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1 Artigo de revisão Mucopolissacaridose: dificuldades no tratamento e qualidade de vida do portador Denise Bianca da Silva1 Taciane de Melo Borges1 Viviane Rodrigues Esperandim Sampaio2 Resumo O presente trabalho teve como objetivo estudar as dificuldades enfrentadas no tratamento da mucopolissacaridose e a qualidade de vida dos portadores. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura realizada através de levantamentos bibliográficos de artigos na Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) e livros da Biblioteca da Universidade de Franca. Os critérios para a inclusão dos estudos foram artigos completos e publicados na língua portuguesa, sendo excluídos aqueles que não forem pertinentes ao objetivo proposto. As Mucopolissacaridoses (MPS) são doenças hereditárias multissistêmicas raras, do grupo de erros inatos do metabolismo (EIM) que apresentam uma incidência mundial estimada em mais de 1 para cada 25.000 nascidos vivos. Não existe até o momento um tratamento curativo para a doença, porém a administração de Terapia de Reposição Enzimática garante bons resultados nos sintomas da doença. Um prognóstico mais eficaz no tratamento para os indivíduos afetados pelas MPS necessita da identificação, acompanhamento adequado das manifestações multissistêmicas, incluindo medidas de suporte, assistência multidisciplinar e terapias específicas. Conclui-se desta forma que o diagnóstico e tratamento precoce impactam positivamente no prognóstico do paciente. Além disso, o tratamento é mais eficaz quando o paciente sente-se bem com o tratamento e possui boa qualidade de vida. Palavras-chave: Mucopolissacaridoses; Qualidade de Vida; Tratamento; Cuidados de Enfermagem. 2 INTRODUÇÃO As Mucopolissacaridoses (MPS) são doenças hereditárias multissistêmicas raras, que fazem parte do grupo de erros inatos do metabolismo (EIM), causando assim deficiência de enzimas lisossômicas específicas que afetam a degradação de glicosaminoglicanos (GAG). O primeiro caso de MPS foi descrito pela primeira vez pelo professor de Medicina do Canadá Charles Hunter em 1917 (1,2). É uma enfermidade considerada rara, no entanto apresenta uma incidência mundial estimada em mais de 1 para 25.000 nascidos vivos. No Brasil, os dados sobre a incidência das MPS são escassos, porém existe no país uma parceria de centros brasileiros que atendem pacientes com MPS (Rede MPS Brasil), com o centro coordenador localizado no Serviço de Genética Médica (SGM) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) (3). De acordo com os dados disponibilizados pela Rede MPS Brasil, até novembro de 2015, foram diagnosticados 1.056 pacientes brasileiros com MPS, sendo: 217 com MPS I, 330 com MPS II, 115 com MPS III, 141 com MPS IVA, 14 com MPS IVB, 223 com MPS VI,(MPS V não existe) e 16 com MPS VII (3). As MPS são classificadas de acordo com as 11 deficiências enzimáticas que dão origem a sete tipos de MPS e correspondem a nove tipos clínicos: Hurler, Hurler-Scheie, Socheie, Hunter, Sanfilippo, Morquio, Maroteaux-Lamy, Sly e Natowicz. Partículas da concentração de GAG em vários órgãos e tecidos dos pacientes portadores de MPS resultam em uma série de sinais e sintomas, o que culmina a um quadro clínico multissistêmico. A maioria dos pacientes são assintomáticos ao nascimento, com aparecimento tardio de sinais e sintomas. A idade inicial dos sintomas e a gravidade clínica da doença podem variar significativamente. São caracterizadas pelo envolvimento de inúmeros sistemas (4). De origem genética hereditária, têm caráter autossômico recessivo, pais sadios que carregam um gene que define a doença e manifesta-se em dose dupla. Para os pais portadores a probabilidade é de 25% para o nascimento de filhos que desenvolva a MPS, e 75% sem a doença, ou seja, 50% carrega o gene, mais não desenvolve a doença, com exceção da MPS tipo 2 que tem origem ligada ao cromossomo X. O tratamento incluiu a administração de Terapia de Reposição Enzimática (TRE), por meio de infusão intravenosa, feita semanalmente e para as formas graves da MPS, recomenda-se o transplante da medula óssea (5). 3 Um melhor tratamento para os indivíduos portadores de MPS depende de um diagnóstico precoce, acompanhamento adequado das manifestações multissistêmicas, incluindo medidas de suporte e assistência multidisciplinar com regularidade e terapias específicas. Existem indicações de que a detecção mais precoce dos casos, eventualmente através de triagem neonatal possa vir a contribuir para um melhor prognóstico. Uma cura definitiva talvez seja alcançada através da terapia gênica, entretanto há ainda um longo caminho a percorrer até que esta seja estabelecida (4). O Sistema Único de Saúde (SUS) não possui política de assistência farmacêutica específica para doenças raras, e a própria construção dessa política esbarra em questões bioéticas que envolvem temas como equidade, recursos escassos e reserva do possível. Mesmo assim, a demanda por TRE é cada vez maior, sendo às vezes limitada por ordens judiciais que entram em conflito com a Política Nacional de Medicamentos e com a medicina baseada em evidências (MBE) (6). OBJETIVO Desta forma o presente trabalho teve como objetivo estudar as dificuldades enfrentadas no tratamento da MPS e a qualidade de vida dos portadores. METODOLOGIA Para atingir o objetivo proposto, esta pesquisa foi realizada através de uma revisão da literatura pelo levantamento bibliográfico na Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) e Biblioteca da Universidade de Franca. Os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) adotados para a busca dos artigos científicos foram: Mucopolissacaridoses; Qualidade de Vida; Tratamento; Cuidados de Enfermagem. Os critérios para a inclusão dos estudos foram artigos publicados na língua portuguesa, na íntegra entre 2001 e 2016. Foram excluídos aqueles que não eram pertinentes ao objetivo proposto. Posteriormente à leitura e compreensão dos artigos, foram selecionados 18 referenciais para a construção do texto presentes neste trabalho, no período de abril de 2018 a março de 2019. DESENVOLVIMENTO As MPS compreendem um conjunto de doenças genéticas de depósito lisossomal, originadas pela deficiência de uma das onze enzimas lisossomais responsáveis pela degradação dos GAG. Fragmentos de GAG parcialmente degradados se acumulam nos 4 lisossomos, resultando em anormalidades clínicas, determinando um quadro clínico multissistêmico, crônico e progressivo. Os GAG que acumulam nos espaços intersticiais dos tecidos ósseos, cardíacos, e nervosos, ocasionando alterações morfológicas e funcionais (7,8). A degradação de GAG por enzimas necessita ser continua no processo metabólico, quando ocorre deficiência de uma enzima específica desenvolve-se características comuns, como facias grosseira, espessamento cutâneo, organomegalias, disfunção celular, vascular, tecidual ou orgânica. Ao nascer, a maioria das crianças com MPS não apresentam qualquer indício de anormalidades, no entanto deformidades progressivas surgem à medida que ocorre o acúmulo de GAG (9). Segundo a idade, tipo de MPS, gravidade da doença para cada paciente os sintomas se diferenciam. Alguns desses sintomas incluem macrocefalia, hidrocefalia, deficiência mental, alterações da face, dificuldade visual e auditiva, má formação dos dentes, infecções de ouvido, rinite crônica, atraso no crescimento, rigidez nas articulações, deformações ósseas, excesso de pelos, compressão da medula espinhal, apneia do sono, infecções respiratórias, insuficiência das válvulas cardíacas, hérnia inguinal e umbilical, síndrome do túnel do carpo, prisão de ventre, diarreia e hepatoesplenomegalia (10). Há deformidade na região do pescoço, com tamanho menor do que o normal, a região dos membros inferiores é larga, porém apresentamdedos curtos e grossos e pode ocorrer do quinto dedo girar-se no sentido radial. Membros inferiores são planos, a pele das extremidades superiores e do tórax possuem rugas e a respiração é ruidosa. Apresentam cardiomegalia, abdômen volumoso e saliente, má formação do crânio, as costelas são aumentadas, espatuladas e em forma de sabre (10). A rigidez das articulações é comum em todas as formas de MPS e o espectro máximo de movimentos pode ser limitado, principalmente em ombros e braços. As mãos são curtas e largas, com dedos que gradualmente vão ficando encurvados e rígidos, tornando difícil a realização de atividades habituais e simples como se alimentar (7). Na cavidade oral podem ser visualizadas alterações como a macroglossia, dentição displásica, alterações de oclusão e hiperplasia gengival, capazes de interferir na ingestão adequada dos alimentos, limitar a autonomia do ato de se alimentar e consequentemente impactar negativamente no estado nutricional destes pacientes (7). Sendo assim a MPS é uma doença hereditária de caráter progressivo, debilitante e geralmente fatal. É reconhecida facilmente através de sinais físicos, sendo o diagnóstico e o tratamento precoce fundamentais para o prognóstico (9). 5 O Brasil está entre os 100 países que reconhecem o direito constitucional à saúde e uma parte importante deste direito seria o acesso a produtos farmacêuticos. Neste contexto, observa-se um expressivo aumento no número de sentenças com tendência à elevação da demanda de medicamentos que não fazem parte das listas oficiais do SUS nos últimos anos, especialmente os de alto custo (11). A política de assistência farmacêutica para o fornecimento gratuito de medicamentos no sistema de saúde brasileiro é guiada por princípios universalistas, e nem a legislação que regulamenta o direito à saúde, nem as políticas do SUS focalizam o atendimento em função da classe social dos usuários ou estabelecem limites financeiros aos gastos com medicamentos em tratamento. Existem alguns medicamentos, para a MPS no SUS, porém os mesmos não são oferecidos continuamente em seu dispensário. Em razão disto alguns usuários acionam judicialmente o poder público a fim de obrigá-lo a prover estes medicamentos. Poucos países oferecem estes medicamentos no serviço público de saúde, como é o caso do Reino Unido (12,13). Há inúmeras razões para um medicamento não constar do dispensário regular do SUS. Para as agências de saúde de todo mundo, as doenças chamadas de “doenças órfãs”, não produzem lucratividade para as empresas farmacêuticas, desencorajando a investir na pesquisa e desenvolvimento de medicamentos, submetendo os portadores dessas doenças em uma situação de desvantagem e fragilidade. Esses medicamentos são aqueles utilizados para tratamento de patologias inseridas nos critérios de doença rara ou de baixa prevalência. Não existe um consenso sobre a definição de medicamentos de alto custo, na qual uma das propostas sugere que estes medicamentos são aqueles que o valor unitário mensal esteja acima de um salário mínimo (6). Há posições contra e a favor da implantação desses medicamentos para fornecimento público do SUS. As justificativas que predominam na oposição à incorporação têm origens diversas e podem ser resumidos em cinco: (1) o número de indivíduos incluídos nos ensaios clínicos é pequeno; (2) os ensaios clínicos existentes avaliaram um grupo específico de pacientes com MPS I, II ou VI (geralmente indivíduos com idade superior a 5 anos e com fenótipo mais brando), não sendo possível concluir se os seus achados podem ser extrapolados, para as demais faixas etárias ou para fenótipos mais graves; (3) não existem evidências sobre o aumento, associado ao uso dos medicamentos, da sobrevida dos pacientes; (4) não há evidências consistentes da melhora da qualidade de vida dos pacientes; (5) embora não existam estudos publicados sobre o custo-efetividade de tais medicamentos, é de se supor que os mesmos não sejam custos-efetivos, porque são de 6 alto custo ou porque a importância do seu efeito parece pequena. Há sete tipos de MPS, mas medicamentos para apenas três, a MPS I (laronidase), a MPS II (idursulfase) e a MPS VI (galsulfase). Os três medicamentos possuem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) (12). A judicialização ocorre devido à ausência de uma política clara do sistema de saúde para doenças raras em geral, e tem como consequência gastos acima do necessário para o tratamento. O debate sobre judicialização, não tem sua origem de classe dos usuários que recorrem ao Judiciário, mas sim na composição de interesses de laboratórios e empresas distribuidoras de medicamentos de alto custo cuja eficácia clínica ainda está sob avaliação; além das dificuldades do Estado em administrar a política de assistência farmacêutica quanto aos critérios de incorporação tecnológica, transparência e publicidade dos atos. Também deve se levar em consideração as dificuldades do Estado em administrar uma política farmacêutica quando instrumentos típicos de administração planejamento, compras em escala, controle de estoques, chamadas de preços, não podem ser usados em decorrência de determinações judiciais (12,13). Anteriormente o tratamento direcionado na restauração da atividade da enzima deficiente, tinha como principal foco a prevenção e o cuidado das complicações, aspecto ainda considerado de suma importância no manejo desses pacientes (5). Na década de 80 foi apresentado o tratamento das MPS com transplante de medula óssea/transplante de células tronco hematopoiéticas (TMO/TCTH) e na década de 90 iniciou-se o desenvolvimento da TRE, e foi aprovada para uso clínico das MPS I, II, e VI na primeira década do século 21(14). O tratamento consiste na administração periódica de medicação específica intravenosa, uma enzima conforme o tipo de MPS, que deve ser infundida em aproximadamente quatro horas, durante as quais são observados os sinais vitais do paciente, dando máxima atenção a verificação pressão arterial, uma vez que ela corre o risco de elevar-se. Após esta medicação nenhuma outra conduta deve ser tomada, a menos que haja intercorrências clínicas (15). A TRE impossibilita o início de alguns sintomas ou a melhora desses, se já estiverem presentes, interferindo positivamente na qualidade e na expectativa de vida dos pacientes. Nessa perspectiva, está havendo investimentos em pesquisas na área, a fim de que esses pacientes não sejam abandonados e possam usufruir de tratamentos mais avançados (15). 7 Atualmente não existe tratamento curativo para as MPS. As opções terapêuticas incluem intervenções realizadas no nível do fenótipo clínico tais como cirurgias para correção de hérnias e adenoides,suporte ventilatório noturno,ou no nível da proteína mutante, transplante de células hematopoiéticas e TRE (8). Frente ao comprometimento multissistêmico das MPS, tais pacientes demandam acompanhamento de suporte multidisciplinar regular habitualmente composto por pediatras, neurologistas, neurocirurgiões, cirurgiões, ortopedistas, pneumologistas e fisioterapeutas, enfermeiros entre outros. O impacto causado pela gravidade e cronicidade da doença também tem demandado suporte psicológico e social ao paciente e familiares (16). A realização do primeiro tratamento eficaz com TRE em pacientes com a doença de Gaucher levou à busca de tratamento semelhante para outras doenças de depósito lisossômico. A primeira TRE para tratamento de uma MPS foi a para MPS I, sendo subsequentemente aprovadas as TRE para MPS tipo 4 (14). A primeira criança brasileira que fez parte de um evento experimental em seres humanos de TRE no Canadá, em 2001, aos 11 anos, tinha apenas mais dois anos de expectativa de vida. Após oito anos de TRE, apresentou aumento da estatura e ganho depeso, voltou a falar e a movimentar braços, pernas e mãos, regrediu o tamanho do baço e do fígado e apresentou melhora significativa do quadro respiratório. O tratamento não possibilita regressão no estado da aparência física, porém esse quadro se estabiliza (15). No tratamento específico das MPS, é importante sinalizar que o Transplante de Medula Óssea (TMO) ou de células do cordão umbilical permite que células do doador produtoras de enzima migrem para o cérebro e outros órgãos provendo terapia enzimática permanente com ganho somático, melhora da função neurocognitiva e da qualidade de vida, além de prolongar a sobrevivência, especialmente quando realizado de forma precoce. Contudo, o diagnóstico ainda tardio da condição e, consequentemente, o baixo índice de resultados clínicos satisfatórios, as dificuldades de obtenção de doador compatível e os riscos associados ao transplante (morbidade, mortalidade e falha no enxerto) tem se tornado desafiadores para a implementação desta terapêutica neste grupo de pacientes(16). As crianças beneficiadas pelo tratamento apresentam melhoras importantes no quadro clínico, dentre elas o crescimento de estatura, a redução de secreções de vias áreas superiores, melhorando o padrão de sono, a obtenção de flexibilidade dos dedos das mãos. 8 Tornando possível às crianças as habilidades motoras finas e a frequência regular na escola, ausentando-se apenas no dia da TRE e retornando para casa ao final do dia (15). O provimento nutricional abaixo das necessidades recomendadas tem consequências mais relevantes em organismos em desenvolvimento/crescimento, como nas crianças e adolescentes, devido à prematuridade nas vias metabólicas e das funções fisiológicas, o que poderá ser agravado na presença de uma doença crônica. As alterações comuns da MPS, já descritas na literatura como nos lábios, língua, arcada dentária e mandíbula, bem como as alterações osteoarticulares, contribuem para um comprometimento de atos simples da vida prática, como vestir-se e alimentar-se, contribuindo com possíveis mudanças na alimentação e no estado nutricional desses pacientes (17). A equipe de enfermagem, atualmente, assume, gradativamente, o papel de coparticipação e escuta nas decisões técnicas e administrativas hospitalares, especialmente no que se refere à melhoria da qualidade no atendimento e da assistência humanizada. A terapia nutricional associada à correção das alterações metabólicas e das deficiências de micronutrientes torna-se parte indispensável do tratamento dos pacientes com MPS, de forma a melhorar a evolução da doença e também a qualidade de vida dessa população (15,17). O diagnóstico precoce deve ser estimulado tendo em vista as possibilidades de oferecer melhores cuidados para o paciente e a provisão de aconselhamento genético como oportunidade única para o planejamento familiar. Os cuidados envolvem não somente o tratamento sintomático multidisciplinar, mas também torna possível oferecer de forma imediata, terapias específicas (como a terapia de reposição enzimática ou o transplante de medula óssea) que têm mostrado efeito positivo em algumas manifestações clínicas e poderão intervir de forma positiva na história natural destas doenças (16). A MPS atinge vários tecidos e órgãos, causando sinais e sintomas multissistêmicos, por isso, exige no seu tratamento a presença de uma equipe de saúde multidisciplinar ao longo de toda a vida, com intuito de melhorar a qualidade de vida do paciente, uma vez que a mesma ainda não possui cura (18). CONSIDERAÇÕES FINAIS As mucopolissacaridoses são doenças raras, porém com grande importância na prática clínica de todos os profissionais da área da saúde. Causadas pelas deficiências inatas e hereditárias de enzimas lisossômicas específicas, que afetam a degradação de 9 glicosaminoglicanos. Não existe ainda um tratamento curativo para a doença e a terapia de reposição enzimática, mais utilizada hoje, impossibilita o início de alguns sintomas ou a melhora destes, se já estiverem presentes, interferindo positivamente na qualidade e na expectativa de vida dos pacientes. É importante ressaltar que o tratamento da MPS deve ser multidisciplinar, visando a qualidade de vida do paciente e dos seus familiares. Conclui-se que o diagnóstico e tratamento precoce impactam positivamente no prognóstico do paciente. Além disso, o tratamento é mais eficaz quando o paciente sente- se bem com o tratamento e possui boa qualidade de vida. FONTES CONSULTADAS (1) Padilha A. Doenças Raras de A a Z [internet]. 1ª ed. Conselho Federal de Medicina; 2015 [Acesso em: Abril 2018]. p. 102. Disponível em: http://www.vidasraras.org.br//site/livro/apmps_livro_doencas_raras_vol1.pdf. (2) Hospital das Clínicas de Porto Alegre. Serviço de Genética Médica. Mucopolissacaridose I – Síndromes de Huler, Huler-Scheie e Scheie [internet]. 200? [Acesso em: Abril 2018]. Disponível em: http://www.redempsbrasil.ufrgs.br/sobre/CartilhaMPSI.pdf. (3) Bochernitsan AN. Mucopolissacaridose IVA: análise molecular e caracterização de haplótipos intragênicos no gene Galns [Dissertação de mestrado]. 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