Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Genética Humana | Camyla Duarte 1 Cromatina sexual, também chamado de corpúsculo de Barr, é o nome dado ao cromossomo X inativo e condensado das células que constituem as fêmeas de mamíferos Cromossomo X Cromossomo submetacêntrico de tamanho médio 5% do DNA do genoma nuclear 1500 genes codificantes Doenças ligadas ao X (maioria recessiva) Cromocentro (região do núcleo à qual o cromossomo politênico parece estar ligado.) Técnicas de citogenética: cromossomo X condensado Número de cromatinas = nº de cromossomos X -1 o XX= 1 cromatina o XO= 0 cromatina o XXY= 1 cromatina o XXXY = 2cromatinas Inativação do X- Hipótese de Lyon (Lyonização) A hipótese de Lyon estabelece que um cromossomo X em cada célula é inativado ao acaso, no início do desenvolvimento embrionário das fêmeas. Sexo feminino: 2 X -> duas copias de cada gene ligado ao X Sexo masculino: apenas uma cópia A inativação é de cerca de 85% e ocorre para balancear a diferença do número de copias de genes ligados ao X entre homens e mulheres Dois sexos não diferem em termos de produtos codificados pela maioria destes genes: expressão do X semelhante nos dois sexos Um cromossomo X em cada célula somática da fêmea é inativado no início do desenvolvimento embrionário Compensação da dose: equalização dos produtos gênicos ligados ao X em ambos os sexos Cromossomo X inativado na célula -> inativos em todas as células descendentes, é chamado de corpúsculo de Barr. Número de corpúsculos de barr = nº de cromossomos X por célula – 1 Em neutrófilos da mulher, o corpúsculo de Barr é conhecido como baqueta Processo ao acaso, mas fixo. Duas populações distintas de células no sexo feminino: uma com x de origem paterna ativo e outra com x de origem materna ativo (forma indivíduos mosaicos) Processo de inativação 7 a 10 dias após a fertilização Centro de inativação: braço longo do cromossomo X. Sítio no meio do cromossomo X em que se inicia a inativação do X. Codifica um RNA curto, o RNA XIST que eventualmente reveste o cromossomo X inativo inteiro Presença do gene XIST: codifica um produto do RNA que cobre o cromossomo X inativo Metilação e desacetilação de histonas do cromossomo X Metilação – adição de grupos metil (-CH3) às proteínas histonas. Desacetilação – Remoção de grupos acetil (-H3CCOO) das histonas. Reativação nas células germinativas A inativação é ao acaso, fixa e incompleta Algumas regiões permanecem ativas em todas as copias 15% dos genes escapam da inativação -> principalmente os localizados nas extremidades dos braços do cromossomo Genes localizados na região homologa ao cromossomo Y (braço curto do X) Genética Humana | Camyla Duarte 2 Síndrome do X frágil: síndrome de martin-bell (1943) FMR1 (FRAX mental retardation 1) Repetição de 3 nucleotídeos CGG o Normais: 6 a 54 vezes o Portadores normais: 50 a 200 o Afetados: até 4000 X “frágil”: quebra do cromossomo quando cultivado em meio deficiente de ácido fólico Sitio frágil: final do braço longo do cromossomos X -> gene FMR1 – expansão de uma repetição CGC neste gene (de 54 para 4000 copias) Mutação completa: ausência de uma proteína codificada por este gene -> presente no citoplasma dos neurônios, participação na conexão sináptica Características físicas o Atrasos no desenvolvimento psicomotor, com aquisição tardia de posturas/dificuldade na coordenação de movimento finos o Dificuldade para articular a fala o Otites medias o Palato ogival/ má oclusão dentaria o Transtornos oculares (estrabismo, miopia) o Alterações em estruturas e funções cerebrais o Convulsões e epilepsia Características emocionais Diagnostico o Análise de DNA verificando a contagem do número de sequencias CGC o Avaliação clínica e histórica Tratamento – paliativo (centrado na qualidade e não na duração da vida) o Utilização de neurotransmissores o Ácido fólico - derivado do aminoácido ácido glutâmico; considerado como pertencente ao complexo vitamínico B; importante também como participante da síntese de purinas e de pirimidinas. o Anticonvulsivantes o Ansiolíticos o Terapia psicomotora Alterações dos Cromossomos Sexuais Ginecomastia: aumento das mamas Galactorreia: excreção de leite Labilidade emocional: variação emocional Hipolasicos: diminuição da quantidade de células do tecido Tecido glandular periareolar: Azoospermia: sem espermatozoide Biotipo eunucoide: alto, magro, longilíneo, com distribuição de pelos diferente da masculina, voz mais fina Alterações cromossômicas numéricas Síndromes devido a alteração dos cromossomos sexuais Euploidia: aumento ou diminuição de todo um conjunto cromossômico, ou seja, todo o genoma do indivíduo. Pode gerar indivíduos haploides (n), triploides (3n), poliploides, etc. Normalmente não é compatível com a vida. Aneuploidia: ganha ou perda de um ou mais cromossomos Monossomia: 2n-1 Trissomia: 2n+1 Tetrassomia: 2n+2 As aneuploidias normalmente ocorrem em virtude de um evento chamado de não disjunção. Na não disjunção, um determinado par de cromossomos homólogos não se separa durante a divisão, Genética Humana | Camyla Duarte 3 originando uma célula com um cromossomo a mais e outra célula com cromossomo a menos. Esse processo pode ocorrer durante a meiose para a formação dos gametas ou durante a mitose do zigoto. Exemplos de doenças causadas por aneuploidia: o Síndrome de klinefelter (47, XXY) o Síndrome de turner (45, X0) o Sindrome de Down (47, XX ou 47, XY +21) o Sindrome de Edwards (47 XX ou 47 XY + 18) Diferenciação sexual Determinação sexual = fecundação XX ou XY Diferenciação: processo de desenvolvimento do fenótipo feminino ou masculino inicia-se com 7 semanas gestacionais Depende da expressão regulada e interação de genes específicos Cromossomo Y (gene SRY) Cromossomo X (gene DAX1) Algumas regiões permanecem ativas em todas as copias 15% dos genes escapam da inativação -> localização nas extremidades dos braços Genes localizados na região homologa ao cromossomo Y (braço curto do X) Região pseudoautossomica: região em que no cromossomo X e no Y é correspondente. O cromossomo X não é autossômico do Y. Homologia dos Cromossomos X e Y – Existem duas regiões nesses cromossomos que possuem homologia, garantindo o pareamento e a recombinação entre eles, dando estabilidade ao par e propiciando sua adequada segregação na meiose. Esses segmentos contém genes homólogos que segregam como autossômicos, daí a denominação de região pseudoautossômica (PAR). A região PAR1 localiza-se na extremidade do braço curto dos cromossomos X e Y; a região PAR2 localiza-se nas extremidades do braço longo. Há vários genes localizados na região PAR; entre eles, ocorre um gene da esteroide sulfatase (gene ativado), associado a uma ictiose ligada ao X. Há, também, o gene SYBL-1 (gene inativado no X e Y), um gene semelhante ao da sinaptobrevina, uma proteína de vesícula sináptica que facilita a fusão da vesícula com a membrana celular no final do transporte intracelular vesicular. Estruturas de wolff: se diferenciam em testículo, vesícula seminal, etc. Síndrome de Turner o Henry Turner 1938 o 1: 2.500 nascimentos o 1.500.000 mulheres afetadas no mundo o Cariótipo 45, X0 (monossomia) o Mosaico 45, X0/ 46, XX o Deleção de parte do X Genética Humana | Camyla Duarte 4 Características clínicas o Baixa estatura, max. 1,5m o Implantação baixa de cabelos na nuca o Alargamento do pescoço (pescoço alado= pterígio de nuca) o Encurtamento dos membros o Dedos e unhas afilados o Hipogonadismo- ovários em fita o Esterilidade o Hipertelorismo mamilar – aumento da distância das mamas o Tórax em barril o Amenorreia primaria- para de menstruar o Inteligêncianormal o Alterações endocrinológicas o Diabetes/hipotireoidismo/ artrite Diagnostico Cariotipagem – contagem de cromossomos Pesquisa de cromatina sexual- visualização se há a falta de corpúsculos de barr (turner não terá corpúsculos de bar) Exame físico Sindrome de Klinefelter o Incidência de 1:500 a 1:850 (nascidos vivos do sexo masculino) o Cariótipo 47, XXY o Mosaicos 47, XXY/ 46, XY o 48, XXXY 48,XXYY 49, XXXXY o 48, XXXX 49, XXXXX Cada vez que aumenta o numero de X piora a condição intelectual do individuo Se encontrarmos um corpúsculo de barr em um indivíduo masculino é porque ele possui um cromossomo X a mais Características clínicas o Hipogonadismo o Infertilidade (azoospermia) o Hipodesenvolvimento de caracteres sexuais secundários o Leve diminuição do QI o Distúrbios do comportamento (imaturidade, insegurança, timidez, fuga da realidade)
Compartilhar