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Processo CIVIL IV- Execução- resumo

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DIREITO CIVIL IV – EXECUÇÃO 1º GQ
Beatriz Dornelas
1. PRINCÍPIOS
2. LEGITIMADOS À EXECUÇÃO
3. COMPETÊNCIA
4. REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A EXECUÇÃO
5. TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL
6. TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL
7. REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL
8. NULIDADE DA EXECUÇÃO
O que distingue, portanto, o processo (ou fase) de conhecimento do processo (ou fase) de execução é, antes de tudo, a finalidade de um e de outro. No primeiro, o que se busca é uma sentença, em que o juiz diga o direito, decidindo se a pretensão do autor deve ser acolhida em face do réu ou não. No segundo, a finalidade é que o juiz tome providências concretas, materiais, que tenham por objetivo a satisfação do titular do direito, consubstanciado em um título executivo. No primeiro, o juiz resolve a dúvida, a incerteza, a respeito da pretensão do autor; no segundo, ele toma as providências necessárias para satisfação do credor, diante do inadimplemento do devedor.
 Execução por Sub-rogação (Direta) e por Coerção (Indireta)
Na execução por sub-rogação, o Estado vence à resistência do executado substituindo sua vontade, com a consequente satisfação do direito do exequente, pois, mesmo que o executado não concorde com a satisfação, o juiz terá a sua disposição determinados atos materiais que, ao substituir a vontade do executado, geram a satisfação do direito, como exemplo da penhora/expropriação, depósito/entrega da coisa e atos materiais que são praticados independentemente da concordância ou resistência do executado.
Já na Coerção, o Estado/Juiz não substitui a vontade do executado, pelo contrário, ela irá atuar de uma forma de convencer ele a cumprir sua obrigação, com o que será satisfeito o direito do exequente. Por este meio, o juiz utiliza-se de pressões psicológicas para que o executado modifique sua vontade originaria de ver frustrada a satisfação do direito do exequente. Esse método garante que a satisfação seja voluntária, pois o próprio executado está sendo responsável pela satisfação do direito, mas, obviamente, não será espontânea, pois, só ocorreu porque foi exercida por essa pressão que o Juiz colocou sobre o devedor.
São duas formas de execução indireta:
A primeira seria na ameaça de piorar a situação da parte caso não cumpra a obrigação, como ocorre com as astreintes, que é multa aplicável diante do descumprimento da obrigação, ou com a prisão civil (unicamente no caso de execução de alimentos), pois, atualmente a prisão pelo crime de desobediência já é rejeitado pelo STJ.
Nos conformes do art. 517 CPC, a decisão transitada em julgado poderá ser levada a protesto, nos termos da lei, desde que o executado não realize o pagamento no prazo de quinze dias previstos pelo art. 523 do mesmo diploma legal.
A segunda forma, é referente a execução de pagar quantia certa, que prevê que a requerimento da parte, o juiz pode determinar a inclusão do nome do executado em cadastro de inadimplentes. Tal procedimento trata-se justamente da medida coercitiva aplicada, que por meio de ameaça de piora da situação do executado busca convencê-lo a cumprir a obrigação.
Excepcionalmente na execução de pagar quantia certa é possível a acumulação de medidas de execução indireta e execução por sub-rogação. Pois a previsão do inciso IV do art. 139 do CPC é capaz de afastar essa resistência jurisprudencial, de forma a ter sido criado um ambiente legislativo propicio para a aplicação das astreintes (multa) nas execuções que tenham como objetivo a obrigação de pagar quantia.
Na obrigação de entregar coisa é possível a -cumulação de medidas de execução por sub-rogação e indireta, não existindo nenhuma ordem entre tais medidas, cabendo ao juiz aplicá-las ao caso concreto como entender mais eficaz para a efetiva satisfação do direito exequendo. Assim, poderá determinar a busca e apreensão ou a imissão na posse (execução por sub-rogação) ou, se preferir, aplicar uma multa diária diante do descumprimento da obrigação de entregar a coisa (execução indireta), como também poderá aplicar ambas as medidas concomitantemente, até que uma delas se mostre eficaz, o que levará à revogação da outra.
1.PRINCÍPIOS
Princípio da Autonomia:
Antes da Lei 11.232/05, havia um processo de conhecimento e um processo de execução, seja para o título judicial, seja para o título extrajudicial. Hoje, o título judicial enseja o cumprimento de sentença, numa nova fase processual, sem instauração de novo processo. É possível concluir que todas execuções fundadas em título executivo judicial passam a se desenvolver por meio do cumprimento de sentença . A regra do nosso sistema passou a ser de execução imediata, por mera fase procedimental, enquanto somente em situações excepcionais o título executivo será executado por meio de um processo autônomo.
Princípio da disponibilidade:
Art. 775. O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou de apenas alguma medida executiva.
Parágrafo único. Na desistência da execução, observar-se-á o seguinte:
I - serão extintos a impugnação e os embargos que versarem apenas sobre questões processuais, pagando o exequente as custas processuais e os honorários advocatícios;
II - nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do impugnante ou do embargante.
O Superior Tribunal de Justiça sobre o tema argumenta que “formulado o pedido de desistência de execução depois do oferecimento dos embargos, sobretudo quando estes não versam apenas questões processuais ( materiais, de direito) , necessária é a anuência do devedor” Nesse caso, poderá a parte executada opor-se à desistência, havendo a necessidade de sua anuência.
Princípio da NULLA EXECUTIO SINE TITULO:
Exige-se a existência de título que demonstra ao menos uma probabilidade de que o crédito representado no título efetivamente exista para justificar essas desvantagens que serão suportadas pelo executado.
Princípio da patrimonialidade :
Costuma-se dizer que a execução é sempre real, e nunca pessoal, em razão de serem os bens do executado os responsáveis materiais pela satisfação do direito do exequente. Por isso não há mais prisão civil relacionada a dívida.
Princípio da menor onerosidade :
Nada justifica que o executado sofra mais do que o estritamente necessário na busca da satisfação do direito do exequente. Gravames desnecessários à satisfação do direito devem ser evitados sempre que for possível.
2. LEGITIMADOS À EXECUÇÃO:
2.1 Legitimidade ATIVA
Art. 778. Pode promover a execução forçada o credor a quem a lei confere título executivo. (legitimidade ativa, ordinária e primária)
§ 1o Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, em sucessão ao exequente originário:
I - o Ministério Público, nos casos previstos em lei;
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, lhes for transmitido o direito resultante do título executivo; (ativa,
ordinária e superveniente)
III - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe for transferido por ato entre vivos; (ativa, extraordinária e superveniente.)
IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional. (ativa, extraordinária e superveniente.)
§ 2o A sucessão prevista no § 1o independe de consentimento do executado.
Casos de legitimação ativa, ordinária e primária são os constantes do caput do art. 778 (“o credor a quem a lei confere título executivo”) e do inciso I do § 1º do art. 778 (“o Ministério Público, nos casos prescritos em lei”). 
Quando o Ministério Público figurar como titular do direito representado no título executivo. Ainda que figure no título judicial, não o fazendo na figura de credor do direito, a legitimação do Ministério Público será extraordinária para a execução; São exemplos: a legitimidade para executar a sentença condenatória proferida em ação civil pública que tenha como objeto direito difuso ou coletivo. 
2.2 Sub-rogação legal e convencional 
Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor:
I - do credor que paga a dívida do devedor comum;
II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário,bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel;
III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.
Art. 347. A sub-rogação é convencional:
I - quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos;
II - quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito.
Essa transferência da dívida a um novo sujeito, que não o devedor originário, exige a concordância expressa do credor (art. 299 do CC) porque a partir do momento em que se modifica o devedor, automaticamente modifica-se o patrimônio que responderá pela dívida. 
2.3 Legitimidade PASSIVA
Art. 779. A execução pode ser promovida contra:
I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo; (legitimidade passiva, ordinária e primária)
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor; (legitimidade passiva, ordinária
e superveniente)
III - o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo; (legitimidade passiva, extraordinária e superveniente.)
No Art. 779, III, o novo devedor assume com o consentimento do credor a obrigação resultante do título executivo;
IV - o fiador do débito constante em título extrajudicial;
V - o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito;
O adimplemento das obrigações pode ser garantido por hipoteca, penhor, anticrese e alienação fiduciária em garantia. São os chamados direitos reais de garantia.
VI - o responsável tributário, assim definido em lei.
Segundo a lei tributária, a responsabilidade pelo crédito tributário pode ser do contribuinte, que é o sujeito que tem relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador (art. 121, parágrafo único, I, do CTN), e o mero responsável, que é sujeito que não é o contribuinte, mas que tem obrigação de satisfazer a dívida em decorrência de disposição expressa de lei. 
Ex.: CTN, Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis::
 I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório.
CTN, Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:
I - as pessoas referidas no artigo anterior;
II - os mandatários, prepostos e empregados;
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado
OBS.: O sócio da empresa executada pode figurar no polo passivo da execução? 
Assim, a regra gizada no Art. 135 do CTN, limita taxativamente o alcance para a imputação da responsabilização dos sócios perante as execuções fiscais, determinando prova do excesso de poderes ou infração a lei, contrato social ou estatutos.
Ressalta-se que a prova incumbe ao fisco, e uma vez que este não tenha trazido aos autos quaisquer indícios de práticas ilícitas ou infracionárias não estará configurada a obrigação tributária do sócio-gerente, implicando em sua ilegitimidade para figurar no polo passivo da execução fiscal. As hipóteses de responsabilidade tributária prevista no artigo 135 do CTN não se fundam no mero inadimplemento da sociedade, mas na conduta dolosa ou culposa, especificamente apontada pelo legislador, por parte do gestor da pessoa jurídica. Sendo necessário que haja um incidente de desconsideração da pessoa jurídica.
2.4 Fiador 
Código Civil, art. 818
Art. 818. Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Art. 819. A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva.
CPC Art. 794. O fiador, quando executado, tem o direito de exigir que primeiro sejam executados os bens do devedor situados na mesma comarca, livres e desembargados, indicando-os pormenorizadamente à penhora.
§ 1o Os bens do fiador ficarão sujeitos à execução se os do devedor, situados na mesma comarca que os seus, forem insuficientes à satisfação do direito do credor.
§ 2o O fiador que pagar a dívida poderá executar o afiançado nos autos do mesmo processo.
§ 3o O disposto no caput não se aplica se o fiador houver renunciado ao benefício de ordem.
2.5 Intervenção de terceiros no polo passivo 
Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado em que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la.
Um excelente exemplo de assistência na execução, indiscutível porque previsto expressamente em lei, é do fiador expressamente autorizado a intervir na execução promovida ao afiançado.
 
Nesse caso específico, a satisfação do direito do exequente afetará a relação jurídica que o terceiro (fiador) mantém com ambas as partes, porque, uma vez extinta a obrigação principal, naturalmente a relação acessória de garantia também será extinta. O fiador, portanto, ingressa na demanda executiva para assistir o credor, porque o resultado positivo da execução lhe interessa.
3. COMPETÊNCIA
3.1 Execução de título Judicial 
Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:
I - os tribunais, nas causas de sua competência originária;
II - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição;
III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.
A regra estabelecida no art. 516, II, do Novo CPC consagra a regra geral de competência para os títulos judiciais, estabelecendo ser competente para executá-los o juízo que tenha sido o competente para a fase de conhecimento no processo sincrético, responsável pela prolação da sentença exequenda.
A hipótese I e II são de competência funcional, pois a execução civil está sempre atrelada a um processo de conhecimento que a antecedeu. 
Em ampliação do texto legal especificamente para a execução de alimentos, o Superior Tribunal de Justiça incluiu um quarto foro competente, ainda que incorretamente nomeando-o de juízo: o foro do atual domicílio do alimentante.
Quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo será competente o juízo cível que seria o competente para conhecer o processo de conhecimento se não existisse título executivo. 
OBS.:A sentença estrangeira, para que tenha eficácia em território nacional, deve passar por um processo de homologação perante o Superior Tribunal de Justiça, não sendo dele, entretanto, a competência para executá-la. Dessa forma, como é impossível atribuir competência para o juízo que formou o título – já que a competência para a execução é da Justiça Federal de primeiro grau, tendosido o título formado no Superior Tribunal de Justiça –, o exequente deve optar entre o foro de domicílio do executado e o foro no qual se encontram seus bens.
3.2 Remessa dos autos
Segundo o art. 516, parágrafo único, do Novo CPC, na hipótese de o demandante optar por outro juízo que não o atual, no qual foi formado o título executivo, deverá requerer de forma fundamentada a remessa dos autos ao novo juízo. 
Entretanto, caso o juízo onde ocorreu o processo de conhecimento não quiser remeter os autos, por entender que o solicitante não é competente, deverá suscitar conflito positivo de competência. Será admitido ao demandado, uma vez intimado no novo juízo escolhido pelo demandante, alegar a incompetência do juízo, demonstrando a impropriedade da escolha. 
Necessário:
· Não haver problema no processo eletrônico ante eventual inadaptação entre os sistemas: Os sistemas de processos eletrônicos devem ser compatíveis ex.: PJE 
· Requerimento ante o juízo escolhido para processar o cumprimento de sentença.
· Arquivamento no juízo onde correu a execução.
3.3 Execução de título extrajudicial 
Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o juízo competente, observando-se o seguinte:
I - a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de eleição constante do título ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos;
II - tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de qualquer deles;
III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do exequente;
IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente;
V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o executado.
Segundo o art. 781, I, do Novo CPC, a execução poderá ser proposta no foro do domicílio do executado, de eleição constante em cláusula no título ou de situação dos bens sujeitos à execução. Há competência concorrente apenas entre o foro do domicílio do réu e o da situação dos bens, considerando-se que, havendo cláusula de eleição de foro no título executivo extrajudicial, esse foro prevalece sobre os demais, independentemente da vontade do exequente.
No inciso II do artigo ora comentado repete-se a regra geral para a hipótese de pluralidade de domicílios do executado em que qualquer um deles é competente, à escolha do exequente, em típico caso de competência concorrente. O mesmo ocorre com o inciso III, se incerto ou desconhecido o domicílio do demandado (executado), a ação (execução) poderá ser proposta no lugar onde for encontrado ou no foro do domicílio do demandante (exequente). 
O inciso V, prevê a competência do foro do lugar em que se praticou o ato ou ocorreu o fato que deu origem ao título, independentemente de o executado não mais residir no local. 
3.4 Competência na execução fiscal
Domicilio do réu, ou se não o tenha, onde for encontrado.
Se houver vários devedores, no domicílio de qualquer deles- art. 46, pg 5º.
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.
§ 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado.
3.5 Legitimação
Ordinária: quem tem o interesse de agir (utilidade prática do cumprimento da sentença).
· Credor e devedor do título executivo extrajudicial;
· Os sucessores;
· O sub-rogado, o fiador;
· O ofendido, na execução da sentença penal;
· O responsável tributário, 
· O avalista.
OBS.: o advogado, Lei 8.906/94, art. 23. 
Art. 23. Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença nesta parte, podendo requerer que o precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor.
Extraordinária: no cumprimento coletivo. ex.: sindicatos, a entidade autora de ação coletiva.
4. REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A EXECUÇÃO
Art. 786. A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa, líquida e exigível consubstanciada em título executivo.
Parágrafo único. A necessidade de simples operações aritméticas para apurar o crédito exequendo não retira a liquidez da obrigação constante do título.
O art. 786 do Novo CPC determina que a obrigação contida no título executivo deva ser certa, líquida e exigível, afastando-se do entendimento de que esses requisitos seriam do título, e não da obrigação que se busca satisfazer por meio da execução.
A certeza prevista pelo artigo legal em nenhuma hipótese pode ser considerada como a indiscutibilidade da existência da obrigação, visto que em qualquer espécie de título executivo é permitido o ingresso de embargos à execução ou impugnação, que pode vir a demonstrar que até mesmo o mais idôneo dos títulos não representa qualquer obrigação.
Para Cândido Rangel Dinamarco, a certeza deve ser entendida como a necessária definição dos elementos subjetivos (sujeitos) e objetivos (natureza e individualização do objeto) do direito exequendo representado no título executivo. Identificar os legitimados ativos e passivos na execução, precisar a espécie de execução – quantia certa, fazer, não fazer, entrega de coisa – e determinar sobre qual bem se farão incidir os atos executivos
A liquidez não é a determinação, mas a mera determinabilidade de fixação do quantum debeatur , ou seja, o “quanto se deve” ou “o que se deve”. Não é necessário que o título indique com precisão o quantum debeatur, mas que contenha elementos que possibilitem tal fixação.
A prova de exigibilidade dá-se geralmente pelo simples transcurso da data de vencimento ou da inexistência de termo ou condição. Se necessária a prova do advento do termo, do implemento da condição ou do cumprimento da contraprestação, ela deve ser pré-constituída – invariavelmente documental –, não podendo ser produzida durante a execução
Art. 788. O credor não poderá iniciar a execução ou nela prosseguir se o devedor cumprir a obrigação, mas poderá recusar o recebimento da prestação se ela não corresponder ao direito ou à obrigação estabelecidos no título executivo, caso em que poderá requerer a execução forçada, ressalvado ao devedor o direito de embargá-la.
4.1 Tempo no cumprimento da obrigação
Quanto ao tempo, cumpre verificar se a obrigação é a termo, ou seja, se tem data certa de vencimento ou não. Pois, o tendo, o devedor incorre de pleno direito em mora assim que findar o prazo de vencimento, já podendo se falar em execução. Caso o devedor não tiver sido constituído em mora pelo vencimento do título ou pela notificação, ela só existirá a partir da citação, podendo a notificação ser suprida no caso de a lei não exigir que seja previa. São os casos do contrato de compromisso de compra e venda de imóvel, o qual exige-se como condição da mora que o devedor tenha sido previamente notificado, pois quando for interpuser a petição inicial será preciso demonstrar que havia constituído o devedor previamente em mora.
4.2 Inadimplemento do devedor
Enquanto não caracterizado, a execução não é necessária, pois o pagamento pode ser satisfeito na data aprazada de forma voluntária pelo devedor.
O Código Civil estabelece o modo de cumprimento das obrigações cabendo ao devedor respeitá-lo. Podendo se extrair deste artigo que também haverá o inadimplemento se o devedor não cumprir a obrigação em tempo, local e forma convencionados.
Para que haja interesse na execução, não é preciso inadimplemento absoluto, basta a mora do devedor.
4.3 Mora
A mora do devedor ocorre quando não cumpre a obrigação na forma convencionada, mas ainda há a possibilidade e utilidade de que ele a cumpra, por exemplo, se o devedor atrasa o pagamento haverá mora, porque ele poderá ainda pagar com os acréscimos devidos, e a prestação terá utilidade para o credor.
Jáo inadimplemento absoluto, o devedor não cumpriu na forma convencionada, nem poderá mais cumprir, já que a prestação não tem mais utilidade para o credor que poderá rejeitar e exigir a satisfação de perdas e danos.
Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.
Mora ex persona – sem termo certo de vencimento, necessária a notificação.
Obrigação de não fazer: Art. 390. Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o dia em que executou o ato de que se devia abster.
4.4 Lugar do cumprimento da obrigação
De acordo com o art. 327 do CC: ‘’ Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstancias’’.
A regra é que a obrigação seja cumprida no domicílio do devedor, cabendo ao credor procurá-lo para receber. Entretanto, as partes podem convencionar, ou a lei determinar, ou, ainda, resultar da sua natureza ou das circunstancias que a obrigação deva ser satisfeita no domicílio do credor.
4.5 Prova do pagamento da obrigação
Compete sempre ao devedor, já que não se pode exigir do credor uma prova negativa. Fazendo-se com a apresentação do recibo ou da devolução do título correspondente à obrigação.
4.6 Obrigação Bilateral
Art. 787. Se o devedor não for obrigado a satisfazer sua prestação senão mediante a contraprestação do credor, este deverá provar que a adimpliu ao requerer a execução, sob pena de extinção do processo.
Parágrafo único. O executado poderá eximir-se da obrigação, depositando em juízo a prestação ou a coisa, caso em que o juiz não permitirá que o credor a receba sem cumprir a contraprestação que lhe tocar.
Contratos bilaterais são aqueles que impõe obrigações reciprocas para ambos os contratantes. O credor, para dar início a execução de obrigação bilateral, precisa provas que cumpriu a sua prestação.
Segundo o art. 476 do CC, estabelece que, havendo contratos bilaterais de prestações simultâneas, nenhum dos contratantes pode ingressar em juízo para exigir do outro a prestação prometida, sem que primeiro tenha cumprido a sua. Caso o faça, o réu defendera-se por meio da exceptio non adimpleti contractus.
4.7 Obrigação condicional
Regulado pelo art. 514 do CPC: ‘’ Quando o juiz decidir relação jurídica sujeita a condição ou termo, o cumprimento da sentença dependerá de demonstração de que se realizou a condição ou de que ocorreu o termo’’
Termo é evento futuro e certo. Já condição é o futuro incerto, do qual depende a eficácia da obrigação.
5. TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL
5.1 Doutrina dos Títulos executivos judiciais
A teoria mais adotada da concepção do título executivo é que é visto o título como autônomo, já que basta para que se desencadeia a execução, mas também, não afasta a possibilidade de que no seu curso, o devedor consiga eximir-se comprovando que, apesar do título, o crédito não existe ou está extinto. O título é abstrato, mas, não a ponto de impedir qualquer indagação a respeito do crédito, manifesta a vontade do estado em cumprir a obrigação dada.
5.2 Cópia de título executivo
Em regra, não pode utilizar uma cópia para instruir a ação de execução porque, embora a cópia autenticada possa fazer a mesma prova que o original, se o credor a utilizasse, poderia, em tese, ajuizar diferentes execuções, com base no mesmo título, instruindo cada qual com uma via.
Não sendo permitida a juntada de fotocópias, ainda que autenticadas. É claro que em situações nas quais o título esteja instruindo outro processo (como uma ação penal de estelionato), e sendo impossível o seu desentranhamento, bastará ao exequente a juntada de fotocópia e certidão de objeto e pé do processo em que se encontra o original do título.
5.3 Título executivo judicial - execução 
O título executivo judicial é formado pelo juiz, por meio de atuação jurisdicional, enquanto o título executivo extrajudicial é formado por ato de vontade das partes envolvidas na relação jurídica de direito material sem nenhuma intervenção jurisdicional.
Essa regra tem uma exceção, porque a lei considera a sentença arbitral (art. 515, VII, do Novo CPC) título executivo judicial, não obstante não ser produzido perante o Poder Judiciário.
A distinção dessas duas espécies de título é atualmente essencial, em razão das diferentes formas de executá-los: cumprimento de sentença do título executivo judicial e processo autônomo de execução de título executivo extrajudicial, ainda que exista parcial identidade procedimental nessas duas formas de execução em razão da previsão do art. 513 do Novo CPC.
Só existe título criado pela lei, sendo inadmissível que as partes, por vontade própria, criem título executivo à margem da previsão legal (nullus titulus sine lege).
Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;
No sistema do CPC, a condenação pode ser determinada por decisão interlocutória ou por sentença, ambas constituindo um título executivo judicial. Isso porque não há mais a necessidade de que o mérito seja integralmente apreciado na sentença, pois, o art. 356 autoriza o julgamento antecipado parcial do mérito. Pois, se um ou alguns dos pedidos ou parte deles estiverem em condições de julgamento, o juiz poderá já apreciá-los, determinando o prosseguimento do processo em relação aos demais. Assim, nesse caso, a decisão interlocutória de mérito que condena o réu constituirá título executivo judicial.
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;
Dentre os procedimentos de jurisdição voluntária, foi prevista a homologação de autocomposição extrajudicial, de qualquer natureza ou valor. Aqueles que celebram autocomposição extrajudicial, seja ela qual for, podem levá-la à homologação judicial, observando o procedimento dos arts. 719 e seguintes, valendo a decisão ou sentença homologatória como título executivo judicial.
Como essa espécie de título só pode ser obtida pela atuação jurisdicional, caso as partes concordem com a formação do título executivo judicial, serão obrigadas a levar a juízo o acordo celebrado extrajudicialmente. Trata-se de procedimento de jurisdição voluntária.
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;
O pronunciamento judicial que encerra o processo de arrolamento ou inventário, contendo a adjudicação do quinhão sucessório aos herdeiros, é considerado título executivo pelo diploma processual, apesar de não ser, naturalmente, sentença condenatória. (Quando o quinhão resultante da sucessão hereditária não ultrapassar cinco salários-mínimos.)
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;
Um dos efeitos secundários da sentença penal condenatória transitada em julgado é a criação de um título executivo na esfera civil, ainda que nenhuma referência tenha sido feita a esse respeito pelo juízo penal.
VII - a sentença arbitral;
A Lei de Arbitragem (Lei 9.307/1996) conferiu eficácia executiva, sem a necessidade de homologação pelo Poder Judiciário, à sentença arbitral, entendida como o provimento final do árbitro que resolve um conflito de interesses (sobre direitos patrimoniais disponíveis) entre particulares que optaram pela resolução extrajudicial do conflito em que se viram envolvidos. O art. 31 de referida lei equipara a sentença arbitral à sentença judicial, constituindo-se em título executivo judicial sempre que tiver natureza condenatória.
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;Para que produza efeitos em território nacional, a sentença estrangeira – judicial ou arbitral – deve obrigatoriamente passar por um processo de homologação perante o Superior Tribunal de Justiça
A decisão homologatória, com nítido caráter constitutivo, torna a decisão proferida em estado estrangeiro executável em território nacional, ocorrendo na linguagem de autorizada doutrina uma “nacionalização da sentença”. No Superior Tribunal de Justiça é tranquilo o entendimento de que não cabe ao tribunal nacional a análise do mérito da sentença estrangeira, ressalvado o exame dos aspectos atinentes à ordem pública, soberania nacional, contraditório, ampla defesa e devido processo legal
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça;
§ 1o Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será citado no juízo cível para o cumprimento da sentença ou para a liquidação no prazo de 15 (quinze) dias.
Somente o título extrajudicial dará ensejo a um novo processo, ao tempo que, o judicial implicará apenas uma fase subsequente de cumprimento de sentença.
6. TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL
São essencialmente documentos particulares ou públicos aos quais a lei empresta força executiva. Possuem a mesma eficácia executiva dos títulos judiciais, sendo todos eles aptos à instauração da execução.
O procedimento executivo será parcialmente distinto no cumprimento de sentença (título judicial) e no processo autônomo de execução (título extrajudicial).
Mais uma vez é importante registrar que são títulos executivos extrajudiciais somente aqueles documentos que a lei federal expressamente prevê como tal, não havendo no direito nacional a possibilidade de criação de título extrajudicial fundado apenas na vontade das partes envolvidas na relação jurídica de direito material.
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
Os títulos de crédito descritos no dispositivo legal ora analisado não necessitam de protesto para que sejam considerados como título executivo extrajudicial. Somente em situações específicas, quando o documento não puder ser considerado um título executivo em razão da ausência de algum requisito formal, a lei pode exigir o seu protesto, como é o caso da duplicata sem aceite.
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
Trata da confissão de dívida, que pode ser realizada por meio de escrita pública, documento público assinado pelo devedor ou particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas. O documento nesse caso representa o reconhecimento expresso de dívida pelo próprio devedor ou mandatário com poderes específicos. É necessário, ainda, que o documento indique obrigação certa, líquida e exigível, sem o que o contrato não será considerado título executivo.
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
No instrumento particular exige-se, além da assinatura do devedor, a de duas testemunhas. Embora o artigo de lei não indique a necessidade da presença das testemunhas no ato de celebração do contrato, elas devem estar preparadas para confirmar que o devedor assumiu responsabilidade de forma livre e consciente, concordando de espontânea vontade com a criação do título.
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução;
Esses contratos de garantia podem ser celebrados por terceiros, não devedores, que a partir de então passam a ter responsabilidade patrimonial – sempre no limite da garantia – perante o credor. Há, portanto, responsabilidade de quem não é o obrigado, no plano do direito material, a satisfazer a obrigação. O exequente, nesse caso, pode mover a ação de execução exclusivamente contra o devedor, contra o garante, ou contra ambos (litisconsórcio facultativo).
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;
Segundo a literalidade do dispositivo legal, o único contrato de seguro a ser título executivo é o de seguro de vida. Por ser o contrato de seguro uma espécie de contrato aleatório, dependendo o direito do segurado de evento futuro e incerto, é necessário que se instrua a peça inicial do processo de execução com o contrato e a prova pré-constituída do evento coberto pelo seguro, sendo indispensável a instrução da petição inicial com a certidão de óbito.
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
O Novo CPC diz respeito à desnecessidade de contrato escrito de locação, sendo suficiente a existência de uma prova documental que ateste a existência da locação e dos encargos
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
O dispositivo legal permite expressamente que leis federais extravagantes criem títulos executivos extrajudiciais, mas impossibilita que as partes realizem o chamado “pacto executivo”, conforme já comentado. A Lei Federal pode criar quantos títulos desejar, as partes, não. 
7. REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL
Art. 797. Ressalvado o caso de insolvência do devedor, em que tem lugar o concurso universal, realiza-se a execução no interesse do exequente que adquire, pela penhora, o direito de preferência sobre os bens penhorados.
Parágrafo único. Recaindo mais de uma penhora sobre o mesmo bem, cada exequente conservará o seu título de preferência.
Art. 798. Ao propor a execução, incumbe ao exequente:
I - instruir a petição inicial com:
a) o título executivo extrajudicial;
b) o demonstrativo do débito atualizado até a data de propositura da ação, quando se tratar de execução por quantia certa;
c) a prova de que se verificou a condição ou ocorreu o termo, se for o caso;
d) a prova, se for o caso, de que adimpliu a contraprestação que lhe corresponde ou que lhe assegura o cumprimento, se o executado não for obrigado a satisfazer a sua prestação senão mediante a contraprestação do exequente;
II - indicar:
a) a espécie de execução de sua preferência, quando por mais de um modo puder ser realizada;
b) os nomes completos do exequente e do executado e seus números de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica;
c) os bens suscetíveis de penhora, sempre que possível.
Parágrafo único. O demonstrativo do débito deverá conter:
I - o índice de correção monetária adotado;
II - a taxa de juros aplicada;
III - os termos inicial e final de incidência do índice de correção monetária e da taxa de juros utilizados;
IV - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso;
V - a especificação de desconto obrigatório realizado.
8. NULIDADE DA EXECUÇÃO
Art. 803. É nula a execução se:
I - o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e exigível;
II - o executado não for regularmente citado;
III - for instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrer o termo.
Parágrafo único. A nulidade de que cuida este artigo será pronunciada pelo juiz, de ofício ou a requerimento da parte, independentemente de embargos à execução.

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