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FACULDADE ÚNICA CURSO DE SEGUNDA GRADUAÇÃO FORMAÇÃO PARA SEGUNDA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA LEIGMARCIA VIANA MARINS DE CARVALHO ORGANIZAÇÃO DA SALA DE AULA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Niterói-RJ 2021 FACULDADE ÚNICA CURSO DE SEGUNDA GRADUAÇÃO FORMAÇÃO PARA SEGUNDA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA LEIGMARCIA VIANA MARINS DE CARVALHO ORGANIZAÇÃO DA SALA DE AULA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Projeto de Intervenção da disciplina de Projeto Final da Formação para Segunda Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Única EaD, como requisito parcial e obrigatório para conclusão do curso. Niterói-RJ 2021 3 1 INTRODUÇÃO 1.1 Apresentação A organização da sala de aula da Educação Infantil é desafiadora para o professor e a experiência da utilização do espaço, como ambiente acolhedor e prazeroso, traz significado prático e pode propiciar diferentes aprendizagens. Esse tema foi escolhido pela necessidade do fortalecimento das relações e das interações sociais após o isolamento social. Com a volta as aulas, a sala de aula organizada, com cantos temáticos, pode ser um instrumento valioso para que aprendizagem seja rica de estímulos e informações, proporcionando interação dos alunos e o reconhecimento da seriedade das trocas que nela podem ocorrer além do crescimento, sensação de segurança e confiança dos alunos. Considera-se que o espaço também educa, assim como a linguagem e as relações interpessoais. Para tanto, Carvalho e Meneghini (2002) explanam que buscando uma perspectiva de sucesso para aprendizagem do educando no contexto da educação infantil, o espaço físico torna-se um elemento indispensável a ser observado. Para a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996, a Educação Infantil é a etapa da educação básica, tendo como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até seis anos, considerando-se suas particularidades física, psicológica, intelectual e social, integrando a ação da família e da comunidade. Partindo desse pressuposto, os objetivos da organização do espaço físico interno, além de assegurar reconhecimentos das especificidades etárias ou da utilização ampla do espaço interno, estão relacionados ao direito de ser criança e ao reconhecimento da sua participação ativa nesse processo. A organização do espaço da sala de aula deve ser conforme faixa etária (objetiva buscar perspectiva de sucessos para aprendizagem) e intencionalidade da proposta pedagógica. Deve ser comprometida com a aprendizagem de todos os alunos; realizada de modo que propicie não apenas a transmissão de conhecimentos, mas a oportunidade de vivenciar a riqueza cultural que o meio social oferece, estabelecendo condições quantitativas e qualitativas. Horn (2004) considera que a maneira como o espaço é organizado influencia significativamente na aprendizagem. 4 A autora ressalta que quanto mais esse espaço for desafiador e promover atividades conjuntas, mais irá permitir que os alunos se descentrem da figura do adulto, mais fortemente se constituirá como parte integrante da ação pedagógica. Quanto a importância diante a comunidade acadêmica, espera-se que esse projeto possa contribuir para o avanço do processo do conhecimento de sugestões de propostas pedagógicas e curriculares para organizar os espaços internos da Educação Infantil, com a intencionalidade de correlacionar os conhecimentos adquiridos no ambiente escolar com os contextos sociais que vivenciam, ampliando, assim, seu olhar sobre o mundo que a cerca. 1.2 Situação problema Para Sitta (2008) a organização do ambiente escolar tem se constituído, na maioria das vezes, num grande obstáculo para que se respeite o direito de brincar da criança. Levando em consideração que a turma é um espaço heterogêneo, as atividades envolvendo as crianças devem ser diversas, estimulando uma série de habilidades, interações sociais e competências. Diante disso, surge a problemática do estudo: Quais vantagens da organização da sala de aula, na Educação Infantil? 1.3 Local da intervenção Creche Comunitária Irmã Catarina. Niterói-RJ. 1.4 Sujeitos envolvidos na intervenção Crianças com faixa etária de 2 a 5 anos e 11 meses. 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral Demonstrar a importância da organização da sala de aula na promoção da aprendizagem na Educação Infantil. 2.2 Objetivos específicos • Analisar as vantagens da organização do espaço físico interno; • Relatar a importância do Brincar; 5 • Rela a importância do Brincar; • Apresentar cantos temáticos; 3 JUSTIFICATIVA Na otimização do processo ensino-aprendizagem, há necessidade de melhorar a prática de ensino utilizando diversos recursos: uso adequado dos espaços, equipamentos, recursos materiais e humanos, entre outros. O espaço interno é criado para que a criança adquira conhecimentos e propõe desafios que a farão avançar no desenvolvimento de suas habilidades. Destacar a importância do estudo do espaço faz-se necessário, pois, muitas vezes, em seus primeiros de vida, ela vivenciará aprendizagens ligadas aos espaços disponíveis e acessíveis a ela. Para Kishimoto (1999): [...]através das atividades lúdica os alunos vão interagindo, criando vínculos, bem como vai compreendendo como são e como funcionam as coisas e a sala de aula como espaço de cultura lúdica, é produto de múltiplas interações sociais, desde que emerge na criança (KISHIMOTO,1999, p.127). Diante disso, a exposição de imagens e outros estímulos intencionalmente organizados estimula a curiosidade e facilita a aprendizagem dos alunos assim, eles passam a ter a seu favor ambientes diversificados e mais estimulantes. Carvalho (2021) explana que tudo o que a criança aprende, acontece em um ambiente cuja características afetam em seu comportamento e aprendizado, portanto o espaço deve proporcionar novos desafios e estimular aprendizagens que faça a criança interagir de forma gradativa, possibilitando interações umas com as outras e criando sempre formas e diferentes jeitos de ensinar e aprender. Face o exposto, tal temática justifica-se pela contribuição para futuros estudos e discussões sobre a constituição do ambiente educativo como ferramenta pedagógica. Sua importância ampara-se na constatação de que uma sala de aula organizada se tornaambiente atrativo e propício para a aprendizagem, interação social e boas experiências para o desenvolvimento infantil. Este projeto busca estimular o interesse por estudos relativos à estruturação da personalidade da criança através bem como fornecer dados e incentivar a elaboração de novas pesquisas bibliográficas sobre o tema abord 6 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A Educação Infantil está diretamente ligada ao desenvolvimento humano. Desta forma, o ambiente em a criança está inserido atuará diretamente no desenvolvimento de habilidades e competências, bem como as pessoas com que ela tem contato. Goulart (2005) afirma que os estudos de Piaget sobre a epistemologia genética objetiva entender como o conhecimento evolui. Eles esclarecem que ao observarmos a maneira com que o conhecimento se desenvolve nas crianças, podemos entender melhor o desenvolvimento cognitivo humano. Diante disso, Cruz e Fonseca (2002) explanam sobre a teoria de Piaget, afirmando que durante a primeira infância faz-se por fases e implica conhecimentos de natureza sensório motora, ou seja, a criança percebe o mundo, tendo em conta uma percepção dele e atuando sobre ele. Na sua perspectiva, a competência moral e global(inteligência) é responsável pelas mudanças verificadas. Desenvolve e muda, na teoria de Piaget, o conhecimento estrutural. “Decorre não só de sistemas pré estruturados que se auto-organizam e constroem no indivíduo pela interação com o envolvimento” (p. 23). Troadec e Martinot (2003) denotam que no estágio sensório motor (0-2 anos), a criança elabora um conjunto de estruturas cognitivas que servirão de construções perceptivas e intelectuais posteriores, bem como um certo número de reações afetivas elementares que determinarão em parte a sua afetividade subsequente. Os autores esclarecem que Piaget defende a teoria que ao nascer o bebê apresenta padrões inatos de comportamento como o olhar, o sugar, o agarrar, o escutar, bem como atividades mais grosseiras do organismo; onde as modificações e comportamento ocorrem da interação desses padrões (reflexos) com o meio. Desta forma, o bebê inicia a construção de esquemas para assimilar o mundo à sua volta. No estágio pré-operatório (2 a 6 anos) a criança tem aptidão em imaginar símbolos para representar ou substituir os objetos e de brincar mentalmente com eles. Há um grande avanço do desenvolvimento devido ao início da linguagem. Freitas (2010) afirma que nesse estágio acontece a fase das condutas de representação ou manifestações da função simbólica, assim o sujeito adquire a capacidade de 7 representar os fatos ou histórias do cotidiano, pela imitação, linguagem, ou desenho, que são variadas condutas de representação simbólica de expressão do indivíduo. Wallon (1981) apresenta cinco estágios de desenvolvimento: estágio impulsivo- emocional (do nascimento a 1 ano) é um estágio predominantemente afetivo, onde as emoções são o principal instrumento. Nesta fase desenvolvem-se as condições sensório-motoras, como o olhar, o agarrar, o andar; estágio sensório-motor e projetivo (de 1 ano até aos 3 anos) quando ocorre uma grande exploração do espaço físico, através do andar, do agarrar, do apontar, de se sentar, de manipular, onde prevalecem as relações cognitivas; tudo isto acompanhado pela aquisição da fala. A criança também desenvolve neste estágio a inteligência prática e a sua capacidade de simbolizar, isto é, quando lhe falamos sobre algum objeto ela já é capaz de associá- lo mentalmente ao objeto em si; estágio do personalismo (desde os 3 anos até aos 6 anos) ocorre neste período a formação da personalidade através do contato social que tem e onde predominam as relações afetivas; estágio categorial. Já Vigotsky (1984) disserta que o aprendizado acontece em duas etapas, primeiro a interação, que seria denominada como função interpsicologia, depois a internalização dos conceitos, como uma função intrapsicológicas. Isso acontece a partir das relações de interação entre os sujeitos.A aprendizagem e o desenvolvimento acontecem do plano social para o individual. Nesse processo, os sujeitos mais experientes de uma cultura auxiliam os menos experientes, tornando possível que eles se apropriem das significações culturais. Assim, entende-se que a construção de conhecimentos é uma atividade compartilhada, trazendo implicações importantes para a educação. Coutinho (1992) afirma que Piaget, assim como Wallon e Vygotsky, nos introduz a linha sociointeracionista e esta, se apoia na existência de uma interação constante entre o sujeito e o meio e que esta interação é essencial para indivíduo. É cabível discorrer que Pilleti e Rossato (2011) afirmam que o processo de aprendizagem acontece a partir da aquisição de conhecimentos, habilidades, valores e atitudes através do estudo, do ensino ou da experiência. Para os autores, a construção de conhecimentos em sala de aula deve se constituir de forma gradativa adequando-se a cada estágio do desenvolvimento da criança. Quando ao professor, ele deve oportunizar situações de aprendizagem em que o aluno participe ativamente desse processo, ainda que a fonte desse conhecimento possa estar tanto no exterior (meio físico, social) como no seu interior. 8 Diante ao exposto, compreende-se que de modo geral, a aprendizagem pode ser entendida como um processo em que conhecimentos ou valores são adquiridos ou modificados pelos estudos, experiências, formação, raciocínio e observação. Ela utiliza os conhecimentos e teorias da neuropsicologia, psicologia, educação e pedagogia. Na otimização do processo ensino-aprendizagem, ocorre processo de melhorar a aprendizagem utilizando recursos. Dentre eles, o uso adequado dos espaços, equipamentos e recursos materiais e humanos existentes faz-se necessário. A organização da sala de aula deve ser feita conforme a intencionalidade da proposta pedagógica e comprometida com o processo ensino-aprendizagem de todos os alunos. Barbosa (2006) afirma que ela deve ser realizada de modo que propicie não apenas a transmissão de conhecimentos, mas a oportunidade de vivenciar a riqueza cultural que o meio social oferece, estabelecendo condições quantitativas e qualitativas. A organização do espaço traduz uma maneira de compreender a infância, de entender o papel da educação e do educador. Uma visão pedagógica estimula o desenvolvimento psicomotor, emocional, afetivo, cognitivo entre outras áreas, se identificando com as necessidades individuais de cada. Deve-se entender melhor as necessidades e dificuldades mais imediatas do sujeito justamente na busca de possibilidades de aprendizagem e compreensão não só de conteúdo, mas de valores também. Para Sarmento (2001, p. 13) a infância é uma construção social e os papéis sociais que são atribuídos a este grupo geracional mudam com as formas sociais, eles são historicamente produzidos, pois são objetos de variação e de mudança em função de variáveis sociais e como classe social, grupo étnico, entre outros. Portanto, as instituições precisam tornar seus espaços ambientes de construção de saber que sejam agradáveis, interessante e instigante. Para Oliveira (2007, p.193) o ambiente das pré-escolas pode ser considerado como um campo de vivência e explorações, zona de múltiplos recursos, possibilitando a criança reconhecer objetos, experiências, significados de palavras e expressões, além de ampliar o mundo de sensações e percepções. Na p.194, o autor complementa “[...]o ambiente constitui expressão de um sistema social com suas rotinas, relações, ideologias, entre outros. É esse sistema que prescreve a função de um espaço físico- social e as pessoas que o podem utilizar, o que podem fazer e com quem”. 9 O ambiente escolar deve atender as necessidades, psicológicas, sociais e históricas das crianças, considerandosua individualidade. O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) expõe: O espaço na instituição de educação infantil deve propiciar condições para que as crianças possam usufruí-lo em benefício do seu desenvolvimento e aprendizagem. Para tanto, o espaço deve ser seja versátil e permeável à sua ação, sujeito às modificações propostas pelas crianças e pelos professores em função das ações desenvolvidas (BRASIL,1998, p. 69). O espaço, é o lugar onde as crianças visualizam e vivenciam construções diárias e inúmeras experiências e interagem com o meio ambiente. A organização torna o espaço em um ambiente plural, mais atraente, rico em aprendizagens, brincadeiras, fantasias e sonhos. Horn (2004, p.15) destaca os estudos de Wallon e Vygotsky acerca da importância da relação entre o meio, enquanto “campo é local onde a criança aplica as condutas de que dispõe e retira os recursos para sua ação”. Acrescenta: “[...]é no espaço físico que a criança consegue estabelecer relações com as pessoas, transformando-o em um pano de fundo no qual se inserem emoções. Essa qualificação é o que o transforma em um ambiente” p.28). Corroborando Zabalza (1998) expõe importância do ambiente da sala de aula: [...] é muito mais do que um lugar para armazenar livros, mesas e materiais. Cuidadosamente o organizadamente disposto, acrescenta uma dimensão significativa à experiência educativa do estudante, atraindo o seu interesse, oferecendo informação, estimulando o emprego de destrezas, comunicando limites e expectativas, facilitando as atividades de aprendizagem, promovendo a própria orientação e apoiando através destes efeitos o desejo de aprender (ZABALZA, 1998, p.237). Quanto aos arranjos espaciais (maneira como o mobiliário estão posicionados) Carvalho e Rubiano (2010) afirmam que eles são classificados tomando como base as zonas circunscritas, que “são áreas espaciais claramente delimitadas pelo menos em três lados por barreiras formadas por mobiliário, parede, desnível do solo entre outros” (p.28). Temos três tipos de arranjos espaciais: O arranjo semiaberto e caracterizado pela presença de zonas circunscritas, proporcionando a criança uma visão fácil de todo o campo de ação, incluindo a localização das demais crianças. As crianças, geralmente em subgrupos, ocupam preferencialmente as zonas circunscritas, mesmo quando afastadas do adulto; em tais zonas geralmente ocorrem interações aflitivas entre crianças. Suas aproximações do adulto, embora menos frequentes, tendem a evocar mais respostas deste em comparação com outros arranjos. No arranjo aberto há ausência de zonas circunscritas, geralmente havendo um espaço central vazio. As interações entre as crianças são raras, as quais tendem permanecer em volta do adulto, porém ocorrendo pouca interação com ele. No arranjo fechado há presença de barreiras físicas, por exemplo um móvel alto, dividindo o local em duas ou mais áreas, impedindo uma visão 10 total da sala. Os alunos tendem a permanecer em volta do adulto, evitando aéreas onde a visão do mesmo não é possível, havendo poucas interações (CARVALHO e RUBIANO, 2010, p. 129). A exposição a imagens e outros estímulos intencionalmente organizados estimula a curiosidade e facilita a aprendizagem dos alunos. A criança passa ter a seu favor ambientes diversificados e mais estimulantes. Deve-se levar em consideração que o aluno passa a maior parte do seu tempo de escolarização na sala de aula. Para Lima (2001, p.16) quando bem-organizada, provoca também uma participação organizada das crianças, pois, elas intervêm no que acontece ao seu redor, reelaboram o mundo, sentem-se valorizadas e suas ações respeitadas e compreendidas. Passam a serem produtoras da história e da cultura em que estão inseridas, pois, muitas das aprendizagens, nos primeiros anos de vida, estão ligadas aos espaços disponíveis e/ou acessíveis as crianças. O lúdico é fundamental na formação da criança, podendo ser utilizado como um rico recurso para as práticas pedagógicas. Ele utiliza uma linguagem própria do universo infantil e assim, proporciona uma forma prazerosa e eficaz.de aprendizagem. Serra (1999, p. 1) disserta que o lúdico: “[...] é um fenômeno universal, presente em todas as épocas e civilizações. A permanência do lúdico em todo o percurso histórico e civilizacional, no mundo das crianças, dos jovens; um bom indicador da sua importância” No brincar as crianças vão se construindo como agentes de sua experiência social.Em seu estudo Neto (2003) faz abordagens sobre o brincar: “[...]comportamento mais comuns durante a infância e altamente atrativa e intrigante para os investigadores interessados nos domínios, educação, saúde e intervenção social” (p.5). Além de se expressar e se comunicar, elas se reconhecem como sujeito pertencente a um grupo social e contexto social. Brincadeira é divertimento típico da infância, isto é, uma atividade natural da criança, que não implica em compromisso, planejamento ou seriedade e que envolve comportamentos espontâneos e geradores de prazer. Brougère (2001, p. 99) define que brincadeira é uma mutação do sentido, da realidade; as coisas tornam-se outras. É um espaço à margem da vida comum, que obedece a regras criadas pela circunstância. Em Winnicott (1982) a experiência adquirida no “brincar” é considerada como parcela importante da vida de uma criança. As experiências tanto externas como 11 internas podem ser férteis para o adulto, mas essa riqueza encontra- se principalmente na brincadeira e na fantasia. Barboza e Volpini (2015) corroboram afirmando que a brincadeira simboliza a relação pensamento ação, e, sendo assim, constitui-se provavelmente na matriz formas de expressão gestual, falada e escrita. Vygotsky (1984) classificou o brincar em três fases: Distanciamento, Convenções e Imitação. Durante a primeira fase cria-se um distanciamento do seu meio social inicial, representado pela mãe, falar, andar e a se movimentar em volta das suas próprias coisas. A segunda fase, caracteriza-se pela imitação, onde ocorre cópia do modelo efetuadas pelos adultos. E, a terceira fase, é marcada pela convenção de que surgem regras e ações associadas a estas regras. Esta fase exige um maior nível de socialização, para que surjam novas soluções. Conforme o autor, o brincar é compreendido como atividade construída pela criança nas interações que estabelece com outros sujeitos e com os significados culturais do seu meio. Para Piaget (1998) o brincar constitui-se expressão e condição para o desenvolvimento infantil pois, enquanto as crianças brincam elas assimilam, acomodam e podem interferir na realidade. A assimilação predomina e elas incorporam o mundo à sua maneira sem nenhum compromisso com a realidade. Então, o brincar é considerada parte ativa, agradável e interativa do desenvolvimento intelectual. Piaget destaca três tipos de estruturas de jogos infantis: de exercício (0 a 18 meses -manifestação da linguagem); o de regra (6-7 anos em diante- relação social estreita) e o simbólico que aparece na fase do surgimento da linguagem (aproximadamente com 2 anos, até por volta dos 6/7 - a criança utiliza-se do jogo para explorar e testar as suas habilidades livremente). Em se tratando do brinquedo Bregolato (2007) conceitua como sendo o fenômeno que envolve pessoas e animais, que por sua vez podem nessas atividades, interagir com objetos. Sendo o jogo, o provocador dessa relação entre as pessoas e o ambiente, ele torna-se uma fonte de conhecimento. Torna-se então, uma metamorfose que modifica a realidade pelas manifestações lúdicas. Com os brinquedos, a criança incorpora o mundo à sua maneira. Sobre a função do brinquedo Maluf (2003) nos orienta: Habitualmente, o brinquedo é visto como uma atividade espontânea, que tem função autônoma. Não é fácil englobar,em uma única forma a essência do brinquedo. Mesmo sendo uma atividade espontânea, o brinquedo desenvolve-se dentro de limites e de lugar estabelecido e, sobretudo segundo normas próprias. Ele é definido pelo próprio participante como fictício, como não real, como estranho à vida efetiva (é de brincadeira, não é a sério); 12 todavia, é capaz de absorver inteiramente o indivíduo, que se afasta da realidade (MALUF, 2003, p. 18). Através dos jogos é despertado nas crianças características como observação, reflexão, raciocínio, coordenação motora, comunicação, diferentes pensamentos, maneiras de agir em diferentes situações, o respeito a outros colegas, a solidariedade, surgindo também o medo, raiva, indecisões e as maneiras de resolução para diversas situações que possam impedir o bem-estar das crianças no brincar. Através deste mundo lúdico criado pela criança, ela isola-se e cria personagens como a de pai, a de mãe, a de rei. Este isolamento faz sobressair a personalidade que se considera o jogo, evasão e compensação. O conteúdo do jogo diz muito da motivação intrínseca da criança, seja para resolver conflitos, como pensam muitos psicanalistas, seja para construir um conhecimento, que é absorvido pela ação de representar. Brotto(1996) descreve:[...] “Dentro de uma harmonia entre crescimento e desenvolvimento, o jogo deve ser valorizado no processo educacional onde oportuniza os movimentos gerais” (p. 15). As limitações impostas, o espaço colocado à disposição da escola, na cidade, em casa, vai pesar sobre a prática lúdica, pois brincar implica em tempo, espaço e liberdade. Cabe ao profissional buscar referências e programas de atividades que proporcionem benefícios e participação das crianças independente de sua condição. Ele é muito importante na organização da sala de aula. Seu papel ativo é destacado por Baquerro (2000): [...] na educação também cabe ao mestre um papel ativo: o de cortar, talhar e esculpir os elementos do meio, combiná-los pelos mais variados modos para que eles realizem a tarefa de que ele, mestre, necessita. Deste modo, o processo educativo já se torna trilateralmente ativo: é ativo o aluno, é ativo o mestre, é ativo o meio criado entre eles(BAQUERRO, 2000, p. 27). Bomtempo (1996) aponta dois tipos de intervenção no brincar das crianças: participativo e dirigido. Participativo: quando a interação do professor visa a aprendizagem incidental durante o jogo: as crianças encontram um problema e o professor ajuda-as na solução; quando estimulam a usar a imaginação durante o jogo, o que pode levar a criança a ser menos repetitiva, mais inventiva já no estilo dirigido o professor dirige as atividades para situações não lúdicas, desvalorizando o brincar, que deixa de ser espontâneo, impedindo a criatividade. 13 A organização do espaço interno tem papel fundamental no ensino- aprendizagem. O espaço entra como a dimensão física, uma dimensão possibilitadora das atividades de imaginação e da concretização da imitação. Elas são consideradas atividades importantes realizadas na educação infantil e o DCNEI considera as interações e as brincadeiras como eixos norteadores da proposta curricular (BRASIL,2010). As orientações curriculares na Educação Infantil se subdividem em Linguagens: oral e escrita; Matemática; Ciências Sociais e Naturais; Corpo e Movimento; Linguagens Artísticas: Música e Artes Visual. Essa subdivisão é apenas para facilitar a leitura do documento, pois, ela dissolve quando as crianças vivenciam, no cotidiano, experiências das mais diversas e que integram vários conhecimentos (OCEI, 2010). A interação entre os grupos é importante, para o aluno receber atenção do professor. Barboza e Volpini (2015) expõem: O professor organiza um espaço semiaberto de atividades, que garante a criança vê-lo e, ao mesmo tempo, interagir com um ou mais parceiros, circular entre os grupos e lhes dá uma atenção mais individualizada, remodelando os cantinhos de tempos em tempos. Entretidas as crianças produzem conhecimentos e significações partilhadas, num clima de tranquilidade e concentração (BARBOZA e VOLPINI, 2015, p. 38). . Uma sala de aula de Educação Infantil dever ser, inicialmente, um cenário muito estimulante, capaz de facilitar e sugerir múltiplas possibilidades de ação. Deve conter materiais de todos os tipos e condições, comerciais e construídos, alguns mais formais e relacionados com atividades acadêmicas e outros provenientes da vida real, de alta qualidade ou descartáveis, de todas as formas e tamanhos (ZABALZA, 1998, p. 53). A promoção de atividades conjuntas, permitem que as crianças produzam conhecimentos gerando aprendizagens significativas e mais forte se constituirão como partes integrantes da ação pedagógica. Os cantos temáticos podem ser chamados também como zonas circunscritas, que representam áreas fechadas, com apenas três ou quatro lados delimitando o espaço. “Com a chegada dos “cantos” e a organização funcional das salas de aula aconteceu uma verdadeira revolução na forma de conceber uma aula de Educação Infantil e na forma de organizar o trabalho na mesma” (ZABALZA, 1998, p. 229). Os espaços devem ser organizados de modo que ofereçam diversas oportunidades de explorar novas experiências, para que as crianças se apropriem dos significados socialmente construídos e atribuam sentidos a eles. A proposta dos cantos temáticos é forma de organizar o tempo e o espaço. Quando falamos sobre a 14 organização dos cantos temáticos, é preciso pensar que este, refletindo na visão de Horn e Haddad (2006, p. 40), “[…] deve considerar a faixa etária das crianças […]”, ser prazeroso, acolhedor, rico e estimulador para que as crianças tenham oportunidades de se expressar, brincar, explorar o ambiente e sentir-se autônoma. Oportunizar cantos temáticos na Educação Infantil faz com que a criança tenha estímulos para o desenvolvimento da imaginação, faz-de-conta, autonomia, socialização e cognição. É importante que os cantos sejam frequentemente trocados. Deve-se orientar sobre a limpeza e organização do material para auxiliar na autonomia e colaboração dos alunos. O papel do professor como mediador e orientador deve ser notório. Segundo Carvalho e Meneghini (2002) é importante que as crianças tenham a visão do professor, pois se elas perceberem que o professor não está presente, não permanecerão por muito tempo nos cantos propostos e a ideia é que elas brinquem e se sintam confortáveis nesses espaços e que seja algo prazeroso e não preocupante para que de certa maneira sem que percebam estejam se aproximando umas das outras e aprendendo coletivamente. 4.1 Propostas de cantos temáticos Os cantos temáticos apresentam atividades diversas na programação da rotina. De acordo com a programação a criança tem opções de escolhas oferecidas pelo professor, proporcionando acesso aos meios que contribuem para o seu desenvolvimento integral. Tem sido muito valorizada a organização de áreas de atividades diversificadas: os “cantinhos” da casinha, do cabelereiro, do médico e do dentista; do supermercado, da leitura, do descanso. Eles permitem que cada criança possa interagir com pequeno número de companheiros, possibilitando-lhes melhor coordenação de suas ações e a criação de um enredo comum na brincadeira o que aumenta a troca e o aperfeiçoamento da linguagem (OLIVEIRA, 2005, p. 195). Ao organizar os cantos temáticos, o professor configura os aspectos culturais como também os físicos e com isso a criança se aprofunda nos papéis que escolhe e utiliza um determinado tipo de linguagem. Eles podem ser montados de acordo com as atividades trabalhadas ou conforme o interesse das crianças: • Canto da Matemática :As crianças poderão participar de situações que envolvem noções de grandezas e medidasde tempo, volume, peso, contagem; relações entre quantidades; noções de espaço e formas; de 15 números, classificações, associações e comparações diversas (OCEI, 2010). • Canto da Natureza: Encorajamento para questionamentos e construção de conhecimentos através da observação, formulação de hipóteses, experimentação, registro, comunicação e interpretação de resultados (OCEI, 2010). • Canto Médico e do Dentista: Nesse canto o professor poderá estabelecer a importância das profissões (MEDEL,2014). • Canto da Feira: A criança aprende e cresce progressivamente, quando entra em contato com a diversidade de materiais e as possibilidades da linguagem visual (MEDEL,2014). • Canto das Artes Visuais: É importante que o educador esteja sempre atento aos desenhos das crianças para analisar as formas que elas desenham, as cores que utilizam, isto é, a forma que eles reagem diante de um papel onde eles se expressam ainda mais quando se trata de desenhos livres (BARBOZA e VOLPINI, 2015). • Canto de Leitura: Deve confortável, organizado e bem ornamentado. Os livros e revistas devem estar bem arrumados e acessíveis. Na Orientação Curriculares da Educação Infantil (OCEI ,2010) está descrito que as crianças estão expostas ao mundo da leitura e da escrita desde a mais tenra idade e, assim, vão construindo suas ideias sobre a aquisição da escrita e da leitura no dia a dia. • Cantinho do Teatro: Para possibilitar o desenvolvimento da linguagem corporal, é necessário organizar um ambiente favorável com materiais diversificados (BARBOZA e VOLPINI, 2015). • Canto das Fantasias: Essa atividade pode ser ampliada e desenvolvida conforme a programação do professor. Sugere-se desfile de moda, dramatização de um conto ou história (BARBOZA e VOLPINI, 2015). • Canto da Música e Dança: Na construção de instrumentos a criança tem a oportunidade de novas vivências no trabalhar em grupo, ao pesquisar, na imaginação e criação de vários novos instrumentos, familiarização com o som e seus elementos, além de trabalhar a musculatura fina. “A criação de instrumentos musicais e/ou objetos 16 sonoros com sucata é uma atividade que desperta a curiosidade e o interesse das crianças” (Bueno,2012, p.117). Corroborando, Medel (2014) sugere que organize num canto da sala um tapete de EVA com algumas almofadas que podem ser transportadas do cantinho da leitura. Nesse lugar será realizada a musicalização infantil e dança. Os instrumentos podem ser guardados em caixas ou armário para distribuir na hora da apresentação. A maioria deles pode ser feito utilizando sucatas. 5 PERCURSO METODOLÓGICO A abordagem pedagógica escolhida para esse projeto é a Sociocultural. Nessa abordagem, o homem se torna o sujeito da história, por meio da reflexão e pela análise do meio onde vive. Ela está centrada no estudo do desenvolvimento humano enquanto processo, que se dá nas interações sociais, segundo Vygotsky (1989). Os procedimentos metodológicos iniciais para esta pesquisa foram bibliográficos com caráter qualitativo. Michaliszyn (2008, p. 51) disserta “[...]pesquisa bibliográfica trata-se da pesquisa desenvolvida a partir de referências teóricas que apareçam em livros, artigos, documentos, entre outros”. Para Godoy (1995) a pesquisa qualitativa contribui na busca do entendimento e significado que um determinado fenômeno tem na vida das pessoas, preferencialmente no ambiente natural do sujeito, com o propósito de viabilizar uma compreensão neutra e dinâmica do ser humano. As primeiras etapas da investigação consistiram na concretização de pesquisa bibliográfica em livros, artigos, teses e dissertações sobre o tema com a análise documental de publicações oficiais do Ministério da Educação que versam sobre o espaço escolar, objetivando maior clareza sobre o tema da pesquisa. Após o aprofundamento teórico, deu-se início à produção de dados com a organização do espaço. Considerou-se o espaço disponível, idade das crianças e a disponibilidade de materiais e recursos, dando prioridade aos materiais recicláveis e os de baixo custo econômico. Etapas da execução do Projeto: • Aprofundamento teórico da pesquisa; • Análise do espaço físico interno; 17 • Planejamento das atividades lúdicas de acordo com agrupamento; • Levantamento de materiais e recursos necessários; • Montagem e digitação do Projeto; • Arrumação e organização da sala de aula. 6 RECURSOS • Canto da Matemática : blocos variados de tamanho adequado para encaixar, empilhar, empurrar, puxar, sequências de objetos e figuras para contagem; (réguas, balança, calendário, relógio, fitas métricas e trenas), jogos quebra- cabeças com motivos matemáticos e para desenvolvimento de raciocínio; números e formas variadas recortadas em papéis para utilização em projetos, ilustrações, colagens e tarefas; materiais que trabalhem diferentes categorias, modelos, formatos, sequências, semelhanças, diferenças, quantidade, correspondência; loto, bingo, entre outros (OCEI, 2010). • Canto da Natureza :Mapas; livros sobre natureza, animais e plantas para ensinar a fazer experiências; lente de aumento; ímã e materiais de metal; tesouras; recipientes (cestas, caixas, entre outros) de vários tamanhos e formatos; coleções de elementos naturais (conchas, folhas, galhos, pedras, castanhas, flores); relógio analógico; ampulheta, balança; quebra-cabeças temáticos; microscópios; quebra-cabeça de maior número de peças com motivos variados: animais, plantas, cenários, corpo humano; kits científicos para exploração específica, por exemplo, com telescópio; cola, barbante e outros fios (lã, por exemplo), durex para auxiliar as experimentações, terrários, aquários entre outros (OCEI, 2010). • Canto Médico e Dentista: toucas, máscaras, luvas cirúrgicas, embalagens de remédios, esparadrapo, jalecos, fichas médicas, bonecos, que sirvam de pacientes; estetoscópio, termômetro entre outros. É importante ressaltar, que por ter bonecos nesse canto, não significa que as crianças não possam ser o paciente, ou ainda optar por atuar como mãe e o boneco como seu filho (MEDEL,2014). • Canto da Feira: Caixotes de leite, carrinho de feira, sacolas de papel, balança (pode ser feita com sucata), calculadora, canetinha para marcar preços, 18 avental, lenço, boné, flores e folhas secas, frutas e legumes de plástico ou papel machê, roupas, objetos, brinquedos, dinheiro de faz de conta, carteiras, barbante e pregadores para prender preços dos produtos. O professor pode diversificar o material confeccionando ou utilizando brinquedos para esse fim (MEDEL,2014). • Canto das Artes Visuais: esponja, tecidos, madeiras, rolhas, argila, hidrocor giz de cera, cartolina, papel espelho, papelão, pardo (Kraft), papel ofício colorido (papeis diversos), revistas, tesourinha, cola de bastão, palitos de sorvetes e picolés, massinha de modelar, pincel, tinta guache, entre outros (BARBOZA e VOLPINI, 2015). • Canto da Leitura :caixas de histórias, aventais, fantoches, livros de vários gêneros textuais. Todo material que for afixado na parede (murais, quadros de chamada de giz, linhas do tempo, janelinhas do tempo, cartazes, entre outros), deverão ser colocados de acordo coma estatura dos alunos para que estes possam visualizá-los (BARBOZA e VOLPINI, 2015). • Canto do Teatro: maquiagens infantis, perucas, fantasias, bolsas, chapéus e outros, para desenvolver a criatividade. (pintura a dedo, massa de modelar, lápis de cor, giz de cera, folhas brancas e coloridas, entre outros); palco para teatrinho e fantoches (BARBOZA e VOLPINI, 2015). • Canto das Fantasias: Diversos estilos de roupas para realização de desfile de moda, :sapatos, óculos, chapéu, bonés, cachecóis, perucas, bijuterias, entre outros (BARBOZA e VOLPINI,2015). Canto da Música e Dança: :Um rádio comum, cds de músicasinfantis ou aparelho celular (conectado à internet) e caixa de som. Para confecção de instrumento sugere-se: compre cocos na feira, lixe bem as duas partes da casca e pinte. Com tampas e arame faça guizos. Chocalhos podem ser feitos de rolo de papel com sementes ou garrafas pet. O tambor pode ser feito com latas e colher de pau (MEDEL, 2014). 7 AVALIAÇÃO A avaliação será realizada pela observação crítica das atividades realizadas e emprego de registro dos trabalhos e dos seus respectivos resultados, por meio de relatórios descritivos, portfólios e álbuns. Eles permitem organizar informações 19 referentes ao desenvolvimento de cada criança e contribuem para detectar as dificuldades de cada uma e intervir pontualmente. Para resultados satisfatórios, as anotações deverão ser diárias. Assim, é possível detalhar aspectos do comportamento, nível de envolvimento nas atividades, participação e outros itens relevantes para otimizar a avaliação na educação infantil. 8 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES Quadro 1 – Cronograma Organização da sala de aula na Educação Infantil Leigmarcia Viana Marins de Carvalho Período Número Atividades Set./2021 Out./2021 Nov./2021 Dez./2021 1 Aprofundamento teórico da pesquisa. X 2 Escolha do Local. X 3 Análise do espaço físico interno. X 4 Planejamento das atividades lúdicas de acordo com agrupamento. X 5 Levantamento de materiais e recursos necessários. X 6 Montagem e digitação do Projeto X 7 Arrumação e organização da sala de aula. X Fonte: O autor 20 9 RESULTADOS ESPERADOS • Canto da Matemática: Oportunidade de explorar de forma intencional e lúdica diferentes usos e funções dos números: codificar (telefones, máquina de calcular e documentos como carteira de identidade); medir (relógio, calendário, receitas, balança e fita métrica) e quantificar (embalagens que indicam o conteúdo que contêm) (OCEI, 2010). • Canto da Natureza: Possibilidades de desenvolvimento da relação das crianças com o mundo, instigando-as, incentivando-as, desafiando-as na organização interna de informações (OCEI, 2010). • Canto Médico e do Dentista: Permitir o brincar, estimular o desenvolvimento psicomotor, a criatividade e autenticidade de cada aluno (O AUTOR). • Canto da Feira: Desenvolver o raciocínio lógico, disponibilizar produtos diversos para trabalhar sua utilidade, desenvolver a noção de valores e consumo (O AUTOR). • Canto das Artes Visuais: Ampliar as possibilidades de pesquisa, valorizando a exploração gráfica, desenvolvimento do senso crítico e estético. Quanto mais a desenha, esculpe, molda e pinta com diferentes tintas, materiais, mais possibilidades terá de elaborar sua linguagem artística (OCEI, 2010). • Canto da Leitura: Aprendizagem de como se expressar e apreciar a opinião dos outros (O AUTOR). • Canto do Teatro: Desenvoltura dos contextos vividos e desenvolvimento da criatividade, raciocínio e da psicomotricidade (O AUTOR). • Canto das Fantasias: Estimular a criança a comandar a história, desenvolver: fantasia, ordenação das ideias, criatividade, socialização e a integração social (O AUTOR). • Canto da Música e Dança: Possibilidade de apropriação da comunicação com o mundo; incentivo da criatividade, desenvolvimento das habilidades de desempenho (orientação espacial, lateralidade e equilíbrio) e dos elementos psicomotores (OCEI, 2010). 21 REFERÊNCIAS BAQUERO, R. Vygotsky e a aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. BARBOSA, M. C. S. Por amor e por força: rotinas na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2006. 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