Buscar

Síndrome compartimental

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Vict�ria K. L. Card�so
Bibli�grafia: Tratado de Traumat�l�gia da S�ciedade Brasileira de Ort�pedia
Síndr�me c�mpartimental
Introdução
Conceito: trata-se de um aumento da
pressão tecidual, dentro de um
compartimento ósteo-fascial fechado, que
causa a interrupção no suprimento
sanguíneo para os músculos e nervos desse
membro.
Etiologias da síndrome compartimental:
● Traumas.
● Infecções.
● Queimaduras.
● Acidentes com animais peçonhentos.
Compartimentos da perna:
● Região anterior.
● Região lateral.
● Região posterior superficial.
● Região posterior profunda.
Principal problema: o atraso no diagnóstico
e na instauração da fasciotomia pode causar
uma contratura isquêmica de Volkmann e
seguinte amputação do membro.
● Contratura isquêmica de Volkmann:
é uma contratura permanente de
flexão da mão sobre o punho
resultando em uma deformidade em
forma de garra da mão e dos dedos.
@p�sitivamed
Vict�ria K. L. Card�so
Fisiopatologia
Passo a passo da fisiopatologia da síndrome
compartimental:
1. Lesão tecidual (fratura/queimadura),
seguida de hemorragia, edema e
pressão tecidual aumentada.
2. O aumento da pressão causa
diminuição da drenagem linfática e
venosa, resultando em mais edema.
3. A hipertensão dentro do
compartimento impede o suprimento
sanguíneo do músculo e dos nervos.
4. Se não houver o tratamento
adequado, pode haver dano completo
e irreversível.
Obs: mesmo com a síndrome
compartimental causando falhas no
suprimento sanguíneo do músculo, ainda
pode haver pulso e perfusão distal do
membro.
Quadro clínico e exame físico
Principal quadro: dor desproporcional ao
estiramento passivo dos músculos daquele
compartimento.
● Essa dor tem início abrupto muitas
vezes horas após o trauma.
Demais sinais e sintomas:
● Tensão excessiva do membro →
notada na palpação do
compartimento.
● Palidez.
● Parestesia.
● Poiquilotermia.
● Ausência de pulso → nem sempre
encontrada.
○ Quando encontrada indica
gravidade e indica possível
lesão vascular.
Principais complicações:
● Lesão nervosa grave.
● Necrose muscular.
● Perda de força muscular.
● Aumento notável nas concentrações
de mioglobina, que podem causar
necrose tubular aguda com injúria
renal aguda.
Diagnóstico
O diagnóstico aqui é essencialmente clínico
e não há necessidade de exames
complementares para comprovação do
diagnóstico.
@p�sitivamed
Vict�ria K. L. Card�so
Exames complementares:
● Ultrassonografia → demonstra tensão
fascial.
● Cintilografia → evidencia baixa
perfusão muscular.
● Ressonância magnética → apresenta
edema.
Método de Whitesides: permite a medição
da pressão intracompartimental. Mas, é
pouco empregado e o maior valor é dado a
anamnese do ocorrido e ao exame físico,
sendo esses suficientes na grande maioria
das vezes para o diagnóstico.
● Não há necessidade de se medir a
pressão dentro do compartimento em
um paciente com uma fratura e tensão
na musculatura que inicia dor com
estiramento passivo para se fazer a
fasciotomia.
Tratamento
Importante:
● Os músculos toleram bem até 4 horas
de isquemia.
● Por volta de 6 horas o resultado é
incerto e após 8 horas, o dano é
irreversível.
Tratamento específico:
● Fasciotomia: é o tratamento que deve
ser imediato após diagnóstico.
○ Dermatofasciotomia →
seccionamento da pele e da
fáscia, para extravasamento da
pressão e recuperação do
suprimento sanguíneo do
membro.
Locais de incisão da fasciotomia:
● Perna: incisão anterolateral e/ou
incisão posteromedial.
@p�sitivamed
Vict�ria K. L. Card�so
● Antebraço: incisão do compartimento
volar superficial até o centro da prega
palmar (para liberação da pressão no
túnel do carpo).
Tratamento subsequente da ferida:
● Fechamento primário tardio.
● Enxerto de pele, caso necessário.
● Fisioterapia.
Observações
1. O ferimento da fratura exposta não
descomprime os compartimentos.
2. A fasciotomia endoscópica isolada não
retorna as pressões do
compartimento aos valores normais.
3. A elevação do membro, uso de gelo e
corticóide não são o tratamento
adequado, pois o único tratamento
eficaz é a fasciotomia.
@p�sitivamed

Outros materiais