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DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA PERIFÉRICA

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1 
MÓDULO III – LOCOMOÇÃO E PREENSÃO 
ANA LUÍZA A. PAIVA – 4º PERÍODO 2021/2 
 
OBJETIVOS 
1- Descrever a fisiopatologia da Doença Arterial 
Obstrutiva Periférica (DAOP). 
2- Discutir sobre as manifestações clínicas, 
evolução, diagnóstico, prognóstico, 
complicações, diagnóstico diferencial e 
tratamento. 
3- Diferenciar a DAOP da Trombose Venosa 
Profunda (TVP). 
REFERÊNCIAS 
• SAVINO NETO, Silvestre; NASCIMENTO, José Luis 
Martins. Doença arterial obstrutiva periférica- 
novas perspectivas de fatores de risco. Rev. Para. 
Med. Belém, v.21 n.2, jun. 2007. 
 
• MOTA, Thamirys de carvalho; et.al. Doença arterial 
obstrutiva periférica: revisão integrativa. Revista 
Uningá. V.53, n.1, p.120-125, set. 2017. 
 
• SBACV, Sociedade Brasileira de Angiologia e de 
Cirurgia Vascular. Doença arterial periférica 
obstrutiva de membros inferiores - diagnóstico e 
tratamento, 2015. 
 
• CECIL. Medicina interna –24ª edição. 
DEFINIÇÃO E EPIDEMIOLOGIA 
A aterosclerose é uma doença sistêmica das 
artérias de grande e médio calibre que causa 
estreitamento luminal (focal ou difuso) como 
resultado do acúmulo de material lipídico e fibroso 
entre as camadas íntima e média do vaso. 
A aterosclerose das artérias dos membros inferiores 
é definida como Doença Arterial Obstrutiva Perifé-
rica (DAOP), sendo mais comum o acometimento 
dos membros inferiores. 
Embora outros processos patológicos possam 
levar ao estreitamento das artérias dos membros 
(por exemplo, inflamação, trombose, trauma 
químico ou mecânico, infecções...), a ateroscle-
rose é a etiologia mais prevalente da DAOP. 
A prevalência mundial da Doença Arterial 
Obstrutiva Periférica dos membros inferiores está 
entre 3 e 12%. 
A maioria (70%) dos acometidos vive em países de 
baixa ou média renda. 
É mais prevalente em indivíduos mais velhos, afro-
americanos, em famílias com aterosclerose e 
naqueles com fatores de risco para doenças 
cardiovasculares (hipertensão, diabetes, 
hiperlipidemia, síndrome metabólica, tabagismo). 
FATORES DE RISCO 
Raça e etnia : alguns estudos tem mostrado 
maior prevalência de DAOP em pacientes negros 
e hispânicos. 
Genéticos : até o momento, não se detectou a 
presença de um gene responsável pela 
doença, mas alguns estudos apontam a presença 
de um fator genético entre as causas do seu 
desenvolvimento. 
Inflamação : a presença de marcadores 
inflamatórios como a proteína C reativa, 
fibrinogênio, interleucina-6 e leucócitos têm sido 
observados em doença arteriosclerótica de 
outros territórios, mas a sua associação com a 
DAOP não está bem definida, 
Idade avançada: a prevalência da DAOP 
aumenta com a idade. Estudos evidenciaram 
prevalência de 4,3% em pacientes com 40 anos 
e de 14,5% com 70 anos ou mais. 
Hiperlipidemia : o nível de colesterol total 
elevado aumenta o risco de claudicação 
intermitente em até 2x. 
Os níveis elevados de colesterol, lipoproteínas de 
baixa densidade e triglicerídeos são fatores de 
risco independentes para a doença, sendo que 
as proteínas de alta densidade são fatores de 
proteção. 
Tabagismo : é o mais importante fator de risco 
para a DAOP, bem como para o aparecimento 
de suas manifestações como a claudicação 
intermitente e isquemia crítica. Aumenta cerca 
Doença Arterial Obstrutiva Periférica 
 
Problema 05 
 
2 
MÓDULO III – LOCOMOÇÃO E PREENSÃO 
ANA LUÍZA A. PAIVA – 4º PERÍODO 2021/2 
 
de 4x o risco para a doença e acelera em torno 
de 10 anos o aparecimento da claudicação 
intermitente. 
Hipertensão Arterial : o risco de Claudicação 
Intermitente nesses pacientes é aumentada em 
2,5 a 4 vezes, tanto em homens como em 
mulheres. 
Diabetes Melito : aumenta o risco da DAOP de 
1,5 a 4 vezes, estando associada a eventos 
cardiovasculares e aumento da mortalidade. 
Pacientes com DAOP diabéticos têm risco 
elevado de complicações como úlceras 
isquêmicas, gangrenas. 
A associação da diabetes com tabagismo, 
hipertensão arterial e dislipidemia podem 
favorecer os mecanismos da inflamação 
vascular, disfunção da célula endotelial e das 
células musculares lisas, aumento da agregação 
plaquetária e do fibrinogênio, favorecendo o 
processo arteriosclerótico. 
FISIOPATOLOGIA 
Aterosclerose: 
A aterosclerose é considerada uma resposta 
inflamatória crônica da parede arterial à lesão 
endotelial. 
Essa lesão endotelial promove o espessamento da 
camada íntima e na presença de dietas ricas em 
lipídios resulta na formação de ateromas típicos. 
Uma sequência de eventos contribui para a 
origem do ateroma: 
1. adesão de monócitos ao endotélio 
 
2. migração para a íntima e diferenciação em 
macrófagos e células espumosas 
 
3. acúmulo de lipídios no interior dos macrófagos, e 
liberação de citocinas inflamatórias 
 
4. Recrutamento de células musculares lisas 
 
5. proliferação de células musculares lisas para 
formação do ateroma maduro. 
Sendo assim, essas placas de ateromatosas são 
lesões elevadas compostas por centro mole e 
grumoso de lipídeos (principalmente colesterol e 
ésteres de colesterol, com restos necróticos), 
recobertas por uma cápsula fibrosa. 
As placas ateromatosas podem obstruir 
mecanicamente o lúmen vascular e se romper, 
evoluindo para trombose dos vasos. 
Elas também enfraquecem a camada média 
subjacente e levam à formação de aneurismas. 
A distribuição anatômica da aterosclerose é 
geralmente é concentrada nas bifurcações e 
angulações dos vasos. 
Nádegas quadris: Acometimento aorto-ilíaco. 
Pulso femoral está diminuído uni ou bilateralmente. 
Pode haver disfunção erétil em homens. 
Coxas: Acometimento de artéria femoral. 
Panturrilhas: É a queixa mais comum. Dor nos dois 
terços superiores da panturrilha ocorre devido à 
estenose da artéria femoral superficial, enquanto 
a dor no terço inferior da panturrilha ocorre devido 
à estenose da artéria poplítea. 
Pés: Acometimento das artérias tibial e fibular. É 
pouco comum. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Pacientes com DAOP geralmente são 
assintomáticos, no entanto, se o suprimento de 
sangue não for suficiente para atender os 
requisitos metabólicos contínuos como con-
sequência do estreitamento arterial, ocorrerão 
sintomas. 
 
3 
MÓDULO III – LOCOMOÇÃO E PREENSÃO 
ANA LUÍZA A. PAIVA – 4º PERÍODO 2021/2 
 
A gravidade dependerá do grau de estreitamento 
arterial, número de artérias afetadas e nível e 
atividade dos pacientes. 
Dor nos membros inferiores: É o sintoma 
predominante em pacientes com DAOP e é 
devido a graus variados de isquemia. Pode 
ocorrer dor na panturrilha, coxa ou nádega 
provocada por atividade e aliviada com repouso 
(claudicação intermitente), dor atípica nas pernas 
ou dor constante (dor isquêmica no repouso). 
A dor desses pacientes é causada por uma neurite 
isquêmica e tende a piorar à noite quando o 
membro é colocado em posição horizontal. 
Claudicação intermitente: A claudicação 
intermitente é definida como um desconforto 
reprodutível de um grupo definido de músculos 
que é induzido pelo exercício e aliviado com o 
repouso. 
Embora o suprimento de sangue seja suficiente 
para atender às demandas do músculo inativo, 
ocorre uma incompatibilidade entre o suprimento 
de sangue e o aumento da demanda induzida 
pela atividade. 
A percepção da claudicação pode variar de um 
desconforto incômodo de pouca consequência a 
uma dor severa e debilitante que se torna 
limitadora do estilo de vida. 
É comum o relato do paciente de dor nas pernas 
por esforço que começa após uma certa 
distância a pé, faz com que ele pare de andar e 
se resolve dentro de 10 minutos, permitindo que re-
tome a caminhada. 
Pode se apresentar uni ou bilateralmente, em ná-
degas, quadris, coxas, panturrilhas ou pés de 
acordo com o local anatômico daDAOP. 
Dor atípica nas extremidades: Os sintomas atípicos 
são mais comuns em pacientes com 
comorbidades, inatividade física e percepção 
aletrada da dor. Muitas vezes é difícil separar 
nesses casos a dor decorrente da DAOP de outras 
etiologias. 
Dor isquêmica em repouso: Uma redução severa 
na perfusão dos membros pode resultar em dor is-
quêmica em repouso. Esta é tipicamente 
localizada no antepé e nos dedos dos pés e não é 
facilmente controlada por analgésicos. 
O paciente refere uma piora da dor com a 
elevação do membro inferior. 
Reduções crônicas no fluxo sanguíneo das 
extremidades também podem levar a uma dor 
neuropática isquêmica sobreposta que é 
frequentemente descrita como latejante ou 
ardente. 
Dor difusa grave: A isquemia aguda difusa dos 
membros início repentino da dor nas 
extremidades, progredindo para dormência e, 
finalmente, paralisia da extremidade, 
acompanhada de palidez, parestesias e ausência 
de pulsos palpáveis. 
Ferida/úlcera sem cicatrização: As úlceras 
isquêmicas geralmente começam como 
pequenas feridas traumáticas e depois não ci-
catrizam porque o suprimento de sangue é 
insuficiente para atender às crescentes 
demandas do tecido cicatrizante. São lesões 
dolorosas, secas e com pouco sangramento. 
Descoloração da pele/ gangrena: A isquemia 
extrema altera a aparência da pele. Podem surgir 
áreas focais de descoloração da pele que podem 
evoluir para necrose cutânea. 
Isquemia: A isquemia aguda é definida como 
aquela que ocorre dentro de duas semanas após 
o evento que a causou e comumente está 
associada a tromboembolismo (fibrilação atrial, 
por exemplo), que provoca a interrupção abrupta 
ou acentuada do fluxo arterial, resultando em 
hipoperfusão que ameaça a viabilidade do 
membro. 
 
Já a isquemia crônica é aquela que ocorre após 
mais de duas semanas do evento deflagrador e é 
geralmente resultado de estenoses devido a 
formação de placas ateromatosas. 
 
Complicações da DAOP: necrose em membros 
inferiores, o que pode levar a amputação do 
membro necrosado. Além disso, a arteriosclerose 
também pode causar isquemia miocárdica e 
doença cerebrovascular. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
De acordo com os sinais e sintomas, os portadores 
de DAOP podem ser classificados em diversos 
estágios ou categorias. 
Dentre as classificações existentes, duas são as 
mais utilizadas. 
 
4 
MÓDULO III – LOCOMOÇÃO E PREENSÃO 
ANA LUÍZA A. PAIVA – 4º PERÍODO 2021/2 
 
A classificação de Fontaine que separa os 
pacientes em 4 estágios e a classificação de 
Rutherford, que aloca os pacientes em 7 
categorias, incluindo os assintomáticos. 
 
DIAGNÓSTICO 
ANAMNESE 
Realizar perguntas sugestivas para caracterização 
do quadro. 
• Sente dor com a deambulação? 
• Quanto tempo a dor demora para iniciar após 
caminhar? 
• A dor o leva a parar de andar? 
• Depois de quanto tempo consegue retomar a 
caminhada? 
• Sente alguma dor nas extremidades que o acorda 
do sono? 
• Onde está localizada a dor? 
• Notou feridas ou úlceras de difícil cicatrização nos 
dedos dos pés? 
EXAME FÍSICO 
Uma característica que pode ser encontrada no 
exame físico dos pacientes com DAOP é 
extremidades com pele fina, seca, brilhante e sem 
pelos. 
 
Em pacientes sintomáticos e assintomáticos: 
Auscultação das artérias femorais. 
 
Palpação dos pulsos das áreas da extremidade 
inferior (femoral comum, poplítea, tibial anterior e 
tibial posterior); 
 
As unhas podem ficar quebradiças, hipertróficas e 
estriadas. Pode ser observada também uma 
alteração da temperatura da pele local (um 
membro isquêmico é frio). 
EXAMES DIAGNÓSTICOS E COMPLEMENTARES 
 
Índice de Pressão sistólica tornozelo-braquial (ITB): 
é um teste simples, considerado como uma 
ferramenta de triagem e deve ser medido em 
pacientes com um ou mais achados sugestivos de 
DAOP. 
 
O ITB é calculado pela divisão da maior pressão 
sistólica nas artérias do tornozelo pela pressão 
sistólica da artéria braquial, com uso de 
esfigmomanômetro e um aparelho portátil de 
ultrassom de ondas contínua 
 
O paciente deve descansar por 15 a 30 minutos 
antes de medir a pressão no tornozelo. 
 
É realizado a aferição das pressões do pulso 
pedioso e da artéria tibial posterior no tornozelo. 
 
Entre 1.0 a 1,4: normal 
 
Valores menores que 0,9: indicam a presença de 
doença obstrutiva 
 
Valores maiores que 1,4: indicativo de 
incompressibilidade arterial devido à provável 
calcificação. 
 
Pacientes com isquemia mais grave podem não 
tolerar a insuflação do manguito ou os sinais do 
Doppler nos vasos pode ser muito fraco para medir 
com precisão as pressões de corte. 
 
Teste de esteira 
Para pacientes com fatores de risco para DAOP e 
sintomas atípicos ou claudicação, mas com ITB 
normal, sugere-se a realização de teste 
ergométrico 
Utiliza um protocolo padronizado de exercícios e 
esteira para garantir a reprodutibilidade das medi-
das de distância livre de dor e distância máxima 
caminhada. 
Anormal: ITB pós-exercício ↓ ≥20% 
Normal: ITB pós-exercício sem alteração/elevado 
Ecodoppler Duplex 
O estudo de ecografia vascular com doppler 
(EVD) colorido das artérias de extremidades é um 
 
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MÓDULO III – LOCOMOÇÃO E PREENSÃO 
ANA LUÍZA A. PAIVA – 4º PERÍODO 2021/2 
 
método diagnóstico não-invasivo, eficaz em 
discriminar com precisão vasos obstruídos, 
estenóticos e normais. 
EVD é recomendado como avaliação pré-
operatória para cirurgia de revascularização 
endovascular em isquemia de membros inferiores. 
É útil para diagnosticar a localização anatômica e 
o grau de estenose arterial, mas não apresenta 
informação morfológica exata em relação à 
extensão e natureza das lesões. Ainda, apresenta 
limitações em pacientes obesos mórbidos em na 
presença de calcificação arterial. 
O ecodoppler é a opção preferencial de método 
para a vigilância de rotina após revascularização 
infrainguinal. 
Angiotomografia (Angio TC) e Angioressonância 
(Angio RM) 
São métodos diagnósticos de boa acurácia no 
diagnóstico da DAOP de membros inferiores, com 
valores de sensibilidade e especificidade 
superiores a 90%. 
Angiografia por subtração digital 
É considerada padrão-ouro no diagnóstico de 
DAOP. 
No entanto por ser um método mais invasivo que 
os demais (invasividade mecânica, radiológica e 
farmacológica). 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
Neuropatia Periférica: a dor não melhora com 
alteração de posição do membro como ocorre 
na DAOP. Frequentemente há formigamento 
acompanhando a dor e as alterações de 
sensibilidade são mais perceptíveis. 
Linfedema: edema proveniente de 
extravasamento de líquido dos vasos linfáticos 
após estes se tornarem obstruídos (inchaço do 
membro que pode estar acompanhado de dor, 
calor e rubor). 
Podem ser obstruídos por tumor, trauma mecânico 
ou processos inflamatórios 
Trombose Venosa Profunda: a dor em região 
posterior da panturrilha associada a edema e 
aparência cianótica do membro. 
Pode ser causada por um trombo que obstrui a 
veia, por válvulas venosas incompetentes ou pela 
redução da eficácia da ação de bombeamento 
dos músculos vizinhos. 
TRATAMENTO 
Leva em consideração a idade do paciente e as 
comorbidades médicas, atividades e limitações 
diárias, gravidade dos sintomas e localização e 
extensão da doença. 
Modificação dos fatores de risco (hiperlipidemia, 
hipertensão, hiperglicemia) 
Prática de exercícios: deve ser realizado por um 
período mínimo de 45 a 60 minutos, pelo menos 3 
vezes por semana, durante pelo menos 12 
semanas. 
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO 
AAS e estatinas: recomendado por diversas 
diretrizes por reduzir a mortalidade cardiovascular 
nos pacientes com DAOP. 
Terapia farmacológica específica da 
claudicação: visa melhorar os sintomas e 
aumentar a distância caminhada sem dor. 
Para pacientes com claudicação que limita o 
estilo de vida, pode ser realizado umensaio 
terapêutico (3 a 6 meses) de Cilostazol (um 
inibidor da fosfodiesterase que suprime a 
agregação plaquetária e é um vasodilatador 
arterial direto). 
Pentoxifilina é outra droga que pode ser utilizada 
reduzindo o sintoma da claudicação. Atua 
aumentando a deformabilidade das hemácias, 
aumentando a viscosidade sanguínea e 
diminuindo a adesividade plaquetária. 
Tratamento Cirúrgico 
 A intervenção cirúrgica é uma opção para 
pacientes significativamente incapacitados pela 
claudicação, naqueles refratários ao tratamento 
clínico, ou com dor em repouso, gangrenas ou 
úlceras. 
O objetivo é a retomada no fluxo sanguíneo 
adequado no membro mal perfundido. 
 
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MÓDULO III – LOCOMOÇÃO E PREENSÃO 
ANA LUÍZA A. PAIVA – 4º PERÍODO 2021/2 
 
A intervenção percutânea envolve o acesso da 
artéria femoral, passagem de um fio guia, 
expansão de um balão e colocação de stent. 
A angioplastia com balão possibilita uma 
ampliação do lúmen do vaso estenosado. 
Outra opção é a aterectomia que consiste na 
ressecção da placa de ateroma. 
A revascularização cirúrgica envolve a 
identificação de um vaso apropriado acima e 
outro abaixo da área obstruída, com sutura de um 
enxerto vascular (veia ou prótese-Dacron ou PTFE) 
entre eles.

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