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Heredograma, Padrões de Herança e Doenças Autossômicas

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Genética Humana | Camyla Duarte 
 
1 
 
,
Heredograma 
Representação gráfica de uma genealogia (estudo de 
transmissão de características de uma família 
Útil para verificar o padrão de transmissão e origem 
de uma doença genética em uma família 
Caso índice ou probando: por onde a análise do 
heredograma está sendo iniciada 
Representações 
 
 
 
 
 
União consanguínea: aumenta a probabilidade de 
genes recessivos deletérios aparecerem em 
homozigose no descendente 
 
Conceitos 
Espécie Humana: 46 cromossomos, 23 pares de 
cromossomos homólogos, 22 pares de cromossomos 
autossomos, 1 par de cromossomos sexuais XY ou XX 
Lócus gênico: posição que um gene ocupa no 
cromossomo 
Genes alelos: possuem a mesma característica e 
posição em cromossomos diferentes 
o Homozigose – mesma finalidade 
o Heterozigose- finalidades opostas 
Dominância- quando o efeito produzido por um gene 
se sobrepõe ao efeito de seu alelo 
Recessividade- para haver a manifestação é 
necessário a presença dos alelos em homozigose. 
Codominância- os 2 genes apresentam manifestação 
concomitantemente. 
Interpretação 
Características mendelianas: herança monogênica (1 
genes/ 2 alelos) 
Cuidados na interpretação do heredograma: 
o Mutação nova 
o Penetrancia 
o Expressividade – o quanto uma característica 
é expressada 
o Fenocópia 
→ fator não hereditário, que ocorre quando 
o indivíduo manifesta um fenótipo 
diferente do seu genótipo e com a mesma 
determinação dos genes, por uma 
influência do meio-ambiente, por 
exemplo, bronzeamento da pele, cabelo 
tingido, etc. 
o Pleiotropia- um gene influencia uma 
característica 
Genética Humana | Camyla Duarte 
 
2 
 
o Dissomia uniparental 
→ um indivíduo herda duas cópias de um par 
de cromossomos de um progenitor e 
nenhuma cópia do outro. A DUP pode 
resultar em transtornos recessivos raros 
ou problemas no desenvolvimento. A DUP 
também pode ocorrer sem nenhum 
impacto aparente na saúde e no 
desenvolvimento do indivíduo. 
o Segmento homólogo entre X e Y (pseudo 
autossômica) 
o Epistasia 
→ genes influenciam na manifestação de 
outros genes, impedindo ou permitindo 
(não é uma relação de dominância e 
recessividade). Vários genes atuando e 
interagindo para que determinadas 
características se manifestem 
o Poligenia 
o Mosaicismo germinativo 
→ durante o desenvolvimento embrionário 
de um dos genitores, ocorreu uma 
mutação que afetou toda ou parte da 
linhagem germinativa, mas poucas ou 
nenhuma das células somáticas do 
embrião. Assim, o genitor tem a mutação 
em sua linhagem germinativa, mas não 
expressa a doença. Como resultado, pode 
transmitir a mutação para vários 
descendentes. 
Alguns valores de penetrancia 
Braquidactilia – penetrancia completa (100%) 
Polidactilia- penetrancia incompleta de 70% 
Campodactilia (curvatura permanente e 
endurecimento do dedo mínimo) - penetrancia 
incompleta de 75% 
Blefaroptose (ptose palpebral) unilateral congênita – 
penetrancia incompleta de 60% 
Síndrome de van der hoeve (indivíduos magros, com 
fragilidade óssea e surdez, escleras azuladas) – 
penetrancia incompleta de 90 % 
Características mendelianas 
Herança monogênica 
1 gene/ 2 alelos 
Dominância: o dominante se expressa mesma na 
presença do recessivo 
Recessividade: o recessivo só se expressa na ausência 
do dominante 
Codominância: os 2 genes apresentam manifestação 
concomitantemente – ex: sangue do tipo AB 
Herança poligênica: necessita da presença de mais de 
um par de alelos 
Heranças multifatoriais: além de vários genes os 
fatores ambientais e familiares também influenciam 
na patologia 
Herança autossômica dominante 
o A característica tende a aparecer em todas as 
gerações 
o Ambos os sexos são igualmente afetados 
o Pais não afetados (homozigotos recessivos) 
produzem filhos não afetados 
o Dois pais afetados podem produzir filhos não 
afetados 
o Em média, metade dos filhos de um pai 
afetado serão afetados 
o Exemplos: Doença de Huntington e Nanismo 
(acondroplasia) 
 
Herança autossômica recessiva 
o A característica tende a pular gerações 
o Ambos os sexos são igualmente afetados 
o Pais não afetados podem produzir filhos 
afetados 
o Dois pais afetados tem todos os filhos 
afetados 
o Quando um pai é afetado e outro não 
(homozigoto dominante), os filhos são todos 
não afetados 
o O traço é mais frequente em casamentos 
consanguíneos 
o Exemplos: albinismo, fibrose cística 
Genética Humana | Camyla Duarte 
 
3 
 
 
Herança recessiva ligada ao X 
o Homens são mais afetados que as mulheres 
o Pai afetado passa o gene para as filhas nunca 
para os filhos 
o Em média, metade dos filhos de mulher filha 
de um pai afetado são afetados 
o Para uma mulher ser afetada, o pai deve ser 
afetado e sua mãe deve possuir um gene 
o Exemplo: distrofia muscular e daltonismo 
 
Herança dominante ligada ao X 
Tanto homens quanto mulheres afetadas, mulheres 
mais prevalentes 
Homens não transmitem para filhos homens 
Homozigose geralmente é fatal 
Ex: raquitismo hipofosfatemico, incontinência 
pigmentar 
Herança ligada ao cromossomo Y (Restrita ao sexo) 
Holândrica (determinação de masculinidade e 
manutenção de espermatogênese) 
So é transmitida de pai para o filho 
Ex: Hipertricose 
Herança Ligada ao Y 
Holândrica (determinação de masculinidade e 
manutenção de espermatogênese) 
Só é transmitida de pai para filho: herança restrita ao 
sexo. Ex: Hipertricose 
Heterogeneidade genética: genes distintos que 
ocorrem em cromossomos diferentes, mas que 
podem determinar a mesma característica 
Exercício 
Um homem tem 6 dedos em cada mão e seis dedos 
em cada pé. Sua esposa e filha possuem o número 
normal de dedos. A polidactília é um caráter 
dominante. Qual a probabilidade de crianças deste 
casal apresentarem polidactilia? Qual a probabilidade 
de terem uma segunda menina polidáctila? 
Pp X pp 
A probabilidade de uma criança apresentar 
polidactilia é de 50%. A probabilidade de nascer uma 
menina polidactila é 25% 
Doenças genicas autossômicas dominantes e 
recessivas 
 
Acondroplasia: tipo de nanismo específico 
o Forma mais frequente dentre mais de 200 
tipos de nanismo. 
o 80% a 90% dos casos não têm histórico 
familiar (mutação nova). 
o Incidência: 1 : 20.000 nv 
o Produzido por distúrbio de crescimento, 
devido a uma deficiência da ossificação 
endocondral. 
o Inteligência normal 
o Autossômica dominante 
o Gene envolvido encontra-se no braço curto do 
cromossomo 4 
Genética Humana | Camyla Duarte 
 
4 
 
o Expressão da mutação do gene = alteração no 
receptor 3 do Fator de crescimento do 
fibroblasto (FGFR-3) 
 
Aspectos Clínicos: 
o Baixa estatura desde o nascimento. 
o Altura máxima de 1,20m a 1,30m. 
o Crânio-macrocefalia-hidrocefalia 
o Abaulamento frontal 
o Nariz em sela 
o Membros curtos 
o Mãos e dedos encurtados em tridente 
o Coluna e tronco quase normais. 
o Lordose acentuada 
o Protrusão de abdome e nádegas 
 
Tipos de nanismo: 
o Proporcionados: as partes do corpo tem 
tamanho proporcional 
o Não proporcionados: há o encurtamento de 
alguns membros mais do que outro, deixando 
as partes do corpos desproporcionais 
Albinismo: incapacidade de produção de melanina 
Etiologia 
o Autossômica recessiva; 
o Heterogeneidade genética 
 
 
o deficiência da enzima tirosinase; 
o (monofenol monooxigenase) 
 
Classificação 
Albinismo Universal =óculo cutâneo (AOC) 
Tirosinase negativa (mais severo) aoc 1 -> não produz 
melanina 
o cromossomo 11 (11q14 – q21) 
o 1 par de alelos bb e bb = s/albinismo bb= 
albinismo 
Tirosinase positiva (mais comum) aoc 2 
o não produz proteína p 
o capaz de produzir melanina 
o bulbo capilar pode conter melanócitos ativos 
o podem melhorar a acuidade visual nos 
adultos 
o cromossomo 15(15q11,2 – q12) 
o 1 par de alelos aae aa= s/ albinismo aa = 
albinismo 
Quadro clínico 
o acentuada hipopigmentação da pele, cabelos 
e olhos. 
o pele branca, leitosa desenvolve eritemas 
intensos à exposição solar. Tendência a 
carcinoma de pele. 
o cabelo branco, amarelado ou pardo 
amarelado; 
o olhos sem pigmento na retina e íris azul-
acinzentada; 
o olhos vermelhos; 
o nistagmo, fotofobia e diminuição da acuidade 
visual. 
Incidência 
Tirosinase-negativa AOC 1 
1/40.000 (caucasóides) e de 1/30.000 (negros). 
Tirosinase-positiva AOC 2 
1/40.000 (caucasóides) e de 1/15.000 negros 
americanos 
Total: 1/20.000 caucasóides e 1/10.000 negros 
americanos 
Genética Humana | Camyla Duarte 
 
5 
 
Diagnostico diferencial 
Albinismo Parcial – autossômico dominante 
o hipopiagmentação em áreas bem delimitadas 
de pele ou cabelos 
o sem comprometimento do globo ocular 
 
Albinismo Ocular – recessivo ligado ao X 
o pele e cabelos normais, ausência da 
pigmentação de retina 
Aracnodactilia Contratural Congênita 
(Síndrome de Beals-Hecht) 
Etiologia (estudo das causas das doenças): 
o Mendeliana simples 
o Autossômica dominante 
o Penetrancia incompleta 
o Expressividade variável 
Incidência 
Desconhecida 
Quadro clínico 
o Contraturas congênitas de múltiplas 
articulações 
o Membros longos e delgados 
o Aracnodactilia- dedos anormalmente longos 
o Cifoescoliose – associação de cifose e 
escoliose resultando em desvio duplo 
posterior e lateral da coluna vertebral. 
o Anomalias dos pavilhões auriculares. 
 
Síndrome de Silver Russell 
Etiologia 
Caracterizada principalmente por grave retardo de 
crescimento intrauterino e pós-natal e face típica, 
pequena e triangular, entre outras características 
variáveis. A SRS é geneticamente heterogênea, 
ocorrendo em geral de forma esporádica. Ocorrem 
rearranjos nos cromossomos 7, 11, 15 e 17 
Incidência 
Varia de 1 caso em 30.000 nascimentos a 1 caso em 
100.000 nascimentos. 
Quadro Clínico 
o Criança nascida pequena para idade 
gestacional (PIG) 
o Retardo de crescimento persistente pós-natal 
o Macrocefalia relativa 
o Baixo IMC 
o Transpiração excessiva na infância, 
especialmente à noite, e pele acinzentada ou 
palidez (pode ser um sintoma de 
hipoglicemia). 
o Face triangular com maxilar pequeno e queixo 
pontudo que tende a diminuir ligeiramente 
com a idade. 
o A boca tende a se curvar para baixo. 
Diagnostico 
Clínico, porem os testes genético-moleculares podem 
confirmar um diagnóstico clínico e, com resultados 
positivos, podem determinar os cuidados de saúde 
mais apropriados em pacientes SSR. 
Tratamento 
Terapia com hormônio do crescimento. Os hormônios 
são administrados por injeção, normalmente 
diariamente, desde a idade de 2 anos até a 
adolescência. Pode ser eficaz mesmo quando o 
paciente não tem deficiência de hormônio do 
crescimento. 
Síndrome de Marfan 
Etiologia 
Mutações no gene que codifica a proteína fibrilina 
Incidência 
1: 10.000 indivíduos 
Quadro Clínico 
o Articulações flexíveis 
o Problemas cardíacos e pulmonares 
o Estatura elevada 
o Escoliose 
o Pé chato 
o Deformidades torácicas. 
Genética Humana | Camyla Duarte 
 
6 
 
o Braços, pernas, mãos e dedos alongados 
(aracnodactilia) 
o Curvatura da coluna espinhal 
o Apinhamento dental. 
Diagnostico 
Se baseia nos sintomas e no histórico familiar 
Tratamento 
O objetivo do tratamento da síndrome de Marfan é 
prevenir e/ou reparar as anomalias antes do 
surgimento de complicações perigosas, já que na 
existe cura para essa síndrome. 
Amiotrofia espinhal de Werdnig-
hoffmann (AME) 
Etiologia 
Doença neuromuscular de origem genética, 
autossômica recessiva, que resulta 
em atrofia muscular progressiva e fraqueza 
Incidência 
1 caso a cada 10 mil nascidos vivos 
Quadro clinico 
o Hipotonia 
o Fraqueza muscular 
o Comprometimento motor e respiratório 
o Comprometimento do bulbo 
o Disfagia 
Diagnostico 
Teste genético molecular 
Tratamento 
Combinação de medicamento (quando houver 
indicação médica) com as terapias de suporte 
(fisioterapia, fonoterapia, terapia ocupacional, entre 
outras), conforme o quadro clínico e a necessidade 
específica de cada paciente.

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