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Lombalgia: Classificação, Diagnóstico e Tratamento

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→ CLASSIFICAÇÃO: 
• Lombalgia inespecífica (maioria) → contratura muscular e/ou discopatias 
(degeneração do disco). 
• Lombalgia com radiculopatia (lombociatalgia) ou ciática (ciatalgia - joelho para 
baixo) → compressão radicular. 
• Lombalgia específica → diagnósticos específicos, como pielonefrite. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ DIAGNÓSTICO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• O exame físico baseia na inspeção (escoliose), realização dos reflexos Aquileu 
(altera com hérnia em S1) e patelar (altera com hérnia em L2, L3 e L4), teste de 
motricidade (força, tônus e trofismo), teste de sensibilidade e testes acessórios 
(Lasègue e Faber). 
 
 
 
Lombalgia 
OBS: teste de Lasègue - funciona melhor para hérnias mais baixas (L4/L5 e L5/S1). 
Teste de Faber - positivo bilateralmente sugere sacroileíte. 
SINAIS DE ALARME 
> 50 ANOS. 
HISTÓRIA DE NEOPLASIA → (metástases). 
PERDA DE PESO → (neoplasia). 
FEBRE → (abscesso epidural ou osteomielite). 
IMUNODEPRIMIDOS E USO DE DROGAS. 
RETENÇÃO URINÁRIA, INCONTINÊNCIA FECAL E ANESTESIA EM SELA → (síndrome da cauda equina). 
HISTÓRIA DE TRAUMA → (traumatismo raquimedular). 
 
HÉRNIA DE DISCO: deslocamento do conteúdo do núcleo pulposo decorrente de esclerose óssea, formação óssea 
(osteófitos = bico de papagaio), desorganização e fissuras na cartilagem, e acúmulo de tecido granular. É mais 
comum em adulto jovem, de evolução crônica, há queixa de dor irradiada para MMII seguindo um dermátomo, que 
melhora em pé e piora ao sentar, “descer a ladeira é mais fácil”. 
ESTENOSE DO CANAL MEDULAR: comum em idosos, apresenta-se com dor bilateral que melhora ao sentar e piora em pé, 
“subir a ladeira é mais fácil”, cursa com fraqueza e parestesia em MMII, além de claudicação neurogênica. 
ESPONDILITE ANQILOSANTE: comum em adultos (< 40 anos), de início insidioso, apresenta dor de caráter inflamatório 
(acorda com muita dor e rigidez, mas ao longo do dia alivia), além de melhora da dor com atividade. 
MIOFASCIAL: dor localizada, aguda (“pegou peso”), e com dor a palpação muscular. 
OBS.: crônica > 12 sem. 
 
 
• Os exames complementares não são solicitados de rotina, mas sim baseados em 
suspeitas diagnósticas. Os principais são: hemograma completo, VHS, HLA-B27, 
FAN, FR, ácido úrico, CPK, aldolase, PSA total e livre. 
• O padrão-ouro dos exames de imagem é a RM de coluna lombo-sacra. 
 
 
 
 
 
 
→ TRATAMENTO: 
• Agudo → massagem, compressas quentes, AINES (Naproxeno 500 mg ou 
Ibuprofeno 600mg) ou relaxante muscular (Ciclobenzaprina 5 mg à noite). 
• Crônico → reforço de medidas não farmacológicas, fisioterapia, além de dual 
(duloxetina) ou amitriptilina ou tramadol (desconforto gástrico = antiemético). 
• Em alguns casos, a cirurgia pode beneficiar o paciente, como estenose do canal 
medular e certas hérnias (dor refratária ao tratamento clínico e déficits 
neurológicos progressivos). 
 
OBS: L4 - paciente sente dor na posição de cócoras e dormência na região anterior da coxa. 
L5 - paciente sente dor ao andar com o calcanhar, dormência na panturrilha (região lateral) e não altera os reflexos. 
S1 - paciente sente dor ao andar na ponta do pé e dormência na região plantar. 
OBS: a eletroneuromiografia de MMII pode ajudar a esclarecer o diagnóstico quando o exame de imagem evidencia 
poucas alterações em comparação com a clínica do paciente. 
 
OBS: na presença de sinais de alarme, o primeiro exame a ser solicitado é um raio-X de coluna lombo-sacra em AP e 
perfil. A exceção seria a hipótese de síndrome da cauda equina que já ode partir para RM. 
 
OBS: repouso relativo, evitando períodos prolongados.

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