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Teoria do Finalismo na Justiça Penal

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Teoria do finalismo
Bianca Silva da Cruz
No ano de 1930 na Alemanha nasce a teoria do finalismo, criada por Hans Welzel, que acreditava que toda ação tinha um fim, que toda conduta humana teria que ter um a finalidade, dentro de todo contexto penal. 
Logo, dolo e culpa saem da culpabilidade e migra para a tipicidade (fato típico), juntamente com a teoria do finalismo, isso acontece pois Hans, também se baseou no Neokantismo. Toda vontade humana se dá a uma ação causal, que pode ser muito diferente de uma ação final, pois toda ação final se dá do agir conscientemente a um fim, quanto a ação causal se dá de um não agir conscientemente.
O finalismo vai antecipar o fim de cada ação, os crimes de dolo, serão analisados de acordo o seu fim, os crimes culposos também terão um fim, logo a reprovação desses crimes não irá recair sobre o agente, mas nos meios que o agente elegeu para a consecução do seu fim. 
O finalismo não deixa de lado a sua tripartição, apenas inovou seus dados, dando cada um deles o seu devido lugar, redistribuindo de outro modo entre seus três estados da teoria do delito. 
Portanto, podemos entender que a teoria finalista vai analisar todo o contexto do crime cometido, a intenção(vontade/ação) e finalização de cada conduta do autor, levando em conta a sua tipicidade. Lembrando que a teoria finalista pode ser tripartida e bipartida. No Brasil destaca-se o finalismo bipartida (dissidente) onde o crime é composto por dois substratos: fato típico e antijuridicidade. 
Logo, vejamos a diferença entre ambos, sabemos que crime é fato típico e ilícito, que é praticado por um agente culpável. Para o sistema finalista não seria diferente, crime é fato típico e ilícito, praticado por um agente culpável (teoria tripartida), ou podemos dizer, ao revés, que também seria quase a mesma coisa, crime é fato típico e ilícito, (teoria bipartida). Teoria tripartida: fato típico, antijurídico e fato culpável, nesse caso para que um fato possa ser considerado crime, é necessário que seja: atípico, com exclusão de ilicitude ou que seja culpável. Teoria bipartida: fato típico, antijurídico, nesse caso o crime só será comprovado caso seja atípico ou se incidir alguma das excludentes de ilicitude. Como dolo e culpa migraram para a teoria finalista, para tipicidade, nessa teoria a culpabilidade perde seu valor e passa ser valorado.

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