia 1. A solução anestésica não foi depositada acima do ápice do segundo pré-molar. Para corrigir: observar as radiografias e aumentar a profundidade de penetração 2. Deposição da solução muito longe do osso maxilar, com a agulha posicionados nos tecidos lateralmente à altura da prega mucogengival. COMO corrigir: introduzir na altura da prega mucovestibular. 3. Osso do arco zigomático no local da injeção, impedindo a difusão do anestésico. COMO corrigir: usar a injeção supraperiosteal, infraorbitária ou ASP ao invés de ASM. ____________________________ Bloqueio do Nervo Alveolar Superoanterior (Bloqueio do Nervo Infraorbitário) ____________________________ Indicação: Procedimentos envolvendo mais de dois dentes superiores e os tecidos vestibulares sobrejacentes; Inflamação ou infecção (que contraindica a injeção supraperiosteal): se houver celulite, pode estar indicado o bloqueio do nervo maxilar no lugar do bloqueio do nervo ASA; Quando as injeções supraperiosteais forem ineficazes devido ao osso cortical denso Contraindicações: 1. Áreas de tratamento discretas (apenas um ou dois dentes; preferência pela injeção supraperiosteal) 2. A hemostasia de áreas localizadas, quando desejável, não pode ser adequadamente atingida com esta injeção; 3. a infiltração local na área do tratamento está indicada. Vantagens 1. Técnica comparativamente simples 2. Comparativamente segura; minimiza o volume de solução utilizado e o número de punções necessárias para a obtenção da anestesia. Desvantagens 1. Psicológicas: a. Administrador: pode haver um medo inicial de lesar o olho do paciente (a experiência com a técnica leva à segurança) b. Paciente: a abordagem extraoral do nervo infraorbitário pode ser incômoda; contudo, as técnicas intraorais raramente representam um problema. 2. Anatômica: dificuldade em definir pontos de referência. Nervos Anestesiados 1. Alveolar superoanterior 2. Alveolar superior médio 3. Nervo infraorbitário a. Palpebral inferior b. Nasal lateral c. Labial superior. Áreas Anestesiadas 1. Polpas do incisivo central superior até o canino superior do lado da injeção 2. Em cerca de 72% dos pacientes, as polpas dos pré-molares superiores e a raiz mesiovestibular do primeiro molar 3. Periodonto vestibular (labial) e osso destes mesmos dentes 4. Pálpebra inferior, aspecto lateral do nariz, lábio superior. Técnica Agulha: longa de calibre 25 ou 27 é recomendada, embora também se possa usar uma agulha curta de calibre 27, especialmente em crianças e em adultos menores. Área de inserção: altura da prega mucovestibular diretamente sobre o primeiro pré-molar superior Posição dentista: Para bloqueio do nervo infraorbitário direito ou esquerdo, o administrador destro deve sentar-se na posição de 10 horas, de frente para o paciente ou voltado para o mesmo lado que o paciente. Posição paciente: em posição supina (posição preferida) ou semissupina, com o pescoço ligeiramente estendido. Se o pescoço do paciente não estiver estendido, seu tórax pode interferir no cilindro da seringa. Introdução da agulha na altura da prega mucovestibular sobre o primeiro pré-molar, com o bisel voltado para o osso. Orientar a seringa em direção ao forame infraorbitário. Depósito do anestésico: lentamente de 0,9 a 1,2 ml (por 30 a 40 segundos). Pouca ou nenhuma tumefação deve ser observada enquanto a solução é depositada. Precauções: No caso de dor à introdução da agulha e ruptura do periósteo, reintroduza a agulha em uma posição mais lateral (afastada do osso) ou deposite a solução enquanto a agulha avança através dos tecidos moles. Para evitar a inserção excessiva da agulha, estime a profundidade de penetração antes da injeção (rever o procedimento) e exerça pressão digital sobre o forame infraorbitário. Falhas da Anestesia 1. A agulha encontra o osso abaixo do (inferior ao) forame infraorbitário: ocorre anestesia da pálpebra inferior,da face lateral do nariz e do lábio superior, com pouca ou nenhuma anestesia dentária; um acúmulo da solução pode ser percebido sob a pele na área da deposição, situada a uma distância do forame infraorbitário (que permanece palpável depois que a solução de anestésico local foi injetada). ____________________________ Bloqueio do Nervo Nasopalatino ____________________________ Indicação: quando há necessidade de manipulação dos tecidos palatinos da região anterior maxilar durante tratamentos odontológicos, como nas exodontias. Pode-se nessa técnica também utilizar a compressão local mencionada na técnica do bloqueio do nervo palatino maior. Contraindicação: Inflamação ou infecção no local da injeção. Pequenas áreas de tratamento. Nervos anestesiados: nervos nasopalatinos bilaterais. Vantagens: Minimiza as perfurações da agulha e o volume de solução Minimiza o desconforto para o paciente oriundo de múltiplas perfurações da agulha. Desvantagens: não há hemostasia, exceto na área da injeção. Áreas anestesiadas: porção anterior do palato duro desde a face medial do primeiro pré-molar superior esquerdo ao primeiro pré-molar superior direito. Técnica Agulha: curta padronizada. Área de inserção: Pontos de reparo: papila incisiva e incisivos centrais superiores. A área de introdução inicial é a mucosa palatina imediatamente lateral à papila incisiva. Esta manobra visa à promoção de uma leve isquemia local com o objetivo de diminuir a dor durante a inserção da agulha. Posição do dentista: posição de 9 ou 10 horas voltado para a mesma direção do paciente Posição do paciente: Posicionar o paciente de forma a que fique com a boca aberta e a cabeça ligeiramente inclinada para uma melhor visualização da papila incisiva. Penetração da agulha: Introduzir a agulha lateralmente à papila incisiva, depositar uma pequena quantidade de anestésico, remover a agulha e observar a isquemia na região da papila incisiva. Reintroduzir imediatamente a agulha, agora direcionada para a papila incisiva. A agulha deverá penetrar formando um ângulo de aproximadamente45° em direção à papila palatina. Aplicação do anestésico: Penetrar a agulha na profundidade de 5mm. Injetar lentamente uma pequena quantidade de solução anestésica. Aguardar 3 a 5 minutos para o efeito anestésico. Precauções: Não introduzir a agulha diretamente na papila incisiva (é extremamente doloroso). Não injetar a solução muito rapidamente. Não injetar muita solução. Contra infecção: Se a agulha avançar mais de 5 mm no canal incisivo e ocorrer a penetração acidental do assoalho do nariz, pode haver infecção. Falhas de anestesia:Nessa técnica pode também ocorrer isquemia e necrose dos tecidos moles da região anterior do palato, causadas pelo excesso de solução anestésica injetada ou soluções com concentrações altas de vasoconstritor. ____________________________ Bloqueio do Nervo Palatino Maior ____________________________ Outro Nome Comum: Bloqueio do nervo palatino anterior. Informações: As injeções na região palatina são procedimentos traumáticos para muitos pacientes, sendo imperativo que o profissional utilize técnicas para que este procedimento se torne o mais atraumático possível e diminua o desconforto do paciente. Manobra: utilização da compressão local antes, durante e depois da injeção da solução anestésica, que pode ser obtida com a utilização de cotonete (o mesmo utilizado para a anestesia tópica). O cotonete deve ser pressionado firmemente, o suficiente para produzir uma leve isquemia dos tecidos palatinos. Indicação: procedimentos odontológicos que envolvam a manipulação dos tecidos palatinos, como exemplo, as exodontias. Contraindicação: inflamação ou infecção no local da injeção. Pequenas áreas de tratamento (um ou dois dentes) Nervos anestesiados: nervo palatino maior. Vantagens: Minimiza as penetrações da agulha e o volume de solução. Minimiza o desconforto para o paciente Desvantagens: Não há hemostasia, exceto na área próxima da injeção. Potencialmente traumático. Áreas anestesiadas: porção posterior do palato duro e tecidos moles sobrejacentes, limitando-se anteriormente a área do primeiro pré-molar e medialmente pela linha média. Técnica Agulha: agulha curta padronizada Área de inserção: Ponto de reparo: forame palatino maior e junção do processo alveolar maxilar e osso palatino. Área de introdução da agulha: região do forame palatino maior; o forame palatino maior fica localizado entre os segundos e terceiros molares superiores, aproximadamente a 1cm da margem gengival palatina, no sentido da linha média. Posicionar a agulha de forma a que faça um ângulo reto com a região palatina, para isto é importante que o corpo da seringa esteja direcionado do lado oposto ao que será anestesiado. Posição do dentista: Para bloqueio do nervo palatino maior direito, o administrador destro deve sentar-se de frente para o paciente na posição de 7 ou 8 horas. Para um bloqueio do nervo palatino maior esquerdo, o administrador destro deve sentar-se de frente para o paciente na posição de 11 horas. Posição do paciente: Solicitar ao paciente, que está em posição supina , para: (1) Abrir bem a boca. (2) Estender o pescoço. (3) Girar a cabeça para a esquerda ou para a direita. Penetração da agulha: Introduzir a agulha lentamente na profundidade média de 4mm. Bisel orientado em direção aos tecidos palatinos. Injeta-se a solução lentamente na quantidade 0,25 a 0,5ml de anestésico. Aguardar 3 a 5 minutos para o efeito anestésico. Aplicação do anestésico: injetar lentamente (no mínimo durante 30 segundos) não mais do que um quarto a um terço de um tubete (0,45 a 0,6ml). Aguardar 2 a 3 minutos antes de iniciar o procedimento odontológico. Precauções: Não entrar no canal palatino maior. Embora isso não seja perigoso, não há nenhuma razão para se entrar no canal para que esta técnica seja bem-sucedida. Falhas de anestesia: O bloqueio do nervo palatino maior não é uma injeção tecnicamente difícil. Sua taxa de sucesso é bem maior que 95%. Se o anestésico local for depositado muito anterior ao forame, a anestesia adequada dos tecidos moles pode não ser produzida nos tecidos palatinos posteriores ao local de injeção (sucesso parcial). A anestesia do palato na área do primeiro pré-molar superior pode ser inadequada devido às fibras superpostas do nervo nasopalatino (sucesso parcial). Para corrigir: a infiltração local pode ser necessária como um suplemento na área anestesiada inadequadamente. ____________________________ Nervo alveolar superior médio anterior ____________________________ O uso de um sistema C-CLAD auxilia claramente na administração atraumática desta injeção. (Essa técnica é uma forma de anestesia indolor através de um dispositivo). indicação: raspagem periodontal, procedimentos estéticos e alisamento radicular na região maxilar. Quando são realizados procedimentos odontológicos envolvendo os dentes anterossuperiores ou os tecidos moles. Quando é desejada a anestesia de múltiplos dentes anterossuperiores a partir de uma única injeção. Quando da realização de raspagem e alisamento radicular dos dentes anteriores.. Quando da execução de procedimentos cosméticos anteriores, sendo necessária a avaliação da linha do sorriso para um tratamento bem-sucedido . Quando uma abordagem facial da injeção supraperiosteal foi ineficaz devido ao osso cortical denso. Contraindicação: Pacientes com tecidos palatinos extraordinariamente finos. Pacientes que não conseguem tolerar um tempo de administração de 3 a 4 minutos. Procedimentos que requerem mais de 90 minutos. Nervos anestesiados: nervo ASA, nervo ASM, quando presente e plexo nervoso dentário subneural dos nervos alveolar superoanterior e médio. Vantagens: 1. Produz anestesia de múltiplos dentes superiores com uma única injeção 2. Técnica comparativamente simples 3. Comparativamente segura; reduz muito o volume de anestésico e o número de punções necessárias em comparação à infiltração maxilar tradicional destes dentes. 4. Possibilita a anestesia pulpar e dos tecidos moles efetiva para a raspagem periodontal e o alisamento radicular dos dentes superiores associados 5. Permite que uma avaliação precisa da linha do sorriso seja realizada após a anestesia, o que pode ser útil durante procedimentos odontológicos cosméticos. 6. Elimina a inconveniência da dormência pós-operatória do lábio superior e dos músculos da expressão facial 7. Pode ser realizada confortavelmente com um sistema C-CLAD. 8. Os músculos da expressão facial e do lábio superior não são anestesiados. Desvantagens: 1. Requer um tempo de administração lento (0,5 ml/min) 2. Pode causar fadiga do operador com uma seringa manual devido ao prolongado tempo de injeção 3. Pode ser incômoda para o paciente caso administrada incorretamente 4. Pode haver necessidade de uma anestesia suplementar para os dentes incisivos central e lateral 5. Pode causar isquemia excessiva caso administrada muito rapidamente 6. O uso de um anestésico local contendo adrenalina com uma concentração de 1:50.000 é contraindicado., A aspiração positiva é menor que 1%. Áreas anestesiadas: anestesia pulpar em múltiplos dentes superiores. Anestesia profunda dos tecidos moles e da gengiva inserida dos dentes associados. Anestesiapulpar dos incisivos, caninos e pré-molares superiores. Gengiva inserida vestibular destes mesmos dentes. Tecidos palatinos inseridos desde a linha média até a margem gengival livre dos dentes associados. Técnica Agulha: curta calibre 27 é recomendada. Área de inserção: É a partir de um único local de injeção no palato duro, aproximadamente na metade do caminho ao longo de uma linha imaginária conectando a sutura palatina mediana à margem gengival livre. A linha está localizada no ponto de contato entre o primeiro e o segundo pré-molar. Área de introdução: no palato duro, na metade do caminho ao longo de uma linha imaginária conectando a sutura palatina mediana à margem gengival livre; a linha está localizada no ponto de contato entre o primeiro e o segundo pré-molar. Pontos de referência: ponto de interseção na metade do caminho ao longo de uma linha da sutura palatina mediana à margem gengival livre, fazendo interseção com o ponto de contato entre o primeiro e o segundo pré-molar Posição do dentista: Sentar-se na posição de 9 ou 10 horas, voltado para a mesma direção que o paciente. Posição do paciente: Colocar o paciente em posição supina com uma ligeira hiperextensão da cabeça e do pescoço para visualizar a papila nasopalatina mais facilmente. Penetração da agulha: Orientação do bisel: o bisel da agulha é colocado “voltado para baixo” em direção ao epitélio. A agulha é mantida tipicamente num ângulo de 45o em relação ao palato. O alvo final é o bisel em contato com o osso palatino. Rotacionar a agulha permitindo que os tecidos sejam penetrados mais eficientemente. Aplicação do anestésico: Colocar uma haste de algodão estéril na extremidade da agulha. Aplicar leve pressão sobre a haste de algodão para criar um “selante” do bisel da agulha contra a superfície externa. Iniciar a injeção do anestésico local na superfície do epitélio. O objetivo é forçar a solução através do epitélio externo para a superfície tecidual. Avançar a agulha de 1 a 2 mm a cada 4 a 6 segundos enquanto administra a solução anestésica na taxa lenta recomendada. O anestésico é administrado numa taxa de aproximadamente 0,5 ml por minuto durante a injeção, para uma dose final de aproximadamente 1,4 a 1,8 ml. Precauções: Contato com o osso, Impedir isquemia excessiva evitando anestésicos locais contendo vasoconstritores a uma concentração de 1:50.000 Falhas de anestesia: Pode haver necessidade de uma anestesia suplementar para os incisivos centrais e laterais a. Um volume adequado do anestésico pode não atingir os ramos dentários. b. Para corrigir: adicione mais anestésico ou suplemente nas proximidades destes dentes a partir de uma abordagem palatina. Complicações: Úlcera palatina no local da injeção, desenvolvendo-se 1 ou 2 dias no pós-operatório. Cicatriza em 5 a 10 dias. Concentrações excessivas de vasoconstritor (p. ex., 1:50.000). Contato inesperado com o nervo nasopalatino. Parar por 3 a 4 segundos antes de retirar a agulha para permitir dissipação da pressão. ____________________________ Abordagem Palatina-Alveolar Superoanterior ____________________________ A injeção P-ASA compartilha de vários elementos em comum com o bloqueio do nervo nasopalatino, mas difere o suficiente para ser considerada como um procedimento distinto. indicação: anestesia dos dentes anterossuperiores sem uma anestesia colateral do lábio e músculos da expressão facial. 1. Procedimentos odontológicos envolvendo os dentes e os tecidos moles anterossuperiores. 2. Quando se deseja uma anestesia bilateral dos dentes anterossuperiores a partir de um único local de injeção. 3. Quando da realização da raspagem e alisamento radicular dos dentes anteriores. 4. Quando da execução de procedimentos cosméticos anteriores, sendo necessária a avaliação da linha do sorriso para um tratamento bem-sucedido. 5. Quando uma abordagem facial da injeção supraperiosteal foi ineficaz devido ao osso cortical denso. Contraindicação: 1. Pacientes com raízes de caninos extremamente longas podem não obter anestesia profunda desses dentes a partir de uma abordagem palatina somente. 2. Pacientes que não conseguem tolerar o período de administração de 3 a 4 minutos. 3. Procedimentos que necessitam mais de 90 minutos. Nervos anestesiados: Nasopalatino e Ramos Anteriores do ASA. Vantagens: 1. Produz anestesia bilateral com um único local de injeção 2. Técnica de execução comparativamente simples 3. Comparativamente segura; reduz muito o volume de anestésico e o número de perfurações necessárias em comparação às infiltrações maxilares tradicionais destes dentes 4. Possibilita a realização de uma avaliação precisa da linha do sorriso após a anestesia, o que pode ser útil durante procedimentos odontológicos estéticos 5. Elimina a inconveniência da dormência pós-operatória do lábio superior e dos músculos da expressão facial 6. Pode ser executada confortavelmente com o uso de um sistema C-CLAD. Desvantagens: 1. Requer uma administração lenta (0,5 ml/min) 2. Pode causar fadiga do operador com o uso de uma seringa manual devido ao longo tempo de injeção 3. Pode ser desconfortável para o paciente caso administrada incorretamente 4. Pode tornar necessária a anestesia suplementar dos dentes caninos 5. Pode causar isquemia excessiva caso seja administrada muito rapidamente 6. O uso de um anestésico local contendo adrenalina a uma concentração de 1:50.000. Áreas anestesiadas: Polpa dos incisivos centrais, laterais e caninos (em menor grau). Tecidos periodontais vestibulares associados a estes mesmos dentes. Tecidos periodontais palatinos associados a estes mesmos dentes. Técnica Agulha: curta calibre 27 é recomendada. Área de inserção: Área de introdução: imediatamente lateral à papila incisiva no sulco papilar. Área-alvo: forame nasopalatino. Pontos de referência: papila nasopalatina. Posição do dentista: sentar-se na posição de 9 ou 10 horas voltado para a mesma direção que o paciente. Posição do paciente: posição supina com uma leve hiperextensão da cabeça e do pescoço para visualizar a papila nasopalatina mais facilmente. Penetração da agulha: Orientação do bisel: o bisel da agulha é colocado contra o epitélio “com a face voltada para baixo”. A agulha é mantida tipicamente em um ângulo de 45 graus em relação ao palato. Colocar uma haste de algodão estéril sobre a ponta da agulha. Aplicar uma pressão leve na haste de algodão para criar um “selante” do bisel da agulha contra a superfície externa. Iniciar a injeção do anestésico local na superfície do epitélio. O objetivo é forçar a solução através do epitélio externo para a superfície tecidual. Rotacionar a agulha permitindo que os tecidos sejam penetrados mais eficientemente. Avançar a agulha 1 a 2 mm a cada 4 a 6 segundos enquanto administra a solução anestésica na taxa recomendada (lenta). A agulha é avançada até uma profundidade de 6 a 10 mm. Aplicação do anestésico: O volume de anestésico recomendado para a injeção P-ASA é de 1,4 a 1,8 ml, administrado numa taxa de 0,5 ml por minuto. Falhas de anestesia: isquemia excessiva não usando fármacos contendo adrenalina numa concentração de 1:50.000. Múltiplas infiltrações de anestésico local com vasoconstritor na mesma áreanuma consulta única. Pode ser necessária a anestesia suplementar para os caninos em pacientes com raízes longas. Complicações: Úlcera palatina no local da injeção, desenvolvendo-se de 1 a 2 dias no pós-operatório. Cicatriza em 5 a 10 dias. ____________________________ Bloqueio do Nervo Maxilar ____________________________ ● Abordagem da tuberosidade alta. ● Abordagem do canal palatino maior. Outros Nomes Comuns. Bloqueio da segunda divisão, bloqueio nervoso V2. indicação: É um método eficaz para produzir anestesia profunda de uma hemimaxila. Útil em procedimentos odontológicos que envolvem quadrantes e processos cirúrgicos. Controle da dor antes de procedimentos cirúrgicos extensos, periodontais ou restauradores (que requeiram anestesia de toda a divisão maxilar). Casos em que uma inflamação ou infecção tecidual impede o uso de outros bloqueios regionais (p. ex., ASP, ASA, ASMA, P-ASA) ou da injeção supraperiosteal. Procedimentos diagnósticos ou terapêuticos para neuralgias ou tiques da segunda divisão do nervo trigêmeo. Contraindicação: Profissional inexperiente, Pacientes pediátricos, Pacientes não cooperativos Inflamação ou infecção dos tecidos sobrejacentes ao local da injeção. Casos em que há risco de hemorragia. No acesso ao canal palatino maior: incapacidade de conseguir acesso ao canal; obstruções ósseas podem estar presentes em 5% a 15% dos canais. Nervos anestesiados: Divisão maxilar do nervo trigêmeo. Vantagens: Injeção atraumática pela abordagem da tuberosidade alta. Alta taxa de sucesso (> 95%). A aspiração é positiva em menos de 1% dos caso. Minimiza o número de perfurações da agulha necessárias para uma anestesia bem-sucedida da hemimaxila. Minimiza o volume total de solução de anestésico local injetada para 1,8 versus 2,7 ml. Tanto o acesso da tuberosidade alta quanto o do canal palatino maior são usualmente atraumáticos. Desvantagens: Risco de hematoma, principalmente com a abordagem da tuberosidade alta. A abordagem pela tuberosidade alta é relativamente arbitrária. É possível que haja introdução excessiva devido à ausência de pontos de referência ósseos, se não for seguida a técnica apropriada. Ausência de hemostasia: caso necessário deve-se aplicar na área da cirurgia uma infiltração de anestésico local contendo vasoconstritor. Dor: a abordagem do canal palatino maior é potencialmente (embora não usualmente) traumática. Áreas anestesiadas: Anestesia pulpar dos dentes superiores. Periodonto vestibular e osso sobrejacente a estes dentes. Tecidos moles e osso do palato duro e parte do palato mole, medialmente à linha média. Pele da pálpebra inferior, lateral do nariz, bochecha e lábio superior Técnica (Abordagem da Tuberosidade Alta) Duas abordagens: Agulha: agulha longa de calibre 25. Área de inserção: Introduzir a agulha na altura da prega muscovestibular acima da face distal. Pontos de referencia: Prega mucovestibular na face distal do segundo molar superior. Tuberosidade da maxila Processo zigomático da maxila. Posição do dentista: Posição do paciente: paciente em posição supina ou semissupina. Penetração da agulha: Orientação do bisel: voltado para o osso. Puxar mandíbula para o lado da injenção e retirar a bochecha. Aplicação do anestésico: Avancar a agulha lentamente e ate a profundidade de 30 mm. Aguardar no mínimo 3 a 5 minutos antes de iniciar o procedimento odontológico. Técnica (Abordagem do Canal Palatino Maior) Agulha: longa de calibre 25. Área de inserção: Introduzir a agulha nos tecidos moles palatinos diretamente sobre o forame Posição do dentista: Para injeção alta na tuberosidade esquerda, um administrador destro deve sentar-se na posição 10 horas de frente para o paciente (Fig. 13-8, A). (2) Para injeção alta na tuberosidade direita, um administrador destro deve sentar-se na posição de 8 horas de frente para o paciente Posição do paciente: paciente em posição supina. Penetração da agulha: Orientação do bisel: voltado para os tecidos moles palatinos. Localizar o forame, avançar a agulha muito lentamente no canal palatino maior até uma profundidade de 30 mm. Aplicação do anestésico: Aguardar no mínimo 3 a 5 minutos antes de iniciar o procedimento odontológico. Precauções: Introdução excessiva da agulha, prevenir seguindo cuidadosamente o protocolo. Resistência à introdução da agulha na abordagem pelo canal palatino maior; nunca tentar avançar a agulha contra a resistência. Falhas de anestesia: Anestesia parcial: pode ser devido à pouca penetração da agulha. Para corrigir: reintroduzir a agulha até a profundidade apropriada e injetar novamente. Incapacidade de transpor o canal palatino maior. Para corrigir: Retirar levemente a agulha e corrigir o ângulo. Reintroduzir cuidadosamente até a profundidade adequada. Complicações: Um hematoma se desenvolve rapidamente se a artéria maxilar for puncionada durante o bloqueio do nervo maxilar, através da abordagem da tuberosidade alta. Pode haver a perfuração da órbita durante o acesso pelo forame palatino maior. As complicações produzidas pela injeção do anestésico local na órbita incluem: a. Deslocamento das estruturas orbitais por volume. b. Bloqueio regional do sexto nervo craniano. c. Bloqueio retrobulbar clássico. d. Possível bloqueio do nervo óptico com perda transitória da visão. e. Possível hemorragia retrobulbar. ____________________________ INFILTRAÇÃO MANDIBULAR EM ADULTOS ____________________________ Relata-se geralmente que uma taxa de insucesso significativamente maior da anestesia mandibular está relacionada à espessura da lâmina óssea cortical na mandíbula de um adulto. De fato, é de conhecimento geral que a infiltração mandibular é bem-sucedida nos casos em que o paciente tem uma dentição primária completa. Depois que se desenvolve uma dentição mista, estabelece-se uma regra geral de ensino que diz que a lâmina óssea cortical mandibular se tornou mais espessa ao ponto de a infiltração poder não ser efetiva, levando à recomendação de que técnicas de “bloqueio mandibular” deveriam então ser empregadas. Uma segunda dificuldade com a abordagem tradicional de Halsted no nervo alveolar inferior (p. ex., BNAI, “bloqueio mandibular”) é constituída pela ausência de marcos consistentes. Muitos autores descreveram inúmeras abordagens a esse nervo muitas vezes evasivo. As taxas de insucesso do BNAI relatadas são geralmente altas, variando de 31% e 41% em segundos e primeiros molares mandibulares a 42%, 38% e 46% em segundos e primeiros pré-molares e caninos, respectivamente,51 e 81% no incisivos laterais. A localização correta da agulha não garante um controle bem-sucedido da dor. A teoria da região central é a que melhor explica este problema. Os nervos na parte externa do feixe nervoso suprem os dentes molares, enquanto os nervos internos (fibras centrais) suprem os dentes incisivos. Portanto, a solução anestésica local depositada próximo ao NAI pode se difundir e bloquear as fibras mais externas, porém não aquelas localizadas mais centralmente, levando a uma anestesia mandibular incompleta. Essa dificuldade em se realizar uma anestesia mandibular levou ao desenvolvimento de técnicas alternativas ao bloqueio nervoso alveolar inferior tradicional (abordagem deHalsted). Essas alternativas incluíram a técnica de bloqueio nervoso mandibular de Gow-Gates, bloqueio nervoso de boca fechada de Akinosi-Vazirani, a injeção do ligamento periodontal (LPD, intraligamentar), a anestesia intraóssea, e, mais recentemente, anestésicos locais tamponados. Embora todas essas técnicas tenham algumas vantagens sobre a abordagem tradicional de Halsted, nenhuma delas está livre de suas próprias falhas e contraindicações. Tentativas de infiltração mandibular em adultos já foram feitas em épocas anteriores. Num estudo de 1976 com 331 indivíduos recebendo BNAI com cloridrato de lidocaína a 2% e adrenalina a 1:80.000, 23,7% deles tiveram uma anestesia malsucedida. A infiltração suplementar de 1,0 ml do mesmo fármaco no aspecto bucal da mandíbula se mostrou eficaz em 70 dos 79 insucessos. Dos nove casos restantes, sete foram anestesiados com êxito após a infiltração adicional de 1,0 ml no aspecto lingual da mandíbula. Yonchak e colaboradores investigaram a infiltração em incisivos, relatando 45% de sucesso após a infiltração labial (lidocaína a 2% com adrenalina a 1:100.000) e 50% de sucesso com infiltrações linguais da mesma solução em incisivos laterais, e 63% e 47% de sucesso nos incisivos centrais com infiltração labial e lingual. Meechan e Ledvinka obtiveram uma frequência semelhante de sucesso (50%) em dentes incisivos centrais após a infiltração labial ou lingual de 1,0 ml de lidocaína a 2% com adrenalina a 1:80.000. ____________________________ Bloqueio do nervo alveolar inferior ____________________________ O bloqueio do nervo alveolar inferior (BNAI) , designado comumente (porém de maneira incorreta) como bloqueio nervoso mandibular, é a segunda técnica de injeção mais frequentemente usada (depois da infiltração) e provavelmente a mais importante na odontologia. Uma injeção proporciona uma ampla área anestesia. Infelizmente, ela também se mostra a mais frustrante, com a porcentagem mais elevada de insucessos clínicos, mesmo quando administrada de maneira correta. Eles produzem um desconforto considerável, principalmente pela anestesia dos tecidos moles linguais, que geralmente persiste por várias horas após a injeção (a duração depende do anestésico local específico utilizado). O paciente se sente incapaz de deglutir e, devido à ausência das sensações, tende mais a lesar ele próprio os tecidos moles anestesiados. Indicação: Sendo uma técnica de bloqueio suplementar (do nervo bucal), utiliza-se com procedimentos em múltiplos dentes mandibulares num quadrante, casos em que é necessária a anestesia dos tecidos moles bucais e casos em que é necessária a anestesia dos tecidos moles linguais. Contraindicação: Quando há Infecção ou inflamação aguda na área de injeção e em paciente que tenham maior probabilidade de morder o lábio ou a língua, como uma criança muito pequena ou um adulto ou criança portador de deficiência física ou mental. Nervos são anestesiados: Alveolar inferior, um ramo da divisão posterior da divisão mandibular do nervo trigêmeo (V3), Incisivo, Mentual e Lingual (comumente). Desvantagens: Ampla área de anestesia (não indicado para procedimentos localizados), Frequência de anestesia inadequada (31% a 81%), marcos intraorais não consistentemente confiáveis aspiração positiva (10% a 15%) e a Anestesia da língua e do lábio inferior é desagradável para muitos pacientes e possivelmente perigosa (trauma autoinfligido aos tecidos moles) em alguns indivíduos. Áreas anestesiadas: Os Dentes mandibulares até a linha média, corpo da mandíbula ,parte inferior do ramo da mandíbula, Mucoperiósteo bucal, membrana mucosa anteriormente ao forame mentual (nervo mentual), dois terços anteriores da língua e assoalho da cavidade oral (nervo lingual), periósteo e tecidos moles linguais (nervo lingual). Técnica Agulha: agulha longa em pacientes adultos. Dá-se preferência a uma agulha longa de calibre 25; uma agulha longa de calibre 27 é aceitável. Área de inserção: membrana mucosa do lado medial (lingual) do ramo da mandíbula, na interseção de duas linhas — uma horizontal, representando a altura de inserção da agulha, e a outra vertical, representando o plano antero-posterior de injeção. Preparação do tecido no local da injeção: secar com gaze estéril, aplicar o antisséptico tópico (opcional) e aplicar o anestésico tópico 1 a 2 minutos. Posição do dentista: Para um BNAI direito, um administrador destro deve se sentar na posição de 8 horas de frente para o paciente e para um BNAI esquerdo, um administrador destro deve se sentar na posição de 10 horas voltado para a mesma direção do paciente. Posição do paciente: Posicionar o paciente em decúbito dorsal (recomendado) ou em semi decúbito (caso necessário). A boca deve estar bem aberta para possibilitar maior visibilidade e acesso ao local de injeção. Penetração da agulha: colocar o dedo indicador ou o polegar da mão esquerda na incisura coronoide (para puxar lateralmente os tecidos). Avançar a agulha devagar até poder sentir que ela encontra uma resistência óssea (dois terços a três quartos do comprimento de uma agulha dentária longa penetrarão). A ponta da agulha deve estar localizada agora num ponto ligeiramente superior ao forame mandibular. Contado precoce com o osso: Retrair a agulha ligeiramente, mas não retirá-la do tecido. Trazer o corpo da seringa mais para a frente da boca, sobre o canino ou incisivo lateral do lado contra lateral. Redirecionar a agulha até que seja obtida uma profundidade de inserção mais apropriada. A ponta da agulha está localizada agora mais posteriormente no sulco mandibular. Sem contato com o osso: Retirá-la ligeiramente (deixando aproximadamente um quarto de seu comprimento no tecido) e reposicionar o corpo da seringa mais posteriormente (sobre os molares mandibulares). Continuar a inserção da agulha até fazer contato com o osso a uma profundidade apropriada. Aplicação do anestésico: aspirar em dois planos. Caso a aspiração seja negativa, depositar lentamente 1,5 ml de anestésico num período mínimo de 60 segundos. Retirar lentamente a seringa e aspirar novamente quando aproximadamente metade de seu comprimento permanecer nos tecidos. Caso a aspiração seja negativa, depositar parte da solução restante (0,2 ml) para anestesiar o nervo lingual. Precauções: Não depositar o anestésico caso não haja contato com o osso. A ponta da agulha pode estar situada no interior da glândula parótida, próximo ao nervo facial (VII nervo craniano). Evitar a dor não fazendo o contato com o osso com muita força. Falhas de anestesia: Depósito de anestésico baixo: ou seja, abaixo do forme da mandíbula. Para corrigir: efetuar uma nova injeção num ponto mais alto (aproximadamente 5 a 10 mm acima do local anterior). Depósito demasiado anteriormente: ou seja, lateralmente ao ramo da mandíbula. Para corrigir: Redirecionar a ponta da agulha posteriormente. Inervação acessória aos dentes mandibulares: Técnica 1 - retrair a língua em direção à linha média com o cabo de um espelho ou um abaixador de língua para proporcionar acesso e visibilidade à borda lingual do corpo da
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