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Aula 3 - Psicomotricidade Clínica e Relacional


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1.13 Psicomotricidade Relacional
A Psicomotricidade aplicada como ciência, re-
conhecida por sua eficácia terapêutica, tem como 
objetivo estudar o perfil psicomotor e cognitivo do 
ser em terapia e, de forma multimodal, verificar e 
prescrever baterias de exercícios funcionais acom-
panhados de conteúdos simbólicos por meio da 
motricidade. Na sequência, usa-se o brincar como 
elemento que desencadeia, de forma simples, aju-
dando a criança motivando-a a verbalizar e exteriori-
zar conceitos psicoafetivos, cognitivos e motores em 
conjunto com atividades que envolvam o corpo e o 
movimento para análise em terapia.
1.14 Fatores diferenciais na Psico-
motricidade
Veremos neste momento as principais diferen-
ças entre as vertentes da Psicomotricidade:
A criança imita o modelo do professor: a crian-
ça não escolhe o fazer; a criança é dependente; rara-
mente ocorre contato corporal entre as crianças; o 
enfoque é dualista (ênfase nos aspectos motrizes); 
o paradigma é racionalista; o psicomotricista dirige 
as atividades; o psicomotricista atua sozinho; o psi-
comotricista adota uma postura de comando; as ati-
vidades são pré-programadas pelo psicomotricista; 
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as atividades são dirigidas; a criança tem vários mo-
delos; a criança pode brincar livremente; a criança é 
mais independente; ocorre contrato corporal do psi-
comotricista com as crianças e entre elas; a criança é 
vista como uma totalidade; o paradigma é naturalis-
ta (prazer do movimento); o psicomotricista ajuda, 
compreende, interage, sugere, propõe e estimula a 
prática psicomotriz; o psicomotricista pode atuar 
com a professora da classe; o psicomotricista adota 
uma postura de escuta; a criança decide o que fazer; 
as atividades são livres; a verbalização é uma das ân-
coras do processo pedagógico; a formação pessoal 
do adulto é requisito para a competência relacional 
com a criança.
Fonte: NEGRINE, Airton. Aprendizagem e 
desenvolvimento infantil – Psicomotricidade: alter-
nativas pedagógicas. Porto Alegre: Ed. Prodil, 1995
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Exercícios Propostos
1) Qual deve ser a postura do psicomotricista 
no ambiente clínico ou pedagógico, para que este 
possa ter grande sucesso em suas intervenções com 
o indivíduo?
2) Com relação à prática da Psicomotricidade 
e seu campo de atuação, aonde a Psicomotricidade 
pode ser trabalhada, além da clínica pedagógica?
3) A Psicomotricidade pode ser aprendida inte-
lectualmente nos livros? Justifique sua resposta.
4) A terapia em Psicomotricidade prepara a 
criança para qual finalidade no setting terapêutico?
5) Qual o propósito da Psicomotricidade no 
ambiente escolar?
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Unidade II
A Psicomotricidade Com Foco Nos 
Limites e as Diversas Possibilidades
Nesta unidade veremos a Psicomotricidade 
com um pouco mais de prática, seguindo dicas es-
senciais para quem quer ser ou se tornar um psico-
motricista, ou apenas pesquisar sobre a área para 
atividades futuras. Vamos fazer uma ligação entre a 
prática e vida escolar perpassando pela metodologia 
clínica. Devagar e sempre vamos clareando o assun-
to em sua mente. Sigam-me!
2.1 Limites E Possibilidades Na 
Clínica Infantil E Infanto-Juvenil.
A Psicomotricidade Clínica Infantil e Infanto-Ju-
venil em Psicomotricidade Relacional compreende e 
trabalha em diferentes níveis de terapia psicomotora. 
As desordens neurológicas e relativas ao desenvolvi-
mento cerebral, psicofisiológico e motor da criança e 
no campo da afetividade e reconhecimento.
Neste sentido, prioriza-se a utilização de uma 
didática permanente e metodologia sistemática, para 
que no processo de atividades o psicomotricista ve-
nha a ter total organização sobre o quadro que está 
enfrentando com o ser a sua frente. Vale, ainda, lem-
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brar que o jogo simbólico, não verbal, num ambiente 
calmo e com liberdade e criatividade e sem restrições 
ajudará a criança em seu processo de evolução. 
Na Psicomotricidade, o terapeuta precisa fazer 
com que a criança tenha prazer em estar ali para vi-
venciar o jogo psicomotor simbólico que a condi-
cionará a expor suas fraquezas e limitações que são, 
sem dúvida, emoções carregadas de significados. A 
Psicomotricidade Relacional oferece-lhe um espaço 
onde é possível alinhar todos os sentidos psicológi-
cos do ser em desenvolvimento, dentro deste con-
texto, você se tornará um pesquisador da Psicomo-
tricidade, que ainda é uma obra inacabada e carente 
de escritores que compartilhem suas experiências 
com a classe científica.
Na clínica psicomotora relacional o terapeuta 
auxilia a criança e o adolescente a colocarem, sem 
medo, para fora tudo o que as deixe sentir-se impo-
tentes, receosas ou indecisas e, então, o psicomotri-
cista, em conjunto com o indivíduo, elabora e traça 
uma meta de como lidar com seus conflitos inter-
nos e externos. Na sequência de várias sessões, en-
coraja-os para que se expressem, imaginando tudo 
aquilo que lhes dá medo, tirando do inconsciente, 
verbalizando e interpretando com o terapeuta tudo 
o que foi visualizado. 
O terapeuta relacional é o profissional que usa 
com seus pacientes a visualização dos medos, dese-
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jos, ansiedades e necessidades, transformando a in-
terpretação em superação e, no caso da criança, o 
jogo simbólico é essencial.
2.1 As habilidades motoras no 
contexto escolar
O desenvolvimento cognitivo e motor da crian-
ça se dão, basicamente, através da influência do meio 
e das demais experiências que a influenciam emocio-
nal e motoramente durante toda a sua vida. Porém, 
de maneira triste, nem sempre este desenvolvimento 
ocorre de forma correta. Transtornos como TDAH 
e o autismo, por exemplo, são casos mais complica-
dos para a Psicomotricidade, pois profissionais que 
querem se especializar nestes temas precisam fazer 
mais pesquisas com outros profissionais e trabalhar 
sob a sua supervisão.
Geralmente, quando a criança apresenta 
determinadas condições, a escola e família já fi-
zeram algum tipo de solicitação de observação. 
Este olhar atento, de quem sabe que é através do 
movimento que a criança estabelece relações afe-
tivas, sociais e cognitivas, muitas vezes, confronta 
com o olhar de quem não se dá conta da impor-
tância de encaminhar para um profissional que 
desenvolva um programa de Psicomotricidade 
exclusivo e adequado.
38
O protocolo de avaliação cientificamente com-
provado que é usado com ajuda de um psicólogo é 
o teste do WISC-III e o teste de Bender, além de pe-
diatras, psiquiatras e neuropediatras para auxiliar no 
diagnóstico da criança, dando orientações de como 
prosseguir mediante as intercorrências medicamen-
tosas que, por ora, podem atrapalhar os processos 
de terapia que forem propostos.
Então, só para lembrar, nem todo caso de te-
rapia em Psicomotricidade será simples. Em muitos 
casos, você, que quer atuar como psicomotricista, 
deverá pedir ajuda e supervisão de uma equipe mul-
tidisciplinar e, acima de tudo, caminhar com todos 
em consonância, pois, como já vimos no capítulo 
anterior, o foco da Psicomotricidade é a criança.
Preste bem atenção nestas regras semiológicas em Psicomo-
tricidade.
2.2. A quem é destinada a Psico-
motricidade Funcional?
O trabalho do psicomotor funcional é desti-
nado a indivíduos com atraso no desenvolvimento 
neuropsicomotor, com dificuldades relacionadas à 
aprendizagem escolar, à socialização, à afetividade e 
à autoestima, com déficit de atenção e hiperatividade. 
Geralmente, a terapia é feita ou com educador físico 
com especialização em Psicomotricidade Funcional