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Proteção do Complexo Dentinopulpar O conjunto calcificado esmalte/dentina é a estrutura responsável pela proteção biológica da polpa. -Esmalte: resistência, duro, impermeável, isolante térmico, friável. 96% de mineral, 1% de matriz orgânica (amelogenina), 3% de água. -Dentina: menos resistência que esmalte, permeável, condutora de eletricidade, resiliente. Define o formato do dente, baixo módulo de elasticidade, amortecedor de forças, permeável, hidrófila e sensível.70% de mineral, 20% de matriz orgânica (prolongamentos odontoblásticos e fluido dentinário), 10% de água. Dentina primária: define forma do dente, estrutura tubular e permeável. Dentina secundária: formada após a raiz estar completa, estrutura tubular e permeável, deposição mais lenta. Dentina terciária: formada em resposta a estímulos patológicos, maior conteúdo mineral. Dentina esclerosada: túbulos dentinários estão ocluídos com minerais, menos permeável. Quanto mais próximo da polpa maior a abertura dos túbulos dentinários, maior chance do material utilizado chegar à polpa. -Polpa: produção de dentina, nutritiva, sensitiva e defensiva. · Fatores que orientam a proteção do complexo dentina-polpa: -Profundidade do preparo cavitário; -Qualidade e tipo de dentina remanescente; -Idade do paciente: paciente jovens a polpa tende a ter maior volume, enquanto pacientes idosos possuem maior dentina secundária. -Material restaurador. · Modalidades de proteções pulpares: -Proteções indiretas: aplicação de agentes protetores no assoalho cavitário, a fim de proteger o CDP dos diferentes tipos de injúrias ou irritantes, inibir o processo carioso e estimular a formação de dentina terciária. É indireta pq NÃO ESTÁ EM CONTATO COM A POLPA. Indicado em 3 situações: 1.Imediatamente após o término do preparo cavitário 2.Proteção adicional em cavidades profundas, em que há dentina esclerosada 3.Tratamento expectante, destinado a promover a recuperação da polpa e a remineralização dentinária em lesões profundas que estão na iminência de exposição. -Proteções diretas: é um tipo de proteção que consiste na cobertura da área exposta da polpa dental com um material que possibilite nova formação dentinária, manutenção da vitalidade e de suas funções normais. -Pulpotomias: remoção cirúrgica de toda a polpa dentária coronária viva exposta e não infectada, com o propósito de preservar a porção radicular, se faz mt em odontoped. -Curetagem pulpar: procedimento clínico em que se remove apenas parte da polpa coronária, a fim de manter sua vitalidade. · Materiais protetores: -Podem ser usados como materiais de base: quando escolhe colocar um material pra deixar uma proteção na dentina de fundo da cavidade e vai diminuir a quantidade de material restaurador. -Forramento e base: se estiver muito próximo da polpa pode usar um forramento e depois com um material de base. Cavidade rasa: restauração Cavidade média: base e restauração Cavidade profunda: forramento, base e restauração · Hidróxido de cálcio: · Características: -Desinfetante, bactericida e bacteriostático (para a ação bacteriana e promove a morte de algumas bactérias), capacidade de estimular a regeneração pulpar, induz a formação de dentina e a calcificação, indução de neoformação dentinária decorrente do pH altamente alcalino, biocompatível. -Alta solubilidade, o que acaba sendo uma desvantagem -Isolante térmico e elétrico, ph alcalino -Baixa resistência mecânica, sendo uma desvantagem, utilizar em espessura fina -UTILIZADO COMO FORRAMENTO, PRECISA DE UM MATERIAL DE BASE, DEPOIS DISSO PODE FAZER A RESTAURAÇÃO, SEJA DE AMÁLGAMA OU DE RESINA. Mais utilizado em cavidades profundas. -Necessita de material adicional para que seja feita restauração sobre ele. · Mecanismo de ação: -Uma vez aplicado, funciona por contato – necrose por coagulação e formação de carbonato de cálcio. Organizam-se em núcleos de calcificação distrófica que estimularão diferenciação em odontoblastos e deposição de dentina (terciária- maior mineralização). · Indicações: -Cavidades profundas; -Utilizado como passo inicial da proteção pulpar direta e indireta em cavidades profundas; -Não é indicado fazer restauração logo acima do local aplicado. Necessita de material de base. · Pó de hidróxido de cálcio: -Concentração alta, puro, ele é misturado com água destilada ou soro. Utilizado como solução ou pasta. -Solução: misturar 10 a 20 gramas com 200ml de água destilada. Usado para limpeza de cavidades, neutraliza a acidez, atua como agente bacteriostático, estimula a calcificação dentinária, hemostático nos casos de exposições pulpares. -Pasta: os mesmos passos da solução só que com consistência mais pastosa. Aplicação após o uso do agente de limpeza (solução), aplica-se diretamente sobre o assoalho cavitário com o auxílio de um aplicador de hidróxido de cálcio. Sua ação: o mecanismo não está completamente esclarecido porém o alto pH do Ca(OH)2 torna o meio propício para a deposição mineral, inibe o crescimento bacteriano e funciona como estímulo aos odontoblastos que produzem dentina reacional. A desvantagem da pasta: não toma presa, sua resistência mecânica é nula, alta solubilidade em água, consistência dificulta o trabalho e necessitam de uso de base acima dele. · Cimento de hidróxido de cálcio: -Tem uma pasta base, onde se tem o salicilato e uma pasta catalisadora que se tem o hidróxido de cálcio em si com a ação bactericida. -Baixa dureza e resistência mecânica Pasta base: ph 8,6 Pasta catalisadora: ph 11,3 Não pode pegar por cima do dente ou nas paredes da cavidade pq é solúvel Proporção 1 para 1 Tempo de manipulação: 10 segundos Presa inicial: 30 segundos Presa final: 2 minutos (endurecimento total) · Cimento de Ionômero de Vidro: -Composição: 1.Convencional: quando tem o líquido com ácido e o pó. Pó com componentes vítreos, sendo as partículas de vidro e o líquido contem os ácidos que vão fazer a dissolução. 2.Anidros: pó contem a composição com os ácidos que vão ser dissolvidos e componentes vítreos, o líquido vai ser a água destilada ou solução aquosa de ácido tartárico 3.Reforçados com partículas metálicas: ‘’mistura milagrosa’’. Pó é a adição de limalha de prata, maior liberação de flúor, diminuição na adesão as estruturas dentárias e desvantagem pelo escurecimento das margens 4.Modificado com resina: vai precisar de fotopolimerização. Pó tem as partículas vítrea, o líquido tem a adição de componentes resinosos. Proteger melhor à umidade, utilizar isolamento absoluta e tem propriedades mecânicas iniciais melhores do que o convencional. -Indicações: 1.Tipo 1: cimentação de peças protéticas e acessórios ortodônticos, possui granulação fina, será mais fluido 2.Tipo 2: indicado para restaurações ou como base, granulação grossa, baixo esforço mastigatório. Indicado mais pra restaurações em incisivos, no colo do dente, onde não se tem tanto esforço mastigatório. Pode usar como base p restauração 3.Tipo 3: forramento, base, selamento de cicatrículas e fissuras, tem granulação média. Pode usar como base p restauração 4.Tipo 4-modificados por resina: proteção pulpar, restauração e cimentação, também pode ser usado como base, pode usar para restaurar prox ao colo do dente, em área p aprox. dentes anteriores · Cimento de ionômero de vidro convencional: Pó + líquido Proporção 1 para 1 O pó deve ser levemente agitado antes da manipulação. Colocar uma gota do produto ao lado da medida de pó. Obs: verificar se há bolhas, manter o frasco na vertical Dividir a medida de pó e aglutinar suavemente sem pressão na placa ou folha descartável Tempo de manipulação: 45 segundos (3 minutos de trab) Presa inicial: 4 a 6 minutos Acabamento: após 24h LIBERA FLUOR e pode se recarregar · Cimento de Ionômero de Vidro resinoso: -Vantagens: características de endurecimento melhoradas, alta resistência inicial, maior resistência total, menor sensibilidade à umidade. -Desvantagens: contração de polimerização. -Libera flúor, adesão à estrutura dentária, coeficiente de expansão térmica linear(bom p conseguir isolar), compatibilidade biológica. -Ácido fraco, alto pesomolecular – dificulta difusão, rapidamente precipitado pelo cálcio e fosfato. -A resposta pulpar a um material restaurador está mais relacionada com sua capacidade de selamento do que seu potencial irritativo -Apresentação: primer, pó+líquido, cobertura protetora (Glaze) -Tempo de manipulação: 1 minuto (3 minutos de trabalho) -Presa inicial: 4 a 6 minutos -Acabamento: após 24h -Fazer sem o foco de luz para não interferir -Tipos de condicionamento: possibilidade de condicionamento prévio/primer O ácido poliacrílico é mais utilizado em convencionais, o resinoso vem com o primer. Ionomero convencional: mais pra material de base O resinoso: mais p restauração em cavidades não mt grandes, onde não se tem mt impacto mastigatório. Passo 1: aplicação do primer sob agitação, aplicação ativa, é necessário fotoativação. Passo 2: mistura do pó e líquido: Proporção 1 para 2, o pó deve ser levemente agitado antes da manipulação como no convencional. Não fazer pressão na manipulação e não fazer movimentos circulantes bruscos. Passo 3: aplicação na cavidade e fotoativação por 20 segundos Passo 4: aplicar o glaze na superfície da cavidade selada com o ionômero de vidro resinoso. · Óxido de Zinco e Eugenol: Pode ser usado como base ou como restaurador provisório de curta duração. Mais usado como restauração. Pode ser usado como forramento/base em casos de uso de amálgama. Pó: óxido de zinco- ingrediente para a reação primária. Líquido: acetato de zinco para acelerar, eugenol é o ingrediente para a reação primária, o óleo de oliva controla a viscosidade. · Propriedades: -Presa acelera quando colocado na cavidade (umidade acelera a presa) -Resistência a compressão baixa, comparado ao hidróxido de cálcio, resiste mais. · Indicações: -Selador de canais radiculares -Base para restaurações -Restaurações provisórias -Cimento cirúrgico -Material de moldagem funcional -Eugenol residual tem efeito anódino, como se fosse um analgésico. Não utilizar quando o material restaurador for resina composta, pq impede que a resina entre nos túbulos dentinários. -Eugenol livre é bactericida -Isolante térmico -Contraindicado para uso com sistemas adesivos/resina composta · Tipos de ZOE: I.Tipo 1: restauração provisória de curta duração/cimentação provisória II.Tipo 2: restauração temporária e base/cimentação provisória de longa duração – IRM, material mais rígido, usado como base para restauração amálgama II.Tipo 3: restauração temporária e base IV.Tipo 4: temporária de até 1 ano Manipulação precisa de força, não precisa de uma restauração muito bem feita já que é provisório. Geralmente fica só selando as embocaduras dos condutos, se faz uma técnica de ‘’sanduiche’’ pq ele é branco e facilita a necessidade de tratamento posterior, depois preenche a cavidade até um pouco mais da metade com ionômero de vidro, que será usado como preenchimento da cavidade como base e depois usa a resina composta. Tipo 2: pega uma porção e aplaina com a espátula 36, separa as qtds e faz a incorporação com o líquido. Na hora de por na cavidade precisa de cuidado pq ele solta a espátula de inserção e ele não escoa dai se usa um condensador pra deixar ele plano no fundo da cavidade. Espatulação: 2 min Tempo de trabalho: 4 a 10 min RESUMO: Cavidades superficial, rasa e média: sistema adesivo Cavidade profunda: CIV forramento + sistema adesivo Cavidade mt profunda e mt profunda com exposição: cimento de hidróxido de cálcio + CIV forramento + sistema adesivo. Quando a cavidade for superficial e rasa: usar a resina composta, ácido fosfórico 37%, água, jato de ar, sistema adesivo e resina composta. Cavidade média com resina: ácido poliacrílico (não obrigatório), água, jato de ar, CIV, ácido fosfórico, água, jato de ar, sistema adesivo, resina composta. Com amálgama: CIV ou zoe e amálgama Cavidade profunda com resina: cimento de hidróxido de cálcio (não obrigatório), cimento de ionômero de vidro, ácido fosfórico, água, jato de ar, sistema adesivo, resina composta. Amálgama: cimento de hidróxido de cálcio, CIV ou ZOE, amálgama. Cavidade muito profunda com resina: cimento de hidróxido de cálcio, CIV, ácido fosfórico 37%, água, jato de ar, sistema adesivo e resina composta. Com amálgama: cimento de hidróxido de cálcio, CIV ou OZE, amálgama. Exposição pulpar: água de cal para lavagem, pó de hidróxido de cálcio, cimento de hidróxido de cálcio, CIV (nesta etapa, haverá a espera e acompanhamento radiográfico até que seja feita a restauração definitiva, a cavidade permanece totalmente preenchida com ionômero, que será depois reabaixado para realizar a rest definitiva), ácido fosfórico 37%, água, jato de ar, sistema adesivo, resina composta. MANIPULAÇÃO HIDRÓXIDO DE CÁLCIO: Manipulado com a espátula 24 e o porta dycal para botar na cavidade Proporção de 1:1 das pastas Não pode tocar nas paredes circundantes Manipulação óxido de zinco e eugenol: Manipular na placa de vidro, oq determina a proporção é a quantidade necessária p fazer a restau provisória. Manipula até formar um rolinho Usar espátula 36 Não incorporar de forma rápida, virando os 2 lados da espátula, não pode ficar grudando na placa, utilizar a suprafill pra botar na cavidade Manipulação cimento de ionômero de vidro: Espátula 24, placa de vidro e bloco de espatulação ou só o bloco O vidro deve ser agitado para homogeneizar as particular, usar a colher dosadora Primeira gota deve ser dispensada 1:1 de proporção pó e líquido Não fazer rápido, bota na pistola e aplicar Usar o adesivo com o microbrush e fotopolimerizar depois que perder o brilho