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Bioquímica Material 3º Período Medicina Multivix Ana Carolina Fasollo Alvarenga Hormônios HORMÔNIOS Substância química produzida por um órgão, célula de um órgão ou células dispersas que tem efeito regulador específico sobre a atividade de um ou mais órgãos. São substâncias química produzidas por uma glândula endócrina que será lançada diretamente na circulação e possui capacidade de regular a atividade de uma outra célula. Glândula exócrina: possui ducto por onde são conduzidas para o meio externo. Glândula endócrina: não possui ducto por isso é diretamente lançada na circulação. o Esse hormônio circula pelo sangue até atingir o seu alvo (uma célula que possui um receptor especifico). o Glândulas endócrinas – produtoras de hormônios: hipotálamo, glândula pineal, glândula paratireoide, glândula tireoide, glândulas adrenais, pâncreas, ovários (mulheres) e testículos (homens). HORMÔNIOS ENDÓCRINOS X HORMÔNIOS NEUROENDÓCRINOS X PARÁCRINOS X AUTÓCRINOS Hormônio endócrino: produzidos pelas glândulas endócrinas. Hormônio neuroendócrino: produzidos pelos neurônios. Sinalização parácrina: atuam nas células adjacentes às células que o liberou (célula vizinha). Sinalização autócrina: a molécula sinalizadora é produzida por uma célula sinalizadora que também é a célula-alvo. CLASSIFICAÇÃO DOS HORMÔNIOS Hormônios Peptídicos ou Proteicos - maioria. Ex.: ACTH, insulina, PTH. São produzidos por ribossomos aderidos ao Retículo endoplasmático rugoso sobre a forma de pré-pró- hormônio (proteína grande que ainda não está pronta pra atuar da forma com que foi produzida). O pré-pró- hormônio segue para o interior do RER onde sofrerá a primeira quebra deixando de ser um pré-pró-hormônio e se tornando um pró-hormônio (ainda não é a forma funcional – ainda não interage com o receptor). Ocorre uma nova clivagem nas vesículas do complexo de golgi transformando o pró-hormônio em hormônio. Solúveis em água e circulam livremente no plasma, porém com meia-vida curta. Se ligam a receptores de membrana celular e ativam segundos mensageiros. Hormônios Esteróides Ex.: Cortisol e estrogênio. Hidrofóbicos (lipossolúveis) e circulam no plasma principalmente ligados a proteínas de transporte, porém com meia-vida mais longa. Entram na célula por difusão passiva e se ligam a receptores intracelulares (receptor nuclear) no citoplasma ou núcleo. Hormônios Relacionados a Aminoácidos Ex.: Tiroxina (se assemelham aos esteroidais) e Catecolaminas (se assemelham aos proteicos). Solúveis em água e circulam livremente no plasma (catecolaminas) ou ligados às proteínas (tiroxina). Meia-vida longa dos que se ligam às proteínas plasmáticas e curtas para os livre no plasma. Se ligam a receptores de membrana celular e ativam segundos mensageiros (catecolaminas) ou em receptores nucleares (tiroxinas). LIBERAÇÃO E AÇÃO DOS HORMÔNIOS Hormônios o Afetam crescimento e desenvolvimento. Ex: Esteroides gonadais, GH, cortisol e tiroxina. Hormônios pituitários são responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento das glândulas endócrinas. Controle por feedback negativo (hormônio hipotalâmico estimula hormônio na hipófise anterior que irá atuar em uma terceira glândula endócrina que mandará feedback negativo para o hipotálamo e para a hipófise para controlar a liberação do hormônio), ritmo circadiano (existem hormônios com horas certas para estarem aumentados, no início do manhã ou no início da noite) e impulsos hipotalâmicos. o Exercem controle homeostático de vias metabólicas. Controle por retroalimentação da secreção hormonal é crítico para a homeostase. Para manter a glicemia: existem hormônios hiperglicemiantes que estimulam a quebra do glicogênio liberando glicose para a circulação (durante o jejum) e existem hormônios hipoglicemiantes (insulina) liberados após a alimentação. Bioquímica Material 3º Período Medicina Multivix Ana Carolina Fasollo Alvarenga o Regulam produção, utilização e armazenamento de energia. Mais energia é necessária em várias situações, como: exercício, fome, infecção, trauma e estresse emocional. Os hormônios atuam para controlar os níveis circulantes de nutrientes e o metabolismo desses nutrientes em energia necessária para a realização das atividades. Hormônios do hipotálamo: geralmente estimulam a liberação de mais hormônios na hipófise (para o GH e para a prolactina tem o inibidor). Hormônio liberador de tireotrofina (TRH): estimula a hipófise a liberar TSH que por sua vez estimula a tireoide a liberar T3 e T4. Hormônio liberador de gonadotrofina: estimula a hipófise a liberar FSH e LH. Hormônio liberador do hormônio de crescimento (GH-RH) e Hormônio inibidor do hormônio de crescimento (GH- IH/somatostatina). Hormônios da hipófise Liberador pela hipófise anterior: TSH, FSH, prolactina, GH e ACTH. Liberados pela hipófise posterior: ADH e ocitocina. Glândula pineal Produtora de melatonina e serotonina. Hormônios do córtex da adrenal Aldosterona, androstenediona, cortisol. Medula da adrenal Norepinefrina e epinefrina. Tireoide Calcitonina, T3 e T4. Paratireoide Paratormônio (PTH). Ovário Estrogênio, progesterona e inibina. Testículo Testosterona e inibina. Placenta Estrogênio, progesterona e HCG. Pâncreas Insulina e glucagon. Trato Gastrointestinal Gastrina e grelina. Fígado IGF. Coração Peptídeo natriurético tipo B. Tecido adiposo Leptina. Hormônios liberados para citocinas. Rim Vitamina D na forma ativa, eritropoietina, hormônios envolvidos no sistema renina angiotensina aldosterona. RECEPTORES HORMONAIS A ação específica de um hormônio em seu tecido-alvo é função da interação hormônio-receptor. O receptor tem encaixe perfeito com as moléculas de hormônio. Receptores de Superfície Celular Para hormônios de natureza proteica ou catecolaminas. Receptor metabotrópico acoplado à proteína Gαs, estimulando Adenilato ciclase (AC) que por sua vez degrada o ATP em AMPc. Esse AMPc é usado para ativar a proteína quinase A fosforilando alguma estrutura. Receptor metabotrópico acoplado à proteína Gq que ativa a fosfolipase C para degradar o fosfolipídio de membrana em DAG e IP3. DAG ativa proteína quinase C e IP3 aumenta mobilização de cálcio que também ativa proteína quinase C. Receptores Intracelulares Permitem a passagem do hormônio pela membrana da célula e irão interagir com o receptor que pode estar no núcleo ou no citoplasma. A sua ação deve ocorrer dentro do núcleo (alteração de transcrição e tradução). Autolimitação da ação dos hormônios Forma de evitar o excesso de ativação e ação dos receptores pelos hormônios. O hormônio interage com o receptor metabotrópico (na superfície) e ativa a cascata de ativação intracelular. A proteína fosforilada (quinase A ou C) fosforila o próprio receptor do hormônio, levando uma mensagem de que o receptor ligado ao hormônio deixe a superfície e seja internalizado no interior da célula. Ao ser internalizado, ocorre a degradação do hormônio e a reciclagem do receptor novamente para a membrana. Bioquímica Material 3º Período Medicina Multivix Ana Carolina Fasollo Alvarenga MEDIDAS DE HORMÔNIOS – DOSAGENS Desordens clínicas dos hormônios, comum em: o Deficiência hormonal o Excesso hormonal o Resistência hormonal Técnicas de Bioensaio – não é mais usada. Técnica imprecisa. Baseados em observação de respostas fisiológicas específicas do hormônio medido. Bioensaio in vivo x Bioensaio in vitro o Bioensaio in vivo: pega amostra teste e injeta em um animal – rato – e verificase há muita resposta do hormônio no animal. o Bioensaio in vitro: retira uma amostra de tecido do animal. Ensaios Baseados em Receptores Depende da interação in vitro de um hormônio com seu receptor biológico (parecida com a bioensaio em vitro, a diferença é que será garantido que na amostra tenha o receptor biológico). Mede-se a resposta quando uma amostra teste é adicionada a uma preparação que inclui o receptor. É quantitativo e qualitativo (é possível verificar se o hormônio é funcional). Técnicas de Imunoensaio Empregam dois ou mais anticorpos marcados para quantificar hormônios, especialmente proteicos. Coloca a amostra nos “buraquinhos” e na presença do hormônio reage (ligação de alta afinidade com o anticorpo). Por fim é colocado um anticorpo marcado que emite fluorescência (se liga em outra parte da molécula do hormônio). Técnicas Instrumentais Espectrômetros de massa acoplados a cromatógrafos líquidos ou de gás. Separa em uma alíquota todos os hormônios que deseja ser dosado faz de uma vez diferentes dosagens hormonais.
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