Buscar

APX1 de Diversidade Cultural e Educação 21 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD
APX1 – 2021.2.
Disciplina: Diversidade Cultural e Educação
Aluno(a): Daniele da Silva Nazário
Matrícula: 19112080422				Polo: Itaguaí 
A partir da leitura do Material Didático da disciplina Diversidade Cultural e Educação -Módulos I e II -  elabore um texto dissertativo contemplando os itens a seguir: a definição de diversidade e de gênero e a aplicação na sala de aula.
Recomenda-se a elaboração de um texto com no mínimo uma (1) e no máximo três (3) laudas, com a formatação segundo as normas da ABNT para trabalhos acadêmicos. Serão aceitas citações de apenas de até três linhas. Atenção aos elementos de coesão, coerência, clareza, correção da linguagem e referências bibliográficas consultadas[endnoteRef:1]. Os casos de cópia e plágio serão encaminhados à coordenação e receberão nota 0,0 (zero) [1: BRASIL. Gênero e diversidade na escola: formação de professoras/es em Gênero, orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais. Livro de conteúdo. Versão 2009. – Rio de Janeiro: CEPESC; Brasília: SPM, 2009
Questões de Diversidade e Gênero no ambiente escolar
 De acordo com o dicionário, diversidade, é caracterizada por aquilo que é diverso, múltiplo e plural, ou seja, não é homogêneo. Desta forma, temos que ter em mente que vivemos em uma sociedade plural, onde, religião, raça, sexualidade, são distintos e devem ser valorizados em igualdade, e não, como forma de inferiorizar o que foge do que é tido como certo.
 Já definição de gênero, tem a ver, com o sentido que é atribuído ao sexo biológico. De acordo com Silva (2007), gênero é uma construção social e não está ligado com os corpos, ou seja, com o fator biológico. Esse termo nasceu com o movimento feminista, pela luta da mulher a ter direito ao voto, e ao longo dos anos, foi ampliando a sua luta em relação a questões obtenção de outros direitos para as mulheres.
 Ao analisarmos essas duas temáticas, e levando essa discussão para o campo da escola, temos um ambiente fértil para discutir e debater a respeito de preconceitos como: "homofobia, sexismo, racismo, xenofobia, fundamentalismo religioso, e tantos outros…” (MADUREIRA, 2015, p. 579), sendo estes, construções sociais. Assim, a escola, tem o poder e a responsabilidade, de promover meios que visem a criação de uma sociedade menos preconceituosa e excludente. 
 Esses temas acabam perpassando pelas relações de poder existentes em nossas sociedades e a escola como parte desta, acaba por reproduzir os padrões existentes, o que corrobora para as discriminações, preconceitos, exclusão e desigualdades. Por isso, que temos que ver a escola como lugar de transformação, de quebra desses paradigmas, para que seja possível a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
 Com as leituras realizadas, é ´possível perceber que as transformações ao longo das últimas décadas tem sido consideráveis para a melhoria das desigualdades, porém ainda se tem um longo caminho a ser percorrido para que isso possa ser uma realidade. Os PCN’s mostram que apesar dessas transformações, ainda predomina uma sociedade patriarcal, onde os privilégios se estendem, ao homem hetero e branco. E podemos citar como exemplo a grande disparidade salarial existente entre homens e mulheres, e a desigualdade aumenta, quando o referencial é a mulher negra e periférica, onde segundo pesquisas internacionais, como a feita pelo Fórum Econômico Mundial, de acordo com o site G1, ainda será preciso muitos anos para que essa equiparação seja uma realidade. 
 Outro exemplo que podemos citar é com a questão do desrespeito à diversidade sexual, pois a população LGBT, não tem direto básicos garantidos, como políticas públicas de saúde, que aborde e trate de questões relevantes para esses sujeitos, eles acabam sendo invisibilizados, de acordo com (GUIMARÃES, et al, 2021), a invisibilidade no atendimento à saúde, acaba por ser estereotipada, o que afasta essa população a procura por atendimento, o que se reflete em diversos tipos de problemas, o que pode levar até mesmo a morte.
 Fica claro, que a valorização dos sujeitos na sociedade, ainda hoje, está ligada a visão eurocêntrica, e que " a ideia, por exemplo, de muitos, reduzir todo o sexo à sua função reprodutiva, à sua forma heterossexual e adulta…" (FOCAULT, 1988, p. 98), nos mostra como vivemos em uma sociedade de dominação dos corpos, e que esses devem estar de acordo com os padrões estabelecidos socialmente. Para que essa estrutura social e cultural, seja transformada é preciso a modificação social, e para isso a escola, é o local ideal para o início e consolidação dessas mudanças, pois é espaço de refletirmos de forma crítica sobre as desigualdades e discriminação, ou seja, o que não está funcionando em nossa sociedade, a fim de que, as transformações tão necessárias e urgentes passem da utopia para a realidade, onde, todos os sujeitos, em todas as suas concepções, sejam elas de gênero, religião, raça, sexualidade sejam respeitados e valorizados.
 E as mudanças devem começar pela valorização da mulher, assim como aponta a agenda 2030, da ONU, em seu objetivo de desenvolvimento cinco. E para isso, é preciso que a escola esteja preparada para lidar com toda a diferença e diversidade existentes em seu ambiente, onde o respeito e o diálogo estejam em voga, e isso perpassa por todos os sujeitos da escola, mas principalmente pelo corpo docente, que precisa ter uma formação sólida e contínua, para lidar com os desafios e situações de preconceitos que vierem a surgir; e lidar com essas situações como forma de transformar algo negativo, em momentos e oportunidades de aprendizados para todos. A educação tem o poder de emancipar os sujeitos, mostrando que as realidades podem e devem ser modificadas, e tudo isso deve estar presente dentro das escolas, com ações, propostas e atitudes que mostrem que ali é lugar de empatia, acolhimento e que sirva como referencial, de como toda a diversidade deve ser respeitada, onde os alunos, a vejam como lugar seguro, de mudança de mentalidade, visando dessa forma o empoderamento não apenas das mulheres, mas minorias.
 Infelizmente, o atual governo, tem criado entraves para que as discussões sobre diversidade e gênero possam se estabelecer no ambiente escolar, o que acaba por causar uma grande perda nas reflexões acerca de que, todos têm direitos iguais, independente da sua orientação sexual, religião, raça, gênero, entre outros. (MARÇAL, 2019). O Brasil, assim como aponta diversas pesquisas, é o país que mais mata a população LGBT, no mundo, onde ainda há um enorme hábito em relação a igualdade de gênero, é a escola sendo cerceada de debater questões tão urgentes é um retrocesso, além de ser uma forma de manter a estrutura de desigualdades e exclusões que abarcam a vida desses sujeitos.
 Concluindo, a questão da diversidade e de gênero devem ser temas de pesquisas, visando o arrefecimento das injustiças sofridas por todas as ditas minorias, buscando a construção de uma sociedade mais democrática. Portanto, a escola, é fundamental e privilegiada nesse sentido. O que será possível, com conhecimento e estudo, pós quanto mais se aprende, menos pré-conceitos são estabelecidos, e assim, a discriminação, a exclusão e os preconceitos darão lugar a empatia, a igualdade e ao respeito; culminado em uma sociedade mais justa, plural, diversa e igualitária. 
Referência bibliográfica
BRASIL. Gênero e diversidade na escola: formação de professoras/es em Gênero, orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais. Livro de conteúdo. Versão 2009. – Rio de Janeiro: CEPESC; Brasília: SPM, 2009.
Brasil é apenas 130°em ranking que analisa igualdade salarial entre homens e mulheres com trabalhos semelhantes. G1, 2019. Disponível em: https://www.google.com/amp/s/g1.globo.com/google/amp/economia/noticia/2019/12/17/brasil-e-apenas-130o-em-ranking-que-analisa-igualdade-salarial-entre-homens-e-mulheres-com-trabalho-semelhante.ghtml.Acesso em: 08 de out. de 2021.
  FACCHINI, Regina. Direitos humanos e diversidade sexual e de gênero no Brasil: avanços e desafios, 2018. Disponível em:  
https://www.unicamp.br/unicamp/ju/artigos/direitos-humanos/direitos-humanos-e-diversidade-sexual-e-de-genero-no-brasil-avancos-e . Acesso em: 20 de out. de 2021 .
GUIMARÃES, R. DE C. P.; LORENZO, C. F. G.; MENDONÇA, A. V. M. Patologização e invisibilidade: reconhecimento das demandas e acolhimento da população LGBT na Atenção Básica. Tempus – Actas de Saúde Coletiva, v. 14, n. 2, 7 abr. 2021. Disponível em: https://www.tempusactas.unb.br/index.php/tempus/article/view/2721. Acesso em 08 de out. de 2021.
MADUREIRA, Ana Flávia do Amaral; BRANCO, Ângela Uchoa. Gênero, sexualidade e diversidade na escola a partir da perspectiva de professores/as. Temas psicol., Ribeirão Preto , v. 23, n. 3, p. 577-591, set. 2015 . Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2015000300005&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 03 out. 2021. http://dx.doi.org/10.9788/TP2015.3-05.
MARÇAL, Leonardo. Igualdade de gênero no ambiente escolar. Revista Educação Pública, v. 19, nº 21, 17 de setembro de 2019. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/19/21/igualdade-de-genero-no-ambiente-escolar. Acesso em: 25 de set. de 2021.
]

Mais conteúdos dessa disciplina