Buscar

O USO DA FUNDAÇÃO RASA TIPO RADIER EM MORADIAS DE INTERESSE SOCIAL TÉRREAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

4
UNIVERSIDADE PAULISTA
EFISON DA PAIXÃO BELAS DE ALMEIDA
EMÍDIO HERNANDES FERRAZ DOS REIS
GILSON APARECIDO EMÍDIO
VINÍCIUS DIONISIO TROMBINI
O USO DA FUNDAÇÃO RASA TIPO “RADIER” EM MORADIAS DE INTERESSE SOCIAL TÉRREAS
JUNDIAÍ
2017
EFISON DA PAIXÃO BELAS DE ALMEIDA
EMÍDIO HERNANDES FERRAZ DOS REIS
GILSON APARECIDO EMÍDIO
VINÍCIUS DIONISIO TROMBINI
O USO DA FUNDAÇÃO RASA TIPO “RADIER” EM MORADIAS DE INTERESSE SOCIAL TÉRREAS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Paulista – UNIP, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil.
Orientador: Prof. Dr. James Antonio Roque
JUNDIAÍ
2017
EFISON DA PAIXÃO BELAS DE ALMEIDA
EMÍDIO HERNANDES FERRAZ DOS REIS
GILSON APARECIDO EMÍDIO
VINÍCIUS DIONISIO TROMBINI
O USO DA FUNDAÇÃO RASA TIPO “RADIER” EM MORADIAS DE INTERESSE SOCIAL TÉRREAS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Paulista (UNIP), como parte dos requisitos para obtenção do grau de bacharel em Engenharia Civil.
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA
____________________/___/_____.
Prof.
____________________/___/_____.
Prof.
___________________/___/_____.
Prof.
Dedicamos aos nossos familiares, professores, amigos e funcionários da instituição de ensino.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, que sempre nos deu forças e saúde para nos mantermos firmes, nesta caminhada universitária.
Aos nossos pais, por terem nos incentivado, auxiliado e compreendido as nossas ausências durante este período de cinco anos de estudos.
Aos nossos amigos, que conhecemos, e sempre nos ajudaram nos momentos de dificuldades.
Ao nosso professor orientador Dr. James Antonio Roque, que nos guiou no desenvolvimento deste trabalho, sendo atencioso e prestativo.
À coordenadora do curso, Profª Ms. Giusepinna D’amico.
Aos demais professores, em especial à Wilson Zanon, por suas aulas ministradas com dedicação, experiência e clareza, e suas experiências vividas, que levaremos durante nossa vida profissional.
“Para se ter sucesso, é necessário amar de verdade o que se faz. Caso contrário, levando em conta apenas o lado racional, você simplesmente desiste. É o que acontece com a maioria das pessoas”.
Steve Jobs.
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo a demonstração de forma prática, simples, e de fácil entendimento da fundação superficial tipo “Radier”. Trata-se de uma fundação onde a execução e o concreto são trabalhados “in loco” (a sua fabricação e moldagem no local) onde ficará para atuar na edificação. A sua moldagem é feita através de fôrmas que podem ser reutilizadas várias vezes, caso específicas para um determinado tipo de obra ou projeto, agilizando a execução sem necessidade de transporte de peças de um local para outro, até onde será instalado, evitando possíveis avarias que existiriam devido ao transporte. A construção depende do resultado da sondagem, o seu andamento depende diretamente do projeto estrutural desenvolvido pelo projetista e do tipo de concreto definido para execução. Para edificações, a sua aplicação e dimensionamento é recomendada para as estruturas com cargas uniformemente distribuídas consideradas pequenas, que no presente caso será tema do trabalho: para casas térrea de empreendimentos de interesse social (populares). Esta pesquisa irá nos instruir sobre o método, mostrando sua eficiência em moradias de baixa renda, e também, para a população de média renda.
Palavras-chave: Radier; Fundações; Moradias Sociais; Viabilidade; Casas Térreas. 
ABSTRACT
This work aims to a demonstration detailed, of a practical form, simple and easy of understading a foundation kind of “Radier”, what is about a constructive system, where execution, its be worked “in loco”, that nothing else is a fabrication and molding trough in the location where be stay, have be a fact your molding trough forms be do reused many times, ou be specific in each work or project, ,facilitating your execution of work, without need of to movement of components to where it will be installed, avoiding possible damages that would exist due to the transportation, even by the unfavorable conditions that are the streets, avenues and Highways.
The construction depends on the result of the soil survey its progress depends directly on the structural design developed by the responsible designer, and the type of concrete defined to execute the same. Its application is exclusively for small sized uniformly distributed load sizing, which in the case will be cited in the course of work of houses with only one floor for social interest ventures. This research will instruct us to a more feasible method, and showing its efficiency not only in low-income housing, but also on average and depending on the need even for high-standard housing.
Keywords: Radier; Foundations; Social Housing; Viability; Houses Grounds.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Tempo de Partenon.	8
Figura 2: Templo de Alfaia	8
Figura 3: Execução de “radier” liso.	13
Figura 5: Projeto de “radier” nervurado.	14
Figura 6: Etapas da execução “radier” caixão.	14
Figura 7: Execução de “radier” com cordoalhas.	15
Figura 8: Execução de “radier” em concreto armado.	16
Figura 9: Materiais básicos da construção civil.	19
Figura 10: Plantação de eucalipto em Alagoas.	21
Figura 11: Uso do cedrinho para decoração urbana.	22
Figura 12: Peroba em sua fase média de vida.	23
Figura 13: Plantação de pinos proveniente em área reflorestada.	24
Figura 14: Plantação de pinheiro do Paraná (Araucárias).	25
Figura 15: Cortes de madeiras mais conhecidos.	26
Figura 16: Execução de sondagem em obra.	27
Figura 17: A utilização do teodolito.	28
Figura 18: Rolo compactador pé de carneiro.	30
Figura 19: Moto niveladora.	31
Figura 20: Retroescavadeira.	31
Figura 21: Montagem da forma.	32
Figura 22: Passagem da tubulação	33
Figura 23: Distribuição da lona e aplicação da tela metálica.	34
Figura 24: Concretagem do “radier”.	35
Figura 25: Corpos de prova.	38
Figura 26: Corpos de prova imersos.	38
Figura 27: Prensa laboratorial.	39
Figura 28: Forma de solo.	39
Figura 29: Famílias beneficiadas pelo programa	41
Figura 30: Entrega de residências.	45
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Os tipos de cimento com suas classificações e normas.	20
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	4
1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	7
1.2. Tipos de fundações	10
1.2.1. Fundações rasas	10
1.2.2. Fundações profundas	11
1.3.	A fundação tipo “radier”	11
1.3.1. Radier liso	13
1.3.2. Radier com pedestais ou cogumelo	13
1.3.3. Radier nervurado	14
1.3.4. Radier caixão	14
1.3.5. Radier com cordoalha	15
1.3.6. Radier em concreto armado	15
1. 4.	Moradias de interesse social	16
2. MATERIAIS	18
2.1. Materiais para a pesquisa	18
2.2. Materiais na Construção Civil	18
2.3. Materiais para a execução da fundação “radier”	19
2.3.1. Agregados	19
2.3.2. Cimento	20
2.3.3. Telas de aço	20
2.3.4. Madeira	21
3. EXECUÇÃO DO “RADIER” DE MORADIAS DE INTERESSE SOCIAL	27
3. 1. Sondagem do terreno	27
3. 2. Topografia do terreno	28
3. 3. Nivelamento do terreno	29
3. 3. 1. Corte	29
3. 3. 2. Aterro	29
3. 4. Montagem da forma in loco	32
3. 5. Passagem da tubulação hidráulica	33
3. 6. Impermeabilização e aplicação da tela	34
3. 7. Concretagem e finalização do radier	35
3. 8. A cristalização do concreto.	36
3. 9. A viabilidade da utilização do “radier”	36
3. 10. A rastreabilidade do concreto na utilização do “radier”	37
3. 11. Acompanhamento de obra de interesse social utilizando a fundação rasa “radier”	40
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.	43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	46
INTRODUÇÃO
O objetivo do trabalho, é apresentar o sistema de fundação “Radier” para os que não a conhece, trazendo de uma forma bem prática, o passo a passo para uma execução bem sucedida, apresentando um sistema construtivo de fácil execução e com tempo reduzido assim como a diminuição do efetivo de mão-de-obra, equipamentos, ferramentas, maquinário pesado e leve, pois de certa forma pulaou até extingue etapas na construção da fundação, devendo sempre ser respeitadas as exigências de cada tipo de solo devido ao fato que cada solo possui sua particularidade, cabe ao profissional responsável definir qual a melhor fundação para o local, existem situações onde há a necessidade da utilização de vários tipos de fundações, em uma mesma região pode conter tipos de solos diferentes, sendo assim tendo que verificar qual fundação é mais adequado para o local.
Sendo um sistema construtivo com diferenciação, no início chegou até surgir certos questionamentos duvidosos, em relação à resistência da fundação, durabilidade, segurança e se haverá necessidade de correções, porém no decorrer dos anos, presenciou-se o desempenho e a viabilidade de utilizar o método, pois foi constatado que tudo o que foi dito a respeito, pode se considerar como mito. Por se tratar de um programa social que tem como objetivo ocupar uma área onde possa haver um acesso em que atinja uma quantidade maior de usuários, que são atraídos pela facilidade em adquirir seu imóvel. Esta espécie de fundação tem uma elevada importância por ter uma viabilidade essencial e possuir uma facilidade resultando em um tempo de execução agilizado, também com uma praticidade plausível, trata-se de um sistema que não devasta o meio ambiente, uma vez que não há perfurações elevadas nem a necessidade de muita movimentação de terra modificando assim a região de área verde. 
Justificativa do Tema
O projeto de fundação mencionado neste trabalho de conclusão de curso, é desenvolvido pelo sistema de fundação rasa denominado “radier”, é um sistema construtivo voltado para a área de fundações onde consiste em uma fundação superficial ao solo, no formato de uma laje, sem a necessidade de escavações profundas. Tem uma perfeita aplicação enfatizando sua agilidade de execução, tornando possível uma finalização com maior velocidade, de suas unidades habitacionais, trazendo assim a realização de um sonho que é o da casa própria, e com infraestrutura adequada. 
Objetivos
O trabalho a ser apresentado tem como objetivo a demonstração de um meio alternativo e com extrema viabilidade para residências térreas de interesse social, no qual citado seus passos de execução de modo simples e objetivo. No decorrer do trabalho são citadas obras do programa habitacional que é uma união entre governo federal e o município beneficiado, denominado “ Minha Casa, Minha Vida”, sendo este programa supervisionado pela Caixa Econômica Federal. 
Tornado possível a desenvoltura do trabalho através de pesquisas sendo elas de campo ou bibliográficas. Demonstrando um conjunto residencial na qual foi aplicada o método de fundação citado. 
Estrutura do trabalho
A divisão respectiva do trabalho se dá em quatro capítulos, conforme segue especificação abaixo:
a) Capítulo 1 – Revisão Bibliográfica: Este capítulo apresenta uma breve história das construções, abordando as primeiras ideias sobre o assunto especifico do trabalho, que vem apresentando o sistema construtivo de fundações para moradias de interesse social.
b) Capítulo 2 – Materiais: Este capítulo vem apresentando os tipos de materiais utilizados na construção da fundação, citando-os e detalhando cada um com a sua função. 
c) Capítulo 3 – Execução do “radier” de moradias de interesse social: Neste capítulo é apresentado o estudo de caso e passo-a-passo da execução do radier, tendo ele sido aplicado sobre um projeto de moradias de interesse sociais térreas. 
d) Capítulo 4 – Conclusão: O trabalho tem seu encerramento pro meio das considerações finais, apontando os devidos resultados obtidos com a pesquisa. E as conclusões retiradas que foi avaliada com uma prévia dos objetivos apresentados.
1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
1.1.	Fundações: histórico.
Com o desenvolvimento do conhecimento tecnológico, evidenciou-se a necessidade de se adequar os procedimentos construtivos relacionados às habitações. Na atualidade há variados tipos de sistemas construtivos à escolha técnica. Quando o assunto referido é fundação, a partir dos primeiros registros históricos disponíveis, encontravam-se obras executadas pelo ser humano vinculadas à sua proteção às intempéries naturais. Tem-se os abrigos naturais e as escavações para impedir danos a seu bem-estar e integridade física, na maioria das vezes construídas próximos de rios e lagos. Depois, já com o uso da madeira, os aparatos apresentavam a necessidade de considerar a profundidade de corpos d’água ou as cotas de enchentes para assegurar a segurança dos seus moradores.
Assim, o desenvolvimento construtivo decorrente da genialidade humana chega à descoberta dos metais e ferramentas, fabricados e utilizados para executar obras inicialmente rudimentares em pedras, chegando, ainda nas civilizações antigas, a monumentos robustos, com precisão nos seus parâmetros construtivos, que encantam a moderna ciência tecnológica. Da mesma forma, aliada ao desenvolvimento das estruturas de habitação e monumentos, estavam as suas fundações, isto é, estruturas de sustentação relacionadas aos solos, visando manter a estabilidade das construções.
Como exemplo, na antiguidade grega e romana, obteve-se um salto no desenvolvimento tecnológico construtivo a partir da utilização de matérias primas, tais como: mármore, pedra calcária e outros tipos de pedras. Tendo como preocupação dessas civilizações atingir o aspecto da estética na arquitetura. Os exemplos, ainda existentes, estão relacionados aos palácios, templos e prédios públicos. Estas construções já possuíam vigas produzidas à partir de pedras cortadas. O Templo de Partenon, localizado em Atenas na Grécia, construído por volta de 432 a.C., foi assim concebido e executado pelos arquitetos Calícrates, e Ictinos. 
A Figura 01 demonstra a imponência da construção Partenon, levantado na Acrópole em homenagem a uma Deusa grega, a Deusa Atena, o Templo foi na época uma das mais magnificas construções em relação as construções. Foi utilizado nele tudo o que havia de melhor da arquitetura da Grécia naquele tempo, é considerado culturalmente falando, um dos maiores monumentos da história da humanidade.
 Figura 1: Tempo de Partenon.
Fonte: Kuryala Viagens[footnoteRef:1] [1: Imagem representando o templo de Partenon, na Grécia. 
Retirada do site: http://kuryalaviagens.com.br. Acesso em: 23/05/2017] 
Também pode ser verificada na Figura 02 o Templo de Alfaia. Este tem sua localização a aproximadamente 12 km de Egina, ao leste da ilha. Lá são encontradas as ruinas do Templo.
 Figura 2: Templo de Alfaia
Fonte Absolut Viajes[footnoteRef:2] [2: Imagem demonstrando a arquitetura do templo de Alfaia.
 Retirada do site: https://www.absolutviajes.com. Acesso em: 23/05/2017] 
Para as fundações das construções antigas, os terrenos com baixa resistência eram misturados com carvão, calcário e pedregulho, resultando no ganho da resistência e podendo, assim, propiciar a execução de obras maiores.
E assim caminhou o desenvolvimento das construções desde a antiguidade, passando pela Idade Média com suas grandes Catedrais góticas, os grandes palácios e obras públicas havidas na Idade Moderna.
Após a Revolução Francesa do século 18, caminhando no tempo para focar um histórico no Brasil à época em que a Monarquia portuguesa chegava no país por volta do ano de 1808, o marco importante do surgimento das primeiras escolas de ensino superior na então Colônia elevada a Reino Unido. As técnicas construtivas das fundações começaram a ser ministradas em uma Academia Militar, onde tornou- se especificamente um curso em meados de 1845, durante o Império.
Os estudos geológicos no Brasil surgiram no século 19, ligados à mineração do ferro, e, a partir deste momento tem início ao desenvolvimento das construções brasileiras, com a contribuição relevante de autores de várias partes do País, no intuito de melhorar as técnicas de aplicação das fundações em cada tipo especifico de solos existentes no Brasil.
As análisestecnológicas mais aprofundadas dos solos começaram na década de 1920, tendo sua evolução acelerada nos meios acadêmicos a partir de fatores relacionados ao desenvolvimento das técnicas construtivas na metade do século 20.
No esteio do desenvolvimento tecnológico, nos Estados Unidos da América, adotou-se a cordoalha engraxada e plastificada como um método tendo sua aplicação mais simples quando se é executada a fundação direta. Este acabou se tornando um dos principais métodos construtivos de fundações, chegando a atingir mais de 50% dos sistemas construtivos para lajes planas. As pesquisas que apontaram para o desenvolvimento do citado método, teve seu princípio no Estado da Califórnia e no Estado do Texas. Estes Estados possuíam solos com alto teor de expansão e aumento de umidade, provocando trincas e rachaduras nas fundações diretas tipo lajes. Assim, com a comprovação prática das pesquisas realizadas, houve a expansão do método por todo os Estados Unidos.
Á partir do ano de 1996, os profissionais começaram a desenvolver e aprofundar-se em mais técnicas e experimentos. Projetistas e engenheiros deram início ao sistema construtivo em fundações em lajes tipo “radier”, surgindo avanços nas suas técnicas de execução.
1.2. Tipos de fundações
Conforme citado na NBR 6122/1996 as fundações podem ser classificadas em duas categorias sendo elas: rasas e profundas. As fundações denominadas “rasas”, todas com a característica de “diretas” considerando a dispersão das cargas das construções nos solos resistentes diretamente a partir das bases das estruturas das fundações, englobam as sapatas, as sapatas corridas e os “radiers”, principalmente. As fundações denominadas “profundas” são consideradas ou “diretas”, como os tubulões, com a dispersão das cargas das construções a partir das bases destes, ou “indiretas”, como as estacas (de diversos tipos), que dispersam as cargas das construções a partir do atrito de seus fustes[footnoteRef:3] com as camadas de solos por onde passam cravadas. [3: Fuste: Situado entre e a parte superior “capitel” e a inferior “base” da coluna.] 
Nos textos seguintes são indicadas as principais fundações rasas e profundas, com o significado tecnológico atual.
1. 2. 1. Fundações rasas
· Sapatas: Constituídas por elementos confeccionados em concreto armado. Utilizadas de modo em que as tensões e trações devem possuir grande resistência através do concreto e da armadura. Seu uso padrão é de forma quadrada, porém a mesma pode ser utilizada em outras formas geométricas. 
· Sapatas Corridas: É conhecida por receber as cargas de todas as direções e comprimentos, descarregando as mesmas no solo quando resistente: Sua utilização é comum em solos com baixa resistência, e quando a carga não é alta. 
· Radier ou lajes de fundação: Este tipo de fundação reúne e distribui as cargas para inúmeros pilares. Tendo sua aplicação concentrada com resistência reduzida, e também nos argilosos.
1. 2. 2. Fundações profundas
· Tubulões: Geralmente em formato circulares ou elipsoidais, onde na sua finalização o trabalhador deve descer até onde será construído a base do fuste para executar as paredes da base, no formato trapezoidal. Seu uso se dá na maioria das vezes para construção de edifícios.
· Caixões: Possuem formatos prismáticos executados na superfície do solo, posicionando o mesmo através de intra-escavações, possuem base mais larga ou não, podendo também o mesmo ser executado com Ar comprimido. Tem seu uso regular em pontes.
· Broca: Tem sua execução através de uma abertura no solo onde é depositado o concreto, sem devida proteção. Sua utilização é mais frequente em obras de pequeno porte, onde deve ser evitado a utilização em solos que ultrapassem o lençol freático. 
1. 3.	A fundação tipo “radier”
No Brasil, a partir do século 20, para as construções com baixa carga atuante, em especial para as moradias de interesse social térreas, houve uma disseminação do “radier” considerando, principalmente, dois fatores:
(1) o seu baixo custo de reprodução; e
(2) a celeridade na execução.
São fatores que se alinham à produção de empreendimentos relacionados às edificações para os segmentos de baixa renda no País.
Também deve ser mencionado que no Brasil, já se encontra normalizado a aplicação da fundação “radier” em projetos de casas térreas. Também em edificações assobradadas, passou a ser preponderante como já é em outros países com normas de igual rigor.
Para as edificações mais altas, os estudos continuam sobre a adequabilidade deste tipo de fundação direta.
É premissa fundamental para a engenharia ter o dever de projetar e executar de forma segura e econômica as construções afetas à sua área do saber. Entre estas estão incluídas os edifícios (habitacionais, comerciais, industriais, de serviços), as: estruturas de portos e aeroportos, barragens, ferrovias, rodovias, sistemas hidráulicos e sanitários, transporte e pavimentos, dentre outros. Todos estão interligados à preparação do solo, pois deste vem a escolha da respectiva fundação. 
No Brasil, a primeira obra que utilizou a fundação em laje tipo “radier” foi executada no Estado do Ceará, na cidade de Fortaleza. 
A citada execução foi aprovada pela Caixa Econômica Federal depois de testes realizados em laboratórios. Com a aprovação, foi dado andamento na utilização das lajes do tipo “radier” em casas populares, pois possuem segurança, simplicidade e melhor agilidade na construção.
Conforme anteriormente adotado, o sistema construtivo mais importante nas fundações residenciais apresentado, foi o método das lajes tipo “radier”, que tem avançado concomitantemente ao desenvolvimento tecnológico da engenharia civil, nos aspectos quanto aos solos, quanto aos métodos executivos das fundações.
Cada tipo de solo e sua respectiva resistência, ira evidenciar o tipo de “radier” a ser utilizado em um determinado solo, e das cargas atuantes da construção, tem-se:
1.3.1. Radier liso
Este tipo de “radier” é viável para construções de até 4 pavimentos.
 Figura 3: Execução de “radier” liso.
Fonte: Ebah[footnoteRef:4] [4: Imagem demonstrando a execução de radier liso, retirada do site: www.ebah.com.br.Acesso em 11/09/2017. ] 
1.3.2. Radier com pedestais ou cogumelo
Com a alteração das dimensões dos pilares e melhor determinação da flexão e da força cortante, a sua execução in loco deixa preliminarmente a superfície do piso plano, também conhecida como “laje zero”.
Figura 4: Projeto radier pedestal / cogumelo.
 
Fonte: BRZ Experts[footnoteRef:5] [5: Imagem de um projeto de radier pedestal ou cogumelo, retirada do site: www.brz-experts.com.br 
Acesso em 11/09/2017.] 
1.3.3. Radier nervurado
É executado com a utilização de nervuras apoiadas em pilares, podendo ser inferior com a execução nas escavações ou superiores que dependem de outros materiais agregados para uma superfície plana.
 Figura 4: Projeto de “radier” nervurado.
 
Fonte: BRZ Experts[footnoteRef:6] [6: Imagem de um Projeto de um radier Nervurado retirada do site: : www.brz-experts.com.br
Acesso em 11/09/2017.] 
1.3.4. Radier caixão
Utilizado quando se há necessidade de uma dureza maior com a possibilidade de execução em diversos tipos de pisos
 Figura 5: Etapas da execução “radier” caixão.
 
Fonte: Construção civil blogger[footnoteRef:7] [7: Imagem demonstrando etapas de execução de radier caixão retirada do site: www.construcaociviltips.blogspot.com.br - Acesso em 11/09/2017.] 
1.3.5. Radier com cordoalha
É um método de execução simplificado em comparação aos anteriores. Constitui-se de um método no qual as cordoalhas e seus componentes suportam cargas atuantes simples e de execução rápida em obra.
 Figura 6: Execução de “radier” com cordoalhas.
 Fonte: AECweb[footnoteRef:8] [8: Execução de radier com cordoalhas, imagem retirada do site: www.aecweb.com.br - Acesso em 11/09/2017.] 
1.3.6. Radier em concreto armado
Este sistema é o mais utilizado por resistir à compressão e à deformação por ação da temperatura do ambiente. A suas especificações são importantes para a funcionalidade da fundação.
 Figura 7: Execução de “radier” em concreto armado.
 
 Fonte: Ideias de Projetos[footnoteRef:9] [9: Execução de radier em concreto armado, imagem retirada do site: www.ideiasdeprojetos.com - Acesso em 11/09/2017.] 
Por fim, as fundações tipo “radiers” são encontradas em duas especificações: as elásticas e a rígidas. As elásticas possuem menor rigidez com deslocamentos desprezíveis na placa. Já as rígidas possuem uma maior flexão e o corpo da laje possuí uma maior rigidez.
1. 4.	Moradias de interesse social
Moradias de interesse social, são moradias destinadas a pessoas com baixa renda, que viabiliza a construção de casas, e conjuntos habitacionais, através do apoio do governo, que por meio de programas sociais, vem cada vez mais fazendo da casa própria um sonho mais possível de ser realizado. Um dos mais conhecidos é o “Minha casa minha vida”, no qual o governo em parceria com a Caixa Econômica Federal financia casas e apartamentos, e também realoca pessoas que se encontram em área de risco (habitações sem credenciamento / ou irregulares). 
A maioria destas construções são executadas com o tipo de fundação rasa, Radier, e materiais aprovados pelo PBQP-H (Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat).
Este programa é gerido pelo ministério das cidades com recursos fornecidos pelo OGU (Orçamento Geral da União). Tal ministério fica responsável por selecionar cada operação que será assistida e informando a caixa econômica federal para que a mesma por sua vez avalie, analise e contrate a operação. 
O planejamento necessita ter compatibilidade com todas os modelos e finalidades do programa, já selecionado pela gestão responsável. Necessita do fornecimento à Caixa juntamente com o projeto e dos documentos: técnicos, jurídicos e sociais. Que analisam a proposta. 
Feita a verificação sendo constatada a aprovação do solicitante, conforme as leis atuais, é firmado acordo e repassado o contrato entre o solicitante, o órgão responsável, e a Caixa. 
2. MATERIAIS
Para a elaboração deste Trabalho de Conclusão de curso foi utilizado diversas formas de pesquisa as quais nos apresentaram assuntos abordados mais afundo em relação ao assunto estudado previamente na grade curricular do curso de Engenharia Civil. Tais meios de pesquisa nos possibilitaram focar no tema especificamente escolhido dentre um leque de opções sobre o mesmo tema “radier” aplicado para moradias de interesse social. A escolha do tema foi por extrema curiosidade e interesse em buscar melhorias e agilidade na confecção de fundações para projetos de pequeno porte. 
2. 1. Materiais para a pesquisa
Neste trabalho foi utilizado o método de pesquisa em campo e também uma releitura do assunto já existente em acervos digitais, e impressos, com o uso de: 
· Computador;
· Smartphone;
· Livros;
· Maquina Fotográfica;
· Apostilas.
2. 2. Materiais na Construção Civil
Referente aos materiais utilizados na construção civil estes podem ser de diversas categorias, porém todos deverão desempenhar seu papel fundamental para cada elemento do projeto. 
Para que tudo funcione conforme planejado todas as fases previstas no planejamento sendo elas: geração, esboço, cálculo, mensuração e preservação. São previamente discutidas e executadas a fim de atender suas necessidades básicas de moradia. 
Figura 8: Materiais básicos da construção civil.
Fonte: Constrói Luanda[footnoteRef:10] [10: Imagem retratando materiais básicos da construção civil, imagem retirada do site: http://www.constroiluanda.com. - Acesso em 11/09/2017. ] 
2. 3. Materiais para a execução da fundação “radier”
A fundação é uma das primeiras etapas a serem executadas em uma obra. Muitas fundações utilizam materiais e maquinários diferentes, dependendo na necessidade e da sua aplicação para cada tipo de empreendimento, casa ou derivados. 
Todos os materiais passam por uma avaliação rigorosa antes de ir para as prateleiras e poder ser adquirido. E podem ser adquiridos através de fornecedores de cada tipo de material, planejar de forma antecipada a entrega e armazenagem dos mesmos para que o material não sofra degradação por interferes de meios exteriores. Para cada material existe uma NBR (Norma Brasileira ) específica.
2. 3. 1. Agregados 
Agregados podendo miúdos ou graúdos, os mesmos são classificados de acordo com sua respectiva granulometria, padronizado pela ABNT; Areia obedece as seguintes determinações: Fina Média e grossa.
As britas são separadas de acordo com seu diâmetro e espessura, sendo divididas em cinco classes, sendo elas: zero, um , dois, três e quatro, tais especificações são encontradas na NBR 7211( agregado para concreto).
2. 3. 2. Cimento
O cimento é dividido em cinco classes e oito tipos, dependendo exclusivamente de sua aplicação, obedecendo a suas exigências mecânicas, físicas e químicas para poder atender as especificação necessárias, no caso do cimento, é encontrado à granel ou em embalagens fracionadas em porções de 25,40 e 50Kgs, lembrando que o certificado é especifico por normas técnicas brasileiras ABCP (Associação Brasileira de Cimente Portland).
 Tabela 1: Os tipos de cimento com suas classificações e normas.
	TIPO
	CLASSE
	NORMA
	CPI – Cimento Portland Comum.
	25, 32 ou 40
	NBR 5732
	CPIS – Cimento Portland Comum com adição.
	25, 32 ou 40
	NBR 5732
	CPIIE – Cimento Portland Composto com escória.[footnoteRef:11] [11: Subproduto metalúrgico formado esp. de silicatos. ] 
	25, 32 ou 40
	NBR 11578
	CPIIZ – Cimento Portland Composto com pozolana. [footnoteRef:12] [12: Material de origem piroclástica, encontrado na região de Pozzuoli (Itália), que se mistura com cal e se emprega como cimento hidráulico.] 
	25, 32 ou 40
	NBR 11578
	CPIIF – Cimento Portland Composto com filer. [footnoteRef:13] [13: Substância incolor, sólida, empr. como diluente em pigmentos.] 
	25, 32 ou 40
	NBR 11578
	CPIII – Cimento Portland de alto forno.
	25, 32 ou 40
	NBR 5735
	CPIV – Cimento Portland pozolânico. 
	25 ou 32
	NBR 5736
	CPV – Ari** - Cimento Portland de Alta resistência inicial.
	-
	NBR 5733
Fonte: Gestão de Materiais de construção civil[footnoteRef:14] [14: Tabela retirada do livro Gestão de Materiais de Construção.] 
2. 3. 3. Telas de aço 
A tela possui sua aplicação específica na execução de estruturas, sua composição se dá por barras de aço previamente amarradas ou soldadas, suas dimensões possuem na maioria de vezes formatos retangulares ou quadrados, especificadas pela NBR 7481:1990, que é a norma responsável por telas de aço soldadas, São comercializadas e estocadas em duas formas mais comuns, as bobinas ou tiras.
2. 3. 4. Madeira
A madeira utilizada na construção civil para a produção de estruturas, formas, escoras, telhados, colunas, acabamento, baias de armazenamento, etc. São providas de árvores retiradas da natureza principalmente das coníferas e também das folhosas. As folhosas são mais conhecidas por sua propriedade de trocar as folhas no período do inverno, as mais conhecidas e utilizadas são: Eucalipto, Cedrinho, Peroba Branca e Rosa. 
· Eucalipto: Estas árvores tem origem da família das Mirtáceas, sendo proveniente da Oceania, possui mais de 700 espécies sua vantagem é sua fácil adaptação em diversos climas. 
 Figura 9: Plantação de eucalipto em Alagoas.
	Fonte: Epaletes[footnoteRef:15]	 [15: Imagem mostrando detalhes do eucalipto retirado do site: http://www.epaletes.com - Acesso em 11/09/2017.] 
· Cedrinho: É uma árvore que possui sua copa no formato de pirâmide, muito utilizado para decoração urbana e para a construção civil, é da família das coníferas. 
 Figura 10: Uso do cedrinho para decoração urbana.
Fonte: Jardineiro.net [footnoteRef:16] [16: Imagem demonstrandoa aplicação do cedrinho em decoração urbana retirada do site: http://www.jardineiro.net - Acesso em 11/09/2017.] 
· Peroba-Rosa: Arvore que pertence a família das Apocynaceae, seu nome se dá por sua coloração após o processamento da mesma. Tem seu uso em construção civil, decoração no caso a aplicação em movéis. Tem seu desenvolvimento em solos argilosos. 
Figura 11: Peroba em sua fase média de vida.
 Fonte: Jardim Cor [footnoteRef:17] [17: Foto demonstrando vida média de uma arvore de peroba rosa, retirada do site: http://www.jardimcor.com - Acesso em 11/09/2017.] 
Já as coníferas são conhecidas por não serem frutíferas, e possuírem suas folhas no formato pontiagudas. As espécies mais utilizadas e conhecidas para sua aplicação na construção civil são: Pinos, Pinheiro do Paraná, e outros. 
· Pinos: Tem sua característica por ser uma madeira que tem grande facilidade no manuseio e processamento, podendo obter a forma e dimensões que atenda as necessidades do cliente, tendo sua classificação como madeira macia. Podendo ser encontrada em variadas regiões, possuem um nome diferenciado, tais como: pinheiro americano, e pinheiro. Por ser uma madeira relativamente com baixo custo sua resistência é limitada, tendo seu uso na construção mais voltado para área de caixarias. 
 Figura 12: Plantação de pinos proveniente em área reflorestada.
Fonte: 99 Graus.[footnoteRef:18] [18: Imagem demonstrando tamanho das árvores de pinus retirada do site: http://www.99graus.com.br - Acesso em 11/09/2017.] 
· Pinheiro do Paraná: Também conhecido como Araucária, tinha sua espécie muito comum e bem numerosa antigamente, na atualidade poucas áreas desta árvore são encontradas e cultivadas. Nessas regiões de cultivo, essas árvores são de grandes altitudes, cerca de 40 metros de altura e uma circunferência no troco que chega a 2 metros de diâmetro, tais árvores também possui um fruto popular que muitos conhecem por nome de pinhão, que podem ser consumidas até por seres humanos, tem galhos que se desenvolvem ao redor do tronco principal. Para o desenvolvimento da espécie é primordial o clima e uma elevada altitude. Esta árvore possui uma curiosa característica, a mesma impede que outras espécies se desenvolvam aos seus arredores, tornando-a assim soberana a sua espécie no local. Observação: Este tipo de árvore não é mais utilizado na construção civil, devido sua espécie estar ameaçada de extinção, lembrando que alguns anos atrás era muito utilizada. 
 Figura 13: Plantação de pinheiro do Paraná (Araucárias).
Fonte: 99 Graus.[footnoteRef:19] [19: Imagem representando uma plantação de Pinheiros do Paraná, disponível em: http://www.99graus.com.br - Acesso em 11/09/2017.] 
Com estes dois tipos de árvores citado anteriormente é possível desenvolver cortes específicos e padronizados, sendo os mais comuns encontrados: Prancha, Viga, Tábua, Caibro, Ripa, Sarrafo, etc. Cada peça possui seu corte devidamente credenciado pela NBR 12498 que é a norma referente a madeira cerrada de coníferas provenientes de florestamento para uso geral, e também a norma NBR 9487 que se refere a classificação de madeira cerrada de folhosas.
Sua comercialização dá se de acordo com a necessidade do cliente em relação ao seu tamanho e dimensão, normalmente utilizando a unidade de medida de metro cúbico (m³). 
Figura 14: Cortes de madeiras mais conhecidos.
Fonte: Fechoo! [footnoteRef:20] [20: Imagem demonstrando os variados tipos de cortes de madeira, retirado do site: http://planaltina-df.fechoo.com.br/ - Acesso em 11/09/2017.] 
3.	EXECUÇÃO DO “RADIER” DE MORADIAS DE INTERESSE SOCIAL
Antes de ser executado o projeto, deve se atentar a passos importantes para qualidade de execução sempre tendo o cuidado de seguir a sequencia do projeto, tendo escolhido materiais de boa qualidade, e também mão de obra qualificada.
3. 1. Sondagem do terreno 
A Sondagem é o primórdio de qualquer tipo de construção, consiste na análise de cada tipo de camada encontrada na perfuração do solo, podendo assim definir se será possível ou não para a execução da fundação “radier”. Para a execução de radier, a sondagem deverá atingir valores significativos de compactação sendo normalmente de 95%. 
Figura 15: Execução de sondagem em obra.
Fonte: H3D Sondagem [footnoteRef:21] [21: Profissionais executando processo de sondagem do terreno. Disponível em: http://www.h3d.com.br 
Acesso em 11/09/2017.] 
3. 2. Topografia do terreno
É o estudo que consiste no objetivo de conhecer, caracteristicamente e obter uma representação gráfica da superfície territorial, ignorando a forma elipsoidal do planeta terra. 
Na execução do projeto de “radier” para moradias de interesse social, a topografia é executada da seguinte forma: O Técnico topógrafo tem por necessidade saber das condições em que o terreno se encontra e também suas dimensões normalmente em metros quadrados (m²). Em seguida é efetuado um plano altimétrico, onde será visualizado os aclives e declives do terreno usando uma estação topográfica ou um teodolito[footnoteRef:22]. [22: Instrumento de precisão para medir ângulos horizontais e ângulos verticais, muito empregados em trabalhos geodésicos e topográficos. ] 
 Figura 16: A utilização do teodolito.
Fonte: geo3topografia [footnoteRef:23] [23: Topografo demonstrando uso do teodolito para executar medição de ângulos do terreno. Dísponivel em: http://www.geo3topografia.com.br/. Acesso em 11/09/2017.] 
3. 3. Nivelamento do terreno
O nivelamento do território após a sondagem e a topografia do local dá se através de terraplenagem onde se houver a necessidade de movimentação de terra de um ponto alto ao ponto baixo, tornando assim um platô no mesmo nível. Tal procedimento se faz necessário devido as imperfeições naturais em que o terreno se encontra. O Procedimento deverá ser rigorosamente efetuado e fiscalizado, para que se obtenha êxito no feito. Para o nivelamento do espaço existem dois procedimentos sendo eles: Corte e Aterro. 
3. 3. 1. Corte
Sendo o terreno em um nível superior ao da via, torna-se viável efetuar o corte que tem por finalidade a retirada do maciço terroso do local, sua execução é feita por meio de maquinários, sendo possível a contratação de empresas especializadas no ramo para execução do procedimento. Os equipamentos utilizados normalmente são: Retroescavadeira, Moto niveladora, pá carregadeira e caminhões basculantes para o transporte do material retirado do local e depositado no outro quando houver necessidade. O procedimento deverá ser acompanhado por uma equipe especializada em topografia que fará demarcação da quantidade de material movimentado.
Porém deve se ter a atenção para que não ocorra a retirada excessiva de material, pois futuramente poderá haver necessidade de terra no decorrer da obra, deixando separado e armazenado uma quantidade relevante de terra, não havendo necessidade de utilização na obra, a mesma poderá ser descartada em local apropriado e credenciado, ou até mesmo sendo transferida para outra obra. 
3. 3. 2. Aterro
Por outro lado se o local onde será efetuado o nivelamento, estiver em patamar inferior a via a complexidade por sua vez é de adição de terra, com isto o nível se elevará alcançando assim a altura desejada. O primeiro passo é a construção de muros de arrimo, devidamente demarcado pelo profissional topógrafo e sua respectiva equipe. Os muros têm por sua função suportar a carga que o maciço terroso esta exercendo sobre o mesmo. Após a construção dos muros, o passo seguinte é preencher o local com alguns caminhões de terra, sempre intercalando processos entre adição de terra e compactação e assim sucessivamente. Este procedimento leva tempo superior a execução comparado com o corte citado anteriormente. Os maquinários utilizados se dá a necessidade de cada obra, mas para “radier” normalmente se usa mais: caminhões basculantes, moto niveladora, e rolo compactador do tipo pé de carneiro.
Figura17: Rolo compactador pé de carneiro.
Fonte: Portal met@lica [footnoteRef:24] [24: Operador de máquinas pesadas executando compactação do terreno de uma obra de grande porte. Disponível em: http://wwwo.metalica.com.br . Acesso em 12/09/2017.] 
 Figura 18: Moto niveladora.
Fonte: Cat [footnoteRef:25] [25: Operadores utilizando moto niveladora em uma obra. Disponível em: http://www.cat.com . Acesso em 12/09/2017.] 
 Figura 19: Retroescavadeira.
Fonte: Terraplenagem Panini [footnoteRef:26] [26: Operador de retroescavadeira utilizando a mesma para nivelamento do terreno. Disponível em: http://www.terraplenagempanini.com.br . Acesso em 12/09/2017.] 
3. 4. Montagem da forma in loco
A Montagem da fôrma se inicia da seguinte maneira: Logo após o nivelamento e a aferição do terreno utilizando equipamento a laser, para que seja certificado de que o mesmo esteja totalmente nivelado, deve se demarcar os gabaritos laterais, para em seguida realizar abertura da vala respeitando a dimensões e o perímetro projetado para o “radier”. Após este procedimento vem a abertura das valas com ferramentas mais estreitas e manuais onde serão distribuídas a rede de hidráulica. 
Feita as demarcações para a hidráulica é dado inicio a montagem das formas, tomando a devida atenção de alinhar as aberturas das formas para passagem de tubulação hidráulica, em seguida as formas são aplicadas e fixadas no seu devido lugar na vala para a concretagem, sendo elas aferidas com um prumo para que fiquem niveladas corretamente. Estas formas são distribuídas de forma linear delimitando o espaço onde mais tarde será depositado o concreto.
 Figura 20: Montagem da forma.
Fonte: Clube do Concreto [footnoteRef:27] [27: Trabalhador efetuando montagem das formas para concretagem . Disponível em: http://www.clubedoconcreto.com.br . Acesso em 13/09/2017.] 
3. 5. Passagem da tubulação hidráulica
Após os procedimentos citados anteriormente é demarcado os locais onde serão passados as tubulações hidráulicas, em seguida é depositada uma camada de brita com aproximadamente 7 centímetros de brita, deixando sem brita os locais onde será instalada a rede hidráulica, pois a mesma deverá ser acomodada em uma camada de cimento misturado com areia, sempre deixando uma parte significativa acima do nível projetado sendo chamado de “tubo de espera”, a mesma deverá ser devidamente tampada para prevenir que objetos caiam na tubulação ou até mesmo a possível entrada de animais. Essa tubulação bem como todo o perímetro é coberta com terra e em seguida também a brita.
 
 Figura 21: Passagem da tubulação
Fonte: Clube do Concreto [footnoteRef:28] [28: Profissional passando as tubulações de hidráulica . Disponível em: http://www.clubedoconcreto.com.br . Acesso em 13/09/2017. ] 
3. 6. Impermeabilização e aplicação da tela
A Impermeabilização do solo é feita através de lonas de plástico, a mesma é distribuída sobre a camada citada anteriormente de brita e terra. A função da lona é evitar que o concreto fique em contato direto com o solo úmido, e também evitar que a parte mais fluída do concreto desça para a camada de brita disposta no solo anteriormente. 
A aplicação da tela tem a função de “armar” o concreto, tornando assim um “radier” em concreto armado, a execução dá se de acordo com a necessidade do solo projetado sendo ela simples ou dupla ou até mesmo com reforços nas regiões em que se situarão as paredes. As telas são devidamente posicionadas sendo utilizados espaçadores, que tem a função de centralizar a tela na camada de concreto.
Figura 22: Distribuição da lona e aplicação da tela metálica.
Fonte: Clube do Concreto [footnoteRef:29] [29: Distribuição de lona impermeabilizante e em seguida tela metálica em um projeto de radier. Disponível em: http://www.clubedoconcreto.com.br . Acesso em 13/09/2017. ] 
3. 7. Concretagem e finalização do radier
O último passo da confecção da fundação rasa “radier”, trata se da concretagem, que deve ser muito bem espalhada e nivelada utilizando o nível eletrônico e a régua vibratória, para um acabamento uniforme, no momento em que está sendo depositado o concreto sendo ele usinado ou produzido in loco, deve se atentar aos seguintes requisitos: retirar todas as bolhas de ar produzidas no manuseio do concreto, com a utilização de vibradores industriais, acompanhando o preenchimento do concreto. O Procedimento é feito por vários profissionais ao mesmo tempo para que o acabamento tenha um melhor resultado, e impeça o endurecimento precoce. Caso isto venha a acontecer todo o procedimento desta etapa de concretagem, pode ser prejudicado e até mesmo perdido. 
Após este procedimento o mesmo deverá ser curado lentamente sempre molhando a superfície e cobrindo a mesma com uma manta Geotêxtil (Bidim®) [footnoteRef:30] [30: Manta geotêxtil utilizada na cura do concreto impedindo a secagem acelerada do mesmo.] 
 
 Figura 23: Concretagem do “radier”.
Fonte: Clube do Concreto [footnoteRef:31] [31: Concretagem de um radier em concreto armado. Disponível em: http://www.clubedoconcreto.com.br . Acesso em 13/09/2017. ] 
3. 8. A cristalização do concreto.
Para que se obtenha o concreto adequado, é necessário a mistura de alguns componentes, que auxiliam no processo da a cura ideal e esperada, livrando assim de trincas, fissuras ou qualquer outra espécie de patologia, estes componentes podem ser: 
· Cimento
· Agregado fino
· Agregado graúdo 
· Água
Em alguns momentos são inseridos produtos químicos tais como:
· Sílica
· Polímero
· Fibra de vidro
O objetivo desta mistura é obtenção de resultados como: melhor manuseio, resistência e redução da aceleração das reações químicas do concreto.
3. 9. A viabilidade da utilização do “radier”
A utilização da fundação do tipo “radier” se torna mais viável por diversas situações, que o faz ser bastante aceito em muitos projetos. 
Sendo um deles o adianto em relação ao início da obra pois pode ser avançado algumas etapas da fundação, tais como, evitar escavações desnecessárias, redução de funcionário pois pode se executado por quatro pessoas, no lugar de compra de Aço do tipo vergalhão CA50 é utilizado uma tela de Aço com vergalhão de CA60 como exige a norma NBR7481/1989, podendo ser simples ou dupla, reforçada ou não, que rende mais no quesito produção e mão de obra já que o mesmo vem pronto de fábrica dispensando assim um “setor” de armação de aço na obra. Além de reduzir as etapas comparadas com outras fundações, já que a mesma dispensa o processo de execução de contra piso.
3. 10. A rastreabilidade do concreto na utilização do “radier”
Após o concreto passar pelo procedimento no qual é utilizado teste de abatimento chamado de ensaio do slump, são coletadas amostras para fim de verificar sua resistência, conforme descrito na NBR responsável (NBR 5739/1994), fica proibida a retirada de amostras após o inicio da concretagem.
Para a execução do teste de rastreabilidade são necessárias de cinco à sete amostras do produto em questão no exato momento da chegada do mesmo no local. 
Essas amostras são denominadas “corpos de prova” os quais devem permanecer em seus devidas moldes, devidamente identificado, sendo indispensável a permanência sem sofrer qualquer tipo de movimentação, e oscilação de temperatura, por 14 horas. Em seguida as amostras são deslocadas até o laboratório, para o rompimento das mesmas, a fim de realizar os devidos testes de resistência. 
A dosagem de um concreto é feita sempre com margem de segurança especificada em norma (NBR 12.655/2015).
Para o aferimento da resistência à compressão cada corpo de prova deve ser rompido seguindo as respectivas normas, em relação comparativa (fck) proposta pelo projeto.Se por ventura os resultados de resistência atingidos forem inferiores ao estabelecido pelo projeto o responsável técnico pelo teste deve acionar o profissional projetista que deverá tomar as devidas providências junto da equipe.
Existem construtoras que defendem esse método de construção, no entanto se faz necessário o seguimento de algumas definições, como: 
Dentro de sete dias a curva evolutiva do concreto tem por necessidade ser igualar ou até mesmo ser maior que a do concreto proveniente no exato momento da concretagem. No período de vinte e oito dias o concreto (Mpa) deverá possuir resistência com um valor superior ou com o valor equivalente ao solicitado em projeto, no período de quatorze horas o (Mpa) devera atingir a resistência de compressão maior ou equivalente à 3 Mpa.
 Figura 24: Corpos de prova.
Fonte: Autoria Própria [footnoteRef:32] [32: Corpos de prova que serão rompidos.] 
 Figura 25: Corpos de prova imersos.
Fonte: Autoria Própria [footnoteRef:33] [33: Corpos de prova imersos em tanque laboratorial aguardando prazo para ruptura.] 
 Figura 26: Prensa laboratorial.
Fonte: Autoria Própria [footnoteRef:34] [34: Prensa utilizada para rompimento dos corpos de prova.] 
 Figura 27: Forma de solo.
Fonte: Autoria Própria [footnoteRef:35] [35: Formas utilizadas para moldagem de amostras de solo. ] 
3. 11. 	Acompanhamento de obra de interesse social utilizando a fundação rasa “radier”
No ano de 2014 dois membros do grupo tiveram a oportunidade de estarem em contato diretamente, acompanhando o desenvolvimento de um empreendimento realizado com todas as fundações das moradias em “radier”, situado na região da Grande São Paulo, mais especificamente na cidade de Cajamar, sendo ele constituído, por 311 casas, tendo um total de 157 fundações rasas do tipo “radier” 
executadas. Sendo que 154 foram do tipo geminadas[footnoteRef:36], e 3 individuais, cada casa possui uma fundação de 42,33m². A Obra teve o total de 31.000m² de área construída, contando com as residências, vias pavimentadas, ETE[footnoteRef:37] e área arborizada. [36: Geminada significa duplicada, que está disposta em pares. A utilização mais frequente do termo surge em “casa geminada”. Casa geminada é um tipo de construção simétrica, que une duas ou mais habitações compartilhando entre elas o telhado e parte da estrutura.] [37: Estação de Tratamento de Esgoto.
] 
Para que fosse possível a participação das inscrições eram necessários alguns requisitos estipulados pelos órgãos competentes, tais requisitos eram: 
I – Possuir capacidade civil: ser maior de 18 (dezoito) anos de idade ou ser emancipado;
II – Não ser proprietário, cessionário, promitente comprador ou usufrutuário de imóvel residencial;
III – Possuir renda familiar mensal bruta limitada a R$ 1.600,00 (mil e seiscentos reais);
IV – Não estar inscrito (restrições cadastrais) junto ao CADIN- Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados do Setor Público Federal.
 Através de programas sociais as casas foram distribuídas aos seus respectivos proprietários através de sorteios, realizados pela prefeitura, juntamente com a construtora. Após este o sorteio foram agendadas visitas às casas já em fase de acabamento, estando tudo em ordem, o morador assinava um termo no qual se declarava ciente da finalização do projeto, se por ventura encontrasse alguma irregularidade a mesma já era apontada e em seguida a construtora entrava em ação para sanar imperfeições.
 (
Figura 
28
:
 Famílias beneficiadas pelo programa
)
.
Fonte: Autoria própria [footnoteRef:38] [38: Entrega de residência, em programa habitacional, para famílias que se encontravam em área de risco. Na cidade de Cajamar – S.P. ] 
Um dos programas já existentes no país é o minha casa minha vida, lançado no ano de 2009, se trata de moradias de interesse social, com uma união entre o governo federal, estados do país e municípios, entidades e empresas, o objetivo deste programa social, é atender as classes mais baixas, dando a elas melhores condições e facilidades para que possam adquirir a tão sonhada casa própria, sendo assim, também o Brasil tem muito a ganhar em desenvolvimento, pois tende a diminuir o índice de moradores de periferias e favelas, onde passam por muitas necessidades de infra estrutura, educação, saúde, sem contar o preconceito que sofrem por outras pessoas, que associam a pessoa ao lugar.
A primeira ideia seria atingir 1 milhão de unidades residenciais, todas de interesse social, pois no máximo que o valor de renda familiar seria de até dez salários mínimos, na época o programa foi criticado por diversas áreas. Pois pensavam se que haveria muitos problemas financeiros nos estados participantes, devido a elevada liberação de créditos, em contra partida recebeu elogios precisos pois reduziria assim os níveis de desigualdade social, minimizando o déficit de habitação, nos dias de hoje o numero de moradias já entregues passa de 6 milhões.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Um dos principais objetivos da utilização do radier é viabilizar a construção e uma casa sem muitos gastos desnecessários, sendo assim essa fundação possibilita a distribuição de todas as cargas de uma forma mais simples, uniformes e seguras, pois se torna uma única placa existente , desta forma a execução é mais simples e com um tempo bem minimizado, dispensando assim a utilização de variadas ferramentas, máquinas e efetivo humano, deixando assim o empreendimento com uma facilidade de financiamento ao comprador pois a fundação é responsável por.
O sistema de fundação do tipo “radier” chegou a sofrer preconceito diretamente por parte de pessoas leigas no assunto de construção, por não possuírem o conhecimento técnico específico, acabam generalizando uma fundação, como que houvesse necessidade em ambas as espécies de uma perfuração mais elevada, no entanto como já constatado, sua aplicação cabe perfeitamente para a maioria de empreendimentos onde serão construídas casas térreas, esse trabalho tem por sua vez uma função de apresentar o sistema mais voltado para empreendimento no qual exija agilidade no processo da construção e uma facilidade de execução que ressalta bem o caso da aplicação mais especificamente ainda, em casas de interesse social.
Nesses casos o tempo de execução da obra tem um cronograma bem elaborado, contendo no mesmo em cada etapa um tempo hábil para que a entrega ocorra sempre dentro do prazo estipulado, pois passando este prazo pode acontecer do órgão responsável pelo atraso, seja ele público ou privado acabar por pagar multa referente atrasos que venham a ocorrer no decorrer das etapas de construção. Para que esses eventuais atrasos não ocorram é necessário o cumprimento de prazos em cada etapa construtiva, no caso da fundação que é umas das primeiras etapas, se faz necessário o conhecimento específico, de estrutura, e do solo, sabendo desta forma qual a melhor fundação para a área a ser construída, caso os resultados obtidos de ensaios constatam que o ponto comporta o “radier”, já é iniciado em seguida os preparativos para a execução.
Figura 30: Casas de interesse social.
Fonte: Autoria própria [footnoteRef:39] [39: Obras em fase de acabamento, inicio de ocupação pelas famílias, em Outubro de 2014. Na cidade de Cajamar – S.P. ] 
No país vem ganhando cada vez mais espaço nos projetos de casas térreas, impulsionados pelo programa do governo MCMV[footnoteRef:40] que tem como objetivo a construção de casas térreas por sua vez sendo elas geminadas ou não. Por utilizar matérias com maior viabilidade, do programa PBQP-H. Este sistema construtivo visa também a preservação do meio ambiente, já que o mesmo possui uma carga menor de materiais e maquinários pesados. Também evita o desperdício excessivo de materiais, pois o “radier” é dimensionado praticamente com as exatas medidas de cada tipo de material, pois o mesmo é moldado em uma forma em sua maioria reticulada. [40: Minha Casa MinhaVida ] 
Contudo cabe a engenharia investir mais nesse tipo de fundação, para melhor desempenho, economia de materiais, viabilidade, e também visando reduzir danos ao meio ambiente. Mesmo se tratando de um método relativamente novo, seria interessante ir introduzindo ele pouco a pouco no mercado da construção civil. 
Figura 29: Entrega de residências.
Fonte: Autoria própria [footnoteRef:41] [41: Casas entregues a famílias de baixa renda, em Outubro de 2014. Na cidade de Cajamar – S.P. ] 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAUDURO, Eugenio Luiz. Execução de Radiers Protendidos: Simplicidade e Economia. Fortaleza, CE, 2000. Disponível em: < http://www.deecc.ufc.br /Download/TB736_construcao%20de%20edificios/Artigos/ExecucaodeRadiers.pdf >. Acesso em 15 abr. 2017.
ESCOLA ENGENHARIA. Fundações Profundas.  [s.l.], [s. d.]. Disponível em: < https: //www.escolaengenharia.com.br/fundacoes-profundas/ >. Acesso em: 02 mai. 2017.
FREIRE, Eugenio Luiz. Execução de Radiers Protendidos: Simplicidade e Economia. Fortaleza, CE, 2000. Disponível em: < http://www.deecc.ufc.br /Download/TB736_construcao%20de%20edificios/Artigos/ExecucaodeRadiers.pdf >. Acesso em 15 abr. 2017;
PORTAL METALICA. Construção Civil. Radier – inovação tecnológica aplicada na construção. [s.l.], [s. d.]. Disponível em: < http://wwwo.metalica.com.br/radier-inovacao-tecnologica-aplicada-na-construcao >. Acesso em 03 mai. 2017;
Ribeiro, Carmen Couto; Materiais de construção civil; Carmen Couto Ribeiro, Joana Darc Da SilvaPinto, Tadeu Starling. 4° ed. Ver. – Belo Horizonte : Editora UFMG, 2013.
SANTORO F. Paula, e BORRELLI, Julia. Os desafios de produzir habitação de interesse social em São Paulo: da reserva de terra no zoneamento às contrapartidas obtidas a partir do desenvolvimento imobiliário ou das seis à cota de solidariedade. Belo Horizonte, MG: XVI ENANPUR, 2015. Disponível em: < http://www.labcidade.fau.usp.br/download/PDF/2015_ANPUR_Os_Desafios_de_Produzir_HIS_em_SP.pdf >. Acesso em 21 mai. 2017;
SANTOS, Altair. Para cada tipo de solo, um tipo de Radier. [s.l.], 2013. Disponível em: < http://www.cimentoitambe.com.br/para-cada-tipo-de-solo-um-tipo-de-radier/ >. Acesso em 02 mai. 2017;
SOUZA, Roberto de. Gestão de Material de construção. Roberto de Souza, Marcos Roberto Tamaki; São Paulo, 2004
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA - UNAMA. Tecnologia das Construcoes I: Aula 4. Belém, PA. [s. d.]. Disponível em: < http://docente.ifrn.edu.br/valtencirgomes /disciplinas/construcao-de-edificios/apontamentos-fundacao/view >. Acesso em: 28 abr. 2017;
VELLOSO. Dirceu de Alencar; LOPES Francisco de Rezende. Fundações. Volume1; 2° ed. São Paulo, 2011;
VOTORANTIM CIMENTOS. Mapa da Obra. Radier de concreto armado é opção competitiva para fundações diretas. São Paulo, 2017. Disponível em: < http://www .mapadaobra.com.br/capacitacao/radier-de-concreto-armado-e-opcao-competitiva-para-fundacoes-diretas/ >. Acesso em 28 abr. 2017.

Continue navegando