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Informação contábil e gerencial: sistemas e processos Giovana Carrer Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Simone M. P. Vieira - CRB 8ª/4771) Carrer, Giovana Informação contábil e gerencial : sistemas e processos / Giovana Carrer. – São Paulo : Editora Senac São Paulo, 2021. (Série Universitária) Bibliografia. e-ISBN 978-65-5536-744-7 (ePub/2021) e-ISBN 978-65-5536-745-4 (PDF/2021) 11. Gestão da informação 2. Sistemas integrados de gestão (ERP) 3. Inteligência de mercado 4. Segurança da informação 5. Tecnologia da Informação (TI) - Planejamento estratégico I. Título. II. Série. 21-1324t CDD – 658.4038 BISAC BUS083000 Índice para catálogo sistemático 1. Gestão da informação 658.4038 M at er ia l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . INFORMAÇÃO CONTÁBIL E GERENCIAL: SISTEMAS E PROCESSOS Giovana Carrer M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Administração Regional do Senac no Estado de São Paulo Presidente do Conselho Regional Abram Szajman Diretor do Departamento Regional Luiz Francisco de A. Salgado Superintendente Universitário e de Desenvolvimento Luiz Carlos Dourado M at er ia l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Editora Senac São Paulo Conselho Editorial Luiz Francisco de A. Salgado Luiz Carlos Dourado Darcio Sayad Maia Lucila Mara Sbrana Sciotti Luís Américo Tousi Botelho Gerente/Publisher Luís Américo Tousi Botelho (luis.tbotelho@sp.senac.br) Coordenação Editorial/Prospecção Dolores Crisci Manzano (dolores.cmanzano@sp.senac.br) Administrativo grupoedsadministrativo@sp.senac.br Comercial comercial@editorasenacsp.com.br Acompanhamento Pedagógico Otacília da Paz Pereira Designer Educacional Wallace Roberto Bernardo Revisão Técnica Cintia do Nascimento Silva Preparação e Revisão de Texto AZ Design Arte e Cultura Projeto Gráfico Alexandre Lemes da Silva Emília Corrêa Abreu Capa Antonio Carlos De Angelis Editoração Eletrônica Michel Iuiti Navarro Moreno Ilustrações Michel Iuiti Navarro Moreno Imagens Adobe Stock Photos E-pub Ricardo Diana Proibida a reprodução sem autorização expressa. Todos os direitos desta edição reservados à Editora Senac São Paulo Rua 24 de Maio, 208 – 3º andar Centro – CEP 01041-000 – São Paulo – SP Caixa Postal 1120 – CEP 01032-970 – São Paulo – SP Tel. (11) 2187-4450 – Fax (11) 2187-4486 E-mail: editora@sp.senac.br Home page: http://www.livrariasenac.com.br © Editora Senac São Paulo, 2021 Sumário M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Capítulo 1 Conceitos básicos e a empresa vista como um sistema, 7 1 Ambiente da tecnologia da informação, 8 2 Conceitos de sistemas e subsistemas, 12 3 A empresa como um sistema, 16 Considerações finais, 23 Referências, 23 Capítulo 2 Sistema de informação, modelo de gestão e processo de gerência, 25 1 Modelos de gestão e processo gerencial: planejamento, execução e controle, 26 2 Planejamento estratégico versus planejamento operacional, 32 3 Papel do sistema de informações no contexto do processo gerencial, 34 Considerações finais, 36 Referências, 37 Capítulo 3 Sistemas de informação da empresa, 39 1 Principais áreas operacionais das organizações e seus sistemas, 40 Considerações finais, 58 Referências, 59 Capítulo 4 ERP e a contabilidade, 61 1 Características do ERP, 62 2 Parametrizações do ERP e a contabilidade, 64 3 Processo de geração de relatórios e demonstrações contábeis por meio do ERP, 69 4 Funcionamento do ERP nas atividades de controles internos da empresa, 74 5 Auditoria do ERP, 76 Considerações finais, 78 Referências, 78 Capítulo 5 Gerenciamento de banco de dados e tendências, 79 1 Diferença entre dados e informação, 80 2 Gerenciamento de dados: aspectos fundamentais e softwares de gerenciamento, 81 3 Big data, 83 4 Dashboard e scorecards, 86 5 Blockchain e outras tendências, 88 6 Inteligência Artificial, 91 Considerações finais, 96 Referências, 97 6 Informação contábil e gerencial: sistemas e processos Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Capítulo 6 Visão geral do processo de aquisição de um sistema de informação contábil e de gestão, 99 1 Contexto da aquisição de um novo sistema, 100 2 Fases da análise até a implementação do sistema adquirido, 105 3 O que são projetos? O que são projetos de sistema da informação?, 109 4 Gerenciamento de projetos de sistema da informação: PMI e PMBOK e Norma ISO 21500, 111 Considerações finais, 115 Referências, 116 Capítulo 7 Visão geral do processo de desenvolvimento de um sistema de informação contábil e gerencial, 117 1 Desenvolvimento de sistemas, 118 2 Anteprojeto de sistemas (protótipos), 122 3 Projeto lógico, 127 4 Projeto físico, 130 5 Implementação, 131 Considerações finais, 132 Referência, 133 Capítulo 8 Segurança em sistema de informação empresarial: questões éticas, sociais e profissionais, 135 1 Segurança lógica, 136 2 Confidencialidade (privacy) e controle de acesso ao banco de dados, 140 3 Vulnerabilidades técnicas, prevenção e plano de contingência, 143 4 Comportamento e habilidades do(a) gestor(a) do sistema de informação contábil, 146 5 Perfil do(a) profissional e responsabilidade de desenvolvedores de sistemas e de usuários de sistemas, 149 Considerações finais, 151 Referências, 152 Sobre a autora, 155 7 M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Capítulo 1 Conceitos básicos e a empresa vista como um sistema A tecnologia da informação pode ser uma ferramenta que possibili- ta a implementação de um sistema de informação empresarial. Assim, o presente capítulo apresenta os principais conceitos de tecnologia da informação, distinguindo nomenclaturas que facilitam o entendimento sobre sua aplicação nas empresas. Além disso, o capítulo define siste- mas, principalmente de informações e, finalmente, apresenta o ambien- te onde a empresa está inserida. 8 Informação contábil e gerencial: sistemas e processos Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . 1 Ambiente da tecnologia da informação Tecnologia, de formageral, se refere a ferramentas, métodos, pro- cessos, conhecimentos e habilidades utilizadas para alcançar objetivos específicos. Tecnologia da informação é todo o conjunto de recursos disponíveis às empresas destinados à implementação e manutenção de um sistema de informações. Normalmente, esses recursos são re- lacionados à informática e à telecomunicação, não sendo limitados a processamento de dados, sistemas de informação, engenharia de software, informática ou o conjunto de hardware e software, envol- vendo também aspectos humanos, administrativos e organizacionais (PADOVEZE, 2019). A evolução da tecnologia pode ser analisada sob a perspectiva da revolução industrial: a. mecânica: ocorrida do final do século XVIII até meados do século XIX, tendo como característica principal a substituição do traba- lho artesanal pelo trabalho das máquinas e consequente aumen- to da produção de bens; b. elétrica: ocorrida a partir da metade do século XIX, tendo como característica principal a utilização da eletricidade; c. automação: ocorrida no século XX por meio da utilização de com- putadores para automatizar os processos de máquinas; d. revolução 4.0: ainda em andamento, se caracteriza pela utilização da robótica, da engenharia mecatrônica, de controle e automa- ção, da tecnologia da informação e comunicação. A tecnologia da informação é capaz de tratar dados ou informações por meio dos seguintes componentes (REZENDE; ABREU, 2017, p. 54): a. hardware e seus dispositivos periféricos; 9Conceitos básicos e a empresa vista como um sistema M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. b. software e seus recursos; c. sistemas de telecomunicações; d. gestão de dados e informações. 1.1 Hardware e seus dispositivos periféricos Segundo Rezende e Abreu (2017, p. 55), hardware e seus disposi- tivos periféricos se referem a conjuntos integrados de dispositivos fí- sicos, posicionados por mecanismos de processamento usados para entrar, processar, armazenar e sair com dados e informação. Os com- putadores são os dispositivos que executam entrada, processamento, armazenamento e saída de dados, sendo escolhidos pela empresa de acordo com a finalidade, o volume de dados a serem processados e a estrutura da organização. Os periféricos são os dispositivos que tra- balham em conjunto com o computador, podendo ser utilizados para entrada ou para saída de dados. São exemplos de dispositivos de en- trada de dados (input): teclado, mouse, recursos de multimídia de sons e imagens, dispositivos de reconhecimento de voz, leitores de códigos de barras e digitalizadores. São exemplos de dispositivos de saída de dados (output): monitores e impressoras. Finalmente, também classi- ficados como periféricos temos os dispositivos destinados à retenção de energia elétrica, como estabilizadores e no-breaks, e dispositivos de automação de processos, como sensores utilizados em atividades in- dustriais e caixas automáticos utilizados para serviços bancários. 1.2 Software e seus recursos Os softwares são os recursos de tecnologia da informação desti- nados a dirigir, organizar e controlar os recursos de hardware, forne- cendo instruções e comandos. Uma classificação possível para softwa- res se refere à gratuidade ou não, uma vez que existem softwares cuja 10 Informação contábil e gerencial: sistemas e processos Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . utilização não gera desembolso ao usuário e os softwares acessíveis mediante um pagamento financeiro em razão de dependerem de uma licença comercial para serem utilizados. Outra distinção é a existência de softwares de código fechado cuja distribuição depende de uma li- cença, com configurações não podem ser alteradas pelo usuário, tais como iOS e Windows. Já softwares de código aberto como, por exem- plo, Android e Linux, são distribuídos de forma gratuita e podem ser mo- dificados pelo usuário. Segundo Rezende e Abreu (2017), há diversos tipos de softwares que desenvolvem funções diversas, como: sistema operacional, software aplicativo, software de automação de escritórios e softwares utilitários. O sistema operacional pode ser visto como o administrador geral do computador, determinando quais recursos computacionais são utiliza- dos para realização de tarefas a partir da alocação e do monitoramento dos recursos computacionais disponíveis. São exemplos de sistema operacional: Windows Microsoft, MacOS e Ubuntu (Linux). O software aplicativo se refere ao conjunto de comandos elaborados pelo usuário para o computador executar tendo a finalidade de resolver problemas e desenvolver atividades específicas. Em geral, são destina- dos ao desenvolvimento de atividades do negócio da empresa como, por exemplo, recursos humanos, financeiro, comercial e outras. Os softwares de automação de escritório são os editores de texto, que permitem a produção de informações em forma de texto; as plani- lhas eletrônicas, que permitem a elaboração de relatórios compostos por cálculos; os softwares de apresentação, que oferecem recursos destinados à apresentação de dados e informações; e o banco de da- dos, que possibilita o armazenamento, classificação, recuperação e ma- nipulação de dados destinados a grande diversidade de aplicações. Os softwares utilitários exercem a função de complementar as aplicações dos softwares de automação de escritório, uma vez que oportunizam: a) a garantia de armazenamento de dados (backup); b) a proteção contra programas que causam danos ou apaguem dados e 11Conceitos básicos e a empresa vista como um sistema M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. informações armazenados (antivírus); c) redução de espaços utilizados pelos dados nos computadores (compactadores); e d) a troca de infor- mações por meio de recursos de telecomunicação (internet e extranet). Os softwares de automação proporcionam a interligação de compu- tadores com outras ferramentas, tais como, controles numéricos por computador (CNC), caixas registradoras, sistemas de atendimento a serviços e outras. 1.3 Sistemas de telecomunicações Os sistemas de telecomunicação são aqueles que coletam, proces- sam e distribuem dados eletronicamente por meio de telefone, rádio e televisão, diferentemente dos sistemas de comunicação, que desem- penham as mesmas funções, via outros meios que não sejam classi- ficados como telecomunicações. Atualmente, temos a internet e suas transmissões via rádio, cabo de fibra ótica e as tecnologias “G” (3G, 4G e 5G). São exemplos de aplicações de comunicações e telecomunica- ções (REZENDE; ABREU, 2017): a. transferência de arquivos ou troca de textos entre computadores; b. conexão remota: acesso a programas em outro computador de outro local; c. correio eletrônico (e-mail); d. teleconferência e videoconferência; e e. internet. 1.4 Gestão de dados e informações A gestão de dados e informações abrange as atividades de guarda, recuperação e controle de acesso aos dados. A guarda e a recuperação 12 Informação contábil e gerencial: sistemas e processos Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P roib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . de dados depende diretamente da forma com que eles são organizados e, assim, possível de serem acessados em período posterior. O controle de acesso cumpre a finalidade de estabelecer restrições e permissões de acesso aos dados apenas a pessoas autorizadas, inclusive com a definição de senhas de acesso. Um exemplo de controle de acesso a dados é a definição de alçadas para realização de operações financei- ras em aplicativos de instituições financeiras. Neste caso, pode existir uma pessoa responsável pelo cadastramento de contas a serem pagas via aplicativo do banco, entretanto, não possui autorização para efetivar o pagamento. Assim, pode-se pensar que a efetivação do pagamento deva ocorrer por meio do perfil do gerente financeiro cuja permissão abrange tais tipos de ações. 2 Conceitos de sistemas e subsistemas A tecnologia da informação, com seus diversos recursos e ferra- mentas, pode auxiliar a implementação de sistemas de informação. A definição apresentada por Padoveze (2019) evidencia a tecnologia de informação como o meio pelo qual se operacionaliza o sistema de in- formações de uma empresa. Assim, é imprescindível a compreensão do significado de sistemas e seus subsistemas. 2.1 Sistemas e subsistemas Um sistema representa a visão integrada de partes menores, deno- minadas subsistemas, que se relacionam entre si. Sistema se refere a um conjunto de elementos interdependentes, ou um todo organiza- do, ou partes que interagem formando um todo unitário e complexo (PADOVEZE, 2019, p. 4). Nesse sentido, imaginando que um todo po- deria ser visto como a reunião de partes menores, a figura 1 a seguir representa um sistema. 13Conceitos básicos e a empresa vista como um sistema M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Figura 1 – Representação visual de um sistema Subsistema E Subsistema B Subsistema A Subsistema D Subsistema C Fazendo uma associação da definição com uma situação da vida cotidiana, pode-se pensar em um veículo como se fosse o todo de um sistema. Figura 2 – Veículo como um sistema 14 Informação contábil e gerencial: sistemas e processos Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . O veículo é composto pelo subsistema mecânico (subsistema A), pelo subsistema elétrico (subsistema B), pelo subsistema de freios (subsistema C), pelo subsistema de direção (subsistema D) e pelo sub- sistema de suspensão (subsistema E). A conceituação de sistemas deriva da teoria geral dos sistemas, cujas premissas básicas são (REZENDE; ABREU, 2017): a. os sistemas existem dentro dos sistemas – dentro do sistema há subsistemas; b. os sistemas são abertos ou fechados – são abertos na medida em que há interação entre os subsistemas e são fechados em relação à não existência de interação com ambiente externo (PADOVEZE, 2019); e c. as funções dos sistemas dependem de sua estrutura – a estrutu- ra dos sistemas acompanha a movimentação de suas funções à medida que aumentam ou reduzem de volume. O funcionamento de um sistema se dá pela sequência dos proces- sos de entrada, processamento e saída de dados, como demonstra a figura 3: Figura 3 – Processo de funcionamento do sistema SaídaEntrada Processamento A sequência de processos ocorridos em um subsistema se liga à se- quência de processos do subsistema seguinte resultando na interação que cria gera o sistema visto como todo. A figura 4 a seguir demonstra a interação que gera o sistema desses processos. 15Conceitos básicos e a empresa vista como um sistema M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Figura 4 – Interação entre os subsistemas Subsistema A Subsistema B Entrada Processamento Saída Subsistema C 2.2 Sistemas de informação Um sistema de informações serve como sustentação para a tomada de decisões empresariais. Sistema de informação, segundo Rezende e Abreu (2017), é definido como o conjunto, formalmente estruturado, de procedimentos e normas da empresa. Ainda de acordo com esses au- tores, o sistema é estruturado a partir da transformação de dados em informações a serem utilizadas no processo de tomada de decisão de uma empresa, sendo a base de sustentação administrativa que visa à otimização dos resultados esperados. IMPORTANTE Dado é o registro puro, ainda não interpretado, analisado e processado (PADOVEZE, 2019). Informação é o dado que foi processado e armazenado de forma com- preensível para seu receptor e que apresenta valor real ou percebido para suas decisões correntes ou prospectivas (PADOVEZE, 2019). O objetivo principal de um sistema de informações é auxiliar os pro- cessos de tomada de decisões na empresa e, assim, suas principais características são (REZENDE; ABREU, 2017, p. 41): a. grande volume de dados e informações; b. complexidade de processamentos; 16 Informação contábil e gerencial: sistemas e processos Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . c. muitos clientes e/ou usuários envolvidos; d. contexto abrangente, mutável e dinâmico; e. interligação de diversas técnicas e tecnologias; f. suporte à tomada de decisões empresariais; g. auxílio na qualidade, produtividade e competitividade orga- nizacional. Diante disso, um sistema de informações estruturado, que seja ca- paz de fornecer informações úteis para a tomada de decisões, depen- de da tecnologia da informação para coletar, transformar, armazenar e entregar informação aos decisores, uma vez que há, principalmente, grande volume de dados e o ambiente onde a empresa está inserido é dinâmico. 3 A empresa como um sistema Empresa é definida como a reunião de diversos recursos, sejam hu- manos, materiais, financeiros e tecnológicos, que produzem e comer- cializam produtos para atender a pessoas e outras empresas em troca de lucro e continuidade (REZENDE; ABREU, 2017). 3.1 Características de uma empresa Os principais objetivos a serem alcançados por uma empresa são (REZENDE; ABREU, 2017, p. 14): a. satisfazer às necessidades dos clientes, buscando-os e mantendo-os; b. estar em permanente desenvolvimento; 17Conceitos básicos e a empresa vista como um sistema M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. c. fazer parte de uma comunidade, elaborando produtos, gerando empregos, serviços e bens comuns para os cidadãos; d. comercializar bens e serviços, obedecendo a padrões de qualidade; e. ter equilíbrio financeiro para seu crescimento; f. alcançar a modernidade com inteligência competitiva; g. gerar lucro e perenidade com inteligência empresarial. A empresa, em geral, desempenha atividade comercial, financeira, de recursos humanos, jurídico-legal,de materiais e produção/serviços (REZENDE; ABREU, 2017), como demonstra a figura 5: Figura 5 – Atividades da empresa Motivacional Financeira Comercial Jurídico- -legal Materiais Recursos Humanos Produção/ serviços Fonte: adaptado de Rezende e Abreu (2017). 18 Informação contábil e gerencial: sistemas e processos Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Em cada uma dessas áreas, são realizadas as tarefas relacionadas no quadro 1 a seguir (REZENDE; ABREU, 2017): Quadro 1 – Tarefas por área da empresa COMERCIAL FINANCEIRA RECURSOS HUMANOS marketing contas a pagar recrutamento e seleção clientes contas a receber administração de pessoal pedidos movimentos bancários folha de pagamento faturamento fluxo de caixa cargos e salários administração de vendas, contrato e distribuição orçamentos e administração do capital treinamento e desenvolvimento exportação benefícios e assistência social pesquisas e estatísticas segurança e medicina do trabalho JURÍDICO-LEGAL MATERIAIS PRODUÇÃO/SERVIÇOS contabilidade fornecedores planejamento e controle da produção impostos e recolhimentos compras engenharia do produto ativo fixo estoque sistemas de qualidade livros de entrada e saída recepção e expedição custos de produção importação manutenção de equipamentos e produtos Fonte: adaptado de Rezende e Abreu (2017). A análise do cenário da empresa a partir da segregação das ativida- des desempenhadas nela permite visualizar o negócio como um siste- ma, ou seja, um todo composto de partes que em conjunto oportunizam a continuidade do empreendimento. 19Conceitos básicos e a empresa vista como um sistema M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. 3.2 A empresa como um sistema aberto As empresas interagem com o ambiente e a sociedade de maneira completa e, assim, são consideradas um sistema aberto uma vez que essa interação influencia as pessoas e, consequentemente, a socieda- de e a própria empresa (PADOVEZE, 2019). Essa interação da empresa com a sociedade pode ser analisada a partir da representação visual proposta por Catelli (1991) e apresentada na figura 6. Figura 6 – Interação da empresa com o ambiente externo Ambiente remoto Ambiente próximo Recursos naturais Legislação e tributos Clima Economia Política Comunicação Sindicatos Clientes Educação Comunidade Governos Fornecedores Demografia Tecnologia Sociedade Cultura Concorrentes ENTRADAS PROCESSAMENTO SAÍDA Materiais Equipamentos Energia Pessoas Informações Empresa Produtos Bens Serviços Fonte: adaptado de Catelli (1991). 20 Informação contábil e gerencial: sistemas e processos Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Nessa visão, a empresa é vista como um processo sequencial de en- tradas de material, equipamentos, energia, pessoas e informações que passam pelo processamento e geram uma saída de produtos, serviços e bens. Assim, a empresa interage com ambientes próximos e ambien- tes remotos. São exemplos de agentes com os quais a empresa intera- ge em ambiente próximo: os fornecedores, a comunidade, os governos, os sindicatos, a comunicação e os clientes. Por outro lado, no ambiente remoto, a empresa interage com aspectos da cultura, educação, legis- lação e tributos, economia, tecnologia, concorrentes, demografia, clima, recursos naturais, política e sociedade. Na visão de Padoveze (2019), a empresa é dividida nos sub- sistemas: institucional, de gestão, formal, social, de informação e físico-operacional. A missão, as crenças e os valores compõem o subsistema institu- cional. Esse subsistema representa o conjunto de premissas utilizadas para formular o modelo de gestão do empreendimento que possibilita a concretização dos objetivos dos investidores (PADOVEZE, 2019). Para compreensão do subsistema institucional, imagine-se que três amigos decidem constituir uma empresa de entrega de compras de supermer- cado para pessoas que vivem em grandes centros urbanos e que não dispõem de tempo para realizar essa tarefa. Ao constituir a empresa, os três sócios acreditam poder auxiliar a vida de outras pessoas que desejam chegar em casa depois de um dia de trabalho e preparar uma refeição caseira em vez de consumir alimentos congelados. Assim, a empresa se propõe a cumprir a missão de facilitar a vida de pessoas em grandes centros urbanos porque acredita que uma refeição preparada em casa gera satisfação ao indivíduo. Depois de definido o modelo de gestão, no subsistema institucio- nal, o subsistema de gestão é o ambiente onde ocorre a tomada de decisões. Esse subsistema compreende os seguintes procedimentos e diretrizes (PADOVEZE, 2019, p. 18): 21Conceitos básicos e a empresa vista como um sistema M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. a. análise do ambiente externo e interno; b. elaboração do planejamento estratégico; c. elaboração das diretrizes e políticas estratégicas; d. planejamento operacional; e. elaboração do plano operacional; f. programação das operações; g. aprovação do programa operacional; h. execução das operações e transações; i. controle; j. ações corretivas. Para exemplificar o subsistema de gestão, imagine-se que os três sócios que constituem a empresa de entrega de alimentos na residên- cia de pessoas que moram em grandes centros urbanos comecem a pensar como farão para concretizar a missão do negócio. Nesta situa- ção, eles relacionam algumas atividades a serem realizadas, tais como: receber o pedido dos clientes, fazer as compras no supermercado e en- tregar as compras no endereço do cliente. Assim, eles precisam definir como essas atividades serão realizadas e as ações a serem executadas quando as atividades se desviam daquilo que planejaram previamente. O subsistema formal é o subsistema onde ocorre o agrupamento de tarefas e atividades em setores, departamentos ou divisões, corres- pondendo à estrutura organizacional da empresa (PADOVEZE, 2019). Seguindo o exemplo da empresa de entrega de alimentos na residência de pessoas que moram em grandes centros urbanos, os três sócios, em dado momento, percebem que existem muitas atividades a serem realizadas. Assim, eles iniciam o agrupamento de atividades por setores para que a empresa possa concretizar sua missão de forma organizada. 22 Informação contábil e gerencial: sistemas e processos Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . O subsistema social corresponde ao subsistema que abrange as pessoas envolvidas na empresa, bem como sua cultura, características e demais questões relacionadas ao indivíduo (PADOVEZE, 2019). Outra situaçãona qual os três sócios precisam pensar é a necessidade de contratar pessoas para ajudar na realização de todas as atividades que a empresa deve executar para cumprir sua missão. Assim, a empresa inicia um processo de recrutamento de pessoas buscando identificar profissionais que tenham valores e crenças parecidas com a dos sócios e que acreditem na ideia de ajudar os moradores de grandes centros ur- banos. Dessa forma, a empresa interage com a sociedade oportunizan- do o desenvolvimento do ser humano por meio do trabalho, e a empresa reflete a cultura das pessoas na medida em que recebe diferentes perfis de profissionais para trabalhar em sua estrutura. O subsistema de informação abrange o conjunto de necessidades de informações para a gestão empresarial (PADOVEZE, 2019). A em- presa, constituída pelos três amigos, necessita, por exemplo, comprar uniformes para as pessoas que farão as entregas na residência dos clientes. Para tanto, ela precisa saber o preço dos uniformes e assim contata quatro ou cinco possíveis fornecedores para obter orçamento. De posse dos orçamentos, a empresa decide pela compra de um forne- cedor que cobra o menor preço e entrega mais rápido. Neste caso, a de- cisão é baseada em informações que devem estar contidas no sistema de informações. O subsistema físico-operacional abrange instalações físicas e equi- pamentos do sistema da empresa, e nesse subsistema são executadas as transações empresariais (PADOVEZE, 2019). No exemplo da empre- sa de entrega de alimentos na residência de pessoas que moram em grandes centros urbanos, é necessário manter uma estrutura física que possibilite o acondicionamento das mercadorias até o momento da efe- tiva entrega. Para tanto, a empresa possivelmente necessitará de prate- leiras e bancadas para organizar e empacotar as mercadorias a serem entregues. 23Conceitos básicos e a empresa vista como um sistema M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Considerações finais A tecnologia da informação pode ser uma ferramenta que possibilita a implementação de um sistema de informação empresarial. O presen- te capítulo demonstrou que a tecnologia da informação não abrange apenas questões relacionadas a software e hardware, mas compreende também aspectos humanos, administrativos e organizacionais. Além disso, o capítulo define sistemas como partes que interagem formando um todo unitário e complexo, assim como apresenta o sistema de infor- mação como o conjunto, formalmente estruturado, de procedimentos e normas da empresa. Finalmente, o capítulo apresenta a empresa como um sistema aberto, constituído por subsistemas, que interage com o ambiente externo. Referências CATELLI, A. Palestra sobre gestão econômica empresarial – GECON, 1991. PADOVEZE, C. L. Sistemas de informações contábeis: fundamentos e análise. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2019. REZENDE, D. A.; ABREU, A. F. Tecnologia da informação aplicada a sistemas de informação empresariais: o papel estratégico da informação e dos siste- mas de informação nas empresas. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017. 25 M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Capítulo 2 Sistema de informação, modelo de gestão e processo de gerência O presente capítulo tem o objetivo de apresentar os principais con- ceitos a respeito do ambiente empresarial para que se possa com- preender a importância da utilização dos sistemas de informação na tomada de decisão organizacional. São apresentadas as definições de modelo de gestão e processo gerencial, assim como conceituam- -se os processos de gestão: planejamento, execução e controle. Detalham-se os processos de planejamento estratégico e operacional e, finalmente, trata-se da importância dos sistemas de informação no processo gerencial. 26 Informação contábil e gerencial: sistemas e processos Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . 1 Modelos de gestão e processo gerencial: planejamento, execução e controle A empresa é vista como um todo composto de partes denomina- das de subsistemas. No subsistema institucional é definido o modelo de gestão da organização; no subsistema de gestão ocorre o processo gerencial (PADOVEZE, 2019). Os próximos subitens apresentam as de- finições de modelos de gestão e de processo gerencial, assim como esclarece questões relativas a planejamento, execução e controle no contexto das decisões empresariais. 1.1 Modelos de gestão O modelo de gestão, formulado no subsistema institucional da em- presa, é definido como um conjunto de ideias, valores e crenças da ad- ministração que orienta e determina o processo administrativo da enti- dade (PADOVEZE, 2019, p. 17). O modelo de gestão nem sempre está formalizado e pode ser identificado considerando os instrumentos de gestão, como, por exemplo, o planejamento, o controle, o sistema de informação, etc. (CATELLI, 2001). Em outras palavras, convicções, cren- ças e valores dos empresários, acionistas ou sócios de uma empresa são transformados em diretrizes que orientam a atuação dos demais envolvidos na busca dos resultados desejados. Para facilitar a compreensão sobre modelos de gestão, imagine uma empresa em que o sócio detenha o controle sobre todas as decisões tomadas pelas equipes de trabalho. Nesta situação, pode-se imaginar que o modelo de gestão seja caracterizado pela centralização de deci- sões na pessoa do líder, a qual pode ser justificada pela maior rapidez na implantação de soluções organizacionais. Por outro lado, imagine uma empresa cuja tomada de decisões é realizada em conjunto com os 27 Sistema de informação, modelo de gestão e processo de gerência M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. membros das equipes de trabalho, resultando em um modelo de gestão democrático. A figura 1 representa a distinção entre esses dois modelos de gestão: o centralizado e o descentralizado. Figura 1 – Modelos de gestão Centralizado DescentralizadoCentralizado Descentralizado Segundo Catelli (2001), são princípios-base para a formulação de um modelo de gestão, considerando uma visão sistêmica da empresa: a. processo decisório descentralizado; b. funções e responsabilidades definidas claramente e decorrentes da missão; c. autoridade compatível com funções e responsabilidades; d. estilo participativo; e. postura empreendedora por parte dos gestores; f. processo de gestão: planejamento estratégico, planejamento operacional, execução e controle; g. avaliação de desempenho baseada no resultado econômico da empresa. 28 Informação contábil e gerencial: sistemas e processos Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . 1.2 Processo gerencial: planejamento, execução e controleEstabelecido o modelo de gestão da empresa, no subsistema de gestão ocorre o processo gerencial, que possibilita a concretização dos objetivos da organização (PADOVEZE, 2019). O processo gerencial está relacionado a decisões realizadas pelo gestor durante o desempenho de suas atividades profissionais (PELEIAS, 2002). IMPORTANTE Decidir é escolher a melhor alternativa dentre todas disponíveis, como exemplifica Padoveze (2019): adicionar ou abandonar linhas de produ- tos; alugar ou comprar e fazer ou comprar. A decisão envolve, além da escolha entre alternativas, a previsão dos efeitos no tempo presente e no futuro da escolha. O exercício estrutura- do da escolha envolve dez elementos, conforme demonstra o quadro 1 (PELEIAS, 2002, pp. 64-65): Quadro 1 – Elementos da decisão Elementos Definição Tomador de decisões Grupo que seleciona as estratégias disponíveis, ou seja, os gestores da empresa. Objetivos da decisão Metas a serem atingidas pelas ações dos gestores. Sistema de valores ou de preferências do tomador de decisões Critérios que o gestor utiliza para realizar as escolhas, podendo estar fundamentadas em aspectos econômicos ou julgamentos pessoais do gestor. Estratégias ou alternativas do tomador de decisões São os diferentes cursos alternativos de ação, dos quais se escolhe um na hipótese de serem mutuamente excludentes. (cont.) 29 Sistema de informação, modelo de gestão e processo de gerência M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Elementos Definição Estados ambientais ou da natureza Aspectos que não estão sob o controle do tomador de decisões e que afetam a escolha da estratégia. Resultados ou consequências da decisão Resultantes das estratégias sujeitas a avaliação de desempenho. Momento da decisão Ponto do tempo em que a decisão ocorre. Objeto da decisão Problema a ser resolvido, oportunidade a ser aproveitada, crise a ser enfrentada ou objetivo a ser atingido. Estímulo para a decisão Fator percebido pelo tomador de decisões e que afeta o processo decisório. Processo decisório Conjunto de etapas ou fases pelas quais passa o tomador de decisões na efetivação de sua escolha. O processo decisório abrange fases distintas (PELEIAS, 2002, p. 66- 67), como demonstra a figura 2. Figura 2 – Fases do processo decisório Identificação do problema ou necessidade da decisão Formulação do objetivo e das alternativas de ação Coleta e análise das informações relevantes Avaliação e classificação das alternativas de solução Escolha da melhor alternativa de ação Implementação da alternativa Avaliação dos resultados Implementação e controle de medidas corretivas O processo gerencial da empresa abrange três dimensões: o planeja- mento, a execução e o controle (PADOVEZE, 2019). 30 Informação contábil e gerencial: sistemas e processos Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Padoveze define planejamento como a fase de definição de políticas, diretrizes e objetivos estratégicos, e tem como produto final o equilíbrio dinâmico das interações da empresa com suas variáveis ambientais. Nesta etapa realizam-se as leituras dos cenários do ambiente e da empresa, comumente confrontando as ameaças e oportunidades dos cenários vislum- brados com os pontos fortes e fracos da empresa (PADOVEZE, 2019, p. 63). Na etapa de planejamento são desenvolvidos processos, mecanis- mos e atitudes administrativas que viabilizam a análise dos efeitos fu- turos de decisões tomadas no tempo presente, assim permitindo que a tomada de decisões seja mais rápida e eficiente. O planejamento se torna importante instrumento de gestão empresarial uma vez que reduz a possibilidade de repetição de erros do passado (PELEIAS, 2002). Peleias (2002), define execução como “a etapa do processo de ges- tão na qual as coisas acontecem, em que as ações emergem por meio do consumo de recursos e sua transformação em bens e serviços” (PELEIAS, 2002, p. 25). As ações executadas devem seguir as diretrizes do planejamento para que os objetivos previamente estabelecidos sejam alcançados (PELEIAS, 2002). Finalmente, controle é definido como a etapa do processo de gestão, contínua e recorrente, que avalia o grau de aderência entre os planos e sua execução; analisa os desvios ocorridos, procurando identificar suas causas, sejam elas internas ou externas; direciona as ações corretivas, observando a ocorrência de variáveis no cenário futuro, visando alcançar os obje- tivos propostos (PELEIAS, 2002, p. 25). 31 Sistema de informação, modelo de gestão e processo de gerência M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. A etapa de controle está vinculada às fases de planejamento e execu- ção uma vez que possibilita a tomada de decisões sobre a manutenção ou modificação do rumo a ser seguido pela empresa (PELEIAS, 2002). Estabelecendo relação entre as fases do processo decisório e as di- mensões do processo gerencial, Peleias (2002) apresenta a correspon- dência entre tais processos, como demonstra a figura 3. Figura 3 – Correspondência entre os processos de gestão e decisório Pl an ej am en to Identificação do problema ou necessidade da decisão Formulação do objetivo e das alternativas de ação Coleta e análise das informações relevantes Avaliação e classificação das alternativas de solução Escolha da melhor alternativa de ação Execução Implementação da alternativa Co nt ro le Avaliação dos resultados Implementação e controle de medidas corretivas Fonte: adaptado de Peleias (2002, p. 67). 32 Informação contábil e gerencial: sistemas e processos Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . As fases de identificação do problema ou necessidade da decisão, formulação do objetivo e das alternativas de ação, coleta e análise das informações relevantes, avaliação e classificação das alternativas de solução e escolha da melhor alternativa de ação integram a dimensão do planejamento. A dimensão de execução compreende a fase de im- plementação da alternativa escolhida na fase de planejamento. A di- mensão de controle é composta pelas fases de avaliação de resultados e implementação e controle de medidas corretivas relativas ao proces- so decisório. 2 Planejamento estratégico versus planejamento operacional O planejamento é subdividido em planejamento estratégico e plane- jamento operacional (PADOVEZE, 2019). 2.1 Planejamento estratégico O planejamento estratégico consiste na etapa de definição de políti- cas, diretrizes e objetivos estratégicos e busca, como resultado, o equi- líbrio das interações da empresa com as variáveis do ambiente em que se encontra. Sua finalidade é a garantia da missão e continuidade da empresa (PADOVEZE, 2019). O processo de elaboração do planejamento estratégico depois da conscientização sobre a necessidade de estruturação do planejamento abrangeas discussões, a formulação e a implementação da estratégia, que pode ser compreendida a partir da representação visual da figura 4 a seguir. 33 Sistema de informação, modelo de gestão e processo de gerência M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Figura 4 – Processo de planejamento estratégico Mapeamento do ambiente Discussão de ideias Formulação de estratégias Definição de objetivos Implementação da estratégia Execução e controle da estratégia Fonte: adaptado de Padoveze (2019). Na primeira etapa, ocorre o mapeamento do ambiente interno e ex- terno. O ambiente externo compreende as ameaças e oportunidades relativas a aspectos econômicos, tecnológicos, sociais, legais, políticos , clientes, fornecedores, competidores, governo, sindicatos etc. No am- biente interno, verificam-se os pontos fortes e fracos, os quais abrangem as pessoas, a estrutura, os sistemas utilizados, os recursos financeiros, entre outros elementos necessários ao funcionamento da empresa. Em seguida, na segunda etapa, depois de analisados os ambientes interno e externo, são fixadas as estratégias. Finalmente, na terceira etapa, são implantadas as estratégias definidas como mais adequadas ao negócio (NASCIMENTO; REGINATO, 2010). 34 Informação contábil e gerencial: sistemas e processos Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . 2.2 Planejamento operacional Por outro lado, o planejamento operacional define planos, políticas e objetivos operacionais da empresa e tem como meta a estruturação do orçamento operacional, tendo ainda como finalidade a otimização do resultado a médio prazo (PADOVEZE, 2019). O planejamento operacio- nal se caracteriza por ser o desdobramento do planejamento estratégi- co, dizendo respeito à quantificação dos meios necessários à execução do plano de ações que atinja os objetivos estabelecidos. Assim, pode-se afirmar que o planejamento estratégico representa o aspecto qualitativo da gestão, enquanto o planejamento operacional se refere ao aspecto concreto e quantitativo (NASCIMENTO; REGINATO, 2010). Nesta fase, definem-se produtos, volumes de produção e venda, preços e demais necessidades de recursos (PELEIAS, 2002). 3 Papel do sistema de informações no contexto do processo gerencial Os sistemas de informação desempenham um papel fundamental no ambiente empresarial, exercendo influência na estrutura organiza- cional e gerando efeitos sobre a cultura, a filosofia, a política, os proces- sos e os modelos de gestão. Se as informações estão organizadas nos sistemas de informação, estes geram informações eficientes e eficazes para a gestão da empresa (REZENDE; ABREU, 2017). Organização deve ser um dos princípios sobre os quais se constitui uma empresa. Organizar é dispor recursos materiais, humanos, tecnoló- gicos e espaciais de maneira harmônica, dispendendo do menor esfor- ço possível e do menor desembolso financeiro. Os principais objetivos a serem alcançados com a organização da empresa são (REZENDE; ABREU, 2017, p. 35): 35 Sistema de informação, modelo de gestão e processo de gerência M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. a. conhecimento do objeto principal da empresa; b. melhoria da qualidade, produtividade e efetividade; c. diminuição dos custos; d. aproximação dos clientes, dos cidadãos e dos stakeholders; e. maior retorno financeiro; f. satisfação dos recursos humanos internos; g. possibilidade de focar os esforços na atuação da empresa, preo- cupando-se com a competitividade e a inteligência empresarial. A ordenação de dados, informações e conhecimentos possibilita que os gestores tomem decisões destinadas a alcançar os objetivos esta- belecidos pela empresa no momento da preparação do planejamento estratégico. Assim, a sistematização das informações pode beneficiar a empresa que interagir com sistemas de informações com o objetivo de tomada de decisões. Dentre os benefícios da utilização de sistemas de informações, citam-se (REZENDE; ABREU, 2017): a. suporte à tomada de decisão profícua; b. valor agregado ao produto (bens e serviços); c. melhor serviço e vantagens competitivas; d. produto de melhor qualidade; e. oportunidade de negócios e aumento da rentabilidade; f. mais segurança nas informações, menos erros, mais precisão; g. aperfeiçoamento nos sistemas, eficiência, eficácia, efetividade, produtividade; h. carga de trabalho reduzida; 36 Informação contábil e gerencial: sistemas e processos Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . i. redução de custos e desperdícios; j. controle de operações etc. Para que a empresa garanta bons resultados decorrentes da utili- zação de sistemas de informações, é necessário que haja (REZENDE; ABREU, 2017, p. 101): a. envolvimento da alta e média gestão; b. competência por parte das pessoas envolvidas com o sistema de informações; c. uso de um planejamento global; d. atenção específica ao fator humano; e. habilidade dos executivos em identificar as necessidades de informações; f. habilidade dos executivos para tomar decisões com base em informações; g. apoio global dos vários planejamentos da empresa; h. apoio organizacional de adequada estrutura organizacional e das normas e dos procedimentos inerentes ao sistema; i. conhecimento e confiança no sistema de informações; j. dados e/ou informações relevantes e atualizados; k. adequada relação entre custo e benefício. Considerações finais Este capítulo apresentou conceitos relativos a processos de gestão, como os modelos de gestão, que se referem ao conjunto de crenças e 37 Sistema de informação, modelo de gestão e processo de gerência M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. valores dos sócios e acionistas da empresa que determinam o modelo de gestão, ou seja, a maneira como a empresa estrutura a execução das atividades operacionais para alcançar seus objetivos estratégicos. Além disso, considerando que a realização de escolhas entre várias al- ternativas se configura como função do gestor, foram apresentadas as etapas do processo decisório no contexto do processo gerencial: plane- jamento, execução e controle. Em seguida, foi apresentada a definição de planejamento estratégico e operacional, diferenciando-os entre si. Em linhas gerais, o planejamento estratégico se refere aos parâme- tros qualitativos da gestão e o planejamento operacional se refere ao plano quantitativo sobre o qual se verifica a viabilidade de realização dos objetivos estratégicos. Finalmente, foi tratado do papel do sistema de informação no processo gerencial. Referências CATELLI, A. Controladoria: uma abordagem da gestão econômicaGecon. São Paulo: Atlas, 2001. NASCIMENTO, A. M.; REGINATO, L. Controladoria: instrumento de apoio ao pro- cesso decisório. São Paulo: Atlas, 2010. PADOVEZE, C. L. Sistemas de informações contábeis: fundamentos e análise. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2019. PELEIAS, I. R. Controladoria: gestão eficaz utilizando padrões. São Paulo: Saraiva, 2002. REZENDE, D. A.; ABREU, A. F. Tecnologia da informação aplicada a sistemas de informação empresariais: o papel estratégico da informação e dos siste- mas de informação nas empresas. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017. 39 M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Capítulo 3 Sistemas de informação da empresa A empresa é composta por áreas operacionais que agregam ativi- dades sequenciais, formando um processo de trabalho. As principais áreas operacionais da empresa são: administrativa-financeira, recursos humanos, produção, comercial e contabilidade. Para todas as áreas operacionais são estruturados sistemas de informações que possibi- litam a reunião de informações que suportam as tomadas de decisão realizada pelos gestores. Assim, o presente capítulo tem o objetivo de descrever as principais áreas operacionais da empresa e, assim, demonstrar a estrutura dos subsistemas relacionados com cada uma dessas áreas. 40 Informação contábil e gerencial: sistemas e processos Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . 1 Principais áreas operacionais das organizações e seus sistemas Uma empresa pode ser dividida em diversas áreas a depender de como é organizada e do seu tipo de negócio. As áreas operacionais da empresa, segundo Rezende e Abreu (2017), são: comercial, financeira, recursos humanos, jurídico-legal, materiais e produção/serviços. Os próximos subtópicos apresentam as características de cada uma des- sas áreas operacionais. 1.1 Sistema administrativo e financeiro O sistema de informação administrativo-financeiro auxilia na integra- ção das informações produzidas pela área financeira. Na área operacio- nal administrativo-financeira estão incluídas as tarefas relativas a con- tas a pagar, contas a receber, movimentos bancários e fluxo de caixa (REZENDE; ABREU, 2017). Tais tarefas da área operacional administra- tivo-financeira são ordenadas pelo sistema de informação administrati- vo-financeiro, possibilitando ao gestor da área uma tomada de decisões mais segura e convergente aos objetivos estabelecidos pela empresa. O sistema de informação administrativo-financeiro possibilita, por exemplo, que a cobrança relativa à emissão de uma nota fiscal, pela área comercial, seja automaticamente gerada no subsistema de con- tas a receber. Outro exemplo é a aquisição de materiais efetuada pela área operacional de compras, gerando o registro de uma conta a pagar. Finalmente, quando a pessoa responsável pelo pagamento de uma con- ta efetua a baixa daquele valor devido, ocorre, automaticamente, um registro contábil que refletirá nos relatórios emitidos pela área contábil. Assim, o sistema de informações administrativo-financeiro se configura como um instrumento de integração entre as demais áreas que intera- gem entre si, possibilitando melhor tomada de decisões empresariais. 41 Sistemas de informação da empresa M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. 1.1.1 Contas a pagar Uma das atividades realizadas pelo setor administrativo-financeiro é o pagamento de contas. As contas a pagar são decorrentes de: compra de matérias-primas em uma indústria, compra de mercadorias em um comércio, compra de máquinas e equipamentos utilizados na produção de bens a serem vendidos ou de instalações comerciais para atendi- mento aos clientes, compra de materiais a serem utilizados no exercí- cio das atividades da empresa tanto no setor administrativo quanto no setor da produção (por exemplo, materiais de expediente, como papel para impressora, canetas, envelopes, clips, grampos para grampeador de folhas e outros, ou materiais de consumo na produção, como panos de limpeza de máquinas, sabão para limpeza das mãos, lubrificantes de ferramentas e outros). Também podem ser contas decorrentes da contratação de serviços de transporte de mercadorias ou de pessoas (transporte dos funcioná- rios de casa até a empresa e vice-versa), de serviços de conserto de má- quinas de uso administrativo ou no processo produtivo da empresa, ou contas relativas ao consumo de energia elétrica, utilização de serviços de comunicação ou telecomunicação, da aquisição de vale-transporte, vale-refeição e vale-alimentação para os funcionários. Temos ainda os valores relativos a remuneração, férias, décimo-ter- ceiro salário dos funcionários, a remuneração dos sócios que prestam serviços para a empresa e as respectivas obrigações previdenciárias e trabalhistas, como a contribuição previdenciária ou o FGTS, e ainda as obrigações tributárias com o pagamento de impostos, taxas e contri- buições incidentes sobre as vendas e prestações de serviço. Por fim, na hipótese de a empresa ter contraído empréstimos bancários, há o pagamento da parcela relativa à devolução do recurso e ainda os juros decorrentes do empréstimo. 42 Informação contábil e gerencial: sistemas e processos Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . 1.1.2 Contas a receber Por outro lado, há o recebimento de contas que decorrem, por exem- plo, da venda de mercadorias ou produtos, da prestação de serviços ou da locação de bens móveis ou imóveis e outras atividades que resul- tem em um direito de cobrar um cliente. Imaginando que as vendas e prestações de serviços acontecem para diversos clientes em momen- tos diferentes, o setor administrativo-financeiro se responsabiliza pelo acompanhamento da liquidação dos instrumentos de cobrança, contro- la os recebimentos e negocia e recupera valores junto aos clientes com atraso e inadimplentes. 1.1.3 Movimentos bancários e fluxo de caixa Outra atividade do setor administrativo-financeiro é o acompanha- mento da movimentação bancária que abrange pagamentos e recebi- mentos. Assim, nesta atividade são emitidos extratos das contas ban- cárias, sendo realizada a conciliação de contas a receber e contas a pagar. Nesta atividade de conciliação bancária é que geralmente são identificados valores a receber que dependem de cobrança junto aos inadimplentes ou valores que deixaram de ser pagos pela empresa e assim demandam negociação junto aos fornecedores. O controle de contas a pagar e a receber é fundamental para conhe- cer a posição do fluxo de caixa da empresa. A partir deste controle é possível verificar a necessidade de recorrer a empréstimos bancários com o objetivo de cobrir suposta necessidade de recursos financeiros. A figura 1 a seguir apresenta uma representação visual do sistema administrativo-financeiro considerando as atividades descritas como atribuição do setor operacional administrativo-financeiro. 43 Sistemasde informação da empresa M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Figura 1 – Sistema administrativo-financeiro Pagamentos Fornecedores Recebimento Clientes Setor administrativo- -financeiro Recursos financeiros Aplicação de recursos De forma simplificada, as atividades realizadas pelo setor adminis- trativo-financeiro podem ser vistas como o tratamento de dados rela- tivos a pagamentos efetuados aos fornecedores e recebimentos de clientes (a conciliação bancária e de caixa), gerando informações sobre o montante de recursos financeiros disponíveis na empresa. Assim, o gestor administrativo-financeiro, de posse das informações relativas ao montante financeiro disponível, pode tomar decisões sobre a alocação de recursos em aplicações como investimentos em novos produtos e projetos, investimentos em ampliação do parque fabril ou até mesmo distribuição de lucros aos sócios e acionistas. 1.2 Sistema de recursos humanos O sistema de informação de recursos humanos auxilia na integração das informações relativas às pessoas envolvidas na empresa. A área de recursos humanos abrange os seguintes processos: recrutamento e seleção de pessoas, administração de pessoal, folha de pagamento, políticas de cargos e salários, treinamento e desenvolvimento, benefí- cios e assistência social e segurança e medicina do trabalho (REZENDE; ABREU, 2017). Na prática, o sistema de informação de recursos 44 Informação contábil e gerencial: sistemas e processos Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . humanos possibilita, por exemplo, que o gestor de produção organize a fabricação de um pedido de cliente em função de relatórios de pessoas afastadas em função de férias. Isso porque, imaginando que o gestor de produção depende da quantidade de horas de trabalho de uma equipe composta por 15 pessoas e, em dado momento, 5 dessas pessoas po- dem, por exemplo, estar de férias, de modo que o tempo para deixar o pedido pronto é mais longo. Outro exemplo de utilização do sistema de informações de recur- sos humanos pode ser identificado a partir da avaliação de desempe- nho aplicada aos funcionários da empresa. Neste caso, a partir do tra- tamento de dados, no sistema de informações de recursos humanos, é possível identificar que existe uma necessidade de treinamento de funcionários. Assim, o sistema de informações de recursos humanos oportuniza o suporte informacional de que o gestor de qualquer área operacional necessita para tomar decisões relativas a pessoas de suas equipes. Assim, os próximos subtópicos apresentam exemplos práticos para facilitar a compreensão sobre as principais atividades executadas em cada processo. 1.2.1 Recrutamento e seleção de pessoas Uma empresa é composta por pessoas que executam atividades convergentes com os objetivos estratégicos definidos previamente por sócios e acionistas do empreendimento. Para tanto, é necessário que a empresa formalize um processo de recrutamento e seleção de pes- soas. Neste sentido, a empresa, inicialmente, identifica o setor onde é necessário alocar o profissional; por exemplo, pode ser necessário contratar uma pessoa para trabalhar no setor financeiro ou no setor de produção, ou mesmo no setor comercial. Em seguida, a empresa iden- tifica as atividades a serem realizadas para a requerida função. Na pró- xima etapa, a empresa recruta pessoas que tenham as competências técnicas e comportamentais compatíveis com a função. Finalmente, a 45 Sistemas de informação da empresa M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. empresa, encontrando um profissional com as características adequa- das ao exercício das funções exigidas, formaliza o contrato de trabalho, dando-se o início do trabalho pelo profissional selecionado no processo de recrutamento. 1.2.2 Administração de pessoal A administração de pessoal se refere ao processo de gerenciar as ne- cessidades das pessoas no ambiente empresarial e as necessidades da empresa em relação ao trabalho executado pelas pessoas na empresa, ou seja, a função se refere à compatibilização de interesses de ambas as partes durante o tempo em que existe uma relação trabalhista. Este processo abrange, por exemplo, a formalização do contrato de trabalho no momento seguinte ao da seleção de pessoas, a definição de perío- dos de férias dos funcionários (uma vez que um setor não pode manter todos os seus profissionais afastados das atividades laborais durante o mesmo período), a avaliação de desempenho dos funcionários (com o objetivo de identificar pontos fracos a serem desenvolvidos e pontos fortes a serem aproveitados no exercício das atividades de trabalho) e o controle de ausências e suas respectivas razões (como, por exemplo, faltas por doença, faltas ocorridas por suposta desmotivação para o trabalho ou outras razões). 1.2.3 Folha de pagamento No processo de preparação da folha de pagamento, as atividades se referem ao cálculo de verbas remuneratórias, como salários, horas extras, adicionais de insalubridade ou periculosidade, décimo-terceiro salário, férias e verbas rescisórias. Além disso, neste processo são cal- culados os valores relativos à contribuição previdenciária destinada à aposentadoria dos funcionários, ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e possível tributação sobre a renda, o Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF). 46 Informação contábil e gerencial: sistemas e processos Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . 1.2.4 Política de cargos e salários Estabelecer políticas de cargos e salários se caracteriza como um processo imprescindível uma vez que tais definições influenciam na retenção de profissionais capacitados para realização das atividades da empresa. Imaginemos uma grande empresa, na qual existem várias pessoas ocupando a mesma função de operador de máquinas; neste caso, geralmente as pessoas não apresentam a mesma capacitação técnica para exercer a função. Assim, a empresa necessita estabelecer como são remuneradas as pessoas que ocupam a mesma função. Um critério de definição de política de cargos é o tempo de experiência da pessoa naquela função. Assim, poder-se-ia ter um operador de máqui- nas júnior, um operador de máquinas intermediário e um operador de máquinas sênior. Em decorrência da definição dos cargos, a empresa fixa os respectivos salários. 1.2.5 Treinamento e desenvolvimento Depois de ter sido contratado pela empresa, o profissional é avaliado periodicamente. Na hipótese de ser identificada a necessidade de trei- namento técnico ou desenvolvimento humano, é comum que o setor de recursos humanos providencie atividades de formação ou atualização que supram tal necessidade; assim a empresa atinge seus objetivos es- tratégicos mais rápida e eficientemente. 1.2.6 Benefícios e assistência social Além de remuneração financeira pelo trabalho executado pelo pro-fissional, a empresa pode oferecer uma série de benefícios, abrangi- dos no contrato de trabalho entre a empresa e o funcionário. Assim, o setor de recursos humanos se responsabiliza pela contratação de vale- -alimentação e vale-refeição, planos de saúde e odontologia e outros benefícios definidos previamente pela administração da empresa. 47 Sistemas de informação da empresa M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. 1.2.7 Segurança e medicina do trabalho As providências com a segurança e a medicina do trabalho também são uma atribuição do setor de recursos humanos, principalmente em empresas cuja atividade pode acarretar danos à saúde do funcionário. Assim, imaginando uma empresa de construção civil que constrói gran- des estruturas edilícias, a preocupação com a segurança do trabalhador abrange a disponibilização de equipamentos de segurança como cintos de segurança, luvas, óculos e viseiras de proteção, sapatos de proteção e outros acessórios. Além disso, podemos ter como exemplo uma em- presa transportadora que contrata motoristas de carreta para realizar entregas em locais que demandem longas viagens. Nesta situação, o funcionário não pode apresentar problemas de saúde como riscos de infarto, alcoolismo ou drogadição ou questões psicológicas que repre- sentem risco à sua integridade física e das pessoas e do patrimônio próximo do caminhão em deslocamento. A figura 2 traz uma representação visual do sistema de recursos hu- manos visto como um processo contínuo de acompanhamento da jor- nada das pessoas dentro da empresa. Figura 2 – Sistema de recursos humanos DesligamentoAdmissão Ajuste Na figura 2 é possível visualizar o sistema de recursos humanos como o tratamento de dados relativos à admissão e aos ajustes ocor- ridos durante a relação contratual existente entre o funcionário e a empresa até o momento em que o contrato de trabalho se desfaz. O tratamento de dados relativo a pessoas gera informações a serem utili- zadas pelo gestor de recursos humanos na tomada de decisões quanto à alocação de profissionais na execução das atividades necessárias ao 48 Informação contábil e gerencial: sistemas e processos Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . cumprimento dos objetivos estratégicos estabelecidos previamente pe- los sócios. 1.3 Sistema de produção O sistema de informação da produção auxilia na integração das in- formações produzidas pela área operacional da produção. O setor da produção abrange as atividades de: engenharia do produto, planejamen- to e controle da produção, qualidade, custos de produção e manutenção de equipamentos e produtos (REZENDE; ABREU, 2017). O sistema de informação da produção permite, por exemplo, ao vendedor do setor comercial informar ao cliente sobre a data prevista para entrega de seu pedido (o sistema de informação da produção gera relatórios de ordens de produção que permitem visualizar quanto tempo é necessário para concluir tal fabricação). Além disso, o sistema de informação da pro- dução pode, por exemplo, gerar relatórios que apresentam os custos incorridos com a produção de determinado item. Assim, o sistema de informação da produção produz o suporte operacional para gestores de outras áreas, inclusive, por exemplo, ao responsável pela elaboração da previsão orçamentária da empresa para que, comparativamente, nos custos incorridos seja possível identificar desvios do plano operacional previamente estabelecido. 1.3.1 Engenharia do produto A engenharia do produto é a área da empresa que se ocupa do de- senvolvimento de produtos novos e do processo de melhoria contínua dos produtos existentes. O processo de desenvolvimento de novos pro- dutos requer definição dos materiais e suas respectivas medidas, da fórmula ou técnica específica para produção e demais recursos neces- sários para produção do item. 49 Sistemas de informação da empresa M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Imaginando uma indústria metalúrgica que produz moldes para inje- ção de objetos plásticos para seus clientes: moldes, como demonstra a figura 3 a seguir, são ferramentas utilizadas para produzir embalagens de alimentos e bebidas, recipientes para medicamentos, cosméticos, perfumaria e produtos de higiene, equipamentos eletroeletrônicos como telefones, mouses, estrutura de um monitor de computador e tantas ou- tras aplicações plásticas. Figura 3 – Molde para injeção de plástico Nesta situação, é necessário conhecer a quantidade e o tipo de ma- terial utilizado para a construção do molde: aço inox, alumínio, ferro fun- dido e outros. É necessário definir o roteiro de produção, ou seja, em quais pontos da produção o item passa por industrialização; por exem- plo: a fresa, o torno, a retífica, a mandriladora, a furadeira, o polimento. Além disso, é necessário definir o tempo de máquina e o tempo do ope- rador utilizados em cada processo de produção. 50 Informação contábil e gerencial: sistemas e processos Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . 1.3.2 Planejamento e controle da produção Planejamento e controle da produção se refere a um processo em que ocorre a gestão da produção em uma indústria, tendo como finali- dade o planejamento de quando realizar a produção, quantas unidades devem ser produzidas e em que ordem deve ocorrer a produção. Assim, o planejamento da produção se ocupa da organização dos materiais, das pessoas e das máquinas a serem utilizadas na produção. Para ilustrar o trabalho executado pela área de planejamento e con- trole da produção, imagine-se uma empresa que produza recipientes para acondicionamento de líquidos (garrafa para água), para a qual se- jam necessários dois componentes: um frasco para acondicionamento do líquido e uma tampa. A figura 4 demonstra o recipiente: Figura 4 – Recipiente para líquidos 51 Sistemas de informação da empresa M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Neste contexto, o responsável pela produção das referidas garrafas recebe solicitação do setor comercial para iniciar a produção de cinco mil unidades do item com entrega prevista para trinta dias. Assim, o coordenador da produção inicia os procedimentos de produção e, para tanto, recorre ao setor de almoxarifado para solicitar as cinco mil uni- dades de tampas e as cinco mil unidades de recipientes. Entretanto, o responsável pelo almoxarifado informa que existem em estoque dez mil unidades de recipiente e apenas 2.500 unidades de tampa. Assim, o coordenador da produção nota que é impossível, naquele momento, cumprir o pedido solicitado pelo setor comercial. Desse modo, o exem- plo demonstra que no momento de produzir os itens não há estoque suficiente e que alguém deveria ter
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