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Marcadores de infarto agudo do miocardio (IAM)

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Julia Paris Malaco – UCT19 
Marcadores de IAM 
 
Biomarcadores são substancias medidas no 
sangue que tem como objetivo ser de fácil e 
rapida mensuração, acurado, custo razoável, 
apresentar qualidade avaliadora que suplante 
com vantagens os processos clínicos ou os 
biomarcadores já existentes, precisão 
diagnóstica, alvo de resposta terapêutica. 
São medidos no sangue circulante ou em 
secreções. 
 
Síndrome coronariana aguda 
 
Síndromes coronarianas agudas (SCA) refere-se a 
uma constelação de sintomas clínicos causados 
por isquemia miocárdica aguda- diminuição ou 
suspensão da irrigação sanguínea, ocasionada 
por obstrução arterial ou por vasoconstrição. 
 
A tríade para diagnostico de infarto é: quadro 
clinico, eletrocardiograma e exames laboratoriais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com base no eletrocardiograma – segmento ST: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Algumas vezes no eletro, não se ve alterações no 
segmento ST, isso quer dizer que a oclusão é ainda 
parcial – afetando apenas o endocárdio (uma 
camada do coração, não tendo capacidade de 
afetar as outras camadas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando vemos a alteração do segmento ST no 
eletro, temos uma obstrução total – afetando 
todas as camadas do coração 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em relação aos exames laboratoriais: 
A elevação da angina não cursa com elevação 
dos biomarcadores do miocárdio, pode ou não 
apresentar, por isso sempre é necessário o auxilio 
do eletro. 
 
Síndrome clinica resultante: 
 Se a oclusão for incompleta ou se o trombo 
sofrer lise espontânea, ocorre angina estável. 
 Se a oclusão for completa e permanecer por 
mais de 30 minutos, ocorre infarto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IAM 
 
Infarto do miocárdio é definido como necrose 
miocárdica em uma condição clínica consistente 
com isquemia miocárdica. 
 
Clínica geral: 
 Descrita como um “peso, aperto ou 
esmagamento” 
 Localizada na região retroesternal ou no 
epigástrio, algumas vezes com irradiação para 
o braço, a mandíbula ou o pescoço 
 Ao contrário da dor na angina estável, ela 
persiste por mais de 30 minutos e na ̃o cede 
com o repouso 
 Apresentações não clássicas: Dispneia, 
diaforese, síncope ou pré-síncope, fadiga, mal 
estar, fraqueza generalizada, náusea, vômito, 
Julia Paris Malaco – UCT19 
desconforto epigástrico, dor isolada no braço 
ou na mandíbula, palpitações, confusão 
mental 
 
Entradas de dor visceral e somatossensorial 
convergem para um u ́nico trato ascendente -A 
dor referida se dá por conta dos nociceptores que 
convergem para um único trato ascendente da 
medula, com neuronios sensoriais comuns, 
levando tanto a dor da pele quanto a dor nos 
órgãos, como a dor na pele é mais comum o 
encéfalo associa a ativação da via da dor com a 
pele de acordo com a superfície correspondente, 
tornando ela referida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pelo menos duas das seguintes 
caracteri ́sticas devem estar presentes para o 
diagnóstico 
 Dor torácica típica que persiste por 
mais de 30 minutos 
 Achados ti ́picos no ECG 
 Níveis elevados de biomarcadores cardíacos 
 
Reperfusão: limita o dano miocárdico e reduz 
o risco de o ́bito e complicações futuras – dois tipos 
– terapia fibrinolítica (plasminogenio) e ACTP 
(angioplastia coronariana) 
 
Marcadores de necrose miocárdica 
 
 Troponina 
 Creatinofosfoquinase (CK e sua fração MB) 
 Mioglobina 
 
Nas Diretrizes sobre Angina Instável e Infarto 
Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do 
Segmento ST, a Sociedade Brasileira de 
Cardiologia define que os marcadores 
bioquímicos de escolha para a detecção de 
necrose miocárdica são CK-MB Massa e 
troponinas 
O principio de utilização desses marcadores é que 
– quanto maior o dano, mais eles aumentam 
 
O tempo de aparecimento deles nos exames é 
relativo, por isso sempre é importante saber 
quando os sintomas começaram 
 
Velocidade de aparecimento do marcador é 
influenciada por: 
 Localização intracelular 
 Peso molecular 
 Fluxos linfáticos e sanguíneos locais 
 Taxa de liberação no sangue 
 
 
 
 
 
 
 A mioglobina é a primeira a ser liberada e 
consequentemente a que aparece mais 
rápido no exame, mas ela não é especifica, é 
mais usada para exclusão. 
 A troponina demora mais ou menos de 2 a 3 
horas, sendo mais especifica, apesar de 
aparecer também na angina, no IAM ela está 
bem mais alta, pelo menor tempo e boa 
especificidade é considerada padrão ouro 
 A CK-MB é a mais demorada de todas, mais ou 
menos 4 horas, porém é a mais especifica para 
o infarto, porque na angina não tem liberação 
nenhuma de CK-MB, pois ela só é liberada 
quando ocorre oclusão total. Como demora 
muito para se alterar, é usada apenas para 
auxilio junto com a troponina. 
 
 Troponina 
 Padrão ouro 
 Princípio de utilização: troponina se divide em 
frações - ajudam na regulação da interação 
entre a actina e a miosina no processo de 
contração muscular 
o tropinina I se liga à actina 
o troponina C se liga ao cálcio 
o tropinina T se liga a tropomiosina 
 
As troponinas I e T são os principais marcadores de 
lesão da musculatura cardíaca, sendo úteis no 
diagnóstico do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) 
– mais especificas para o musculo cardíaco -
apresenta forte indicação de lesão miocárdica 
 
A troponina é específica de dano miocárdico 
e não do mecanismo que o ocasionou. 
 
A troponina ainda pode se elevar em outras 
causas transitorias: 
 
Julia Paris Malaco – UCT19 
 
 
 
 
 
 
 
Para descartar causas transitórias deve-se fazer a 
dosagem seriada da mesma. 
 
CK-MB X troponina: 
Dosado os dois juntos quando a duvidas de lesões 
transitórias 
 CK-MB: Só se eleva apo ́s lesão isquêmica 
irreversível 
 Troponina: menor peso molecular, apresenta 
uma fração livre no citoplasma celular, 
liberadas mesmo em situação de 
isquemia reversível (como angina instável) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Troponinas cardíacas se elevam rapidamente, 
geralmente dentro de 1-2 horas quando utilizados 
ensaios de alta sensibilidade - em me ́dia entre 2-4 
horas. 
Os níveis de cTnI podem permanecer 
elevados por 4 a 7 dias, e os de cTnT 
permanecem altos por 10 a 14 dias 
 
Indicadores muito sensíveise bastante específicos 
de lesão miocárdica e podem elevar-se até 
mesmo com pequenas áreas de necrose 
miocárdica. 
Geralmente duas medidas de ni ́veis 
normais de troponina com intervalo de 6 a 8 
horas excluem infarto agudo do miocárdio. 
 
Reperfusão precoce: 6 a 24 horas 
Sem reestabelecimento do fluxo sangui ́neo: Pico 
ocorrerá ate ́ 48 horas 
 
Solicitação do exame: Quando a finalidade do 
exame e ́ o diagnóstico de IAM, não há diferença 
de escolha entre um tipo ou outro de proteína 
 Troponina I de alta sensibilidade – é o melhor 
exame 
 Troponina T convencional 
Se a intenção é exclusão de IAM, a TnI de alta 
sensibilidade garante avaliação mais precoce da 
injúria do tecido cardíaco. 
 
Valor de referência: Valor obtido num contexto de 
síndrome isquêmica superior ao percentil 99 de 
uma população de referência 
 Variação da troponina entre a primeira e a 
segunda dosagem(intervalo de 3 horas): maior 
que 100% 
 Se não há aumento dos valores na segunda 
dosagem, deve-se considerar que a 
elevação e ́ decorrente de outra condição, 
como IC aguda 
 Troponina detectável na IC e ́ sinal de mau 
prognóstico, mesmo na ausência de IAM 
 
 CK-MB (Creatinoquinase) 
Músculo estriado, ce ́rebro e tecido cardíaco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Começa a se alterar geralmente 4 horas após o 
início dos sintomas 
 
CK-Total: pode ser encontrado dentro de 3 a 8 
horas após o início dos sintomas, com 
pico entre 12 a 24 horas e retorna aos 
níveis normais dentro de 3 a 4 dias 
 Resultadosfalso-positivos em consequência 
de várias complicações como doenças 
musculares, intoxicação por álcool, trauma 
musculoesquele ́tico (injeções 
intramusculares), exercícios vigorosos, 
hipotireoidismo, hipocalemia e embolia 
pulmonar 
 
Diagnóstico ou exclusão de IAM após 12 horas 
 
 
Julia Paris Malaco – UCT19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CKMB na ̃o é considerada boa escolha para 
realizaça ̃o de diagnóstico precoce. 
Pode ser detectada em 4 a 6 horas após a lesão 
do miocárdio, atinge um pico entre 
24 a 48 horas e retorna aos valores normais em 
aproximadamente 72 horas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CPK - CKMB/CPK: Quando essa relação e ́ maior 
do que 3%, há um forte indicativo de lesão 
miocárdica 
 
Monitorização seriada: Avaliação não-invasiva da 
reperfusão miocárdica seguindo a terapia 
trombolítica 
Reperfusão precoce - aumento da enzima 
acima do limite superior de referência e atinge 
o pico da atividade/concentração da CKMB 
com valores mais elevados e mais 
precocemente 
 
Solicitação do exame: CK-MB massa (detecta sua 
concentração, independentemente de sua 
atividade, incluindo enzimas ativas e inativas), é a 
melhor para ser pedida. 
 
 
 
 
 Mioglobina 
Mioglobina é uma proteína carreadora de 
oxigênio encontrada nos músculos esquelético 
e cardíaco – inespecífica 
 
Baixo peso molecular - Esse baixo peso molecular 
associado a ̀ sua localização citoplasmática 
provavelmente é responsável pela sua elevação 
precoce: 1 a 3 horas após o inicios dos sintomas. 
 
Os me ́todos utilizados na sua dosagem não são 
capazes de distinguir o tecido de origem. 
 
Concentração sérica aumentada: idade, 
homens, raça negra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pepti ́deos Natriuréticos (BNP e NT-proBNP) 
 
Peptídeo natriure ́tico tipo B (BNP) e fração amino 
terminal do proBNP (NT-proBNP) são considerados 
biomarcadores na insuficiência cardíaca (IC) 
descompensada 
 
Um valor de BNP < 100 pg/mLpraticamente exclui 
IC em pacientes com dispneia aguda 
 
Acima de 400 pg/mL, o diagno ́stico e ́ provável 
 
Insuficiência cardi ́aca (IC) descompensada: 
 O corte de NT-proBNP para excluir o 
diagnóstico e ́ 300 pg/mL 
 Corte para diagnosticar a IC/ faixa etária: 
o < 50 anos: 450 pg/mL 
o 50-75 anos: 900 pg/mL 
o > 75 anos: 1800 pg/mL 
 
Troponina T ou I positiva em alguns pacientes com 
IC descompensada: 
 Adiciona valor ao BNP 
 Pacientes com BNP > 840 pg/mLe troponina 
positiva > associado a maior mortalidade 
hospitalar 
Julia Paris Malaco – UCT19 
 Dosagens seriadas parecem aumentar o 
poder progno ́stico 
 
IC crônica: 
 Os valores de corte para excluir IC no contexto 
ambulatorialsão: 
o 35 pg/mLpara BNP 
o 125 pg/mLpara NT-proBNP

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