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Anatomia da cavidade oral e dentição veterinária

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“O aparelho digestório é composto pelos órgãos relacionados à recepção, redução mecânica, digestão 
química e absorção de alimentos e bebidas e à eliminação dos resíduos não absorvidos. É formado pelo trato 
alimentar, que se estende da boca ao ânus, e por determinadas glândulas — as glândulas salivares, o 
pâncreas e o fígado —, que drenam os produtos no interior do trato” – K.M. Dyce 
“A digestão reduz os constituintes nutritivos dos alimentos a compostos moleculares que são pequenos o 
suficiente para serem absorvidos e usados para a obtenção de energia e construção de outros compostos, 
para a incorporação em tecidos corpóreos.” FAILS, Anna Dee 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 Representação esquemática do aparelho digestório do cão. 1, Boca; 2, glândulas salivares; 3, faringe; 4, 
esôfago; 5, estômago; 6, fígado; 7, duodeno; 8, pâncreas; 9, jejuno; 10, íleo; 11, ceco; 12, cólon; 13, reto; 14, ânus. 
Sistema digestório em mamíferos 
 
Lábios; Faringe; Esôfago cervical e torácico + glândulas salivares (porção pré-diafragmática) Esôfago 
abdominal; estomago; intestino delgado e grosso, canal anal + fígado e pâncreas (porção pós diafragmática) 
 
CAVIDADE ORAL: 
 
1: Vestíbulo e segundo molar; 
2: dente canino; 
 2’: filtro labial; 
3: palato duro; 
4: palato mole; 
5: língua; 
6: carúncula sublingual; 
7: arco palatoglosso; 
8: tonsila palatina; 
9: frênulo. 
 
 
FUNÇÃO: 
As principais funções da boca são preensão, mastigação e umidificação do alimento. A boca também pode 
participar da agressão e da defesa e, em humanos, é importante na formulação dos sons da fala. Na maioria 
das espécies, atua como via aérea em caso de obstrução nasal. 
Lábios: 
Compostos por pele, musculo, tendão, glândulas e mucosa oral, os lábios superiores possuem diferenças 
anatômica entre os animais, os cães possuem lábios mais frouxos permitindo uma fácil inspeção da face 
vestibular dos dentes, nos lábios inferiores existem papilas cônicas, onde pode ocorrer acumulo de 
alimentos, já os suínos e bovinos possuem em seus lábios superiores uma área glabra, de pele modificada 
nos planos nasolabial (bovinos) e rostral (suínos), já em pequenos ruminantes, felinos e canídeos entre o 
lábio superior e a narina existe uma faixa estreita de pele modificada e um sulco mediano chamado filtro. 
Os lábios são densamente inervados por fibras sensoriais e, assim, são órgãos táteis muito sensíveis. Além 
disso, os lábios de ovinos, caprinos e equinos são macios e flexíveis e ajudam a apreensão do alimento, 
enquanto os lábios bovinos e suínos são mais rígidos e menos móveis. 
Bochechas: 
Estruturalmente similares aos lábios, O principal suporte é o músculo bucinador, que devolve à cavidade 
central quaisquer alimentos que tenham escapado para o vestíbulo. Determinados roedores e macacos 
apresentam divertículos de vestíbulo oral (bolsas faciais) para um rápido armazenamento do alimento 
coletado e posterior mastigação. 
 
 
 
Figura 2 cavidade oral. 
Cavidade oral propriamente dita: 
A cavidade entre as arcadas dentárias é recoberta pelo palato; lateralmente delimitada pelos dentes, 
gengivas e margens da maxila e da mandíbula; seu assoalho é formado pela língua e pela pequena área de 
mucosa não revestida por ela. A maioria das paredes é rígida e, quando a boca está fechada, o tamanho da 
cavidade pode ser alterado apenas pela elevação ou depressão da língua e do assoalho. 
A parte rostral do teto é maior e baseada em uma lâmina óssea formada pelos processos palatinos dos ossos 
incisivo, maxila e palatino; é chamada de palato duro. Caudalmente e sem demarcação externa, esta 
estrutura se prolonga como palato mole, onde uma aponeurose de tecido conjuntivo substitui o osso. 
O palato duro geralmente é achatado e recoberto por uma mucosa espessa que apresenta uma série de 
cristas mais ou menos transversais (rugas palatinas), que se diferenciam entre espécies. 
Língua: 
A constituição altamente muscular faz com que a 
língua seja capaz de executar movimentos 
vigorosos e precisos, como preensão, 
enrolamento, separação e manipulação do 
alimento no interior da boca, por um lado, e, por 
outro, articular a fala. A mobilidade se deve à 
restrição da fixação na parte mais caudal, deixando 
o ápice livre para se mover no interior e para fora 
da boca. A raiz se fixa ao osso hioide; o corpo, à 
região da sínfise mandibular. A língua é recoberta 
por epitélio escamoso estratificado queratinizado 
espesso. 
Figura 3 suíno Figura 4 bovino 
Figura 5 A língua do cão. 1, Ápice; 2, corpo; 3, raiz, formando o 
assoalho da orofaringe; 4, sulco mediano; 5, papila valada; 6, 
papilas fungiformes; 7, arco palatoglosso; 8, tonsila palatina na 
fossa tonsilar; 9, epiglote; 10, frênulo. 
Papilas: 
A superfície é caracterizada por um grande número de projeções 
macroscopicamente visíveis, as papilas, muito bem 
desenvolvidos na superfície dorsal. Todos os animais domésticos 
apresentam: 
Papilas mecânicas: filiformes e cônicas 
 - Papilas filiformes - são pontiagudas, queratinizadas, cobrem o 
dorso e porção lateral do ápice da língua dos equinos, suínos e 
caprinos dando a mucosa aspecto aveludada. E são mais 
desenvolvidas nos gatos e nos ruminantes e possui função 
mecânica. 
 - Papilas cônicas – se encontram no dorso da raiz dos carnívoros 
e suínos e nos ruminantes próximas ao toro lingual, não possui 
nos equinos e tem função mecânica. 
Papilas gustativas (apresentam botões gustaivos): valadas, 
fungiformes, foliadas (equinos e suínos apenas) 
 - Papilas valadas - localizadas no dorso, oral a raiz da língua e são 
maiores que as papilas fungiformes, número varia entre espécies 
e sua função é gustativa para alimentos ácidos. 
 - Papilas fungiformes – possui aspecto de colônia de fungos, são 
arredondadas e possui função gustativa para alimentos doces e 
salgados. 
 - Papilas foliadas – Estão nas bordas da língua, ausentes nos 
ruminantes e tem função gustativa. 
 
 
 
 
 
Figura 6 Vista dorsal da língua e da epiglote do cão (ca), gato (fe), suíno (su), 
bovino (bo) e equino (eq). 1, Tonsila palatina; 2, sulco mediano; 3, papila filiforme; 
4, papilas foliadas; 5, epiglote; 6, seio tonsilar; 7, raiz da língua; 8, papila valada; 
9, toro lingual; 10, fossa da língua; 11, papilas fungiformes. 
Glândulas salivares: 
As glândulas salivares dos animais domésticos de produção compreendem três pares de glândulas bem-
definidas, além de lóbulos dispersos de tecido salivar (as denominadas glândulas salivares menores). As 
principais glândulas salivares são: 
Maiores – parótida, mandibular e sublingual 
Menores – bucais e zigomáticas 
Importância da saliva: saúde bucal, digestão, tamponamento para ruminantes; 
 
Figura 7 glândulas salivares 
As principais glândulas salivares de cães, suínos, bovinos e equinos. Em coral, glândula parótida; em 
azul, glândula mandibular; em amarelo, glândulas sublinguais; em rosa, glândulas bucais. 
1, Ducto parotídeo; 2, ducto mandibular; 3, parte compacta (monostomática) da glândula 
sublingual; 4, parte difusa (polistomática) da glândula sublingual; 5, glândulas bucais dorsais (glândula 
zigomática em cães); 6, glândulas bucais mediais; 7, glândulas bucais ventrais; 7′, glândula bucal medial. 
A glândula parótida, puramente serosa na maioria das espécies (exceto em cães), é moldada à parte ventral 
da cartilagem auricular. Em cães, é pequena e confinada à região adjacente à cartilagem. Em herbívoros, a 
glândula é grande e se estende rostralmente até o músculo masseter, ventralmente em direção ao ângulo 
da mandíbula e caudalmente até a fossa do atlas. Produz copiosas quantidades de saliva serosa para 
umedecer e amolecer os alimentos. 
A glândula mandibular produz uma secreção mista, mucosa e serosa. Geralmente menor que a parótida, a 
glândula mandibular é mais compacta e mais próxima ao ângulo da mandíbula. Em cães, é uma estrutura 
regularmente ovoide, detamanho moderado. Em herbívoros, é muito maior e mais profunda. 
A glândula sublingual comumente também é mista; às vezes formada por partes: uma compacta 
(monostomática), que drena por um único ducto; outra, difusa (polistomática), que se abre em diversos 
pequenos ductos. Em cães, a parte compacta localiza-se na extremidade rostral da glândula mandibular, 
parecendo prolongá-la. A parte difusa, única encontrada em equinos, tem localização submucosa no 
assoalho oral e se abre em muitos ductos ao lado do frênulo. 
As glândulas salivares são classificadas como serosas, mucosas ou mistas. As glândulas serosas secretam 
um fluido aquoso transparente, enquanto as glândulas mucosas secretam um material viscoso, o muco, 
que forma uma cobertura protetora na superfície das mucosas. As glândulas mistas produzem fluidos 
mucosos e serosos. A maioria das glândulas salivares menores tem secreção mucosa. 
 
Figura 8 As glândulas salivares do cão. 1, Glândula parótida; 2, ducto parotídeo; 3, glândula mandibular; 4, 
ducto mandibular; 5, parte caudal da glândula sublingual compacta; 6, parte rostral da glândula sublingual 
compacta; 7, ducto sublingual principal; 8, glândula zigomática. 
Normalmente, o fluxo de saliva é contínuo e, embora seja influenciado por muitos fatores, seu controle é 
neural. A ansiedade e o medo reduzem o fluxo, e a desidratação pode interrompê-lo por completo; a 
resultante boca seca aumenta a sensação de sede. A introdução de substâncias na boca, mesmo não 
comestíveis, aumenta o fluxo; no entanto, os alimentos são mais eficazes nesta indução. A produção de 
saliva aumenta mesmo com a expectativa de alimentação. As glândulas salivares recebem inervações 
simpáticas e parassimpáticas; estas últimas, a mais importantes. 
 
 
 
 
 
 
DENTIÇÃO 
 
Os dentes dos mamíferos são bastante distintos nas diferentes regiões da boca, objetivando melhor 
desempenho de funções especiais; tal característica, conhecida como heterodontia, permite o 
reconhecimento dos grupos incisivos, caninos, pré-molares e molares. Há uma única reposição dos 
primeiros dentes irrompidos, dentes decíduos (também denominados dentes de leite), formada por um 
segundo conjunto mais forte e melhor adaptado para maxilas e mandíbulas maiores e para a mastigação 
mais vigorosa de adultos. A sequência é conhecida como difiodontia, em contraste com a polifiodontia 
(sucessão múltipla) observada na maioria dos demais vertebrados. Por fim, os dentes são implantados em 
alvéolos nas margens da maxila e mandíbula, uma disposição descrita como tecodonte. 
Um dente é ancorado pela sua raiz, em um soquete ósseo chamado de alvéolo. O tecido conjuntivo, o 
periodonto (também conhecido como membrana periodontal), é responsável pela firme inserção da raiz 
ao osso adjacente em uma articulação especializada, a gonfose. A coroa é a parte do dente visível acima da 
mucosa da gengiva. Alguns dentes têm uma coroa curta separada da raiz por um colo distinto. Esses 
dentes, exemplificados pelos incisivos dos ruminantes, são descritos como braquiodontes (do grego 
brachy, “baixo”). Por outro lado, os incisivos e dentes vestibulares dos equinos apresentam coroa alta e 
reta, sem colo discernível. Esses dentes são descritos como hipsodontes (do grego hypsi, “alto”) 
 
 
Figura 9 À esquerda, anatomia do dente típico de braquiodontes (p. ex., incisivo bovino); à direita, 
anatomia de um dente de hipsodontes (p. ex., molar equino). 
 
A maior parte do dente é composta por uma substância mineralizada chamada de dentina, com uma 
cavidade dental em seu centro. Os tecidos conjuntivos, nervos e vasos sanguíneos do dente residem nessa 
cavidade e constituem a polpa dentária. É a dentina, aliás, que constitui o “marfim” das presas de elefante. 
Superficialmente à dentina, há uma camada de esmalte, branca e formada por cristais inorgânicos. O 
esmalte é a substância mais dura do corpo. Também é insubstituível, pois as células que o geram 
(ameloblastos) são perdidas após a formação do dente; apenas as coroas dos dentes braquiodontes são 
cobertas com esmalte, enquanto quase todo o dente hipsodonte tem uma camada de esmalte, à exceção 
de uma região pequena e curta da raiz do dente. O esmalte dos dentes hipsodontes forma pregas 
proeminentes em suas superfícies trituradoras, gerando cristas (cristas do esmalte) e cúspides 
(infundíbulos) características. 
O cemento é uma camada fina e semelhante a osso na superfície do dente. Abrange apenas a raiz do dente 
braquiodonte, mas se estende desde a raiz até cobrir a coroa do dente hipsodontes. 
 
Dentes decíduos Equinos Bovinos Ovinos Suínos 
Fórmulas 3 0 3 
3 0 3 
0 0 3 
4 0 3 
0 0 3 
4 0 3 
3 1 4 
3 1 4 
Dentes permanentes Equinos Bovinos Ovinos Suínos 
Fórmulas 3 1 3-4 3 
3 1 3 3 
0 0 3 3 
4 0 3 3 
0 0 3 3 
4 0 3 3 
3 1 4 3 
3 1 4 3

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