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QUI147-AULA01

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS 
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA 
 
 
 
 
 
 
LABORATÓRIO DE QUÍMICA GERAL – QUI147 
APOSTILA PARA AULAS PRÁTICAS 
VERSÃO 1/2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUIZ DE FORA 
 
 
1 QUI147 – Laboratório de Química Geral 
PREFÁCIO 
 
 Este manual de Laboratório de Química Geral apresenta as aulas experimentais 
destinadas aos alunos do curso de Farmácia. Tem por objetivo auxiliar e possibilitar ao aluno 
uma situação de maior aproveitamento. 
 O trabalho que se realiza em um curso prático requer, além de grande dedicação e 
interesse, muito cuidado e atenção. Para melhor aprendizagem, torna-se necessário o 
aproveitamento substancial do tempo. O volume de informações é enorme e a quantidade 
de conceitos é muito grande. 
 À medida que as aulas ocorrem, procure fixar muito bem os conceitos básicos, 
deixando-os cada vez mais solidificados e vivos na memória; isto lhe dará mais segurança 
e uma maior capacidade de raciocínio. Com certeza, quando um aluno consegue entender 
e assimilar claramente os problemas relacionados à separação e identificação dos íons ou 
elementos de um grupo analítico, se sentirá mais firme, hábil e com maior determinação ao 
procurar o entendimento do trabalho analítico. 
 O tempo de laboratório é importantíssimo, quanto mais, melhor. Tenha sempre 
presente que a Química é uma ciência experimental, por isso aproveite ao máximo o tempo 
de laboratório. 
 Anote tudo o que observar e procure representar por meio de equações de reação 
todos os fenômenos químicos processados. Reserve um tempo para estudar e explore a 
literatura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 QUI147 – Laboratório de Química Geral 
Aula 1: Noções de Segurança em Laboratório Químico e 
Reconhecimento de Vidrarias. 
 
INSTRUÇÕES GERAIS 
 
O trabalho que se realiza em um curso prático de química geral, requer, além de 
grande dedicação e interesse, muito cuidado e atenção. Para facilitar esse trabalho, serão 
dadas algumas instruções que, devidamente observadas, auxiliarão na obtenção de bons 
resultados, fator muito importante no aprendizado dessa disciplina. 
a) O laboratório é um lugar de trabalho sério. Evite qualquer tipo de brincadeira; 
b) É indispensável o uso de avental e de óculos de segurança; 
c) O aluno deverá estudar as experiências antes de executá-las, registrando, no manual de 
laboratório, as observações e conclusões que fez, após as execuções das mesmas; 
d) Trabalhar com pequenas quantidades de substâncias. Quando as provas forem realizadas 
em tubo de ensaio, o volume da solução problema, bem como os de cada um dos reagentes 
adicionados, deve ser de aproximadamente 5 gotas (0,25 mL); 
e) Deve-se evitar o desperdício de soluções, reativos, reagentes sólidos, gás e água 
destilada; 
f) Deve-se sempre usar água destilada, ao se preparar uma solução ou ao se proceder a 
uma diluição; 
g) Deve-se tomar o máximo cuidado para não contaminar os reagentes sólidos e as 
soluções. Não introduzir conta-gotas nos frascos de solução-estoque; 
h) O material de vidro deve ser lavado logo após a sua utilização. Em geral, lava-se primeiro 
com água corrente e depois se enxágua com pequenos volumes de água destilada; quando 
necessário, usar sabão ou detergente; em certos casos, podem-se usar pequenas 
quantidades de ácido muriático (ácido clorídrico comercial) na limpeza do material; 
i) Ao se aquecer um tubo de ensaio, deve-se fazê-lo de maneira adequada, caso contrário o 
conteúdo do tubo poderá ser projetado para fora, atingindo o operador ou outra pessoa; 
j) Todas as operações nas quais irá ocorrer desprendimento de gases tóxicos devem ser 
executadas na capela, bem como as evaporações de soluções ácidas, amoniacais, etc; 
k) É indispensável tomar o maior cuidado possível ao se trabalhar com ácidos concentrados, 
especialmente se for necessário aquecimento. Nunca se deve adicionar água ao ácido; 
deve-se sempre fazer a operação contrária, isto é, adicionar ácido na água; 
 
 
3 QUI147 – Laboratório de Química Geral 
l) No estudo das reações de cátions, empregam-se, de preferência, soluções de seus 
cloretos ou nitratos; para o estudo dos ânions, usam-se soluções de seus sais de sódio ou 
potássio; 
n) Dar tempo suficiente para que um vidro quente resfrie. Lembre-se que o vidro quente tem 
o mesmo aspecto do vidro frio. Não o abandone sobre a bancada, mas sim sobre uma tela 
de amianto; 
o) Informe o Professor de qualquer acidente que ocorra, mesmo que seja um dano de 
pequena importância; 
A seguir estão relacionados os acidentes mais comuns que ocorrem nos laboratórios 
e as iniciativas a serem tomadas e/ou primeiros socorros que devem ser realizados: 
 
INCÊNDIO 
 
• Para que haja fogo são necessários os seguintes elementos: 
 
 
 
1. CUIDADOS PARA EVITAR INCÊNDIOS 
• Assegurar o bom estado dos quadros da rede elétrica. 
• Assegurar o uso adequado das tomadas conforme recomendações especificadas em 
“normas básicas para uso de equipamento elétrico”. 
• Armazenamento dos botijões de gás em local bem ventilado fora do prédio. Tolera-
se o uso de botijões de até 13 kg no interior do prédio em áreas seguras. 
• Solventes químicos não podem ser armazenados próximos a fornos, estufas e locais 
aquecidos. 
 
2. EQUIPAMENTOS PARA CONTROLAR INCÊNDIOS 
• Os extintores devem estar dentro do prazo de validade e fixados em locais de fácil 
acesso, como por exemplo, nos corredores. 
• Conforme IT16 do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, os extintores devem 
estar localizados a uma distância de caminhamento de 15 metros, no máximo, um do 
outro. No máximo, a 5 metros da entrada principal de cada pavimento ou da edificação 
deverá existir um extintor. 
 
 
 
4 QUI147 – Laboratório de Química Geral 
3. COMO PROCEDER EM CASO DE INCÊNDIO 
• Se forem percebidos indícios de incêndio (fumaça, cheiro de queimado, estalidos, 
etc.), aproxime-se a uma distância segura para ver o que está queimando e a 
extensão do fogo. 
• Mantenha a calma. 
• Dê o alarme pelo meio disponível aos responsáveis. 
• Se não souber combater o fogo, ou não puder dominá-lo, saia do local, fechando 
todas as portas e janelas atrás de si, mas sem trancá-las, desligando a eletricidade, 
alertando os demais ocupantes do andar e informando os laboratórios vizinhos da 
ocorrência do incêndio. 
• Não perca tempo tentando salvar objetos, salve sua vida. 
• Mantenha-se vestido, pois a roupa protege o corpo contra o calor e a desidratação. 
• Procure alcançar o térreo ou as saídas de emergência do prédio, sem correr. 
• Jamais use o elevador, pois a energia é normalmente cortada, e ele poderá ficar 
parado, sem contar que existe o risco dele abrir justamente no andar em chamas. 
• Telefone para o Corpo de Bombeiros, 193. 
• É da responsabilidade de cada chefe de laboratório conhecer os disjuntores e suas 
instalações. 
 
Classes de Incêndios: 
 
• Classe “A”: Materiais que queimam em superfície e em profundidade. Exemplos: 
madeira, papel, tecido. 
 
• Classe “B”: Os líquidos inflamáveis. Queimam na superfície. Exemplos: álcool, 
gasolina, querosene. 
 
• Classe “C”: Equipamentos elétricos e eletrônicos energizados. Exemplos: 
computadores, televisores, motores. 
 
 
 
5 QUI147 – Laboratório de Química Geral 
• Classe “D”: Materiais que requerem agentes extintores específicos. Exemplos: pó de 
zinco, sódio, magnésio. 
 
 
Tipos de Extintores: 
 
•Extintor de pó para classes ABC 
• É o extintor mais moderno no mercado, que atende a todas as classes de incêndio. 
O pó especial é capaz de combater princípios de incêndios em materiais sólidos, 
líquidos inflamáveis e equipamentos energizados. 
• É o extintor usado atualmente nos veículos automotivos. 
• Extintor de água pressurizada-gás: 
• Indicado com ótimo resultado para incêndios de Classe “A”. Contraindicado para as 
Classes “B” e “C”. 
• Modo de usar: Rompa o lacre e aperte o gatilho,dirigindo o jato para a base do fogo. 
• Água-gás: Este tipo possui uma pequena ampola de ar comprimido. Abra o registro 
da ampola de gás e dirija o jato para a base do fogo. 
• Processo de extinção: Resfriamento. 
• Extintor de espuma: 
• Indicado com ótimo resultado para incêndios de classe “B” e com bom resultado para 
a classe “A”. Contra indicado para a classe “C”. 
• Modo de usar: Aproxime-se com segurança do líquido em chamas, inverta a posição 
do extintor (posicione-o de cabeça para baixo) e dirija o jato para um anteparo, de 
modo que a espuma gerada cubra o líquido como uma manta. 
• Processo de extinção: Abafamento. Um processo secundário é o resfriamento 
(umidificação). 
• Extintor de pó químico seco 
• Indicado com ótimo resultado para incêndios de classe “C” e sem grande eficiência 
para a classe “A”. Não possui contra-indicação. 
• Modo de usar: Rompa o lacre e aperte o gatilho, dirigindo o jato para base do fogo. 
• Processo de extinção: Abafamento. 
• Extintor de gás-carbônico 
• Indicado para incêndios de classe “C” e sem grande eficiência para a classe “A”. 
• Não possui contra indicação. 
• Modo de usar: Rompa o lacre e aperte o gatilho, dirigindo o difusor para a base do 
fogo. Não toque no difusor, pois com a passagem de gás por ele, ele poderá gelar e 
agarrar a pele ao ser tocado. 
 
 
6 QUI147 – Laboratório de Química Geral 
• Processo de extinção: Abafamento. 
• 
• Obs.: Incêndios de classe “D” requerem extintores específicos podendo, em alguns 
casos, ser utilizado o de gás carbônico (CO2) ou pó químico seco (PQS). 
 
COMO SE DEVE PROCEDER AO USAR UM EXTINTOR 
• 
• Fonte: http://www.corpodebombeiros.sp.gov.br/internetcb/Downloads/Cartilha_de_Orientacao.pdf 
 
PRIMEIROS SOCORROS: 
QUEIMADURAS: 
a) Queimaduras causadas por calor seco (chama ou objetos aquecidos): 
Queimaduras leves, refrescar com água fria. No caso de queimaduras graves, refrescar com 
água fria e cobrir com gaze esterilizada umedecida, sem tocar o local com as mãos. Procurar 
um médico imediatamente. 
Nunca cubra a pele queimada com pasta de dente, manteiga, creme hidratante, maisena, 
etc., pois isso pode agravar o caso. 
 
b) Queimaduras por ácidos: 
Lavar imediatamente o local com água corrente em abundância durante cinco minutos. Em 
seguida, lavar com solução saturada de bicarbonato de sódio a 10% e novamente com água. 
 
 
7 QUI147 – Laboratório de Química Geral 
OBS: No caso de a queimadura ser muito severa lavar apenas com bastante água e procurar 
um médico. 
c) Queimaduras por álcalis: 
Lavar a área atingida imediatamente com bastante água corrente durante cinco minutos. 
Tratar com solução aquosa de ácido acético 1 % e lavar novamente com água. 
OBS: No caso da queimadura ser grave lavar apenas com água e procurar um médico. 
 
ÁLCALIS OU ÁCIDOS NOS OLHOS: 
Lavar os olhos abundantemente com água limpa e após manter a pálpebra fechada. 
Não esfregar os olhos, não pingar colírios. Consultar um profissional de saúde, se 
necessário. 
 
INTOXIDAÇÃO POR INALAÇÃO DE GASES: 
Remover a vítima para um ambiente arejado, deixando-a descansar. 
 
INGESTÃO DE SUBSTÂNCIAS TÓXICAS: 
Consultar a Ficha de Informação de Produtos Químicos (FISPQ*) do produto ingerido ou 
ligue para o CEATOX (0800 0148110). Siga as instruções e procure atendimento médico 
imediatamente. Identificação da substância e transporte ao hospital de referência o mais 
rápido possível. 
 
Antes de iniciar qualquer experimento em um laboratório químico, é importante 
familiarizar-se com os equipamentos disponíveis, conhecer seu funcionamento, indicação 
de uso e a maneira correta de manuseá-lo. 
A grande maioria dos equipamentos utilizados nos laboratórios é de vidro, portanto é 
necessário muito cuidado ao manuseá-los. Estes podem ser de vidro comum, borossilicato 
(pirex) ou de quartzo fundido. As vidrarias volumétricas, como bureta, pipeta volumétrica e 
pipeta graduada, são calibradas e portanto não devem ser aquecidas. 
A seguir apresentaremos alguns equipamentos básicos utilizados rotineiramente em 
laboratórios de química e suas funções. 
 
VIDRARIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tubo de ensaio: execução de 
reações químicas em pequena 
escala 
 
 
 
 
 
 
Béquer: dissolução de sólidos e 
aquecimento de líquidos. 
 
 
 
 
 
 
Erlenmeyer: aquecimento 
de líquidos e titulações. 
 
 
 
 
 
 
Funil comum: filtração simples, 
com o auxílio de um papel de filtro 
e transferência de líquidos. 
 
 
 
 
 
 
Kitassato: filtração a pressão 
reduzida (ou filtração a vácuo) 
 
 
 
 
 
 
Proveta: medida volumes de 
líquidos sem grande precisão. 
 
 
8 QUI147 – Laboratório de Química Geral 
 
 
 
 
 
 
 
Balão volumétrico: preparo de 
soluções com volumes precisos e 
prefixados. 
 
 
 
 
 
 
Balão de fundo redondo: sistemas 
de destilação, refluxo e evaporação 
a vácuo. 
 
 
 
 
 
 
Balão de fundo chato: 
aquecimento de líquidos em 
sistemas de destilação. 
 
 
 
 
 
 
 
Vidro de relógio: pesagem, 
secagem de sólidos e cobertura de 
cápsula de porcelana ou béquer. 
 
 
 
 
 
 
Dessecador: utilizado para guardar 
substâncias em atmosfera com 
baixa umidade com auxílio de um 
agente de secagem (dessecante). 
 
 
 
 
 
 
Funil de separação ou 
decantação (funil de bromo): 
separação e extração líquido-
líquido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pipeta graduada: medida de 
volumes variáveis de líquidos com 
boa precisão dentro de uma 
determinada escala. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pipeta volumétrica: medidas 
precisas de volume fixo de líquidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bureta: utilizada em titulações 
na medida precisa de volume 
de líquidos através do 
escoamento controlado do 
líquido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Condensador: condensação de 
vapores produzidos no processo 
de destilação ou aquecimento sob 
refluxo. Existem condensadores de 
tubo reto (Liebig), de bolas etc.. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bastão de vidro/baqueta: agitação 
de soluções e de líquidos e no 
auxílio para transferência de 
líquidos de um recipiente para outro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Placa de Petri: secagem de 
substâncias e cultura de 
microrganismos. 
 
 
50
40
30
20
10
0
 
 
9 QUI147 – Laboratório de Química Geral 
UTENSÍLOS DE PORCELANA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Funil de Büchner: utilizado 
em filtrações a vácuo em 
conjunto com o kitassato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cadinho: aquecimento de 
sólidos a altas temperaturas, 
calcinações. Pode também 
ser constituído de metal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Almofariz e pistilo: 
trituração e homogeneização 
de materiais de sólidos. Pode 
também ser constituído de 
ágata. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cápsula: evaporação 
de líquidos. Pode ser 
aquecida na chama. 
 
UTENSÍLOS GERAIS 
 
 
 
 
 
 Garra metálica 
 
 
 
 
 
 
 Suporte universal 
Suporte universal: utilizado para 
dar sustentação aos materiais de 
laboratório. 
 
 
Garra metálica: fixação de 
vidrarias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Argola ou anel: suporte de funil 
de vidro em montagens de 
filtração, decantação, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mufa: fixação de garras 
metálicas ao suporte universal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tripé: sustentação à tela de 
amianto ou ao triângulo de 
porcelana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tela de amianto: utilizada para 
distribuir uniformemente o calor 
recebido da chama do bico de 
Bunsen para todo o recipiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pisseta ou frasco lavador: 
lavagem de diversos materiais. 
Em geral, contém água destilada, 
mas outros solventes podem 
também ser armazenados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 QUI147 – Laboratório de Química Geral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pinça metálica: utilizado para 
segurar objetos aquecidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Espátula: usada na transferência 
de substâncias sólidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Suporte para tubos de ensaio: 
sustentação de tubos de ensaio 
na posição vertical. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pinça de madeira: utilizada para 
segurar tubos de ensaio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trompa de vácuo: utilizada parareduzir a pressão no interior de um 
frasco, principalmente durante a 
filtração sob pressão reduzida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pipetador de borracha ou pêra: 
utilizado para encher pipetas por 
sucção. 
 
 EQUIPAMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agitador magnético: 
agitação de líquidos com 
auxílio de uma barra 
magnética movida por 
um campo magnético 
rotativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manta aquecedora: 
aquecimento de líquidos 
inflamáveis contidos em 
um balão de fundo 
redondo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Balança: utilizada para 
pesagem. Deve estar 
nivelada e ter 
manutenção e calibração 
periódica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Centrífuga: separação 
de misturas imiscíveis do 
tipo sólido-líquido, 
quando o sólido se 
encontra disperso no 
líquido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estufa: secagem de 
materiais em geral, 
principalmente vidrarias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capela: Usada para 
manusear substâncias 
gasosas, tóxicas, 
irritantes, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bomba de vácuo: 
redução da pressão no 
interior de um recipiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bico de Bunsen: 
aquecimento de 
materiais não 
inflamáveis 
0.00
0 g 
 
 
11 QUI147 – Laboratório de Química Geral 
 
O BICO DE BUNSEN 
O bico de Bunsen, figura 1, utiliza como combustível o gás liquefeito de petróleo (GLP) 
que é uma mistura de hidrocarbonetos e como comburente o gás oxigênio do ar atmosférico. 
Possui na sua base um regulador de entrada de ar, quando a chama é amarela, a combustão 
é incompleta e a chama apresenta temperatura relativamente baixa. Com o aumento da 
entrada de ar a chama torna-se azul, mais quente e forma um cone interior distinto, mais 
frio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: O bico de Bunsen e as zonas da chama 
Zona redutora: é uma zona intermediária, luminosa e forma um pequeno "cone", onde se 
inicia a combustão dos gases. Nesta zona forma-se monóxido de carbono, que se decompõe 
por ação do calor dando origem a pequenas partículas de carbono, que, sendo 
incandescentes, dão luminosidade à chama e espalham-se sobre a tela de amianto na forma 
de "negro de fumo". Região da chama de temperatura intermediária (530 ºC a 1540 ºC). 
Zona oxidante: zona externa de cor violeta-pálido, quase invisível, que compreende toda a 
região acima e ao redor da zona redutora. Os gases que são expostos ao ar sofrem 
combustão completa, formando gás carbônico e água. Região de maior temperatura (1540 
ºC). 
Para acender o bico de Bunsen, segue-se o seguinte procedimento: 
I. Fechar completamente a entrada de ar 
II. Abrir lentamente a válvula de entrada de gás e aproximar a chama de um fósforo. 
III. Abrir lentamente o anel de regulagem para entrada de ar até se obter uma chama 
azulada (indicativo de combustão completa). 
 
TÉCNICAS BÁSICAS DE LABORATÓRIO 
 
Transferência de sólidos: não utilizar a mesma espátula para transferir amostras de 
substâncias diferentes. Este procedimento pode contaminar os reagentes. 
 
Transferência de líquidos: pode-se usar conta-gotas, bastão de vidro, funil de vidro e 
pipetas. 
 
Anel de regulagem
de entrada de ar
Válvula de controle 
do gás
entrada
do gás
região mais fria
300 a 530 oC
Zona oxidante
região mais quente
1540 oC
Zona redutora
 
 
12 QUI147 – Laboratório de Química Geral 
Leitura do nível de um líquido - menisco: a medida do volume de líquidos é feita 
comparando-se o nível do líquido com as marcações nas paredes da vidraria. Para ler 
corretamente o nível de um líquido, é importante olhar pela linha tangente ao menisco, que 
é côncavo no caso de líquidos que aderem ao vidro, e convexo no caso de líquidos que não 
aderem ao vidro (mercúrio), figura 2. O menisco consiste na interface entre o ar e o líquido 
a ser medido. Para líquidos incolores ou transparentes o seu ajuste deve ser feito de modo 
que o seu ponto central fique horizontalmente tangente ao plano da linha do traço de 
graduação, mantendo o plano de visão coincidente com esse mesmo plano para evitar o 
erro de paralaxe, figura 3. Para líquidos escuros, a leitura é feita na parte superior do 
menisco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2: A – menisco côncavo, B - menisco convexo, C – leitura do menisco para soluções 
transparentes e D – leitura do menisco para líquidos escuros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3: Forma correta de se ler o volume de um líquido com a linha de visão tangencial 
ao centro do menisco. 
 
Pipetador de borracha de três vias (pera): Possui três válvulas para a 
passagem de ar: A, S e E. Quando de pressiona a válvula A, ela se abre 
permitindo a retirada de ar do bulbo. Ao se pressionar a válvula S, o líquido, por 
sucção, entra para dentro da pipeta. A pipeta pode ser esvaziada pressionando-
se a válvula E. 
 
 
 
 
 
 
 
água mercúrio
tr
a
n
s
p
a
re
n
te
e
s
c
u
ro
A B C D
A
S
E
 
 
13 QUI147 – Laboratório de Química Geral 
 
Filtração simples e a vácuo: a filtração é o processo usado para a separação de uma 
mistura heterogênea sólido-líquido. A figura 4 representa o esquema dos dois tipos de 
filtração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: Esquema da filtração simples (por gravidade) (A) e filtração à vácuo (B) 
 
Papel de filtro dobrado liso: é utilizado quando se deseja produzir uma filtração mais lenta 
e o filtrado (líquido) é o que mais interessa no processo. 
 
Papel de filtro pregueado: é utilizado quando se deseja produzir uma filtração mais rápida 
e o sólido é o que mais interessa no processo. O papel pregueado apresenta maior superfície 
de contato entre a mistura e o papel. Na figura 5 são mostrados o modo de preparo para o 
papel de filtro liso e pregueado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
um pequeno rasgo confere maior aderência ao papel 
 A B 
 
Figura 5: Modo de preparo para o papel de filtro liso (A) e pregueado (B). 
 
 
Bastão de 
vidro
Mistura 
sólido-líquido
Suporte 
universal
funil
Papel de 
filtro
sólido
béquer
Solução 
filtrada
Funil de Buchner
Papel de filtro
Kitassato
vácuo
A
B
 
 
14 QUI147 – Laboratório de Química Geral 
OBJETIVOS 
 
• Reconhecer os principais equipamentos e vidrarias de uso corrente em laboratório químico. 
• Realizar técnicas básicas de laboratório. 
 
PARTE EXPERIMENTAL 
 
Materiais e Reagentes: Proveta de 50 mL, Erlenmeyer de 50 mL, pipeta graduada de 10 mL, suporte 
universal, bureta de 50 mL, tubo de ensaio, pera de borracha, balão volumétrico de 25 mL, funil de 
vidro, papel de filtro, anel ou argola, almofariz com pistilo, vidro de relógio, espátula, bastão de vidro, 
béquer de 100 mL e pisseta com água destilada. 
 
Procedimento: 
1) Medidas de volume e utilização da pêra: 
a) Com o auxílio de uma proveta de 50 mL, meça 20 mL de água destilada e transfira para um 
erlenmeyer de 50 mL. Compare os resultados obtidos. Eles são coincidentes? Explique. 
 
 
b) Com auxílio de uma pipeta graduada, meça 10 mL de água destilada e transfira para uma proveta 
de 50 mL. Compare os resultados obtidos. Eles são coincidentes? Explique. 
 
 
c) Meça 25 mL de água numa proveta e transfira-a quantitativamente para um balão volumétrico de 
25 mL. Os resultados são coincidentes? Explique. 
 
 
 
d) Complete com água destilada um tubo de ensaio. 
e) Transfira a água para um erlenmeyer de 50 mL e meça o volume. V= ____________________ 
f) Complete novamente com água destilada o mesmo tubo de ensaio. 
g) Transfira a água para uma proveta de 50 mL e meça o volume. V= ____________________ 
h) Utilizando uma garra, prenda uma bureta de 50 mL a um suporte universal; 
 
 
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i) Com o auxílio de um béquer, preencha uma bureta com água destilada. Acerte o zero. Deixe escoar 
água para o mesmo tubo de ensaio usado nos itens c) e e) até completar todo o tubo com água. Leia o 
volume de água escoado pela bureta. V= ____________________ 
 
Compare os resultados obtidos nos itens e), g) e i) . Eles são coincidentes? Explique. 
 
 
 
 
 
2) Utilização da balança e preparo de misturas: 
a) Utilizandoum almofariz com pistilo, triture bastões de giz branco (CaSO4) até a completa 
pulverização do mesmo; 
b) Utilizando a balança disponível e com o auxílio de um vidro de relógio e uma espátula, pese cerca 
de 0,3 g do giz pulverizado. Anote o valor da massa pesado:____________________ 
c) Transfira o pó de giz pesado para um béquer e adicione, com o auxílio de uma proveta, 25 mL de 
água destilada. Agite a mistura com um bastão de vidro; 
d) Classifique essa mistura como homogênea ou heterogênea e guarde essa mistura para o próximo 
procedimento. 
 
 
 
 
3) Realização de uma filtração simples: 
a) Faça uma montagem para a realização de uma filtração simples utilizando o seguinte material: 
suporte universal, anel ou argola, funil de haste longa, papel de filtro dobrado corretamente e béquer; 
b) Filtre a mistura de CaSO4 e água preparada anteriormente. 
 
EXERCÍCIOS 
1) A extração de substâncias químicas - como as que apresentam atividade farmacológica, obtidas 
a partir de qualquer material de origem natural, seja ele vegetal ou animal - envolve diversas 
operações de laboratório. Nesse sentido, numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª, relacionando 
as operações de laboratório com os respectivos equipamentos utilizados. 
 
 
16 QUI147 – Laboratório de Química Geral 
(i) secagem ( ) funil de Büchner 
(ii) filtração a vácuo ( ) pipeta 
(iii) destilação ( ) estufa 
(iv) medidas de volume de líquidos ( ) almofariz e pistilo 
(v) trituração ( ) condensador 
 
2) Em um laboratório químico trabalha-se com diversos tipos de vidrarias e materiais. Conforme 
a operação a ser feita, é indicada uma determinada vidraria. Que vidraria deve ser utilizada 
para transferir um determinado volume de uma solução, de um recipiente para outro, de 
maneira que o volume transferido seja o mais exato possível? 
 
3) Em uma destilação simples, qual é a vidraria usada para transformar vapor em 
líquido? 
 
4) Para cada uma das sentenças abaixo, classifique-as como Verdadeiro ou Falso e justifique as falsas: 
a) O béquer é utilizado para medir volumes de líquidos com grande precisão. 
b) O balão volumétrico é utilizado na preparação e diluição de soluções. 
c) O condensador é um dos componentes da aparelhagem da destilação. 
d) A pipeta volumétrica serve para medir volumes variáveis. 
e) A pinça de madeira é usada para segurar tubos de ensaio durante o aquecimento. 
f) O funil de decantação é usado na separação de líquidos imiscíveis. 
g) O triângulo de porcelana é usado juntamente com o kitassato na filtração à vácuo.

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