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MANUAL DO PROGRAMA DA AVALIAÇÃO FORMATIVA E PROJETO ENADE PROGRAMA DA AVALIAÇÃO FORMATIVA APERFEIÇOAMENTO DE CONHECIMENTOS SISTÊMICOS O PASSADO: AVALIAÇÃO POR AVALIAR! Segundo PEREIRA e LIBLIK (2008), a avaliação escolar é nos dias de hoje, um ponto de conflito entre professores, pais e alunos, pois ao mesmo tempo que se reconhece sua importância, não se consegue adequá-la ao sistema de ensino para que se torne um instrumento justo e represente a realidade da aprendizagem. Muitas vezes na escola, a avaliação é considerada como a finalidade da aprendizagem. Serve então, de motivação única, desenvolvendo no aluno uma espécie de reflexo condicionado (só se esforça em função dos testes, esquecendo geralmente, logo em seguida as noções que decorou) e levando o professor a adotar uma estratégia “inversa”: a aprendizagem é concebida e programada, tendo em vista a avaliação, em vez de se dar o inverso. Uma educação entendida como processo de seleção e de exclusão, assim como é conduzida na maior parte do processo de ensino e aprendizagem, restringe as possibilidades de se ter acesso ao conhecimento e acarreta consequências diretas sobre o currículo e sua implementação. Contrariamente se a educação é entendida como um processo de acesso democrático ao conhecimento e à ascensão das pessoas seu enfoque se transforma para uma educação significativa e que se perpetua para toda a vida. A avaliação deve por excelência, servir para promover o indivíduo e não o excluir de maneira preconceituosa. Este é um dos grandes desafios para a educação atual, romper os paradigmas arraigados na pedagogia vigente, com vistas a uma educação emancipadora e libertária. De acordo com as atuais propostas curriculares, bem como a legislação escolar vigente, é de suma importância que a avaliação seja contínua, formativa e personalizada, tornando-se elemento do processo de ensino – aprendizagem e que nos permita conhecer o resultado de nossas ações didáticas, buscando aperfeiçoá-las. Porém, na prática, a teoria não se faz realidade, o aprendizado se mostra com altos índices de reprovação, as avaliações são ainda classificatórias e discriminatórias. Faz-se necessário uma reflexão profunda da prática avaliativa das escolas, embasada pelo diálogo entre professores (educadores) e pesquisadores sobre a problemática da avaliação, no intuito de aperfeiçoar as práticas vigentes, abrindo caminho para uma “avaliação libertadora”. O chamado “fenômeno avaliação” é hoje um fenômeno indefinido. Professores e alunos que usam o termo atribuem-lhe diferentes significados, relacionados, principalmente, aos elementos constituintes da prática avaliativa tradicional: prova, nota, conceito, boletim, recuperação, reprovação (HOFFMANN, 1999). A avaliação não deve ser entendida como simples exercícios, testes ou provas, mas como um processo amplo de aprendizagens, indissociáveis do envolvimento global, das responsabilidades do professor e do aluno. “A avaliação formativa deve criar uma situação de progresso, e reconhecer onde e em que é que o aluno tem dificuldades e ajudá-lo a superá- las.” (LANDSHEERE,1980). A ideia de refletir sobre a avaliação formativa parte do princípio de que a avaliação pode e deve fornecer meios de aperfeiçoamento ao professor, ao aluno e ao grupo respectivamente, indicando a relevância do conhecimento que o aluno construiu ao longo de sua escolarização. Em muitos casos o sistema educacional apoia-se na avaliação classificatória com a pretensão de verificar a aprendizagem através de notas e de qualificações. Dessa forma, a avaliação exclui, uma vez que pressupõe que os alunos aprendem de forma linear, o que não necessariamente condiz com a realidade. Durante o processo avaliativo é preciso adotar uma visão mais ampla, é primordial a construção de um cenário que contemple as respostas: 1. O professor sabe como o aluno aprende? 2. Conhece e entende a dimensão epistemológica (aquela que parte do conhecimento) dos processos avaliativos? 3. O mercado de trabalho, da formação profissional do aluno, é levado em consideração no processo avaliativo? Segundo Bloom (1976) sabemos que cada tipo de avaliação corresponde a determinadas decisões. A avaliação formativa está a serviço das decisões pedagógicas, tem como função facilitar o processo ensino/aprendizagem; a avaliação diagnóstica de etapa está a serviço das decisões de progressão (aprovação/reprovação); a avaliação certificadora está a serviço das validações das decisões; a avaliação normativa de grupo oferece referências sobre o nível dos alunos, esclarece e prepara escolhas curriculares; a avaliação externa informa ao conjunto dos cidadãos sobre a situação do sistema escolar e prepara decisões políticas de regulação do sistema. A avaliação escolar não é um ato acabado, uma constatação final, devendo constituir-se num momento de reflexão, que leve o professor a se questionar se os alunos aprenderam bem e consequentemente se ele trabalhou de forma eficaz e para que trabalhou, devendo buscar ensinar melhor, ou seja, ajustar as atividades às necessidades e objetivos da disciplina com que trabalha. Segundo estudiosos, a avaliação formativa contribui para que os alunos aprendam, porque os ajuda a desenvolver as estratégias necessárias colocando ênfase no processo de ensino e aprendizagem, tornando-os participantes desse processo. A avaliação formativa possibilita a construção de habilidades de autoavaliação e avaliação por colegas ajudando os alunos a compreenderem sua própria aprendizagem. Alunos que constroem ativamente sua compreensão sobre novos conceitos (e não meramente absorvem informações) desenvolvem estratégias que os capacitam a situar novas ideias em contexto mais amplo, têm a oportunidade de julgar a qualidade do seu próprio trabalho e do trabalho dos colegas, a partir de objetivos de aprendizagem bem definidos e critérios adequados de avaliação, e estão, ao mesmo tempo, construindo capacidades que facilitarão a aprendizagem permanente. Entre os principais objetivos que se pretende atingir com a avaliação formativa, pode-se apontar: a promoção de desempenho de alto nível e a adoção de tratamento equânime dos resultados da avaliação dos alunos. Cabe esclarecer que, no contexto brasileiro, entende-se por tratamento equânime desses resultados a necessidade de planejar o que será feito com eles, para que não se mantenha o caráter classificatório, que costuma penalizar os que apresentam desempenho mais frágil e os menos favorecidos economicamente. Como já foi mencionado, a avaliação está a serviço da aprendizagem. A avaliação formativa pode contribuir com a mudança do cenário educacional e profissional. Por fim, cabe ressaltar que o processo avaliativo se presta também a investigação da performance docente: os resultados obtidos por meio de avaliações corretamente construídas e aplicadas pode nos indicar se o professor obteve sucesso ao ensinar; se este conseguiu, de maneiras distintas, transmitir aos seus alunos que, de mesmo modo, aprendem de maneiras diversas, determinado conteúdo. Assim, é importante que o processo avaliativo seja utilizado não apenas como instrumento de categorização dos alunos, mas também como um instrumento de investigação constante da prática docente que precisa passar por processos de renovação e reciclagem constantemente, de modo a atender o aluno da atualidade. Sempre em busca de inovar e apresentar o melhor ensino aos estudantes, as instituições de ensino têm pensado em maneiras mais atuais de avaliar o processo de ensino-aprendizagem de seus alunos, e assim surgiu a avaliação formativa. Trata-se de uma estratégia que foge à maneira tradicional de medir o desempenho escolar dos alunos, fazendo uma espécie de acompanhamento mais aprofundado e individual. Por ser um modelobastante novo e inovador é comum que coordenadores, professores e diretores apresentem dúvidas em relação a ele. 1. O que é a avaliação formativa? A avaliação formativa é um conjunto de práticas que utiliza diferentes métodos avaliativos para medir de maneira profunda e individual o processo de ensino-aprendizado dos alunos. Ela é uma alternativa viável, contrapondo-se à maneira mais tradicional de avaliação. As provas tradicionais são muito voltadas à reprodução do conteúdo aprendido, sendo unilaterais e não dando brechas para que os alunos apresentem aos professores feedbacks sobre suas aulas, atribuindo a eles pouco protagonismo no processo de absorção do conhecimento. A avaliação formativa vem, justamente, para quebrar esse paradigma e dar aos alunos o papel de coautores no desenvolvimento de sua aprendizagem. 2. Quais são as características da avaliação formativa? A avaliação formativa foge ao tradicional, trazendo o aluno para o centro de sua própria formação, como mencionado anteriormente. Além disso, uma outra característica marcante desse processo é a autoavaliação. Trata-se de uma via de mão dupla, o que significa que os professores devem sempre dar feedbacks atualizados do desenvolvimento dos alunos, assim como os alunos também precisam informar aos professores questões pertinentes à didática e ao ensino, o que tem funcionado e o que não está dando tão certo. Para que essa seja uma prática eficiente, as partes envolvidas precisam estar devidamente engajadas em participar, o que pode ser um verdadeiro desafio para os professores, que devem trazer temas sempre muito cativantes para prender a atenção dos alunos. A avaliação formativa é formada por várias maneiras de avaliar o desenvolvimento das crianças e jovens. Isso significa que os professores deverão pensar em diferentes modos de avaliar, como trabalhos, seminários e, quem sabe a própria prova tradicional, mas de uma maneira mais engajada e contextualizada, contando sempre com a opinião e o aval das pessoas mais importantes – os alunos. 3. Quais os instrumentos utilizados na avaliação formativa? Este tipo de avaliação adota vários tipos de métodos, sempre de maneira engajada, oferecendo ao aluno ser coautor da construção do próprio conhecimento e, portanto, utiliza algumas ferramentas, como as seguintes: • autoavaliação; • testes tradicionais; • simulados; • seminários; • trabalhos em grupo. Vale lembrar que esse tipo de avaliação visa formar e informar os alunos a respeito de seu desenvolvimento como estudantes capazes de passarem em qualquer exame e cidadãos cientes de seu lugar no mundo. Portanto, os métodos avaliativos que constituem uma avaliação formativa podem ser abertos ao método didático do professor, mas é imprescindível que a autoavaliação esteja presente sempre. Nesse método você deve estabelecer uma relação de intimidade entre alunos e professores, que devem possuir um diálogo bem aberto, pois sempre que o professor pensar em aplicar uma prova ou qualquer outro tipo de avaliação que vise medir o conhecimento, deve discutir isso com os alunos antecipadamente. Isso é fundamental para que os alunos se sintam realmente parte ativa de seu processo de ensino e aprendizagem e fiquem à vontade para posteriormente falarem sobre os pontos positivos e sobre suas dificuldades. 4. Qual a importância da avaliação formativa? A avaliação formativa é de extrema importância para o contexto de aprendizagem dentro de uma instituição. Ela pode ser a solução para não deixar os alunos ficarem desmotivados ou ainda restabelecer o ânimo daqueles que já se encontram saturados do método de ensino tradicional de apenas ouvir o conhecimento. Ao adotar esse processo, a instituição de ensino passa a mensagem a pais e alunos a respeito de seus valores morais e éticos, como autonomia, responsabilidade, capacidade de gestão e autoconhecimento. Além disso, demonstra que professores e dirigentes desta instituição enxergam seus alunos muito além de apenas números; estes são para sua escola seres humanos em formação evolutiva, que têm muito a contribuir para a instituição e para si mesmos. A CONSTRUÇÃO DO ENTENDIMENTO AMPLO PARA AVALIAÇÃO É uma prática corriqueira no Brasil que as instituições educacionais angariem várias matrículas quando são referência em aprovação no Enem e demais vestibulares, mas tão essencial quanto passar em testes é deixar claro que seu principal objetivo é formar cidadãos empáticos e conscientes de seus deveres e direitos sociais. A importância desse processo é grandiosa também para os professores que serão verdadeiramente avaliados pelos alunos. Eles poderão observar quais as práticas didáticas funcionam e o que precisam melhorar e aprimorar, além de entender os desafios individuais dos alunos e pensar em estratégias que atuem de maneira específica. É importante ressaltar que a avaliação formativa não é uma tarefa fácil e exige de professores, alunos e de coordenadores tempo e empenho, já que é uma estratégia para ser pensada fora da caixa, mas certamente oferece muitos bons frutos a todos que participarem desse processo de construção mútua de conhecimento. Nós do Centro Universitário FAVENI acreditamos em uma avaliação formativa que visa muito além de apenas classificar alunos baseando-se somente em valores numéricos atribuídos através de testes. Acreditamos no crescimento global de nossos alunos e em sua transformação em cidadãos sabedores da sua importância para o futuro e para a construção de uma sociedade justa, digna e igualitária. COMO ENTENDER A CONSTRUÇÃO DAS PERGUNTAS E RESPOSTAS NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO E ENTENDIMENTO DO ENUNCIADO. As questões elaboradas pelo ENADE apresentam um padrão bastante típico. Ao longo dos anos em que tal exame foi aplicado, observa-se que, entre os objetivos principais desta prova, não está apenas averiguar o conteúdo programático de determinado curso, mas sim, conhecer a capacidade dos estudantes de: • Ler e entender um texto em sua totalidade; • Estar atento a todos os detalhes; • Interpretar diferentes representações simbólicas, gráficas e numéricas de um mesmo conceito; • Organizar, interpretar e sintetizar informações para tomada de decisões; • Relacionar o conteúdo aprendido em seu curso com a realidade da sociedade em que vivemos; • Conhecer a inovação tecnológica na qual vivemos atualmente; • Conhecer os processos de globalização e de política internacional em que vivemos; • Compreender a importância de fazer escolhas éticas e de suas consequências para a vida; • Conhecer a importância da preservação ambiental para toda a humanidade; e • Buscar soluções viáveis e inovadoras na resolução de situações- problema. A partir da lista dos objetivos acima descrita, podemos concluir que, claramente, as respostas para as questões do ENADE não estarão descritas nos livro-textos utilizados nas disciplinas que você cursou; elas exigirão que você aluno, consiga: • Entender o enunciado em sua totalidade e o que a questão está pedindo; • Relacione seus conhecimentos a vida na atualidade • Desenvolva seu raciocínio de maneira interdisciplinar, utilizando os conhecimentos obtidos em disciplinas separadas, de maneira conjunta, assim como acontece na vida real; e • Demonstre seu entendimento de valores tais como a ética, a igualdade, a justiça social, a solidariedade, a tolerância, o bem-estar de todos os Seres (humanos e não humanos). A primeira parte da questão é o enunciado e ele se apresenta geralmente na forma de um texto cujo conteúdo é fundamental para a resposta da questão. Porém, os enunciados podem trazer também tabelas, gráficos, fotos ou figuras que necessitam ser interpretadas para o completo entendimento da questão. Todo o enunciado apresenta uma fonte, ou seja, a origem de onde foi retirado o texto, figura,gráfico, tabela, etc. Em seguida, a questão apresenta um comando sobre o que deseja que você faça. EXEMPLO 1 A partir da leitura do texto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. EXEMPLO 2 A partir da leitura do texto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas e indique qual é a resposta correta. EXEMPLO 3 Diante da situação apresentada, assinale qual é a estratégia mercadológica indicada para a empresa resolver o problema. A questão então, pode apresentar asserções (afirmativas) que podem ou não ser verdadeiras; podem ou não dependerem uma da outra como causa ou justificativa, como por exemplo: EXEMPLO 1 – (A asserção I depende da asserção II como justificativa) I. Uma forma de diminuir o tráfico de animais realizado pelas comunidades vulneráveis é investir na criação de fontes de renda estáveis. PORQUE (JUSTIFICATIVA DA PRIMEIRA ASSERÇÃO) II. A principal atividade econômica das comunidades ribeirinhas é a venda de animais silvestres para turistas. EXEMPLO 2 (As asserções são independentes) I. Os percentuais mínimos, estabelecidos constitucionalmente, que os entes federados devem vincular para serem aplicados na MDE são: 18% pelo governo federal, 25% por estados e Distrito Federal e 30% por municípios. II. Os municípios devem atuar na Educação Infantil e, com prioridade, no Ensino Fundamental, podendo oferecer outros níveis apenas quando estiverem atendidas, na plenitude, as necessidades de sua área de competência. III. A não aplicação pelo município do percentual mínimo obrigatório resultante da receita de impostos em MDE pode acarretar a intervenção do Estado, a rejeição das contas pelo Tribunal de Contas, a impossibilidade de celebração de convênios com o estado e a União e a perda de assistência financeira tanto pelo Estado quanto pela União. IV. O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), de natureza contábil, é constituído por 20% de recursos distribuídos aos estados e seus municípios, proporcionalmente ao número de escolas públicas existentes em cada um deles. Em seguida, mais um comando do que a questão deseja que o aluno faça: EXEMPLO 1 A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. EXEMPLO 2 É correto apenas o que se afirma em: EXEMPLO 3 Considerando os textos apresentados, assinale a alternativa correta. E por fim, são apresentadas as alternativas, para que você escolha a correta: EXEMPLO 1 a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. e) As asserções I e II são proposições falsas. EXEMPLO 2: a) I e II. b) I e IV. c) III e IV. d) I, II e III. e) II, III e IV. EXEMPLO 3: a) As CN e a EA têm como objeto de conhecimento os fenômenos naturais e as intervenções humanas, sendo a metodologia e a abordagem pedagógica o que difere as duas áreas. b) A reflexão epistemológica fundamenta o ensino-aprendizagem das CN, enquanto a EA fundamenta-se em uma proposta interventiva, que impacta diretamente os fenômenos naturais. c) A EA discute as consequências sociais e políticas das intervenções humanas no meio ambiente, enquanto as CN se ocupam das discussões acerca dos fenômenos naturais que provocam as desigualdades. d) A função social do ensino-aprendizagem de CN deve considerar a relação com a EA e valorizar a construção e reconstrução das interpretações a respeito dos fenômenos naturais e das intervenções humanas. e) O currículo das CN deve contextualizar temáticas relativas à EA, como aquecimento global, poluição ambiental, produção e tratamento de resíduos minerais e orgânicos, produção e consumo de energia, ecologia e sustentabilidade, pois a omissão da discussão sobre tais temas gera a apropriação equivocada de conceitos.} PARA VOCÊ ENTENDER O ENADE 1. O que é ENADE? O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) é uma prova escrita, aplicada anualmente, usada para avaliação dos cursos de ensino superior brasileiros, integrando a Lei Federal Nº 10.861/2004 que institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES). 2. Quem aplica o ENADE? A aplicação da prova é de responsabilidade do INEP, que é vinculado ao Ministério da Educação (MEC). O Enade avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação, em relação aos conteúdos programáticos, habilidades e competências adquiridas em sua formação. 3. Quais são os objetivos do ENADE? O Enade tem como metas mensurar e acompanhar o aprendizado e a performance dos alunos em cada curso durante o ensino superior. O exame leva em consideração alguns fatores, como: • os conteúdos programáticos estabelecidos no currículo das graduações; • as necessidades do mercado de trabalho; • o patamar mínimo de qualidade de um curso; • o nível mínimo de qualidade exigido pelo MEC. Esses aspectos mostram que a avaliação tem um foco direcionado para verificar o rendimento de cada curso em uma instituição de ensino superior. Isso significa que o aluno deve levar o teste muito a sério. 4. Como é a prova ENADE? A prova tem 40 questões e é dividida em duas partes. A primeira é denominada de Formação Geral e apresenta 10 questões (duas discursivas e 8 objetivas). Ela é aplicada para verificar o perfil ético e o conhecimento dos alunos sobre diversos temas importantes para os brasileiros. https://blog.faro.edu.br/mulheres-na-engenharia-reconhecimento-e-espaco-no-mercado-so-crescem/ São analisados o envolvimento com os aspectos sociais e os Direitos Humanos. Além disso, é verificado o rendimento na leitura e na escrita. A segunda parte da prova é o Componente Específico, que tem 30 questões (3 discursivas e 27 objetivas). Nessa fase, os estudantes devem comprovar que conhecem bastante o conteúdo apresentado durante a graduação. Também precisam mostrar que adquiriram as habilidades ideais para exercer a profissão escolhida. 5. Como fazer o ENADE? Para auxiliar nossos estudantes e prepará-los da melhor forma para este exame, cada disciplina cursada oferece, ao seu final, três questões tipo ENADE: duas de conhecimento específico da disciplina em questão e uma de conhecimento geral. Para responder as questões é preciso ler o enunciado e as alternativas propostas com muita atenção. É preciso entender em detalhes o que está descrito na questão e o que ela está pedindo. Os resultados do Enade são importantes para dar um feedback as universidades sobre quão bem-sucedidas elas estão sendo em seu propósito. Claro que, quando uma universidade obtém bons resultados na avaliação, isso impacta positivamente na sua imagem no mercado, tornando-a mais atrativa aos futuros estudantes. Por outro lado, trata-se de uma oportunidade de vital importância para o aluno, que está prestes a iniciar sua vida profissional. O ENADE costuma funcionar como um indicativo de seu desempenho durante a vida universitária, ou seja, é a coroação dos seus esforços como estudante, por isso, empenhe-se ao máximo e dedique-se a realizar uma boa prova: preste atenção, leia com cuidado e se atente aos detalhes. Você é um vencedor e merece um bom resultado como prêmio por toda sua dedicação ao longo de sua formação acadêmica. 6. Dicas para fazer o ENADE. • Entenda o objetivo Antes de tudo, entenda o que é o Enade, como ele é realizado e seus principais objetivos. https://blog.faro.edu.br/saiba-quais-sao-as-melhores-graduacoes-para-tentar-concursos-publico%e2%80%8bs/ • Conheça o conteúdo Entenda com seus professores e colegas quais conteúdos podem estar em avaliação.Assim, você já vai mais preparado para a prova. • Esteja atualizado Além do conteúdo programático, é importante estar a par do que acontece no Brasil e no mundo. Portanto, leia todas as notícias e revise os principais acontecimentos. • Faça simulados Para ir bem preparado, realize simulados oferecidos pela sua faculdade. Assim, você já vai conhecendo a dinâmica da prova e tem mais chances de realizá-la no tempo. • Seja objetivo Durante a avaliação, seja claro e objetivo nas suas respostas. Para facilitar, comece pelas questões discursivas. • No dia da prova Para um bom desempenho, no dia anterior, faça atividades leves, se alimente bem e tenha uma noite tranquila de sono. No dia, chegue com antecedência ao local de prova, leve água e alimentos leves como barrinhas de cereais e frutas. Abaixo, veja alguns exemplos de questão ENADE e em azul, seus detalhes: Questão 1 (NUMERAÇÃO DA QUESTÃO) Leia o texto a seguir. (COMANDO PARA LEITURA DO TEXTO DA QUESTÃO) “As principais ‘fornecedoras’ de animais para o tráfico são as pequenas populações ribeirinhas, em que há um elevado grau de pobreza. A falta de capacidade financeira, em épocas de estiagem, por exemplo, leva essa população a recorrer a outras formas de renda, como a venda de espécies disponíveis em sua região. Isso ocorre muito em assentamentos. Sem suporte, algumas pessoas recorrem ao tráfico como um meio de sobrevivência”, afirma o coronel Angelo Rabelo, oficial da reserva da Polícia Militar Ambiental, e coordenador do Curso de Estratégias para Conservação da Natureza, um programa de capacitação de oficiais. Além da comercialização por intermédio de traficantes, a venda de animais também acontece em estradas pelo país, principalmente na Região Nordeste. “É comum a venda de tartaruguinhas e jiboias, levadas por turistas como ‘lembranças’. Ainda assim, isso é minoria. O maior volume de animais é destinado ao tráfico. Os traficantes usam o conhecimento empírico dessas populações para aliciar essas pessoas. Os animais são, em geral, encomendados, e o valor pago é muito baixo”, diz Raulff Ferraz Lima, coordenador executivo da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas). (TEXTO DA QUESTÃO) Fonte: DUARTE, Nathália. Saiba qual é a rota do tráfico de animais silvestres no Brasil. G1, 07 out. 2010. Disponível em: <http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/10/saiba-qual-e-rota-do-trafico-de- animais-silvestres-no-brasil.html>. Acesso em: 21 jun. 2018. (ORIGEM DO TEXTO DA QUESTÃO) A partir da leitura do texto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. (COMANDO PARA, A PARTIR DO QUE FOI LIDO NO TEXTO, O ESTUDANTE AVALIE A PRIMEIRA AFIRMATIVA (ASSERÇÃO 1) E VERIFIQUE SE ELA É VERDADEIRA POR CAUSA (PORQUE) DA SEGUNDA AFIRMATIVA (ASSERÇÃO 2) E ENTÃO, ESCOLHA ENTRE AS ALTERNATIVAS PROPOSTAS ABAIXO, A VERDADEIRA. I. Uma forma de diminuir o tráfico de animais realizado pelas comunidades vulneráveis é investir na criação de fontes de renda estáveis. (ASSERÇÃO 1 – DE ACORDO COM O TEXTO, ESSA É UMA AFIRMAÇÃO VERDADEIRA: “A falta de capacidade financeira, em épocas de estiagem, por exemplo, leva essa população a recorrer a outras formas de renda, como a venda de espécies disponíveis em sua região.”) PORQUE (JUSTIFICATIVA DA PRIMEIRA ASSERÇÃO) II. A principal atividade econômica das comunidades ribeirinhas é a venda de animais silvestres para turistas. (ASSERÇÃO 2 – DE ACORDO COM O TEXTO, ESTA ASSERÇÃO ESTÁ ERRADA, POIS A VENDA DE ANIMAIS SILVESTRES NÃO É A PRINCIPAL ATIVIDADE DAS COMUNIDADES RIBEIRINHAS E SIM UMA OUTRA FORMA DE RENDA: “A falta de capacidade financeira, em épocas de estiagem, por exemplo, leva essa população a recorrer a outras formas de renda, como a venda de espécies disponíveis em sua região.”)) A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. (COMANDO PARA ESCOLHER A ALTERNATIVA CORRETA) f) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. (Esta alternativa está errada, pois, como vimos acima a asserção II está incorreta) g) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. (Esta alternativa está errada, pois, como vimos acima a asserção II está incorreta) h) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. (Esta é a alternativa correta pois, como vimos acima a asserção I é verdadeira e a asserção II é falsa) i) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. (Esta alternativa está incorreta, pois, como vimos acima, a asserção I está correta e a II é falsa) j) As asserções I e II são proposições falsas. (E Esta alternativa está incorreta, pois, como vimos acima, a asserção I está correta e a II é falsa) Questão 2 (NUMERAÇÃO DA QUESTÃO) Leia o texto a seguir. (COMANDO PARA LEITURA DO TEXTO DA QUESTÃO) Aprovado pela Lei n. 13.005/2014, o Plano Nacional de Educação (PNE) para o decênio 2014-2024 constitui-se em instrumento de planejamento governamental que cumpre uma das prescrições da Constituição Federal de 1988 (art. 165, parágrafo 49). O PNE visa à realização de 20 metas. A essas metas são vinculadas 253 estratégias, que devem ser cumpridas em sua vigência. Entre essas metas, estão a meta 15 — que trata da garantia, em regime de colaboração entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, no prazo de um ano de vigência desse PNE, da política nacional de formação dos profissionais da educação — e a meta 20 — que trata da ampliação do investimento público em educação pública. (TEXTO DA QUESTÃO) Disponível em: <http://WWW.planalto.gov.br>. Acesso em: 22 mai. 2017 (adaptado). (ORIGEM DO TEXTO DA QUESTÃO) Nesse contexto, o PNE também estabelece: (COMANDO PARA ESCOLHER A ALTERNATIVA CORRETA) a) a implementação de programa de concessão de bolsas de estudos a professores de idiomas das escolas públicas de educação básica para realizarem estudos de imersão e aperfeiçoamento. (Alternativa incorreta, pois o PNE não versa sobre a concessão de bolsa de estudos). b) a universalização da oferta e das matrículas em cursos de formação inicial e continuada de profissionais que atuam na educação formal. (Alternativa incorreta pois o PNE trata do planejamento governamental sobre a educação no país e não versa sobre a universalização da oferta de matrículas em cursos de formação inicial e continuada de profissionais) c) a implementação de programas de formação de profissionais da educação para as escolas do campo e de comunidades indígenas e quilombolas e para a educação especial.(Alternativa incorreta pois o PNE não versa sobre c) a implementação de programas de formação de profissionais da educação para as escolas do campo e de comunidades indígenas e quilombolas) d) a formação em nível superior dos profissionais da educação básica, em cursos de licenciatura na área em que atuam. (Alternativa correta pois este é o conteúdo do PNE: a formação em nível superior dos profissionais da educação básica, em cursos de licenciatura na área em que atuam) e) a implementação de cursos e programas para assegurar formação específica em nível médio, nas respectivas áreas de atuação, aos docentes (Alternativa incorreta pois o PNE não versa sobre a formação específica em nível médio.
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