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Ética, Sustentabilidade e Responsabilidade Social

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E-Book 2
Yara Garbelotto
Ética, Sustentabilidade e 
Responsabilidade Social
 NESTE E-BOOK:
Introdução ���������������������������3
normas e certIfIcações aBnt �������� 4
Normas Técnicas ��������������������������5
Certificações ������������������������������9
IndIcadores ethos para 
negócIos sustentáveIs e 
responsáveIs ������������������������� 11
Balanço socIal ����������������������14
Modelo IBASE de balanço social ��������� 15
gloBal reportIng InItIatIve ����������� 17
agenda 2030 e os oBjetIvos de 
desenvolvImento sustentável �������� 20
pacto gloBal (gloBal compact) ����� 23
consIderações fInaIs ���������������� 26
síntese ����������������������������� 27
Introdução
De acordo com Ashley (2005), o conceito de 
responsabilidade social corporativa vem amadu-
recendo quanto à capacidade de sua operaciona-
lização e mensuração. Essa afirmação pode ser 
comprovada quando observamos a quantidade 
e a qualidade dos diversos instrumentos que 
foram desenvolvidos nesses quase 30 anos de 
evolução do conceito de gestão empresarial 
responsável, de indicadores a modelos de rela-
tórios, de acordos voluntários a certificações.
Para Félix e Borda (2009), esses são caminhos 
concretos e delimitados que podem ser percor-
ridos pelas empresas, e todos os documentos 
possuem pontos convergentes com o tripé da 
gestão responsável (ética, responsabilidade 
social e sustentabilidade).
Vamos apresentar a você alguns dos instrumentos 
mais difundidos, lembrando que este campo do 
conhecimento encontra-se em constante aper-
feiçoamento e a busca por novos instrumentos 
deve ser permanente em sua jornada profissional!
3
normas e 
certIfIcações aBnt
A Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT) é uma entidade privada sem fins lucra-
tivos responsável pela elaboração das normas 
brasileiras que, desde 1950, atua também na 
avaliação da conformidade e dispõe de progra-
mas para certificação de produtos, sistemas e 
rotulagem ambiental (ABNT, 2019).
A ABNT é membro fundador da International 
Organization for Standardization (ISO) e de ou-
tras associações e comissões internacionais 
de normalização. A ISO é uma organização não 
governamental estabelecida em 1947, integrada 
por organismos nacionais de normalização. Ao 
promover o desenvolvimento da normalização 
no mundo, busca facilitar o intercâmbio comer-
cial e a prestação de serviços entre os países 
(ABNT, 2019).
A área de atuação, tanto da ABNT quanto da 
ISO, é muito ampla, englobando de produtos 
a serviços. Apresentaremos aqui somente os 
documentos de interesse da disciplina, porém 
recomendamos uma visita ao site da ABNT 
para você conhecer outras normas, sistemas 
de gestão e certificações.
Disponível em: http://www.abnt.org.br. Acesso 
em: 02 fev. 2019.
SAIBA MAIS
4
Normas Técnicas
De acordo com a ABNT (2019), denomina-se 
norma o documento estabelecido por consen-
so e aprovado por um organismo reconhecido 
que fornece regras, diretrizes ou características 
mínimas para atividades ou para seus resulta-
dos, visando a obtenção de um grau ótimo de 
ordenação em um dado contexto.
As normas são, por princípio, de uso voluntário 
(ou seja, não são obrigatórias por lei), mas geral-
mente são adotadas pelas empresas, uma vez 
que representam o consenso sobre o estado 
da arte de determinado assunto, obtido entre 
especialistas das partes interessadas.
Alguns países adotam a obrigatoriedade de segui-
-las, ao menos em áreas ou produtos específicos. 
No Brasil, o Código de Defesa do Consumidor 
determina esse aspecto.
Considerando-se que as normas asseguram as 
características desejáveis de produtos e servi-
ços (como qualidade, segurança e eficiência, 
por exemplo), fornecer um produto ou serviço 
que não siga a norma aplicável implica esfor-
ços adicionais para introduzi-lo no mercado, 
que incluem a necessidade de demonstrar-se 
de forma convincente que o produto atende às 
necessidades do cliente.
ABNT NBR ISO 14001:2015 | Sistemas de gestão 
ambiental – requisitos com orientações para uso
5
Especifica os requisitos para um sistema de 
gestão ambiental que uma organização pode 
usar para aumentar seu desempenho ambiental. 
É destinada a organizações que buscam sistema-
tizar o gerenciamento de suas responsabilidades 
ambientais.
ABNT NBR ISO 14004:2018 | Sistema de 
gestão ambiental – diretrizes gerais para a 
implementação
Orienta a organização para o estabelecimento, 
a implementação, a manutenção e a melhoria 
de um sistema de gestão ambiental robusto, 
crível e confiável.
ABNT NBR ISO 14050:2012 | Gestão Ambiental 
– vocabulário
Esta norma define os termos de conceitos fun-
damentais relacionados à gestão ambiental, 
publicados na série de normas ABNT NBR ISO 
14000.
ABNT NBR ISO 14063:2009 | Gestão Ambiental – 
Comunicação Ambiental – diretrizes e exemplos
Fornece as diretrizes sobre princípios gerais, 
política, estratégia e atividades relacionadas à 
comunicação ambiental, tanto interna quanto 
externa. Esta norma usa abordagens compro-
vadas e reconhecidas para a comunicação, 
adaptadas às condições específicas existentes 
na comunicação ambiental. Ela se aplica a todas 
6
as organizações que, independentemente de 
seu porte, tipo, localização, estrutura, atividades, 
produtos e serviços, tenham ou não um sistema 
de gestão ambiental implementado.
Para complementar seu conhecimento sobre 
comunicação ambiental, ouça o podcast 1.
PODCAST 1 
ABNT NBR 16001:2012 | Responsabilidade social 
– sistemas de gestão – requisitos
Estabelece os requisitos mínimos relativos a um 
sistema de gestão da responsabilidade social, per-
mitindo que a organização formule e implemente 
uma política e objetivos que levem em conta seus 
compromissos com: 1) a responsabilização; 2) 
a transparência; 3) o comportamento ético; 4) o 
respeito pelos interesses das partes; 5) o atendi-
mento aos requisitos legais e outros requisitos 
subscritos pela organização; 6) o respeito às 
normas internacionais de comportamento; 7) o 
respeito aos direitos humanos e 8) a promoção 
do desenvolvimento sustentável.
ABNT NBR ISO 20400:2017 | Compras Susten-
táveis – Diretrizes
Este documento fornece orientação para as 
organizações, independentemente de sua ativi-
dade ou tamanho, integrarem a sustentabilidade 
às compras, como descrito na ABNT NBR ISO 
7
https://famonline.instructure.com/files/68171/download?download_frd=1
26000. Destina-se às partes interessadas envol-
vidas ou impactadas por processos e decisões 
de compras.
ABNT NBR ISO 26000:2010 | Diretrizes sobre 
responsabilidade social
Fornece orientações para todos os tipos de 
organizações, independentemente do porte ou 
localização, sobre conceitos, termos e definições 
referentes à responsabilidade social; histórico, 
tendências e características da responsabilidade 
social; princípios e práticas relativas à respon-
sabilidade social; temas centrais e questões 
referentes à responsabilidade social; integração, 
implementação e promoção de comportamento 
socialmente responsável em toda a organização, 
por meio de suas políticas e práticas dentro de 
sua esfera de influência; identificação e enga-
jamento de partes interessadas e comunicação 
de compromissos, desempenho e outras infor-
mações referentes à responsabilidade social.
ABNT NBR ISO 37001:2017 | Sistemas de ges-
tão antissuborno – requisitos com orientações 
para uso
Esta norma especifica requisitos e fornece orien-
tações para o estabelecimento, a implementação, 
a manutenção, a análise crítica e a melhoria de 
um sistema de gestão antissuborno. O sistema 
pode ser independente ou integrado a um sistema 
de gestão global.
8
Certificações
Certificação é um processo no qual uma entidade 
independente (3ª parte) avalia se determinado 
produto ou serviço atende às normas técnicas. 
O resultado satisfatório dessas atividades leva 
à concessão da certificação e ao direito de uso 
da marca de conformidade da empresa certifi-
cadora (ABNT, 2019).
É reconhecido, atualmente, que a obtenção de 
uma certificaçãoagrega valor à empresa e facilita 
a introdução de seus produtos ou serviços no 
mercado. Para a ABNT, a certificação garante 
a conformidade, a qualidade e a segurança, ele-
vando o nível de produtos e serviços, reduzindo 
perdas e melhorando a gestão do processo 
produtivo.
Existem diversas certificações e empresas cer-
tificadoras no mundo todo. Apresentaremos 
aqui as três certificações emitidas pela ABNT 
que estão alinhadas à gestão responsável de 
modo geral:
Sistema de Gestão Ambiental ABNT NBR ISO 
14001
A conformidade do sistema de gestão da empresa 
com a norma ABNT NBR ISO 14001 envolve a 
revisão do processo produtivo visando a melhoria 
contínua do desempenho ambiental, controlando 
insumos e matérias-primas que representem 
desperdícios de recursos naturais. Certificar um 
9
sistema de gestão ambiental significa comprovar 
junto ao mercado e à sociedade que a organiza-
ção adota um conjunto de práticas destinadas 
a minimizar impactos que imponham riscos à 
preservação da biodiversidade.
Responsabilidade Social ABNT NBR 16001
Para serem realmente eficientes, os procedimen-
tos da organização precisam ser conduzidos 
dentro de um sistema de gestão estruturado. A 
partir daí, a certificação do sistema de gestão de 
responsabilidade social demonstrará ao mercado 
que a organização não existe apenas para ex-
plorar os recursos econômicos e humanos, mas 
também para contribuir com o desenvolvimento 
social, por meio da realização profissional de seus 
colaboradores e da promoção de benefícios ao 
meio ambiente e às partes interessadas.
Sistema de Gestão Antissuborno ABNT NBR 
ISO 37001
A norma ABNT NBR ISO 37001 especifica a 
implementação de políticas, procedimentos 
e controles que sejam razoáveis e proporcio-
nais, de acordo com os riscos de suborno que 
a organização enfrenta. Cabe ressaltar-se que 
a conformidade com a norma não garante a 
eliminação dos riscos de suborno.
O Procedimento Específico de Certificação de 
Sistemas de Gestão Antissuborno (PE-397) esta-
belece o processo para concessão, manutenção 
e renovação da certificação para as empresas.
10
IndIcadores ethos 
para negócIos 
sustentáveIs e 
responsáveIs
O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade 
Social é uma organização da sociedade civil de 
interesse público (Oscip) criada em 1998, por um 
grupo de empresários e executivos, cuja missão 
é mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a 
gerir seus negócios de forma socialmente res-
ponsável, tornando-as parceiras na construção 
de uma sociedade justa e sustentável (ETHOS, 
2019).
Desenvolve indicadores há bastante tempo, como 
forma de colaborar com as empresas interessa-
das em se alinhar aos propósitos do instituto. O 
conjunto atual de indicadores foi elaborado de 
maneira convergente com a norma ABNT NBR 
ISO 26000 e as diretrizes do Global Reporting 
Initiative (GRI) versão G4, que será abordado à 
frente, entre outras iniciativas.
Os indicadores são uma ferramenta de gestão 
que visa apoiar as empresas na incorporação da 
sustentabilidade e da responsabilidade social 
empresarial em suas estratégias de negócio, 
de modo que esse venha a ser sustentável e 
responsável. A ferramenta é composta por um 
11
questionário que permite o autodiagnóstico da 
gestão da empresa, e um sistema de preenchi-
mento on-line que possibilita a obtenção de 
relatórios, por meio dos quais é possível fazer 
o planejamento e a gestão de metas.
O questionário é agrupado em 4 dimensões 
que se desdobram em 47 temas e subtemas e, 
posteriormente, em indicadores.
Visão e Estratégia
Temas: estratégias para a sustentabilidade; proposta de 
valor; modelos de negócios.
Governança e Gestão
Temas: código de conduta; engajamento das partes 
interessadas; comunicação com responsabilidade social 
e práticas anticorrupção, entre outros (16 no total).
Social
Temas: monitoramento de impactos do negócio nos 
direitos humanos; trabalho infantil na cadeia de 
suprimentos; promoção da diversidade e equidade e 
estratégia de comunicação responsável e educação para 
o consumo consciente, entre outros (17 ao todo).
Ambiental
Temas: adaptação às mudanças climáticas; prevenção 
da poluição; uso sustentável de recursos materiais e 
logística reversa, entre outros (11 no total).
FIG 1
Figura 1: Categorias do questionário.
A empresa seleciona quais temas e indicadores 
quer preencher no sistema on-line, de acordo 
com o porte de sua empresa, e um relatório-
-diagnóstico é gerado automaticamente.
12
https://indicadoresethos.ethos.org.br/Login.aspx?ReturnUrl=%2f
https://indicadoresethos.ethos.org.br/Login.aspx?ReturnUrl=%2f
O Instituto Ethos desenvolveu 3 videoaulas 
para apresentar de maneira didática seus indi-
cadores e o sistema on-line de preenchimento 
de informações. Vale a pena conhecer melhor 
esta ferramenta para negócios sustentáveis 
e responsáveis:
Episódio 1. Disponível em: https://www.you-
tube.com/watch?v=VGLOEZhr7ds
Episódio 2. Disponível em: https://www.you-
tube.com/watch?v=QMa65oPUia8
Episódio 3. Disponível em: https://www.you-
tube.com/watch?v=4Ajza1qB1m8
Acesso em: 02 fev. 2019.
SAIBA MAIS
13
https://www.youtube.com/watch?v=VGLOEZhr7ds
https://www.youtube.com/watch?v=VGLOEZhr7ds
https://www.youtube.com/watch?v=QMa65oPUia8
https://www.youtube.com/watch?v=QMa65oPUia8
https://www.youtube.com/watch?v=4Ajza1qB1m8
https://www.youtube.com/watch?v=4Ajza1qB1m8
Balanço socIal
O balanço social é um instrumento de gestão e 
de informação que busca demonstrar quantitativa 
e qualitativamente o papel desempenhado pelas 
empresas no plano social, tanto internamente 
quanto na comunidade (FÉLIX; BORDA, 2009; 
TINOCO, 2010).
O balanço social deve ser publicado anualmen-
te pelas empresas que o adotam, permitindo 
seu acesso aos acionistas, empregados e 
comunidade.
Para Tinoco (2010), o balanço social deve tratar 
de cinco aspectos básicos: balanço de pes-
soas (recursos humanos); demonstração de 
valor adicionado (DVA); indicadores ambientais; 
responsabilidade social e pública e atividades 
exercidas pela entidade.
A DVA é um termo da contabilidade que denuncia 
a origem desta proposta, baseada no balanço 
financeiro que todas as empresas elaboram 
anualmente. Conheça um pouco mais em nosso 
podcast 2.
PODCAST 2 
14
https://famonline.instructure.com/files/68172/download?download_frd=1
Modelo IBASE de balanço social
O Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econô-
micas (IBASE) é uma organização de cidadania 
ativa, sem fins lucrativos, fundada em 1981 pelo 
sociólogo Herbert de Souza, o Betinho.
O instituto elaborou seu primeiro modelo de ba-
lanço social em 1997, o qual passou por diversas 
modificações e atualizações desde então. O 
modelo do IBASE para o balanço social apre-
senta dados e informações de dois exercícios 
anuais por meio de uma tabela bastante simples 
e direta, que deve ser publicada e amplamente 
divulgada (IBASE, 2019).
No modelo sugerido, a sociedade e o mercado 
são os grandes auditores do processo e dos 
resultados alcançados (TINOCO, 2010).
A estrutura base do relatório contém 43 indica-
dores quantitativos e 8 indicadores qualitativos, 
organizados em 7 categorias:
15
FIG 2
Base de cálculo 
são as três informações financeiras que servem de base de cálculo 
percentual para grande parte das informações apresentadas: 
receita líquida, resultado operacional e folha de pagamento bruta.
Indicadores sociais internos
deve conter todos os investimentos internos, obrigatórios e 
voluntários, que a empresa realiza para seu corpo funcional. Por 
exemplo: previdência privada, encargos sociais compulsórios, 
capacitação profissional, auxílio-creche etc.
Indicadores sociais externos
apresenta os investimentos voluntários da empresa direcionados à 
sociedade em geral ou a alguma comunidade externa relacionada 
aos objetivos ou interesses da organização, tais como projetos nas 
áreas de saúde, educação ou cultura.
Indicadores ambientais
contém os investimentos realizados para mitigar ou compensar os 
impactos ambientais geradose também os investimentos com 
vistas a melhorar a qualidade ambiental do processo produtivo da 
empresa.
Indicadores do corpo funcional
devem ser apresentadas as informações que demonstram o 
relacionamento da empresa com seu público interno, tais como 
criação de postos de trabalho, quantidade de estagiários, uso de 
trabalho terceirizado e valorização da diversidade (étnica, de 
gênero, de faixa etária, pessoas com deficiência).
Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania 
empresarial
nesta categoria devem estar as informações das ações relacionadas 
aos públicos que interagem com a organização. Em sua maioria, 
são indicadores qualitativos que mostram como está a participação 
interna e a distribuição dos benefícios.
Outras informações
espaço reservado e amplamente utilizado para a divulgação de 
informações consideradas relevantes para a compreensão de suas 
práticas sociais e ambientais.
Figura 2: Categorias de indicadores qualitativos
O IBASE possui modelos específicos para micro 
e pequenas empresas, para cooperativas, para 
instituições de ensino, fundações e organizações 
sociais (IBASE, 2019).
16
gloBal reportIng 
InItIatIve
O Global Reporting Initiativa (GRI) é um modelo 
pioneiro para a elaboração de balanços sociais ou 
relatórios, desenvolvido em 1997 pela Coaliton for 
Environmentally Responsible Economies. Em 2003 
a GRI tornou-se uma organização internacional 
independente que promove o padrão GRI para 
relatórios de sustentabilidade e revisa periodi-
camente suas diretrizes por meio de consulta a 
organizações de todo o mundo (FÉLIX; BORDA, 
2009; GRI, 2019).
A versão atualmente em vigor denomina-se 
GRI Standards (Padrão GRI). Foi elaborada 
em 2016 e iniciou sua vigência oficial em 1º 
de julho de 2018.
Por ser bastante recente, é importante você 
ficar atento a qual versão do GRI a literatura 
consultada se debruça para análise. As pu-
blicações de Laasch e Conaway (2015) e de 
Félix e Borda (2009), por exemplo, referem-se 
à versão G3, lançada em 2006. Os Indicado-
res do Instituto Ethos utilizam a versão G4, 
lançada em 2013.
De maneira geral, o modelo GRI foi desenvol-
vido para aprimorar a comparabilidade global 
e a qualidade das informações sobre os im-
pactos econômicos, sociais e ambientais das 
FIQUE ATENTO 17
organizações, possibilitando maior transparência 
e responsabilidade sobre os impactos gerados 
e seu gerenciamento (GRI, 2019).
De acordo com Laasch e Conaway (2015), as 
diretrizes da GRI fornecem o modelo de relató-
rio mais utilizado no mundo corporativo e sua 
relevância pode ser atribuída à criação de uma 
linguagem comum para organizações e partes 
interessadas, com a qual os impactos econô-
micos, ambientais e sociais das organizações 
podem ser comunicados e compreendidos.
Os autores ilustram os princípios básicos envol-
vidos na elaboração do relatório GRI (Tabela 1), 
os quais podem ser divididos em dois grupos: o 
primeiro grupo subdivide-se entre os princípios 
que ajudam a definir o conteúdo e os princípios 
que asseguram a qualidade do relatório; o se-
gundo grupo de princípios estabelece os limites 
do relatório. Em outras palavras, há princípios 
estabelecidos para o relatório em si (seleção de 
conteúdo e qualidade das informações) e há prin-
cípios estabelecidos para pensar sobre o impacto 
do relatório junto a suas partes interessadas.
Ainda de acordo com Laasch e Conaway (2015), 
a transparência representa o valor que está por 
trás de todos os aspectos dos relatórios GRI. Ela 
abrange a divulgação completa de processos, 
procedimentos e pressupostos na preparação 
do relatório.
18
Para saber mais sobre o assunto, ouça o pod-
cast 3.
PODCAST 3 
PRINCÍPIOS ORIENTADORES
Conteúdo do 
relatório
Qualidade do 
relatório
Limites do 
relatório
Materialidade Exatidão Significância dos 
impactos
Inclusão dos 
interessados
Equilibrio Controle do 
poder
Contexto da 
sustentabilidade
Comparabilidade Influência
Integralidade Clareza Desafios
Periodicidade
Confiabilidade
Tabela 1: Princípios orientadores da elaboração de 
relatório GRI. Fonte: adaptado de Laasch; Conaway 
(2015, p. 455).
19
https://famonline.instructure.com/files/68173/download?download_frd=1
agenda 2030 e 
os oBjetIvos de 
desenvolvImento 
sustentável
No ano 2000, a Organização das Nações Unidas 
(ONU) lançou uma iniciativa ousada: os Objetivos 
de Desenvolvimento do Milênio, uma agenda 
voltada à erradicação da pobreza e estímulo ao 
desenvolvimento, a qual orientou diversas ações 
da ONU entre 2000 e 2015.
Esse programa evidenciou que estabelecer-se 
objetivos globais é um eficiente mecanismo para 
se alcançar melhores resultados de desenvol-
vimento, de modo que em setembro de 2015 a 
ONU convocou a Cúpula do Desenvolvimento 
Sustentável, com o objetivo de propor uma nova 
agenda de desenvolvimento para o período de 
2015 a 2030 (ONU BRASIL, 2019).
Essa nova agenda estabelece 17 grandes objetivos 
e 169 metas, e todos os países signatários – Bra-
sil incluso – comprometeram-se a empreender 
esforços para alcançá-los.
20
erradicação 
da
pobreza
fome zero e 
agricultura
sustentável
saúde e 
bem-estar
educação de 
qualidade
igualdade 
de gênero
água potavel 
e
saneamento 
trabalho 
decente
e crescimento
econômico
indústria, 
inovação e 
infraestrutura
redução das 
desigualdades
cidades e 
comunidades 
sustentáveis
consumo e 
produção 
responsáveis
ação contra a 
mudança 
global no clima
vida na água vida terrestre paz, justiça e 
instruções 
eficazes
parcerias e 
meios de im-
plementação
energia limpa
e acessível
Objetivos de 
desenvolvimento
sustentável
1
2 3 4 5
6 7 8 9
10 11 12 13
14 15 16 17
FIG 3
Figura 3: Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 
Fonte: Organização das Nações Unidas. Disponível em: 
https://nacoesunidas.org/pos2015. Acesso em 04 fev. 2019
21
Cabe aos governos nacionais adequar as metas 
e indicadores para sua realidade e incentivar 
que todo o conjunto da sociedade se envolva no 
cumprimento deste desafio global. Para conhecer 
um pouco mais sobre cada um dos 17 objetivos 
ouça o podcast 4.
PODCAST 4 
As empresas possuem um papel estratégico 
nesse programa, não apenas apoiando políticas 
públicas e acompanhando os resultados, mas, 
principalmente, incorporando em sua estrutura 
uma gestão responsável que valorize o equilíbrio 
entre crescimento econômico, inclusão social e 
proteção ao meio ambiente (ONU BRASIL, 2019).
A Agenda 2030 não é legalmente vinculante, 
ou seja, não tem peso de lei internacional. Po-
rém, espera-se que os países se apropriem da 
agenda e estabeleçam um arcabouço nacional 
que permita alcançar-se os objetivos no prazo 
proposto (ONU BRASIL, 2019).
O vídeo institucional de lançamento da Agenda 
2030 fornece um panorama da importância 
desta agenda, que conta com apoio mundial 
de autoridades civis e religiosas. Disponível 
em: https://youtu.be/u2K0Ff6bzZ4 Acesso 
em: 01 fev. 2019.
SAIBA MAIS
22
https://famonline.instructure.com/files/68174/download?download_frd=1
https://youtu.be/u2K0Ff6bzZ4
pacto gloBal
O Pacto Global (Global Compact) nasceu da von-
tade de mobilizar-se a comunidade empresarial 
do mundo para a adoção de valores fundamentais 
e internacionalmente aceitos em suas práticas 
de negócios. Foi viabilizado por meio da união de 
esforços do Programa das Nações Unidas para 
o Desenvolvimento; do Programa das Nações 
Unidas pelo Meio Ambiente, da Organização 
Internacional do Trabalho e da Organização das 
Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial 
(FÉLIX; BORDA, 2009; PACTO GLOBAL, 2019).
Lançado no ano 2000, não é um instrumento 
regulatório, nem um código de conduta obriga-
tório, mas uma iniciativa voluntária que fornece 
diretrizes para a promoção do crescimento sus-
tentável e da cidadania, por meio de lideranças 
corporativas comprometidas e inovadoras (PACTO 
GLOBAL, 2019).
De acordo com a iniciativa, atualmente são quase 
13 mil signatários articulados em mais de 160 
países. Fazem parte pequenas, médias e grandesempresas, além de organizações da sociedade 
relacionadas ao setor privado.
O Pacto Global estabelece 10 princípios a serem 
observados, envolvendo quatro áreas: Direitos 
Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Combate 
à Corrupção.
23
Direitos Humanos
1. As empresas devem apoiar e respeitar a 
proteção de direitos humanos reconhecidos 
internacionalmente;
2. Assegurar-se de sua não participação em 
violações destes direitos.
Trabalho
3. As empresas devem apoiar a liberdade de 
associação e o reconhecimento efetivo do direito 
à negociação coletiva;
4. A eliminação de todas as formas de trabalho 
forçado ou compulsório;
5. A abolição efetiva do trabalho infantil;
6. Eliminar a discriminação no emprego.
Meio Ambiente
7. As empresas devem apoiar uma abordagem 
preventiva aos desafios ambientais;
8. Desenvolver iniciativas para promover maior 
responsabilidade ambiental;
9. Incentivar o desenvolvimento e difusão de 
tecnologias ambientalmente amigáveis.
Anticorrupção
10. As empresas devem combater a corrupção 
em todas as suas formas, inclusive extorsão e 
propina.
24
Ao aderir ao Pacto Global, a organização assume 
o compromisso de implementar os 10 princípios 
em suas estratégias de negócio e operações 
diárias e, para tornar esse compromisso público 
e transparente, deve publicar relatórios periódicos 
sobre os progressos realizados.
Há duas modalidades de relatórios: A Comuni-
cação de Progresso (COP), relatório específico 
para empresas, que deve ser enviado anualmente, 
e a Comunicação de Engajamento (COE), para 
participantes sem atividades empresariais, que 
deve ser enviado a cada dois anos.
O relatório deve ser enviado por meio do site do 
Pacto Global Nova York, havendo possibilidade de 
exclusão das organizações que não cumprirem 
os prazos estabelecidos.
Você sabia que o Brasil possui uma rede de em-
presas engajadas no Pacto Global? Saiba mais 
ouvindo o podcast 5.
PODCAST 5 
25
https://famonline.instructure.com/files/68175/download?download_frd=1
consIderações fInaIs
Ao conhecermos e analisarmos os diversos 
instrumentos disponíveis para a operacionali-
zação de uma gestão empresarial responsável, 
constatamos que os pilares da ética, da respon-
sabilidade social e da sustentabilidade ambiental 
estão consolidados na sociedade deste início 
de século 21.
São esses três pilares que dão sustentação às 
normas, indicadores e relatórios que vêm sendo 
desenvolvidos e aprimorados nos últimos 30 
anos, e todos convergem para o consenso de que 
as empresas devem desenvolver um novo olhar 
sobre os ganhos econômicos, não os ignorando, 
obviamente, mas ampliando o entendimento do 
que é o ganho de uma empresa para além do 
retorno financeiro.
Em uma sociedade cada vez mais complexa, 
falar de ética é mais do que escrever um código 
de conduta para ser fixado na parede do refei-
tório; tratar de responsabilidade social é mais 
do que doar cestas básicas para as comunida-
des carentes do entorno da empresa; cuidar da 
sustentabilidade ambiental é muito mais do que 
plantar árvores com os funcionários no Dia do 
Meio Ambiente.
A gestão responsável de uma organização é o 
compromisso com a adoção, operacionalização 
e difusão de:
[...] valores, condutas e procedimentos que 
induzam e estimulem o contínuo aperfeiçoa-
mento dos processos empresariais, para que 
também resultem em preservação e melhoria 
da qualidade de vida da sociedade do ponto 
de vista ético, social e ambiental (TACHIZA-
WA, 2015, p.68).
26
• Normas e certificações ABNT
Ferramentas e 
sistemas de gestão 
responsável
Principais ferramentas 
para operacionalização 
da gestão responsável
• Indicadores Ethos para Negócios 
Sustentáveis e Resnponsáveis
• Balanço Social
• Global Reporting Initiative
• Agenda 2030 e Objetivos de 
Desenvolvimento Sustentável
• Pacto Global
síntese
referêncIas
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS. Disponível em: https://www.abnt.org.
br. Acesso em: 02 fev. 2019.
ASHLEY, P. A. (Coord.). Ética e responsabilidade 
social nos negócios. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 
2005.
ETHOS – INSTITUTO ETHOS. Disponível em: htt-
ps://www.ethos.org.br. Acesso em: 02 fev. 2019.
FÉLIX, J. D. B.; BORDA, G. Z. (Org.). Gestão da 
Comunicação e Responsabilidade Socioam-
biental. São Paulo: Atlas, 2009.
GRI – GLOBAL REPORTING INITIATIVE. Disponí-
vel em: https://www.globalreporting.org. Acesso 
em: 01 fev. 2019.
IBASE – INSTITUTO BRASILEIRO DE ANÁLISES 
SOCIAIS E ECONÔMICAS. Disponível em: http://
ibase.br/pt/balanco-social. Acesso em: 02 fev. 
2019.
LAASCH, O.; CONAWAY, R. N. Fundamentos da 
gestão responsável: sustentabilidade, responsa-
bilidade e ética. São Paulo: Cengage Learning, 
2015.
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TRABALHO. Disponível em: https://www.ilo.
org/brasilia/lang-pt/index.htm. Acesso em: 30 
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ONU BRASIL. Disponível em: https://nacoesuni-
das.org/pos2015. Acesso em: 01 fev. 2019.
PACTO GLOBAL. Disponível em: http://pactoglo-
bal.org.br. Acesso em: 01 fev. 2019.
TACHIZAWA, T. Gestão Ambiental e Respon-
sabilidade Social Corporativa: estratégias de 
negócios focadas na realidade brasileira. 8. ed. 
São Paulo: Atlas, 2015.
TINOCO, J. E. P. Balanço social e o relatório da 
sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2010.
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	Introdução
	Normas e certificações ABNT
	Normas Técnicas
	Certificações
	Indicadores Ethos para negócios sustentáveis e responsáveis
	Balanço social
	Modelo IBASE de balanço social
	Global Reporting Initiative
	Agenda 2030 e os objetivos de desenvolvimento sustentável
	Pacto Global (Global Compact)
	Considerações finais
	Síntese
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