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Relatório de Estágio - Farmácia

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CENTRO UNIVERSITARIO DOM PEDRO II
 CURSO DE FARMÁCIA
Relatório de Estágio
1. CARACTERIZAÇÃO
Discente: 
Docente: Orientador(a): 
Graduação: Farmácia
Semestre Letivo: 6º
Carga-horária do Estágio: 60h 
Local de Realização: 
2. PERFIL DO LOCAL DO ESTÁGIO
3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES
	Receitas Eletrônicas: Uma das coisas importante que também aprendi, foi saber interpretar a receita médica eletrônica de forma a proceder à dispensa dos medicamentos de forma correta, segura e eficaz. Ao analisar uma receita é obrigatório verificar o número da receita, a identificação do médico prescritor, os dados do utente, a identificação dos medicamentos, a posologia e duração do tratamento, comparticipações especiais, o número de embalagens, a data de prescrição e a assinatura do médico prescritor. Deparei-me inúmeras vezes com receitas manuais sem estarem devidamente justificadas. Estas receitas devem apresentar a identificação do médico prescritor e o local de prescrição, dados do utente, identificação dos medicamentos, comparticipações especiais, data da prescrição, ausência de rasuras ou caligrafias diferentes. Participei também, da conferência e correção de receitas, na sua organização para o seu envio para as entidades responsáveis.								Medicamentos Genéricos: Com relação a medicamentos genéricos, durante o meu estágio dispensei um número significativo de MG quando a prescrição se apresentava descrita por DCI da substância ativa ou pelo nome genérico, sendo que nesta situação eu deveria informar ao cliente da existência de um MG de menor preço. Apesar destes serem mais baratos, deparei-me com muitas situações em que o cliente preferia o medicamento original, pois os MG são ainda alvo de insegurança e desconfiança por parte dos utentes que questionam se estes são realmente eficazes. 											Remédios Psicotrópicos e Estupefacientes: Na Farmácia Fonseca e Santos observei e aprendi todo o circuito dos medicamentos Psicotrópicos e estupefacientes, desde a sua aquisição à dispensa, conforme está legislado pelo DL n.º 15/93, de 22 de Janeiro. A aquisição destes medicamentos é feita da mesma forma que os restantes produtos, porém, os fornecedores devem enviar regularmente durante o mês, ou no início do mês seguinte, os documentos designados por "Requisição de Estupefacientes e Psicotrópicos Receita Especial" os quais são verificados, carimbados e assinados pelo diretor técnico, que se identifica com o seu número de inscrição na Ordem dos Farmacêuticos. O original desta requisição fica na farmácia e é devolvido o duplicado ao respetivo fornecedor. O farmacêutico me orientou que as notificações de receitas A, B2 e retinoides são encaminhadas para a Vigilância sanitária pelo farmacêutico até o 15º dia de cada mês. 											Cosméticos e Higiene Corporal: Com relação a produtos cosméticos e de higiene corporal, é importante lembra que de acordo com o DL n.º 198/2008, de 24 de Setembro, um PCHC é definido como “qualquer substância ou preparação destinada a ser posta em contato com as diversas partes superficiais do corpo humano, ou com os dentes e as mucosas bucais, com a finalidade de, exclusiva ou principalmente, os limpar, perfumar, modificar o seu aspeto, proteger, manter em bom estado ou de corrigir os odores corporais. A Farmácia tem uma ampla gama de produtos cosméticos expostos acessíveis a todos os clientes. Tive a oportunidade de aconselhar produtos cosméticos a vários clientes que procuravam principalmente produtos de limpeza e hidratação facial, produtos de higiene, antienvelhecimento, protetores solares, entre outros.							Devoluções: Sobre a política de devoluções, fui orientada que quando recebemos medicamentos inferior a 90 dias, o mesmo é direcionado para o setor de devolução. E medicamentos que chegarem com avarias também é direcionado para o setor de devolução. Acompanhei que esse setor de devolução é feito pelo gerente comercial da loja. Os medicamentos vencidos eram separados e coletado pela empresa de resíduo. Antes da coleta o mesmo é retirado do sistema da loja pelo gerente e colocado em uma bombona, que é um material fornecida pela empresa de coleta de resíduos (Stericycle).							Reposições de Estoque de Medicamentos: Em 15 em 15 dias é preciso fazer a verificação da loja física com o do sistema do SIAP. A princípio o estoque de medicamentos nas prateleiras, eram feitas com a instrução do farmacêutico responsável, posteriormente comecei a realizar sozinha, com muita responsabilidade, eficiência e eficácia, executando de forma coerente, seguindo a ordem de estoque e vendas, colocamos os mesmos nas prateleiras utilizando o método do PVPS (primeiro que vence e primeiro que sai) conforme a POPs que é um documento organizacional que traduz o planejamento do trabalho a ser executado por toda equipe da farmácia. 				
que são tantos dos medicamentos controlados como os antibióticos
que são tantos dos medicamentos controlados como os antibióticos, no dia 12 e 13 de maio de 
2021 realizamos essa verificação. Primeiro puxa um relatório de estoque do sistema e em 
seguida conferimos todos os controlados tanto tarja vermelha como tarja preta, pois a 
farmacêutica da manhã ficou responsável pelos antimicrobianos. Em seguida, começamos pelo 
armário 1 até o armário 4 onde se verificar quantidade, lote, validade e sempre deixa o que está 
perto de vencer sempre em cima ou na frente dos medicamentos que estão mais longe de vencer 
tem medicamento que está para o ano 2022 e outros 2023 o vencimento então para não ter uma 
perda na loja sempre coloca em cima o que está perto de vencer e ajuda a verificar se tem algum 
última oportunidade de ser vendido ou algum que já deve ser descartado e coloca-se tudo isso 
no sistema até os vencidos ou avarias.
4. HISTÓRICO DO CIMS (CENTRO DE INFORMAÇÕES SOBRE MEDICAMENTOS).
Os Centros de Informação sobre Medicamentos (CIMs) são unidades operacionais que fornecem informação técnica e científica sobre medicamentos de forma objetiva e oportuna (ORGANIZACION PANAMERICANA DE LA SALUD, 1995). Segundo dados, o primeiro CIM de que se tem relato na literatura foi criado no Reino Unido, em 1960 (DOREAU et al., 1991 apud SCALA et al., 2001). Posteriormente, em 1962, foi implantado o Centro de Informação de Medicamentos do Centro Médico da Universidade de Kentucky, nos Estados Unidos (BURKHOLDER, 1963). Na América Latina, o Programa Regional de Medicamentos Essenciais da Opas (Prime) identificou graves problemas no âmbito da promoção do Uso Racional de Medicamentos. Dentro desse contexto, em 1986, foi criado um programa de cooperação técnica entre o Centro de Informação de Medicamentos (CEDIMED) – instalado na Universidade de Caracas, Venezuela – e a Opas. Como parte desse programa, foi oferecida a assessoria técnica e o treinamento de pessoal dos países centro-americanos, da região Subandina e de Cuba, marcando o início das atividades de informação sobre medicamentos na Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Bolívia e Peru. Independentemente desse programa, o Chile e a Argentina implantaram seus CIM/SIMs (VIDOTTI, 1999).	No Brasil, o primeiro CIM até onde se tem referência é o do Serviço de Farmácia do Hospital Onofre Lopes, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (VIDOTTI, 1999). A criação de diversos CIM/SIMs, pelo Brasil, possibilitou o surgimento de uma rede brasileira, descentralizada e não hierarquizada, formada por CIM/SIMs integrados por um Protocolo de Cooperação, e denominada Sistema Brasileiro de Informação sobre Medicamentos (Sismed) (VIDOTTI et al., 2000b).
5. O QUE É O CIM/SIM
Os Centros de Informação sobre Medicamentos (CIM) são definidos como unidades operacionais que proporcionam informação técnico-científica sobre medicamentos de forma objetiva e oportuna, com uma boa estratégia para atender necessidades particulares de informação. Para isso, contam com fontes de informação sobre medicamentos apropriadas e com profissionais especialmente capacitados que geram informação independentee pertinente às solicitações formuladas ou à necessidade que se identifique. A maior parte dos CIM/SIM do Brasil está ligada às Instituições de Ensino Superior públicas, alguns como projetos de extensão, outros estão inseridos em Hospitais, Universitários ou não, e uma menor parcela está vinculada aos Conselhos de Farmácia ou às Secretarias de Saúde. Os CIM necessitam de financiamento para a manutenção dos recursos humanos e materiais utilizados, em especial fontes informação atualizadas. Estes serviços, no Brasil, prestam informação de forma gratuita (PASSOS et al, 2009) e dado o caráter de projetos de extensão apresentam dificuldades para o custeio de suas atividades. Os profissionais do CIM/SIM que são envolvidos em atividades do cuidado ao paciente, em hospitais, clínicas e serviços de atenção domiciliar, frequentemente respondem a solicitações de informações sobre medicamentos, participam da avaliação de terapia medicamentosa e de estudos sobre utilização de medicamentos (MALONE; KIER; STANOVICH, 2006). O uso da literatura médica é fundamental para que farmacêuticos forneçam informação específica para pacientes individuais com o objetivo de melhorar os resultados farmacoterapêuticos.
6. ÉTICA PROFISSIONAL
A palavra Ética vem do vocábulo grego éthos, que tem duplo sentido. Em primeiro lugar, significa “morada” e em segundo lugar, éthos significa caráter, isto é, modo de ser adquirido, espécie de segunda natureza. (1991, p.76). Quando partimos para estudar a Ética, tem-se um conhecimento de uma parte da filosofia que se preocupa com a moral, seus problemas e juízos.  Contudo, não podemos confundir ética e moral, pois, de uma maneira abrangente, ética é definida como a ciência da conduta; já a Moral está preocupada na formação de um conjunto de condutas, destinadas a assegurar uma vida em comum, de maneira justa e harmoniosa. Ética farmacêutica é o conjunto de normas de procedimento, valores e condutas profissionais aplicadas às peculiaridades do profissional farmacêutico no exercício das atribuições profissionais e nas relações com a comunidade. O Código de Ética Farmacêutica Brasileiro rege que o profissional deve atuar buscando a saúde do paciente, orientando-o em todos os sentidos. Ética nem sempre deve ser entendida como ameaça ou obstáculo, mas como uma alavanca para o sucesso das empresas. Não há empresa, no cenário contemporâneo, com pretensões de aumento de sua competitividade, que escolha tratar a ética não como aliada, mas como adversária. Certamente não há uma causa única e explicativa deste movimento em torno da ética, mas é provável que a concorrência entre empresas, aliada às crescentes exigências de clientes cada vez menos tolerantes com abusos, estejam forçando as empresas a levar em conta este tema. Diante de clientes exigentes, as empresas pensam bastante antes de oferecer bens ou serviços que maculem negativamente suas imagens.	A Atenção Farmacêutica consiste no mais recente caminho a ser tomado para tal finalidade. Sua atuação profissional inclui uma somatória de atitudes, comportamentos, corresponsabilidades e habilidades na prestação da farmacoterapia, com o objetivo de alcançar resultados terapêuticos eficientes e seguros, privilegiando a saúde e a qualidade de vida do paciente. Para isso, a prática da Atenção Farmacêutica envolve componentes como a educação em saúde, orientação farmacêutica, dispensação, atendimento farmacêutico e seguimento farmacoterapêutico, além do registro sistemático das atividades, mensuração e avaliação dos resultados. Pela visaõ de Pessini & Barchifontaine, (1996, p.79) quando dizem que a ética profissional:
procura a humanização do trabalho organizado; isto é, procura colocá-lo a serviço do homem, da sua promoção, da sua finalidade social. É tarefa ainda da ética profissional detectar os fatores que, numa determinada sociedade, esvaziam a atividade profissional tornando-a alienada. Mais do que formular determinadas normas e cristalizá-las num código, é tarefa da ética profissional realizar uma reflexão crítica, questionadora, que tenha por finalidade salvar o humano, a hipoteca social de toda atividade profissional.		
Toda a atividade profissional exercida por farmacêuticos, no Brasil, é fiscalizada pelo Conselho Federal de Farmácia que, para tanto, conta com a ação executiva dos Conselhos Regionais de Farmácia (CRFs). Os Conselhos – seja no âmbito Federal e Regional - foram criados, no dia 11 de novembro de 1960, pela Lei 3.820, assinada e sancionada pelo Presidente Juscelino Kubitschek. A Ética, em sua abrangência, é o ponto focal das atividades do Conselho Federal de Farmácia e significam o bem-estar e a segurança da sociedade, diante da atividade do profissional farmacêutico e precisa ser constantemente consultada para refletir os valores necessários ao exercício desta profissão tão bonita e necessária a população. 
7. FARMÁCIA COMUNITÁRIA
O termo “farmácia comunitária” refere-se aos estabelecimentos farmacêuticos não hospitalares e não ambulatoriais que atendem à comunidade. Em sua maioria, as farmácias comunitárias no Brasil são privadas, de propriedade particular, mas existem também farmácias públicas, sejam elas vinculadas à rede nacional de farmácias populares ou às esferas públicas municipais ou estaduais. Existe uma grande necessidade da sociedade, tida como principal, com relação às farmácias, que é a obtenção de medicamentos sob ótimas condições de conservação e em acordo com a legislação.
A farmácia é um estabelecimento de prestação de serviços farmacêuticos de interesse público e/ou privado, articulado ao Sistema Único de Saúde (SUS), destinado a prestar assistência farmacêutica e orientação sanitária individual ou coletiva, onde são processadas a manipulação e a dispensação de produtos e correlatos com finalidade profilática, curativa, paliativa, estética ou para fins de diagnóstico.
É importante salientar, que para que se possa abrir uma farmácia comunitária, são necessários alguns requisitos, entre eles um farmacêutico técnico, assumindo a responsabilidade técnica de uma farmácia, para isso ele deve cumprir alguns requisitos: Estar inscrito no Conselho Regional de Farmácia do Estado ao qual a farmácia está localizada. Sendo recém-formado e se ainda não recebeu o diploma, deverá pedir a inscrição provisória, que é concedida com prazo de validade de 6 (seis) meses, prorrogáveis por mais 6 (seis) meses. Após a inscrição, no mesmo dia, o farmacêutico já está apto a assumir responsabilidade técnica por uma farmácia. O farmacêutico tem atribuições na farmácia de dispensação, que são estabelecidas pelo Conselho Federal e Conselhos Regionais de Farmácia, observando as legislações sanitárias vigentes para farmácias e abrangem, em termos práticos, duas esferas de atuação. Uma refere-se às atividades relacionadas a trâmites administrativo-legais que visam o bom funcionamento da farmácia e a segurança para o exercício profissional, denominadas como atribuições administrativas. Não esquecendo que existe uma outra, diretamente relacionada às habilidades farmacêuticas, relativas aos cuidados dos pacientes atendidos no estabelecimento pelo qual o farmacêutico é responsável legal que serão denominadas atribuições de cuidados farmacêuticos. 
8. PAPEL DO FARMACÊUTICO COMO RESPONSÁVEL TÉCNICO DE UMA UNIDADE DE SAÚDE E/OU SUS.
Em 1998 foi instituído pela Constituição Federal, o Sistema Único de Saúde (SUS) permite o acesso de qualquer indivíduo em território brasileiro ao sistema de saúde de forma gratuita e universal. O SUS é dividido em diferentes níveis de atenção à saúde: na atenção primária englobam-se as unidades básicas de saúde; na atenção secundária, os ambulatórios especializados; e na atenção terciária, os hospitais em sua complexidade. 	A Atenção Básica, ou Atenção Primária, é considerada “o portão de entrada” dos usuários ao sistema de saúde. Nela compreendem atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde. Dentre os principais princípios da atenção básica, tem-se: universalidade do acesso, descentralização, integralidade daatenção, equidade e participação da comunidade. O farmacêutico tem um papel fundamental na saúde pública. Atuando em unidades básicas de saúde (UBS), o farmacêutico tem atribuições em todas as etapas do ciclo da assistência farmacêutica: seleção, programação, aquisição, armazenamento, distribuição e dispensação. Na farmácia clínica, o farmacêutico pode ofertar diversos serviços para os usuários dos sistemas de saúde, por exemplo, o acompanhamento farmacoterapêutico, manejo de problemas de saúde autolimitados, educação em saúde, revisão da farmacoterapia, rastreamento em saúde, entre outros.
9. ATENÇÃO FARMACÊUTICA X ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
A assistência farmacêutica é o conjunto de atividades relacionadas ao medicamento, para apoiar as ações de saúde para uma comunidade. O profissional atua em todas as etapas, desde a pesquisa de um novo medicamento até sua chegada aos usuários. Atenção farmacêutica, como o nome já diz, é um conjunto de ações realizadas por farmacêuticos para orientar e acompanhar o paciente quanto ao uso adequado dos medicamentos. Ao mesmo tempo, ele colabora para evitar possíveis problemas indesejados durante o uso da medicação, mas, caso eles ocorram, o profissional deve buscar uma solução. Na assistência farmacêutica, existem fases que consistem em: desenvolvimento do fármaco, conservação, controle de qualidade, eficácia terapêutica, segurança, acompanhamento e avaliação da utilização, obtenção e difusão de informação sobre medicamentos, além da educação continuada dos profissionais de saúde, do paciente e da comunidade para garantir o uso racional de medicamentos. Na atenção farmacêutica, o profissional pode participar de uma equipe com outros profissionais de saúde para garantir o melhor aproveitamento dos benefícios dos medicamentos. Dentro do conceito de atenção farmacêutica, podemos englobar os seguintes princípios: 												A farmácia comunitária: estabelecimento de prestação de serviços farmacêuticos ligado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e voltado à orientação para a saúde coletiva ou individual. 										Atendimento farmacêutico: É a correlação entre o farmacêutico com paciente, buscando resolver problemas que envolvam, ou não, o uso de medicamentos. Essa ação pode compreender: ouvir, identificar necessidades, analisar a situação, definir condutas, tomar decisões, avaliar e documentar, entre outras ações. 									Dispensação de medicamentos: Como dito em outro momento do relatório, é o fornecimento dos medicamentos pelo farmacêutico ao paciente, em geral com a apresentação de uma receita prescrita por um médico ou profissional autorizado.	Intervenção Farmacêutica: É quando ocorre uma ação conjunta entre usuário e profissionais de saúde, com a função de prevenir ou resolver problemas que podem interferir na farmacoterapia (tratamento de pacientes com medicamentos), realizando acompanhamento farmacoterapêutico. 			Uso Racional de Medicamentos: O papel do farmacêutico quanto ao uso racional dos medicamentos é verificar a dose, a duração do tratamento e o ajuste da forma farmacêutica (se o remédio for em forma de comprimidos ou cápsulas, solução, xarope, etc.) às necessidades do paciente, além de minimizar o risco de reações adversas e chegar ao menor custo-benefício de um dado medicamento. É importante salientar que, apesar de diferentes, os conceitos de assistência e atenção farmacêutica se complementam, tornando impossível um existir sem o outro.
10. BOAS PRÁTICAS DE DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS E MEDICAMENTOS DE CONTROLE ESPECIAL E PORTARIA 344/98
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais da metade dos medicamentos tem prescrição, venda ou dispensação inadequada. Isso se dá pela ausência de boas práticas, seja numa farmácia hospitalar ou numa drogaria. É necessário que para a existência de uma boa dispensação de medicamentos no ambiente hospitalar, o farmacêutico responsável, além do conhecimento técnico tenha uma prática humanista. Sobretudo dentro de um hospital, onde a farmácia ultrapassa a esfera comercial e atua primordialmente como um serviço de assistência à saúde. No ambiente hospitalar, o farmacêutico é responsável pela dispensação de medicamentos aos pacientes, conforme a prescrito pelo médico. Porém, o processo de dispensação não está só concentrado na entrega da medicação nas doses e horários recomendados, é necessário também que sejam realizadas etapas que incluam armazenamento, classificação, triagem de prescrições, controle de acesso e separação dos medicamentos. A dispensação de medicamentos visa a redução de riscos ao paciente, a fim de que ele receba o tratamento adequado, sendo que uma das razões do processo de dispensação está em analisar e corrigir eventuais problemas na prescrição. Logo, essas ações estão diretamente ligadas à qualidade da gestão. Contudo, existem algumas boas práticas que devem ser levadas em consideração para que os objetivos sejam atingidos. Uma delas passa pela adoção de um método de dispensação totalmente focado no tratamento e no paciente. Existem algumas das principais boas práticas que devem ser adotadas na farmácia hospitalar para uma dispensação de medicamentos mais eficiente e segura, temos: Armazenamento seguro e controlado, Controle de prescrição, Controle de acesso, Unitarização e Dispensação por controle digital. Entre as diversas atividades desempenhadas pelo farmacêutico, a dispensação de medicamentos figura como uma das principais, sendo uma atividade que permite ao farmacêutico estabelecer uma relação de proximidade e confiança com o paciente, garantindo a ele a entrega adequada e racional de medicamentos. Assim, para todo medicamento sujeito à prescrição de profissional habilitado, antes da sua dispensação, compete ao farmacêutico a correta interpretação e avaliação do receituário, devendo fazê-las com fundamento nos aspectos terapêuticos (farmacêuticos e farmacológicos), sociais, econômicos e legais (legislação vigente). Com base na observância dos aspectos legais e considerando os medicamentos que se sujeitam ao controle da Portaria SVS/MS nº 344/98, norma que aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial, a fiscalização do CRF-SP esclarece que é dever do farmacêutico considerar, para que possa efetuar a dispensação de tais medicamentos, os modelos preconizados de receituários para cada tipo de medicamento e seu prazo de validade após emissão, dados de preenchimento obrigatórios e abrangência de validade do receituário (território nacional ou somente dentro do estado emissor). Muitos são os medicamentos à base de substâncias sob controle da Portaria SVS/MS nº 344/98, devendo sempre ser considerado para fins de cumprimento do disposto no parágrafo anterior, em qual lista de controle pertence a substância que compõe o medicamento prescrito e que será dispensado.
11. ESTOQUE DE FARMÁCIA E GESTÃO DE PESSOAS
Podemos referenciar o estoque como o “coração” da farmácia; se ele não vai bem, tudo pode ficar comprometido. É necessário que se tenha uma boa gestão, planejamento e organização no controle do estoque, pois ocorrendo desabastecimento ou falta de mercadorias, isso pode trazer consequências imediatas aos resultados e às vendas. Para o controle da farmácia, existem dois métodos: PEPS OU FIFO. O método PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que sai), também conhecido como FIFO (First In First Out) é umas simples técnicas de armazenagem muito eficiente para fazer o controle de estoque de farmácia. Funciona da seguinte forma: o primeiro item ou lote que entrou no estoque será sempre o primeiro a ser vendido. A grande vantagem do método PEPS para o controle de estoque de farmácia é evitar o esquecimento dos itens, que acabam envelhecendo nas prateleiras e são descartadas por vencimento e prazo de validade, onerando os cofres da farmácia. É necessário controlar a movimentação dos produtos é de suma importância para o controle de estoque de farmácia. Afinal, por meio desse controle será possível obter informações essenciais, como qual foi o tempo que um fornecedorlevou entre a compra e a entrega de um pedido e quanto tempo determinada quantidade de itens permanece em estoque. Seguindo alguns passos importantes, a gestão de estoque vai ter um bom desempenho, sem correr o risco de vacância ou desorganização. Podemos citar:
· Entrada de produtos, através do check-in
· Realizando o Check-in de compra
· Saída de produto: check-out na venda 
Uma das vantagens de utilizar o Check-in e Check-out no controle de estoque de farmácia é reduzir o prejuízo por entrega de produtos errados, portanto quando não há um rigor na conferência dos arquivos XML, o banco de dados do sistema será comprometido com informações incorretas, que futuramente vão entorpecer os cálculos de curva de demanda e afetar a quantidade dos produtos registradas no sistema de farmácia. Existem alguns tipos de controle de estoque, essencial para bom funcionamento e monitoramento da mesma. Temos o balanço por contagem, que consiste em contar somente os produtos colocados no balanço. A grande vantagem desse tipo de balanço no controle de estoque de farmácia é poder manter o estabelecimento em movimento, isto é, continuar fazendo as vendas dos produtos normalmente, o que facilita o controle de estoque. E mesmo que um produto que foi adicionado no balanço já tiver sido vendido, no momento de fechar o balanço no sistema, será considerada essa quantidade vendida. Temos o balanço completo, esse tipo de balanço é o mais conhecido pelas farmácias e drogarias, é aquele que é feito com as portas fechadas. O Balanço Completo considera todos os produtos do estoque, por isso recebe esse nome (completo). E por fim o balanço reduzido, consiste em um tipo de balanço bem específico, indicado para estabelecimentos de médio e grande porte que deseja fazer o controle de estoque de farmácia a partir de determinados: grupo de preços, seção de produtos, fornecedores e fabricantes, uso de prateleiras e gôndolas. 	
12. GESTÃO DE PESSOAS									A gestão de pessoas é fundamental, pois como o próprio nome diz trata-se de pessoas, toda e qualquer empresa, seja ela de qualquer ramo de atividade, depende unicamente das pessoas para o seu desenvolvimento e sucesso, como é o caso da farmácia. Desse modo, é necessário que se tenha a preocupação com estes funcionários, pois são eles que irão garantir seu total crescimento interno e externo. É dever e obrigação das empresas se preocuparem com o desenvolvimento intelectual e psicológico de todos os seus colaboradores. O processo de gestão de pessoas envolve também processos de provisão, de aplicação, de manutenção, de desenvolvimento e de monitoração. Trabalhando com pessoas diferentes e com personalidade própria, com capacidade suficiente para conduzir a empresa ao sucesso.											 Quando falamos de gestão de pessoas, envolvemos todos os seres humanos que fazem parte da empresa, donos e empregados. Os donos visam à sobrevivência, o crescimento, à produtividade, à redução de custos, à qualidade, à participação no mercado e clientes. Entretanto, são dois lados que devem trabalhar sempre juntos, porque um depende outro. Com a preocupação voltada para o ser humano em seu ambiente de trabalho, é importante que a gestão de pessoas seja colocada em pratica com êxito. De modo, então, que eles possam se sentir felizes em trabalhar, atingindo o pleno sucesso da empresa e sua satisfação pessoal.	Os erros na gestão de pessoas na drogaria podem comprometer o resultado dos negócios. Para evitar esses erros é importante estar sempre atento em todos os aspectos relacionados aos recursos humanos da loja. Desde o processo de seleção até o planejamento de carreira, é preciso ter um bom acompanhamento de todas as etapas. É necessário investir em treinamentos, bem como a em modernizar os processos e estruturas, são fatores primordiais para evitar erros na gestão de pessoas nas drogarias. É importante lembrar que existe uma grande demanda por talentos no varejo. Conquistar e manter os melhores profissionais na equipe da drogaria requer atenção e um bom gerenciamento de equipe. Para que isso aconteça o gestor precisa ser proativo e desenvolver habilidades de liderança. Dessa forma poderá evitar os principais erros na gestão de pessoas na drogaria e garantir o alcance das metas. Alguns fatores contribuem para que haja um bom desempenho dos colaboradores, entre eles: Motivar o colaborador, ou seja, ocorrerá uma motivação voltada para a produção, por parte do funcionário na medida em que ele estiver motivado no trabalho. Para isso, é preciso que o gestor elabore planos com ações de recursos humanos que fortaleçam a confiança e o engajamento dos colaboradores. Melhoras no Processo de seleção, pois, além de ter um bom processo de seleção, o gestor precisa estabelecer um programa para desenvolver profissionalmente os colaboradores. O gestor da farmácia precisa oferecer condições para o colaborador se manter atualizado sobre as mudanças implantadas nos processos e sistemas usados na farmácia. Manter uma Comunicação Aberta, que seria, uma comunicação está envolvida em todos os processos da farmácia. Manter uma comunicação eficaz é importante para a boa execução das atividades e resolução de problemas. Para evitar erros na gestão de pessoas na drogaria é fundamental melhorar a comunicação. Um passo importante para isso é estabelecer algumas diretrizes junto aos fornecedores, clientes e entre os próprios colaboradores. Manter uma comunicação fluída e alinhada com toda a equipe ajuda no desempenho de todos. Quando as informações são solicitadas de forma clara, objetiva e são repassadas sem ruídos, existe menor probabilidade de erros na execução do trabalho.
13. CONCLUSÃO
O estágio curricular é de suma importância na medida em que permite um primeiro contato com a vida profissional de um farmacêutico. Após a conclusão do meu estágio, posso afirmar que este período foi muito importantes para a consolidação de conhecimentos adquiridos ao longo do curso e para a aquisição de novos saberes. No entanto, fica a certeza de que ainda há muito mais para aprender com esta profissão. O estágio em farmácia comunitária fez-me desenvolver a habilidade de conversar com as pessoas, aprender a utilizar uma linguagem acessível, escutar os seus problemas e tentar solucioná-los, algo muito importante para um farmacêutico. Aprendi a importância de questionar as pessoas, quando solicitavam OTCs ou outros produtos, podendo indicar produtos mais adequados à sua situação e que cuidados ter. Entendi que o desconhecimento por parte dos clientes não deverá ser uma barreira para a prevenção de possíveis problemas de saúde, mas sim um motivo para uma relação mais próxima entre estes e o farmacêutico. Em resumo, foi uma experiência bastante positiva e serviu para enriquecer as minhas competências pessoais e profissionais, manter presente a importância da formação individual contínua e enriquecer a minha capacidade de trabalhar em grupo. Senti que, de fato, um farmacêutico em Farmácia Comunitária pode ter um papel muito importante e que é muito valorizado pelos clientes, sendo isto o que mais me surpreendeu e fez-me gostar desta área de atuação do farmacêutico.
14. REFERÊNCIAL TEÓRICO
https://www.crf-pr.org.br/pagina/visualizar/52
https://gestaofarmaceutica.webnode.com.br/a%20etica%20na%20profiss%C3%A3o%20do%20farmac%C3%AAutico%20/
http://portal.crfsp.org.br/77-etica/codigo-de-etica/88-codigo-de-etica-da-profissao-farmaceutica.html
https://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/76/08-codigodeetica.pdf
Organização Pan-Americanada Saúde / Conselho Federalde Farmácia. O papel do Farmacêutico no Sistema de Atenção à Saúde. Brasília, DF, 2004.
https://www.crf-pr.org.br/uploads/revista/28748/yytuqsD-_6pQy4fpaPCvbkoHMBBZfJke.pdf
https://nexxto.com/dispensacao-de-medicamentos-quais-as-boas-praticas/
https://www.inovafarma.com.br/blog/controle-de-estoque-de-farmacia/
Portal CRF-SP www.crfsp.org.br
Orientação Farmacêutica - CRF-SP (11) 3067-1470 ou orientacao@crfsp.org.br
Departamento de Orientação Farmacêutica CRF-SP
https://www.farmarcas.com.br/como-evitar-erros-na-gestao-de-pessoas-na-drogaria/Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Assistência Farmacêutica no SUS / Conselho Nacional de Secretários de Saúde – Brasília : CONASS, 2007. 186 p. (Coleção Progestores – Para entender a gestão do SUS, 7)
https://www.hipolabor.com.br/blog/hipolabor-explica-diferenca-entre-assistencia-e-atencao-farmaceutica/

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