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TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO - DIREITO PROCESSUAL CIVIL

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Da Execução Civil
Introdução
· Título executivo judicial: executa-se no próprio processo de conhecimento, na fase de cumprimento de sentença (intimação do executado)
· Título executivo extrajudicial: executa-se em novo processo, mediante ação autônoma (citação do executado)
Instrumentos da sanção executiva
A execução civil ocorre quando o devedor não cumpre espontaneamente a obrigação imposta pelo Juiz em sentença. 
a) Sub-rogação: Estado-Juiz substitui o executado no cumprimento com bloqueio de valores e posterior conversão em pagamento, penhora de bens para leilão judicial/adjudicação etc.
b) Coerção: o Estado-Juiz não o substitui, mas o coage a cumprir com a obrigação, com bloqueios de cartão de crédito, implemento de multa diária etc.
Espécies de execução
· Mediata: instauração de um processo.
· Imediata: sequência natural do processo de conhecimento.
· Específica: visa o exato adimplemento. 
· Perdas e danos: a conversão ocorrerá apenas se o cumprimento específico se tornar impossível, ou se o exequente assim desejar.
· Título judicial: os previstos no art. 515.
· Título extrajudicial: os previstos no art. 784.
Princípios gerais da execução
1. Princípio da patrimonialidade: CPC, art. 789: “o devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei”
Regra: a execução recai sobre o patrimônio do devedor, sobre seus bens, e não sobre sua vida pessoal. 
Exceção: prisão civil do devedor de alimentos decorrentes do direito de família. 
2. Princípio do exato adimplemento: o credor deve, dentro do possível, obter o mesmo resultado que seria alcançado caso o devedor tivesse cumprido voluntariamente a obrigação. 
3. Princípio da menor onerosidade do devedor: deve ser utilizado o modo menos gravoso ao devedor. 
	Art. 805: “quando, por vários meios, o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado”.
4. Princípio da utilidade: a execução só se justifica se trouxer alguma vantagem para o exequente, pois sua finalidade é trazer a satisfação total ou parcial do débito. 
	Art. 836: “não se levará a efeito de penhora quando ficar evidente que o produto da execução dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo pagamento das custas da execução”. 
Se os bens encontrados forem suficientes para fazer frente a alguma parte, ainda que pequena, do débito, a execução irá prosseguir. 
5. Princípio da disponibilidade do processo pelo credor: 
Regra: executado não precisa autorizar o exequente para que ele possa desistir.
Exceção: quando o executado já tiver apresentado impugnação ou embargos à execução, e for sobre questões de matéria de fundo, poderá requerer que o juiz se manifeste a respeito das alegações para que o assunto não volte a ser discutido. 
	Art. 775: “O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou de apenas alguma medida executiva.
Parágrafo único. Na desistência da execução, observar-se-á o seguinte:
I - serão extintos a impugnação e os embargos que versarem apenas sobre questões processuais, pagando o exequente as custas processuais e os honorários advocatícios;
II - nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do impugnante ou do embargante”.
Se a execução não tiver sido impugnada ou embargada, ou se tratar apenas de matéria processual, o exequente pode desistir livremente sem necessitar de anuência do executado.
6. Princípio do contraditório: permeia todo o processo, inclusive a execução. 
Competência para a execução civil
O exercício da jurisdição está distribuído entre os numerosos órgãos que compõem o Poder Judiciário.
Os artigos para determinar são:
· Art. 516: competência para o cumprimento de sentença.
· Art. 781: competência para o processo de execução fundado em título extrajudicial.
Competência para processar o cumprimento de sentença: 
	Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:
I - os tribunais, nas causas de sua competência originária;
II - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição;
III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.
Incisos I e II:
Competência funcional: I e II hipóteses. A execução civil está sempre atrelada a um processo de conhecimento anterior. 
· Absoluta: inciso I. Não pode ser modificada pelas partes e por foro de eleição.
· Relativa: inciso II. Competência sofre flexibilização. A ação só pode correr em um dos juízos concorrentes previamente estabelecidos por lei, escolhidos não por contrato de eleição, mas por opção do credor. 
§ único: o exequente poderá optar, no caso dos primeiros dois incisos:
a) Pelo juízo do atual domicílio do executado;
b) Pelo juízo do local onde se encontram bens sujeitos à execução; ou
c) Pelo juízo onde deva ser executada na obrigação de fazer ou de não fazer.
O credor que optar por um dos juízos concorrentes, deverá requerer o cumprimento da sentença no juízo escolhido, que solicitará ao de origem a remessa dos autos. 
Obs.: se o juízo originário não quiser remeter os autos, por entender que o solicitante não é competente, deverá suscitar conflito positivo de competência.
· Ação de alimentos provenientes de direito de família: além dos foros concorrentes, o credor poderá optar pelo foro de seu próprio domicílio, ainda que a sentença tenha sido proferida em outo foro (CPC, art. 528, § 9º)
Inciso III:
· Sentença penal condenatória: a competência não é funcional – não há nenhum prévio processo de conhecimento. No caso de sentença penal condenatória, deverá ser verificado qual o juízo competente, de acordo com as regras gerais de competência (CPC, art. 46 e ss.)
· Execução de sentença arbitral: a competência será a do foro em que se realizou a arbitragem.
· Sentença estrangera homologada pelo STJ: execução será processada perante a Justiça Federal de primeira instância (CF, art. 109, X). 
Competência para a execução de título extrajudicial:
É relativa. Devem ser observadas as regras do art. 781.
	Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o juízo competente, observando-se o seguinte:
I - a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de eleição constante do título ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos;
II - tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de qualquer deles;
III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do exequente;
IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente;
V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o executado.
Deverá ser verificado:
1) Se há foro de eleição: uma vez que se trata de competência relativa, as partes podem fixá-lo, o que deverá constar do título. 
2) Se não houver eleição: prevalece a regra geral de competência do foro de domicílio do executado ou o de situação dos bens sujeitos à execução. 
	TIPO DE EXECUÇÃO
	COMPETÊNCIA
	
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
	Regra: processa-se no mesmo juízo que proferiu a sentença (regra de competência funcional e absoluta). 
Exceção: 
1) Ajuizada no domicílio do executado
2) Ajuizada no local em que se encontre os bens 
	
EXECUÇÃO POR TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL
	Três regras:
1) Se houver foro de eleição, a execução será nele proposta
2) Se não houver, no do domicílio do executado
3) Se nãohouver, no foro de situação dos bens sujeitos à execução
São regras de competência relativa.
 Das partes na execução
· Legitimidade ativa: CPC, art. 778 enumera quais são legitimados para promover a execução. 
1) O credor, a quem a lei confere título executivo: 
· legitimado ativo por excelência
· a legitimidade é ordinária (ele estará em juízo em nome próprio, postulando direito próprio)
2) O sucessor mortis causa:
· trata-se do espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor
· a legitimidade é ordinária, porque, com o falecimento do credor, o direito passou aos sucessores
· enquanto não tiver havido o trânsito em julgado da sentença homologatória da partilha, a legitimidade será do espólio, representado pelo inventariante 
· se o falecimento ocorrer no curso da execução, a sucessão processual será feita na forma do art. 110 do CPC, ou, se necessário, por habilitação (arts. 687 e ss)
3) O cessionário 
· quando o direito resultante do título executivo lhes foi transferido por ato entre vivos 
· legitimidade ordinária (com a cessão, o cessionário se tornou o titular do direito)
· se ocorrer antes do ajuizamento da execução, cumprirá ao cessionário instruir na inicial com o título e com o documento comprobatório da cessão
· se o ocorrer depois, bastará ao cessionário, comprovando sua condição, requerer a substituição do exequente obrigatório por ele (sem necessidade de consentimento do devedor). 
4) Ministério Público: 
· a legitimidade será sempre extraordinária (não postula em interesse próprio)
· pode ocorrer o caso em que ele atuará como fiscal da ordem jurídica (CPC, art. 178)
5) O sub-rogado: 
· legal e convencional 
· transferência dos direitos do credor para aquele que solveu a obrigação ou emprestou o necessário para solvê-la
· presta-se apenas para conceder legitimidade ativa àquele que paga
· não há sub-rogação no polo passivo da execução
· a legitimidade é ordinária (aquele que paga, por sub-rogação torna-se o novo credor, assumindo a qualidade jurídica do seu antecessor)
6) O fiador sub-rogado: 
· caso específico de sub-rogação
· o art. 794, §2º autoriza o fiador que paga a executar o afiançado nos autos do mesmo processo 
7) O ofendido, ainda que não figure no título executivo:
· trata-se da sentença penal condenatória transitada em julgado, proferida em ação penal ajuizada pelo MP (salvo os casos de ação penal privada), em face do ofensor
· a vítima não participa do processo crime, e não figura na sentença penal condenatória
· o CPC permite que ela promova a execução civil da indenização pelos danos que sofreu, após a prévia liquidação, em regra de procedimento comum
8) O advogado: 
· art. 23 da Lei n. 8.906/94
· o advogado tem legitimidade para, em nome próprio, executar os honorários advocatícios de sucumbência, fixados pelo juiz
· também podem preferir que eles sejam incluídos no débito principal, e executados em conjunto, em nome da parte vitoriosa
· tanto o principal como os honorários do advogado podem ser executados em nome da parte 
· pode ocorrer que o principal seja executado em nome da parte, e os honorários em nome próprio 
· Legitimidade passiva: os legitimados vêm enumerados no CPC, art. 779
1) O devedor, reconhecido como tal no título executivo:
· legitimado passivo primário, desde que figure como tal no título executivo
· se a execução é fundada em título judicial, é legitimado passivo aquele a quem foi imposta a condenação
· se o título for extrajudicial, o que figura no título como devedor 
2) O espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor: 
· sucessão causa mortis
· aplica-se as mesmas regras da legitimidade ativa 
· a execução não pode ultrapassar as forças da herança
· se houver a extinção de pessoa jurídica, é preciso verificar se o patrimônio da empresa foi transferido para outra, caso em que esta assume o povo passivo
· se não houver a transferência, os legitimados serão os sócios da empresa extinta
3) O novo devedor, que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo: 
· assunção do débito exige prévia anuência do credor
4) O fiador do débito constante em título extrajudicial: 
· contrato de fiança é sempre acessório a uma obrigação principal
· se ela é dada como garantia de uma obrigação consubstanciada em título executivo extrajudicial, terá a mesma natureza
· o fiador pode ter benefício de ordem, que dá o direito de primeiro ver executivos os bens do devedor
· se o fiador não renunciou a ele, só poderá ser executado se o devedor principal tiver sido incluído no polo passivo
5) O responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito: 
· aquele que deu o bem em garantia real de uma dívida torna-se responsável, até o limite do valor do bem, pelo pagamento da dívida, ainda que não seja ele o devedor
Litisconsórcio na execução (cumprimento ou execução por título extra)
Será possível o ativo, passivo ou misto.
Intervenção de terceiros 
· incidente de desconsideração de personalidade jurídica
· incidente de desconsideração de personalidade jurídica inversa
· assistência
· amicus curiae 
Requisitos necessários para a execução
1) Existência de um título executivo:
a) Judicial – cumprimento de sentença 
b) Extrajudicial – processo de execução tradicional autônomo 
Requisito indispensável, traz grau de certeza. Respeita o princípio da tipicidade - seguem determinado padrão. Esse padrão também é previsto em Lei. 
São requisitos do título a certeza, liquidez e exigibilidade.
· certeza: traz a definição da obrigação - define o an debeatur (aquilo que é devido)
· liquidez: refere-se ao quantum debeatur. O judicial, eventualmente, poderá ser iliquido. 
· exigibilidade: as obrigações a termo ou sob condição só se tornam exigíveis depois que estes se verificam. Faltará interesse do credor se o título ainda não estiver vencido, ou se a condição suspensiva não tiver se verificado. Ex.: data de pagamento dia 10 de março, não pode exigir antes.
Em regra, deve ser apresentado o título original para instruir a execução. 
Se houver mais de um título instruindo um mesmo processo, deverá ser utilizado a regra da cumulação de pretensões.

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