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PROJETO DE INTERVENÇÃP ORGANIZAÇÃO DA SALA

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FACULDADE ÚNICA 
 
CURSO DE SEGUNDA GRADUAÇÃO 
FORMAÇÃO PARA SEGUNDA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
LEIGMARCIA VIANA MARINS DE CARVALHO 
 
 
 
 
 
ORGANIZAÇÃO DA SALA DE AULA 
NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Niterói-RJ 
 
2021 
 
 
 
 
 
 
FACULDADE ÚNICA 
CURSO DE SEGUNDA GRADUAÇÃO 
FORMAÇÃO PARA SEGUNDA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
LEIGMARCIA VIANA MARINS DE CARVALHO 
 
 
 
 
 
ORGANIZAÇÃO DA SALA DE AULA 
NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
 
 
 
 Projeto de Intervenção da disciplina de Projeto 
Final da Formação para Segunda Licenciatura 
em Pedagogia da Faculdade Única EaD, como 
requisito parcial e obrigatório para conclusão 
do curso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Niterói-RJ 
2021 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
1.1 Apresentação 
A organização da sala de aula da Educação Infantil é desafiadora para o 
professor e a experiência da utilização do espaço, como ambiente acolhedor e 
prazeroso, traz significado prático e pode propiciar diferentes aprendizagens. Esse 
tema foi escolhido pela necessidade do fortalecimento das relações e das interações 
sociais após o isolamento social. Com a volta as aulas, a sala de aula organizada, 
com cantos temáticos, pode ser um instrumento valioso para que aprendizagem seja 
rica de estímulos e informações, proporcionando interação dos alunos e o 
reconhecimento da seriedade das trocas que nela podem ocorrer além do 
crescimento, sensação de segurança e confiança dos alunos. 
Considera-se que o espaço também educa, assim como a linguagem e as 
relações interpessoais. Para tanto, Carvalho e Meneghini (2002) explanam que 
buscando uma perspectiva de sucesso para aprendizagem do educando no contexto 
da educação infantil, o espaço físico torna-se um elemento indispensável a ser 
observado. 
 Para a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996, a 
Educação Infantil é a etapa da educação básica, tendo como finalidade o 
desenvolvimento integral da criança de até seis anos, considerando-se suas 
particularidades física, psicológica, intelectual e social, integrando a ação da família e 
da comunidade. Partindo desse pressuposto, os objetivos da organização do espaço 
físico interno, além de assegurar reconhecimentos das especificidades etárias ou da 
utilização ampla do espaço interno, estão relacionados ao direito de ser criança e ao 
reconhecimento da sua participação ativa nesse processo. 
 A organização do espaço da sala de aula deve ser conforme faixa etária 
(objetiva buscar perspectiva de sucessos para aprendizagem) e intencionalidade da 
proposta pedagógica. Deve ser comprometida com a aprendizagem de todos os 
alunos; realizada de modo que propicie não apenas a transmissão de conhecimentos, 
mas a oportunidade de vivenciar a riqueza cultural que o meio social oferece, 
estabelecendo condições quantitativas e qualitativas. Horn (2004) considera que a 
maneira como o espaço é organizado influencia significativamente na aprendizagem. 
4 
 
A autora ressalta que quanto mais esse espaço for desafiador e promover atividades 
conjuntas, mais irá permitir que os alunos se descentrem da figura do adulto, mais 
fortemente se constituirá como parte integrante da ação pedagógica. 
 Quanto a importância diante a comunidade acadêmica, espera-se que esse 
projeto possa contribuir para o avanço do processo do conhecimento de sugestões de 
propostas pedagógicas e curriculares para organizar os espaços internos da 
Educação Infantil, com a intencionalidade de correlacionar os conhecimentos 
adquiridos no ambiente escolar com os contextos sociais que vivenciam, ampliando, 
assim, seu olhar sobre o mundo que a cerca. 
 1.2 Situação problema 
Para Sitta (2008) a organização do ambiente escolar tem se constituído, na 
maioria das vezes, num grande obstáculo para que se respeite o direito de brincar da 
criança. Levando em consideração que a turma é um espaço heterogêneo, as 
atividades envolvendo as crianças devem ser diversas, estimulando uma série de 
habilidades, interações sociais e competências. Diante disso, surge a problemática do 
estudo: Quais vantagens da organização da sala de aula, na Educação Infantil? 
 
1.3 Local da intervenção 
Creche Comunitária Irmã Catarina. Niterói-RJ. 
1.4 Sujeitos envolvidos na intervenção 
Crianças com faixa etária de 2 a 5 anos e 11 meses. 
2 OBJETIVOS 
2.1 Objetivo geral 
Demonstrar a importância da organização da sala de aula na promoção da 
aprendizagem na Educação Infantil. 
2.2 Objetivos específicos 
• Analisar as vantagens da organização do espaço físico interno; 
• Relatar a importância do Brincar; 
5 
 
• Rela a importância do Brincar; 
• Apresentar cantos temáticos; 
 
3 JUSTIFICATIVA 
 Na otimização do processo ensino-aprendizagem, há necessidade de melhorar 
a prática de ensino utilizando diversos recursos: uso adequado dos espaços, 
equipamentos, recursos materiais e humanos, entre outros. O espaço interno é criado 
para que a criança adquira conhecimentos e propõe desafios que a farão avançar no 
desenvolvimento de suas habilidades. Destacar a importância do estudo do espaço 
faz-se necessário, pois, muitas vezes, em seus primeiros de vida, ela vivenciará 
aprendizagens ligadas aos espaços disponíveis e acessíveis a ela. Para Kishimoto 
(1999): 
 [...]através das atividades lúdica os alunos vão interagindo, criando vínculos, 
bem como vai compreendendo como são e como funcionam as coisas e a 
sala de aula como espaço de cultura lúdica, é produto de múltiplas interações 
sociais, desde que emerge na criança (KISHIMOTO,1999, p.127). 
 
 Diante disso, a exposição de imagens e outros estímulos intencionalmente 
organizados estimula a curiosidade e facilita a aprendizagem dos alunos assim, eles 
passam a ter a seu favor ambientes diversificados e mais estimulantes. Carvalho 
(2021) explana que tudo o que a criança aprende, acontece em um ambiente cuja 
características afetam em seu comportamento e aprendizado, portanto o espaço deve 
proporcionar novos desafios e estimular aprendizagens que faça a criança interagir de 
forma gradativa, possibilitando interações umas com as outras e criando sempre 
formas e diferentes jeitos de ensinar e aprender. 
 Face o exposto, tal temática justifica-se pela contribuição para futuros estudos 
e discussões sobre a constituição do ambiente educativo como ferramenta 
pedagógica. Sua importância ampara-se na constatação de que uma sala de aula 
organizada se tornaambiente atrativo e propício para a aprendizagem, interação 
social e boas experiências para o desenvolvimento infantil. Este projeto busca 
estimular o interesse por estudos relativos à estruturação da personalidade da criança 
através bem como fornecer dados e incentivar a elaboração de novas pesquisas 
bibliográficas sobre o tema abord
6 
 
 
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
A Educação Infantil está diretamente ligada ao desenvolvimento humano. 
Desta forma, o ambiente em a criança está inserido atuará diretamente no 
desenvolvimento de habilidades e competências, bem como as pessoas com que ela 
tem contato. Goulart (2005) afirma que os estudos de Piaget sobre a epistemologia 
genética objetiva entender como o conhecimento evolui. Eles esclarecem que ao 
observarmos a maneira com que o conhecimento se desenvolve nas crianças, 
podemos entender melhor o desenvolvimento cognitivo humano. 
Diante disso, Cruz e Fonseca (2002) explanam sobre a teoria de Piaget, 
afirmando que durante a primeira infância faz-se por fases e implica conhecimentos 
de natureza sensório motora, ou seja, a criança percebe o mundo, tendo em conta 
uma percepção dele e atuando sobre ele. Na sua perspectiva, a competência moral e 
global(inteligência) é responsável pelas mudanças verificadas. Desenvolve e muda, 
na teoria de Piaget, o conhecimento estrutural. “Decorre não só de sistemas pré 
estruturados que se auto-organizam e constroem no indivíduo pela interação com o 
envolvimento” (p. 23). 
Troadec e Martinot (2003) denotam que no estágio sensório motor (0-2 anos), 
a criança elabora um conjunto de estruturas cognitivas que servirão de construções 
perceptivas e intelectuais posteriores, bem como um certo número de reações afetivas 
elementares que determinarão em parte a sua afetividade subsequente. Os autores 
esclarecem que Piaget defende a teoria que ao nascer o bebê apresenta padrões 
inatos de comportamento como o olhar, o sugar, o agarrar, o escutar, bem como 
atividades mais grosseiras do organismo; onde as modificações e comportamento 
ocorrem da interação desses padrões (reflexos) com o meio. Desta forma, o bebê 
inicia a construção de esquemas para assimilar o mundo à sua volta. 
No estágio pré-operatório (2 a 6 anos) a criança tem aptidão em imaginar 
símbolos para representar ou substituir os objetos e de brincar mentalmente com eles. 
Há um grande avanço do desenvolvimento devido ao início da linguagem. Freitas 
(2010) afirma que nesse estágio acontece a fase das condutas de representação ou 
manifestações da função simbólica, assim o sujeito adquire a capacidade de 
7 
 
representar os fatos ou histórias do cotidiano, pela imitação, linguagem, ou desenho, 
que são variadas condutas de representação simbólica de expressão do indivíduo. 
Wallon (1981) apresenta cinco estágios de desenvolvimento: estágio impulsivo-
emocional (do nascimento a 1 ano) é um estágio predominantemente afetivo, onde as 
emoções são o principal instrumento. Nesta fase desenvolvem-se as condições 
sensório-motoras, como o olhar, o agarrar, o andar; estágio sensório-motor e projetivo 
(de 1 ano até aos 3 anos) quando ocorre uma grande exploração do espaço físico, 
através do andar, do agarrar, do apontar, de se sentar, de manipular, onde prevalecem 
as relações cognitivas; tudo isto acompanhado pela aquisição da fala. A criança 
também desenvolve neste estágio a inteligência prática e a sua capacidade de 
simbolizar, isto é, quando lhe falamos sobre algum objeto ela já é capaz de associá-
lo mentalmente ao objeto em si; estágio do personalismo (desde os 3 anos até aos 6 
anos) ocorre neste período a formação da personalidade através do contato social 
que tem e onde predominam as relações afetivas; estágio categorial. 
 Já Vigotsky (1984) disserta que o aprendizado acontece em duas etapas, 
primeiro a interação, que seria denominada como função interpsicologia, depois a 
internalização dos conceitos, como uma função intrapsicológicas. Isso acontece a 
partir das relações de interação entre os sujeitos.A aprendizagem e o 
desenvolvimento acontecem do plano social para o individual. Nesse processo, os 
sujeitos mais experientes de uma cultura auxiliam os menos experientes, tornando 
possível que eles se apropriem das significações culturais. Assim, entende-se que a 
construção de conhecimentos é uma atividade compartilhada, trazendo implicações 
importantes para a educação. 
 Coutinho (1992) afirma que Piaget, assim como Wallon e Vygotsky, nos introduz 
a linha sociointeracionista e esta, se apoia na existência de uma interação constante 
entre o sujeito e o meio e que esta interação é essencial para indivíduo. 
 É cabível discorrer que Pilleti e Rossato (2011) afirmam que o processo de 
aprendizagem acontece a partir da aquisição de conhecimentos, habilidades, valores 
e atitudes através do estudo, do ensino ou da experiência. Para os autores, a 
construção de conhecimentos em sala de aula deve se constituir de forma gradativa 
adequando-se a cada estágio do desenvolvimento da criança. Quando ao professor, 
ele deve oportunizar situações de aprendizagem em que o aluno participe ativamente 
desse processo, ainda que a fonte desse conhecimento possa estar tanto no exterior 
(meio físico, social) como no seu interior. 
8 
 
 Diante ao exposto, compreende-se que de modo geral, a aprendizagem pode 
ser entendida como um processo em que conhecimentos ou valores são adquiridos 
ou modificados pelos estudos, experiências, formação, raciocínio e observação. Ela 
utiliza os conhecimentos e teorias da neuropsicologia, psicologia, educação e 
pedagogia. 
 Na otimização do processo ensino-aprendizagem, ocorre processo de melhorar 
a aprendizagem utilizando recursos. Dentre eles, o uso adequado dos espaços, 
equipamentos e recursos materiais e humanos existentes faz-se necessário. A 
organização da sala de aula deve ser feita conforme a intencionalidade da proposta 
pedagógica e comprometida com o processo ensino-aprendizagem de todos os 
alunos. Barbosa (2006) afirma que ela deve ser realizada de modo que propicie não 
apenas a transmissão de conhecimentos, mas a oportunidade de vivenciar a riqueza 
cultural que o meio social oferece, estabelecendo condições quantitativas e 
qualitativas. A organização do espaço traduz uma maneira de compreender a infância, 
de entender o papel da educação e do educador. 
Uma visão pedagógica estimula o desenvolvimento psicomotor, emocional, 
afetivo, cognitivo entre outras áreas, se identificando com as necessidades individuais 
de cada. Deve-se entender melhor as necessidades e dificuldades mais imediatas do 
sujeito justamente na busca de possibilidades de aprendizagem e compreensão não 
só de conteúdo, mas de valores também. Para Sarmento (2001, p. 13) a infância é 
uma construção social e os papéis sociais que são atribuídos a este grupo geracional 
mudam com as formas sociais, eles são historicamente produzidos, pois são objetos 
de variação e de mudança em função de variáveis sociais e como classe social, grupo 
étnico, entre outros. Portanto, as instituições precisam tornar seus espaços ambientes 
de construção de saber que sejam agradáveis, interessante e instigante. 
 Para Oliveira (2007, p.193) o ambiente das pré-escolas pode ser considerado 
como um campo de vivência e explorações, zona de múltiplos recursos, possibilitando 
a criança reconhecer objetos, experiências, significados de palavras e expressões, 
além de ampliar o mundo de sensações e percepções. Na p.194, o autor complementa 
“[...]o ambiente constitui expressão de um sistema social com suas rotinas, relações, 
ideologias, entre outros. É esse sistema que prescreve a função de um espaço físico-
social e as pessoas que o podem utilizar, o que podem fazer e com quem”. 
9 
 
O ambiente escolar deve atender as necessidades, psicológicas, sociais e 
históricas das crianças, considerandosua individualidade. O Referencial Curricular 
Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) expõe: 
O espaço na instituição de educação infantil deve propiciar condições para 
que as crianças possam usufruí-lo em benefício do seu desenvolvimento e 
aprendizagem. Para tanto, o espaço deve ser seja versátil e permeável à sua 
ação, sujeito às modificações propostas pelas crianças e pelos professores 
em função das ações desenvolvidas (BRASIL,1998, p. 69). 
 
 O espaço, é o lugar onde as crianças visualizam e vivenciam construções 
diárias e inúmeras experiências e interagem com o meio ambiente. A organização 
torna o espaço em um ambiente plural, mais atraente, rico em aprendizagens, 
brincadeiras, fantasias e sonhos. Horn (2004, p.15) destaca os estudos de Wallon e 
Vygotsky acerca da importância da relação entre o meio, enquanto “campo é local 
onde a criança aplica as condutas de que dispõe e retira os recursos para sua ação”. 
Acrescenta: “[...]é no espaço físico que a criança consegue estabelecer relações com 
as pessoas, transformando-o em um pano de fundo no qual se inserem emoções. 
Essa qualificação é o que o transforma em um ambiente” p.28). Corroborando Zabalza 
(1998) expõe importância do ambiente da sala de aula: 
 
[...] é muito mais do que um lugar para armazenar livros, mesas e materiais. 
Cuidadosamente o organizadamente disposto, acrescenta uma dimensão 
significativa à experiência educativa do estudante, atraindo o seu interesse, 
oferecendo informação, estimulando o emprego de destrezas, comunicando 
limites e expectativas, facilitando as atividades de aprendizagem, 
promovendo a própria orientação e apoiando através destes efeitos o desejo 
de aprender (ZABALZA, 1998, p.237). 
 
Quanto aos arranjos espaciais (maneira como o mobiliário estão posicionados) 
Carvalho e Rubiano (2010) afirmam que eles são classificados tomando como base 
as zonas circunscritas, que “são áreas espaciais claramente delimitadas pelo menos 
em três lados por barreiras formadas por mobiliário, parede, desnível do solo entre 
outros” (p.28). Temos três tipos de arranjos espaciais: 
O arranjo semiaberto e caracterizado pela presença de zonas circunscritas, 
proporcionando a criança uma visão fácil de todo o campo de ação, incluindo 
a localização das demais crianças. As crianças, geralmente em subgrupos, 
ocupam preferencialmente as zonas circunscritas, mesmo quando afastadas 
do adulto; em tais zonas geralmente ocorrem interações aflitivas entre 
crianças. Suas aproximações do adulto, embora menos frequentes, tendem 
a evocar mais respostas deste em comparação com outros arranjos. No 
arranjo aberto há ausência de zonas circunscritas, geralmente havendo um 
espaço central vazio. As interações entre as crianças são raras, as quais 
tendem permanecer em volta do adulto, porém ocorrendo pouca interação 
com ele. No arranjo fechado há presença de barreiras físicas, por exemplo 
um móvel alto, dividindo o local em duas ou mais áreas, impedindo uma visão 
10 
 
total da sala. Os alunos tendem a permanecer em volta do adulto, evitando 
aéreas onde a visão do mesmo não é possível, havendo poucas interações 
(CARVALHO e RUBIANO, 2010, p. 129). 
 
A exposição a imagens e outros estímulos intencionalmente organizados 
estimula a curiosidade e facilita a aprendizagem dos alunos. A criança passa ter a seu 
favor ambientes diversificados e mais estimulantes. Deve-se levar em consideração 
que o aluno passa a maior parte do seu tempo de escolarização na sala de aula. Para 
Lima (2001, p.16) quando bem-organizada, provoca também uma participação 
organizada das crianças, pois, elas intervêm no que acontece ao seu redor, 
reelaboram o mundo, sentem-se valorizadas e suas ações respeitadas e 
compreendidas. Passam a serem produtoras da história e da cultura em que estão 
inseridas, pois, muitas das aprendizagens, nos primeiros anos de vida, estão ligadas 
aos espaços disponíveis e/ou acessíveis as crianças. 
O lúdico é fundamental na formação da criança, podendo ser utilizado como 
um rico recurso para as práticas pedagógicas. Ele utiliza uma linguagem própria do 
universo infantil e assim, proporciona uma forma prazerosa e eficaz.de aprendizagem. 
Serra (1999, p. 1) disserta que o lúdico: “[...] é um fenômeno universal, presente em 
todas as épocas e civilizações. A permanência do lúdico em todo o percurso histórico 
e civilizacional, no mundo das crianças, dos jovens; um bom indicador da sua 
importância” 
 No brincar as crianças vão se construindo como agentes de sua experiência 
social.Em seu estudo Neto (2003) faz abordagens sobre o brincar: “[...]comportamento 
mais comuns durante a infância e altamente atrativa e intrigante para os 
investigadores interessados nos domínios, educação, saúde e intervenção social” 
(p.5). 
 Além de se expressar e se comunicar, elas se reconhecem como sujeito 
pertencente a um grupo social e contexto social. Brincadeira é divertimento típico da 
infância, isto é, uma atividade natural da criança, que não implica em compromisso, 
planejamento ou seriedade e que envolve comportamentos espontâneos e geradores 
de prazer. Brougère (2001, p. 99) define que brincadeira é uma mutação do sentido, 
da realidade; as coisas tornam-se outras. É um espaço à margem da vida comum, 
que obedece a regras criadas pela circunstância. 
 Em Winnicott (1982) a experiência adquirida no “brincar” é considerada como 
parcela importante da vida de uma criança. As experiências tanto externas como 
11 
 
internas podem ser férteis para o adulto, mas essa riqueza encontra- se 
principalmente na brincadeira e na fantasia. Barboza e Volpini (2015) corroboram 
afirmando que a brincadeira simboliza a relação pensamento ação, e, sendo assim, 
constitui-se provavelmente na matriz formas de expressão gestual, falada e escrita. 
Vygotsky (1984) classificou o brincar em três fases: Distanciamento, 
Convenções e Imitação. Durante a primeira fase cria-se um distanciamento do seu 
meio social inicial, representado pela mãe, falar, andar e a se movimentar em volta 
das suas próprias coisas. A segunda fase, caracteriza-se pela imitação, onde ocorre 
cópia do modelo efetuadas pelos adultos. E, a terceira fase, é marcada pela 
convenção de que surgem regras e ações associadas a estas regras. Esta fase exige 
um maior nível de socialização, para que surjam novas soluções. Conforme o autor, o 
brincar é compreendido como atividade construída pela criança nas interações que 
estabelece com outros sujeitos e com os significados culturais do seu meio. 
Para Piaget (1998) o brincar constitui-se expressão e condição para o 
desenvolvimento infantil pois, enquanto as crianças brincam elas assimilam, 
acomodam e podem interferir na realidade. A assimilação predomina e elas 
incorporam o mundo à sua maneira sem nenhum compromisso com a realidade. 
Então, o brincar é considerada parte ativa, agradável e interativa do desenvolvimento 
intelectual. Piaget destaca três tipos de estruturas de jogos infantis: de exercício (0 a 
18 meses -manifestação da linguagem); o de regra (6-7 anos em diante- relação social 
estreita) e o simbólico que aparece na fase do surgimento da linguagem 
(aproximadamente com 2 anos, até por volta dos 6/7 - a criança utiliza-se do jogo para 
explorar e testar as suas habilidades livremente). 
Em se tratando do brinquedo Bregolato (2007) conceitua como sendo o 
fenômeno que envolve pessoas e animais, que por sua vez podem nessas atividades, 
interagir com objetos. Sendo o jogo, o provocador dessa relação entre as pessoas e 
o ambiente, ele torna-se uma fonte de conhecimento. Torna-se então, uma 
metamorfose que modifica a realidade pelas manifestações lúdicas. Com os 
brinquedos, a criança incorpora o mundo à sua maneira. 
 Sobre a função do brinquedo Maluf (2003) nos orienta: 
Habitualmente, o brinquedo é visto como uma atividade espontânea, que tem 
função autônoma. Não é fácil englobar,em uma única forma a essência do 
brinquedo. Mesmo sendo uma atividade espontânea, o brinquedo 
desenvolve-se dentro de limites e de lugar estabelecido e, sobretudo segundo 
normas próprias. Ele é definido pelo próprio participante como fictício, como 
não real, como estranho à vida efetiva (é de brincadeira, não é a sério); 
12 
 
todavia, é capaz de absorver inteiramente o indivíduo, que se afasta da 
realidade (MALUF, 2003, p. 18). 
 
 Através dos jogos é despertado nas crianças características como observação, 
reflexão, raciocínio, coordenação motora, comunicação, diferentes pensamentos, 
maneiras de agir em diferentes situações, o respeito a outros colegas, a solidariedade, 
surgindo também o medo, raiva, indecisões e as maneiras de resolução para diversas 
situações que possam impedir o bem-estar das crianças no brincar. Através deste 
mundo lúdico criado pela criança, ela isola-se e cria personagens como a de pai, a de 
mãe, a de rei. Este isolamento faz sobressair a personalidade que se considera o jogo, 
evasão e compensação. O conteúdo do jogo diz muito da motivação intrínseca da 
criança, seja para resolver conflitos, como pensam muitos psicanalistas, seja para 
construir um conhecimento, que é absorvido pela ação de representar. Brotto(1996) 
descreve:[...] “Dentro de uma harmonia entre crescimento e desenvolvimento, o jogo 
deve ser valorizado no processo educacional onde oportuniza os movimentos gerais” 
(p. 15). 
As limitações impostas, o espaço colocado à disposição da escola, na cidade, 
em casa, vai pesar sobre a prática lúdica, pois brincar implica em tempo, espaço e 
liberdade. Cabe ao profissional buscar referências e programas de atividades que 
proporcionem benefícios e participação das crianças independente de sua condição. 
Ele é muito importante na organização da sala de aula. Seu papel ativo é destacado 
por Baquerro (2000): 
 
 [...] na educação também cabe ao mestre um papel ativo: o de cortar, talhar 
e esculpir os elementos do meio, combiná-los pelos mais variados modos 
para que eles realizem a tarefa de que ele, mestre, necessita. Deste modo, o 
processo educativo já se torna trilateralmente ativo: é ativo o aluno, é ativo o 
mestre, é ativo o meio criado entre eles(BAQUERRO, 2000, p. 27). 
 
Bomtempo (1996) aponta dois tipos de intervenção no brincar das crianças: 
participativo e dirigido. Participativo: quando a interação do professor visa a 
aprendizagem incidental durante o jogo: as crianças encontram um problema e o 
professor ajuda-as na solução; quando estimulam a usar a imaginação durante o jogo, 
o que pode levar a criança a ser menos repetitiva, mais inventiva já no estilo dirigido 
o professor dirige as atividades para situações não lúdicas, desvalorizando o brincar, 
que deixa de ser espontâneo, impedindo a criatividade. 
13 
 
A organização do espaço interno tem papel fundamental no ensino-
aprendizagem. O espaço entra como a dimensão física, uma dimensão possibilitadora 
das atividades de imaginação e da concretização da imitação. Elas são consideradas 
atividades importantes realizadas na educação infantil e o DCNEI considera as 
interações e as brincadeiras como eixos norteadores da proposta curricular 
(BRASIL,2010). 
As orientações curriculares na Educação Infantil se subdividem em Linguagens: 
oral e escrita; Matemática; Ciências Sociais e Naturais; Corpo e Movimento; 
Linguagens Artísticas: Música e Artes Visual. Essa subdivisão é apenas para facilitar 
a leitura do documento, pois, ela dissolve quando as crianças vivenciam, no cotidiano, 
experiências das mais diversas e que integram vários conhecimentos (OCEI, 2010). 
A interação entre os grupos é importante, para o aluno receber atenção do 
professor. Barboza e Volpini (2015) expõem: 
O professor organiza um espaço semiaberto de atividades, que garante a 
criança vê-lo e, ao mesmo tempo, interagir com um ou mais parceiros, circular 
entre os grupos e lhes dá uma atenção mais individualizada, remodelando os 
cantinhos de tempos em tempos. Entretidas as crianças produzem 
conhecimentos e significações partilhadas, num clima de tranquilidade e 
concentração (BARBOZA e VOLPINI, 2015, p. 38). 
. 
 Uma sala de aula de Educação Infantil dever ser, inicialmente, um cenário muito 
estimulante, capaz de facilitar e sugerir múltiplas possibilidades de ação. Deve conter 
materiais de todos os tipos e condições, comerciais e construídos, alguns mais formais 
e relacionados com atividades acadêmicas e outros provenientes da vida real, de alta 
qualidade ou descartáveis, de todas as formas e tamanhos (ZABALZA, 1998, p. 53). 
 A promoção de atividades conjuntas, permitem que as crianças produzam 
conhecimentos gerando aprendizagens significativas e mais forte se constituirão como 
partes integrantes da ação pedagógica. Os cantos temáticos podem ser chamados 
também como zonas circunscritas, que representam áreas fechadas, com apenas três 
ou quatro lados delimitando o espaço. “Com a chegada dos “cantos” e a organização 
funcional das salas de aula aconteceu uma verdadeira revolução na forma de 
conceber uma aula de Educação Infantil e na forma de organizar o trabalho na mesma” 
(ZABALZA, 1998, p. 229). 
Os espaços devem ser organizados de modo que ofereçam diversas 
oportunidades de explorar novas experiências, para que as crianças se apropriem dos 
significados socialmente construídos e atribuam sentidos a eles. A proposta dos 
cantos temáticos é forma de organizar o tempo e o espaço. Quando falamos sobre a 
14 
 
organização dos cantos temáticos, é preciso pensar que este, refletindo na visão de 
Horn e Haddad (2006, p. 40), “[…] deve considerar a faixa etária das crianças […]”, 
ser prazeroso, acolhedor, rico e estimulador para que as crianças tenham 
oportunidades de se expressar, brincar, explorar o ambiente e sentir-se autônoma. 
Oportunizar cantos temáticos na Educação Infantil faz com que a criança tenha 
estímulos para o desenvolvimento da imaginação, faz-de-conta, autonomia, 
socialização e cognição. 
É importante que os cantos sejam frequentemente trocados. Deve-se orientar 
sobre a limpeza e organização do material para auxiliar na autonomia e colaboração 
dos alunos. O papel do professor como mediador e orientador deve ser notório. 
Segundo Carvalho e Meneghini (2002) é importante que as crianças tenham a visão 
do professor, pois se elas perceberem que o professor não está presente, não 
permanecerão por muito tempo nos cantos propostos e a ideia é que elas brinquem e 
se sintam confortáveis nesses espaços e que seja algo prazeroso e não preocupante 
para que de certa maneira sem que percebam estejam se aproximando umas das 
outras e aprendendo coletivamente. 
 
4.1 Propostas de cantos temáticos 
Os cantos temáticos apresentam atividades diversas na programação da rotina. 
De acordo com a programação a criança tem opções de escolhas oferecidas pelo 
professor, proporcionando acesso aos meios que contribuem para o seu 
desenvolvimento integral. Tem sido muito valorizada a organização de áreas de 
atividades diversificadas: os “cantinhos” da casinha, do cabelereiro, do médico e do 
dentista; do supermercado, da leitura, do descanso. Eles permitem que cada criança 
possa interagir com pequeno número de companheiros, possibilitando-lhes melhor 
coordenação de suas ações e a criação de um enredo comum na brincadeira o que 
aumenta a troca e o aperfeiçoamento da linguagem (OLIVEIRA, 2005, p. 195). 
Ao organizar os cantos temáticos, o professor configura os aspectos culturais 
como também os físicos e com isso a criança se aprofunda nos papéis que escolhe e 
utiliza um determinado tipo de linguagem. Eles podem ser montados de acordo com 
as atividades trabalhadas ou conforme o interesse das crianças: 
• Canto da Matemática :As crianças poderão participar de situações que 
envolvem noções de grandezas e medidasde tempo, volume, peso, 
contagem; relações entre quantidades; noções de espaço e formas; de 
15 
 
números, classificações, associações e comparações diversas (OCEI, 
2010). 
• Canto da Natureza: Encorajamento para questionamentos e construção 
de conhecimentos através da observação, formulação de hipóteses, 
experimentação, registro, comunicação e interpretação de resultados 
(OCEI, 2010). 
• Canto Médico e do Dentista: Nesse canto o professor poderá 
estabelecer a importância das profissões (MEDEL,2014). 
• Canto da Feira: A criança aprende e cresce progressivamente, quando 
entra em contato com a diversidade de materiais e as possibilidades da 
linguagem visual (MEDEL,2014). 
• Canto das Artes Visuais: É importante que o educador esteja sempre 
atento aos desenhos das crianças para analisar as formas que elas 
desenham, as cores que utilizam, isto é, a forma que eles reagem diante 
de um papel onde eles se expressam ainda mais quando se trata de 
desenhos livres (BARBOZA e VOLPINI, 2015). 
• Canto de Leitura: Deve confortável, organizado e bem ornamentado. 
Os livros e revistas devem estar bem arrumados e acessíveis. Na 
Orientação Curriculares da Educação Infantil (OCEI ,2010) está descrito 
que as crianças estão expostas ao mundo da leitura e da escrita desde 
a mais tenra idade e, assim, vão construindo suas ideias sobre a 
aquisição da escrita e da leitura no dia a dia. 
• Cantinho do Teatro: Para possibilitar o desenvolvimento da linguagem 
corporal, é necessário organizar um ambiente favorável com materiais 
diversificados (BARBOZA e VOLPINI, 2015). 
• Canto das Fantasias: Essa atividade pode ser ampliada e desenvolvida 
conforme a programação do professor. Sugere-se desfile de moda, 
dramatização de um conto ou história (BARBOZA e VOLPINI, 2015). 
• Canto da Música e Dança: Na construção de instrumentos a criança 
tem a oportunidade de novas vivências no trabalhar em grupo, ao 
pesquisar, na imaginação e criação de vários novos instrumentos, 
familiarização com o som e seus elementos, além de trabalhar a 
musculatura fina. “A criação de instrumentos musicais e/ou objetos 
16 
 
sonoros com sucata é uma atividade que desperta a curiosidade e o 
interesse das crianças” (Bueno,2012, p.117). Corroborando, Medel 
(2014) sugere que organize num canto da sala um tapete de EVA com 
algumas almofadas que podem ser transportadas do cantinho da leitura. 
Nesse lugar será realizada a musicalização infantil e dança. Os 
instrumentos podem ser guardados em caixas ou armário para distribuir 
na hora da apresentação. A maioria deles pode ser feito utilizando 
sucatas. 
5 PERCURSO METODOLÓGICO 
 A abordagem pedagógica escolhida para esse projeto é a Sociocultural. Nessa 
abordagem, o homem se torna o sujeito da história, por meio da reflexão e pela análise 
do meio onde vive. Ela está centrada no estudo do desenvolvimento humano 
enquanto processo, que se dá nas interações sociais, segundo Vygotsky (1989). 
 Os procedimentos metodológicos iniciais para esta pesquisa foram 
bibliográficos com caráter qualitativo. Michaliszyn (2008, p. 51) disserta “[...]pesquisa 
bibliográfica trata-se da pesquisa desenvolvida a partir de referências teóricas que 
apareçam em livros, artigos, documentos, entre outros”. Para Godoy (1995) a 
pesquisa qualitativa contribui na busca do entendimento e significado que um 
determinado fenômeno tem na vida das pessoas, preferencialmente no ambiente 
natural do sujeito, com o propósito de viabilizar uma compreensão neutra e dinâmica 
do ser humano. 
As primeiras etapas da investigação consistiram na concretização de pesquisa 
bibliográfica em livros, artigos, teses e dissertações sobre o tema com a análise 
documental de publicações oficiais do Ministério da Educação que versam sobre o 
espaço escolar, objetivando maior clareza sobre o tema da pesquisa. Após o 
aprofundamento teórico, deu-se início à produção de dados com a organização do 
espaço. Considerou-se o espaço disponível, idade das crianças e a disponibilidade de 
materiais e recursos, dando prioridade aos materiais recicláveis e os de baixo custo 
econômico. 
 Etapas da execução do Projeto: 
• Aprofundamento teórico da pesquisa; 
• Análise do espaço físico interno; 
17 
 
• Planejamento das atividades lúdicas de acordo com agrupamento; 
• Levantamento de materiais e recursos necessários; 
• Montagem e digitação do Projeto; 
• Arrumação e organização da sala de aula. 
6 RECURSOS 
 
• Canto da Matemática : blocos variados de tamanho adequado para encaixar, 
empilhar, empurrar, puxar, sequências de objetos e figuras para contagem; 
(réguas, balança, calendário, relógio, fitas métricas e trenas), jogos quebra-
cabeças com motivos matemáticos e para desenvolvimento de raciocínio; 
números e formas variadas recortadas em papéis para utilização em projetos, 
ilustrações, colagens e tarefas; materiais que trabalhem diferentes categorias, 
modelos, formatos, sequências, semelhanças, diferenças, quantidade, 
correspondência; loto, bingo, entre outros (OCEI, 2010). 
• Canto da Natureza :Mapas; livros sobre natureza, animais e plantas para 
ensinar a fazer experiências; lente de aumento; ímã e materiais de metal; 
tesouras; recipientes (cestas, caixas, entre outros) de vários tamanhos e 
formatos; coleções de elementos naturais (conchas, folhas, galhos, pedras, 
castanhas, flores); relógio analógico; ampulheta, balança; quebra-cabeças 
temáticos; microscópios; quebra-cabeça de maior número de peças com 
motivos variados: animais, plantas, cenários, corpo humano; kits científicos 
para exploração específica, por exemplo, com telescópio; cola, barbante e 
outros fios (lã, por exemplo), durex para auxiliar as experimentações, terrários, 
aquários entre outros (OCEI, 2010). 
• Canto Médico e Dentista: toucas, máscaras, luvas cirúrgicas, embalagens de 
remédios, esparadrapo, jalecos, fichas médicas, bonecos, que sirvam de 
pacientes; estetoscópio, termômetro entre outros. É importante ressaltar, que 
por ter bonecos nesse canto, não significa que as crianças não possam ser o 
paciente, ou ainda optar por atuar como mãe e o boneco como seu filho 
(MEDEL,2014). 
• Canto da Feira: Caixotes de leite, carrinho de feira, sacolas de papel, balança 
(pode ser feita com sucata), calculadora, canetinha para marcar preços, 
18 
 
avental, lenço, boné, flores e folhas secas, frutas e legumes de plástico ou 
papel machê, roupas, objetos, brinquedos, dinheiro de faz de conta, carteiras, 
barbante e pregadores para prender preços dos produtos. O professor pode 
diversificar o material confeccionando ou utilizando brinquedos para esse fim 
(MEDEL,2014). 
• Canto das Artes Visuais: esponja, tecidos, madeiras, rolhas, argila, hidrocor 
giz de cera, cartolina, papel espelho, papelão, pardo (Kraft), papel ofício 
colorido (papeis diversos), revistas, tesourinha, cola de bastão, palitos de 
sorvetes e picolés, massinha de modelar, pincel, tinta guache, entre outros 
(BARBOZA e VOLPINI, 2015). 
• Canto da Leitura :caixas de histórias, aventais, fantoches, livros de vários 
gêneros textuais. Todo material que for afixado na parede (murais, quadros de 
chamada de giz, linhas do tempo, janelinhas do tempo, cartazes, entre outros), 
deverão ser colocados de acordo coma estatura dos alunos para que estes 
possam visualizá-los (BARBOZA e VOLPINI, 2015). 
• Canto do Teatro: maquiagens infantis, perucas, fantasias, bolsas, chapéus e 
outros, para desenvolver a criatividade. (pintura a dedo, massa de modelar, 
lápis de cor, giz de cera, folhas brancas e coloridas, entre outros); palco para 
teatrinho e fantoches (BARBOZA e VOLPINI, 2015). 
• Canto das Fantasias: Diversos estilos de roupas para realização de desfile de 
moda, :sapatos, óculos, chapéu, bonés, cachecóis, perucas, bijuterias, entre 
outros (BARBOZA e VOLPINI,2015). 
Canto da Música e Dança: :Um rádio comum, cds de músicasinfantis ou 
aparelho celular (conectado à internet) e caixa de som. Para confecção de 
instrumento sugere-se: compre cocos na feira, lixe bem as duas partes da 
casca e pinte. Com tampas e arame faça guizos. Chocalhos podem ser feitos 
de rolo de papel com sementes ou garrafas pet. O tambor pode ser feito com 
latas e colher de pau (MEDEL, 2014). 
7 AVALIAÇÃO 
 A avaliação será realizada pela observação crítica das atividades realizadas e 
emprego de registro dos trabalhos e dos seus respectivos resultados, por meio de 
relatórios descritivos, portfólios e álbuns. Eles permitem organizar informações 
19 
 
referentes ao desenvolvimento de cada criança e contribuem para detectar as 
dificuldades de cada uma e intervir pontualmente. 
Para resultados satisfatórios, as anotações deverão ser diárias. Assim, é 
possível detalhar aspectos do comportamento, nível de envolvimento nas atividades, 
participação e outros itens relevantes para otimizar a avaliação na educação infantil. 
8 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 
Quadro 1 – Cronograma 
Organização da sala de aula 
na Educação Infantil 
Leigmarcia Viana Marins de Carvalho 
Período 
Número Atividades Set./2021 Out./2021 Nov./2021 Dez./2021 
1 
 
Aprofundamento 
teórico da pesquisa. 
X 
2 Escolha do Local. 
 
X 
3 
 
Análise do espaço 
físico interno. 
 
 X 
4 Planejamento das 
atividades lúdicas de 
acordo com 
agrupamento. 
 X 
5 
 
 
 
Levantamento de 
materiais e recursos 
necessários. 
 X 
6 
 
Montagem e digitação 
do Projeto 
 
 X 
 
7 
Arrumação e 
organização da sala de 
aula. 
 
 X 
 Fonte: O autor 
 
 
 
 
 
20 
 
9 RESULTADOS ESPERADOS 
• Canto da Matemática: Oportunidade de explorar de forma intencional e 
lúdica diferentes usos e funções dos números: codificar (telefones, 
máquina de calcular e documentos como carteira de identidade); medir 
(relógio, calendário, receitas, balança e fita métrica) e quantificar 
(embalagens que indicam o conteúdo que contêm) (OCEI, 2010). 
• Canto da Natureza: Possibilidades de desenvolvimento da relação das 
crianças com o mundo, instigando-as, incentivando-as, desafiando-as 
na organização interna de informações (OCEI, 2010). 
• Canto Médico e do Dentista: Permitir o brincar, estimular o 
desenvolvimento psicomotor, a criatividade e autenticidade de cada 
aluno (O AUTOR). 
• Canto da Feira: Desenvolver o raciocínio lógico, disponibilizar produtos 
diversos para trabalhar sua utilidade, desenvolver a noção de valores e 
consumo (O AUTOR). 
• Canto das Artes Visuais: Ampliar as possibilidades de pesquisa, 
valorizando a exploração gráfica, desenvolvimento do senso crítico e 
estético. Quanto mais a desenha, esculpe, molda e pinta com diferentes 
tintas, materiais, mais possibilidades terá de elaborar sua linguagem 
artística (OCEI, 2010). 
• Canto da Leitura: Aprendizagem de como se expressar e apreciar a 
opinião dos outros (O AUTOR). 
• Canto do Teatro: Desenvoltura dos contextos vividos e 
desenvolvimento da criatividade, raciocínio e da psicomotricidade (O 
AUTOR). 
• Canto das Fantasias: Estimular a criança a comandar a história, 
desenvolver: fantasia, ordenação das ideias, criatividade, socialização e 
a integração social (O AUTOR). 
• Canto da Música e Dança: Possibilidade de apropriação da 
comunicação com o mundo; incentivo da criatividade, desenvolvimento 
das habilidades de desempenho (orientação espacial, lateralidade e 
equilíbrio) e dos elementos psicomotores (OCEI, 2010). 
 
21 
 
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