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SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL

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Sistema de 
Informação Gerencial
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Marcelo Bernardino Araújo
Revisão Textual:
Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos
A contabilidade e o uso de tecnologias de informação
• Introdução
• A evolução do conceito de tecnologia de informação
• Tecnologia de informação e o processo de tomada de decisão
• Sistemas de informação de apoio operacional e gerencial
• Sistemas e visão sistêmica
• Conceitos relacionados à informação e seu uso
 · Apresentar conceitos e a evolução ligados a sistemas e tecnologias 
da informação no contexto globalizado.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
 Olá, aluno(a)!
Nesta unidade, vamos aprender um pouco mais sobre um importante tema: 
a contabilidade e o uso de tecnologias de informação.
Então, procure ler, com atenção, o conteúdo disponibilizado e o material 
complementar. Não esqueça! A leitura é um momento oportuno para 
registrar suas dúvidas, por isso não deixe de registrá-las e transmiti-las ao 
professor-tutor. 
Além disso, para que a sua aprendizagem ocorra num ambiente mais 
interativo possível, na pasta de atividades, você também encontrará 
avaliação, atividade reflexiva e videoaula. Cada material disponibilizado é 
mais um elemento para seu aprendizado. Por favor, estude todos com atenção!
É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
Bons estudos!
ORIENTAÇÕES
A contabilidade e o uso de tecnologias
de informação
UNIDADE A contabilidade e o uso de tecnologias de informação
Contextualização
Em qualquer atividade profissional sempre nos deparamos com alguma 
novidade, uma nova tecnologia, novos ramos. Mas será que estamos preparados 
para aceitar as mudanças (individuais, familiares, profissionais e matrimoniais) e 
nos atualizarmos?
“Você está atento às ameaças para a continuidade da sua atividade? ”
Esse é o título de um artigo publicado pelo Contador Gilmar Duarte, no portal Contábeis, 
de 20/05/2016. Disponível em: http://goo.gl/f38PIU
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A psicoterapia pode ajudá-lo nesse processo de conscientização, que envolve 
a aceitação de mudanças, seja fornecendo recursos para que a pessoa aceite suas 
dificuldades e limitações, seja confrontando seus medos.
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Introdução
Informação é essencial em qualquer área, atividade, direito e dever. Sem 
informação estaremos sujeitos à influência daqueles que detêm o conhecimento.
Nesse sentido, Beuren (1998) citando Martin nos ensina que as informações 
contábeis devem ser necessariamente significativas a fim de resolver os problemas 
de decisão do usuário (importância) e não custar mais para ser produzida do que 
o valor esperado de sua utilização (financeiramente). Por outro lado, como uma 
atividade decisória específica determina as necessidades, a importância está em 
direta inter-relação (adaptação) com o contexto decisório dessa decisão e com as 
atitudes e preferências de quem assumirá a decisão.
Mas como gerenciar um universo de informações físicas, financeiras e econômicas 
no acompanhamento da evolução do patrimônio das entidades públicas e privadas?
A reunião das informações deve ser organizada em um sistema de informação gerencial.
A evolução do conceito de tecnologia de 
informação
A tecnologia de informação (TI), inicialmente, apresentada sob a forma de setor 
de processamento de dados, abrangia computadores e softwares voltados para 
armazenamento, processamento e análise de informações. Na década de 1980, 
quando se popularizaram os computadores pessoais (PC), particularmente pelo uso 
de softwares de entretenimento e planilhas eletrônicas, como o Lotus 1-2-3, surgiu 
a TI de escritório, composta pelos sistemas de automação de escritório, voltada ao 
gerenciamento de documentos, de agendas e à comunicação.
Ainda naquela década, a automação industrial ganhou forca, levando a TI ao 
chão de fábrica, interligando desde o projeto até à manufatura. Equipamentos fabris 
(robôs, sensores e outros dispositivos) passaram a receber comandos diretamente 
dos softwares. Contou-se com o avanço da mecânica de precisão, equipamentos 
mecânicos passaram a ser programáveis e a executar processos com maior precisão 
(GONÇALVES e RICCIO, 2009).
A partir da década de 1990, uma tecnologia de rede de computadores
tornou-se padrão mundial: o conjunto tecnológico TCP/IP (Transmission Control 
Protocol/Internet Protocol) e WWW (World Wide Web) deu origem à Internet 
como conhecemos atualmente, que passará a ser denominada de Internet ou de 
“a rede”. Com a Internet não apenas foram disponibilizadas carreiras, isto é , a 
infraestrutura para comunicação rápida, mas também o conceito de “estar” na 
rede. Sites e portais de conteúdo jornalístico, de entretenimento e de bate-papo 
aliados a ferramentas de busca (Google, Bing, Yahoo etc.) e a inúmeras outras 
funcionalidades criaram o conceito de “ficar” online.
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UNIDADE A contabilidade e o uso de tecnologias de informação
As empresas iniciaram sua presença na rede, primeiramente, trazendo apenas 
informações em seus sites, depois interagindo com seus clientes e fornecedores, 
com chat de atendimento. Transações bancárias (e-banking) vieram para a rede, 
com segurança e muita comodidade a seus usuários, que não precisam mais se 
deslocar até sua agência de relacionamento.
O conceito de ficar em rede, hoje, tem beneficiado o usuário com uma série de 
atrações que vão desde o entretenimento (músicas, fotos e vídeos), da formação de 
grupos sociais e de comunidades (redes sociais como Facebook, Twitter, Instagram, 
WhatsApp etc.), até a disponibilização de diversos serviços de utilidade pública, 
inclusive de agendamentos para se evitar filas, pelos governos (e-government). 
Portanto, ficar na rede gera audiência.
Segundo Gonçalves e Riccio (2009), beneficiando-se do padrão Internet, foram 
desenvolvidas facilidades de comunicação intra-empresa (intranets) que facilitam o 
fluxo de comunicação e trabalho (workflows); facilidades de comunicação remota 
(videoconferências etc.). Conceitos como o telecommuting, que é o desempenho 
de um trabalho em qualquer ambiente, em casa, por exemplo, ganham uma 
implementação relativamente a baixo custo e segura.
O artigo intitulado “Impacto da tecnologia de informação na gestão de pequenas empresas” 
tem como objetivo identificar algumas características sobre o uso da tecnologia de 
informação em pequenas empresas. Confira em:
BERALDI, Lairce Castanhera; ESCRIVÃO FILHO, Edmundo. Impacto da tecnologia de 
informação na gestão de pequenas empresas. Ciência da Informação, Brasília, v. 29, n. 1, 
p. 46-50, 2000. Disponível em: http://goo.gl/ZSE0lz
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Para Gonçalves e Riccio (2009), não é fácil prever quantos conceitos se 
beneficiarão do padrão Internet, nem quantos conceitos novos serão criados a 
partir da Internet, tampouco como o padrão Internet evoluirá.
Hoje, contamos com serviços de streaming de vídeo, como o Netflix, vídeos 
e músicas na Apple Store e na Google Play. Acredita-se que dentro do padrão 
Internet haja a popularização da TV digital e do acesso móvel, em tablets e em 
celulares. Assim, independentemente de onde você estiver, estará conectado à 
Internet. Estar na Internet significará estar em todos os lugares.
Segundo Gonçalves e Riccio (2009), a adoção de TI pode ser compreendida 
medindo-se sua intensidade nas organizações, e classificando-a em quatro fases:
Na primeira fase, há a automatização e reorganização de funções básicas. Esta é 
uma fase superficial de adoção de TI, representada basicamente pela aplicação de 
sistemas de informação em atividades administrativas rotineiras.
Na segunda fase, a TI torna-se força produtiva e veículo para a reorganização 
das estratégias produtivas. Introduzir a TI na produção é um passo importante, 
principalmente em processos produtivos mais elaborados e que exijam maior 
flexibilidade. Destaca-se que a partir da segunda fase considerações estratégicas 
devem mesclar-se as opções de TI.
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Na terceira fase, a TI torna-se a maior interfaceda organização com o mercado, 
monitorando mudanças nas cadeias de fornecedores e de clientes. A Internet e suas 
tecnologias e-commerce, e-procurement têm simplificado tal integração.
Na quarta fase, as mudanças organizacionais viabilizadas com o uso da TI são 
radicais. A TI torna-se inspiração para novas estratégias (novos negócios, novos 
produtos etc.). Empresas passam a ser organizadas em redes de competências. Cada 
um dos nós dessa rede, pessoas ou times de trabalho, possui grande conhecimento, 
especialização e autonomia. 
Tecnologia de informação e o processo de 
tomada de decisão
Nas grandes corporações, o processo de tomada de decisão é influenciado 
pela atuação direta da controladoria através de informações de planejamento e de 
controle, que exigem sistemas de informações que suportem estas decisões (PEREZ 
JUNIOR et al., 1997).
Nessa perspectiva, a missão da contabilidade gerencial, ou da controladoria, é, 
portanto, a de otimizar os resultados econômicos da empresa através da definição 
de um modelo de informação baseado no modelo de gestão.
O processo no alcance do objetivo da contabilidade, que é a de fornecer uma 
série de informações úteis para diversos usuários (internos e externos), consiste 
em entrada de dados, processamento dos dados, saídas de informações (relatórios 
contábeis), análise das demonstrações financeiras (contábeis), que são distribuídas 
conforme a necessidade do usuário da informação.
Tabela 1: Funções das informações contábeis
Função Característica
Controle Operacional Fornecer informações (feedback) sobre a eficiência e a qualidade das tarefas executadas.
Controle dos Gastos Mensurar os custos dos recursos para se produzir, vender e entregar um produto ou serviço aos clientes.
Controle Administrativo Fornecer informações sobre o desempenho de gerentes e de unidades operacionais.
Controle Estratégico
Fornecer informações sobre o desempenho financeiro 
e competitivo de longo prazo, condições de mercado, 
preferências dos clientes e inovações tecnológicas.
Fonte: Adaptado de Atkinson et al., (2000, p. 45).
Os gestores, em todos os níveis, necessitam de informações produzidas pela 
contabilidade para auxiliá-las no processo de tomada de decisão, para então 
comunicar, adequadamente, a terceiros e partes interessadas, o estado patrimonial 
e suas mutações, em decorrência da gestão dos negócios.
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UNIDADE A contabilidade e o uso de tecnologias de informação
Dessa forma, o sistema de informações contábeis subsidia a administração, 
fornecendo informações estruturadas para que ela proceda ao planejamento 
em curto, médio e longo prazos, bem como no desenvolvimento e controle das 
atividades previstas.
Para que isso ocorra da melhor maneira é necessário o planejamento de uma 
política contábil é estruturado todo um sistema de informações, que sejam úteis 
para a administração, que vai desde os processos e procedimentos de classificação 
e escrituração até a obtenção e interpretação de dados para diferentes usos internos 
e externos.
Segundo a Resolução CFC nº 1.179/2009, que aprovou a NBC TG 23: 
“Políticas contábeis são os princípios, as bases, as convenções, as regras e as 
práticas específicas aplicados pela entidade na elaboração e na apresentação de 
demonstrações contábeis”.
Tabela 2: Características da informação útil dos relatórios contábil-gerenciais
 Características Definições
PRECISA
A informação precisa não tem erros. Em alguns casos, a 
informação imprecisa é gerada pela entrada de dados 
incorretos no processo de transformação. Isto é comumente 
chamado de entra lixo, sai lixo (ELSL).
COMPLETA
A informação completa contém todos os fatos importantes. 
Por exemplo, um relatório de investimento que não inclui 
todos os custos importantes não está completo.
ECONÔMICA
A informação também deve ser de produção relativamente 
econômica. Os tomadores de decisões devem sempre fazer um 
balanço do valor da informação com o custo de sua produção.
FLEXÍVEL
A informação flexível pode ser usada para diversas 
finalidades. Por exemplo, a informação de quanto se tem de 
estoque disponível de uma determinada peça pode ser usada 
por representantes de vendas no fechamento de uma venda, 
por um gerente de produção para determinar se mais estoque 
é necessário, e por um diretor financeiro para determinar o 
valor total que a empresa tem investido em estoques.
CONFIÁVEL
A informação confiável pode ser dependente. Em muitos 
casos, a confiabilidade da informação depende da 
confiabilidade do método de coleta dos dados. Quer dizer, a 
confiabilidade depende da fonte da informação. 
RELEVANTE
A informação relevante é importante para o tomador de 
decisões. A informação de que os preços da madeira de 
construção devem cair, pode não ser relevante para o 
fabricante de chips de computador.
SIMPLES
A informação deverá ser simples, não deve ser 
exageradamente complexa. A informação sofisticada e 
detalhada pode não ser necessária. Na verdade, informações 
em excesso pode causar sobrecarga de informações, quando 
um tomador de decisões tem informações demais e não 
consegue determinar o que realmente é importante.
EM TEMPO
A informação em tempo certo é enviada quando necessária. 
Saber as condições do tempo da semana passada não ajudará 
a decidir qual agasalho deve vestir hoje.
VERIFICÁVEL
Finalmente, a informação deve ser verificável. Isto significa 
que se pode checá-la para saber se está correta, talvez 
checando várias fontes da mesma informação.
Fonte: Adaptado de Stair e Reynolds (2006).
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Sistemas de informação de apoio 
operacional e gerencial
Para o gestor, conhecer e saber utilizar sistemas de informação é essencial, pois 
a maioria das empresas precisa deles, em função da quantidade de informações 
internas e externas, para sobreviver à concorrência e gerar lucratividade.
Segundo Gonçalves e Riccio (2009), O sistema de informações de apoio 
operacional e gerencial é um sistema que integra usuários e TI com o fim de 
fornecer informações e dar suporte às operações e funções de administração, à 
tomada de decisão e ao controle, em quaisquer dos níveis da gestão empresarial: 
operacional e/ou gerencial e/ou estratégico.
Dessa forma, os sistemas de informação podem auxiliar as entidades a estender 
seu alcance global, oferecer novos produtos e serviços, reorganizar fluxos de tarefas 
e trabalho e, talvez, transformar radicalmente o modo como conduzem os negócios 
(LAUDON e LAUDON, 2005).
A principal característica de um sistema de informações contábil integrado é a 
“navegabilidade” dos dados. A partir do momento em que um dado é coletado, este 
deverá ser utilizado em todos os segmentos do sistema de informações contábil. 
Dessa forma, o dado navega por todos os segmentos do sistema de informação 
contábil. Portanto, não haverá necessidade de reclassificação para outros sistemas, 
assim, como de reintrodução do dado em algum sistema particular de outro setor 
ou departamento da empresa. A informação integrada será sempre fornecida pelo 
mesmo e único sistema contábil de informação (PADOVEZE,1997).
No momento em que os dados são inseridos (inputs) e integrados ao sistema 
de informações gerenciais, estes são processados e transformados de forma que 
possam diversificar os relatórios apresentados (outputs) para atender às necessidades 
dos usuários. Não havendo, dessa forma, a necessidade de reintroduzir os dados 
no sistema para processar outros relatórios, pois os dados ficam em um banco de 
dados intercambiável.
O fi lme “Amor por contrato” dirigido por Derrick Borte, mostra uma família aparentemente 
perfeita, que se muda para um novo bairro e imediatamente passa a ser o centro das 
atenções, sempre pelos melhores motivos. Mas, por trás desta perfeição, esconde-se um 
segredo. A família perfeita na verdade é uma farsa, parte de uma campanha de marketing 
que pretende vender diversos produtos luxuosos a famílias de todo o mundo.
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UNIDADE A contabilidade e o uso de tecnologias de informaçãoSistemas e visão sistêmica
Os sistemas organizados devem vir ao encontro da missão, visão e valores 
organizacionais. A organização que antecede à informatização deve ser uma 
preocupação de todos os gestores, independentemente da entidade e nível 
hierárquico em que atua.
Dessa forma, a contabilidade gerencial ou a controladoria deve assessorar a 
gestão da empresa, fornecendo mensuração das alternativas econômicas e, através 
da visão sistêmica, integrar informações e reportá-las para facilitar o processo 
decisório. Assim, ela desempenha então um papel fundamental no fornecimento 
de informações gerenciais integradas para apoio aos gestores no processo de 
informações baseada em modelo de gestão que facilita o processo de tomada de 
decisões, com visão sistêmica para a obtenção de resultados.
Portanto, as metas do sistema gerencial e de controle são:
a) Auxiliar a empresa a planejar para o futuro;
b) Monitorar os eventos do ambiente externo e seus efeitos no projeto e 
funcionamento do Sistema de contabilidade gerencial e de controle;
c) Medir e registrar os resultados das atividades que ocorrem dentro da empresa 
para assegurar que os tomadores de decisões estejam bem informados; 
d) Avaliar o desempenho dos funcionários e grupos da empresa (ATKINSON 
et al. 2000, p. 763).
Assim, como os colaboradores estão envolvidos com cada uma dessas metas, o 
estudo dos métodos e sistemas da contabilidade gerencial deve estar conectado ao 
estudo do comportamento humano com envolvimento e participação da equipe, na 
implantação e desenvolvimento do planejamento e, principalmente, nos objetivos 
do sistema de informação gerencial da entidade, de forma a estimular, ouvir e 
considerar as opiniões Isso como uma forma de incentivar a equipe ao envolvimento 
e concentração de esforços para atingirem seus objetivos, proporcionando, assim, 
melhor desempenho das atividades e melhorias do resultado geral da organização.
Conforme Cruz (1998), é necessário usar tecnologia da informação como 
instrumento de suporte ao desenvolvimento do sistema de organização (processos), 
ou seja, a tecnologia usada deve estar alinhada com o plano estratégico e diretamente 
ligada ao dia a dia da organização, como forma de garantir que cada atividade do 
sistema seja executada da melhor forma possível. Para poder ajudar na tarefa da 
escolha da melhor tecnologia da informação, ou seja, aquela que melhor se ajusta 
às necessidades da empresa, é preciso aprender uma metodologia que possibilite 
planejar e executar um plano e agir com correções, como, por exemplo:
 · Organizar as necessidades para que cada uma delas possa ser considerada 
dentro de um contexto de importância e prioridade;
 · Planejar cada uma das soluções com base na análise das necessidades;
 · Executar os planos sem atropelos;
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 · Revisar periodicamente a execução do plano para que as correções de rumo 
sejam tomadas imediatamente às necessidades;
 · Agir sobre toda e qualquer ocorrência. Jamais esperar que as soluções 
aconteçam por geração espontânea; 
 · Realizar o plano original, atualizando-o com as correções que se fizerem 
necessárias.
Dessa forma, o processamento da informação contábil e financeira passa por 
um sistema de informação, que, segundo Stair e Reynolds (2006), é um conjunto de 
elementos ou componentes inter-relacionados que coletam (entrada), manipulam 
(processamento) e disseminam (saídas) os dados e a informação e fornecem um 
mecanismo de feedback para atender a um objetivo.
Esse objetivo, ou função da informação, é o controle. A necessidade de controle 
é fundamental no gerenciamento de qualquer negócio. Ele pode se dar em todos 
os níveis da entidade, estratégico, tático e operacional.
ENTRADAS SAÍDAS ANÁLISE DISTRIBUIÇÃOPROCESSAMENTO
Documentos
Contábeis
Balanço
Demonst. L & P.
Outros
Demonstrativo
Analítico do
Resultado
Demonstrativo
de Estoque
Outros
Acompanhamento
do Orçamento
Orçamento
Econômico
Planos de
Investimentos
Orçamento
Financeiro
Projeção do 
Balanço
Contr. Materiais
e Serv. Terc.
Controle de
Produção
Controle de
Vendas
Previsões
Fiscais
Previsões de
Valores
CONTABILIDADE
GERAL
CONTABILIDADE
ANALÍTICA
COORDENAÇÃO
E ANÁLISE DE
INFORMAÇÕES
SISTEMA
ORÇAMENTÁRIO
Diretoria
Governo
Acionistas
Órgãos
Subalternos
Estudos
Especiais
Figura 1: Integração da contabilidade gerencial para fi ns decisoriais
Fonte: PARANHOS (1992, p.11).
Já para Laudon e Laudon (2005), um sistema de informação pode ser definido 
com um conjunto de componentes inter-relacionados trabalhando juntos para: 
coletar, recuperar, processar, armazenar e distribuir informações com a finalidade 
de facilitar o planejamento, o controle, a coordenação, a análise e o processo 
decisório em qualquer entidade.
Complementamos os conceitos acima com o conceito de sistema de informação 
de O’Brien (2004) “[...] é um conjunto organizado de pessoas, hardware, software, 
redes de comunicações e recursos de dados que coleta, transforma e dissemina 
informações em uma organização”.
13
UNIDADE A contabilidade e o uso de tecnologias de informação
Portanto, para se implantar um sistema de informações na entidade, faz-se 
necessário utilizar recursos tecnológico, bem como os planejamentos, processos e 
procedimentos que deverão ser executados pelo sistema, com acompanhamento 
constante dos resultados, envolvimento e treinamento dos colaboradores e aplicar 
ações corretivas quando necessário.
Sistemas de
Informação
Sistemas de
Apoio às
Operações
Apoio às
Operações
Sistemas de 
Processamento
de Transações
Sistemas de 
Informação
Gerencial
Sistemas de
Informação
Executiva
Sistemas
Colaborativos
Sistemas
de
Controle
de
Processos
Sistemas
de
Apoio à
Decisão
Sistemas de
Apoio
Gerencial
Apoio à
Tomada de
Decisão
Gerencial
Figura 2: Tipos de sistemas de informação
Fonte: Adaptado de O’Brien (2004).
São Sistemas de Apoio às Operações:
1. Sistemas de Processamento de Transações (TPS): Concentram-
se no processamento de dados produzidos por transações e operações 
empresariais. Os sistemas de processamento de transações registram e 
processam dados resultantes de transações empresariais (vendas, compras, 
alterações de estoque);
2. Sistemas de Controle de Processo (PCS): Os sistemas de controle de 
processo são sistemas que utilizam computadores para o controle de processos 
físicos contínuos. Esses computadores destinam-se a tomar automaticamente 
decisões que ajustam o processo de produção físico; 
3. Sistemas Colaborativos: Os sistemas colaborativos são sistemas de 
informação que utilizam uma diversidade de tecnologias de informação a 
fim de ajudar as pessoas a trabalharem em conjunto.
Já os Sistemas de Apoio Gerencial são:
1. Sistemas de Apoio Gerencial (MSS): Os sistemas de apoio gerencial 
se concentram em fornecer informação e apoio para a tomada de decisão 
eficaz pelos gerentes. Eles apoiam as necessidades de tomada de decisão 
da administração estratégica (principal), administração tática (média) 
e administração de operação (supervisora). Podem ser: Sistemas de 
Informação Gerencial (MIS), Sistemas de Apoio à Decisão (DSS) e Sistemas 
de Informação Executiva (EIS);
14
15
2. Sistemas de Apoio à Decisão: Os sistemas de apoio à decisão fornecem 
informações aos usuários finais gerenciais em uma seção interativa em uma 
base ad hoc (quando necessário). Os gerentes criam as informações que 
necessitam para tipos mais desestruturados de decisões em um sistema 
interativo de informação computadorizado que utiliza modelos de decisão 
e bancos de dados especializados para auxiliar os processos de tomada de 
decisão dos usuários finais gerenciais; e
3. Sistemas de Informação Executiva (EIS): Os sistemas de informação 
executiva fornecem acesso imediato e fácil à alta e média administração a 
informações seletivas sobre fatores que são críticos para a que os objetivos 
estratégicos de uma firma sejam alcançados.
O eSocial é o instrumento de unifi cação da prestação das informações referentes àescrituração das obrigações fi scais, previdenciárias e trabalhistas e tem por fi nalidade 
padronizar sua transmissão, validação, armazenamento e distribuição, constituindo um 
ambiente nacional, que, em um futuro próximo, eliminará a necessidade de envio de 
diversas obrigações acessórias como GFIP, RAIS, CAGED e DIRF.
http://www.esocial.gov.br/
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O sistema de uma organização, em sua estrutura organizacional, pode ser 
subdividido em seis funções organizacionais, também denominados subsistemas:
1. Produção ou serviços: projetar produtos (CAD), fabricar itens (CAM), 
e integrar várias partes de equipamentos ou máquinas (CIM), custos de 
produção ou serviços, sistemas de qualidade e produtividade;
2. Comercial ou marketing: público alvo, pedidos, faturamento, exportação;
3. Materiais ou logística: fornecedores, compras ou suprimentos, estoque, 
importação;
4. Financeiro: contas a pagar, contas a receber, movimentos bancários, fluxo 
de caixa;
5. Recursos humanos: recrutamento e seleção, administração de pessoal, 
folha de pagamento, cargos e salários; e
6. Jurídico-legal: contabilidade, tributos e recolhimentos, livros fiscais e 
demais obrigações assessórias.
Os funcionamentos dessas atividades organizacionais fazem parte de uma 
abordagem sistêmica integrativa. Essa abordagem sistêmica e integrada diz 
respeito ao funcionamento em conjunto com as funções organizacionais presentes 
em todas as partes.
Partindo-se do pressuposto de que a organização é o maior dos sistemas, 
suas funções organizacionais devem ser dependentes e integradas entre si. Essas 
relações entre as funções organizacionais ficam evidentes à medida que se observa 
que todas geram informações umas para as outras e quando uma destas funções 
15
UNIDADE A contabilidade e o uso de tecnologias de informação
parar, para-se, portanto, o sistema organização. Assim, as funções organizacionais 
formam a base para o desenvolvimento dos sistemas de informação dentro da 
organização, expressando os dados de forma detalhada, conforme a necessidade 
do usuário.
Muitas empresas ainda acreditam que o simples ato de informatizar a entidade, 
espalhando computadores e impressoras pelas unidades departamentais, ligando-os em 
rede e instalando sistemas aplicativos, possa organizar as mesmas. Sem o mapeamento 
e a modelagem dos processos isso nunca ocorrerá. A tecnologia da informação e 
seus recursos nem sempre resolvem os problemas nas organizações e muito menos 
as organizam. Sem planejamento, sem gestão e sem ação efetiva, a tecnologia da 
informarão não trará contribuições para a organização.
Para que ele gere contribuições, é necessário elaborar a organização interna e 
externa da organização, primeiramente as funções organizacionais básicas, ou seja, 
revendo processos e procedimentos que podem ser eliminados ou substituídos após a 
implantação do sistema de informação para se evitar desperdícios, principalmente com 
retrabalho. Depois de concluída essa etapa é que devemos informatizar a organização.
Portanto, a ação, sem organização antecipada por parte da TI, não atingirá 
seu principal objetivo que é auxiliar a organização em todos os seus processos e 
níveis de ação. O software, o computador e seus periféricos são apenas meios de 
organizar/gerenciar e não um fim em si mesmo.
Conceitos relacionados à informação e seu uso
Segundo Stair (2006), para ser um administrador eficiente em qualquer área de 
negócios, é preciso entender que a informação é um dos recursos mais importantes 
e valiosos de uma organização, porém, muitas vezes, este termo é confundido com 
o termo dados.
Neste momento, você está se perguntando: qual é a diferença entre dados 
e informação? Eles fazem parte de um sistema? Esses elementos compõem o 
conhecimento organizacional? Nessa seção, veremos as diferenças entre cada um 
desses elementos.
Dados são os fatos em sua forma primária, que quando estão organizados ou 
arranjados de uma forma significativa, se torna uma informação, a qual pode ser 
definida como um conjunto de fatos organizados de tal forma que adquirem valor 
adicional além do valor do fato em si, ou seja, a informação é criada definindo-se e 
organizando as relações entre os dados, sendo que a definição de diferentes relações 
resulta em diferentes informações (STAIR, 2006).
Já segundo Davenport e Prusak (2003), a diferença entre dado e informação é 
que os dados são os componentes básicos a partir dos quais a informação é criada 
e as informações são dados inseridos em um contexto, ou seja, uma situação que 
está sendo analisada.
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Em muitas entidades os sistemas de informação servem apenas para registro 
das transações, como controle de estoque, contabilidade, controle de produção, 
atuando de maneira isolada, ou seja, integração.
O grande problema de uma entidade que conta apenas com estes sistemas 
tradicionais é que ela tem muitos DADOS, mas com pouca INFORMAÇÃO, 
gerando, de acordo com Davenport e Prusak (2003), alto volume de dados e 
necessidade de respostas rápidas, análises complexas e questões impossíveis 
de se prever, e ainda, em um ambiente de negócio em que ocorre mudança 
constantemente.
Para Barbieri (2001), existem dados que são operacionais e existem dados que 
são informacionais, cada qual com seu objetivo específico. Os dados operacionais 
estão relacionados basicamente aos sistemas tradicionais de informações, 
implementados sobre bases de dados operacionais. Já os dados informacionais estão 
relacionados basicamente aos sistemas de informações executivas, implementados 
sobre Data Warehouse (DW) ou Data Marts (DM).
Ainda conforme Barbieiri (2001), no início, a informática fez os dados, depois os 
transformou em informação, mas o seu objetivo atual é transformar a informação 
em conhecimento. 
Portanto, percebe-se que é a partir da informação que vem o conhecimento, o 
qual permite tomar decisões adequadas, trazendo assim a tão necessária vantagem 
competitiva (DAVENPORT e PRUSAK, 2003).
Segundo Forrester (1973), “Um sistema é um grupo de componentes
inter-relacionados que trabalham juntos rumo a uma meta comum recebendo 
insumos e produzindo resultados em um processo organizado de transformação”. 
Segundo O´Brien (2004), um sistema, ou sistema dinâmico, possui três 
componentes ou funções básicas de interação:
1. Entrada (inputs): envolve a captação e reunião de elementos que entram 
no sistema para serem processados;
2. Processamento (process): envolve processos de transformação que 
convertem insumo (entrada) em produto;
3. Saída (outputs): envolve a transferência de elementos produzidos por um 
processo de transformação até seu destino final.
Por exemplo, para que seja realizado um lançamento contábil no sistema, é 
preciso que haja antes da digitação (entrada) a correta classificação das contas 
contábeis a débito e a crédito, a devida conciliação para fechamento do período de 
competência (processamento) para que gere uma demonstração financeira (saída) 
com os saldos corretos.
17
UNIDADE A contabilidade e o uso de tecnologias de informação
Para que a informação seja adequada, dois conceitos adicionais envolvendo um 
sistema (entrada, processamento e saída) são necessários: o feedback e o controle. 
Um sistema dotado de componentes de feedback e controle às vezes é chamado 
de um sistema cibernético, ou seja, um sistema automonitorado ou autorregulado.
Segundo O´Brien (2004), feedbacks, são dados sobre o desempenho de um 
sistema. Já controle, envolve monitoração e avaliação do feedback para determinar 
se um sistema está se dirigindo para a realização de sua meta; em seguida, a função 
de controle faz os ajustes necessários aos componentes de entrada e processamento 
de um sistema para garantir que seja alcançada a produção adequada. 
Setzer (1999) caracteriza de uma maneira simples e objetiva a diferença entre: 
dado, informação, conhecimento e competência.
Dado: como uma sequência de símbolos quantificados ou quantificáveis;
Informação: é uma abstração informal(isto é, não pode ser formalizada através de 
uma teoria lógica ou matemática), que representa algo significativo para alguém 
através de textos, imagens, sons ou animação;
Conhecimento: é uma abstração interior, pessoal, de alguma coisa que foi 
experimentada por alguém; e
Competência: é uma capacidade de executar uma tarefa no “mundo real”.
O campo de sistemas de informação engloba muitas tecnologias complexas, 
conceitos comportamentais abstratos e aplicações especializadas tanto em 
áreas organizacionais, quanto em áreas não organizacionais. Como gerente/
administrador ou usuário final da entidade não é necessário assimilar todo esse 
conhecimento, mas concentrar seus esforços em cinco áreas do conhecimento, 
que conforme O´Brien (2004) são:
1. Conceitos Básicos: Conceitos comportamentais, técnicos e administrativos 
fundamentais sobre os componentes e papéis dos sistemas de informação, 
derivados da teoria geral dos sistemas ou conceitos da estratégia competitiva 
utilizados para desenvolver sistemas de informação em busca de vantagem 
competitiva;
2. Tecnologias da Informação: Os principais conceitos, avanços e questões 
gerenciais na informática (hardware, software, redes, gerenciamento de 
banco de dados e outras tecnologias de processamento de informação);
3. Aplicações Organizacionais: As principais utilizações dos sistemas de 
informação para as operações, administração e vantagem competitiva de um 
empreendimento (SPT, SIG, SSD, SIE, SE), incluindo comércio eletrônico e 
colaboração, utilizando a Internet, intranet e extranet;
4. Processos de Desenvolvimento: Como os usuários finais ou especialistas 
em informação desenvolvem soluções de sistemas de informação para 
problemas nas organizações utilizando metodologias específicas; e
5. Desafios Gerenciais: Os desafios de administrar efetiva e eticamente os 
recursos e estratégias de negócios envolvidas na utilização da tecnologia da 
informação ao nível do usuário e do empreendimento e ao nível global de 
um negócio.
18
19
Dessa maneira, algumas questões devem ser observadas por qualquer gestor:
 · Qual é o uso correto dos recursos de informação de uma organização? 
 · O que é necessário para ser um usuário final responsável? 
 · Como você pode se proteger do crime com o uso do computador e outros riscos?
O sigilo de algumas informações é fundamental para a sobrevivência de uma 
empresa em relação aos seus concorrentes. Dessa forma, as dimensões éticas 
visam garantir que a TI e os sistemas de informação não sejam utilizados de um 
modo impróprio ou irresponsável.
O maior desafio para uma sociedade, moderna, usuária de informação 
globalizada é gerenciar seus recursos de informação a fim de beneficiar todos os 
membros da sociedade, enquanto ao mesmo tempo cumpre as metas estratégicas 
de corporações e de países. 
Encerramos aqui mais uma unidade. 
Para finalizar, deixamos uma citação de Walter Benjamin (filósofo alemão) que 
disse: “A informação só tem valor no momento em que é nova”.
19
UNIDADE A contabilidade e o uso de tecnologias de informação
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
O papel da contabilidade no provimento de informações para a avaliação do desempenho empresarial
GASPARETTO, Valdirene. O papel da contabilidade no provimento de informações 
para a avaliação do desempenho empresarial. Revista Contemporânea de 
Contabilidade, v. 1, n. 2, p. 109-122, 2004.
https://goo.gl/lVHnCj
Teoria das restrições e contabilidade gerencial: interligando contabilidade a produção
MARQUES, José Augusto Veiga da Costa; CIA, Joanília Neide de Sales. Teoria das 
restrições e contabilidade gerencial: interligando contabilidade a produção. Revista de 
Administração de Empresas, v. 38, n. 3, p. 34-46, 1998. 
http://goo.gl/fDD536
Negociação, administração e sistemas: três níveis a serem inter-relacionados
MARTINELLI, Dante Pinheiro. Negociação, administração e sistemas: três níveis a 
serem inter-relacionados. Revista de Administração da Universidade de São Paulo, 
v. 41, n. 4, 2006.
http://goo.gl/Ne3R4m
O papel da contabilidade gerencial no processo empresarial de criação de valor
PADOVEZE, Clóvis Luiz. O papel da contabilidade gerencial no processo empresarial 
de criação de valor. Caderno de Estudos, n. 21, p. 01-16, 1999.
http://goo.gl/emPbpn
20
21
Referências
ATKINSON, Anthony A.; BANKER, Rajiv D.; KAPLAN, Robert S.; YOUNG, 
Mark. Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 2000.
BARBIERI, Carlos. BI – Business Intelligence – Modelagem e Tecnologia. Rio de 
Janeiro: Axcel Books, 2001.
BEUREN, Ilse M. Gerenciamento da informação: um recurso estratégico no 
processo de gestão empresarial. São Paulo: Atlas, 1998.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução nº 1.179 de 24 de 
julho de 2009. Aprova a NBC TG 23 (NBC T 19.11) - Políticas Contábeis, 
Mudança de Estimativa e Retificação de Erro. Diário Oficial [da] República Federativa 
do Brasil, 04 ago. 2009.
CRUZ, Tadeu. Sistemas, métodos & processos: administrando organizações por 
meio de processos de negócios. São Paulo: Atlas, 2005.
DAVENPORT, Thomas H.; PRUSAK, Laurence. Conhecimento Empresarial: 
como as organizações gerenciam seu capital. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2003.
FORRESTER, Jay W. Principles of systems. 2. ed. Cambridge, MA: Wright-Allen 
Press, 1973.
GONÇALVES, Rosana C. M. G.; RICCIO, Edson L. Sistemas de informação: 
ênfase em controladoria e contabilidade. São Paulo: Atlas, 2009. 
LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane P. Sistemas de informação gerenciais: 
administrando a empresa digital. 8. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
O’BRIEN, James A. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era 
da internet. Saraiva, 2004.
PADOVEZE, Clóvis L. Contabilidade gerencial: Um enfoque em sistema de 
informação contábil. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
PARANHOS, José L. B. Contabilidade Decisorial: análise gerencial de custos e 
resultados. São Paulo: STS, 1992.
PEREZ JUNIOR, José H.; PESTANA, Armando O.; FRANCO, Sérgio P. C. 
Controladoria de gestão: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 1997.
STAIR, Ralph M.; REYNOLDS, George W. Princípios de sistemas de informação: 
uma abordagem gerencial. 6. ed. Rio de Janeiro: Cengage Learning, 2006.
SETZER, Valdemar W. Dado, informação, conhecimento e competência. 
DataGramaZero Revista de Ciência da Informação, n. 0, 1999.
21
Sistema de 
Informação Gerencial
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Marcelo Bernadino Araújo
Revisão Textual:
Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos
Processos em Contabilidade e Controladoria
• Introdução
• Processos financeiros
• Processos contábeis
• Contabilidade gerencial: modelos
e ferramentas
• Contabilidade gerencial e controladoria
 · Esta unidade tem como objetivo apresentar a importância sobre 
processos e sua utilização nos sistemas de informação contábil como 
componente de auxílio na tomada de decisão.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Olá, aluno (a)!
Nesta unidade, vamos aprender um pouco mais sobre um importante tema: 
Processos em Contabilidade e Controladoria.
Então, procure ler, com atenção, o conteúdo disponibilizado e o material 
complementar. Não esqueça! A leitura é um momento oportuno para 
registrar suas dúvidas, por isso não deixe de registrá-las e transmiti-las ao 
professor-tutor. 
Além disso, para que a sua aprendizagem ocorra num ambiente mais 
interativo possível, na pasta de atividades, você também encontrará avaliação, 
atividade reflexiva e videoaula. 
Cada material disponibilizado é mais um elemento para seu aprendizado. 
Por favor, estude todos com atenção!
É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
Bons estudos!
ORIENTAÇÕES
Processos em Contabilidade
e Controladoria
UNIDADE Processos em Contabilidade e Controladoria
Contextualização
Em 2005, o Conselho Federal de Contabilidade criou um Comitê Gestor da 
Convergência para padrões internacionais de Contabilidade. A partir de então, foi 
criadotambém o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).
Criado pela Resolução CFC nº 1.055/2005, o CPC tem como objetivo 
“o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos 
de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a 
emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização 
e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a 
convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais”.
A partir daí, esse processo teve a finalidade de preparar o marco regulatório para 
a adoção dos International Financial Reporting Standards (IFRS), pelas empresas 
brasileiras, alterando principalmente o capítulo sobre demonstrações contábeis da 
Lei n° 6.404 de 1976, alterada principalmente pela Lei nº 11.638/2007.
O marco inicial da adoção foi o ano-calendário 2010. Considerando que muitas 
empresas não atentaram para essa adoção integral das normas internacionais de 
contabilidade, as demonstrações contábeis relativas ao exercício de 2010 foram as 
primeiras elaboradas integralmente com base nas diretrizes do CPC. Antecipando 
a preocupação concernente a essa alteração de critérios contábeis, bem como 
aos impactos das mudanças na análise dos usuários, o IASB editou o IFRS 1 que, 
no Brasil, foi convergido pelo Pronunciamento Técnico CPC 37 – Adoção Inicial 
das Normas Internacionais de Contabilidade.
Mas ainda existem pontos a serem esclarecidos: “3 preocupações que todo mundo tem 
sobre IFRS – e como resolvê-las”. Esse é o título de um artigo publicado pelo Blog SAGE em 
29/04/2016. Disponível em: http://goo.gl/46Wcxu
Ex
pl
or
A Sage é líder no mercado de contabilidade integrada, folha de pagamento e 
sistemas de pagamento, apoiando a ambição de empreendedores pelo mundo. 
A Sage iniciou como um pequeno negócio no Reino Unido há 30 anos, e, agora, 
com mais de 13 mil colaboradores, apoia milhões de empresários em 23 países, 
enquanto eles alimentam a economia global.
6
7
Introdução
Nesta unidade, veremos como os processos são utilizados nas áreas de 
Contabilidade e Controladoria nas empresas. 
Mas você sabe o que é um processo? E os procedimentos? Eles dizem respeito 
à mesma coisa?
Processo é uma agregação de atividades e comportamentos executados
por humanos, ou máquinas, para alcançar um, ou mais resultados (ABPMP 
BRAZIL, 2013). 
Dessa forma, os processos são compostos por atividades inter-relacionadas que 
solucionam uma questão específica. Essas atividades são governadas por regras 
de negócio e vistas no contexto de seu relacionamento com outras atividades para 
fornecer uma visão de sequência e fluxo.
Segundo Bio (2008), o que interliga logicamente as inúmeras atividades 
envolvidas no ciclo completo de coleta de dados, processamento e informações de 
saída são justamente os procedimentos.
De forma simplificada, podemos dizer que procedimento é o conjunto de 
instruções que se estabelece para realizar alguma atividade. Existem procedimentos 
para montar um equipamento, uma máquina, preparar uma ação judicial etc.
Da mesma maneira, nas empresas, existem procedimentos que estabelecem a 
forma de realizar as diferentes atividades que são executadas pelos empregados.
Os procedimentos permitem a uniformidade da execução de trabalho, ou seja, 
serve de guia para treinar a quem ocupa pela primeira vez um cargo, e de consulta 
para quem já o está desempenhando.
Para compreender melhor a importância dos procedimentos, pense em algo da 
vida cotidiana, como por exemplo, quando compramos um aparelho de som que 
vem em uma caixa, desmontado, sem um manual ou procedimento que oriente a 
sua montagem. Nessas circunstâncias, será difícil realizarmos essa tarefa. Talvez, 
se possuirmos algum conhecimento de eletrônica, teremos sucesso de montá-lo, 
porém, com o risco de que podemos cometer algum erro e o aparelho de som não 
funcionar, inclusive podendo causar algum dano. Agora, se o aparelho de som que 
compramos, vier com um manual de instrução ou procedimento para montá-lo,
o resultado seria outro e podíamos desfrutar a música mais rapidamente e com 
mais segurança, somente seguindo o manual de instruções.
Você deve ter percebido que um processo é composto de vários procedimentos. 
Toda empresa deve conhecer todos os seus processos, ou seja, suas atividades, que 
podem ser criados (modelados) ou documentados (mapeados).
7
UNIDADE Processos em Contabilidade e Controladoria
O mapeamento de processos da organização é o conhecimento e a análise dos 
processos e seu relacionamento com os dados, estruturados em uma visão top down 
(do topo da organização para a sua base), até um nível que permita sua perfeita 
compreensão e obtenção satisfatória dos produtos e serviços, objetivos e resultados 
dos processos (MARANHÃO e MACIEIRA, 2004). Mapeamento de processos 
implica maior precisão do que uma diagramação e tenderá a agregar maior detalhe 
acerca não somente do processo, mas também de alguns dos relacionamentos 
mais importantes com outros elementos, tais como atores, eventos e resultados. 
Mapas de processo tipicamente fornecem uma visão abrangente dos principais 
componentes do processo, mas variam de níveis mais altos para mais baixos de 
detalhamento (ABPMP, 2013).
Já a modelagem de processos de negócio é o conjunto de atividades envolvidas 
na criação de representações de processos de negócios existentes ou propostos. 
Pode prover uma perspectiva ponta a ponta ou uma porção dos processos 
primários, de suporte ou de gerenciamento (ABPMP, 2013). Um modelo de 
processo é a representação visual do fluxo sequencial e controle lógico de um 
conjunto de atividades ou ações relacionadas. A modelagem de processos é usada 
para obter uma representação gráfica de um processo atual ou futuro dentro de 
uma organização (IIBA, 2009).
A principal distinção entre mapeamento e modelagem é que, enquanto o 
mapeamento refere-se a processos já existentes e não documentados, a modelagem 
serve ainda para o projeto de processos.
Processos financeiros
Segundo Gonçalves e Riccio (2009), os processos financeiros são 
predominantemente estratégicos, que envolvem decisões de investimento e 
posicionamento no mercado, tais como fusões, aquisições, cisões, terceirizações, e 
diferentes tipos de alianças cooperativas, sendo pouco estruturados e extremamente 
relevantes para a continuidade do negócio.
Os autores consideram 5 macroprocessos financeiros:
1. Decidir sobre estrutura de capital, desenvolvendo fontes de recursos;
2. Decidir sobre investimentos;
3. Administrar riscos;
4. Gerir contratos com terceiros, com instituições financeiras; e
5. Gerir relações com investidores.
8
9
O primeiro ponto que deve ficar claro é que os processos financeiros não 
são necessariamente áreas ou setores de uma empresa. Eles são divididos em 
processos operacionais: contas a pagar e contas a receber, administração do fluxo 
de caixa, captação de recursos financeiros, aplicação de recursos financeiros, 
faturamento, gestão de crédito e cobrança e, comunicação financeira. 
Contas a Pagar e Contas a Receber
As contas a pagar correspondem às obrigações (passivos) da empresa com 
terceiros, por exemplo, através de compra de mercadoria ou prestação de serviços 
a prazo. Por meio do controle financeiro do Contas a Pagar é possível visualizar 
quais foram os compromissos assumidos pela organização, possibilitando um 
controle das datas para serem efetuados esses pagamentos. Esse controle deve ser 
feito de maneira rotineira, conferindo os passivos a vencer, analisando a situação 
de cada fornecedor com parcelas em aberto.
Entrada do
documento
Conciliação do
�uxo de caixa
Arquivar em contas
pagas do mês
Efetuar a baixa do
documento no caixa
Realizar o
pagamento
Conferência e
lançamento
Arquivar até o mês
de pagamento
Figura 1: Fluxo do Contas a Pagar 
Já as contas a receber são denominadas como créditos (direitos) representados 
na maioria das vezes por notas promissórias (promessas de pagamento) e estãorelacionadas com as receitas (vendas e serviços) da empresa. Uma correta 
administração do Contas a Receber é fundamental para que não gere inadimplência 
para empresa, resultando em problemas em seu fluxo de caixa, muitas vezes, 
fazendo com que a empresa venha buscar recursos onerosos. Portanto, faz-se 
necessário um sistema de controle que possa minimizar esse risco. Esse controle 
deve ser feito de forma rotineira, conferindo as duplicatas em atraso, analisando a 
situação de cada cliente com parcelas em aberto.
9
UNIDADE Processos em Contabilidade e Controladoria
Análise de
Concessão
de Crédito
Lançamento
do Contas
a Receber
Emissão de boletos
ou notas promissórias
Enviar o arquivo para
o banco
Efetuar a baixa
do Contas
a Receber
Repassar
para
Cobrança
Figura 2: Fluxo do Contas a Receber
Administração do Fluxo de Caixa
O processo de administração do fluxo de caixa é o responsável pelas projeções de 
recebimentos e de pagamentos. Segundo Zanchin (2002), as atividades financeiras 
desse processo são:
 · Controlar os recursos disponíveis em Caixa e seus equivalentes;
 · Elaborar e analisar a Demonstração do Fluxo de Caixa;
 · Fazer a conciliação bancária;
 · Projetar e realizar ações para suprir necessidade de recursos financeiros;
 · Planejar e executar ações para maximizar as sobras de recursos financeiros;
 · Investigar alternativas de financiamento de capital de giro; e 
 · Analisar antecipações de recebimento de pagamentos.
Ingressos
• Vendas à vista
• Vendas a prazo
• Venda de ativos
• Aumento de Capital
• Outras entradas
Desembolsos
• Compras à vista
• Compras à prazo
• Compra de ativos
• Pagamento de dívidas
• Outras saídas
Figura 3: Controle do Fluxo de Caixa
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11
Captação de Recursos Financeiros
O processo de captação de recursos financeiros é aquele que alinha a 
programação dos recursos captados nas várias linhas de crédito à disposição das 
empresas (que têm custos diferenciados) com o seu fluxo de caixa, visando reduzir 
os custos financeiros (custo do capital) da empresa. 
O que é viável para a empresa? Adquirir recursos com os sócios ou de terceiros? 
Qual é a melhor taxa ou custo do capital? Essas decisões cabem ao gestor financeiro. 
Segundo Zanchin (2002), as atividades financeiras desse processo são:
 · Analisar os aspectos legais de financiamentos;
 · Negociar linhas de crédito com instituições financeiras;
 · Negociar e controlar empréstimos e financiamentos bancários;
 · Controlar e analisar os custos de empréstimos e financiamentos;
 · Controlar adiantamentos a fornecedores; e 
 · Fiscalizar abatimentos e devoluções de mercadorias.
Fontes
Internas
Lucros
Retidos
Outras
Externas
Recursos de
Terceiros
Recursos de
Próprios
Aumento de
Capital
Capital
acionário
Emissão de
debêntures
Empréstimos
bancários
Figura 4: Fontes de fi nanciamento
Aplicação de Recursos Financeiros
O processo de aplicação de recursos é aquele que define e opera as aplicações 
temporárias de sobras de caixa, trabalhando preferencialmente com ativos 
financeiros de baixo risco e alta liquidez. Por exemplo, adquirindo títulos públicos 
(Tesouro Direto) ou junto a instituições financeiras, adquirindo certificados de 
depósitos bancários (CDBs). Segundo Zanchin (2002), as atividades financeiras 
desse processo são:
 · Negociar e controlar aplicações financeiras;
 · Estabelecer limites de crédito para operar com instituições financeiras; e
 · Controlar e analisar a rentabilidade das aplicações financeiras.
11
UNIDADE Processos em Contabilidade e Controladoria
Faturamento
O processo de faturamento é aquele cujas competências são: emitir notas fiscais, 
emitir ordens de carregamento, contratar transportadoras, baixar estoques e ainda 
gerar obrigação ao comprador (duplicatas).
Análise dos pedidos
de vendas
Roteirização
Escolha do
veículo
Carregamento
Formação
da carga
Envio das rotas
para o armazém
Faturamento
Despacho do
veículo
Escolha para
o cliente
Figura 5: Fluxo de distribuição
Gestão de Crédito e Cobrança
O processo de gestão de crédito e cobrança é dividido em duas atividades. 
A primeira, o crédito, analisa a solvência, ou seja, capacidade de pagamento dos 
clientes, conforme as normas, políticas de crédito, pré-estabelecidas pela empresa. 
A segunda, a cobrança, preocupa-se em buscar os valores não recebidos dos clientes 
que não puderam pagar os bens ou serviços adquiridos por meio de crediário/
financiamento, ou seja, convida os clientes inadimplentes para uma negociação.
Comunicação Financeira ou relações com investidores
O processo de comunicação financeira ou de relações com investidores informa 
a contribuição da empresa e dos seus negócios para os seus investidores e demais 
stakeholders cujas atividades são impactadas pelas suas operações. Os assuntos 
a serem reportados por este processo são: comunicação de cisões, fusões e 
aquisições, oferta pública de novas ações, relacionamento com investidores, 
apresentação e divulgação de relatórios trimestrais e anuais, divulgação de 
assembleias de acionistas etc.
12
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Empresa
Realiza Novas
Compras
Mercadorias vão
para Exposição
Mercadoria
Chega
Mercadoria é
Registrada e
Classi�cada
Mercadorias vão
para o Estoque
Mercadoria é
Estocada conforme
a Classi�cação
O Processo de produção
acontece conforme
a necessidade de
cada empresa
Figura 6: Exemplo de processo fi nanceiro
Importante!
Uma Auditoria Gerencial tem como objetivo avaliar o nível de segurança dos controles 
internos existentes na empresa. Ou seja, ela é realizada para avaliar: a efi ciência, a 
efi cácia, a economicidade, a efetividade e a qualidade de um sistema e seus processos. 
Portanto, quando se faz uma auditoria, você está verifi cando se o que foi defi nido no seu 
processo é realmente executado, ou seja, não valida o processo como o melhor, ou o que 
dá mais resultado, verifi ca se ele está sendo cumprido.
Segundo Teixeira (2007, p. 7), são objetivos da Auditoria Gerencial:
1. Comprovar a conformidade às diretrizes, políticas, estratégias e ao universo normativo;
2. Avaliar os controles internos;
3. Identifi car procedimentos desnecessários ou em duplicidade e recomendar sua correção;
4. Identifi car as áreas críticas e riscos potenciais e proporcionar as bases para sua solução;
5. Melhorar o desempenho e aumentar o êxito das organizações por meio de 
recomendações oportunas e factíveis;
6. Avaliar as medidas adotadas para a preservação dos ativos e do patrimônio e para 
evitar o desperdício de recursos;
7. Aferir a confi abilidade, segurança, fi dedignidade e a consistência dos sistemas 
administrativos, gerenciais e de informações;
8. Avaliar o alcance dos objetivos e metas, identifi cando as causas de desvio do seu 
atingimento, quando houver;
9. Identifi car áreas que concorrem para aumento e/ou diminuição de custos e/ou receitas;
10. Recomendar e assessorar a implantação de mudanças. 
Você Sabia?
13
UNIDADE Processos em Contabilidade e Controladoria
Processos contábeis
Assim como vimos nos processos financeiros, precisamos lembrar que os 
processos contábeis não são necessariamente áreas ou setores de uma empresa. 
Eles são divididos nos seguintes processos operacionais: orçamentação, controle 
de estoques, gestão patrimonial e apuração de resultados.
Tabela 1: Características dos processos em contabilidade
Processo Características
Identificação Reconhecimento e avaliação de transações empresariais e outros eventos econômicos para ação contábil apropriada.
Mensuração Quantificação, incluindo estimativas, transações empresariais ou outros eventos econômicos que têm ocorrido ou previsões dos que podem acontecer.
Acumulação Delineação de abordagens disciplinadas e consistentes para registrar e classificar transações empresariais apropriadas e outros eventos econômicos.
Análise Determinação das razões para reportar a atividade e sua relação com outros eventos econômicos e circunstanciais.
Preparação e interpretação Coordenação e planejamento de dados contábeis, provendo informaçõesapresentadas logicamente, o que inclui, se apropriadas, as conclusões referentes a esses dados.
Comunicação Informação pertinente para a administração e outros para usos internos e externos.
Planejamento
Quantificação e interpretação dos efeitos de transações planejadas e outros eventos 
econômicos na empresa; inclui aspectos estratégicos, táticos e operacionais e requer que 
o contador forneça informações quantitativas, históricas e prospectivas para facilitá-
la; isso inclui, também, participação no desenvolvimento do sistema de planejamento, 
estabelecendo metas alcançáveis e escolhendo meios apropriados de monitorar o progresso 
em direção às metas.
Avaliação
Julgamento das implicações de eventos históricos e esperados e ajuda na escolha do curso 
ótimo de ação; inclui a tradução de dados em tendências e relações: comunicação das 
conclusões derivadas, efetivamente e prontamente, das análises.
Controle
Assegurar a integridade da informação financeira relativa às atividades e aos recursos e 
aos recursos da empresa; monitoramento e medição do desempenho e indução a qualquer 
ação corretiva exigida para retornar a atividade a seu curso intencional; fornecimento de 
informações aos executivos que operam em áreas funcionais que possam usá-las para 
alcançarem o desempenho desejável.
Assegurar recursos de 
responsabilidade
Implementar um sistema de reportar o que está alinhado com as responsabilidades 
organizacionais e contribuir para o uso efetivo de recursos e de medidas de desempenho da 
administração; transmitir os objetivos e as metas da administração ao longo da empresa 
na forma de responsabilidades nomeadas, que são base para identificar responsabilidades; 
sistema que fornece, contabiliza, reporta e que acumulará e informará receitas apropriadas, 
despesas, ativos, obrigações e informação Quantitativa relacionada para gerentes que terão, 
então, melhor controle sobre estes elementos.
Relatórios
Preparação de relatórios financeiros baseados em princípios de contabilidade geralmente 
aceitos, ou em outras bases apropriadas, para grupos não administrativos, como acionistas, 
credores, agências regulamentadoras e autoridades tributárias; participação no processo de 
desenvolver os princípios de contabilidade que estão subjacentes ao relatório externo.
Fonte: Adaptado de Atkinson et al. (2000, p. 67)
A seguir, veremos os principais processos em contabilidade.
14
15
Orçamentação
O processo de orçamentação tem como objetivo melhorar a lucratividade e 
consequentemente a rentabilidade da empresa, através de adequações dos gastos 
(investimentos, custos, despesas e perdas) e estimativa de gerar receitas, bem como 
compreender e interpretar as incertezas e riscos de mercado.
Controle de estoque
O processo de controle de estoque tem como atividades: registrar, fiscalizar e 
gerir as entradas e saídas de produtos e mercadorias empresa. Sendo que a parte 
operacional é a realizada pela área logística, mas a parte financeira é realizada pela 
área contábil.
Empresa
Realiza Novas
Compras
Loja Informa
Necessidade de
Novas Mercadorias
Mercadorias vão
para Exposição
Clientes Compram
a Mercadoria
Mercadoria
Chega
Mercadoria é
Registrada e
Classi�cada
Mercadorias vão
para o Estoque
Clientes NÃO 
Compram a
Mercadoria
Mercadoria é
Estocada conforme
a Classi�cação
O Processo de produção
acontece conforme
a necessidade de
cada empresa
Figura 7: Exemplo de processo de estoques
Gestão patrimonial
O processo de gestão patrimonial tem como função atualizar os valores 
monetários do patrimônio, também denominado ativo fixo, seja pela contabilização 
da depreciação de seus bens imobilizados ou redução ao valor recuperável por 
teste de impairment, para que exista um controle efetivo de toda a empresa. Este 
processo deve ser executado de forma correta, pois será refletido na publicação das 
demonstrações financeiras.
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UNIDADE Processos em Contabilidade e Controladoria
Apuração de resultados
O processo de apuração de resultados tem como objetivo levantar o resultado da 
empresa (lucro ou prejuízo). Para tanto, os seguintes passos são necessários:
1. Apurar o saldo final de todas as contas patrimoniais;
2. Encerrar todas as contas de receitas e despesas passando-as para uma conta 
transitória chamada de Resultado do Exercício;
3. Contabilizar a provisão de imposto de renda e da contribuição social;
4. Contabilizar as reservas e as participações estatutárias;
5. Distribuir dividendos ou juros sobre capital próprio; e
6. Transferir o prejuízo líquido do exercício, se for o caso, para a conta 
prejuízos acumulados.
Na Tabela 2, observamos as quatro fases do processamento e envolvimento de 
elementos no processo Contábil Gerencial:
Tabela 2: Processamento da informação contábil
Fases de
Processamento
Elementos humanos envolvidos 
com a informação contábil
Percepção e Coleta Coletadores
Processamento da 
informação
Estudiosos da 
Informação 
(Professores, 
pesquisadores e 
estudantes)
Armazenamento,
Acesso e Processamento Preparadores
Transmissão e Apresentação Transmissores
Utilização das Informações
Contábeis obtidas Usuários
Fonte: Adaptado de Rocchi, (1989, p. 26)
O filme “Ameaça Virtual” dirigido por Peter Howitt, conta uma estória baseada na indústria 
das empresas multinacionais de desenvolvimento de software e nas suas ações para 
conseguir o lucro a qualquer preço. Ele proporciona uma discussão sobre temas como: a 
convergência digital, a prática de truste e a diferença entre softwares livres e proprietários.
Ex
pl
or
Contabilidade gerencial: modelos 
e ferramentas
A contabilidade gerencial, por meio de um sistema de informações, de métodos, 
de técnicas e de conhecimentos da entidade, fornecerá informações para atender 
aos seus usuários e suas necessidades, através de relatórios que demonstram os 
resultados por setores, atividades e a empresa como um todo, comparando-se o 
orçado com o realizado, para análise da gestão empresarial e para o processo de 
tomada de decisões, auxiliando a empresa a alcançar seus objetivos.
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A contabilidade gerencial é o ramo da contabilidade que tem por objetivo fornecer 
instrumentos (informações) aos gestores que os auxiliem em funções gerenciais. “É 
voltada para a melhor utilização dos recursos econômicos da empresa, através 
de um adequado controle dos insumos efetuados por um sistema de informações 
gerenciais.” (CREPALDI, 1998 p. 18).
Já para Atkinson et al. (2000, p. 36), a contabilidade gerencial é definida como 
um processo de produzir informações operacionais e financeiras para funcionários 
e gestores que só deve ser norteado pelas necessidades de informação dos usuários 
internos da entidade e deve orientar suas decisões operacionais e de investimentos. 
Ela demonstra medidas da condição econômica da empresa, assim como as de 
custos e lucratividade dos produtos, dos serviços, dos clientes e das atividades 
das empresas, são obtidas do sistema de contabilidade gerencial como medida 
de desempenho econômico de unidades operacionais descentralizadas, como as 
unidades de negócios, as divisões e os departamentos, ligando a estratégia da 
empresa à execução da estratégia individual de cada unidade operacional, sendo, 
também, um dos meios primários pelo qual colaboradores, gerentes e executivos 
recebem feedback sobre seus desempenhos, capacitando-os a aprenderem com o 
passado e se aperfeiçoarem para o futuro.
Por fim, para Iudícibus (1998, p. 21), a contabilidade gerencial é composta por 
várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade 
financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira de balanços etc., 
colocados sob outra perspectiva, com um grau de detalhe mais analítico ou numa 
forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os 
gerentes das entidades em seu processo de tomada de decisão. A contabilidade 
gerencial, em sentido amplo, está voltada única e exclusivamente para a gestão da 
empresa, com o objetivo desuprir as informações dos altos executivos.
Assim, a contabilidade gerencial é um processo com o objetivo de produzir uma 
série de informações seja de natureza estratégica, econômica e das operações, seja 
de custos e das demais atividades organizacionais que ocorrem na entidade, para 
o processo de tomada de decisão e de controle, gerando medidas de desempenho 
e lucratividade.
Mas quais são os modelos e ferramentas de que se utiliza a contabilidade gerencial? 
Abaixo, apresentamos os principais aspectos das técnicas mais difundidas no Brasil 
nos países desenvolvidos.
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UNIDADE Processos em Contabilidade e Controladoria
O modelo do Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ)
Criado no início da década de 1990 por multinacionais que atuam no Brasil, 
o PNQ foi criado com base no Malcolm Baldridge National Quality Award, dos 
EUA. O PNQ é baseado em critérios orientam a gestão de muitas empresas e 
servem de instrumento de avaliação do seu desempenho. De acordo com a FPNQ 
(2004), o Modelo de Excelência do PNQ compõe-se de sete Critérios de Excelência 
que se referem a:
1. Liderança;
2. Estratégias e Planos;
3. Clientes e Sociedade;
4. Informação e Conhecimento;
5. Pessoas;
6. Processos; e
7. Resultados da Organização.
Site da Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC), que é uma entidade de natureza cultural, 
sem fins lucrativos, e que atua nas seguintes frentes:
• Promove e subsidia programas de ensino, pesquisa, pós-graduação e extensão na área 
da contabilidade;
• Estimula e coordena a produção científica na área contábil através de publicações de 
livros, revistas e periódicos;
• Promove estudos e análises técnicas de segmentos econômicos e sociais em 
demonstrações contábeis para divulgação à sociedade brasileira;
• Exerce e divulga outras atividades que signifiquem contribuição para o desenvolvimento 
técnico, científico, cultural e de promoção da contabilidade;
• Realização de concursos públicos;
• Desenvolve e participa de projetos, eventos nacionais e internacionais que tenham como 
escopo a contabilidade e o seu exercício profissional;
• Auxilia e presta serviços de planejamento, administração e realização de eventos de 
interesse da profissão contábil; e
• Elabora e aplica provas de exames de apuração de capacidade técnica profissional (Exame 
de Suficiência).
• Disponível em: http://www.fbc.org.br/
Ex
pl
or
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O modelo do Total Quality Control (TQC)
Criado no início da década de 1950 no Japão e estudado por Deming e Juran, 
o TQC, também denominado de TQM (Total Quality Management) ou GQT 
(Gerência da Qualidade Total ou Gerência pela Qualidade Total), começou a ser 
utilizado no Brasil, em meados da década de 1980, e até hoje é utilizado, em geral 
complementado por outros modelos de avaliação.
Segundo Campos (1996), as principais técnicas do TQC são o Gerenciamento 
de Rotina e o Gerenciamento por Diretrizes.
No Gerenciamento da Rotina, do ponto de vista funcional, tem como finalidade 
a manutenção da qualidade com a aplicação do ciclo SDCA, (onde S representa 
as metas padrão e os procedimentos padrão de “standard”, sendo D de “do”, 
C de “check” e A de “action”). O Gerenciamento da Rotina revolucionou a relação 
homem-processo, principalmente na indústria, criando rotinas de gerenciamento dos 
processos nos próprios operadores, com a medição de indicadores de qualidade de 
produtos e serviços, institucionalizando a normatização/padronização, bem como 
disseminando a aplicação do controle estatístico de processos (CAMPOS, 1996).
Já o Gerenciamento por Diretrizes, com característica interfuncional, tem como 
finalidade à inserção das diretrizes da alta administração, depois de desdobradas, 
no gerenciamento da organização, em busca de melhorias. Isso se dá pela 
aplicação do ciclo PDCA, onde o P de “planejar” e leva em conta as metas anuais 
desdobradas, sendo D (do) de “executar”, C (check) de “verificar” e A de “agir”. 
O Gerenciamento por Diretrizes, quando bem aplicado e compreendido, em 
conjunto com o Desdobramento de Diretrizes (DDD) participativo, ainda hoje, 
tem sido empregado como um eficiente meio de internalização dos objetivos 
estratégicos e das diretrizes deles derivadas, resultando em que cada colaborador, 
mesmo no nível mais baixo, saiba exatamente o papel que desempenha para a 
consecução dos grandes objetivos da organização (CAMPOS, 1996).
Segundo Miura (1985), o Desdobramento de Diretrizes é composto por: “[...] 
toda atividade dentro de uma organização para as realizações sistemáticas do 
plano gerencial de longo e médio prazo ou das diretrizes gerenciais anuais, que são 
estabelecidas como os meios para a realização dos propósitos gerenciais. Muitas 
vezes, é utilizado para o gerenciamento das diretrizes gerenciais anuais.”
O modelo Balanced Scorecard (BSC)
No livro “A estratégia em ação: balanced scorecard” (tradução brasileira), de 
Kaplan e Norton, professores da Harvard Business School, são os inventores 
desse modelo em 1992. Editado em 1997, no Brasil, os autores apresentam as 
medidas do Balanced Scorecard como complementares às tradicionais medidas 
de desempenho financeiras. Estas derivam da missão e da definição estratégica, 
que nada mais é que a visão estratégica da empresa, e focalizam o desempenho 
19
UNIDADE Processos em Contabilidade e Controladoria
organizacional sob quatro perspectivas: financeira, dos clientes, dos processos 
internos e de aprendizado e crescimento. Estas quatro perspectivas formam a 
estrutura do Balanced Scorecard.
Financeira Clientes
Processos Aprendizado ecrescimento
Como devemos nos
apresentar para
os investidores
Em quais
processos devemos
ter excelência?
Para alcançar a visão
como devemos
ser vistos?
Como sustentar
a habilidade de
mudança e progredir?
Figura 8: Perspectivas do BSC
Portanto, podemos dizer que, no mais alto nível conceitual, o Balanced 
Scorecard é um modelo que auxilia as entidades a explicar a estratégia em objetivos 
operacionais que direcionam comportamentos e performance. As experiências 
desta ferramenta com diversas empresas mostram que estas utilizam o BSC não só 
para esclarecer e comunicar a estratégia, mas também para gerenciá-la (KAPLAN 
e NORTON, 1997).
O Economic Value Added (EVA)
O EVA é uma marca patenteada pela empresa de consultoria corporativa Stern 
& Stewart Co. como um novo indicador de performance.
Segundo Stern & Stewart, “o EVA é uma medida de performance financeira 
que captura, mais que qualquer outra, o verdadeiro lucro econômico da empresa. 
É também a medida de performance mais diretamente relacionada com a criação 
de riqueza do acionista durante todo o tempo”.
 Essa métrica baseia-se na noção de lucro econômico, também conhecido como 
lucro residual, que considera que a riqueza é criada apenas quando a empresa 
cobre todos os seus custos operacionais e também o custo do capital.
É importante entender os conceitos de lucro econômico, valor e riqueza para 
um melhor entendimento do EVA. O lucro econômico exige que a empresa cubra, 
não apenas todas as suas despesas operacionais, mas também todos os seus custos 
de capital. Dessa forma, valor é o objeto da criação de algo que venha a valer mais 
do que os recursos alocados para produzi-lo. Já a riqueza é a soma do quanto de 
valor foi criado com o valor que se espera continuar criando no futuro (YOUNG e 
O’BYRNE, 2003).
Com o EVA é possível atingir vários benefícios:
 · O cálculo da criação de valor;
20
21
 · A mensuração da performance de empresas;
 · A análise de resultados e na determinação de bônus;
 · A comunicação com acionistas e investidores;
 · A elaboração do orçamento de capital das empresas;
 · A implementação de estratégias;
 · É útil para decisões de alocação de capital; e
 · A avaliação de projetos e outros tipos de valoração e propósitos.
O EVA é calculado da seguinte forma:
Vendas líquidas
(-) Despesas operacionais
(=) Lucro operacional bruto
(-) Imposto de Renda e Contribuição Social
(=) Lucro operacional líquido
(-) Custo do capital(capital investido x custo do capital %)
(=) EVA
O modelo Gestão Econômica (GECON)
O modelo Gestão Econômica (GECON) começou a ser estruturado na 
Universidade de São Paulo (USP), pelo Prof. Dr. Armando Catelli, no final da 
década de 1970, tendo em vista a necessidade de adequação dos modelos de gestão 
das empresas à realidade empresarial, bem como pela ineficácia dos sistemas de 
contabilidade e de custos disponíveis na época, para o apoio do processo decisório.
O GECON é um modelo de atuação, que compreende um sistema de 
informação baseado em gestão por resultados econômicos, que visa mensurar o 
Valor Econômico da Empresa (VEE) em qualquer tempo. Este modelo de gestão 
permite a simulação, o planejamento e o controle da atuação da entidade com base 
na evolução do valor adicionado (CATELLI, 2001).
O GECON, como sistema de informação, utiliza-se basicamente de conceitos e 
de critérios que atendam às necessidades informativas dos gestores da entidade para 
o seu processo decisório e que estimulam as diversas áreas a implementar ações que 
otimizam o resultado consolidado. Uma preocupação básica do sistema é espelhar em 
termos econômico-financeiros o que ocorre nas atividades operacionais da entidade.
21
UNIDADE Processos em Contabilidade e Controladoria
O resultado econômico é calculado da seguinte forma:
Vendas líquidas
(-) Gastos variáveis
(=) Margem de contribuição
(+/-) Receitas ou despesas financeiras
(=) Resultado financeiro
(-) Gastos fixos
(=) Resultado econômico
Existem, ainda, outras técnicas gerenciais que podem e devem ser pesquisadas e, 
se possível, testadas, como, por exemplo, a Teoria das Restrições ou contabilidade 
de ganhos (TOC), métodos de custeio, como o custeio baseado em atividades 
(ABC), a contabilidade de consumo de recursos (RCA), dentre outras.
Contabilidade Gerencial e Controladoria
Na seção anterior, vimos que há diversos modelos e técnicas para a avaliação de 
desempenho econômico e financeiro das empresas. Elas, se bem utilizadas, agregam 
valor a qualquer tipo de negócio, seja público, seja privado. Essas ferramentas 
geralmente são desenvolvidas pela Controladoria. 
Em alguns livros, vemos a Contabilidade Gerencial e a Controladoria com funções 
semelhantes. Uma das funções mais importantes da contabilidade gerencial, descrita 
por Iudícibus (1998, p. 266), consiste em “[...] fornecer informações hábeis para 
a avaliação de desempenho. Este desempenho pode ser considerado não somente 
em relação à apuração de resultados por produto ou por serviços, mas envolve uma 
apreciação de ‘quão bem’ se houver os vários setores da empresa”.
A contabilidade tem como objetivo de fornecer informações para a tomada de 
decisão. De acordo com Paranhos (1992), visa, por meio de um sistema integrado de 
informações de natureza econômico-financeira, oferecer aos diretores e gerentes, 
por meio da coerência conseguida entre as diversas fontes de dados da empresa, 
com os elementos adequados para servir de apoio as tomadas de decisões, sendo 
dotada de grande objetividade e presteza na apresentação das informações dos 
resultados aos administradores, de forma clara e precisa, com linguagem de fácil 
entendimento.
Os gestores necessitam de diversas informações, que variam conforme a 
necessidade de decisão, por exemplo: de custos e lucratividade de suas linhas de 
produtos, segmentos do mercado e de cada produto e cliente. Para tanto, eles 
precisam de um sistema de controle operacional que acentue a melhoria de custos, 
de qualidade e de redução de tempo de processamento das atividades desenvolvidas 
por seus funcionários, aumentando a produtividade com a otimização dos recursos.
22
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Dessa forma, a contabilidade gerencial, conforme apresentado por Pizzolato 
(2000), está voltada para: informação contábil útil à administração, ou seja, trata-se 
de qualquer conjunto de informações com origem contábil para circulação interna, 
na forma adequada para assessorar gerentes no processo de tomada de decisão. 
Sendo assim, o foco da Contabilidade Gerencial ou Controladoria acompanhará 
segmentos específicos da organização, como departamentos, produtos e atividades, 
funções etc. Esses objetivos exigem o rateio de custos totais sobre os diversos 
segmentos ou atividades da empresa.
Na mesma linha de raciocínio, para Padoveze (1999), a contabilidade gerencial 
está relacionada ao fornecimento de informações para os gestores, ou seja, 
aqueles que estão dentro da organização e que são responsáveis pela direção e 
controle de suas operações. O autor ainda compara a contabilidade gerencial com 
a contabilidade financeira: a primeira busca atender prioritariamente ao usuário 
interno, enquanto a segunda busca atender prioritariamente ao usuário externo.
O artigo intitulado “Da contabilidade à controladoria: a evolução necessária” faz uma 
refl exão ao mostrar a necessidade de atualização de processos e procedimentos na ação 
de decisão. Confi ra em: MARTIN, Nilton Cano. Da contabilidade à controladoria: a evolução 
necessária. Revista Contabilidade & Finanças, v. 13, n. 28, p. 7-28, 2002.
Disponível em: http://goo.gl/MMSEqb
Ex
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O processo da controladoria deverá ser obtido através do processamento da 
coleta de dados e informações que serão armazenadas e processadas no sistema 
de informações, a partir da contabilidade da empresa. Ou seja, com a interligação 
das informações obtidas dos diversos setores, a controladoria, como ferramenta de 
gestão, proporciona aos seus administradores informações que permitem avaliar 
o desempenho de atividades, de projetos e de produtos da empresa, bem como a 
sua situação econômico-financeira através da apresentação de informações claras e 
objetivas de acordo com a necessidade de cada usuário, seja interno, seja externo.
Para Atkinson et al. (2000, p. 52), os gerentes das empresas, em um ambiente 
competitivo, necessitam de informações contábil-gerenciais precisas e relevantes 
sobre seus custos efetivos. Os gerentes das empresas industriais precisam dessas 
informações para:
1. Ajudar os engenheiros a projetarem produtos que podem ser fabricados 
eficientemente;
2. Avisar onde são necessárias melhorias em qualidade, eficiência e rapidez 
nas operações de produções;
3. Orientar as decisões sobre o seu mix de produtos;
4. Escolher entre fornecedores alternativos; e
5. Negociar com os clientes sobre preços, especificações do produto, 
qualidade, entrega e serviços.
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UNIDADE Processos em Contabilidade e Controladoria
A Controladoria se vale do uso de outras disciplinas das áreas de contabilidade, 
finanças, economia, psicologia e outras para o desenvolvimento dos mais diversos 
tipos de relatórios gerenciais que atendam às necessidades de seus usuários para o 
processo de gestão empresarial.
As informações geradas pela contabilidade gerencial contêm elementos que vão 
auxiliar os stakeholders nas mais variadas situações, no que se refere à tomada 
de decisão. Para tanto, é fundamental um maior nível de entendimento daqueles 
que se utilizam dessas informações. Espera-se que, se essas informações vierem 
a auxiliar os interessados a tomar decisões racionais, não baseadas na emoção, 
o sistema de informações contábeis gerenciais estará contribuindo com uma 
grande parcela para o sucesso dos projetos executados no ambiente econômico 
(VASCONCELOS, 2000).
Portanto, as entidades que se utilizam um sistema integrado de contabilidade 
gerencial possuem um diferencial positivo em relação às que não utilizam, pois o 
sistema, se utilizado adequadamente, é fundamental no controle dos processos da 
organização, de forma que se possam planejar ações, prevendo futuros cenários, 
antecipando possíveis dificuldades que possam acontecer, na aplicação de ações 
corretivas com vistas ao alcance do objetivos estratégicos, ou ainda com previsões 
de benefícios que poderão ser oferecidos aos seus clientes e colaboradores.
Encerramos aqui mais uma unidade. Para finalizar, deixamos uma citação de 
Charles Colton (clérigo

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