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Educação inclusiva_ deficiência física ou motora

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DESCRIÇÃO
Educação especial e a inclusão da pessoa com deficiência física:
conceitos e suas inúmeras possibilidades.
PROPÓSITO
Apresentar os conceitos da deficiência física e seus desafios na
quebra de barreiras para promoção da verdadeira inclusão na
escola, incentivando a autonomia e o protagonismo.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Compreender conceitos e características da deficiência física
MÓDULO 2
Reconhecer o papel do professor e da escola na perspectiva da
inclusão e nas reflexões sobre o capacitismo
MÓDULO 3
Analisar as possibilidades para o protagonismo da pessoa com
deficiência física
INTRODUÇÃO
Antes de iniciar nosso estudo, sugerimos uma breve reflexão e um
exercício prévio de memória: você conhece alguém com alguma
deficiência? Teve algum colega no colégio com deficiência física? E
você próprio: possui alguma deficiência?
Abordaremos aqui assuntos relacionados à deficiência física (DF).
Aprenderemos seus conceitos e características a partir de uma
perspectiva inclusiva. E faremos isso juntos, passo a passo:
conceitos e características, o papel do professor e da escola,
voltados para uma verdadeira inclusão, e reflexões sobre o
capacitismo, mas, principalmente, as inúmeras possibilidades do
aluno com DF, em especial, dentro de um movimento que tem
ganhado muito espaço na mídia e no ambiente acadêmico nos
últimos anos: o esporte paralímpico.
MÓDULO 1
 Compreender conceitos e características da deficiência física
DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Nosso primeiro passo é conceitual. Ou seja: é importante que
tenhamos conhecimento da conceituação técnica acerca da
deficiência física para que não caiamos no senso comum, no
equívoco; ou ainda, no preconceito.
Mas o que é deficiência física ou motora?
“A alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo
humano que acarreta o comprometimento da função física, com
perda de função motora total ou parcial, amputação ou ausência de
membros, paralisia cerebral (AVC), deformidades congênitas ou
adquiridas, excepcionadas as deformidades estéticas e as que não
produzam dificuldades para o desempenho de funções.” (MPF, 2007,
p. 16).
Um próximo passo, ainda no contexto de termos definições claras, é
saber que a deficiência física pode ser congênita (de nascimento) ou
adquirida (ocorreu durante a vida).
CONGÊNITA
A deficiência congênita, segundo Macedo (2008), define-se como
qualquer perda ou anormalidade de estrutura ou função fisiológica ou
anatômica, desde o nascimento, decorrente de causas variadas,
como prematuridade, anoxia perinatal, desnutrição materna,
rubéola, toxoplasmose, trauma de parto, exposição à radiação, uso
de drogas, causas metabólicas, entre outras, muitas vezes sem
diagnóstico fechado.
ANOXIA PERINATAL
Ausência ou diminuição da oxigenação.
javascript:void(0)
ADQUIRIDA
A deficiência adquirida, segundo Teixeira e Guimarães (2006), é a
perda da estrutura ou da função fisiológica, psicológica ou
anatômica, ocorrente durante a vida, que gera a restrição para
realizar atividades dentro da normalidade. A “incapacidade” existe
em função da relação das pessoas com deficiência (PcD) e o seu
meio ambiente, o que gera a desigualdade de condições com os
demais. A relação cultural tem presença marcante na caracterização
e estigma da PcD.
É importante já destacar que, a partir da afirmação anterior,
percebemos o quanto a DF não impacta apenas a mobilidade das
pessoas, mas toda sua vida, exatamente por causa do estigma
apontado. E isso pode se apresentar de diversos modos: a pessoa
que utiliza cadeira de rodas, que anda com muletas ou andador, faz
uso de órteses (instrumento de uso não permanente que permite
corrigir ou alinhar uma parte do corpo) ou próteses (instrumento que
substitui membro amputado, desempenhando suas funções) ou
mesmo que não se utiliza de nenhum desses recursos.
ESTIGMA
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“A sociedade estabelece os meios de categorizar as pessoas e o
total de atributos considerados comuns e naturais. Assim, nós as
transformamos em expectativas normativas, em exigências
apresentadas de modo rigoroso. Quando quem está a nossa
frente apresenta algum atributo que o torna diferente de outros, é
destacado. Tal característica é um estigma, especialmente
quando o seu efeito de descrédito é muito grande — algumas
vezes ele também é considerado um defeito, uma fraqueza, uma
desvantagem — e constitui uma discrepância específica entre a
identidade social virtual e a identidade social real” (cf.
GOFFMAN, 1981, p. 5-6).
TIPOS E EXEMPLOS DE DF
Há ainda diferentes tipos ou exemplos de deficiências, sejam
congênitas ou adquiridas. Alguns autores, como Macedo (2008),
assim as definem:
PARAPLEGIA
PARAPARESIA
MONOPLEGIA
MONOPARESIA
TETRAPLEGIA
TETRAPARESIA
TRIPLEGIA
TRIPARESIA
HEMIPLEGIA
HEMIPARESIA
PARALISIA CEREBRAL
PARAPLEGIA
Paralisia total ou parcial da metade inferior do corpo,
comprometendo as funções das pernas.
PARAPARESIA
Perda parcial das funções motoras dos membros inferiores.
MONOPLEGIA
Perda total das funções motoras de um só membro (que pode ser
superior ou inferior).
MONOPARESIA
Perda parcial das funções motoras de um só membro (que pode ser
superior ou inferior).
TETRAPLEGIA
Paralisia total ou parcial do corpo, comprometendo as funções dos
braços e pernas.
TETRAPARESIA
Perda parcial das funções motoras dos membros inferiores e
superiores.
TRIPLEGIA
Perda total das funções motoras em três membros.
TRIPARESIA
Perda parcial das funções motoras em três membros.
HEMIPLEGIA
Perda total das funções motoras de um hemisfério do corpo (direito
ou esquerdo).
HEMIPARESIA
Perda parcial das funções motoras de um hemisfério do corpo
(direito ou esquerdo).
PARALISIA CEREBRAL
Comumente congênita, paralisia cerebral é um termo amplo que
designa um grupo de limitações psicomotoras resultantes de uma
lesão do sistema nervoso central. Geralmente, os portadores de
paralisia cerebral apresentam movimentos involuntários, espasmos
musculares repentinos, fenômeno chamado de espasticidade. A
paralisia cerebral apresenta diferentes níveis de comprometimento,
dependendo da área lesionada no cérebro. Embora haja casos de
pessoas com paralisia cerebral e deficiência intelectual, essas duas
condições não acontecem necessariamente ao mesmo tempo.
Não há como catalogarmos todos os tipos de deficiência, seja por
não ser o foco principal nesse momento do estudo ou porque são
inúmeras e, até mesmo, sem classificação clara. Muitas vezes, elas
se cruzam, interferindo umas nas outras, e não se fechando em um
único diagnóstico.
Outro ponto relevante é o fato de que algumas deficiências
adquiridas — por motivos de acidente de trânsito ou domésticos,
entre outras fatalidades —, ainda que comprometam a
funcionalidade de algum membro ou segmento corporal, não
impactam a própria PcD, pois sua funcionalidade geral foi adaptada e
ela consegue realizar suas atividades normalmente. Nesse aspecto,
Goffman (1981) destaca que uma pessoa com deficiência, apesar do
estigma recebido, não se identifica como tal. Protegida por suas
crenças identitárias, sente-se como se tivesse deficiência, não se
sentido atingida por algum tipo de fracasso em função das
exigências externas.
DEFICIÊNCIA FÍSICA NO
BRASIL
No Brasil, os dados oficiais de base populacional sobre a prevalência
de deficiências foram coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística quando o Censo Demográfico em 2000 foi realizado.
Compare os números com a pesquisa realizada dez anos depois:
Censo 2000
Revelou que 14,5% da população declarou ter algum tipo de
deficiência, sendo a deficiência visual a mais prevalente, com 48,1%
dos casos.

Censo 2010
Os números aumentaram sensivelmente, sendo que 23,9% da
população declarou apresentar alguma deficiência e 6,7% (17,7
milhões de brasileiros) afirmaram possuir alguma deficiência severa.
Novamente, a deficiência visual foi a mais prevalente, com mais de
35 milhões de casos constatados no levantamento (regiãoNordeste
com o maior número de casos assinalados).
Esses números impressionam, desafiando os professores e a própria
escola, para que recebam a PcD com amplo e livre acesso, e com
condições de igualdade em todos os sentidos. Numa perspectiva de
inclusão desse aluno: desde o momento da sua chegada, acesso à
sala de aula, banheiros e qualquer outra dependência da escola.
Por meio da Lei Brasileira de Inclusão — LBI (Lei 13.146/2015),
também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, um
conjunto de normas destinadas a assegurar e promover, em
igualdade de condições, o exercício dos direitos e liberdades
fundamentais por pessoas com deficiência, visando à sua inclusão
social e à cidadania, foram estabelecidas. Isso se refere a um amplo
aspecto para a verdadeira possibilidade de inclusão. Contrapondo-se
a legislações anteriores que possibilitavam segregação das PcDs,
que eram deixadas de lado, ou, mesmo na escola, sofriam algum tipo
de exclusão.
 SAIBA MAIS
Vale conferir o teor integral da lei a fim de verificar legislações
complementares e/ou alterações já realizadas: lei Nº 13.146.
Muitas vezes, a própria família excluía a criança de diversos
momentos e circunstâncias de seu convívio social. Após alguns anos
com as chamadas escolas especiais, algumas crianças iam à escola,
mas com a ideia de um lugar “especial” e “diferente” para sua
formação, o que atinge e fere o princípio da igualdade e do
convívio social igualitário entre as pessoas.
UM OLHAR SOBRE NOSSA
REALIDADE
Apesar dos avanços e, principalmente, da possibilidade que existe
hoje para trazer o tema à tona, há registros de que a realidade já foi
bem diferente: indiferença, crueldade e até mesmo violência no
pensar e agir, ao se relacionar com a PcD. Na década de 1920, o
instituto de pesquisa Eugenics Record Office, que reunia informações
biológicas e sociais sobre a população americana, traçou diretrizes
específicas para a esterilização de pessoas com problemas.
Servindo como centro de pesquisa sobre eugenia e hereditariedade,
era modelo para medidas de esterilização na Alemanha nazista
(GESSER; BLOCK; MELLO, 2020). Hoje, a realidade é outra. Mas
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isso nos ajuda a refletir e reforça o papel da educação, da luta pela
igualdade, inclusive nas aulas: é muito importante o olhar atento para
os alunos com características diferentes; e a deficiência é cada vez
mais encarada dessa forma. Temos alunos mais altos, outros mais
baixos, mais magros, outros se locomovem em cima de uma cadeira
de rodas, outros usam próteses ou órteses.
 
Foto: Shutterstock.com.
Em um estudo (MELO; FERREIRA, 2009) no qual o objetivo foi
verificar como as crianças com deficiência física são cuidadas no
contexto da educação infantil, que enfatizou a percepção dos
professores sobre a importância dos profissionais de saúde,
professoras participantes reconheceram as particularidades de
cuidar da criança com deficiência física. E se mostraram
interessadas em adquirir esse conhecimento específico, indo em
busca não só do conhecimento teórico, por meio da formação
continuada, como também dos profissionais que atendem a essa
criança a fim de receber orientações que facilitem o trabalho
pedagógico. Ou seja, é importante para um melhor atendimento e
acolhimento desse aluno, que seus professores saibam do que se
trata a sua deficiência e da história daquele determinado aluno. A
escola, por sua vez, tem um papel fundamental nessa investigação;
e com um diálogo amplo e aberto com a família desse aluno. Esse
diálogo já era apontado como essencial no PNEE:
PNEE
O decreto 10.502/20 instituiu a Política Nacional de Educação
Especial (PNEE): equitativa, inclusiva e com aprendizado ao
longo da vida, que dava plena liberdade aos pais para
escolherem o melhor caminho de educação para seus filhos:
escola regular ou adaptada à deficiência específica (como escola
bilíngue para surdos, por exemplo). Porém, o STF referendou a
ADI 6590/20, anulando o decreto.
A diretriz para a implementação do Política Nacional de Educação
Especial (PNEE) consiste em priorizar a participação do educando e
de sua família no processo de decisão sobre os serviços e os
recursos do atendimento educacional especializado, considerados o
impedimento de longo prazo e as barreiras a serem eliminadas ou
minimizadas para que ele tenha as melhores condições de
participação na sociedade, em igualdade de condições com as
demais pessoas (Art. 6, IV).
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Tal prioridade é essencial para sanar qualquer dúvida referente ao
atendimento e desenvolvimento da PcD. Isso apontaria uma maior
preocupação para com os alunos e suas famílias, além de maior
conhecimento sobre as necessidades e recursos durante o período
em que o aluno está na escola.
Mas como nos preparar para essa inclusão?
É possível encontrar o início de uma resposta, a partir das pesquisas
feitas na área. Como defendido por Da Silva e Arruda (2014), os
profissionais de educação têm o desafio de oferecer ensino de
qualidade, para que o desenvolvimento ocorra de fato, e assim
promover a valorização da diversidade humana.
Essa reflexão nos mostra que não podemos fazer distinção entre os
alunos, inclusive em nosso plano de ensino. Existe a necessidade de
uma mudança de pensamento e postura para que a PcD tenha o seu
direito à educação igualitária e todos sejam inseridos nesse
processo. Por isso é importante que, na formação de professores,
esses pontos sejam levantados, abrangendo diversos itens:
atendimento ao aluno em sala de aula, processo de aprendizagem e
frequência na escola.
A estrutura arquitetônica das escolas e sua acessibilidade é um dos
pontos a se considerar também. Um estudo (TAGLIARI; TRÊS;
OLIVEIRA, 2006) realizado nas escolas da rede pública de Passo
Fundo (RS) teve como objetivo a análise da acessibilidade e a
orientação de funcionários, alunos com DF e seus familiares sobre
como esses alunos devem se portar no ambiente escolar. A pesquisa
foi feita com 22 alunos com DF em 14 escolas, e o resultado não foi
nada promissor, pois a maioria das escolas:
 
Imagem: Shutterstock.com
Não disponibilizavam a acessibilidade necessária para esses alunos.
 
Imagem: Shutterstock.com
Não possuíam projetos para a eliminação de barreiras arquitetônicas
e ambientais.
 
Imagem: Shutterstock.com
Não possuíam um profissional capacitado para orientar os
funcionários quanto aos procedimentos e estratégias de inclusão dos
alunos com DF e para orientá-los no ambiente escolar.
Essa problemática não deve ser levantada apenas e por causa
exclusivamente de uma lei recente sobre a inclusão. Deve ser algo
mais amplo, que traga um compromisso social, no âmbito da
participação cidadã. E sim, em contrapartida de um histórico
excludente, como já mencionado em trechos anteriores deste texto.
Se analisarmos nossas calçadas, acesso a lugares do cotidiano,
como supermercados, padarias e bancos, ainda temos uma
infinidade de coisas para desenvolver.
 ATENÇÃO
A legislação se faz necessária para que se cumpram os direitos que
todas as pessoas têm de ir e vir. E que se reforce no processo
educacional que todos temos os mesmos direitos e eles devem ser
exigidos.
Essa construção passa pela escola e pelo exercício de convivência
de professores, e alunos com e sem deficiência, para que nos
tornemos uma sociedade mais justa.
CONCEITUANDO DEFICIÊNCIA
FÍSICA
Vamos entender, pela ótica de uma PcD, a importância da clara
utilização dos conceitos.
VERIFICANDO O
APRENDIZADO
1. ESTUDAMOS NO TÓPICO DEFINIÇÕES E
CONCEITOS , QUE DF CONGÊNITA É DEFINIDA
COMO QUALQUER PERDA OU ANORMALIDADE DE
ESTRUTURA OU FUNÇÃO FISIOLÓGICA OU
ANATÔMICA DESDE O NASCIMENTO.
ASSINALE A ALTERNATIVA QUE CONTÉM UM
EXEMPLO DE DF QUE APRESENTE ESSAS
CARACTERÍSTICAS:
A) Amputação aos 22 anos por ocorrência do diabetes tipo II.
B) Infecção por corte de faca no exercício profissional de cozinheiro.
C) Acidente vascular cerebral (AVC) que causou perdados
movimentos do lado direito.
D) Anoxia da criança ocorrida durante o parto.
E) Atropelamento por moto lesando a coluna cervical.
2. NO SUBITEM REFLEXÕES PARA A PRÁTICA ,
VERIFICAMOS QUE, PARA UM BOM ATENDIMENTO E
ACOLHIMENTO DO ALUNO COM DF, SEUS
PROFESSORES DEVEM SABER DO QUE SE TRATA A
SUA DEFICIÊNCIA.
MARQUE A ALTERNATIVA QUE SUGERE UMA BOA
INDAGAÇÃO SOBRE ISSO:
A) Qual a história desse aluno?
B) De qual escola ele veio?
C) O aluno precisa do que?
D) Quando ele precisa de ajuda?
E) Ele toma remédio?
GABARITO
1. Estudamos no tópico Definições e conceitos , que DF
congênita é definida como qualquer perda ou anormalidade de
estrutura ou função fisiológica ou anatômica desde o
nascimento.
Assinale a alternativa que contém um exemplo de DF que
apresente essas características:
A alternativa "D " está correta.
 
Anoxia perinatal é um exemplo de DF congênita. As outras
alternativas são exemplos de deficiências adquiridas durante a vida.
2. No subitem Reflexões para a prática , verificamos que, para
um bom atendimento e acolhimento do aluno com DF, seus
professores devem saber do que se trata a sua deficiência.
Marque a alternativa que sugere uma boa indagação sobre isso:
A alternativa "A " está correta.
 
A escola tem um papel fundamental nessa investigação, com um
diálogo amplo e aberto com a família desse aluno e, se possível,
com algum profissional da Saúde, caso o atenda. É uma pergunta
ampla, que pode dar um “norte” e um entendimento geral sobre a
PcD, no caso, o aluno em questão.
MÓDULO 2
 Reconhecer o papel do professor e da escola na perspectiva
da inclusão e nas reflexões sobre o capacitismo
PAPEL DO PROFESSOR
Refletir sobre o papel do professor e da escola na perspectiva da
inclusão torna-se essencial se quisermos, efetivamente, construir
uma sociedade mais igualitária. Desde interrogar-se sobre como criar
um ambiente para que o aluno com DF não seja excluído até chegar
ao conceito do capacitismo, tudo isso é processo de inclusão.
Em regra geral, não existe um manual de como se portar com
nossos alunos dentro de uma sala de aula a partir do conhecimento
que adquirimos em nossa formação e outro conjunto de
conhecimentos prévios como didática. Sem desconsiderar tais
conhecimentos pedagógicos, a experiência e o estilo individual de
cada professor são as ferramentas para o desafio de um bom
andamento das aulas.
Quando nos deparamos com um aluno com DF, à primeira vista,
pode aparecer um sentimento de não saber o que fazer devido à
falta de experiência ou até mesmo ausência de uma formação
específica. Portanto, é comum um sentimento de insegurança.
Ainda há muito para se fazer, pois realmente a formação do
professor nem sempre foi coerente para se trabalhar com a inclusão.
Ao mesmo tempo, pensar uma pedagogia da diversidade é pensar
em uma pedagogia que auxilie, de fato, o professor. As práticas
pedagógicas são constantemente repensadas e modificadas, quando
necessário, dependendo da criatividade de cada professor e do
modo com o qual ele desenvolverá seu projeto em sala de forma a
incluir a todos por meio de um planejamento flexível para novas
adaptações.
 SAIBA MAIS
Um estudo que analisou a percepção de professores de educação
infantil sobre a educação da criança deficiente na faixa etária de 3 a
6 anos (VITTA; VITTA; MONTEIRO, 2010) identificou que, quanto à
aprendizagem, o aluno com deficiência intelectual é o que menos se
beneficia desse processo, enquanto o deficiente físico é o que
melhor se adapta a ele.
Atualmente, com a política de educação inclusiva assumida pelo
Ministério da Educação do Brasil impulsionado por um movimento
mundial contra os processos de exclusão, o debate sobre formas de
atendimento ao aluno com deficiência tem-se intensificado na
direção de uma pedagogia inclusiva, que busque atender a esses
alunos nas classes comuns do ensino regular.
Esse movimento se estende da educação infantil ao ensino superior.
A inclusão deve ser exigida e cumprida. E o professor é parte
importante desse processo. Devemos criar um ambiente facilitador e
de entendimento para todos: lidar com naturalidade frente à
diferença, incluindo, conversando e vendo todos os alunos da
mesma forma. Fazendo com que a deficiência física realmente seja
apenas uma característica daquela pessoa, e não a totalidade de sua
identidade. O diálogo deve ser aberto, criando um ambiente sem
barreiras, de auxílio mútuo, trazendo os demais alunos para a
discussão e participação.
Assim como, às vezes, um colega pode precisar de uma ajuda para
colocar sua mochila, o aluno cadeirante pode precisar de um espaço
de afastamento entre as classes para se posicionar na sala. Esse
exemplo é uma pequena amostra do que pode ser feito de maneira
simples. E isso se torna habitual, construindo entre os colegas um
ambiente de mais harmonia e cooperação.
Com certeza, as crianças vêm de suas casas com pensamentos,
realidades e experiências diversas. E não irão, como em um “passe
de mágica”, fazer com que tudo seja harmonizado para um convívio
salutar e imediato. Contudo, com pequenas atitudes, diálogo,
convivência, direitos iguais, sensibilização da turma e atividades
cooperativas — e por que não algumas vezes competitivas, mas com
igualdade de disputa —, o ambiente se torna agradável e o mais
igual e justo possível.
 
Foto: Shutterstock.com.
PAPEL DA ESCOLA
O processo de inclusão deve ser algo multifatorial. Participantes
desse movimento devem incluir desde a família, profissionais que
trabalham com a PcD, a sociedade em geral, colegas e a escola
também.
Num mundo ideal, teríamos calçadas adequadas, rampas de acesso
em locais mais altos, elevadores em todos os locais necessários,
ônibus adaptados, entre outros exemplos de acessibilidade que
poderiam ser listados.
E a escola: é um ambiente acessível?
Voltemos à reflexão de um exercício de memória. Você lembra se no
seu colégio havia um mínimo de acessibilidade? Havia rampas de
acesso nas calçadas próximas à escola? Ou só havia escadas na
escola? Existia algum elevador? E o banheiro, era adaptado? Nas
portas de acesso era possível passar com uma cadeira de rodas?
Você se lembra de algum colega — ou até você mesmo! — que
tenha tido dificuldade com acessibilidade?
Poderíamos listar mais exemplos de acessibilidade, e voltamos a
lembrar: é um direito constituído. E nós como “seres” políticos
devemos exigi-los. Apesar desse pensamento ser relativamente
simples, na realidade muitas vezes é difícil colocá-lo em prática por
causa de inúmeras dificuldades sociais e históricas que nos são
impostas. E também por desconhecimento dos nossos direitos e de
como podemos reivindicá-los. A escola pode ser um modelo para
que esse processo se inicie, tornando-se um ambiente
verdadeiramente acessível para a criança com DF.
Uma pesquisa na área de arquitetura, saúde e ambiente escolar
(CORREA et al ., 2014) aponta que a inclusão escolar e social exige
mudança de mentalidade, transformação nos modos de vida, muitas
reflexões e tem a valorização da diversidade humana como princípio
fundamental. Quando voltamos nossos olhares para a área da
Educação, fica claro que sem espaços com instalações adequadas
não pode haver trabalho educativo inclusivo. Um dos grandes
problemas é a presença de obstáculos e barreiras arquitetônicas no
meio urbano e escolar.
A educação é um direito de todos e para que a educação inclusiva
aconteça de forma satisfatória, é necessário extinguir barreiras,
como as arquitetônicas, que dificultam a concretização das diretrizes
estabelecidas nas leis e normas em prol da inclusão e da
acessibilidade, buscando fundamentar a acessibilidade e sua
importância no processo da inclusão.
Como se deve imaginar, esse não é um processo simples. São
necessárias muitas horas de dedicação em pesquisa para identificar
a presença de projetos de acessibilidade que já estão presentes na
escola — ou a falta deles — e para que propostas efetivas sejamlevantadas. Em estudo sobre condições de acessibilidade em pré-
escolas em diversas cidades do país (Natal, Londrina, Florianópolis e
São Paulo), para que se pudesse ter confiabilidade, foi necessário,
por exemplo, definir rotas de locomoção:
As oito rotas foram estabelecidas (CORREA; MANZINI, 2012, p.
02):
 
Imagem: Elaborado por Jacqueline Constantino.
 
A partir dessas rotas, identificou-se:
Tipo de bebedouro;
Largura das portas, portões e corredores;
Tipos de maçaneta;
Obstrução de passagem;
Tipos de piso; e
Mudança de nível.
Isso demonstra, em apenas um aspecto, o nível de atenção que tais
pesquisas devem ter e como infelizmente ainda temos muito a
caminhar para que a inclusão esteja efetivamente presente na
escola.
Nesse mesmo sentido, é importante que a escola e o professor
tenham um entendimento e um conjunto de ações que promovam a
participação igualitária do aluno com DF. É necessário que o
professor tenha um pensamento inclusivo independentemente da
disciplina que será trabalhada, e crie atividades nas quais os alunos
com DF participem com os demais. A escola deve transformar o seu
ambiente, tanto físico quanto de relações, para receber a PcD.
Podemos reforçar com algumas medidas já citadas: uma rampa de
acesso com padrões adequados, portas com acessos corretos,
banheiros adaptados e demais acessos aos ambientes internos da
escola pensados para o acesso universal.
Em nosso estudo com a DF podemos imaginar cenários de alguns
alunos cadeirantes, outros usando prótese em uma ou ambas as
pernas. Algum aluno com má-formação de braço, ou que ande com o
auxílio de um andador, entre inúmeros outros exemplos que
poderíamos listar.
 ATENÇÃO
Para melhorar a acessibilidade, é de suma importância que os
professores e a escola criem um ambiente mais acessível entre
alunos e todos que circulam no local. A ideia é que todos possam
participar das atividades e transitar com iguais direitos. Refletir a
respeito dessas mudanças e reivindicá-las faz parte de uma postura
necessária e democrática, dentro de uma perspectiva intencional de
inclusão.
Ora, se queremos a inclusão, devemos assumir participar de um
processo para que ela aconteça. Isso é construído com diálogo entre
todos, e um entendimento generalizado para que possamos viver
esse momento, fazendo parte da construção de uma sociedade mais
justa e igual para todos de forma concreta. E a escola torna-se um
ambiente propício para esse processo de desconstrução de barreiras
e preconceitos, e construção de igualdade de direitos.
CAPACITISMO
Comecemos conceituando:
MINHA PROPOSTA É QUE, A EXEMPLO
DE PORTUGAL, PASSEMOS A ADOTAR
NO BRASIL A TRADUÇÃO DE ABLEISM
PARA CAPACITISMO NA LÍNGUA
PORTUGUESA, POR DUAS RAZÕES
PRINCIPAIS: A PRIMEIRA É A
DEMANDA DE URGÊNCIA PARA
VISIBILIZAR UMA FORMA PECULIAR
DE OPRESSÃO CONTRA AS PESSOAS
COM DEFICIÊNCIA E, POR
CONSEQUÊNCIA, DAR MAIOR
VISIBILIDADE SOCIAL E POLÍTICA A
ESSE SEGMENTO; A SEGUNDA É QUE,
PARA DESCONSTRUIR AS
FRONTEIRAS ENTRE DEFICIENTES E
NÃO DEFICIENTES, É NECESSÁRIO
EXPLORAR OS MEANDROS DA
CORPONORMATIVIDADE DE NOSSA
ESTRUTURA SOCIAL AO DAR NOME A
UM TIPO DE DISCRIMINAÇÃO QUE SE
MATERIALIZA NA FORMA DE
MECANISMOS DE INTERDIÇÃO E DE
CONTROLE BIOPOLÍTICO DE CORPOS
COM BASE NA PREMISSA DA
(IN)CAPACIDADE, OU SEJA, NO QUE
AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
PODEM OU SÃO CAPAZES DE SER E
FAZER.
(MELLO, 2016, p. 02)
O conceito aponta que o problema da cognição não se restringe a
modelos teóricos. Não origina somente questões epistemológicas,
mas também políticas. Políticas cognitivas são produzidas e
produzem modos de estar no mundo; é um estado relacional com os
outros. Enfim, todo conhecer traz consigo uma posição no mundo,
uma atitude.
Os elementos estruturantes do capacitismo são decorrentes do
histórico de eugenia sofrido pelas pessoas com deficiência, das
implicações da normatização e, de forma mais recente, da ofensiva
do neoliberalismo. Estão relacionados a uma compreensão
normatizada e autoritária sobre o padrão corporal humano, que
deflagra uma crença de que corpos desviantes do padrão serão
consequentemente insuficientes, seja diminuindo seus direitos
(inclusive o direito à vida em si), seja de maneira conceitual e
estética, na realização de alguma tarefa específica, ou na
determinação de que essas sejam pessoas naturalmente não
saudáveis.
A inclusão social, segundo Marchesan e Carpenedo (2021), ressalta
que a deficiência não está na pessoa, mas na sociedade, no meio
em que vive. De fato, a inclusão requer um longo caminho a ser
percorrido, tendo em vista a transformação na prática social de
todos.
Esse conceito é relativamente novo, ainda estamos num processo de
melhor entendimento e até mesmo de definição sobre o assunto. No
ambiente escolar, devemos lutar contra o capacitismo e derrubar o
estereótipo construído no nosso imaginário e concretizado em nossa
sociedade.
A educação deve ser transformadora, e os agentes desse processo
são todos os envolvidos. Diálogos na escola entre professores,
funcionários, alunos e família se fazem necessários para que todos
participem dessa construção de um ambiente salutar, no qual a
inclusão acaba sendo algo naturalizado e que acontece de maneira
automática, revelando a igualdade para todos.
 
Foto: Shutterstock.com.
CAPACITISMO E INCLUSÃO
O conceito de capacitismo já foi superado? É o que veremos agora.
VERIFICANDO O
APRENDIZADO
1. SABEMOS, POR MEIO DA LEGISLAÇÃO ATUAL, E
A PARTIR DOS ESTUDOS FEITOS NA ÁREA, QUE A
EDUCAÇÃO É UM DIREITO DE TODOS. E PARA QUE
A EDUCAÇÃO INCLUSIVA ACONTEÇA DE FORMA
SATISFATÓRIA, É NECESSÁRIO EXTINGUIR
BARREIRAS, COMO AS ARQUITETÔNICAS, QUE
DIFICULTAM A CONCRETIZAÇÃO DAS DIRETRIZES
ESTABELECIDAS NAS LEIS E NORMAS EM PROL DA
INCLUSÃO E DA ACESSIBILIDADE.
ASSINALE A ALTERNATIVA QUE NÃO APRESENTA
UMA BARREIRA ARQUITETÔNICA REFERENTE À
ESCOLA:
A) Escada na frente do bar da escola, no pátio.
B) Porta do banheiro, por ela não passa uma cadeira de rodas.
C) No banheiro não existem barras de apoio para as mãos que
auxiliam o cadeirante.
D) A mesa (classe) é a de braço unilateral, nela não entra a cadeira.
E) Cordão (paralelepípedo) da calçada sem rampa de acesso a dois
quarteirões da escola.
2. O CAPACITISMO SURGE COMO UM CONCEITO E
REFLEXÃO RELATIVAMENTE NOVOS.
ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA DUAS
PALAVRAS RELACIONADAS À IDEIA DE
CAPACITISMO:
A) Capacidade e inclusão
B) Preconceito e eugenia
C) Determinação e superação
D) Conquista e igualdade
E) Direitos iguais e acolhimento
GABARITO
1. Sabemos, por meio da legislação atual, e a partir dos estudos
feitos na área, que a educação é um direito de todos. E para que
a educação inclusiva aconteça de forma satisfatória, é
necessário extinguir barreiras, como as arquitetônicas, que
dificultam a concretização das diretrizes estabelecidas nas leis e
normas em prol da inclusão e da acessibilidade.
Assinale a alternativa que não apresenta uma barreira
arquitetônica referente à escola:
A alternativa "E " está correta.
 
A alternativa não está relacionada diretamente ao interior da escola.
2. O capacitismo surge como um conceito e reflexão
relativamente novos.
Assinale a alternativa que apresenta duas palavras relacionadas
à ideia de capacitismo:
A alternativa "B " está correta.
 
O capacitismo reúne um conjunto de atitudes preconceituosas que
hierarquizam pessoas em função da adequação de seus corpos a
um padrão de perfeição, beleza e capacidade funcional. Os
elementos estruturantes do capacitismo são decorrentes do histórico
de eugenia sofrido pelas pessoas com deficiência.
MÓDULO 3
 Analisar as possibilidades para o protagonismo da pessoa
com deficiência física
BREVE HISTÓRICO DO
ESPORTE PARALÍMPICO
O chamado movimento paralímpico tem ganhado grande evidência
nos últimos anos. Estudaremos, em dois subitens, um breve histórico
do esporte paralímpico para melhor contextualização e as
paralimpíadas escolares — uma competição que tem atraído muitosestudantes do Brasil inteiro e tem sido um importante instrumento
para a desmitificação do “coitadismo” da PcD. Nesse momento, as
PcD mostram suas potencialidades e o protagonismo é evidenciado.
E, ainda, no terceiro subitem, discutiremos algumas barreiras
encontradas para a prática esportiva.
É importante frisar, para um melhor entendimento e distinção, que
esporte paralímpico é praticado por pessoas com deficiência física,
visual ou intelectual. Há, ainda, organizações específicas para atletas
com outras deficiências, como a surdolimpíadas e a special
olympics . Um detalhe importante: as pessoas com deficiência
auditiva ou surdez não participam das paralimpíadas.
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SURDOLIMPÍADAS
“O esporte é algo que une a todos como sociedade, um laço que
rompe as diferenças e leva todos a um caminho de respeito, e os
surdos provaram isso com muita garra e orgulho ao longo do
tempo. O movimento surdolímpico é o elo entre o esporte e a
comunidade surda, um estandarte da diversidade e um marco da
equidade em todos os cantos do mundo. Estar envolvido com
esse movimento é não apenas comprometer-se com o futuro da
sociedade, mas praticar o ato de empatia com pessoas
diferentes de quem somos.”
Fonte: surdolimpiadas2021.com.br
SPECIAL OLYMPICS
“A special olympics é um movimento global sem fins
econômicos que, por meio de treinamento esportivo e
competições de qualidade, melhora a vida de pessoas com
diferentes capacidades intelectuais e, consequentemente, a vida
de todas as pessoas que as cercam. A special olympics foi
revolucionária ao permitir o treinamento e competições nacionais
e internacionais para atletas com deficiência intelectual, abrindo
a porta da participação no esporte em uma sociedade altamente
segregada.”
Fonte: specialolympics.org.br
 SAIBA MAIS
Para conhecer mais sobre o esporte paraolímpico, visite os sites da
Surdolimpíadas e da Special Olympics.
No período da Segunda Guerra Mundial, entre 1939 e 1945,
aconteceu uma evolução do desporto adaptado. O retorno dos
soldados com deficiência motora, visual e auditiva aos seus países
fez com que os governos proporcionassem melhor qualidade de vida
a esses soldados por meio do acesso a práticas esportivas
adaptadas, amenizando, assim, os danos causados pela guerra.
Essa história começa quando o médico e neurocirurgião judeu
Ludwig Guttmann, fugindo da Alemanha nazista em 1944, a pedido
do governo britânico, foi trabalhar no centro de reabilitação social dos
veteranos de guerra no hospital Stoke Mandeville, em Aylesbury. Por
isso, ele é considerado o pioneiro na reabilitação física de ex-
combatentes de guerra, porque começou a organizar jogos entre os
pacientes e esses jogos ao longo do tempo foram tomando grandes
proporções.
O movimento paralímpico surgiu em 1960, em Roma, na Itália. Após
a nona edição dos Jogos de Stoke Mandeville, o diretor do centro de
lesionados da Itália, Antonio Maglio, em conversa com Guttmann,
propôs que os jogos fossem realizados após os Jogos Olímpicos de
Roma, aproveitando as mesmas instalações. Então, os jogos
passaram a ser denominados Olimpíadas dos Portadores de
Deficiência. Assim, aconteceu oficialmente a primeira edição dos
Jogos Paralímpicos (modelo aproximado do que temos hoje).
 
Foto: Comitê Paralímpico Australiano / Wikimedia Commons / CC
BY-SA 3.0.
 Membros da equipe australiana marcham na cerimônia de
abertura dos Jogos Paraolímpicos de Verão de 1964 em Tóquio.
 SAIBA MAIS
Atualmente (CPB, 2021), 22 modalidades fazem parte do programa
paralímpico dos Jogos de Verão (paratriatlo, paracanoagem,
atletismo, goalball, natação, tênis em cadeira de rodas, voleibol
sentado, basquete em cadeira de rodas, halterofilismo, remo, tiro
com arco, bocha, futebol de 5, parabadminton, hipismo, ciclismo,
rugby em cadeira de rodas, tiro esportivo, esgrima em cadeira de
rodas, judô, tênis de mesa e taekwondo).
Cada uma das modalidades tem o seu sistema de classificação
funcional (esportiva) ou oftalmológica: uma divisão dos atletas por
classes de acordo com o nível de deficiência e funcionalidade. Isso
permite que as disputas sejam justas e equilibradas.
PARALIMPÍADAS ESCOLARES
A competição paralimpíadas escolares, segundo Bataglion e Mazo
(2019), teve início no ano de 2006 e, desde então, ocorre uma vez
por ano, exceto no ano de 2008, congregando delegações de
unidades federativas do Brasil para competir em diversificadas
modalidades paralímpicas que são organizadas pelo Comitê
Paralímpico Brasileiro (CPB).
Esse é o maior evento mundial para crianças com deficiência em
idade escolar. Talentos do paradesporto brasileiro (CPB, 2021) já
passaram pela competição, como os velocistas Alan Fonteles, ouro
em Londres 2012, Verônica Hipólito, prata no Rio 2016, e Petrúcio
Ferreira, recordista mundial nos 100m (classe T47); o nadador
Talisson Glock, prata no Rio 2016; o jogador de goalball Leomon
Moreno, prata no Jogos de Londres e bronze no Rio 2016; a mesa-
tenista Bruna Alexandre, bronze no Rio 2016, entre outros.
As paralimpíadas escolares abriram espaço para a construção da
carreira de atletas no esporte paralímpico brasileiro desde a idade
escolar, visto que, muitas vezes, a participação nesse evento é o
primeiro contato de crianças e jovens com um contexto de
competição esportiva. Além da representação das paralimpíadas
escolares como um meio de compor as futuras equipes das
modalidades paralímpicas no país, ou, até mesmo, para a
construção das carreiras de atletas com deficiência no esporte, vale
ressaltar o seu potencial para a abertura de reflexões, discussões e
espaços que entendam a prática do esporte como direito social
dessa população, considerando a formação profissional para a
atuação nesse âmbito em variados contextos sociais e culturais.
 
Foto: Agência Brasil Fotografias / Wikimedia Commons / CC BY 2.0.
 Bastidores da competição de Vela, nas Paralimpíadas Rio 2016.
Geralmente, em cada estado, ocorrem torneios escolares seletivos
no primeiro semestre ou meio do ano. Já a competição das
paralimpíadas escolares costuma acontecer em novembro. E é
interessante que os professores incentivem a participação dos
alunos. O ideário de participação e não de competição por si só é o
que rege. Alguns alunos praticam suas modalidades na escola,
outros em clubes. Mas todos são inscritos pela escola.
 ATENÇÃO
Incentivar a prática esportiva, música, dança e arte deve sempre
acontecer com todos os alunos, com ou sem deficiência, porque traz
uma perspectiva mais ampla na formação escolar. Em relação ao
esporte, o aluno deve experimentar as diversas modalidades e
escolher a que mais gosta e se identifica.
Um importante relato (SERON; GREGUOL, 2020) sobre a educação
física, o esporte paralímpico e a PCD, que nos faz refletir e nos
coloca no lugar do outro: um aluno do ensino médio, de 18 anos,
praticante de goalball, respondeu a algumas perguntas para um
trabalho acadêmico de uma aluna da graduação, do curso de
Educação Física. Em um dos questionamentos, que era sobre como
ocorria a inserção nas aulas de educação física escolar, a resposta
foi previsível e desanimadora! Mas no desenrolar da conversa algo
chamou a atenção. Ao ser indagado sobre seu desejo do esporte
paralímpico ser um conteúdo abordado nas aulas de educação física
na escola, o aluno respondeu que considerava fundamental abordar
o esporte paralímpico na escola para os alunos — com ou sem
deficiência — saberem que todos têm possibilidade de jogar e
conhecerem as modalidades.
Daí a importância do profissional de educação física, por exemplo,
ter Conhecimento pelo menos elementar acerca das paralímpiadas
escolares.
CONHECIMENTO
“A Paralimpíada Escolar é uma porta de entrada para jovens que
sonham com uma carreira no paradesporto. O objetivo do CPB é
incentivar desde cedo o alto-rendimento para que essas crianças
defendam o Brasil em Mundiais e Paralimpíadas”.
Fonte: Agência Brasil
 ATENÇÃOEssa troca de conhecimento exemplificada na educação física pode
acontecer em qualquer disciplina, trazendo assuntos relacionados
com a PcD e não deficientes, seja geografia, história, ciências, entre
outras. O trabalho em conjunto das disciplinas com a educação física
também pode ser uma boa alternativa para a participação. Aprender
de forma integrada e de maneira interdisciplinar e multidisciplinar é
uma proposta atrativa que se completa dentro de um aprendizado
abrangendo diversos saberes.
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BARREIRAS PARA A PRÁTICA
Em contrapartida, ainda existem muitas barreiras e falta de
acessibilidade para as pessoas com deficiência praticarem esportes.
Estatísticas recentes mostram que há mais de um bilhão de pessoas
com deficiência em todo o mundo, com maior prevalência nos países
mais pobres, e que essas apresentam muito menos oportunidades
de se envolverem em programas esportivos quando comparadas
àquelas sem deficiência. As principais barreiras para a prática de
atividades físicas nessa população poderiam ser divididas das
seguintes formas:
Pessoais
Dor, fadiga, percepção de que a atividade é difícil, e falta de
conhecimento sobre as atividades.
Ambientais
Falta de transporte, de equipamentos adequados, de profissionais
capacitados, de acessibilidade arquitetônica e de recursos
financeiros para a prática.
As barreiras observadas por pessoas com deficiência para a prática
de esporte diferem daquelas normalmente exibidas pela população
sem deficiência. Enquanto, para os últimos, a falta de tempo e de
dinheiro são fatores de destaque, para as pessoas com deficiência
os principais obstáculos dizem respeito a construções e ambientes
naturais inacessíveis (falta de acessibilidade), dificuldades
psicológicas e emocionais, falta de equipamentos apropriados para a
prática, falta de informação e formação profissional, problemas com
transporte e percepção negativa sobre a atitude das demais pessoas
durante a prática em ambientes inclusivos. Estudos específicos
sobre barreiras e fatores determinantes para a prática de atividade
física entre pessoas com deficiência apontam que essas variáveis
modificam-se dependendo do tipo de deficiência analisado.
Vale destacar outra questão: existe a mitificação social de que a
prática de atividades físicas por crianças com deficiência é algo
desnecessário ou arriscado, o que pode reforçar ainda mais a falta
de oportunidades para o acesso aos programas existentes ou a não
criação de programas direcionados a essa população. Entretanto,
inúmeras são as vantagens que o esporte proporciona ao seu
praticante e isso não é diferente no caso da pessoa com deficiência.
Os benefícios também devem ser destacados: melhora da saúde,
autonomia, autoestima, convívio social, transmissão de valores,
dentre outros.
A atividade esportiva, segundo Paes e Balbino (2005), pode ser uma
possibilidade de renda e uma ferramenta de educação, ou
simplesmente uma ocupação, uma possibilidade de fazer, participar
e praticar algo fora da sua rotina habitual. Ficar em casa, à mercê de
atividades sem muitas pretensões, faz com que o esporte se mostre,
antes de tudo, em sua ampla significância, uma possibilidade de
atividade social. O esporte envolve uma complexa interação entre
treinadores e atletas, atuando em um ambiente social e cultural
abrangente e multifacetado. O instrumental sociológico certamente
pode vir a contribuir para melhor compreender a natureza das
diversas formas de interação e organização desse universo.
 
Foto: Shutterstock.com.
O esporte paralímpico educa a sociedade, mostrando a deficiência
não como algo impeditivo, mas cada vez mais como uma
característica individual. Ele reforça a exigência da igualdade de
direitos, promove melhor qualidade de vida ao praticante, desenvolve
suas potencialidades e, no caso do alto rendimento, além de uma
possibilidade de renda e profissão, promove um alto nível de
excelência esportiva.
A integração da PcD na sociedade, seja DF ou de qualquer outra
natureza, pode e deve começar na escola, que na maioria das vezes
é o primeiro ambiente de convívio social depois de suas casas.
Então, todo ambiente escolar alinhado e com um pensamento
uniforme para que a inclusão realmente aconteça deve ser
exercitado e praticado de forma concreta.
Na área escolar, assim como fora dela, a emancipação, os direitos
iguais e o acesso universal da PcD são pontos a se considerar nos
investimentos do poder público, para que consigamos uma
organização da sociedade inclusiva. E não apenas de serviços e
esforços isolados:
COMO CONSEQUÊNCIA DESSE
PROCESSO DE MUNICIPALIZAÇÃO,
ALGUNS AJUSTES ORÇAMENTÁRIOS,
ADMINISTRATIVOS, POLÍTICOS E
PEDAGÓGICOS PRECISAM SER
REALIZADOS PARA SE ALCANÇAR O
IDEÁRIO DE UMA ESCOLA
DEMOCRÁTICA, PLURALISTA E DE
QUALIDADE. É IMPORTANTE
PERCEBER QUE A
DESCENTRALIZAÇÃO
ADMINISTRATIVA TRAZ EM SEU BOJO
O DESARRANJO DE TODA A
ESTRUTURA DO SISTEMA
EDUCACIONAL, NO QUE SE REFERE
AOS ASPECTOS DE GERENCIAMENTO,
ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO.
(OLIVEIRA; LEITE, 2007, p. 2)
Assim sendo, políticas públicas devem ser incentivadas e exigidas
para a construção de uma sociedade inclusiva. A inserção da PcD —
seja ela deficiente físico, auditivo, visual, intelectual ou outro — deve
vir também do Estado (poder público), que precisa criar condições e
investir para a transformação da nossa sociedade, construindo
diálogos permanentes para que todos sejam ouvidos.
A FAMÍLIA E O
PROTAGONISMO DA PCD
Vamos entender que papel tem a família como suporte fundamental à
PcD.
VERIFICANDO O
APRENDIZADO
1. NA SEÇÃO BREVE HISTÓRICO DO ESPORTE
PARALÍMPICO , ESTUDAMOS QUE O MOVIMENTO
PARALÍMPICO TEM SUAS ORIGENS NO PERÍODO DA
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. O DR. GUTTMANN
TEVE UM PAPEL MARCANTE NESSE PROCESSO.
MARQUE A ALTERNATIVA QUE MOSTRE A AÇÃO DO
MÉDICO DENTRO DA PERSPECTIVA DO ESPORTE
PARALÍMPICO:
A) Organizou uma peça de teatro para os lesados da guerra.
B) Realizou muitas cirurgias e manteve seus pacientes em repouso
para recuperação.
C) Usou o esporte como meio de reabilitação e organizou jogos para
os pacientes.
D) Repouso e meditação eram as receitas do médico judeu.
E) Incentivou o uso de medicamentos com função psíquica para
melhor recuperação.
2. NO TÓPICO PARALIMPÍADAS ESCOLARES ,
VERIFICAMOS QUE INCENTIVAR A PRÁTICA
ESPORTIVA, MÚSICA, DANÇA E ARTE DEVE
SEMPRE ACONTECER COM TODOS OS ALUNOS,
SEJA COM OU SEM DEFICIÊNCIA. EM RELAÇÃO AO
ESPORTE, O ALUNO DEVE EXPERIMENTAR AS
DIVERSAS MODALIDADES E ESCOLHER A QUE
MAIS GOSTA E SE IDENTIFICA.
MARQUE POR QUE O PROFESSOR DEVE
PROCURAR TER ESSA POSTURA PARA:
A) A PcD se tornar um atleta paralímpico.
B) A PcD tornar-se um ator.
C) Focar um conteúdo específico.
D) Trazer uma perspectiva mais ampla na formação escolar.
E) Focar as disciplinas de artes e educação física.
GABARITO
1. Na seção Breve histórico do esporte paralímpico , estudamos
que o movimento paralímpico tem suas origens no período da
Segunda Guerra Mundial. O dr. Guttmann teve um papel
marcante nesse processo.
Marque a alternativa que mostre a ação do médico dentro da
perspectiva do esporte paralímpico:
A alternativa "C " está correta.
 
O dr. Guttmann é reconhecido pela grande contribuição ao esporte
paralímpico por acreditar na reabilitação física e social por meio do
esporte.
2. No tópico Paralimpíadas escolares , verificamos que
incentivar a prática esportiva, música, dança e arte deve sempre
acontecer com todos os alunos, seja com ou sem deficiência.
Em relação ao esporte, o aluno deve experimentar as diversas
modalidades e escolher a que mais gosta e se identifica.
Marque por que o professor deve procurar ter essa postura
para:
A alternativa "D " está correta.
 
Além dos conteúdos, a formação se dá por diversas possibilidades
de saberes e conhecimento, incentivando a formação ampla, não
apenas e exclusivamente voltada ao conteúdo, o que nos remete a
um pensamento crítico.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar de nossabreve jornada neste estudo, acreditamos que foi
possível perceber, entre outros, dois importantes aspectos: em
primeiro lugar, a importância de termos clareza acerca dos conceitos
que envolvem a deficiência física, e o quanto isso é necessário para
romper posturas preconceituosas; e em segundo, o quanto a escola
é protagonista nesse processo de inclusão. Não somente no
ambiente escolar, mas também para além dele. O elemento
fundamental é a percepção da necessidade de ofertar possibilidades
para o protagonismo da pessoa com deficiência física, como o
exemplo do esporte paralímpico, assim como reconhecer as
barreiras encontradas para essa prática, visando superá-las.
Dentro de uma intenção democrática e não excludente para esse tipo
de abordagem, a palavra inclusão está cada vez mais em evidência.
Cabe a nós, professores, contribuirmos para que esse movimento
realmente aconteça, o que podemos fazer por meio de nossas aulas
e em conjunto com todo o ambiente escolar.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
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2018): evidências em mídias digitais acerca do evento esportivo.
Recorde – Revista de História do Esporte, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1,
p. 1-42, jan./jun. 2019.
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2021. Acesso em: 9 mar. 2021.
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espaço escolar. Anais do Salão de Ensino e de Extensão, p. 232,
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GOFFMAN, E. Estigma. Rio de Janeiro: LTC, 1981.
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com deficiência. Rev. bras. educ. espec., Marília, v. 16, n. 3, p. 415-
428, dez. 2010.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste conteúdo, assista:
À palestra “Quero viver minha vida”, da médica Izabel Maior, na
Fundação Síndrome de Down. É fundamental para aprofundar o
conteúdo a partir da visão de uma pesquisadora que também é
PcD. Pode ser encontrada em plataformas de vídeo, como o
YouTube.
Ao vídeo “Jogos Paralímpicos Rio 2016 – Melhores Momentos”.
Revela o quanto a superação da limitação física pode ser
inspiradora para todos.
Leia:
No CONADE (Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com
Deficiência), no site do Ministério da Mulher, da Família e dos
Direitos Humanos, é possível encontrar o “Documento Orientador
de criação de Conselhos”, cujo objetivo é propor, formular e
acompanhar a implementação de políticas públicas voltadas à
inclusão da PcD.
Vale conferir a “Lei 10.098/2000” sobre acessibilidade, e as
mudanças que ela sofreu com a implementação do estatuto da
PcD.
Pesquise:
Para um ganho maior de conhecimento e exploração, sugerimos
e indicamos uma visita ao site do Comitê Paralímpico Brasileiro.
Há diversas informações não só das modalidades paralímpicas,
mas também referentes à PcD, inclusive com cursos on-line
gratuitos.
CONTEUDISTA
Alexandre Cavedini Bisneto
 CURRÍCULO LATTES
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