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Diabetes mellitus gestacional (classificação, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento)

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diabetes gestacional 
A DIABETES GESTACIONAL PODE OCORRER EM QUALQUER MULHER. NÃO É COMUM A PRESENÇA DE SINTOMAS.
 
 
Na Diabetes mellitus gestacional (DMG) 
ocorre uma intolerância aos carboidratos, em 
variados graus de intensidade, iniciada na gestação, 
podendo ou não persistir após o parto. 
❖ COMPLICAÇÃO CLÍNICA MAIS COMUM. 
❖ 6% A 10% DE MALFORMAÇÕES DEVIDO A DMG. 
❖ PREVALÊNCIA DMG: 18%. 
Fatores de risco para diabetes gestacional: 
❖ IDADE IGUAL OU SUPERIOR A 35 ANOS. 
❖ ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) > 25 kg/m2. 
(SOBREPESO E OBESIDADE). 
❖ ANTECEDENTE PESSOAL DE DIABETES MELLITUS 
GESTACIONAL. 
❖ ANTECEDENTE FAMILIAR DE DIABETES MELLITUS 
(PARENTES DE PRIMEIRO GRAU). 
❖ EM GESTAÇÕES ANTERIORES: 
o MACROSSOMIA OU POLIDRAMNIA. 
o ÓBITO FETAL SEM CAUSA APARENTE. 
o MALFORMAÇÃO FETAL. 
❖ USO DE MEDICAMENTOS HIPERGLICEMIANTES 
(CORTICOIDES, DIURÉTICOS TIAZÍDICOS). 
❖ SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS. 
❖ HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA. 
Na gravidez atual, em qualquer momento: 
❖ GANHO EXCESSIVO DE PESO. 
❖ SUSPEITA CLÍNICA OU ULTRASSONOGRÁFICA DE 
CRESCIMENTO FETAL EXCESSIVO. 
CLASSIFICAÇÃO 
 A diabetes pode ser classificada em quatro 
tipos quando a paciente é gestante: 
 DM tipo 1: insulino dependente. 
 DM tipo 2: apresentou sinais de hiperinsulinemia 
no início da gestação e posteriormente evoluiu 
para falência pancreática. 
 
 Overt diabetes: a diabetes é identificada na 
gestação, mas a paciente já carregava a diabetes 
mellitus anteriormente. 
 Diabetes mellitus gestacional: adquirida na 
gestação. 
FISIOPATOLOGIA 
 A gravidez induz alterações no metabolismo 
materno para acomodar e nutrir o crescimento do 
feto no útero, mediado por secreção de hormônios 
e mediadores que criam resistência à insulina. 
Alguns hormônios elevados na gestação propiciam a 
elevação dos hormônios contra-insulínicos: 
 Hormônio lactogênio placentário. 
 Estrogênio. 
 Cortisol. 
 Progesterona. 
 Prolactina. 
Naturalmente, a gestante passa a glicose para o feto, 
sendo privada de tal. → Hipoglicemia de jejum. 
1° trimestre 2° trimestre 3° trimestre Puerpério 
Tendência à 
hipoglicemia. 
Elevação das 
necessidades 
de insulina. 
Elevação das 
necessidades 
de insulina e 
próximo ao 
termo, 
diminuição. 
Queda 
brusca das 
necessidades 
de insulina. 
GLICOSÚRIA 
 As gestantes apresentam glicosúria 
fisiológica (mesmo nas não portadoras de diabetes) 
devido ao aumento da taxa de filtração glomerular. 
A glicosúria é a eliminação da glicose pela urina. 
 Em gestantes com diabetes, a glicosúria 
predispõem a: 
❖ INFECÇÃO URINÁRIA. 
 
 
 
❖ CANDIDÍASE VAGINAL. 
❖ PROGRESSÃO DE LESÕES VASCULARES. 
❖ ASSOCIAÇÃO COM PRÉ-ECLÂMPSIA. 
DIAGNÓSTICO 
❖ 1ª consulta de pré-natal. 
 GLICEMIA DE JEJUM: ≥ 92 e < 126 
▪ Diabetes mellitus gestacional. 
 GLICEMIA DE JEJUM: < 92 
▪ realizar TOTG em 24-28 semanas. 
▪ Glicose em jejum ≥ 92 ou Glicose 
após 1h ≥ 180 ou Glicose após 2h ≥ 
153 = Diabetes gestacional. Apenas 
um valor alterado e consideramos a 
gestante com diabetes gestacional. 
 ≥ 126 ou HbA1c ≥ 6,5% ou TOTG 75g 2h 
≥ 200 ou randômica ≥ 200. 
▪ Diabetes mellitus pré-gestacional. 
❖ Repetir TOTG com 6 semanas após o parto. 
❖ Orientar dieta e atividade física. 
❖ 50% de chance de tornarem-se diabéticas 
em 10 anos. 
TRATAMENTO 
 A terapia nutricional, a atividade física e a 
monitorização da glicemia capilar assumem 
importante papel no tratamento do DMG. O cuidado 
pré-natal promovido pela equipe multidisciplinar, 
com ações educativas e adaptadas para a realidade 
de cada mulher, deve fazer parte das rotinas diárias 
dos profissionais e serem encaradas como 
estratégias para a redução da morbimortalidade 
materna, fetal e neonatal. 
❖ TERAPIA NUTRICIONAL: com o objetivo de atingir 
as metas glicêmicas, ganho de peso materna 
adequado e prevenir a ocorrência de desfechos 
fetais e neonatais desfavoráveis. 
❖ EXERCÍCIO FÍSICO: caminhada, natação, ciclismo, 
yoga, pilates, corrida, treinamento de força etc. 
A mudança de estilo de vida é essencial no 
manejo da DMG e pode ser suficiente para o 
tratamento de algumas mulheres. Quando 
necessário, a terapia medicamentosa deve ser 
associada para atingir as metas do controle 
glicêmico. 
❖ INSULINA: primeira escolha para o tratamento 
devido a sua segurança. 
❖ METFORMINA: usada em situações especiais 
de dificuldade de acessibilidade de insulina.

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