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ANATOMIA MÉDICO TOPOGRÁFICA CLASSIFICAÇÃO POR ZONAS Zona 1: Região dos grandes vasos. Conduta quando apresenta hematoma: todos devem ser explorados. Zona 2: Região topográfica dos rins e flancos. Conduta quando apresenta hematomas: explorar somente quando o hematoma for crescente e/ou pulsátil, se o hematoma estiver estável não se deve explorar. Zona 3: Região da bexiga, pelve menor. Conduta quando apresentar hematomas: empacotamento (gaze) pois é uma região com muitas varizes e acarreta grandes sangramentos. MANOBRAS Manobra de Pringles: trauma grave no fígado e é realizada para conter o sangramento profundo. Deve-se clampear o hilo hepático através do forame de Wislow, desclampeando a cada 20/60/90 minutos (a depender da técnica – Pringles contínuo ou intermitente). Sangramento será contido se ele estiver localizado na veia porta ou na artéria hepática. Manobra de Kocher: é uma manobra cirúrgica que consiste na rotação medial do duodeno, realizando um descolamento da parede posterior, ou seja, liberando esse órgão do retroperitônio. Manobra de Mattox: Inicia com a mobilização da porção mais baixa do colón descendente, puxando a porção esquerda para linha média. A incisão é realizada no peritônio esquerdo desde a face lateral do colón sigmoide e se estendendo em direção cefálica mediante incisão do ligamento esplenorrenal e das inserções esplenofrênicas. Ainda, é realizada uma dissecção romba entre o baço, o pâncreas, e o mesentério anterior. Por fim, as vísceras citadas são deslocadas para direita expondo afinal o rim esquerdo, a glândula suprarrenal, o ureter esquerdo, os vasos renais e a aorta (do tronco celíaco a bifurcação para as artérias ilíacas). Manobra de Cattell-Braasch: libera o lado direito (delgado, cólon) em direção ao quadrante superior esquerdo. Permite melhor visualização do retroperitônio inframesocólico (aorta infra-renal, VCI, artérias e veias renais, vasos ilíacos, terceira e quarta parte do duodeno e vasos mesentéricos superiores). MESENTÉRIO E OMENTO O mesentério é formado pelas dobras do peritônio que suspendem os órgãos da parede abdominal posterior. Tecido conjuntivo de sustentação e preenchimento. Exemplos: mesentério (ID), mesocólon, mesoapêndice, mesovário, etc. O omento é formado por duas camadas de peritônio que se fundiram. Pode ser subdividido em omento maior e menor. Omento menor: parte da curvatura menos do estômago e é formado por dois ligamentos: hepatoduodenal e hepatogástrico. Grande epíplo ou omento maior: e origina da primeira parte do duodeno e da curvatura maior do estômago → envolve o intestino, bloqueia os processos inflamatórios – defesa imunológica –, absorção e produção de líquidos. Plastrão: ação do epíplo de bloqueio do processo inflamatório. RETROCAVIDADE DOS EPÍPLOS OU BOLSA OMENTAL A bolsa omental é um espaço oco que permite a visualização da parede posterior do estômago e pâncreas (entre a curvatura maior e cólon transverso). Forame de Wislow: comunicação entre cavidade abdominal e retrocavidade dos epíplos, abaixo do hilo. Limites: raiz inferior do ligamento hepatoduodenal (contendo a tríade portal) e o lobo caudado do fígado. RELEMBRANDO VASCULARIZAÇÃO AORTA ABDOMINAL 1. Frênicas inferiores 2. Tronco celíaco • Gástrica esquerda • Hepática comum ✓ Hepática própria → hilo hepático ✓ Gástrica direita ✓ Gastroduodenal ▪ Gastromental direita ▪ Pancreático duodenal superior • Esplênica ✓ Gastromental esquerda ✓ Gástricas curtas ✓ Gástricas posteriores ✓ Pancreáticas tributárias (dorsal, magna, inferior e caudal) 3. Mesentérica superior 4. Renais 5. Gonadais 6. Mesentérica inferior 7. Ilíaca (descrição de 3 e 6 posteriormente) ESÔFAGO Tamanho: 25cm de comprimento, com diâmetro de 2cm. Constrições: cervical (causada pela parte cricofaríngea do músculo constritor inferior da faringe), broncoaórtica (cruzamento do arco da aorta e brônquio principal esquerdo) e diafragmática (onde atravessa o hiato esofágico do diafragma). Musculatura: músculos estriados voluntário no seu 1/3 superior, músculo liso no 1/3 inferior e ambos no terço médio. Relação com o diafragma: atravessa o hiato esofágico no diafragma no nível de TX. O esôfago está fixado nele pelo ligamento frenicoesofágico – permite o movimento independente do diafragma e do esôfago durante a respiração e deglutição. Relação com o estômago: Termina entrando no óstio cárdico do estômago à esquerda da linha mediana no nível da 7ª cartilagem costal esquerda e TXI, além de atravessar a extremidade do processo xifoide. Inervação: circundada pelo plexo nervoso esofágico (formado pelo nervo vago direito e esquerdo) distalmente e pelos troncos simpáticos torácicos Linha Z: representa a junção gástrico-esofágica, em que há mudança abrupta da túnica mucosa esofágica para a túnica mucosa gástrica. Imediatamente acima dessa linha há o esfíncter esofágico inferior que evita o refluxo gástrico. Irrigação da parte abdominal: artéria gástrica esquerda e artéria frênica inferior esquerda. Drenagem venosa: veia gástrica esquerda → sistema venoso porta; veias esofágicas → veia ázigo → sistema venoso sistêmico. ÓRGÃO SUPRAMESACÓLICOS ESTÔMAGO Ele acumula alimento proveniente do esôfago, realizando digestão química e mecânica, além da passagem para o duodeno. O suco gástrico converte a massa de alimento em uma mistura semilíquida, o quimo. Capacidade de 2-3L de alimento! Órgão intraperitoneal! Localização: localizado em epigástrico e HD, ocupa QSD e QSE, entre o duodeno e o esófago. Partes do estômago: 1) Cárdia: é a parte que circunda o óstio cárdico. Em decúbito dorsal está geralmente situado posteriormente à 6ª cartilagem costal esquerda, no nível de TXI. 2) Fundo gástrico: faz relação com a cúpula esquerda do diafragma e é limitado inferiormente na altura do óstio cárdico. Em decúbito dorsal, está situado posteriormente à costela 6 esquerda, no plano da LMC; 3) Corpo gástrico: entre o fundo e o antro pilórico; 4) Parte pilórica: antro pilórico → canal pilórico → piloro (região esfincteriana do óstio pilórico). Localiza-se no plano transpilórico: corta a 8ª cartilagem costal e a vértebra L1 (em posição ortostática varia de LII a LIV). Há esvaziamento do estômago quando a pressão intragástrica supera a resistência do piloro. Curvaturas: • Curvatura menor • Curvatura maior: segue inferiormente à esquerda da junção do 5º espaço intercostal e LMC, indo para a direita, passando profundamente à 9ª ou a 10ª cartilagem esquerda, seguindo medialmente até encontrar o antro pilórico. Interior: recoberta por uma camada de muco que protege contra o ácido gástrico. É formada por estrias longitudinais denominadas pregas gástricas. As pregas gástricas diminuem e desaparecem quando o estômago está distendido. Relações: é coberto por peritônio, saindo o omento maior da curvatura menor e o omento maior da curvatura maior • Anterior: lobo esquerdo do fígado, diafragma e parede abdominal anterior. • Posterior: bolsa omental e o pâncreas. • Superior: esôfago e diafragma. • Inferir: cólon transverso, pâncreas, rim esquerdo. • Lateral: baço Esqueletopia: altura de T10 – T12/L1; 7ª a 11ª costelas Irrigação: • Curvatura menor: artérias gástricas D e E. • Curvatura maior: arteiras gastromentais D e E • Fundo: gástricas curtas e posteriores. Drenagem: veias gástricas direita e esquerda → veia porta; veias gástricas curtas, posteriores e veias gastromentais esquerdas → veia esplênica (+VMS) → veia porta; veia gastromental direita → VMS Inervação: a inervação parassimpática provém dos troncos vagais anterior e posterior; a inervação simpática do estômago é proveniente dos segmentos T6 a T9da medula espinal. Anatomia: incisura cardíaca, incisura angular, curvatura maior e menor, fundo, corpo, antro, piloro, canal pilórico. Dimensão: pode medir até 25 cm. VESÍCULA BILIAR Tamanho: 7 a 10cm Localização: fossa biliar na face visceral do fígado no HD no QSD; Relações: • Superior: fígado • Posterior: veia porta • Inferior: duodeno e cólon transverso. Esqueletopia: 10ª costela ou L1. Irrigação: artéria cística e veia cística. Anatomia: colo, corpo (anterior à parte superior do duodeno e toca a parte visceral do fígado, o colo transverso e parte superior do duodeno), fundo. O ducto cístico se une ao ducto hepático comum. FÍGADO Órgão intraperitoneal! Localização: QSD e QSE, epigástrico, hipocôndrio direito (maior parte) e hipocôndrio esquerdo. Função: com exceção da gordura, todos os nutrientes absorvidos pelo sistema digestório são levados primeiro ao fígado pelo sistema venoso porta. Realiza também atividades metabólicas, armazena glicogênio e secreta bile. Relações: • Anterior: costelas e parede abdominal. • Posterior: estômago, rim e glândula suprarrenal D, esôfago, duodeno, flexura cólica direita e cólon transverso (flexura hepática), omento menor, vesícula biliar. • Superior: diafragma. Esqueletopia: costelas 7 a 11. Irrigação: hepática própria (hepática direita e esquerda) Drenagem: veia porta (entra no fígado conduzindo quase todos os nutrientes absorvidos no sistema digestório – VMS + esplênica) → veia hepática (v. hepática direita, esquerda e intermediária) → VCI Inervação: os nervos do fígado são derivados do plexo hepático (o maior derivado do plexo celíaco) Anatomia: Lobos: direito, esquerdo, caudado (posterior e superior) – forma o processo papilar a esquerda e o processo caudado a direita – e quadrado (posterior) e inferior). O hilo hepático divide o lobo quadrado do lobo caudado. O que divide o lobo direito do esquerdo é o ligamento falciforme. Ligamentos: coronário, triangular direito e esquerdo, falciforme, redondo (remanescente da veia umbilical), venoso, hepatoduodenal, hepatogástrico. O ligamento venoso prende a veia cava inferior. Todos os ligamentos do fígado são formados por tecido conjuntivo, exceto o ligamento redondo, que é uma veia obliterada. Faces: diafragmática convexa (superior e um tanto posterior) e visceral (posteroinferior) – separadas pela margem inferior aguda. O fígado é recoberto por peritônio, exceto na área nua do fígado, na fossa da vesícula biliar e no hilo hepático (veia porta, artéria hepática, vasos linfáticos, plexo nervoso hepático e ductos hepáticos) Recessos: hepatorrenal (bolsa de Morison – situada entre a parte direita da face visceral do fígado e o rim e a glândula suprarrenal direita → o líquido que drena da bolsa omental para esse recesso) e subfrênico (separados em recesso direito e esquerdo pelo ligamento falciforme. Fissuras: fissura sagital direta e fissura sagital esquerda (umbilical), unidas pela porta do fígado transversal, formando a letra H. Tríade portal: ducto colédoco, veia porta (nutrição funcional) e artéria hepática própria. Segmentação cirúrgica ou segmentação portal: A veia porta é dividida em unidades funcionais independentes entre si. Logo, se houver a retirada de uma delas, o fígado segue seu funcionamento. A linha paralela ao segmento IV leva em consideração a vesícula biliar e a veia cava, divido o fígado, de acordo com a segmentação cirúrgica, em lado direito e esquerdo → fissura portal principal/linha de cantlie. 1-Lobo caudado (segmento I) 2-Lobo póstero-lateral esquerdo (II) 3-Lobo ântero-lateral esquerdo. (III) 4-Lobo medial esquerdo (IV) 5-Lobo anteromedial direito (V) 6-Lobo ântero-lateral direito (VI) 7-Lobo póstero-lateral direito (VII) 8-Lobo póstero-medial direito. (VIII) Triângulo de Callot: formado pela base inferior do fígado, ducto hepático comum e ducto cístico, utilizado para localizar a artéria cística. Dimensões: LD não deve passar de 15 cm e LE não deve passar de 10 cm. PÂNCREAS Glândula mista que produz, exocrinamente, o suco pancreático. Localização: retroperitoneal, epigástrio, HD e uma porção da região umbilical. Relações: • Anterior: estômago, bolsa omental, artéria mesentérica superior e mesocólon transverso. • Posterior: aorta, cava inferior, rins e suas artérias. • Posterior ao corpo: rins, glândulas suprarrenais, artérias e veias renais. • Superior: artéria esplênica. • Lateral: baço. • Medial: duodeno. Esqueletopia: transversalmente aos corpos das vértebras L1 e L2. Irrigação: Cabeça, colo e processo uncinado: pancreatoduodenais superior e inferior, além de ramo da mesentérica. Corpo e cauda: artérias pancreáticas (dorsal, magna, inferior e caudal) e artéria esplênica. Drenagem: Veias pancreáticas. Inervação: derivada do nervo vago e esplânico abdominopélvico. Anatomia: cabeça (processo uncinado) que está apoiada sobre a VCI, artéria e veias renais D e veia renal esquerda; colo (localizado sobre os vasos mesentéricos superiores); corpo e cauda (intimamente relacionada ao hilo hepático e flexura E do cólon). • Cabeça: intimamente relacionada ao duodeno. • Processo uncinado: posterior aos vasos mesentéricos superiores. • Colo: posteriormente ao colo há a formação da veia porta. • Corpo e cauda: localizam-se abaixo do tronco celíaco, acima da flexura duodenojejunal. A cauda é intraperitoneal. Dimensão: tamanho médio de 20 cm. Ductos: • Pancreático principal: se inicia na cauda e atravessa o parênquima pancreático até a cabeça do pâncreas e se anastomosa com o ducto colédoco, formando a ampola de vate, que então se abre na papila maior; • Pancreático acessório – papila menor do duodeno. OBS: segmentação anatomocirúrgica: divide-se em dois segmentos, direito (cefalocervical) e esquerdo (corporocaudal), separados pela paucivascular. DUODENO Tamanho: 25cm. Parte mais curta, mais larga e mais fixa do intestino delgado Localização: QSD, 1ª porção (superior) é intraperitoneal, a 2ª,3ª e 4ª são retroperitoneais. Inicia após o esfíncter pilórico e vai até a flexura duodenojejunal (ligamento de Treitz). Partes do duodeno: 1) Parte superior: curta ( 5cm), situada anterolateralmente ao corpo de L1. Superposta pelo fígado e vesícula biliar. A parte proximal possui o ligamento hepatoduodenal. 2) Parte descendente: mais longa (7 a 10cm), desce ao longo das faces direitas das vértebras L1 a L3. Curva-se ao redor da cabeça do pâncreas, à direita da VCI. Papila maior (ampola de water): ducto colédoco e ducto pancreático principal. Papila menor: ducto pancreático acessório 3) Parte horizontal: 6-8cm, cruza a vértebra L3. Passa sobre a VCI e a aorta. É cruzada pela artéria e veias mesentéricas superiores. Superiormente a ela está a cabeça do pâncreas. Posteriormente está o músculo psoas maior direito, VCI, aorta e vasos testiculares ou ováricos direitos. 4) Parte ascendente: 5cm, começa à esquerda de L3 e segue superiormente até a margem superior de L2. Segue superiormente ao longo do lado esquerdo da aorta até alcançar a margem inferior do pâncreas. Se une ao jejuno na flexura duodenojejunal, sustentada pela inserção do músculo suspensor do duodeno (Treitz) Ampola (bulbo duodenal): primeiros 2cm, tem mesentério e são móveis (intraperitoneal). Esqueletopia: L1 a L3 Parte superior: L1 Parte descendente: L1-L3 Parte horizontal: L3 Parte ascendente: L3-L2 Irrigação: pancreatoduodenais superior – duodeno proximal – e inferior (ramo da AMS) – duodeno distal. Drenagem: veias duodenais → veia porta (diretamente e indiretamente) Inervação: nervos duodenais, que derivam do nervo vago e dos nervos esplâncnicos maior e menor.Anatomia: Divide-se em quatro porções: superior ou bulbo (ligamento hepatoduodenal), descendente (papila maior e papila menor), horizontal e ascendente (flexura duodenojejunal / ligamento de Treitz). BAÇO Órgão intraperitoneal! Localização: parte superolateral do QSE ou Hipocôndrio Esquerdo. Função: participa do sistema linfático e no período pré- natal é um órgão hematopoiético (formador de sangue), mas após o nascimento, realiza basicamente a destruição de hemácias antigas. Armazena hemácias e plaquetas. É revestido por uma fina camada fibroelástica em toda a sua extensão, exceto no hilo esplênico, por onde entram e saem os ramos esplênicos da artéria e veia esplênicas. Relações: • Posterior: parte esquerda do diafragma que separa a pleura do pulmão e das costelas IX a XI (recesso costodiafragmático). • Inferior: flexura cólica esquerda. • Medial: rim esquerdo, pâncreas, estômago. Dimensões: 12x7 Só é palpável na parede anterolateral do abdômen quando está aumentado. Esqueletopia: costelas 9 a 11. Irrigação: artéria esplênica (maior ramo do tronco celíaco) e veia esplênica. Inervação: nervos esplênicos derivados do plexo celíaco. Anatomia: Forma semilunar com convexidade voltada lateralmente e concavidade voltada medialmente. Margens: superior e anterior agudar; inferior é arredondada Extremidades: anterior e posterior. Faces: diafragmática e visceral. Face visceral – subdivisões: gástrica, renal, cólica e pancreática. Encontra-se também o hilo esplênico, pedículo esplênico e cauda do pâncreas em contato. É peritonizado, exceto no hilo renal. Ligamentos: esplenorrenal, frênico-esplênico e gastro- esplênico. ÓRGÃOS INFRAMESACÓLICOS JEJUNO E ÍLEO Anatomia: o jejuno inicia na flexura duodenojejunal – onde o sistema digestório volta a ser intraperitoneal – e o íleo termina na junção ileocecal. Dimensão (juntos): 6 a 7 metros. Localização: eles podem chegar aos quatro quadrantes, mas o jejuno está, em sua maior parte, no QSE e, o íleo, no QID. Mesentério: prega de peritônio que fixa o jejuno e o íleo à parede posterior do abdome. Seu comprimento médio é de 20cm. Entre as duas camadas do mesentério estão os vasos mesentéricos superiores, linfonodos, gordura e nervos autonômicos. Irrigação: artéria mesentérica superior (MAS) → artérias jejunais e ileais. Esses ramos formam os arcos artérias, que dão origem a artérias retas, denominadas vasos retos. Drenagem: veia mesentérica superior + veia esplênica → veia porta. Inervação: plexo nervoso periarterial (circunda a AMS), plexo mesentérico superior INTESTINO GROSSO Função: absorção da água do quimo, convertendo-o em fezes semissólidas. Partes: ceco, apêndice vermiforme, parte ascendente, transversa, descendente e sigmóide do colo, reto e canal anal. Quais as diferenças anatômicas para o intestino delgado? • Apêndices omentais do colo; • Tênias: (1) mesocólica, à qual se fixa os mesocolos transverso e sigmóide; (2) omental, à qual se fixam os apêndices omentais; e (3) tênia livre, à qual não estão fixados mesocolos nem apêndices omentais. • Saculações (entre as pregas semilunares; • Maior calibre. Quais os ramos da artéria mesentérica superior? 1. Artéria pancreático duodenal inferior 2. Artéria cólica média 3. Artérias intestinais (jejunais e ileais) 4. Artéria cólica direita 5. Artéria ileocólica → artéria apendicular e artéria cecal posterior. Quais os ramos da artéria mesentérica inferior? 1. Artéria cólica esquerda 2. Artéria sigmóide 3. Artéria retal superior CECO E APÊNDICE VERMIFORME O ceco é a primeira parte do intestino grosso. Dimensão do ceco: 7,5 cm. Localização do ceco: fossa ilíaca. Quase totalmente intraperitoneal. O óstio ileal projeta-se entre os lábios ileocólico e ileocecal (superior e inferior), que formam a crista denominada frênulo do óstio ileal. O óstio é geralmente fechado por contração tônica, apresentando-se como uma papila ileal, que impede refluxos para o íleo. Dimensão do apêndice: 6 a 10 cm Localização: face posteromedial do ceco. O apêndice possui o mesoapêndice, um mesentério triangular curto originado na face posterior do mesentério. Irrigação do ceco: artéria íleo cólica (ramo da AMS) Irrigação do apêndice: artéria apendicular Drenagem do apêndice e ceco: veia ileocólica → VMS + esplênica → veia porta Inervação do ceco e apêndice vermiforme: plexo mesentérico superior. COLO Partes: ascendente, transversa, descendente e sigmóide. Esqueletopia: LI (colo transverso) a SIII (colo sigmóide) – há muitas variações anatômicas. Colo ascendente: segunda parte do IG, que vai do ceco até a flexura direita do colo (flexura hepática). É retroperitoneal. Lateralmente ao colo ascendente há um sulco vertical profundo denominado sulco paracólico direito. Irrigação do colo ascendente: artérias ileocólica e cólica direita (ramos da MAS). Drenagem do colo ascendente: veias cólica direita e ileocólica → VMS Inervação do colo ascendente: plexo mesentérico superior Colo transverso: terceira parte do IG, que vai da flexura hepática a flexura esplênica. Irrigação: artéria cólica média (ramo da AMS). Podem também receber sangue das artérias cólicas direita e esquerda por meio de anastomoses. Drenagem: veia cólica média → VMS Inervação: plexo mesentérico superior Colo descendente: quarta parte do IG retroperitoneal. Passa anteriormente a margem lateral do rim esquerdo. Como o colon ascendente, possui em sua face lateral um sulco paracólico. Colo sigmóide: tem forma de S e une o colo descendente ao reto. Estende-se da fossa ilíaca até S3, onde se une ao reto. O fim das tênias do cólon indica a junção retossigmóide. Irrigação do colo descendente e sigmóide: artérias cólica esquerda e sigmóidea (ramos da AMI). Drenagem: veia sigmóidea, retossigmóide e veia cólica esquerda → VMI → veia esplênica Inervação: nervos esplâncnicos lombares, plexo mesentérico superior e plexos periarteriais (simpática); nervos esplâncnicos pélvicos (parassimpática) RETO E CANAL ANAL O reto é a parte final do IG, ele é retroperitoneal e contínuo com o sigmóide ao nível de SII. O reto é contínuo inferiormente com o canal anal RELAÇÕES DO DUODENO