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Disturbios de Aprendizagem

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E-BOOK
Disturbios de Aprendizagem
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Vamos fazer história juntos!
É comum que síndromes, distúrbios e transtornos sejam tratados como
sinônimos e empregados erroneamente. Apesar de algumas semelhanças,
cada um destes problemas tem um conceito com características diferentes.
Vamos definir cada um:
Síndrome
É a condição clínica caracterizada pela reunião de sintomas ou sinais ligados
a mais de uma causa. As síndromes podem ter origens diversas, e por isso,
pode ser difícil fechar um diagnóstico sobre as causas desse quadro
vulnerável.
Exemplos:
• Síndrome do Pânico (SP);
• Síndrome Guillain-Barré (SGB);
• Síndrome de Down (SD).
Distúrbio
É uma alteração nas condições físicas ou mentais do indivíduo que afeta o
funcionamento de algo em sua rotina, e geralmente tem origem de fácil
identificação. Essa alteração pode interromper ou afetar o desenvolvimento
neurológico, o hábito alimentar, a interação social e anormalidades físicas.
Os distúrbios que causam problemas ou atrasam a maturação as funções do
Sistema Nervoso Central (SNC), geralmente são identificados na infância e
persistem na vida adulta comprometendo a habilidade intelectual. Outros
podem surgir posteriormente e causar “alteração” na capacidade de
condução das atividades do dia a dia da pessoa.
Transtorno
A definição de transtorno parte do significado do verbo de origem,
“transtornar”, que refere se a inversão da ordem regular ou natural das
coisas.
DIFERENÇA ENTRE DISTÚRBIO E DIFICULDADE 
DE APRENDIZAGEM
Tratando de maneira mais específica, com relação a saúde psiquiátrica, o
transtorno pode ser conceituado como a perturbação da ordem mental
devido a falha na estimulação da parte frontal do cérebro. Os transtornos
afetam as relações interpessoais do indivíduo causando como sofrimento,
confusão de personalidade e sentimento de incapacidade. Os transtornos
mentais são classificados em tipos, e estão relacionados à alimentação,
emocional, personalidade e movimentos do ser humano.
Exemplos:
• Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC);
• Transtorno de Déficit de Atenção (TDA);
• Transtorno de Bipolaridade (TB);
• Depressão;
• Transtorno de Ansiedade (TA);
• Anorexia Nervosa.
Porém o que vamos abordar aqui é a diferença entre os distúrbios e a
dificuldade de aprendizagem.
Ainda existem muitas pessoas que não entendem a diferença Entre
dificuldade de aprendizagem e distúrbios. Enquanto a dificuldade de
aprendizagem pode ser um problema passageiro, talvez até gerado pela
forma como o professor ensina ou pelas relações com os amigos na escola,
o distúrbio é uma questão intrínseca ligada a problemas neurobiológicos,
os distúrbios são genéticos, o que pode ser visto no histórico familiar. O
termo transtorno é usado para indicar um conjunto de sintomas
clinicamente reconhecível, associado na maioria dos casos, a sofrimento ou
interferência com as funções pessoais.
Existem alguns transtornos comuns, como o transtorno de déficit de
atenção (TDA), que é um conjunto de sintomas caracterizado por distração,
agitação/hiperatividade, impulsividade, desorganização, esquecimento,
entre outras. Sintomas os quais devem ser observados por pelo menos 6
meses. Existem algumas diferenças que podem ser sutis, e também existem
algumas confusões, por este motivo a duração, frequência e a intensidade
dos sintomas vão determinar o quadro. No entanto, é importante verificar
os sintomas e não generalizar às terminologias.
A grande diferença entre uma dificuldade e um distúrbio está na análise da
permanência dos sintomas. Uma criança com o transtorno da disgrafia não
consegue nem mesmo compreender a movimentação do traçado para realizar cada
letra, a direção, o espaçamento, enquanto que uma dificuldade de aprender a
escrita vai resultar em alguns erros que aos poucos podem ser superados.
 Há exemplos de atividades e detalhes da rotina das crianças que podem auxiliar a
identificar se há um distúrbio ou apenas Uma dificuldade. A partir dos 4 anos, a
criança passa a dominar os números, letras e traços, aquelas crianças que chegam
aos 5 anos sem conseguir utilizar o lápis ou o giz de cera podem dar sinais de
distúrbios. Outro ponto a ser analisado, é a capacidade de concentração. Crianças
com dificuldade de aprendizado podem apresentar falta de concentração nas horas
de estudar e fazer a lição de casa, enquanto as que apresentam distúrbio também
não conseguem se concentrar em uma brincadeira com muitas regras ou jogos
eletrônicos, por exemplo.
Outros comportamentos comuns nas crianças que apresentam dificuldade de
aprendizado são a demora exagerada para se arrumar antes de ir à escola e o tempo
para fazer lição, muitas vezes necessitam apenas de uma organização de rotina, ou
até mesmo espacial (arrumar um local adequado para fazer a tarefa escolar). Uma
criança com distúrbio provavelmente não consegue finalizar a lição, chora, rejeita,
se nega, mas uma com dificuldade pode apenas demorar mais, exemplifica.
Precisamos ficar alerta também as dificuldades emocionais. As crianças que
choram diante de toda situação de desafio, ou que fazem muito xixi na cama,
podem estar com dificuldades emocionais, e isso é possível de tratar com
atendimento psicológico ou uma conversa com a professora da sala para verificar a
incidência deste comportamento.
Distúrbios de aprendizagem segunda definição de Schirmer, et. al. (2004) é uma
disfunção em um ou mais dos processos cognitivos básicos envolvidos no
entendimento ou no uso da linguagem, falada ou escrita, que pode se manifestar
em uma aptidão imperfeita para ouvir, pensar, falar, ler, escrever, soletrar ou
realizar cálculos matemáticos e pode ser percebida no momento do ingresso
formal da criança na escola a partir dos 7 anos de idade. Quando nos referimos aos
distúrbios de aprendizagem a responsabilidade do professor em conhecer e saber
identificar medos e reais dificuldades em aprender de seus alunos aumenta ainda
mais, lembrando que professor não pode diagnosticar apenas identificar
características suspeitas e alertar os pais e a escola para que junto com outros
profissionais que envolvem o desenvolvimento cognitivo procedam com o as
possibilidades de exclusão e assim seguir com o fechamento do diagnóstico.
A GRANDE DIFERENÇA ENTRE DISTÚRBIO E
DIFICULDADE
O PESO DO RÓTULO
Independentemente de ter uma dificuldade ou um distúrbio, é importante
tomar cuidados com os rótulos. Procure não rotular a criança com o
diagnóstico que foi dado ela, seja qual for. Determinar para uma criança que
ela tem certas limitações, ou acreditar que ela nunca será capaz de algo
específico, é o pior posicionamento que podemos ter. Qualquer diagnóstico
só pode ser dado após uma análise coerente e multidisciplinar por
profissionais capacitados, e mesmo depois que isso é feito, precisamos olhar
muito mais para as potencialidades do que as dificuldades; as crianças são
como diamantes que ainda não foram lapidados, e que só alcançam o brilho
máximo se a lapidação respeitar sua forma natural. Nossas crianças devem
ser ensinadas e educadas de acordo com o que elas são, e não o que os outros
querem que elas sejam.
Concluindo, a diferença entre Distúrbio e Dificuldade de Aprendizagem:
DISTÚRBIO DE 
APRENDIZAGEM
DIFICULDADE DE 
APRENDIZAGEM
Os Distúrbios de Aprendizagem
sugerem a existência de um
comprometimento neurológico e
das funções corticais específicas.
A dificuldade aprendizagem
está relacionada a problemas deordem pedagógica e/ou sócio-
culturais e logo o problema
central não é apenas no aluno.
A IMPORTÂNCIA DA LINGUAGEM NA 
ESCOLARIZAÇÃO
A aquisição da linguagem é uma etapa de extrema importância no
desenvolvimento infantil. Isso por que as crianças, por volta dos 21 meses, já
pronunciam uma média de 100 palavras. O mais interessante é que é comum
que antes mesmo de completarem dois anos elas já passem a combinar essas
palavras entre si, formando frases curtas. O grande problema que se enfrenta
é que muitas crianças, ainda bem pequenas, já apresentam algum tipo de
atraso nesse período oral. A linguagem é uma das principais áreas que estão
em construção na primeira infância. Há uma relação estreita entre:
linguagem, pensamento, afetividade.
Há uma relação estreita entre: linguagem, pensamento, afetividade.
Para um desenvolvimento saudável da criança não basta ter a parte orgânica
e intelectual normal, mas um ambiente que a estimule e que permita a
construção tranquila de sua subjetividade. É muito importante a presença
do olhar e da voz da mãe, desde os momentos iniciais de vida. É isso que irá
transformar os reflexos em gestos e intenções.
Linguagem Pensamento 
Afetividade 
POR QUE A LINGUAGEM É TÃO IMPORTANTE?
A linguagem está também diretamente relacionada ao desenvolvimento e
organização do pensamento. Ela permite superar o presente imediato e
também está estreitamente relacionada à construção das funções mentais
superiores como memória, percepção e atenção.
A linguagem se constitui como um instrumento importante na resolução de
problemas, ela modifica a ação. O trabalho da linguagem é, sem dúvidas, um
importante componente do processo educativo e não pode ser deixado de
lado em nenhuma das etapas do aprendizado infantil.
A importância da linguagem está justamente no fato de que ela torna o
processo educativo mais eficaz, pois proporciona ao estudante situações e
momentos mais envolventes e dinâmicos.
A AQUISIÇÃO DE LINGUAGEM
Se inicia nos primeiros contatos do bebê com o mundo, por meio da interação
com o meio e as pessoas ao seu redor. A criança aprende, aos poucos, a usar as
palavras para descrever o que vê, sente, ouve e pensa na medida em que
conclui as etapas do desenvolvimento mental, emocional e comportamental.
Ou seja, o desenvolvimento da linguagem vai acontecer mediante os
estímulos e interferências que o ambiente social e cultural tem na vida da
criança.
Os sons começam a fazer sentido para o bebê de acordo com os significados
que os adultos dão para eles. Crianças que recebem pouco ou nenhum
estímulo poderão apresentar prejuízo no desenvolvimento de linguagem. A
criança com algum tipo de inflamação no ouvido, como a otite, por exemplo,
pode apresentar desatenção por não ouvir direito, o que dificulta o processo
de aprendizagem das palavras. A fala está diretamente ligada à audição.
Quando o bebê ouve as outras pessoas conversarem, aprende os sons das
palavras e como as frases são estruturadas. Embora algumas crianças
comecem a formar palavras com 9 meses, muitas vão fazer isso só depois com
1 ano e 3 meses.
A criança deve ser estimulada logo após o nascimento: fazer expressões
faciais, mandar beijinho ou mostrar a língua para a criança, funcionam
como bons exercícios orais. Sempre fale de frente para a criança na mesma
altura que ela. Sempre pronuncie as palavras corretamente, evitando
palavras no diminutivo, apelidos ou infantilização na fala. É indispensável
que você crie a necessidade para a criança falar. Quanto mais correto você
conversar melhor será a fala da criança. Não se adiante ao pedido da
mesma, nem atenda aos gestos ou outra forma de comunicação que não seja
verbal. Você é o espelho para ela! A criança deve estar livre para aproveitar
a sua infância e, de um modo geral, as brincadeiras mais simples são as que
melhor podem ser exploradas contribuindo muito para o desenvolvimento
da criança.
Quando a criança conquista maior autonomia discursiva, não significa que
o processo de aquisição de linguagem termina, ao contrário, ele é infinito.
Um dos objetivos que se coloca é que a criança deverá ir tornando-se capaz
de ajustar seu discurso (gênero discursivo e forma) à situação
comunicativa. A narrativa terá um papel fundamental no desenvolvimento
de linguagem da criança e uma das atividades que costumam dar resultado
e são muito importantes é o contar e ler histórias; perguntar sobre o que
a criança fez no dia, auxiliar com questões que estruturem e organizem a
fala dela; falar de modo adequado, sem infantilizar demais seu discurso;
cantar; brincar junto com ela, sentar no chão, propor brincadeiras e
principalmente os jogos simbólicos.
A escola também contribui muito para esse processo. Desde o mini-
maternal, quando histórias são lidas e contadas ou são pedidas a elas
recontagens dessas histórias. Há também a roda de conversa. A música,
com gestos, movimentos de corpo e exploração do espaço povoa o dia-a-dia
das salas de aula. Estimula-se o jogo simbólico. Há várias formas de
intervenção que são realizadas no discurso das crianças. Se aos dois anos a
criança não falar quase nada, balbuciar pouco, ter poucas palavras com
sentidos estáveis, deve-se também fazer uma avaliação de Linguagem. Caso
a criança seja muito desatenta, não responder quando é chamada pelo
nome, não fazer contato de olho, não estiver utilizando os brinquedos e
objetos com suas funções originais, também deve-se procurar ajuda
profissional para uma avaliação.
A criança deve estar com autonomia de linguagem, conseguindo contar
eventos de seu cotidiano, recontar histórias, ter certa noção temporal e não
apresentar trocas articulatórias até os 4 anos. Se houver dificuldades,
procurar um profissional. Se a fala da criança apresentar muitas trocas de
sons na fala, prejudicando a inteligibilidade de seu discurso, o
encaminhamento ao fonoaudiólogo também deverá ser feito antes dos 4 anos.
Na escola, há diversas situações, com dinâmicas às crianças, que podem não só
desenvolver como também explorar os seus próprios instrumentos
comunicativos e sociais. Assim sendo, é fundamental para o desenvolvimento
da linguagem que o professor crie situações e promova atividades nas quais
essa habilidade possa ser incentivada por meio da participação das crianças.
Isso pode acontecer por meio de conversas, poesias, leituras de historinhas,
música, fantoches, teatro, exposições e muitos outros meios que possibilitam
que a criança interaja e seja mais comunicativa com o grande grupo. O fato é
que, um ambiente rico em atividades expressivas certamente irá incentivar de
forma significativa do desenvolvimento da fala infantil e o processo de
aquisição da linguagem e é justamente por isso que esse tipo de trabalho
em sala de aula deve sempre acontecer amparado por atividades
significativas. Assim sendo, o ideal é que as atividades sejam organizadas de
maneira que o estudante possa transitar entre as situações informais e
coloquiais que já conheciam antes de entrar na escola para situações mais
estruturadas e formais, explorando o modo como funcionam e aprendendo a
utilizar isso tudo da maneira correta.
O ideal é identificar o problema o mais precocemente possível e assim iniciar
um tratamento adequado e focado na dificuldade. Pois isso pode significar um
atraso considerável na linguagem e seu impacto na alfabetização pode ser
grande. Conforme já sabemos a linguagem nada mais é do que uma atividade
livre que tem início muito cedo ainda nos primeiros anos de vida de um
indivíduo evoluindo de acordo com a etapa em que ele se encontra. Assim
como qualquer outra habilidade fundamental, a linguagem deve ser
estimulada e trabalhada desde o início da vida. Na escolarização, então o
professor deve trabalhar também a linguagem, porém sempre como um
processo dinâmico e por meio de atividades significativas promovendo
diferentes formas de interação.
Isso pode ser feito desde o início, de forma metódica aumentando e
melhorando o desempenho nos discursos argumentativos do cotidiano.
Isso por que pesquisas com professoresda rede pública de educação
infantil relatam que isso possibilita à criança ter mais interação, tornar-se
mais comunicativa, desenvolver sua autonomia e seu pensamento,
enriquecer seu vocabulário e construir o conhecimento sem falar
nodesenvolvimento do senso crítico. Por meio dessas informações
podemos entender então a importância da linguagem na escolarização das
crianças e como ela influencia o desenvolvimentopessoal e social dos
indivíduos sendo um fator determinante no crescimento de cada um deles.
Caso não sejam tratadas, as dificuldades com leitura e escrita
comprometem a aquisição de conhecimento, expõem a criança a
experiências repetidas de insucesso, e podem assim reduzir a motivação
para a aprendizagem em geral. Essas consequências podem ter um impacto
de longo prazo na trajetória educacional, desde a alfabetização até a
aquisição de outras habilidades, o que poderiam ser conseguidas com a
ausência desses problemas que envolvem a aquisição da linguagem. A
aquisição e o desenvolvimento da linguagem não se dão em virtude de uma
atividade isolada da criança, mas se dão, fundamentalmente, a partir da
interação com o adulto. Quanto mais rica e fluente é a linguagem, mais rica
será a interação social. É na interação que a criança se exercita na atividade
construtiva da linguagem.
Quando a criança é levada à escola todo o seu conhecimento Anterior será
organizado de forma sistemática. O espaço escolar passa a ser um cenário
repleto de descobertas e conhecimentos, onde gestores, professores e
funcionários atuam como despertadores e auxiliares nos trabalhos
desenvolvidos pelas crianças. O letramento das crianças se tornará um
verdadeiro espetáculo, nos quais o ensino e a aprendizagem da linguagem,
da leitura e da escrita será responsabilidade de todos os envolvidos no
processo de ensino-aprendizagem da escola. Começando pela entrada
escolar até a chegada à sala de aula. Com isso, deve-se enfatizar, que na sala
de aula não pode ser diferente, paredes, estantes, quadros, personagens
infantis, caixinhas de sapatos, cestos com livros, e outros, todos devem
estar ornamentados com frases, palavras e/ou textos.
Assim, cabe ao professor o preparar um ambiente harmonioso que
incentive a criança a sentir vontade de ler e escrever. E com isso, em clima
de entusiasmo, a leitura e a escrita atingirá em sua todos os espaços da
escola. A leitura e a escrita estão em toda parte, as crianças começam a
entrar em contato com o mundo letrado muito cedo, haja vista a maioria
dos objetos que estão a sua volta (embalagens, adesivos, jogos, brinquedos,
televisores, placas comerciais, histórias infantis, dentre outras) tornarem-
se fontes inesgotáveis de estímulos direcionados à alfabetização. Sendo
assim, a alfabetização se tornará uma aventura experenciada pelo próprio
educando, quando bem conduzida pelo professor.
Quando se fala sobre o contentamento de alfabetizar e ser alfabetizado,
quer ressaltar que esse momento de aprendizagem é único, repleto de
tensão, superação e descobertas, atingindo o emocional, o intelectual e o
social da criança com bastante intensidade. Essa transformação requer do
professor um grande envolvimento na ação de ensinar e aprender,
requisitar também, gostar do que faz, e principalmente, de transmitir em
ação a emoção. O professor que descobriu o prazer em alfabetizar tem
muito mais chance de ajudar seus alunos nesta descoberta. Nesta fase o
docente caminha juntamente com seus estudantes em um mundo
fantástico, onde a leitura e a escrita aparecem com cores, formas e
tamanhos variados, em lugares reais ou imaginários, respeitando o ritmo
de cada criança, despertando o gosto pela leitura e a escrita, vivenciado
pelo próprio professor, ultrapassando assim, os limites da sala de aula,
passando a pertencer a vida de cada criança.
Na sociedade atual, a linguagem faz parte do cotidiano do cidadão e está
presente em todos os espaços e a todo o momento, cumprindo diferentes
funções sociais. Assim, concluímos que é de extrema importância o
acompanhamento e a interação junto as crianças desde o início da sua fala,
ou seja desde do processo de ação e retorno entre mãe e filho.
OS TIPOS DE DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM
DISLEXIA
Os Distúrbios de Aprendizagem são problemas que afetam a capacidade
da criança de receber, processar, analisar ou armazenar informações.
Podem dificultar a aquisição, pelabcriança, de habilidades de leitura,
escrita, soletração e resolução de problemas matemáticos. 
Os Distúrbios de Aprendizagem mais comuns entre crianças e
adolescentes na escola são: dislalia, disgrafia, dislexia, transtorno de
déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), déficit de processamento
auditivo (DPA) e as discalculias –que interferem na capacidade de
calcular e no raciocínio lógico da criança.
A dislexia inclui alterações neurológicas, uma vez que o cérebro da
pessoa com esse distúrbio enfrenta obstáculos na codificação,
processamento e representação da informação linguística. Há alterações
na forma como os neurônios processam os domínios neurolinguísticos e
fonológicos. Assim, essacondição está relacionada especificamente à
aprendizagem da leitura e da escrita, podendo envolver também alguns
sintomas perceptíveis na oralidade. Na prática, a pessoa tem dificuldades
para reconhecer, decodificar e soletrar palavras, além de apresentar
muita lentidão na leitura e na escrita. Também se incluem entre sintomas
a inversão de letras ou números, problemas de memória e interpretação
equivocada de textos.
Geralmente, é diagnosticada na infância, embora também possa ser
diagnosticado em adultos. Hoje em dia, acredita-se que a dislexia esteja
mais relacionada à carga genética. Fatores genéticos, alterações na
estrutura cerebral, dificuldades de comunicação entre os neurônios ou
desenvolvimento tardio do sistema nervoso central são alguns pontos
que podem explicar a existência desse distúrbio. Ela acompanha a pessoa
por toda a vida, mas o diagnóstico geralmente é feito durante os
primeiros anos escolares. Nessa época, os sintomas ficam mais claros,
pois a criança entra na fase de alfabetização e a aprendizagem
neurolinguística é mais exigida. Assim, rapidamente a escola ou a família
percebem as dificuldades do estudante.
OS PRINCIPAIS SINAIS DA DISLEXIA
Os sintomas são bastante amplos. Em geral, existem confusões entre
grafemas (os símbolos usados para formar palavras) e fonemas (os sons
que usamos para formar e distinguir as palavras), erros ortográficos,
trocas de letras ou sílabas, além de inversões, adições e omissões na
escrita. A pessoa apresenta caligrafia irregular e tem bastante dificuldade
paraorganizar suas ideias em um texto.Na leitura, é possível perceber
uma clara dificuldade no ritmo e na precisão, dessa forma a compreensão
dos textos também fica muito comprometida em quem tem dislexia.
Há dificuldade no processamento fonológico e no reconhecimento das
palavras. A leitura silabada e hesitante permanece por muito tempo,
mesmo depois que a criança se alfabetiza. Dependendo da fase de
desenvolvimento, os sintomas da dislexia podem variar. Veja os
principais sinais divididos por idade escolar:
PRÉ-ESCOLA
Mesmo antes da escolarização começar, já é possível perceber algumas
dificuldades relacionadas à dislexia, principalmente observando a
oralidade da criança e sua relação com a linguagem.
Por exemplo, a criança com dislexia vai iniciar sua fala mais tardiamente.
Outros atrasos no desenvolvimento também podem ser utilizados para
chamar atenção para esse diagnóstico: demora para engatinhar, sentar e
andar, além de dificuldades para dormir, se adaptar à escola ou aprender
desafios motores (como andar de triciclo). Choro e inquietação
frequente. Na área da linguagem, a criança pode ter dificuldades para
entender o que foi dito e apresentar pouco interesse por brincadeiras orais,
rimas e aprendizagens relacionadas à linguagem oral e à escrita do seu
nome. A dislexia nessa idade também se expressa na dificuldade em
pronunciar palavras e na lentidão para ampliação do vocabulário oral.
Problemaspara memorizar e se lembrar de palavras específicas também
são sinais importantes.
ENSINO FUNDAMENTAL
À medida que a criança avança em seus processos de escolarização, os
sinais de dificuldade no processamento linguístico vão ficando mais claros.
Nessa fase, a criança com dislexia costuma demorar muito mais tempo para
realizar a sua lição de casa e quando ela é feita de maneira mais rápida,
apresenta diversos erros. Na leitura, é comum que a criança omita ou
acrescente palavras sem lógica ao texto, além de inverter ou trocar a
direção e a ordem de letras ou sílabas.
Sua compreensão textual é bastante comprometida e há dificuldades de
concentração e memória. Ela também vai apresentar resistência em
realizar atividades de linguagem, principalmente leituras em voz alta.
Sua escrita é irregular e desorganizada, apresentando muita dificuldade
para expressar suas ideias no papel. Há outras dificuldades de
aprendizagem, como confundir direita e esquerda e ter pouca noção
temporal. Na área da linguagem geral, ela pode ter dificuldades para
aprender a associar letras e sons; ler palavras simples; dividir as palavras
em partes; compreender enunciados de questões.
ADOLESCÊNCIA E VIDA ADULTA
 Ainda que o diagnóstico de dislexia seja mais comum na infância, muitos
adolescentes e adultos carregam o transtorno sem tratamento por não
terem investigado os sinais corretamente. Um dos sintomas mais comuns
é a grande demora para terminar de ler um texto ou livro.
Também é comum notar que a pessoa desconsidera as sílabas finais ou
mesmo palavras inteiras, além de precisar ler várias vezes um trecho
para compreender. Na escrita, geralmente percebe-se muitos erros de
ortografia, pontuação e troca de letras. Pode acontecer de a pessoa
escrever a mesma palavra de formas diferentes em trechos próximos.
Dificuldades para acompanhar sequências e listas, realizar cálculos
mentais, gerir o tempo, fazer anotações simples, entender instruções,
decorar números de telefone, organizar as ideias em um texto e
compreender corretamente o que lê, são outros sintomas da dislexia em
adolescentes e adultos.
Mesmo quando os sintomas já são percebidos desde a idade pré-escolar,
o diagnóstico da dislexia só pode ser feito a partir das primeiras séries
do ensino fundamental. Essa é a época em que a criança tem contato
formal com a aprendizagem da língua escrita, necessária para investigar
as condições neurolinguísticas.
É muito importante que a investigação seja cuidadosa e não se Feche
diagnósticos antes do segundo ano do ensino fundamental. Isso porque é
normal que as crianças apresentem e superem dificuldades na fase
inicial de sua alfabetização. Isso não impede, entretanto, que a criança
seja observada e receba intervenções importantes desde a idade pré-
escolar. O apoio durante a observação dos sinais precoces da dislexia
traz grandes benefícios para o desenvolvimento da criança, mesmo que
só se chegue ao diagnóstico anos depois. Para confirmar o diagnóstico de
dislexia, são realizados alguns testes específicos com a criança, com
objetivo de investigar as funções neurocognitivas e linguísticas.
Além disso, os pais, os professores e outras pessoas próximas
respondem algumas perguntas sobre o comportamento da criança nos
últimos seis meses. Também é avaliado o histórico familiar, para
entender os fatores genéticos que podem influenciar a prevalência de
dislexia ou de alguma dificuldade de aprendizagem. Conhecer o
desenvolvimento da criança e detalhes do seu contexto escolar são
outros pontos importantes para fundamentar o diagnóstico.
A dislexia não tem cura, mas o tratamento adequado permite que a
pessoa tenha qualidade de vida e melhore muito a sua vida acadêmica e
produtiva.
Ainda que apresente dificuldades na área de leitura e escrita, a pessoa
com esse transtorno não tem comprometimento da inteligência e nem
da sua vida social. Dessa forma, é possível viver bem com dislexia.
DIAGNÓSTICO
O tratamento envolve acompanhamento com diversos profissionais, como
psicólogo, psicopedagogo e fonoaudiólogo. A criança ou adulto consegue,
com esse apoio, enfrentar os desafios do distúrbio e desenvolver as suas
capacidades de leitura, escrita e pensamento lógico-matemático. Um ponto
importante do tratamento é oferecer oportunidades para que a pessoa
aprenda de forma criativa, acompanhando o ritmo e as dificuldades que
cada uma apresenta.
Muitos dos problemas que as pessoas com dislexia enfrentam dizem
respeito à falta de adaptação aos métodos tradicionais e pouco
interessantes de ensino.
A pessoa com dislexia é inteligente, produtiva e muitos são geniais, como
Albert Einstein, Henry Ford, Leonardo da Vinci, Pablo Picasso, Walt Disney.
É um distúrbio que acomete a fala, caracterizado pela dificuldade em
articular as palavras. A pessoa portadora de dislalia, troca as palavras por
outras similares na pronuncia, fala erroneamente as palavras, omitindo ou
trocando as letras. Resumidamente, as manifestações clínicas da dislalia
consistem em omissão, substituição ou deformação dos fonemas.
A dislalia pode ser subdividida em quatro grandes tipos:
Dislalia evolutiva: considerada normal em crianças, sendo corrigida
gradativamente durante o seu desenvolvimento.
Dislalia funcional: neste caso, ocorre substituição de letras durante a fala,
não pronunciar o som, acrescente letras na palavra ou distorce o som.
Dislalia audiógena: ocorre em indivíduos que são deficientes auditivos e
que não conseguem imitar os sons.
Dislalia orgânica: ocorre em casos de lesão no encéfalo, impossibilitando à
correta pronuncia, ou quando há alguma alteração na boca.
DISLALIA
Dentro desses quatro grandes tipos de Dislalia, encontramos os tipos
De ocorrências:
Omissão – não pronuncia alguns sons – “Omei ao ola”(Tomei coca-cola).
Substituição – troca alguns sons pôr outros – “Telida mamãe”(Querida
mamãe).
Acréscimo – Acrescenta mais um som – “Oceano Atelântico”(Oceano
Atlântico).
Rotacismo – substitui o r pela letra L – “plato”(Prato).
Gamacismo – omite ou substitui os fonemas k e g pelas letras d e t –
“tadeira” (cadeira),“dato”(gato).
Lambdacismo – pronuncia a letra L de maneira defeituosa – “palanta”
(planta), confilito”(conflito).
Sigmatismo – usa de forma errada ou tem dificuldade em pronunciar as
letras s e z (às vezes não consegue nem soprar ou assobiar).
Até os quatro anos de idade, os erros de linguagem são considerados
normais. Todavia, após essa fase, a criança pode vir a ter problemas caso
continue falando errado, podendo afetar até a escrita. O caso clássico desse
distúrbio é o Cebolinha, personagem da Turma da Mônica.
O tratamento da dislalia é feita por um fonoaudiólogo e varia de acordo
com a necessidade de cada criança. Em primeiro lugar, é feita uma avaliação
após um contato com a família, e faz-se um levantamento histórico da
criança para, só depois, iniciar o trabalho com a percepção dos sons que ela
não executa. Existem crianças que têm dificuldade de perceber 
 auditivamente os sons, assim o fonoaudiólogo se utiliza de recursos
corporais e visuais para chegar ao seu objetivo.
Outras crianças apresentam línguas hipotônicas (flácidas), o que às
vezes chega a ocasionar alterações na arcada dentária. Ou ainda, mostram
falhas na pronúncia de certos fonemas devido avpostura e respiração
deficientes. Para cada criança, tem-se um procedimento diferente, mas,
em geral, o fonoaudiólogo atua, na terapia, sobre a falha e a dificuldade,
usando, de preferência, meios lúdicos para ampliar a possibilidade de
utilização dos sons, até que a criança se sinta segura.
Dicas para os Professores: Repetir a palavra correta para que a criança
fixe a forma que acabou de pronunciar.
É importante que o professor articule bem as palavras, fazendo com que
as crianças percebam claramente todos os fonemas.
Uma criança que falta às aulas regularmente por problemas de audição,
como otites frequentes, requer maior atenção. 
O ato da fala é um ato motor elaborado e, portanto, os professores
precisam trocar informações com os outros professores que fazemparte
desse processo, por exemplo os professores de Educação Física, que
normalmente observam o desenvolvimento psicomotor das crianças. 
O ideal é que a criança faça uma avaliação fonoaudiológica, quando há
suspeita de algum distúrbio; antes de iniciar a alfabetização, além de
exames auditivos e oftalmológicos.
É um distúrbio que dificulta a percepção e capacidade escrita das pessoas,
levando os portadores a frequentemente cometerem diferentes erros
ortográficos. De acordo com especialistas, o distúrbio pode estar relacionado
a problemas psicomotores, levando as pessoas a apresentarem dificuldade
em formar palavras, reconhecer e diferenciar maiúsculas e minúsculas,
espaçamento das palavras, entre outras. Isso acontece devido a uma
incapacidade de recordar a grafia da letra. Ao tentar recordar este grafismo
escreve muito lentamente o que acaba unindo inadequadamente as letras,
tornando a letra ilegível.
Algumas crianças com disgrafia possui também uma disortografia
amontoando letras para esconder os erros ortográficos. Mas não são todos
disgráficos que possuem disortografia. A disgrafia, porém, não está
associada a nenhum tipo de comprometimento intelectual.
Características da Disgrafia:
•Lentidão na escrita;
•Letra ilegível; 
•Escrita desorganizada; 
•Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito
leves;
•Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial;
•Desorganização do texto, pois não observam a margem parando muito
antes ou ultrapassando. Quando este último acontece, tende a amontoar
letras na borda da folha; 
•Desorganização das letras: letras retocadas, hastes mal feitas, atrofiadas,
omissão de letras, palavras, números, formas distorcidas, movimentos
contrários à escrita (um S ao invés do 5 por exemplo);
•Desorganização das formas: tamanho muito pequeno ou muito grande,
escrita alongada ou comprida; 
•O espaço que dá entre as linhas, palavras e letras são irregulares; 
•Liga as letras de forma inadequada e com espaçamento irregular.
DISGRAFIA
Observação: O disgráfico não apresenta características isoladas, mas um
conjunto de algumas destas citadas acima. 
A disgrafia pura ocorre ainda durante a gestação e já nasce com a criança.
Ela não é adquirida, estudos apontam que a disgrafia é mais comum em
meninos e é detectada ainda na infância, depois que o processo de
alfabetização é consolidado, por volta dos oito ou nove anos.
A disgrafia pode ocorrer em adultos também, mas somente quando ocorre
uma lesão, como um derrame, que pode comprometer a coordenação
motora de mãos e braços e nesse caso já não se trata mais de disgrafia
pura. Podemos encontrar dois tipos de disgrafia:
 Disgrafia motora (discaligrafia): a criança consegue falar e ler, mas
encontra dificuldades na coordenação motora fina para escrever as letras,
palavras e números, ou seja, vê a figura gráfica, mas não consegue fazer os
movimentos para escrever. 
Disgrafia perceptiva: não consegue fazer relação entre o sistema
simbólico e as grafias que representam os sons, as palavras e frases.
Possui as características da dislexia sendo que esta está associada à leitura
e a disgrafia está associada à escrita.
A disgrafia não compromete o desenvolvimento intelectual da criança.
Geralmente, os disgráficos são alunos muito inteligentes. Sua oralidade
é muito boa, mas, na hora de colocar as ideias no papel, eles têm muita
dificuldade. É esse desdobramento do problema que pode prejudicar o
rendimento da criança. Devido à dificuldade no ato motor, ela demora mais
a realizar algumas atividades, em comparação a seus colegas, mesmo em
tarefas simples como copiar a lição da lousa. Se o professor pede que os
estudantes escrevam um texto, e o disgráfico, envergonhado pela a letra
feia, conclui que nem vale a pena escrever. Abalando assim a sua autoestima
e diante do obstáculo, deixa de aprender. Outro item importante e o treino
da letra cursiva, que se existir desde cedo, é possível encontrar os
disgráficos. Assim como em outros transtornos de aprendizagem, o
tratamento é multidisciplinar e envolve neurologistas, psicopedagogos,
fonoaudiólogos e terapeutas.
É a falha na aquisição e na habilidade de lidar com conceitos e símbolos
matemáticos, transcrever números e sinais erradamente, no momento
em que resolve um problema matemático, pode estar associada à
dificuldade com processamento de linguagem (dislexia).
Características da discalculia: 
•Lentidão no trabalho: não assimila os mecanismos necessários para
resolução da tarefa como: tabuada decorada, sequências decoradas;
•Problemas com orientação espacial: não sabe posicionar os números de
uma operação na folha de papel, gasta muito espaço ou faz contas
“apertadas” num cantinho da folha;
•Dificuldade em lidar com operações básicas: soma, subtração,
multiplicação e divisão;
•Dificuldade na memória de curto e longo prazo, tabuadas, fórmulas;
Dificuldade em lidar com grande quantidade de informação de uma vez
só; Confusão de símbolos (= + - : . < >); 
É capaz de compreender a matemática representada simbolicamente
(3+2=5), mas é incapaz de resolver “Maria tem três balas e João tem duas
balas”.
Dicas que ajudam: 
•Permitir o uso de calculadora e tabela de tabuada; 
•Uso de caderno quadriculado; 
•Provas com questões claras e diretas, reduzindo o número de questões;
•Fazer prova sozinho, sem limite de tempo e com um tutor para certificar
que entendeu as questões; 
•Fazer prova oralmente, desenvolvendo as expressões mentalmente e
ditando para que alguém transcreva; Moderar a quantidade de lição de
casa; 
•Passar exercícios repetitivos e cumulativos; Incentivar a visualização do
problema, com desenhos;
•Observar qual o processo utilizado pela criança, que tipo de pensamento
é usado para resolver um problema.
DISCALCULIA
DISTÚRBIO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO (DPA)
O desenvolvimento normal da linguagem e da escrita é resultado em grande
parte de um processamento adequado, dentre outras vias de informação,
como a visual e tátil-cinestésica, das informações pela via da audição. Não
basta escutar os sons, é preciso que o som seja analisado e interpretado,
para que se transforme em uma mensagem com significado.
Quando as habilidades auditivas não estão bem desenvolvidas, torna-se
muito difícil aprender sem assistência especial, mesmo tendo inteligência
normal, motivação e Saúde. As pessoas com Distúrbio do Processamento
Auditivo (DPA) escutam os sons, mas têm dificuldade de entendê-los,
armazená-los e localizá-los.
De uma forma mais formal: O sistema auditivo é responsável pelo
processamento da informação realizado por diversos centros de integração,
com funções de detecção e discriminação do som, separação do ruído de
fundo, compreensão e reconhecimento do som como familiares, dentre
outros. Todo este processo envolve transmissão da informação auditiva
pelas fibras do VIII nervo craniano para os núcleos cocleares, tronco
encefálico, tálamo e córtex auditivo. E o termo "Distúrbio do Processamento
Auditivo" (DPA) é referido como dificuldade no processamento de
informações auditivas em uma ou mais habilidades auditivas, e representa
uma limitação da transmissão, análise, organização, transformação,
elaboração, armazenamento e/ou recuperação, e uso das informações de
um evento acústico, não atribuídos à perda auditiva, nem ao déficit
intelectual.
Características do distúrbio do processamento auditivo central – DPAC:
desatenção; não acompanhar uma conversa com muitas pessoas
falando ao mesmo tempo; se atrapalhar ao contar uma história ou dar um
recado; não atender prontamente quando chamada; agitação ou quietude;
dificuldades escolares; trocas de letras na escrita ou espelhamento;
dificuldade para falar o “R”,“J” e o“L”; letra feia; alterações na comunicação
oral ou na utilização de regras gramaticais; inversões de grafemas;
alterações da noção de lateralidade; agitação, hiperatividade ou apatia;
memória auditiva prejudicada; dificuldade em compreender a mensagem
acústica em ambientes ruidosos.
DICAS DE COMO AJUDAR:
•Reduzir o barulho ambientaldurante atividades que requerem
concentração; 
•Posicionar a criança em sala de aula de modo a ficar próximo ao professor,
sem ficar ao lado de paredes; 
•Falar sempre próximo à criança e voltada para ela, com o passar do tempo
e com sua melhora, a distância poderá ser aumentada; 
•Falar alto e bem articulado, em ambiente o mais silencioso possível; 
•Ao explicar algum assunto, fale em frases curtas, devagar, com entonação
rica, pausas nítidas e contexto significativo; 
•Forneça pistas contextuais para facilitar a compreensão, ou seja, esteja
segura que a criança sabe sobre o que está sendo falado; 
•Acompanhe a leitura da criança, de preferência oral, correndo o dedo sob
as letras e dando “dicas” mediante suas dificuldades;
•Lembre-se de que seu aluno provavelmente tem dificuldade em
sequencialização. Portanto, em tarefas de elaboração oral ou gráfica,
assegure-se de que ele tenha bem organizada a noção de início, do meio e
do fim, de sua história, nem que para isso você tenha que repetir várias
vezes a sequência; 
•Trabalhe reforçando a relação dos fonemas com as letras, mesmo que seu
método de alfabetização não siga esta linha, ou seja o método fônico, pois
estas pistas são importantes para tais crianças.
•Essas recomendações facilitam o trabalho do professor, ou seja, na
atuação pedagógica no desenvolvimento do aluno com alteração auditiva
central.
•O tratamento é realizado por uma equipe multidisciplinar, isto é,
neurologista, fonoaudiólogo, psicopedagogo e/ ou neuropsicopedagogo.
TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM
HIPERATIVIDADE (TDAH)
Também chamado de Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA) é um
transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e
frequentemente acompanha a criança por toda a sua vida. Ele se caracteriza
por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Esses sintomas
podem manifestar-se em diferentes graus de comprometimento e
intensidade. Quando predomina a desatenção, os pacientes apresentam
dificuldade maior de concentração, de organizar atividades, de seguir
instruções, e podem saltar de uma tarefa inacabada para outra, sem nunca
terminar aquilo que começaram.
São pessoas que se distraem com facilidade e frequentemente esquecem o
que tinham para fazer ou onde colocaram seus pertences. Não conseguem
também prestar atenção em detalhes, demoram para iniciar as tarefas e
cometem erros por absoluto descuido e distração, o que pode prejudicar o
processo de aprendizagem e a atuação profissional. Nos casos em que
prevalece a hiperatividade, os portadores do distúrbio são inquietos,
agitados e falam muito. Dificilmente conseguem participar de atividades
sedentárias e manter silêncio durante as brincadeiras ou realização dos
trabalhos. Se é a impulsividade que se destaca os sinais mais marcantes são a 
impaciência, o agir sem pensar, a dificuldade para ouvir as perguntas até o
fim, a precipitação para falar e a intromissão nos assuntos, conversas e
atividades alheias.
Na adolescência e na vida adulta, os sintomas de hiperatividade costumam
ser menos evidentes, mas as outras dificuldades permanecem inalteradas e
os prejuízos se acumulam no dia a dia com reflexos negativos sobre a
autoestima.
Para efeito de diagnóstico, que é sempre clínico, os sintomas devem
manifestar-se na infância, antes dos sete anos, pelo menos em dois
ambientes diferentes (casa, escola, lazer, trabalhos), durante seis meses, no
mínimo. Devem também ser responsáveis por desajustes e alterações
comportamentais que dificultam o relacionamento e a performance dos
portadores nas mais diversas situações. Via de regra, o problema fica claro
nos primeiros anos de escola, apesar de estar presente desde o nascimento, e
o diagnóstico deve ser feito por especialistas.
O tratamento varia de acordo a existência, ou não, de comorbidades
ou de outras doenças associadas. Basicamente, consiste em psicoterapia e na
prescrição de medicamento psicoestimulante, e de antidepressivos. Crianças
podem exigir os cuidados de equipe multidisciplinar, em função dos
desajustes pedagógicos e comportamentais associados ao TDAH. Em geral,
os efeitos benéficos da medicação aparecem em poucas semanas e as reações
adversas – insônia, falta de apetite, dores abdominais e cefaleia – são leves e
ocorrem no início do tratamento, enquanto o organismo não desenvolveu
tolerância a essas drogas. Já se sabe o que está afetado no cérebro do TDAH,
ou seja o lobo frontal direito, e os neurotransmissores: noradrenalina e
dopamina, porém, ainda não se sabe com certeza porquê isso acontece.
Concluimos que mesmo com a medicação e com todas as técnicas e
estratégias, provavelmente, a pessoa com TDAH sempre vai ter alguma
dificuldade nestas questões. De vez em quando, ela vai precisar de “um
tempo”, uma “folga”, afinal, coisas que são naturais para a maioria das
pessoas, para ela, exigem esforço dobrado. E não crie expectativas de que o
desempenho vá se “igualar” ao de quem não tem TDAH. Estimule, reconheça,
parabenize e comemore a superação, o avanço, mostrando como ela
melhorou em comparação a si mesma.
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) reúne desordens do
desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou começo
da infância. São elas: 
•Autismo Infantil Precoce, 
•Autismo Infantil, 
•Autismo de Kanner,
•Autismo de Alto Funcionamento,
•Autismo Atípico, 
•Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação,
•Transtorno Desintegrativo da Infância 
•Síndrome de Asperger.
As pessoas dentro do espectro podem apresentar déficit na comunicação
social ou interação social (como nas linguagens verbal ou não verbal e na
reciprocidade socioemocional) e padrões restritos e repetitivos de
comportamento, como movimentos contínuos, interesses fixos e hipo ou
hipersensibilidade a estímulos sensoriais.
AUTISMO
Todos os pacientes com autismo partilham estas dificuldades, mas cada
um deles será afetado em intensidades diferentes, resultando em situações
bem particulares. Apesar de ainda ser chamado de autismo infantil, pelo
diagnóstico ser comum em crianças e até bebês, os transtornos são
condições permanentes que acompanham a pessoa por todas as etapas da
vida.
As causas do TEA não são totalmente conhecidas, e a pesquisa científica
sempre concentrou esforços no estudo da predisposição genética,
analisando mutações espontâneas que podem ocorrer no desenvolvimento
do feto e a herança genética passada de pais para filhos. No entanto, já há
evidências de que as causas hereditárias explicariam apenas metade do
risco de desenvolver TEA.
Fatores ambientais que impactam o feto, como estresse, infecções,
exposição a substâncias tóxicas, complicações durante a gravidez e
desequilíbrios metabólicos te
O TEA afeta o comportamento do indivíduo, e os primeiros sinais podem ser
notados em bebês de poucos meses. No geral, uma criança do espectro
autista apresenta os seguintes sintomas:
1. Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual,
expressão facial, gestos, expressar as próprias emoções e fazer amigos;
2. Dificuldade na comunicação, optando pelo uso repetitivo da linguagem e
bloqueios para começar e manter um diálogo;
3. Alterações comportamentais, como manias, apego excessivo a rotinas,
ações repetitivas, interesse intenso em coisas específicas, dificuldade de
imaginação e sensibilidade sensorial (hiper ou hipo).
CARACTERISTICAS:
Os primeiros sinais do Transtorno do Espectro Autista são visíveis em
bebês, entre 1 e 2 anos de vida, embora possam ser detectados antes ou
depois disso, caso os atrasos de desenvolvimento sejam mais sérios ou mais
sutis, respectivamente.
A partir dos 12 meses, as crianças autistas não apontam com o dedinho,
demonstram mais interesse nos objetos do que nas pessoas, não mantêm
contato visual efetivo e não olham quando chamadas. É importante
destacar os raros casos de regressão do desenvolvimento, identificados
comumente após ao menos 2 anos de desenvolvimento típico (denominado
anteriormente como transtorno desintegrativo da infância).
Por volta dos 18 mesesjá é possível realizar uma avaliação com um
profissional especializado, como um neuropediatra ou psiquiatra
pediátrico. O diagnóstico do autismo é feito por observação direta do
comportamento e uma entrevista com os pais e cuidadores.
Rotula-se estes distúrbios como um espectro justamente por se
manifestarem em diferentes níveis de intensidade. Uma pessoa
diagnosticada como de alta funcionalidade apresenta prejuízos leves, que
podem não a impedir de estudar, trabalhar e se relacionar. Um portador de
média funcionalidade tem um menor grau de independência e necessita
de algum auxílio para desempenhar funções cotidianas, como tomar banho
ou preparar a sua refeição. Já o paciente de baixa funcionalidade vai
manifestar dificuldades graves e costuma precisar de apoio especializado ao
longo da vida.
Por outro lado, pode ser acompanhado de habilidades impressionantes,
como facilidade para aprender visualmente, muita atenção aos detalhes
e à exatidão; capacidade de memória acima da média e grande concentração
em uma área de interesse específica durante um longo período de tempo.
Cada indivíduo dentro do espectro vai desenvolver o seu conjunto de
sintomas variados e características bastante particulares. Tudo isso vai
influenciar como cada pessoa se relaciona, se expressa e se comporta.
DIAGNÓSTICO
Confirma-se quando criança possui as características principais do
autismo: deficiências sociais, dificuldades de comunicação, interesses
restritos, fixos e intensos e comportamentos repetitivos (também chamados de
estereotipias). A condição pode se apresentar em distintos graus, o que faz com
que os sinais também possam ter essas variações. Em casos de autismo leve,
por exemplo, o transtorno pode demorar mais tempo para ser diagnosticado,
pois costuma ser confundido com outros comportamentos, como timidez,
excentricidade ou falta de atenção.
Há pessoas que podem apresentar sintomas associados em diferentes graus,
como uma habilidade cognitiva fora do normal (para mais ou para menos),
atrasos de linguagem ou alta habilidade de linguagem expressiva, surtos
nervosos e agressividade, padrões de início, além de outras condições
associadas.
O diagnóstico permite que a criança receba um tratamento personalizado de
acordo com as particularidades do seu quadro. Com o acompanhamento
médico multidisciplinar, os sintomas tendem a ser amenizados ao longo da
vida, melhorando a qualidade de vida do indivíduo e da sua família.
O acompanhamento médico multidisciplinar, composto por pediatra,
psiquiatra, neurologista, psicólogo e fonoaudiólogo, entre outros, é o
tratamento mais recomendado para ajudar no desenvolvimento da criança
autista. A conduta indicada vai depender da intensidade do distúrbio e da
idade do paciente e deve ser decidido junto aos pais. Em linhas gerais, o
tratamento associa diferentes terapias para testar e melhorar as
habilidades sociais, comunicativas, adaptativas e organizacionais.
A rotina de cuidados pode incluir exercícios de comunicação funcional e
espontânea; jogos para incentivar a interação com o outro; aprendizado
e manutenção de novas habilidades; e o apoio a atitudes positivas para
contrapor problemas de comportamento. É muito popular a adoção das
abordagens terapêuticas Análise Aplicada do Comportamento (conhecido
como método ABA) e Terapia Cognitivo-Comportamental.
TRATAMENTO
Frequentemente, as terapias são combinadas com remédios para tratar
condições associadas, como insônia, hiperatividade, agressividade, falta de
atenção, ansiedade, depressão e comportamentos repetitivos. As avaliações
são realizadas a cada 3 ou 6 meses para entender a necessidade de
mudanças na abordagem ou intensidade do tratamento.
Outro elemento essencial no tratamento é o treinamento com os pais.
O contexto familiar é fundamental no aprendizado de habilidades sociais
e o trabalho com os pais traz grandes benefícios no reforço de
comportamentos adequados. Também é comum que os profissionais que
tratam a criança indiquem acompanhamento psicológico para a família,
devido ao desgaste emocional que o distúrbio pode provocar.
DICAS DE COMO TRABALHAR
Para ensinar, manter ou modificar comportamentos precisamos olhar para
as consequências que eles produzem no ambiente. Isso é muito importante
porque todo comportamento é controlado pelas consequências que produz.
Chamaremos essas consequências de reforçadores. Os reforçadores têm
duas características que os definem:
Em primeiro lugar, o reforçador deve seguir imediatamente a ação, isto
é, ele ocorre logo depois que o comportamento é emitido. Em segundo
lugar, o reforçador tem o efeito de fazer com que essa ação ocorra com
maior frequência. Existem basicamente três tipos de consequências que
controlam os comportamentos: Reforçamento Positivo, Reforçamento
Negativo e Punição.
No Reforçamento Positivo o comportamento é seguido pelo aparecimento
de algo novo, que não estava lá antes do ato. Algo que foi acrescentado. O
acréscimo de algo torna mais provável a ocorrência da ação que o produziu
futuramente.
Exemplo:
No Reforçamento Negativo a ação remove ou elimina algo, fazendo
com que alguma condição ou coisa que estava lá desapareça. A ação que
eliminou algo tem grande probabilidade de ocorrer novamente.
Exemplo:
 Manter-se sentado por pelo menos 15 minutos;
 Responder ao chamado do nome (olhar para a pessoa que está
solicitando sua atenção);
 Compreender instruções verbais simples de maneira direta e
indireta. Direta, a instrução é dada especificamente para o aluno;
indireta, a instrução é dada para o grupo. exemplo: senta, guarda, me
dá, vem cá, levanta, pega, espera sua vez;
 Comunicação vocal ou por figura para o uso do banheiro e beber
água;
 Imitar ações;
 Identificar figuras;
 Parear figuras (juntar figuras iguais e semelhantes);
O terceiro tipo de consequência que controla o comportamento: a punição.
Ela pode assumir duas formas: apresentação de estímulo aversivo e ao
término dê o reforçamento positivo. Como o reforçamento, a punição é a
relação entre o comportamento e a consequência; no entanto, embora nos
pareça natural sua aplicação, ela realmente não nos ajuda, simplesmente
porque, ao aplicarmos a punição, não estamos ensinando um
comportamento. Quando muito, nós ensinamos o que a criança não deve
fazer. Veja bem, o que pretendemos como educadores? Ensinar o que os
alunos devem fazer.
Desenvolver algumas das habilidades são necessárias:
Como minimizar estímulos distratores em sala de aula:
 Evite excesso de estímulos visuais nas paredes. No geral, o professor
gosta de enfeitar a sala de aula, no entanto é bom direcionarmos as
ilustrações para a matéria estudada no momento.
 Observe a posição do aluno na sala de aula. O ideal é que o aluno com
TEA fique na fileira da frente, com um dos lados da carteira encostado na
parede e o outro lado com espaço suficiente para que a auxiliar
(acompanhante) possa sentar.
 Minimize o barulho, mantendo-se a rotina de classe com comando
expressivo de voz do professor (sem gritar, naturalmente!).
 Combine com as crianças o sistema de saída para banheiro ou água. É
bom que as crianças saiam uma por vez, após pedirem autorização
verbal ou por figuras (no caso de crianças não verbais).
 Importante que as crianças com TEA estejam acompanhadas ao sair da
classe.
 Use rotinas visuais para que o aluno possa antecipar o que vai
acontecer. Essa estratégia minimiza a ocorrência de comportamentos
inadequados.
Uma sala de aula saudável e agradável para todos,
devemos levar em consideração:
 Os alunos devem ser mantidos constantemente em atividades
planejadas de acordo com o que eles já sabem, evitando, assim, que
fiquem ociosos.
 Evitar procedimentos punitivos. Sabemos que a punição produz alguns
efeitos indesejáveis, como, por exemplo, torna a situação em que ela
ocorre aversiva para o aluno e, com isso, ele tenderá a se comportar de
maneira a se esquivar e fugir de atividades relacionadas às contingências
punitivas.
 Pode, também, produzir respostas emocionais, como ansiedade, raiva,
vergonha e apatia. Puniçãonão ensina. Nesse processo de ensino-
aprendizagem, devemos utilizar apenas reforço positivo.
 O professor deve habituar-se a reforçar positivamente (dar atenção,
elogiar) os comportamentos adequados do aluno, tais como: permanecer
sentado, seguir as instruções, realizar as atividades solicitadas, enfim
tudo que o professor quer que o aluno faça.
 Incentivar as brincadeiras em duplas e em situações estruturadas
(incentivar que o colega o acompanhe para beber água).
 Ensiná-lo a como seguir as instruções e regras. Para isso, desenhos e
imagens podem ajudá-lo.
É importante a escolha de elementos de interesse da criança. Quando
escolher um brinquedo ou brincadeira, pense no que ela gosta. Por
exemplo, se ela gosta de água, escolha brinquedos que envolvam água (dá
banho na boneca, lavar o carrinho, guerra de bexiga com água, etc). Medir a
motivação da criança em uma atividade é tão importante quanto saber
como ensinar uma brincadeira.
Concluindo, faça elogios e mostre alegria no brincar e no ensinar. É
importante reforçar o engajamento das crianças em todas as atividades. A
inclusão deve fazer parte de uma sociedade mais humana que contemple a
beleza que há em sermos todos diferentes.
E-book oferecido pelo 
Centro Educacional Sete de Setembro
 em parceria com a professora Sueli Julioti.
cessetembro

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