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APG 8 - Doença Arterial Obstrutiva Crônica

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Objetivos 
 
OBJETIVO 1: Revisar a vascularização dos MMII
OBJETIVO 2: Compreender a fisiopatologia da doença arterial obstrutiva periférica 
(manifestações clínicas e fatores de risco) 
OBJETIVO 3: Diferenciar a doena arterial obstrutiva periférica da oclusao arterial 
periférica aguda 
OBJETIVO 4: Listar o diagnóstico e tratamentos 
OBJETIVO 5: Analisar como as condições socioeconomicas influenciam nos tratamentos 
Doença Arterial Obstrutiva Periférica 
DEFINIÇÃO: 
As doenças vasculares periféricas caracterizam-se como 
um problema vascular que resulta em um estreitamento 
ou obstrução dos vasos, prejudicando o fluxo normal de 
sangue e linfa para braços e pernas. 
A aterosclerose das artérias dos membros inferiores é 
definida como doença arterial obstrutiva periférica 
(DAOP) 
A DAOP crônica leva à isquemia dos tecidos, 
dependendo do grau de obstrução arterial e do 
desenvolvimento de circulação colateral. 
FISIOPATOLOGIA 
Ela é considerada uma resposta inflamatória crônica 
decorrente de uma lesão no endotélio dos vasos. 
Esse processo inflamatório gera oxidação 
A aterosclerose ocorre em decorrência do acúmulo de 
lipoproteínas de baixa densidade (LDLs) e LDL oxidadas 
na túnica interna do vaso/artéria. 
Essa deposição lipídica resulta em uma resposta 
inflamatória com adesão de monócitos ao endotélio 
(realizam a fagocitose). 
Os monócitos da corrente sanguínea são direcionados ao 
local danificado. Quando adentram a túnica intima do vaso 
se transformam em macrófagos, os quais digerem o 
colesterol (lipoproteínas), mas por serem incapazes de 
eliminar os lipídios fagocitados, acabam se tornando 
células espumosas. 
As células espumosas estimulam as células lisas a se 
proliferarem e a migrarem para a superfície da placa 
(túnica média) contribuindo para a formação de uma 
placa fibrosa que estreita a passagem da artéria 
diminuindo o fluxo sanguíneo e as quantidades de O2 
disponíveis. 
A placa fibrosa pode se romper liberando a placa 
aterosclerótica na corrente sanguínea 
A placa de ateroma pode se romper desencadeando a 
cascata de coagulação e formação de trombos que por 
sua vez, podem causar doenças isquêmicas. 
A distribuição da placa aterosclerótica se dá 
principalmente nas bifurcações das artérias, onde 
ocorrem alterações locais devido ao esforço, a separação 
do fluxo e turbulência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Doença Arterial Obstrutiva Crônica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: Os vasos comumente acometidos são as 
artérias iliofemorais (artéria femoral 
superficial) e artérias poplíteas. 
 
Fatores de Risco: 
→ Idade avançada 
→ Tabagismo 
→ Diabetes mellitus 
→ Dislipidemia 
→ Hipertensão arterial sistêmica 
 
Manifestações Clínicas: 
Segundo as Diretrizes da American College Of Cardiology 
sobre a DAOP sugeriam a seguinte distribuição das 
apresentações clínicas da DAOP nos pacientes acima dos 
50 anos: 
• Assintomáticos: 20-50% 
• Dor na parte atípica: 40-50% 
• Claudicação clássica: 10-35% 
• Membro ameaçado: 1-2% 
 
Assintomáticos: 
São diagnosticados pela triagem recomendada em casos 
específicos. Estes pacientes se beneficiam da redução de 
lipídios, controle da PA e cessação do tabagismo, que 
reduzem o risco de IAM, AVC e morte. 
Dor nos Membros Inferiores: 
Sintoma predominante em pacientes com DAOP, ocorre 
em devidos graus de isquemia. Pode ocorrer na 
panturrilha, coxa ou nádega. A dor é provocada por 
atividade mas aliviada em repouso (claudicação 
intermitente), dor atípica nas pernas ou dor constante 
(dor isquêmica no repouso) 
Claudicação intermitente: 
Desconforto em um grupo definido de músculos que é 
induzido por atividade e aliviado em repouso. Embora a 
demanda de sangue seja suficiente para atender as 
demandas do musculo inativo, ocorre incompatibilidade 
de sangue e aumento da demanda induzida pela atividade. 
Pode variar desde um desconforto incomodo a uma dor 
severa e debilitante que se torna limitadora do estilo de 
vida. 
É comum relato de dor nas pernas por esforço que 
começa com uma certa distância a pé, faz com que ele 
pare de andar e se resolve em cerca de 10 minutos. Pode 
se apresentar uni ou bilateralmente, nas nádegas, quadris, 
coxas, panturrilhas ou pés, de acordo com o local da 
DAOP. 
Nádegas e quadris: acometimento aorto-ilíaco. Pulso 
femoral diminuído. Pode haver disfunção erétil em 
homens. 
Coxas: acometimento da artéria femoral 
Panturrilhas: dor nos terços superiores, 
acometimento da artéria femoral superficial, já a dor no 
terço inferior o acometimento se dá na artéria poplítea. 
Pés: acometimento das arteriais tibial e fibular, pouco 
comum. 
Dor atípica nas extremidades: 
Comum em pacientes com comorbidades, inatividade 
física e percepção alterada de dor. Muitas vezes é difícil 
distinguir a DAOP de outras doenças como: artrite, 
neuropatia, fibromialgia, entre outras. 
Dor isquêmica em repouso: 
Uma redução severa da perfusão dos MMII pode resultar 
em dor isquêmica em repouso. Esta dor é tipicamente 
localizada no ante pé e nos dedos, não e facilmente 
controlada por analgésicos. Com elevação dos MMII a dor 
aumenta. 
Dor difusa grave: 
A isquemia difusa resulta em dor de início repentino que 
evolui para dormência e finalmente paralisia, 
acompanhada de palidez, parestesia e ausência de pulsos 
palpáveis 
Ferida/Úlcera sem cicatrização: 
As úlceras começam como pequenas feridas traumáticas 
e depois não cicatrizam porque o suprimento de sangue 
é insuficiente para atender às crescentes demandas do 
tecido cicatrizante. 
Descoloração da pele/gangrena: 
 
A isquemia extrema altera a aparência da pele. Podem 
surgir áreas focais de descoloração da pele que podem 
evoluir para necrose cutânea. 
Membro ameaçado: 
Depende da gravidade da ferida e da infecção. Os 
pacientes podem apresentar diferentes níveis de 
isquemia ou gangrena 
 
Diagnóstico: 
ITB (Índice de Pressão Sistólica Tornozelo-
Braquial): é um teste onde se afere a pressão sistólica 
do tornozelo e a pressão sistólica braquial com Doppler 
Exame de Imagem Vascular: arteriografia é o 
padrão ouro. 
 
DIFERENÇA ENTRE A DAOP E A OCLUSÃO 
ARTERIAL AGUDA 
DAOP: doença obstrutiva periférica decorrente de placa 
aterosclerótica nos vasos/artérias dos MMII. Acontece de 
forma evolutiva, ao longo dos anos. 
Oclusão arterial aguda: A oclusão arterial aguda 
(OAA) é uma doença que tem como definição uma 
súbita diminuição da perfusão de um membro, com 
possível lesão tecidual e risco de perda da viabilidade da 
área afetada, cujos sintomas têm duração de menos de 
duas semanas. Causada por uma embolia ou trombose 
arterial, representa a emergência vascular mais comum. 
É uma das complicações da DAOP, porém apresenta 
taxa potencial de reversão, com cerca de 85% de 
salvamento de membros. 
Acontece de forma abrupta, não é ocasionada por 
ateroma, mas forma êmbolos e trombos. 
 
COMO AS CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS 
INFLUENCIAM NO TRATAMENTO DA DAOP 
 
• Paciente (sexo, idade, etnia, estado civil, escolaridade 
e nível socioeconômico) 
• Doença (cronicidade, ausência de sintomas e 
consequências tardias) 
• As cresças de saúde, hábitos de vida e culturais 
(percepção da seriedade do problema, 
desconhecimento, experiência com a doença no 
contexto familiar e autoestima) 
• Tratamento dentro do qual se engloba a qualidade 
de vida (custo, efeitos indesejáveis, esquemas 
terapêuticos complexos). 
• Instituição (política de saúde, acesso ao serviço de 
saúde, tempo de espera versus tempo de 
atendimento) 
• Relacionamento com a equipe de saúde 
 
Referências: 
• Oclusão Arterial Aguda - Bernardo Nadal 
Bortoluzzi, Eduardo Anton de Oliveira, Matheus 
Bom Fraga, Maximilian Porley Hornos dos Santos¹; 
Ricardo Medeiros Piantá², ³ - 
https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/05/88388
0/oclusao-arterial-aguda-final_rev.pdf 
 
• Aterosclerose, uma resposta inflamatória - Camila 
R. Corrêa-Camacho1; Luciane A. Dias-Melicio2; 
Ângela M.V.C. Soares2 - https://repositorio-
racs.famerp.br/racs_ol/vol-14-1/ID205.pdf• DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA PERIFÉRICA: 
REVISÃO INTEGRATIVA - THAMIRYS DE 
CARVALHO MOTA1, JOSÉ DIEGO MARQUES 
SANTOS2*, BÁRBARA DE JESUS CUNHA DA 
SILVA1, NICOLE MARIA CAMPELO BRANDIM DE 
MESQUITA, DANIELLE MACHADO OLIVEIRA - 
http://revista.uninga.br/index.php/uninga/article/view/
1402/1017 
 
• Doença arterial obstrutiva periférica - novas 
perspectivas de fatores de risco - Silvestre Savino 
NetoI; José Luis Martins do NascimentoII - 
https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/05/883880/oclusao-arterial-aguda-final_rev.pdf
https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/05/883880/oclusao-arterial-aguda-final_rev.pdf
https://repositorio-racs.famerp.br/racs_ol/vol-14-1/ID205.pdf
https://repositorio-racs.famerp.br/racs_ol/vol-14-1/ID205.pdf
http://revista.uninga.br/index.php/uninga/article/view/1402/1017
http://revista.uninga.br/index.php/uninga/article/view/1402/1017
 
http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_artt
ext&pid=S0101-59072007000200007 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-59072007000200007
http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-59072007000200007

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